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Imuno RESUMÃO

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Sistema Imunológico: introdução 
HISTÓRIA DA IMUNOLOGIA: 
 Imunologia foi baseada na tentativa e 
no erro. 
 Séc X: tentativa da imunologia da varí-
ola. 
 Edward Jenner: pai da vacina da varío-
la. 
 O desenvolvimento da imunologia foi 
marcado por uma guerra de artigos ci-
entíficos entre Robert Koch e Louís 
Pasteur (vitorioso). 
> celularismo: observadores de células. 
> humoralista: observadores e proteínas. 
 Imunologia: estudo das células e 
componentes que fazem parte da de-
fesa do organismo. 
 
INTRODUÇÃO: 
 As células do sistema imunológico são 
separados em 2 blocos para facilitar 
os estudos: linhagem mielóide (célula 
natural kiler-NK, neutrófilo, eosinófilo, 
basófilo e monócito, células da respos-
ta imune inata) e linhagem linfoide 
(linfócitos T e linfócitos B, células da 
resposta imune adaptativa). 
 Os 2 blocos de células são co-
dependentes; a imunidade inata ativa a 
imunidade adaptativa. 
 A imunidade adaptativa só é ativada 
se a imunidade inata não resolver o 
problema. A célula dentrítica, conhe-
cida como célula fofoqueira, é a res-
ponsável por ativar a imunidade adap-
tativa.; ela é o elo de ligação entre a 
resposta inata e a resposta adaptativa. 
 
NÍVEIS DE DEFESA: 
 Barreira física: suco gástrico, lisomima 
das lágrimas, pele, pelos, lactoperoxí-
dase do leite, saliva, urina, zinco do sê-
men. 
 Sistema Imunológico Inato (com célu-
las da linhagem mielóide). 
 Sistema Imunológico Adaptativa (com 
células da linhagem linfoide). 
 
FASES DA RESPOSTA IMUNE: 
 O patógeno invade. 
 O PRR (receptor de padrão molecular) 
reconhece alguma estrutura do micro-
organismo e então o fagocita. OBS: o 
TRL (tool-like) é o principal represen-
tante de PRR. 
 
RESPOSTA IMUNE INATA: 
 É uma resposta imediata. 
 É uma resposta menos específica. 
 Não é reforçada no 2º contato com o 
patógeno. 
 
RESPOSTA IMUNE ADAPTATIVA: 
 É uma resposta demorada (4-5 dias). 
 É uma resposta que tem especificidade 
para cada patógeno. 
 É forçada no 2º contato com o patóge-
no, graças a memória imunológica. 
 
Brenda Washington 
Sistema Imunológico 
RESPOSTA IMUNE INATA: 
 Também chamada de na natural ou na-
tiva. 
 É a 1º linha de defesa do organismo, 
incluindo barreiras físicas e químicas. 
 Ela bloqueia a entrada de microorga-
nismos, elimina ou limita o crescimento 
do patógeno. 
 É uma resposta padronizada, indepen-
dente do microorganismo. 
 Células que compõe a resposta imune 
inata: neutrófilos e macrófagos 
(células fagocitárias), células NK 
(natural killer), células dendríticas 
(apresentadoras de antígeno) e prote-
ínas sanguíneas (citosinas e sistema 
complemento). 
 
RESPOSTA IMUNE ADAPTATIVA: 
 Também chamada de na adquirida ou 
específica. 
 É uma resposta estimulada pela expo-
sição ao patógeno. 
 Essa resposta tem especificidade e 
memória (anticorpos). 
 Células que compõe a resposta imune 
adaptativa: Linfócitos B e Linfócitos T. 
 É uma resposta que se subdivide em 
humoral e celular. 
 
>Resposta Adaptativa Humoral: 
 Contra microorganismos extracelular. 
 Células que compõe: Linfócitos B. 
 Mecanismo efetor do linfócito B: pro-
dução de anticorpos. 
 Ação: bloqueia infecções e elimina pa-
tógenos extracelulares. 
 
>Resposta Adaptativa Celular: 
 Contra microorganismos intracelular. 
 Células que compõe: Linfócitos T 
(citotóxicos e auxiliares). 
 Mecanismo efetor do linfócito T cito-
tóxico (ou CD 8): mata a célula infec-
tada e elimina reservatórios. 
 Mecanismo efetor do linfócito T auxi-
liar (ou CD 4): ativa macrófagos atra-
vés da liberação de citosinas. 
A resposta imunológica inata estimula/
ativa a resposta imune adaptativa (que 
leva dias para ser ativada). 
OBSERVAÇÕES: 
 Substâncias estranhas não-infecciosas 
podem desencadear respostas imunoló-
gicas. 
 A ação do sistema imunológico causa 
lesão tecidual e, por isso, ela controla-
da através de linfócitos Treg 
(reguladores). 
 O sistema imunológico possui mecanis-
mos para não reconhecer antígenos 
próprios. Caso ele reconheça antígenos 
do nosso corpo, a pessoa torna-se doe-
te (com uma doença autoimune). 
 Quando um linfócito é ativado, ele so-
fre expansão clonal (proliferação), 
também chamada de retroalimentação 
positiva. 
 Após a eliminação do patógeno, a res-
posta imunológica retorna ao seu esta-
do basal (chamado de homeostasia). 
 
CITOSINAS: 
 Uma citosina pode atuar em várias cé-
lulas e causar vários efeitos biológicos 
(chamado de pleiotropismo). 
 Várias citosinas diferentes podem cau-
sar o mesmo efeito biológico. 
 A citosina pode possuir ação autócrina 
(ela atua onde é produzida), parácrina 
(ela atua na célula adjacente) e endó-
crina (ela atua longe do seu local de 
produção). 
 
TERMOS IMPORTANTES: 
 DAMP’S: patógenos ou parte de pa-
tógenos. 
 PAMP’S: células mortas ou parte de 
células mortas. 
 TRL: receptores do tipo tool-loke que 
reconhecem PAMP’S. 
 APC: células apresentadoras de antí-
geno. 
 
