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Direito Internacional Público - questões

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Aluno (a): RENATA ARAUJO PINTO 
Matrícula: T2101B-2 Turma: DR9A06 
Campus: Alphaville – Período: manhã
Curso: Direito Internacional Público
Professor: Mário Luiz Guide
QUESTIONÁRIO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E SOCIEDADE INTERNACIONAL
Direito Internacional Público e Sociedade Internacional
1-Quais são as características da Sociedade Internacional? Explique.
R- A Sociedade Internacional no Direito Internacional Público apresenta as seguintes características: 
· UNIVERSAL: abrange todos os entes do globo terrestre.
· ABERTA: pelo fato de que não existe um nº determinado de atores que façam parte das relações internacionais, portanto, qualquer ente que reúna determinadas características pode se unir a Sociedade Internacional.
· PARITÁRIA: há uma igualdade jurídica da Sociedade Internacional.
· DESCENTRALIZADA: não possui uma organização institucional. A sociedade internacional não se apresenta como um “superestado” e, por isso, não existe poder legislativo, poder executivo e tampouco judiciário, contudo, pode-se dizer que não há relação de subordinação que ocorre num plano interno. Na realidade internacional, tem-se coordenação e não subordinação.
2-O que são atores e sujeitos da Sociedade Internacional?
R- Os atores de Direito Internacional Público, são todos aqueles que participam de alguma forma, têm atuação na esfera internacional em detrimento das relações jurídicas e políticas internacionais. Os atores são: os Estados, as Organizações Internacionais como a ONU, a OEA, a Cruz Vermelha Internacional, a União Europeia, as empresas multinacionais e as instituições financeiras, elementos insurgentes e os indivíduos, portanto, todos são atores internacionais, pois todos têm uma atuação na esfera Internacional.
Os sujeitos da Sociedade Internacional, são aqueles capazes de ser titulares de direitos e obrigações. Os sujeitos são: os Estados, a Santa Sé, as Organizações Internacionais e os indivíduos.
3-Qual a diferença entre DIP-Direito Internacional Público e DIPR – Direito Internacional Privado?
R- O Direito Internacional Público, é o ramo da ciência jurídica que trata das regras e princípios inerentes às relações entre os sujeitos do direito internacional público (sociedade internacional), pois regula as relações interestatais, as relações envolvendo as organizações intergovernamentais e os indivíduos. O Direito Internacional Público é considerado o direito das gentes (o termo tem origem no direito romano, jus gentium, que tem referência ao direito aplicável aos cidadãos de Roma e aos estrangeiros, ou entre os estrangeiros).
Já o Direito Internacional Privado, representa o ramo da ciência jurídica que tem por objeto o conflito de leis no espaço em relação ao direito privado, pois abrange as relações jurídico-privada internacionais. Assim, se ocupa do conjunto de regras interna e não propriamente internacionais.
4-Sobre os Fundamentos do DIP, quais as duas principais teorias? Explique.
R- As duas principais teorias do DIP são:
· Teoria voluntarista: o seu fundamento está na vontade dos Estados, pois os sujeitos do DIP se submetem a ele pelo consentimento da Lei Maior de cada Estado soberano e pela manifestação coletiva dos Estados.
· Teoria objetivista: com fundamento em critérios objetivos, quais sejam, suas próprias normas, princípios e costumes internacionais. O objetivismo tem grande explicação nas teorias de Kelsen, que prevê a existência de normas fundamentais que independem da vontade dos sujeitos
Direito Internacional Público
5-O que é monismo para o DIP? Explique.
R- O monismo, a teoria monista prevê que o direito interno está contido no direito internacional e, consequentemente, representam dois ramos dentro de um único sistema jurídico.
6-Em relação ao DIP, o que é dualismo? Explique.
R- O dualismo, o direito interno e o direito internacional representariam duas ordens jurídicas distintas e, portanto, separadas, em paralelo uma com a outra e há pontos de conexão, mas são autônomas uma em relação a outra. 
7-Qual a importância da “Paz de Westfália” (ou “Acordos” ou “Tratados”) para o DIP?
R- A importância da “Paz de Westfália”, esse tratado firma o Princípio da soberania, da territorialidade do Estado, ou seja, da IGUALDADE entre os Estados, da paridade entre os Estados, pois os Estados são todos iguais e o Estado tem soberania sobre o seu território, portanto, define um sistema internacional como pluralista de Estados independentes e soberanos, e por sua vez, ressalta a importância dos conceitos de soberania, de independência (dos Estados europeus) e de não intervenção.
8-Como os romanos aplicavam o direito em relação aos estrangeiros?
R- Havia 3 situações no qual os romanos aplicavam o direito em relação aos estrangeiros.
1ª) 2 estrangeiros de uma mesma nacionalidade, aplicavam-se o direito deles, portanto, 2 egípcios em Roma, aplicavam-se a lei do costume egípcio; ou 2 judeus em Roma, aplicavam-se a lei judaica;
2ª) 2 estrangeiros com nacionalidades diferentes em Roma, aplicavam-se o jus gentium; e
3ª) 1 romano e 1 estrangeiro, depois do veredicto de Caracalla, aplicavam-se o jus peregrino. 
Tratados Internacionais
9-O que é um tratado internacional? Explique.
R- O tratado internacional, é o acordo internacional celebrado por escrito entre Estados e regido pelo direito internacional, portanto, é um acordo de vontades, entre duas ou mais pessoas internacionais que cria direitos e obrigações entre eles. No ponto de vista do direito internacional público, são Estados e Organizações interestatais.
10-Aponte dois critérios para a classificação dos tratados internacionais. Explique.
R- O 1º critério, na questão quantitativa, quanto ao número de partes: o número das partes, pode ser BILATERAL, quando envolve duas partes, é um contrato bilateral. E quando envolver mais que duas partes é MULTILATERAL, porque envolve muitos Estados.