SISTEMA COMPLEMENTO: 
 Proteínas circulantes ativadas por ci-
tosinas da resposta imune inata, adap-
tativa ou ativadas ao identificar um 
microorganismo (de modo independen-
te), gerando produtos que intensificam 
a fagocitose ou lisam diretamente o 
microorganismo. 
Brenda Washington 
Imunidade Inata 
 Ela está pronta antes do organismo ser 
exposto a outro patógeno. 
 É uma resposta rápida. 
 Reconhece microorganismos ou parte 
deles (PAMP’s). 
 Ela também é ativada ao reconhecer 
danos celulares (DAMP’s). 
 É FORMADA POR macrófagos, neu-
trófilos, células NK, basófilos, eosinó-
filos, mastócitos etc, além de citosi-
nas, sistema complemento e barreiras 
físicas (células justapostas que produ-
zem muco). 
 COMO O ORGANISMO RECONHECE 
OS PATÓGENOS ? A resposta imune 
inata reconhece os PAMP’s (padrões 
estruturais que se repetem nos grupos 
de microorganismo) através de recep-
tores TRL Toll Like. Macrófagos, 
células dendríticas, neutrófilos e célu-
las epiteliais possuem receptor Toll 
like. 
 O QUE ACONTECE QUANDO O RE-
CEPTOR TOLL É ATIVADO ? Dispa-
ra-se uma cascata intracelular de pro-
teínas que resultam na ativação de uma 
molécula chamada NF Capa Beta (fator 
de transcrição), fazendo com que ela 
migre para o núcleo e ative a transcri-
ção de genes específicos para pro-
duzir citosinas e quimiocinas respon-
sáveis por recrutar outras células para 
matar os microorganismos restantes. 
 CÉLULAS APRESENTADORAS DE 
ANTÍGENO: macrófagos, linfócitos 
B e, principalmente, células dendríti-
cas. Quando as células APC reconhe-
cem a PAMP’S, as fagocitam e as apre-
sentam para os linfócitos. 
 CÉLULAS NK: lisam e matam células 
infectadas, células estressadas ou 
células tumorais. Elas atuam de modo 
semelhante ao linfócito citotóxico (CD 
8), induzindo as células a apoptose 
através da liberação de perforinas 
(perfuram a membrana celular) e gran-
zinas. Além disso, as células NK tam-
bém atual ativando macrófagos (ela ca-
pacita o macrófago, fazendo com que 
ele produza mais enzimas e óxido nítri-
co, potencializando sua ação). 
 COMO A CÉLULA NK IDENTIFICA 
UMA CÉLULA INFECTADA OU ES-
TRESSADA? A célula NK interage 
com 2 receptores da membrana celu-
lar, um receptor ligante de NK (que ge-
ra um sinal positivo para que a célula 
seja destruída) e um receptor ligante 
de MHC (inibidor). Logo, se a célula 
tem sinal do receptor ligante de NK 
(sinal positivo) e tem sinal do receptor 
MHC (sinal negativo), a célula NK en-
tende que a célula não deve ser des-
truída, pois recebeu o sinal negativo. 
 Alguns microorganismos podem inter-
ferir na expressão do MHC (logo, 
ele não é expresso), fazendo com que a 
célula NK entenda que há algum pro-
blema na célula, então a induz para 
apoptose através da perforina e da 
granzina. 
 CÉLULAS PERCEBEM A PRESENÇA 
DO VÍRUS e produzem uma subtancia 
chamada de interferon (INF) tipo 1 
(alfa e beta). O interferon 1 atua de 
maneira autócrina (na própria célula) e 
de maneira parácrina (nas células vizi-
nhas),induzindo as células a ficarem 
no estado antiviral (induz modifica-
ções na célula como inibição da síntese 
proteica viral, aumento da degradação 
do RNA viral e inibição da expressão 
de genes do vírus), fazendo com que o 
vírus tenha sua proliferação prejudica-
da (embora ainda sobreviva). 
Brenda Washington 
A IMUNIDADE INATA ATIVA A 
IMUNIDADE ADAPTATIVA: é neces-
sário dois sinais para a imunidade adap-
tativa ser ativada, o 1º sinal é um reco-
nhecimento do antígeno e o 2º sinal vem 
de uma molécula da imunidade inata. 
RESUMÃO: Quando o microorganismo 
atravessa as barreiras físicas (resposta 
imune inata), células APC e células fago-
citárias são ativadas; somado a isso, ati-
vam-se células NK e sistema complemen-
to, além de iniciar o processo inflamató-
rio. A partir dai, as células APC ativam a 
resposta imune adaptativa após apresen-
tação de antígeno. 
Processo Inflamatório 
 INFLAMAÇÃO é uma resposta do 
tecido a uma lesão, agressão ou inva-
são. É uma resposta inespecífica, pois 
usa elementos da resposta imune inata. 
 O OBJETIVO da inflamação é recru-
tar elementos do sistema imunológico 
para o local que ocorreu a lesão visan-
do combater a situação anormal. A in-
flamação é um sinal de alerta que atrai 
células e moléculas que ajudam a com-
bater microorganismos e reparar o te-
cido lesado. 
 O PROCESSO INFLAMATÓRIO é me-
diado por substâncias químicas que são 
liberadas no tecido após a invasão ou 
lesão. Esses MEDIADORES são libera-
dos principalmente por macrófagos 
(macrófagos esses ativados ao reco-
nhecer PAMP’s e DAMP’s), e por mas-
tócitos que liberam histaminas. 
 Após liberação de mediadores no pro-
cesso inflamatório, ocorrem 4 mudan-
ças nos vasos sanguíneos (que visam 
permitir a diapedese): 
> Vasodilatação local: aumenta o fluxo 
sanguíneo local, logo, mais células e mo-
léculas chegam na área (fator que causa 
RUBOR e CALOR). Além disso, a vaso-
dilatação torna o fluxo local mais lento, 
permitindo a passagem efetiva do vaso 
para o tecido. 
> Permeabilidade do vaso: células, mo-
léculas e líquido sai do vaso sanguíneo 
para o tecido (fator que causa EDEMA, 
o que provoca a compressão de termina-
ções nervosas, gerando DOR). 
> Liberação de fatores de coagulação: 
esses fatores de coagulação atuam como 
mediadores da inflamação provocando 
coagulação em microvasos sanguíneoas 
da área, impedindo que o agente causa-
dos do processo inflamatório seja trans-
portado para outra área pela corrente 
sanguínea. 
> Ativação endotelial: o vaso sanguí-
neo da area passa a expressar 
“moléculas de adesão” para atrair ma-
crófagos, monócitos e neutrófilos para o 
local da inflamação. As citosinas geradas 
no local da inflamação faz as células cir-
culantes do vaso sanguíneo expressarem 
receptores para as moléculas de adesão, 
o que permite a DIAPEDESE (saída do 
vaso sanguíneo para o tecido). 
 A ATIVAÇÃO DE MASTÓCITO ocor-
re por estímulos mecânicos, presença 
de moléculas do Sistema Complemento 
ou por neuropeptídios (moléculas libe-
radas por terminações nervosas). Ao 
ser ativado, o mastócito LIBERA HIS-
TAMINA, responsável por causa va-
sodilatação e dor (a histamina reduz o 
limiar da dor). O estimulo doloroso 
causado pela histamina vai para a me-
dula e volta para o local inflamado, es-
timulando a liberação dos neuropeptí-
dios, que, conforme já citado, atuam 
sobre os macrófagos ativando-os. Com 
isso, os neuropeptídios são capazes de 
gerar PEQUENOS PROCESSOS IN-
FLAMATÓRIOS (por ex: se a pessoa 
leva um tapa na cara, não há lesão teci-
dual, porém, a dor causa liberação de 
neuropeptídios que ativam mastócitos, 
causando rubor e edema local, além de 