O 2º critério, pela natureza do ato jurídico, tem-se Tratado-Contrato, normalmente são contratos BILATERAIS e muito ESPECÍFICOS, porque envolve matérias pequenas. E o outro é o Tratado-Lei, disciplina normas jurídicas para os Estados, regras jurídicas internacionais para os Estados, portanto, é um contrato que estabelece normas entre os Estados.
11-Quais são as condições de validade para um tratado internacional?
R- As condições de VALIDADE para um contrato internacional são:
· Capacidade das partes contratantes, as partes precisam ser juridicamente capazes;
· Habilitação dos agentes signatários, as avenças são negociadas e concluídas pelos agentes signatários, os “PLENIPOTENCIÁRIOS”, pois para desempenhar esse papel, recebem plenos poderes, em geral por carta assinada pelo Chefe do Poder Executivo e referendada pelo Ministro das Relações Exteriores. Contudo, em razão do cargo ocupado, alguns representantes estatais estão dispensados da autorização como: Chefes de Estado, Chefes de Governo, Ministro das Relações Exteriores, Chefes de Missão Diplomática, entre outros. 
· Objeto lícito e possível, as partes contratantes devem celebrar tratado cujo objeto não seja contrário ao Direito Internacional Público e materialmente possível de ser executado.
· Consentimento mútuo, pois a vontade manifestada pelas partes contratantes deve ser hígida, sem nenhum dos vícios de consentimento como erro, dolo, coação, fraude, simulação etc.
12-Diferencie: assinatura, ratificação, anulação e extinção de um tratado internacional.
· Assinatura: significa que o Estado através do seu representante plenipotenciário, do seu representante de Plenos Poderes, está de acordo com aquele texto; 
· Ratificação: é o ato administrativo que o Chefe de Estado faz, pratica, dizendo que ele está de acordo com aquele tratado e que o Estado brasileiro assume os compromissos estabelecidos por aquele tratado, portanto, o Poder Executivo que, com o aval do Congresso Nacional ratifica ou não;
· Anulação: pode ser em decorrência de erro, dolo, corrupção, coação e pela Cláusula do jus cogens, é uma regra geral de Direito Internacional, aceita por todos que vai fulminar de nulidade todosos tratados; e
· Extinção de um tratado internacional: quando o tratado foi cumprido de forma integral, extingue-se o tratado; por expiração do prazo; por acordo mútuo entre as partes por chegarem a um acordo que não querem mais aquele tratado; e quando uma parte renuncia uma vantagem.
Fontes do Direito Internacional Público
13-O que é necessário para que comportamento seja considerado um costume jurídico internacional?
R- Há dois aspectos necessários:
· O elemento objetivo, pois é preciso que haja uma prática reiterada, repetitiva e permanente, o consuetudo, um costume que é uma prática cotidiana permanente. 
· O elemento psicológico (subjetivo), que as pessoas interiorizem e vejam como uma regra de direito.
Portanto, reunindo esses dois elementos, o consuetudo, que é o costume, com a subjetividade, de compreender que aquilo é uma regra e que deve ser obedecida, contudo pode se dizer que a regra costumeira tem força de norma.
14-Conforme nossa constituição federal quais são os princípios gerais do direito? No que se refere às relações internacionais?
R- Os Princípios Gerais do Direito são:
I- Independência nacional, o princípio baseado no conceito de Soberania que o Brasil dentro do seu território ele é independente;
II- Prevalência dos direitos humanos, o Brasil dá prioridade na sua constituição aos direitos humanos, as defesas dos direitos fundamentais;
III- Autodeterminação dos povos, vem de autonomia, o país é autônomo se ele consegue fazer leis, normas para si próprio e fazer cumprir as normas dentro do seu território (é a autodeterminação dos povos);
IV- Não intervenção, é o princípio “jus cogens”, não pode utilizar as FORÇAS nas relações internacionais;
V- Igualdade entre os Estados, foi com o Tratado de Vestfália, em 1648 depois da Guerra dos 30 anos, se firmou a igualdade jurídica entre os Estados, portanto, juridicamente os Estados são iguais; 
VI- Defesa da paz, é um princípio do Brasil e também a finalidade maior da ONU, é na defesa da paz e da segurança; 
VII- Solução pacífica dos conflitos, a não intervenção, a autodeterminação, a não violência, a não utilização da força, tudo está ligado com a solução pacífica dos conflitos;
VIII- Repúdio ao terrorismo e ao racismo, eles estão fora da norma, da lei, portanto, são passíveis de punição; 
IX- Cooperação entre os povos para o progresso da humanidade, o Estado Brasileiro é favorável à cooperação entre os povos para a construção de uma vida melhor para todos, pregando a solidariedade no plano internacional, a necessidade de ajuda recíproca entre os Estados; 
X- Concessão de asilo político, o Brasil em caso de perseguição política, se compromete a conceder asilo político, aqueles que são perseguidos por razões políticas.
15-Em que sentido a jurisprudência é uma fonte do DIP? Quais são os grandes tribunais internacionais?
R- A jurisprudência internacional, as decisões judiciárias a que se refere o artigo 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça, são meios auxiliares, pois no que tange a Jurisprudência, se entendem as reiteradas e constantes manifestações do Poder Judiciário sobre um mesmo assunto, dando sempre a mesma solução aos casos idênticos, ou seja, é uma sequência de julgamentos no mesmo sentido, e nada mais é do que a afirmação de um direito preexistente, contribuindo para continuidade jurídica e também para previsibilidade. Contudo, a jurisprudência, não é fonte do direito, porque ela não cria o direito, mas sim o interpreta mediante a reiteração de decisões no mesmo sentido, e constitui um meio auxiliar importante.
Os grandes Tribunais Internacionais são: 
· Corte Internacional de Justiça; 
· Corte Europeia de Direitos Humanos;
· Corte Interamericana de Direitos Humanos;
· Tribunal Penal Internacional; e 
· Tribunal Internacional de Direito do Mar.
16-Que órgãos são produtores da doutrina do DIP e qual o seu papel?