deixar a área dolorida). 
 A ATIVAÇÃO DE MACRÓFAGO ocor-
re por reconhecimento de PAMP’s e 
DAMP’s. Ao serem ativados, SECRE-
TAM SUBSTÂNCIAS LIPÍDICAS 
que potencializam a resposta inflama-
tória (prostaglandina e leucotrieno) 
responsáveis pela vasodilatação e au-
mento da permeabilidade vascular, 
além de atrair células para o local. 
Além disso, secretam também CITO-
SINAS (IL-1, IL-6 e TNF-Alfa) res-
ponsáveis por ativar o endotélio do va-
so, causando a expressão das molécu-
las de adesão. Por fim, secretam tam-
bém QUÍMIOSINAS que promovem a 
quimiotaxia (atraem células do sistema 
imune para o local da infecção). 
Brenda Washington 
Além dos efeitos locais, os mediadores 
químicos da inflamação tem EFEITO 
SISTÊMICO, pois caem na corrente 
sanguínea. Esses efeitos podem ser pro-
tetores (aumento da produção de célu-
las do sistema imune, febre, e opsoniza-
ção da ação do sistema complemento e 
da inflamação) ou patológicos (queda da 
PA, tendência a trombos e caquequicia). 
Após solucionar o problema, neutrófilos 
sofrem apoptose, há uma redução dos 
mediadores inflamatórios, o tecido é re-
parado por macrófagos (TGF-Beta e IL-
10) e retorna ao estado normal. 
Inflamação Crônica 
 A INFLAMAÇÃO CRÔNICA é a infla-
mação que persiste no local. Nessa in-
flamação ocorre a chegada de linfóci-
tos T (em seus diversos perfis, como 
linfócito T TH-1 e linfócito T TH-2. 
> TH-1: faz o linfócito ativar macró-
fago continuamente, gerando um PRO-
CESSO DE FIBROSE (substituição do 
tecido normal por um tecido fibroso, ge-
rando perda de função). Além disso, o 
sistema imune tenta isolar o patógeno 
que não foi combatido, formando um 
granuloma. 
> TH-2: recrutamento constantes de 
eosinófilos (na qual liberam os conteúdos 
dos seus grânulos gerando DESTRUI-
ÇÃO TECIDUAL local). 
 RESUMÃO: invasão/lesão tecidual > 
macrófago reconhece PAMP’s e DA-
MP’s > macrófago ativado por reconhe-
cer PAMP’s e DAMP’s + mastócito ati-
vado por estimulo mecânico, comple-
mento ou neuropeptídeos >> macrófago 
libera mediadores inflamatórios que 
causam vasodilatação, permeabilidade 
do vaso, liberação dos fatores de coa-
gulação e ativação endotelial (causando 
dor, calor, rubor e edema) > ocorre a 
diapedese > monócito/macrófago e 
neutrófilo no tecido >> histamina do 
mastócito causa vasodilatação e dor > a 
dor causa liberação de neuropeptídeos 
que ativa mastócito e gera vasodilata-
ção. Macrófago libera prostaglandina e 
leucotrienos, citosinas e quimiocinas... 
Etc. 
 Após o problema ser resolvido, neutró-
filos sofrem apoptose, macrófagos re-
conhecem neutrófilos mortos e enten-
dem que o patógeno já foi eliminado, 
então, ele se diferencia em um perfil 
de macrófagos diferente dos clássicos 
(M2). O M2 produz citosinas com fun-
ção de diminuir a resposta inflamató-
ria, além de secretar fatores que re-
cuperam o tecido lesado. Com isso, a 
resposta inflamatória retorna ao seu 
estado basal. 
Brenda Washington 
Ou seja, uma inflamação crônica causa des-
truição tecidual, além disso, ocorre o pro-
cesso de transformação do tecido em fi-
brose, gerando perda de função. 
Processo Inflamatório 
Sistema Complemento 
 O sistema complemento é uma CAS-
CATA DE PROTEÍNAS que está pre-
sente no plasma. Quando ativadas, pro-
vocam a morte de células infectadas e 
de patógenos, além de desencadear 
uma resposta inflamatória. 
 Esse sistema INDUZ A LISE de uma 
célula alvo ou patógeno, facilita a fago-
citose por opsonização (marca a célula 
com opsoninas para ela ser fagocitada). 
 As APSONINAS são principalmente 
moléculas do complemento e anticor-
pos. Elas se grudam no patógeno para 
que as células fagocitárias (células que 
possuem receptores para opsoninas) 
possam identifica-las e fagocita-las. 
 O complemento também atua na remo-
ção de monocomplexos (complexos for-
mados pela ligação de antígeno e anti-
corpo), além de provocar lise de célu-
las infectadas ou de patógenos, acar-
retando também na ativação da res-
posta inflamatória. 
 O sistema complemento pode ser ATI-
VADO POR 3 VIAS, sendo elas: a 
via clássica, a via alternativa e a via 
das lectínas. Todas as vias convergem 
na clivagem de uma das moléculas do 
complemento (C3 em C3A e C3B). 
C3B é uma opsonina. C3A é uma molé-
cula que ativa o processo inflamatório. 
Caso essas ações não forem o suficien-
te paraeliminar o patógeno, a cascata 
do sistema complemento continua para 
potencializar a resposta: C3B recruta 
moléculas como C5 (clivada em C5A e 
C5B), responsáveis por opsonizar a fa-
gocitose e recrutam outras moléculas. 
C5 recruta outras proteínas (C6,C7, C8 
e C9), formando um complexo de ata-
que a membrana (que forma um canal 
na membrana celular, levando a perda 
de moléculas), causando morte celular 
por desequilíbrio osmótico. C3A e C5A 
são anafilatoxinas que provocam rea-
ção inflamatória. 
> VIA ALTERNATIVA: ocorre através 
da clivagem espontânea de C3 no plasma. 
Caso não haja patógeno, C3A e C3B são 
degradadas. Caso haja patógeno, a cas-
cata continua. C3B se liga na superfície 
do patógeno, recrutando outra proteína 
(fator B) que será clivado com BA e BB. 
BA não tem função, sendo portanto de-
gradada. Já o BB permanece ligado ao 
C3B, formando um complexo chamado de 
C3 convertase, que começa a clivar vá-
rias moléculas de C3 (tornando o proces-
so mais rápido). Uma molécula de C3B se 
liga no complexo C3 convertase forman-
do um novo complexo C3B-BB-C3B cha-
mado de C5 convertase, responsável por 
catalisar a clivagem do C5 em C5A e 
C5B. O C5 recruta o C6, C7, C8 e C9 
causando a formação do complexo de 
ataque a membrana. 
> VIA CLÁSSICA: ocorre através da 
ligação da proteína C1 ao complexo antí-
geno-anticorpo. Um complexo formado 
por antígeno-anticorpo está presente na 
corrente sanguínea, fazendo C1 se ligar 
nesse complexo, iniciando a via clássica. 
A C1 se liga no complexo antígeno-
anticorpo, que recruta C4 (que será cli-
vado em C4A e C4B). C4B se liga na su-
perfície do patógeno, porém, ele não é 
uma opsonina; C4B recruta a proteína 
C2, que será clivada em C2A e C2B. O 
Complexo C4B+2A é a C3 convertase da 
via clássica. A C3 convertase cliva C3 em 
C3A e C3B, onde C3B se liga na su-
perfície do patógeno (boa opsonina) e 
uma outra C3B se liga no complexo 
C4B+2A, formando o complexo 
C4B+C2A+C3B que é uma C5 convertase, 
responsável por clivar C5 em C5A e C5B. 
> VIA DA LACTINA: ocorre através 
da lectina que se liga a manose do pató-
geno, atuando como C1. A lectina 
(proteína) se liga na superfície do pató-
geno, se ligando a um resíduo de manose 
(açúcar do microorganismo). A lectina é 
parecida com o C1 da vida clássica, fa-
zendo o processo igual o da via clássica. 
 
Brenda Washington 
OBSERVAÇÃO: A C3 convertase e C5 
convertase da via Alternativa e da via 
Clássica são formadas por aprtes dife-
rentes. Na via alternativa a C3 conver-
tase é formada por C3B+BB, já na via 
clássica é C4B+C2A. De modo semelhan-
te, C5 convertase é formada por 
C3B+BB+C3B na vida alternativa, e 
C4B+2A+3B na via clássica. 
 
Por fim, todas as vias clivam C3 em C3A 
e C3B. 
Sistema Complemento 
 A partir da clivagem de C3 em C3A e 
C3B, AS 3 VIAS CONTINUAM DE 
MANEIRA COMUM, onde C5A é uma 
anafilatoxina pois induz a inflamação e 
C5B recruta outras proteínas (C6, C7, 
C8) que formam um complexo na mem-
brana, recrutando o C9, formando um 
poro na membrana (complexo de ata-
que a membrana); esse complexo forma 
várias buracos na célula que à desesta-
biliza levando-a a lise por desequilíbrio 
osmótico. Além da lise, o sistema com-
plemento induz a fagocitose através da 
opsonização; os fagócitos tem em sua 
superfície receptores de opsoninas 
(moléculas responsáveis por facilitar o 
processo de fagocitose). Por fim, o sis-
tema complemento ativa o processo 
inflamatório. 
Brenda Washington 
RESUMÃO: existem 3 vias para ativa-
ção do sistema complemento: A via al-
ternativa (ativada através da clivagem 
espontânea de C3 em C3A e C3B), a via 
clássica (ativada através da ligação da 
proteína C1 ao complexo antígeno-
anticorpo) e a via da lectina (ativada 
através da ligação da proteína lectina na 
manose do patógeno, atuando como C1 da 
via clássica). Todas as vias clivam C3 em 
C3A e C3B e todas as vias continuam de 
maneira comum a partir da clivagem de 
C5 em C5A (responsável por induzir a 
inflamação) e C5B (responsável por re-
crutar proteínas que atacam a membrana 
da célula infectada, resultando em lise/
morte celular). 
Anticorpo e Antígeno 
 os ANTICORPOS ou IMUNOGLOBU-
LINAS são proteínas que circulam no 
plasma, sendo os principais mediadores 
da resposta imune adaptativa humoral. 
 Cada anticorpo é específico para um 
determinado antígeno e, por isso, te-
mos vários anticorpos distintos. 
 O anticorpo é, inicialmente, encontra-
do ligado na membrana de LINFÓCI-
TOS B (atuando como receptores de 
membrana, chamado BCR); após ter si-
do exposto a um antígeno, o anticorpo 
passa a circular sozinho pelo plasma. 
 A FUNÇÃO do anticorpo é de se ligar 
ao seu antígeno. Inicialmente o antíge-
no se liga no anticorpo em forma de 
BCR, ativando a célula B. A partir dai, a 
célula B ativada passa a produzir e se-
cretar anticorpos no plasma, para que 
atuem contra os antígenos/patógenos 
da corrente sanguínea (mecanismo efe-
tor da resposta imune humoral). 
 Os ANTICORPOS LIVRES se ligam 
nos antígenos do patógeno, neutrali-
zando-o ao formar uma barreira física, 
o que impede que este patógeno se li-
gue a uma célula. Esse mecanismo efe-
tor também funciona perante toxinas. 
 Outra ação importante dos anticorpos 
é a OPSONIZAÇÃO: ao se ligarem ao 
antígeno, eles opsonizam esse microor-
ganismo ou toxina para que seja fago-
citado. (lembre-se que os fagócitos 
tem receptores para opsoninas). 
 Os anticorpos ATIVAM O COMPLE-
MENTO (através da via clássica), 
favorecendo a opsonização e causando 
lise no patógeno (através do complexo 
de ataque a membrana do sistema com-
plemento). 
 Os anticorpos podem causar HIPER-
SENSIBILIDADE IMEDIATA 
(alergia), que se da através da ativação 
e degranulação de mastócitos desenca-
deada pelo anticorpo. 
 Existem várias CLASSES de anticor-
pos e cada uma tem uma função. 
>IgA: associado a mucosas. Esse é 
transferido na amamentação. 
>IgD: anticorpo fixo na forma de BCR. 
>IgM: 1 º anticorpo a ser secretado. 
>IgG: relacionado com sangue. Esse 
atravessa a barreira placentária. 
>IgE: combate de eumintos/vermes e 
relacionado com processos alérgicos. 
Brenda Washington 
 A ESTRUTURA BIOQUÍMICA do an-
ticorpo: ele é formando por 4 cadeias 
ligadas entre si através de ligações 
bissulfeto (S-S). Há duas CADEIAS 
PESADAS idênticas entre si e duas 
CADEIAS LEVES também idênticas 
entre si. Em cada molécula de anticor-
po há 2 SÍTIOS DE LIGAÇÃO para 
antígenos (sítios idênticos). Esse sítio 
é formado por uma parte da cadeia pe-
sada e uma parte da cadeia leve (de 
REGIÃO VARIÁVEL, ou Fab). Ou 
seja, o antígeno se liga ao anticorpo na 
sua região variáve (Fab), enquanto a 
outra porção do anticorpo (chamada de 
FC) é responsável por realizar as 
funções do anticorpo: se ligar a um re-
ceptor ou ao complemento. 
 Há 5 tipos de CADEIAS PESADAS, 
sendo elas: alfa (IgA), épsilon (IgE), 
Mí (IgM), gama (IgG) e delta (IgD). O 
tipo de cadeia pesada determina a 
classe do anticorpo. 
 Há 2 tipos de CADEIAS LEVES, sendo 
elas: Kappa e Lâmbda. 60% dos anti-
corpos é do tipo Kappa e 40% do tipo 
Lambda. 
 Os ANTÍGENOS são substâncias ca-
paz de induzir uma resposta imune 
(chamados de IMUNÓGENO). Apenas 
uma parte do antígeno (chamado de 
EPÍTOPO) é reconhecida pela siste-
ma imune. Assim sendo, 1 mesmo antí-
geno pode ter vários epítopos (iguais 
ou diferentes). Há antígenos que, em-
bora sejam reconhecidos pelo sistema 
imune, não geram resposta imunológica 
(chamados de APTENOS). 
Anticorpo 
 Quando um anticorpo de membrana 
(BCR) reconhece um antígeno, ele so-
fre MODIFICAÇÕES. 
 Primeiro, ocorre uma MATURAÇÃO 
DA AFININIDADE entre anticorpo e 
antígeno, com isso, a ligação entre eles 
torna-se mais forte e mais efetiva. 
 Em seguida, há uma MUDANÇA na 
forma do anticorpo, da forma de 
MEMBRANA para a forma SECRE-
TADA. 
 Por fim, ocorre a MUDANÇA de 
CLASSE (também chamado de isoti-
po). A classe é alterada de IgM 
(primeiro anticorpo a ser secretado) 
para outra classe mais específica.O 
fator que determina a próxima clas-
se/isotipo de anticorpo a ser secre-
tado pelo linfócito B é uma citosina se-
cretada pelo linfócito T. 
Brenda Washington 
Apresentação de antígeno e Mhc 
 Células APRESENTADORAS DE AN-
TÍGENO (APC) possuem moléculas 
expressas na membrana, capacitando-
as para apresentar antígeno e ativar 
linfócitos T (cada linfócito T é especí-
fico para um único antígeno). A célula 
APC apresenta antígeno no linfonodo. 
 O LINFONODO produz quimiocinas 
que atraem as células APC para lá, con-
tudo, as células APC só percebem a 
existência dessas quimiocinas ao ex-
pressarem receptores específicos para 
essas quimiocinas (chamados de CCR-
7). Os receptores CCR-7 só são ex-
pressos pelas APC quando ela sofre 
maturação, deixando de ser uma célula 
que fagocita para se tornar uma célula 
que exclusivamente apresenta antíge-
no; essa maturação ocorre após sua 
primeira fagocitose. Assim sendo, en-
quanto a célula APC migra para o linfo-
nodo, ela continua seu processo de ma-
turação, processando o antígeno para 
apresenta-lo. 
 Para que o LINFOCITO RECONHEÇA 
O ANTÍGENO, são necessários dois 
sinais: (1º) o SINAL DO ANTÍGENO 
através da apresentação feita pelas 
APC via MHC (complexo de histocom-
patibilidade) sobre os receptores TCR 
do linfócito T e (2º) o SINAL DA CO-
ESTIMULADORA presente na célula 
APC (CD-80 ou CD-86 / B7-1 ou B7-2) 
sobre o receptor CD-28 do linfócito T. 
Brenda Washington 
OU SEJA: a célula APC reconhece o 
antígeno através de receptores tool li-
ke, fagocita, entra em processo de ma-
turação, expressa receptores CCR-7 pa-
ra quimicinas liberadas pelos linfonodos, 
migra para o linfonodo, apresenta o an-
tígeno para a célula T através das MHC. 
Junto a isso, a APC da o 2º sinal para 
ativação do linfócito T através da coes-
timuladora da célula APC no receptor 
CD28 do linfócito T. Após ativado, o lin-
fócito T sofre expansão clonal 
(multiplicação), migra para o local da in-
fecção (atraído por quimiocinas) e efe-
tua seu mecanismo efetor (resposta 
imune adaptativa células). A partir des-
sa expansão clonal do linfócito T, não é 
mais necessário um 2º sinal para sua ati-
vação. 
 O receptor MHC é uma das classes de 
moléculas que reconhecem antígeno. 
Diferente dos anticorpos ou dos re-
ceptores TCR, o MHC não é tão especí-
fico, portanto ele RECONHECE VÁ-
RIOS ANTÍGENOS diferentes. Além 
disso, o MHC se liga apenas a antíge-
nos PEPTÍDICOS (proteínas). 
 As células de MHC podem ser de 2 ti-
pos: MHC de CLASSE 1 (presente em 
todas as células) e MHC de CLASSE 
2 (presente apenas em células APC). 
 