R- São três órgãos importantes como referência doutrinária:
· Instituto de Direito Internacional, de 1878, suas resoluções e votos são súmulas de Princípios para o DIP, pois pode influenciar na formulação de normas, nas decisões e na redação de Tratados; 
· Comissão de Direito Internacional da ONU, reúne especialistas do mundo inteiro e fica junto ao secretariado das Nações Unidas; e
· Academia de Direito Internacional de HAIA, de 1923, é um reconhecido centro de ensino e pesquisa, com objetivo de realizar estudos avançados dos aspectos legais das relações internacionais.
17-O que é equidade no DIP e quais são suas funções?
R- A equidade, ocorre nos casos em que a norma jurídica não existe ou nos casos em que ela existe, mas não é eficaz para solucionar coerentemente (e com justiça) o caso concreto sub judice. Portanto, trata-se de decidir com base em outras normas ou em princípios que supram a falta de previsão legal existente, ou que preencham a norma jurídica obsoleta ou ineficaz. Contudo, pode-se dizer que, a equidade nada mais é do que aplicação dos princípios de justiça a um caso concreto sub judice. Mas o art. 38, § 2º, do Estatuto da Corte Internacional de Justiça, é claro ao dispor que a aplicação da equidade depende da anuência das partes envolvidas.
Há três funções importantes:
· Função Corretiva, corrige os excessos ou a obscuridade da lei;
· Função Supletiva, vai suprir, substituir a lacuna da lei;
· Função Eliminadora, vai eliminar o direito positivo, decidindo o que é bom para as partes, uma questão ex aequo et bono, onde as partes e o juiz, irá decidir de forma razoável e justa.
Os Estados Sujeitos de Direito Internacional Público
18-Quais são os elementos constitutivos do Estado? Explique.
R- Os elementos constitutivos do Estado são: 
· Povo/população permanente. Povo: é uma definição política, jurídica, é o conjunto de nacionais, conforme o art. 12 da CF/88, a qual se atribui sentido social. População permanente: é o elemento pessoal do Estado. O conjunto de indivíduos nacionais ou estrangeiros que habitam determinado território em determinado período histórico. Denota comunidade estável se acrescida a território, portanto, é a definição física, biológica, conjunto de habitantes de moradores daquele Estado;
· Território: elemento material do Estado. A comunidade política razoavelmente estável deve controlar determinada área. Não é exigível que se tenha fronteiras bem definidas, bastando o estabelecimento efetivo de uma comunidade política. E pelo princípio da igualdade jurídica, a extensão territorial não influi sobre a personalidade internacional do Estado, o que significa que microestados também podem ser considerados sujeitos de direito internacional se preenchidos os demais requisitos;
· Governo ou soberano: não subordinado a qualquer autoridade exterior e cujos compromissos sejam pautados pelo direito internacional; e
· O reconhecimento e a capacidade de se relacionar com a comunidade dos Estados: corresponde ao requisito de independência em relação a outras ordens jurídicas estatais. Para muitos, é o critério decisivo da qualidade de Estado.
19-Quais são os tipos de reconhecimento do Estado? Explique.
R- Os Estados podem ser reconhecidos através dos seguintes tipos: 
· Expresso: o reconhecimento é objeto de uma declaração explícita, numa nota, num tratado, num decreto, algum documento formal estabelece esse reconhecimento; 
Tácito: resulta implicitamente de algum ato que torne aparente o tratamento do novo Estado como membro da comunidade internacional, portanto, não faz nenhum reconhecimento formal; 
· De jure: reconhecimento definitivo e completo (irrevogável); 
De facto: reconhecimento provisório, momentâneo ou limitado a determinadas relações jurídicas (revogável);
· Incondicionado: o reconhecimento é dado sem quaisquer condições.
Condicionado: o reconhecimento é dado mediante o cumprimento de condições pelo Estado que o almeja.
· Individual: o reconhecimento emana de um só Estado.
Coletivo: o reconhecimento emana de vários Estados por meio de declaração conjunta dos Estados ou ingresso de um Estado em uma organização internacional, sem que isso signifique necessidade deestabelecimento de relações diplomáticas por todos os membros. 
20-Quais são as doutrinas de maior destaque na questão de reconhecimento de governo? Explique.
R- Há duas doutrinas, são elas:
· Doutrina TOBAR, ou doutrina da legalidade: surgiu em 1907, quando o ministro das relações exteriores do Equador Carlos Tobar, sugeriu que não deveriam ser reconhecidos os governos transitórios nascidos das revoluções até que fossem demonstrados que eles tinham o apoio dos demais Estados. Portanto, destacava a questão da legitimidade democrática, pois para reconhecer um Governo, teria que haver legitimidade por parte da população; 
· Doutrina ESTRADA: surgiu em 1930, por obra de um mexicano, que para o reconhecimento de um novo governo não significa reconhecimento de sua legitimidade, mas que este possui de fato, o poder de dirigir o Estado e representa-lo internacionalmente. Pois, destacava a soberania nacional, portanto, em aguardar, esperar se esse governo realmente se legitima. 
21-No caso de extinção do Estado como se dá a sucessão relativa aos tratados e às dívidas? 
R- A Convenção de Viena sobre sucessão de Estados a respeito de tratados (1978) e que prevê essas hipóteses de sucessão por anexação, absorção, fusão e por desmembramento. 
· Anexação ou absorção: vai tudo para aquele Estado que absorveu o outro, como os tratados, os arquivos, e as dívidas, como ocorreu no caso da Alemanha Ocidental que absorveu Alemanha Oriental;
· Fusão: refere-se à unificação de um ou mais Estados, em relação aos tratados internacionais, aos arquivos, os bens públicos e as dívidas, vai tudo para o NOVO ESTADO que surge;
· Desmembramento: são os casos de descolonização, ocorrendo a divisão de um Estado em dois ou mais, como foi o caso de Sérvia e Montenegro.
Contudo, a sucessão pode se referir a transferência de direitos, obrigações, e /ou propriedade de um Estado anteriormente bem estabelecido (o Estado predecessor) ao novo (o Estado sucessor), podendo incluir ativos estrangeiros (embaixadas, reservas monetárias, artefatos de museus), participação em tratados, organizações internacionais, e às dívidas. 
No que diz respeito às dívidas, essa dívida irá ser distribuída proporcionalmente entre os 5 Estados, então, uma dívida de U$ 100 milhões, seria U$ 20 milhões para cada Estado, mas se um determinado Estado tem uma usina nuclear que serve apenas para aquele Estado em específico, desses U$ 100 milhões da dívida, U$ 40 milhões se refere a construção da usina nuclear, então, essa dívida será paga por aquele Estado em específico que tem a usina nuclear, mas os U$ 60 milhões faltantes, irão ser divididos entre os 5 Estados, ficando também o restante da dívida para aquele Estado que foi favorecido com a construção da usina nuclear, sendo assim, aplica-se o Princípio da Repartição Ponderada da Dívida.
Domínio Público Internacional
22 - Cite três direitos e dois deveres do Estado que são importantes. Explique.
R – O Estado tem direito a defesa, ele pode tomar decisões para defender, proteger sua soberania e se conservar. No que tange aos direitos, há 3 (três), nos quais são muito importantes. São eles: da LIBERDADE, pois implica em independência no ponto de vista do direito externo; da AUTODETERMINAÇÃO, tem a ver com autonomia do Estado em relação ao estrangeiro, o direito de tomar suas decisões, de estabelecer suas leis, suas normas, suas regras, inclusive independência para estabelecer relações internacionais; e da IGUALDADE, o direito a igualdade jurídica, desde a Paz de Westfália em 1648, o Princípio da igualdade dos Estados foi se firmando independentemente do ponto de vista de população ou tamanho, mas, sim, do ponto de vista jurídico, são iguais e têm direitos. Contudo, todos são pessoas jurídicas internacionais e iguais, atribuindo-lhe o direito de defesa e de conservação, pois poderia também o direito ao respeito mútuo, o direito que tem cada Estado, de ser tratado com consideração, o direito de ser respeitado. E em relação aos DEVERES, podemos destacar 2 (dois) como sendo os mais importantes. São eles: o DEVER da NÃO INTERVENÇÃO, pois é um Princípio Consagrado pela Carta das Nações Unidas, o Estado NÃO DEVE INTERVIR em outro país, até por ser membro da ONU, ele assumiu esse compromisso de não intervir no outro país, até para se estruturar como comunidade internacional. A própria Organização das Nações Unidas, pode autorizar uma intervenção, como na defesa dos interesses dos seus nacionais, em defesa dos direitos humanos.
 E o outro DEVER, é da NÃO INDIFERENÇA, o dever de SOLIDARIEDADE com o outro Estado, portanto, em situações de tragédias, furacões, enchentes ou qualquer outra situação, deve prevalecer o Princípio da NÃO INDIFERENÇA e o Princípio da SOLIDARIEDADE.
23 - O que é o "mar territorial"?
R – O mar territorial, é a faixa marítima ao entorno da costa de um território, fazendo parte das águas territoriais, onde se aplica a linha base, compreendendo o mar territorial e as águas internas, sendo, portanto, as águas internas, são partes do território do Estado, onde provém de soberania por completo. 
24 - Qual é a extensão e a finalidade da " Zona Contígua"?
R – A Zona Contígua, possui a extensão de 12 milhas marítimas ou náuticas, ou 22 km, contados a partir da linha base. É uma faixa de alto-mar, adjacente ao mar territorial, especificando que não podendo ultrapassar de 12 (doze) milhas a partir da linha base, que serve de ponto de partida para medir aquele mar. Pois, possui a finalidade de preservação e proteção do território nacional. 
25 - A soberania do Estado é absoluta na "Zona Econômica Exclusiva"? Explique.
R – Sim, a Zona Econômica Exclusiva (ZEE), em que se situa para além do mar territorial, não podendo estender das 200 (duzentas) milhas marítimas, iniciadas a partir de sua base. Portanto, o país tem primazia, na exploração econômica de recursos naturais, de riquezas vivas, como nas espécies de peixes, de vegetação, de algas marinhas e não vivos, os minerais, o petróleo, entre outros e na proteção ambiental.
26 - O que é "Plataforma Continental" e qual a sua extensão?
R – A Plataforma Continental, é o leito e o subsolo das áreas submarinas, entendendo além do mar territorial, toda extensão de seu prolongamento natural, até o bordo exterior da margem continental ou até uma distância de 200 (duzentas) milhas das linhas base.
27 - Em Direito Internacional, o que são "Rios Contíguos" e "Rios Sucessivos"? Dê exemplos.