> Se a apresentação de antígeno for fei-
ta via MHC de classe 1, o MHC se ligará 
no TCR do linfócito CD-8 (linfócito T ci-
totóxico). Neste caso, o linfócito ati-
vado induzirá a célula a morte. 
> Se a apresentação de antígeno for fei-
ta via MHC de classe 2, o MHC se ligará 
no TCR do linfócito CD-4 (linfócito T 
helper/auxiliar). Nesse caso, o linfóci-
to T ativado liberará citosinas para 
atrair macrófagos para o local. 
 
 O MHC está SEMPRE APRESENTAN-
DO ALGUM ANTÍGENO, seja esse um 
antígeno patogênico ou antígeno pró-
prio (uma molécula do nosso próprio 
corpo). Como não há linfócitos que re-
conheçam antígenos próprios, o sis-
tema imunológico não é ativado nessa 
situação. Caso o MHC não seja expres-
so na membrana, a célula NK destrói a 
célula. 
RESUMÃO: caso uma célula comum 
seja invadida por algum microorganismo, 
ela irá processar este patógeno e apre-
senta-lo via MHC de classe 1. Com isso, 
o linfócito T citotóxico será ativado e 
destruirá a célula infectada. Caso o mi-
croorganismo iniba a expressão do MHC, 
a célula NK atua destruindo a célula 
contaminada. 
 
Contudo, caso uma célula APC fagocite 
um microorganismo (presente no inters-
tício/plaspa/humor), ela irá processar 
este patógeno e apresenta-lo via MHC 
de classe 2. Com isso, o linfócito T hel-
per será ativado e liberará citosinas que 
atrairá células fagocitárias para o local. 
Montagem do Mhc 
 A montagem do MHC CLASSE 2 via 
APRESENTADORAS DE ANTÍGENO 
(APC) é diferente da via de montagem 
de uma célula comum. Essa é chamada 
de VIA ENDOCÍTICA. 
 O antígeno é fagocitado pela APC. Em 
seguida, ocorre a ligação do lisossomo 
no fagossomo, para que ocorra a que-
bra e processamento do antígeno. 
 Enquanto isso, no RER ocorre a produ-
ção das cadeias do MHC de classe 2 
(cadeia alfa e cadeia beta). Somando a 
isso, ocorre a síntese de uma cadeia 
invariante que contém uma ponta cha-
mada de CLIP (responsável por se ligar 
na fenda do MHC de classe 2, visando 
estabilizar momentaneamente as duas 
cadeias do MHC. 
 Logo em seguida esse MHC é enviado 
ao complexo de golgi, sendo empacota-
do numa vesícula exocítica. A vesícula 
exocítica se funde a vesícula que con-
tém o antígeno, onde o CLIP se desliga 
(com auxílio de uma estrutura chamada 
HLA-DM) do MHC para que o antígeno 
se ligue a ele. 
 A partir dai, o MHC ligado ao antígeno 
se dirige a membrana, onde se ligará a 
uma célula T helper (tipo CD4). 
 
 Após ligação com o MHC classe 2 e 
com a coestimuladora, o linfócito é 
ativado, sofre expansão clonal e re-
torna ao local da infecção através da 
expressão de receptores para quimio-
cinas produzidas no local da infecção. 
Chegando lá, o linfócito CD4 reconhece 
o antígeno no local da infecção através 
do MHC das células apresentadoras 
que estão no local, se ativa e libera ci-
tosinas. Neste caso, já não é mais ne-
cessário o 2º sinal. 
 Caso a apresentação do antígeno seja 
feita por macrófagos, as citosinas li-
beradas atuam sobre os macrófagos, 
capacitando-os para destruir o antíge-
no fagocitado. 
 Caso a apresentação do antígeno seja 
feita por células B, as citosinas libera-
das atuam sobre o linfócito B, capaci-
tando-o para produzir mais anticorpos 
e provocando a mudança de classe des-
ses anticorpos. 
Brenda Washington 
 A montagem do MHC CLASSE 1 via 
QUALQUER CÉLULA é diferente da 
via de montagem de uma célula APC. 
Essa é chamada de VIA CITOSÓLICA. 
 O vírus usa o ribossomos para a sínte-
se de proteínas virais. 
 A célula possui uma estrutura chamada 
de ubiquitina, responsável por marcar 
aleatoriamente proteínas que devem 
ser degradadas (degradadas para o 
metabolismo da célula ou para apresen-
tação de antígeno). 
 Toda proteína marcada/ubiquitinada é 
linearizada e quebrada por uma estru-
tura chamada de proteassoma, para 
que possa ser direcionada ao RE. 
 Enquanto isso, no RE ocorre a produção 
das cadeias do MHC de classe 1. Neste 
caso, não existe CLIP, pois há uma pro-
dução de proteínas na membrana do 
retículo (TAP 1 e TAP 2) que estão o 
tempo todo bombeando por transporte 
ativo as proteínas do citoplasma para 
dentro do retículo; entre essas proteí-
nas, está os peptídeos quebrados pelo 
proteassoma (incluindo peptídeos vi-
rais). 
 Ao chegar no RE, os peptídeos ligam-se 
ao MHC. Tornando-o estável; a partir 
daí ele é levado ao complexo de golgi 
para ser empacotado em uma vesícula 
exocítica e então apresentado na mem-
brana plasmática, onde será reconheci-
do pelo linfócito T citotóxico (tipo 
CD8). 
 