R – No que tange o Direito Internacional, os rios internacionais apresentam duas situações: 
· Os Rios Contíguos, são aqueles cujas águas banham ao mesmo tempo terras de Estados diferentes, separando-os. Sendo assim, são denominados rios contíguos (adjacente ou vizinho). São rios que dividem dois Estados demarcando os limites entre ambos, ocorrem entre territórios de dois ou mais Estados. Portanto, o rio internacional é contíguo quando separa um Estado do outro, correndo entre os seus territórios e fazendo a fronteira natural entre eles. No caso dos rios contíguos, o limite normal de pesca é a linha mediana que divide o leito do rio entre os dois Estados. E quanto ao limite do rio, o mais comum é a chamada LINHA MÉDIA, mas tem-se também o chamado TALWEG, é o leito mais profundo do rio. Exemplo: no caso do Rios Contíguos, ou seja, de um lado é o Paraguai e o outro o Brasil, próximo, vizinho, adjacente ou contíguo, portanto, como se sabe que parte do Rio Paraguai, pertence ao Brasil e outra parte pertence ao Paraguai, contudo, o rio pode pertencer aos dois países (posse comum), sendo que, um pode utilizar a água do jeito que ele quiser e o outro também, mas comum, portanto, porém, não é esse, nem pertencer a um só e nem pertencer para os dois. O mais comum, é a chamada LINHA MÉDIA. Supondo que o Rio Paraguai tem 4 km de largura, de uma margem da outra, na margem do Paraguai puxa 2 km, sendo até ali é do Paraguai e 2 km é do Brasil, portanto, é a MÉDIA DO RIO; e
· Os Rios Sucessivos, são aqueles cujas as águas atravessam dois ou mais Estados, passando pelo território de um e seguindopara o território do outro e seguindo para o território do outros. Como o caso do rio Paraná, no Brasil, do Reno, que atravessa a Suíça, Áustria, Liechtenstem, Alemanha, França e Países Baixos, na Europa. Pois, em rio sucessivo, o ponto em que ele atravessa a fronteira não pode ser alterado por um dos Estados ribeirinhos sem o consentimento do outro; é proibida qualquer alteração nocivo da água; não pode ser retirada pelo ribeirinho de montante, uma quantidade de água tal que o caráter essencial do rio, ao chegar ao ribeirinho de jusante, se ache gravemente modificado; a utilização, qualquer que seja, não deve violar o direito de navegação, reconhecido em virtude de algum título legítimo; um ribeirinho de jusante não pode fazer ou permitir que façam, em seu território, obras suscetíveis de produzir inundações. Quanto à pesca, esta pode ser exercida nos rios sucessivos dentro dos limites da parte que cada Estado tem do rio; até o limite imediatamente anterior da divisa com o outro Estado pelo qual também o rio corre. Cada Estado, nesse caso, deverá evitar a utilização de meios de pesca prejudiciais (como exemplo, a pesca predatória) aos outros Estados que receberão posteriormente as águas do rio que por ele corre. Como exemplo, podemos citar o Rio Amazonas, o Amazonas nasce no Peru e como o Rio Solimões ele vem vindo até encontrar o Rio Negro já no território brasileiro, o Rio Negro e o Rio Solimões juntos formam o Rio Amazonas. Dá-se o nome de Rio Amazonas, porque ele nasce no Peru e entra no Brasil. Portanto, ele é SUCESSIVO, passa de um país para o outro. 
Nacionalidade
28 - O que é nacionalidade? É um direito fundamental? Explique.
R – Nacionalidade é o vínculo jurídico político que liga um indivíduo a um certo e determinado Estado, fazendo deste indivíduo um componente do povo, da dimensão pessoal deste Estado, capacitando-o a exigir sua proteção e sujeitando-o ao cumprimento de deveres impostos. A nacionalidade constitui matéria afeta aos direitos fundamentais do ser humano, ao ponto de haver expressa previsão positivada na Declaração Universal dos Direitos Humanos, aprovada pela Assembleia Geral das Nações Unidas, em 10 de dezembro de 1948, verbis:
Artigo XV
I - Todo homem tem direito a uma nacionalidade.
II - Ninguém será arbitrariamente privado de sua nacionalidade, nem do direito de mudar de nacionalidade.
Nesse sentido, o Poder Constituinte originário de 1988, procurou estabelecer um sistema misto, pelo qual se contemplasse tanto o critério do jus solis (origem territorial) como também o do jus sanguinis (origem sanguínea), para determinar a nacionalidade brasileira originária.
29 - Quais são os critérios básicos para definir a nacionalidade de origem ou primária? Explique-os.
R – Os critérios de atribuição de nacionalidade de origem são: o ius sanguinis e o ius soli, aplicando-se ambos a partir de um fato natural: o nascimento. 
· IUS SANGUINIS, por esse critério será nacional todo o descendente de nacionais, independentemente do local de nascimento.
· IUS SOLI, por esse critério será nacional o nascido no território do Estado, independentemente da nacionalidade de sua ascendência. A Constituição brasileira adotou-o em regra.
30 - Quais são as formas ou os tipos de naturalização? Descreva-os.
R – A naturalização (art. 64, I, II, III e IV) da Lei 13.445/17, pode ser: I - ordinária, II - extraordinária, III - especial e IV - provisória.
· Naturalização ordinária: art. 65, I - ter capacidade civil, segundo a lei brasileira; II – ter residência em território nacional, pelo prazo mínimo de 4 (quatro) anos; III – comunicar-se em língua portuguesa, consideradas as condições do naturalizando; e IV – não possuir condenação penal ou estiver reabilitado, nos termos da lei; art. 66, o prazo de residência fixado no inciso II do caput do art. 65 será reduzido para, no mínimo, 1 (um) ano se o naturalizando preencher quaisquer das condições: II – ter filho brasileiro; III – ter cônjuge ou companheiro brasileiro e não estar dele separado legalmente ou de fato no momento de concessão da naturalização;; V – haver prestado ou poder prestar serviço relevante ao Brasil; ou VI – recomendar-se por sua capacidade profissional, científica ou artística.
· Naturalização extraordinária: art. 12, II, b, CF/88, será concedida a pessoa de qualquer nacionalidade fixada no Brasil há mais de 15 (quinze) anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeira a nacionalidade brasileira. 
· Naturalização especial: art. 68, I e II, poderá ser concedida ao estrangeiro que se encontre em uma das seguintes situações: I – seja cônjuge ou companheiro, há mais de 5 (cinco) anos, de integrante do Serviço Exterior Brasileiro em atividade ou de pessoa a serviço do Estado brasileiro no exterior; ou II – seja ou tenha sido empregado em missão diplomática ou em repartição consular do Brasil por mais de 10 (dez) anos ininterruptos.
· Naturalização provisória: art. 70, poderá ser concedida ao migrante criança ou adolescente que tenha fixado residência em território nacional antes de completar 10 (dez) anos de idade e deverá ser requerida por intermédio de seu representante legal. E no parágrafo único, a naturalização prevista no caput será convertida em definitiva se o naturalizando expressamente assim requerer no prazo de 2 (dois) anos após atingir a maioridade.