 Após ligação com o MHC de classe 
1, o linfócito induz a célula a morte por 
apoptose. 
MHC 
CLASSE 1 
(Qualquer célula) 
CLASSE 2 
(Células APC) 
Linfócito T CD4 
(helper) 
Linfócito T CD8 
(citotóxico) 
Mata a célula 
infectada 
Libera 
citosinas 
Ativação de Linfócito t 
 Para que o LINFÓCITO T seja ATI-
VADO é necessário DOIS SINAIS: 
ANTÍGENO apresentado pela APC 
através do MHC e COESTIMULADOR. 
 Após reconhecer o antígeno, o linfóci-
to secreta citosinas (IL-2) que causam 
a expansão clonal, em seguida ele mi-
gra para o local de infecção (onde está 
o antígeno), sendo novamente apresen-
tado ao antígeno, combatendo-o (seja 
por meio de linfócitos citotóxicos ou 
linfócitos helper). 
 De acordo com o TIPO DE INFECÇÃO, 
ocorre a ativação de um perfil diferen-
te de linfócitos T helper; isso é deter-
minado pelas citosinas liberadas no lo-
cal de ativação.São exemplos de PER-
FIS DE LINFÓCITOS T HELPER: 
TH-1 e TH-2. 
> TH-1: ideal para BACTÉRIAS e VÍ-
RUS (perfil ativado por IL-12, liberada 
pela célula APC). Este libera TNF-Alfa 
(ativa macrófago e células NK), INF-
Gama (mantém o macrófago ativado por 
mais tempo, além de provocar a MU-
DANÇA DE CLASSE dos antígenos do 
linfócito B, que muda para Ig G) e IL-2 
(fator de crescimento para linfócito T 
citotóxico, células NK e linfócitos T (TH
-1). 
> TH-2: ideal para VERMES e patóge-
nos INTESTINAIS (perfil ativado por 
IL-4; não se sabe quem libera a IL-4 ini-
cial). Este libera IL-5 (provoca MU-
DANÇA DE CLASSE dos antígenos do 
linfócito B para Ig A), IL-4 (provoca 
MUDANÇA DE CLASSE dos antígenos 
do linfócito B para Ig E) e IL-13 
(estimula a síntese de muco pelo intesti-
no, servido de barreira física). Neste 
caso, o linfócito libera IL-4 ou IL-5. 
 
Brenda Washington 
 Quando a RESPOSTA IMUNE está NO 
FIM: o linfócito expressa uma molé-
cula CTLA-4, reduzindo a resposta por 
final negativo. O CTLA-4 se liga na mo-
lécula B7 da APC; assim, o CTLA-4 im-
pede que B7 se ligue na CD-28 
(impedindo o 2º sinal do coestimulador 
para ativar linfócito), fazendo com que 
o linfócito entre em anergia (reduzindo 
sua resposta). 
 Além de impedir a ligação física entre 
B7 e CD-28, o CTLA-4 gera um sinal 
negativo, sinal de bloqueio que impede 
a ativação do linfócito. 
 
 Se o LINFÓCITO T reconhece um 
ANTÍGENO PRÓPRIO , não haverá 
ativação desse linfócito pois a APC não 
tem estímulo para produzir as molécu-
las co-estimuladoras. Ou seja, ainda 
que exista o 1º sinal para ativação, não 
existirá o 2º sinal e, portanto, o linfó-
cito não-ativado entra em estado de 
anergia, eviando que ele combata antí-
genos próprios. 
RESUMÃO: a bactéria invade, a cé-
lula APC fagocita e processa o antígeno, 
a APC migra para o linfonodo, a APC 
apresenta o antígeno para o linfócito T 
e libera TH-12, o linfócito T libera IL-2 
e sofra expansão clonal, se diferencian-
do em linfócito T TH-1 (helper). 
Ativação de Linfócito b 
 O LINFÓCITO B virgem tem na sua 
membrana o anticorpo IgM e IgD. 
Quando o linfócito B é ATIVADO ele 
sofre expansão clonal, se transforma 
em PLASMÓCITO, muda a classe do 
anticorpo (dependente das citosinas 
liberadas pelos TH-1 ou TH-2), sofre 
maturação de afinidade e forma célu-
las de memória. 
 Há DOIS tipos de ATIVAÇÃO DE 
LINFÓCITO B, de acordo com o tipo 
de antígeno, mas ambos exigem 2 si-
nais para que ocorra a ativação. 
> Antígeno PROTEÍCO: a ativação e 
reconhecimento depende da participação 
do linfócito T (antígeno timo dependen-
te). Aqui, o linfócito reconhece o antí-
geno e o fagocita; em seguida ele pro-
cessa e apresenta esse antígeno para o 
linfócito T através dos MHC de classe 2 
sobre os CD-4 (1º sinal). O 2º sinal para 
ativação é através da ligação do CD40 
com o CD40-ligante, além da produção 
de citosinas pela célula T que provoca a 
mudança de classe nos anticorpos que 
estão sendo secretados pelo linfócito B. 
> Antígeno composto por ACIDO NU-
CLEICO, POLISSACARAÍDEO e LIPÍ-
DEO: ativação e reconhecimento dire-
tamente pelo linfócito B (antígeno timo 
independente). Neste caso, é necessá-
rio que mais de 1 anticorpo BCR reco-
nheça o mesmo antígeno no mesmo linfó-
cito B (chamado de ligação cruzada e 1º 
sinal). O 2º sinal pode ser dado por um 
receptor do tipo Tool-Like/TCR (que re-
conhece outro epítopo do antígeno) ou 
por um receptor do sistema complemen-
to que tenha se ligado ao outro epítopo. 
Brenda Washington 
RESUMÃO: 
Antígeno TIMOINDEPENDENTE: ape-
nas para açúcar, lipídeo e ácido nuclei-
co. O 1º sinal é através da ligação cru-
zada e o 2º sinal através de receptores 
TCR ou receptor do complemento. Nes-
te caso, não há mudança de classe do 
anticorpo. 
 
Antígeno TIMODEPENDENTE: apenas 
para proteínas. O 1º sinal é através da 
ligação antígeno-anticorpo e o 2º sinal 
através da ligação CD-40 com CD-40 
ligante do linfócito T. Nesse caso, há 
mudança de classe do anticorpo. 
RESPOSTA IMUNE INATA 
 Ela esta pronta antes da exposição ao patógeno. 
 Reconhece microorganismos, parte de microorganis-
mos e/ou células lesadas. 
 As barreiras físicas celulares são a 1º linha de defe-
sa. 
 Envolve várias células (neutrófilos, macrófagos, célu-
las NK, células dendríticas) e proteínas (citosinas, 
quimiocinas e sistema complemento). 
 Células fagocitárias: macrófagos/monócitos, neutrófi-
los e células dendríticas. Células APC: células dendríti-
cas, macrófagos e linfócitos B. Células assassinas: cé-
lulas NK. 
 CÉLULAS NK: interage com 2 receptores expres-
sos nas células: o ligante de NK e o MHC (que normal-
mente apresentam antígenos próprios). Caso o MHC 
não seja expresso, a célula NK intende que há um pro-
blema na célula e a induz a apoptose. 
 MACRÓFAGO: reconhece PAMP’s através de re-
ceptores TRL (tool-like), fagocitam, sintetizam MHC 
de classe 2 no RER que se une ao lisossomo, onde 
ocorre a ligação do antígeno nos receptores MHC, 
sendo por fim enviados a membrana. O macrófago 
também reconhece DAMP’s. Eles secretam citosinas 
pró-inflamatórias: prostaglandina, leucotrieno, IL-1, 
IL-6 e INF-Alfa. 
 CÉLULAS DENDRÍTICAS: reconhece PAMP’s, fa-
gocitam, apresentam antígeno através de receptores 
MHC classe 2. Ele migra para o linfonodo após ex-
pressar receptores CCR-7, atraídas pelas quimiocinas 
produzidas por ele. Lá, ela se encontra com os linfó-
citos e apresenta o antígeno. 
 NEUTRÓFILOS: células fagocitárias que reconhe-
cem PAMP’s e DAMP’s, além de ativarem células atra-
vés da síntese de citosinas e quimiocinas, iniciando 
uma inflamação aguda. 
INFLAMAÇÃO 
 Resposta a uma lesão/invasão que visa recrutar elementos para combater o microorganismo e reparar o 
tecido lesado. Ela causa vasodilatação local, aumenta a permeabilidade do vaso, ativa fatores de coagu-
lação e ativação endotelial que permitem a diapedese. 
 Ativação da inflamação através de macrófagos: ação mediada por citosinas produzidas ao contato 
com DAMP’s e PAMP’s. 
 Ativação da inflamação através de mastócitos: estímulos mecânicos, moléculas do sistema comple-
mento e neuropeptídeos ativam o mastócito. Ele libera histaminas que causam vasodilatação e permea-
bilidade capilar. 
 Ativação da inflamação através do sistema complemento: a presença de patógenos ou dano tecidual 
ativa o complemento. Ele causa/promove a quimiotaxia (recrutamento de células de defesa para o local). 
 Efeitos protetores: aumenta a síntese de células do sistema imune, provoca febre e estimula a 
síntese de proteínas que opsonizam e ativam o complemento, melhorando a resposta inflamatória. 
SISTEMA COMPLEMENTO 
 Cascata de proteínas presentes no plasma que provocam a morte celular de células infectadas e do patógeno, além 
de provocar uma resposta inflamatória. Pode ser ativada por 3 vias, mas todas causam a clivagem de C3 em C3A 
(inflamatória) e C3B(opsonina). Além disso, todas as vias convergem na clivagem de C5 em C5A (pró-inflamatória) e 
C5B (recruta outras proteínas que, juntas, formarão um complexo de ataque a membrana, responsável por formar 
um poro que gera desequilíbrio osmótico, causando lise). 
 Via alternativa: ocorre através da clivagem espontânea de C3. Caso não haja patógeno, as C3A e C3B são 
degradadas. 
 Via clássica: ocorre através da ligação da proteína C1 no complexo antígeno-anticorpo. 
 Via da lectína: corre através da ligação da proteína lectína (parecida com C1 ) em uma manose presente na 
superfície do patógeno. 
RESPOSTA HUMORAL 
 As células B possuem receptores Tool-like (TCR), 
receptor do complemento e receptor anticorpo 
(BCR). Os anticorpos são proteínas que circulam li-
vres no plasma ou ligados a membrana dos linfócitos 
B (BRC). Os anticorpos livres se ligam no antígeno, 
neutralizando-o através de uma barreira mecânica, 
além de fazem opsonização. 
 O linfócito B virgem tem IgM e IgD em sua mem-
brana e, quando ativado (por meio de 2 sinais), sofre 
expansão clonal, maturação de afinidadee diferenci-
ação de classe do anticorpo. Há 5 classes de anti-
corpos: IgA (associado a mucosas e passa pela ama-
mentação), IgD (exclusivo na forma BCR), IgM (BCR 
e é o 1º anticorpo a ser secretado), IgG (relacionado 
com sangue e flúidos, além de atravessar a barreira 
placentária) e IgE (ideal no combate de eumintos, 
vermes e processos alérgicos). 
 A ativação pode ser de forma timoindependente 
(ligação cruzada de BCR + TRL ativo) ou timodepen-
dente (fagocitose e apresentação do antígeno via 
MHC + ligação do CD40 da célula T com o CD40-
ligante da célula B). 
 Ativação timoindependente não há mudança de clas-
se do anticorpo. 
RESPOSTA CELULAR 
 Dependendo da célula que apresenta o antígeno via 
MHC, diferentes linfócitos são ativados. Apresenta-
ção feita por MHC de classe 1 (por qualquer célula), 
é ativado linfócito citotóxico CD-8. Apresentação 
feita por MHC de classe 2 (por células APC), é ativa-
do linfócito helper CD-4. 
 Linfócito T CD8: após ativado, sofre expansão 
clonal através da IL-2 (liberada por ela mesma). 
Após ativado, ele induz a apoptose em células que 
apresentarem PAMP’s via MHC de classe 1. 
 Linfócito T CD4: após ativado (via MHC de clas-
se 2), sofre expansão clonal através da IL-2. 
(liberada por ela mesma) Após ativado, ele produz 
citosinas que capacita macrófagos, capacita linfócito 
B e provoca a mudança de classe dos anticorpos. Há 
vários perfis de linfócito T: TH-1 é ideal para 
bactéria é vírus e secreta TNF-alta, INF-gama e IL
-2; TH-2 é ideal para vermes ou patógenos intes-
tinais e secreta IL-4, IL-5 e IL-13; TH-17 é rela-
cionado com a ativação de neutrófilos e secreta IL-
17A, IL-17F e IL-22. 
Treg: linfócito T relacionado com a regulação da 
resposta imunológica. É ativado por IL-2. 
Brenda Washington 
tolerância imunológica e autoimune 
 Os linfócitos reconhecem antígenos do 
nosso organismo e toleram eles (ou 
seja, não respondem a antígenos pró-
prios). 
 Na tolerância os linfócitos passam por 
processo de MATURAÇÃO (central e 
periférica), onde ocorre uma seleção. 
O linfócito B da medula óssea 
(central), caso reconheça os nossos an-
tígenos (através dos receptores), eles 
sofrem apoptose ou reestruturação. 
O linfócito T nos órgãos linfoides 
(central) se transformam em Treg 
(linfócitos T reguladores). 
 Na tolerância periférica ocorre explo-
são de linfócitos autoreguladores: 
alergia, apoptose ou o Treg atua. 
 LINFÓCITO T: processo de seleção 
negativa, onde o linfócito reconhece 
o antígeno próprio apresentados a ele 
e se a ligação for muito forte, ocorre 
apoptose; ou de se transformar em 
Treg (na presença de citosinas) devi-
do o microambiente que o timo se en-
contra. 
 TIMO: expressa todas as proteínas 
do nosso corpo em suas células epiteli-
ais; isso é importante para antígenos 
extritos (antígeno com função de reco-
nhecimento de tecido que não pode ter 
resposta inflamatória), gerando um 
ambiente que tem todos os antígenos 
para que ocorra seleção. Caso ocorra 
o reconhecimento de um antígeno pró-
prio, o linfócito sofre apoptose ou é 
transformado em Treg. 
 Se os linfócitos não expressarem a 
proteína de reconhecimento autoimu-
ne ocorre autoimunidade. 
 Na TOLERÂNCIA DE LINFÓCITO T 
de periferia: para ativar linfócito é ne-
cessário 3 sinais (MHC, coestimulador 
e liberação de citosinas). Quando a 
apresentação do antígeno é com molé-
culas do nosso organismo não há coes-
tímulo, visto que ele não está num am-
biente inflamatório. Assim só há 1 sinal 
de ativação, onde o linfócito se tor-
na anérgico (não ativado). A Treg se 
transforma quando não ocorre apopto-
se ou entra em anergia. Esses são os 3 
mecanismos da tolerância periférica 
de célula T (anergia, apoptose ou 
Treg). 
Brenda Washington 
 LINFÓCITO B: também há 2 proces-
sos de tolerância, central e periféri-
ca. Na medula os linfócitos B expres-
sam BCR (receptor), testando eles nos 
antígenos presentes. Se a ligação for 
forte, a célula vai para apoptose ou faz 
rearranjo genético (muda de recep-
tor). Na periferia o linfócito B vira 
anerfico (ligação fraca) ou regulação 
negativa de linfócito B (receptores 
inibitórios). 
 A AUTOIMUNIDADE é a falha na to-
lerância periférica. 
 Algumas doenças autoimunes ocorre 
por infecções graves ou recorrentes, 
onde as células APC de auto-antígeno 
muda seu fenótipo inflamatório com 
expressão de coestimulo, ativando lin-
fócito e causando a autoimunidade. Po-
de ocorrer também o mimetismo celu-
lar: a proteína do microorganismo tem 
semelhança com uma proteína nossa, 
causando ativação cruzada (ocorre na 
febre reumática). 
 A DIABETES TIPO 1 é um exemplo de 
doença oriunda do problema com a au-
toimunidade. 
RESUMÃO: a tolerância imunológica 
existe para que os linfócitos T e B não 
sejam ativados contra antígenos pró-
prios apresentados a eles via MHC. O 
processo de maturação para que ocorra 
a tolerância pode ser central ou perifé-
rica. 
Nos linfócitos T, a tolerância central 
ocorre nos órgãos linfoides e, caso o lin-
fócito reconheça os antígenos próprios 
e a ligação seja muito forte, esse linfó-
cito sofre apoptose ou se transforma 
em um linfócito regulador (Treg); já na 
tolerância periférica, o linfócito se tor-
na anérgico (não ativado), por só tem 1 
dos 3 sinais necessários para se ativar 
um linfócito. 
Nos linfócitos B, a tolerância central 
ocorre na medula óssea e, caso o linfóci-
to reconheça os antígenos próprios e se 
a ligação for forte, esse linfócito sofre 
apoptose ou faz rearranjo genético; já 
na tolerância periférica, o linfócito se 
torna anérgico ou sofre regulação nega-
tiva de linfócito. 
Hipersensibilidade 
 Ocorre quando o organismo ataca algo 
que não deveria ou quando atua de ma-
neira exagerada. 
 Existem 4 tipos de hipersensibilidade: 
(1) IgE causando degranulação de mas-
tócitos, causando alergia, (2) anticor-
pos agindo sobre células, tecidos e re-
ceptores, (3) deposição de imunocom-
plexos, e (4) relacionada com linfócito 
T CD4 e CD8 (essa é tardia). 
 