31 - Há distinção entre brasileiros natos ou naturalizados? Explique.
R – A Constituição Federal, no art. 12, § 2º, e em virtude do princípio da igualdade, determina que a lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados. Portanto, o brasileiro nato e o brasileiro naturalizado são iguais perante a lei, a exceção dos cargos privativos do art. 12, § 3º, ou se houver uma outra restrição legal.
32 - Quando ocorre a perda de nacionalidade para o brasileiro?
R – Da perda da nacionalidade, art. 75 da Lei 13.445/17, o naturalizado perderá a nacionalidade em razão de condenação transitada em julgado por atividade nociva ao interesse nacional, nos termos do art. 12, I, § 4º da CF e também no art. 12, II, § 4º, “b”, CF, o brasileiro nato ou o naturalizado se ele vier adquirir outra nacionalidade ( art. 12, II, § 4º) ele perde a nacionalidade brasileira, salvo se: a lei estrangeira reconhecer a nacionalidade brasileira ou se a lei estrangeira impor a naturalização como condição de permanência do brasileiro naquele país ou para exercício dos direitos civis.
Estrangeiros no Território do Estado – Relações Diplomáticas e Consulares 
33 - O que é repatriação, deportação, expulsão e extradição segundo a Lei 13.445/2017? Explique e aponte os artigos correspondentes.
· REPATRIAÇÃO, art. 49 da lei 13.445/17, é uma medida administrativa de devolução do estrangeiro antes que ele entre para dentro do território, o estrangeiro é barrado e devolvido para o seu país; 
· DEPORTAÇÃO, arts. 50, 51 e 52 da Lei 13.445/17, é uma medida decorrente de procedimento administrativo que consiste na retirada compulsória de pessoa que se encontre em situação migratória irregular em território nacional; 
· EXPULSÃO, arts. 54 a 60 da Lei 13.445/17, é uma medida administrativa de retirada compulsória de migrante ou visitante do território nacional, conjugada com o impedimento de reingresso por prazo determinado. Art. 54, § 1º, poderá dar causa à expulsão a condenação com sentença transitada em julgado relativa à pratica de:
I - crime de genocídio, crime contra a humanidade, crime de guerra ou crime de agressão, nos termos definidos pelo Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional;
II - crime comum doloso passível de pena privativa de liberdade, consideradas a gravidade e as possibilidades de ressocialização em território nacional; e
· EXTRADIÇÃO, arts. 81 a 99 da Lei 13.445/17, é a medida de cooperação internacional entre o Estado brasileiro e outro Estado pela qual se concede ou solicita a entrega de pessoa sobre quem recaia condenação criminal definitiva ou para fins de instrução de processo penal em curso, portanto, tem que haver um Tratado de Extradição ou uma Promessade Reciprocidade.
34 - Quais são as imunidades e as prerrogativas dos agentes diplomáticos? Explique.
R – As prerrogativas conferidas aos agentes diplomáticos são: 
· Inviolabilidade pessoal e domiciliar, a pessoa do agente diplomático é inviolável. Não poderá ser objeto de nenhuma forma de detenção ou prisão. O estado acreditado deve trata-lo com o devido respeito e adotará todas as medidas adequadas para impedir qualquer ofensa a pessoa, liberdade ou dignidade. A residência particular do agente diplomático gosta da mesma inviolabilidade e proteção que os locais da missão. Seus documentos, sua correspondência seus bens gozaram igualmente inviolabilidade.
· Imunidade de jurisdição, os agentes diplomáticos tem imunidade de jurisdição civil, penal e administrativa de forma absoluta e irrenunciável. Assim, não poderão ser processados, julgados e punidos no estado acreditado por infrações dessa natureza, isso, contudo, não significa que saíram impunes, por quanto a própria CVRD Determina que a imunidade de jurisdição de um agente diplomático no estado acreditado não o isenta da jurisdição do estado acreditante que deverá proceder a apuração e punição do ilícito.
No que tange a jurisdição civil, não a imunidade em caso de ação sobre imóvel particular do agente situado no território do estado acreditado, ação sucessor em que o agente diplomático figura, a título privado, como executor testamentário, administrador, herdeiro ou legatário, e ação vinculada a profissão liberal ou atividade comercial exercida pelo agente diplomático no estado acreditado fora de suas funções oficiais. Ainda, importante referir que, como a imunidade prerrogativa decorrente da função exercida pela agente diplomático em nome do estado acreditante, apenas este cabe a ela renunciar. No entanto, é necessário que seja expressa e, uma vez, proferida, deve ser renovada em relação as medidas de execução de sentença civil e administrativa. 
Por fim, resta mencionar que os membros da família de um agente diplomático que com ele vivam gozaram das mesmas imunidades, desde que não sejam nacionais do estado acreditado.
No entanto, em relação ao pessoal de serviço, imunidade abrange unicamente ilícitos penais, civis e administrativos praticados no exercício de suas funções, motivo pelo qual não alcança seus familiares.
· Isenção fiscal, nos exatos termos da CVRD agentes diplomáticos gozam de isenção de todos os impostos e taxas, pessoais ou reais, nacionais, regionais ou municipais, com exceção das seguintes: impostos indiretos, impostos e taxas sobre bens imóveis privados do agente, situados no território do estado acreditado, os direitos de sucessão percebidos pelo estado acreditado, impostos e taxas sobre rendimentos privados que tenham a sua origem no estado acreditado os impostos sobre capital, referente a investimentos em empresas comerciais no estado acreditado, impostos E taxas cobradas por serviços específicos prestados, que Direito de registro, de hipoteca, custas judiciais e impostos de selo relativo a bens imóveis do agente diplomático. Ainda, tudo que se destina usou oficial do pessoal da missão está livre de encargos. O estado acreditado permitirá a entrada livre do pagamento de direitos aduaneiros, taxas e gravamos conexos, que não constituam despesas de armazenagem, transporte e outras relativas a serviços análogos dos objetos destinados ao uso oficial da missão e dos objetos destinados ao uso pessoal do agente diplomático ou dos membros de sua família que com ele vivam, incluindo os bens destinados à sua instalação.
35 - Quais são os privilégios e as imunidades Consulares? Explique.
R – Os privilégios e as imunidades estão ligadas ao estrito exercício da função consular, são:
· Inviolabilidade pessoal, os cônsules e funcionários consulares gozam de inviolabilidade física. Eles não poderão ser detidos ou presos preventivamente, nem sofrer qualquer forma de limitação em sua liberdade pessoal, exceto em caso de crime grave em decorrência de decisão de autoridade judiciária competente, ou ainda, por sentença judiciária definitiva.
· Imunidade de jurisdição, em regra, os funcionários consulares e os empregados consulares não estamos sujeito a jurisdição das autoridades judiciárias e administrativas do estado receptor pelos atos realizados no exercício das funções consulares. Logo, tem imunidade de jurisdição penal, civil e administrativa, desde que usados ilícitos cometidos estejam relacionadas a função exercida na repartição (atos de ofício).
Nessas condições, duas conclusões são inevitáveis: tais prerrogativas não são estendidas a família do funcionário consular ou cônsul; e os crimes comuns (não perpetrados no exercício das funções consulares) poderão ser investigados, processados e punidos no estado acreditado.
· Isenção fiscal, os funcionários empregados consulares, assim como os membros de suas famílias que com eles vivam, estarão isentos de quaisquer impostos e taxas, pessoais ou reais, nacionais, regionais, ou municipais, com exceção dos seguintes: Impostos indiretos normalmente incluídos nos preços das mercadorias ou serviços, impostos e taxas sobre imóveis privados situado no território do estado receptor, impostos de sucessão de transmissão exigíveis pelo estado receptor, impostos e taxas sobre rendas particulares, impostos e taxas percebidos como remuneração de serviços específicos prestados, direitos de registros, taxas judiciárias, hipoteca e selo.
De qualquer sorte, o estado receptor, de acordo com as leis e regulamentos que adotar, permitir a entrada e considerar isenção de quaisquer impostos alfandegários, tributos e despesas conexos, com exceção das despesas de depósito, de transporte de serviço análogos para os artigos destinados ao oficial da repartição consular, os artigos destinados ao uso pessoal do funcionário consolar e aos membros da família que com ele vivem. 
36 - O que é imunidade de jurisdição e imunidade de execução do Estado. Explique e dê exemplos.
R - As imunidades jurisdicionais podem ser definidas como regramentos que impedem que os Estados sejam submetidos, formal e materialmente, à jurisdição de seus pares. De fato e deve se reconhecer, é de conhecimento que o “Estado tem como direito fundamental o de exercer a sua jurisdição no território nacional”. A capacidade de exercer a jurisdição em seu próprio território decorre da própria condição de soberania estatal. Entretanto, existem certas pessoas e coisas às quais não se aplica a regra de sujeição à jurisdição do Estado estrangeiro, ainda que se encontrarem no seu território. Para tanto, estas pessoas devem dispor de prerrogativas de imunidade jurisdicional. Portanto, a jurisdição é, uma função estatal e o seu exercício constitui a exteriorização da capacidade que tem Estado de se impor para cumprir os seus objetivos, ou seja, exteriorização do poder.
Agora, quanto à imunidade de execução do Estado, é quando o Estado soberano ou estrangeiro, essa imunidade impede que esse sujeito de direito internacional, sofra processo de execução no Brasil. A imunidade de execução tem fonte convencional. Há dois tratados: a Convenção de Viena de 1961 – sobre relações diplomáticas e à Convenção de Viena de 1963 sobre relações consulares. 
Esses tratados estabelecem que os bens pertencentes às embaixadas e a consulados são invioláveis. A imunidade de execução de Estado estrangeiro é ABSOLUTA, uma vez que não se aplica a teoria dos atos de gestão e dos atos de império. E embora absoluta a imunidade de execução soberana tem exceções. São elas:
Jurisprudência do STF
· Só poderá executar se houver renuncia expressa à imunidade de execução. Apenas admite a execução de Estado estrangeiro se houver renuncia expressa à imunidade de execução.
Jurisprudência do TST
· Para o TST há 02 possibilidades de executar bens de estados estrangeiros situados no Brasil:
1) Se houver renuncia expressa da imunidade de execução pelo Estado estrangeiro.
2) Se o Estado Estrangeiro possuir no Brasil bens não afetados às funções desempenhadas pelas embaixadas e pelos consuladosem funções diplomáticas e consulares (ex. Imóveis fechados, aplicações no mercado estrangeiros etc.)
Portanto, a renúncia na imunidade de jurisdição (conhecimento) não pode ser aproveitada na imunidade de execução. No processo de execução exige-se uma nova renuncia expressa.
Responsabilidade Internacional do Estado
37	- O que é Responsabilidade Internacional do Estado? Quais são os seus elementos constitutivos?
R - Responsabilidade internacional é o instituto jurídico que visa responsabilizar determinado Estado pela prática de um ato contra direitos ou dignidade de outro Estado. Portanto, quando um Estado pratica ato por ação ou por omissão contra os direitos de outro Estado, atesta-se que aquele Estado tem responsabilidade internacional. Visa proibir que os Estados pratiquem atos delituosos contra os interesses do outro e aquele Estado que sofreu o dano seja ressarcido. Para configurar o ato têm que haver 3 elementos, são eles: o ato ilícito, o dano provocado e o nexo de causalidade. Com tudo, se o ato for ilícito e provocar um dano a outro Estado e houver um nexo de causalidade entre o ato ilícito e o dano, esse Estado poderá ser responsabilizado internacionalmente. 
38	- O Estado pode ser responsabilizado pelos atos dos seus órgãos? Descreva-os e dê exemplos.
R – Os órgãos executivos são os principais órgãos do Estado, por exemplo, o Estado tinha que dar proteção a determinados estrangeiros (israelenses) por estarem sendo ameaçados por grupos extremistas árabes. O Estado brasileiro foi alertado e deveria dar proteção, e se vier ocorrer algum ato, a omissão será do Estado, por não ter dado a proteção devida a aquele grupo de estrangeiros. 
Tem-se também os atos do órgão do Legislativo, no qual poderá ser responsabilizado o Estado quando tinha que fazer uma lei e não a fez, ou o legislativo toma uma decisão e faz uma lei completamente contrária as obrigações internacionais que o Brasil assumiu em uma série de tratados e o Estado pode ser responsabilizado por uma ação do Poder Legislativo, por omissão, exemplo é a Lei Maria da Penha. 
39	- Em relação aos atos dos indivíduos, dos particulares, o Estado pode ser responsabilizado? Explique. 
R – Se o indivíduo for funcionário do Estado, o Estado é responsável pelos atos e também dos indivíduos, desde que sejam atos que estejam representando o Estado. Há atos de particulares e também de empresas que podem comprometer o Estado, pois tem a chamada teoria da solidariedade, tanto no plano interno precisa-se de um mínimo de solidariedade, um mínimo de regras, portanto, para que se mantenha o mínimo de solidariedade tem-se que responsabilizar quem provoca o dano. E a outra, é a teoria da culpa, pressupõe que o Estado há uma cumplicidade entre os seus membros, em tese, os membros do Estado devem ser responsabilizados, porque se eles agiram provocando um dano em relação ao outro estado é o mínimo de cumplicidade entre eles. Mas em geral, é aceito a teoria do mínimo de solidariedade. 
40	- Quais são as circunstâncias que excluem a responsabilidade? Explique.
R – Quando perde o caráter de ilícito, transformando no direito reconhecido, no caso a legítima defesa, pois se o Estado pratica um ato em legítima defesa, ele está excluído da responsabilidade, pois a legítima defesa faz desaparecer o ilícito do ato; outra situação, é quando o ato que foi praticado em resposta ao outro ato ilícito que foi praticado contra a pessoa, exemplo a represália; no decurso do tempo, extingue a responsabilidade, a chamada “prescrição liberatória” ou “extinta”, portanto, quando o tempo torna extinta aquela responsabilidade; e o estado de necessidade, por uma situação de necessidade, o indivíduo acaba provocando um dano, exemplo o ato de guerra.
Organizações Internacionais 
41 - Quais são os objetivos e os princípios que norteiam a Organização das Nações Unidas (ONU)?
R – Os objetivos são manter a paz e a segurança internacionais; desenvolver relações amistosas entre as nações; realizar a cooperação internacional para resolver os problemas mundiais de caráter econômico, social, cultural e humanitário, promovendo o respeito aos direitos humanos e às liberdades fundamentais; ser um centro destinado a harmonizar a ação dos povos para a consecução desses objetivos comuns.
Os princípios que norteiam a ONU são: a Organização se baseia no princípio da igualdade soberana de todos os seus membros; todos os membros se obrigam a cumprir de boa fé os compromissos da Carta; todos deverão resolver suas controvérsias internacionais por meios pacíficos, de modo que não sejam ameaçadas a paz, a segurança e a justiça internacionais; todos deverão abster-se em suas relações internacionais de recorrer à ameaça ou ao emprego da força contra outros Estados; todos deverão dar assistência às Nações Unidas em qualquer medida que a Organização tomar em conformidade com os preceitos da Carta, abstendo-se de prestar auxílio a qualquer Estado contra o qual as Nações Unidas agirem de modo preventivo ou coercitivo; cabe as Nações Unidas fazer com que os Estados que não são membros da Organização ajam de acordo com esses princípios em tudo quanto for necessário à manutenção da paz e da segurança internacionais; e nenhum preceito da Carta autoriza as Nações Unidas a intervir em assuntos que são essencialmente da alçada nacional de cada país.
42 - O Conselho de Segurança da ONU é composto de quantos membros? Quais são seus membros permanentes? Eles têm poder de veto? Explique.
R – O Conselho de Segurança da ONU é composto por 15 membros. São 5 membros permanentes detentores de poder de veto os Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e a China. Os 5 membros permanentes são detentores de poder de veto do Conselho de Segurança das Nações Unidas, pois o poder de veto é exercido exclusivamente pelos 5 membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, no qual permiti-lhes evitar a adoção de qualquer projeto adicional pela resolução do Conselho.
43 - Qual é a composição da Corte Internacional de Justiça (CIJ)? E qual é a sua competência? Explique.
R – A Corte Internacional de Justiça é composta por 15 juízes de diferentes nacionalidades, sendo indicados pelo país. No que tange a sua competência é de solucionar, em concordância com o direito internacional, disputas legais submetidas por Estados, além de oferecer pareceres consultivos sobre questões legais apresentadas por órgãos autorizados da ONU e outras agências especializadas. 
44 - O indivíduo tem acesso direto, como parte, junto a Corte Interamericana de Direitos Humanos e a Comissão Interamericana de Direitos Humanos? Explique.
R – Os indivíduos, grupos ou entidades que não sejam o Estado não têm capacidade de impetrar casos junto à Corte, mas podem recorrer à Comissão Interamericana de Direitos Humanos. A Comissão pode, então, levar os assuntos diante desta, sempre que o Estado questionado haja reconhecido sua competência. 
45 - Como é eleito o Parlamento Europeu? O indivíduo tem acesso direto a Corte Europeia de Direitos Humanos? Explique.
R – O Parlamento Europeu é o órgão legislativo da União Europeia. É diretamente eleito pelos europeus de cinco em cinco anos, sendo que o número de deputados por país é aproximadamente à população de cada país. 
Sim, qualquer indivíduo tem acesso direito, basta provocá-lo nos casos de violação de Direitos Humanos.

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