HIPERSENSIBILIDADE TIPO 1: 
 Ligação de antígeno ao anticorpo IgE 
(ligado na superfície de mastócito), 
causando a degranulação de mastócito-
cito e liberação do conteúdo do mastó-
cito, causando efeitos locais e sistêmi-
cos. Há mastócitos sensíveis a mudan-
ça de temperatura, gerando uma crise 
na mudança do clima. 
 É comum ocorrer em processos alérgi-
cos e há componente genético envolvi-
do. Polén, ácaros, fungos, animais 
(pelo), alimentos etc tendem a dar 
alergia. 
 A REAÇÃO ALÉRGICA é dividida em 3 
fases: sensibilização, ativação e efeto-
ra. 
> sensibilização: é a 1 ª exposição ao 
antígeno alergênico (que nunca tinha sido 
exposto antes). O linfócito B captura o 
antígeno e apresenta para o linfócito T. 
Esse linfócito T num indivíduo atópico 
(alérgico) se diferencia em TH-2, esti-
mulando a célula B a sofrer maturação e 
passar pela troca do classe do anticorpo 
para IgE. O IgE se liga ao mastócito, 
tornando-o sensibilizado. Se ele nunca 
mais for exposto ao antígeno, não have-
rá reação alérgica, embora tinha ocorri-
do a sensibilização. 
> ativação: é a 2º exposição ao antí-
geno alergênico. Esse antígeno se liga na 
IgE do mastócito por ligação cruzada 
(várias IgE se ligando a diferentes por-
ções do antígeno), provocando sua ativa-
ção e degranulação (liberação do conteú-
dos dos grânulos, composto por princi-
palmente histamina e mediadores lipídi-
cos que aumentam a permeabilidade vas-
cular), causando a reação de hipersensi-
bilidade imediata (alérgica). Ocorre 
também a liberação de citosinas que re-
crutam mais células para o local, causan-
do reação inflamatória chamada de rea-
ção de fase tardia (ocorre após 2h a 
4h). Brenda Washington 
> efetora: a histamina e mediadores 
lipídicos causam vasodilatação, bronco-
constrição, hipermotilidade intestinal, 
inflamação e lesão tecidual. Ocorre tam-
bém a liberação de IL-5, responsável por 
recrutar eosinófilos no local da reação. 
 
HIPERSENSIBILIDADE TIPO 2: 
 É medicada por auto-anticorpos(anticorpos que geram hipersensibili-
dade pela interação com células, teci-
dos e receptores). 
 O anticorpo se liga na célula própria, 
opsonizando essa célula própria, cau-
sando ativação do processo inflamação 
por fagocitose dessa célula e sua des-
truição. O processo inflamatório causa 
a lesão tecidual. 
 O anticorpo pode se ligar a recepto-
res, ativando-o (ex: receptor da tireói-
de, causando hipertireoidismo) ou de-
sativando-o (ex: miastenia grave, por 
inibir ação da Acth no músculo). Pode 
acontecer por reação cruzada (quando 
o anticorpo ataca a patógeno e uma 
molécula do nosso corpo parecida com 
o epítopo do patógeno); é o caso da fe-
bre reumática (a válvula cardíaca se 
assemelha com a bactéria invasora). 
 
HIPERSENSIBILIDADE TIPO 3: 
 É mediada por imunocomplexos de an-
tígenos estranhos e antígenos pró-
prios. Neste caso, ocorre a ligação do 
anticorpo no antígeno (estranho ou 
próprio), formando um complexo. Esse 
complexo, se em excesso, pode ser de-
positado em algum lugar do corpo, ge-
rando uma reação inflamatória que 
causa lesão tecidual. No vaso sanguíneo 
causa vasculite. 
 
HIPERSENSIBILIDADE TIPO 4: 
 Mediada por linfócitos T CD4 e CD8. 
Os linfócitos T reconhecem antígenos 
próprios (através de células APC ou cé-
lulas normais), gerando uma reação in-
flamatória por liberação de citosinas 
inflamatórias, causando lesão tecidual. 
Além da ação do CD8 que também cau-
sam lesão tecidual. Ex: esclerose múlti-
pla (linfócito CD4 reconhece antígeno 
na bainha de mielina destruindo-a). 
O CHOQUE ANAFILÁTICO é um efeito 
alérgico sistêmico causado quando o 
alergênico circula na corrente sanguínea 
(ocorre vasodilatação sistêmica, hipo-
perfusão tecidual e choque). 
Alergia: hipersensibilidade tipo 1 
 É mediado por IgE e acontece frente a 
antígenos solúveis. Ela é relacionada 
com a degranulação e ativação de mas-
tócitos. Eosinófilos e basófilos tem 
participação. 
 A alergia ocorre em duas fases: sensi-
bilização e degranulação (liberação de 
mediadores inflamatórios). 
 Essa hipersensibilidade causa asma, 
rinite alérgica, anafilaxia sistêmica 
etc. Pessoas alérgicas a tudo apresen-
tam ATOPIA, pois produzem muito IgE 
inespecífico e tem muito eosinófilos, 
por fatores genéticos e ambientais. 
 A alergia se RETRO-ALIMENTA, com 
isso, ela piora com o tempo e causa re-
modelamento de tecido. Contudo, exis-
te a REGULAÇÃO CONTRÁRIA, onde 
o processo infeccioso e inflamatório na 
infância estimula o corpo a produzir 
um ambiente anti-inflamatório, pois a 
criança cresce tendo muito Treg, res-
ponsável por suprimir o processo alér-
gico. 
 A degranulação libera leucotrienos, 
prostaglandina, fator ativador de pla-
queta, enzima etc, gerando ações lo-
cais e sistêmicas. 
 A alergia apresenta reações imediatas 
e tardias. 
 A reação alérgica depende da quanti-
dade de anticorpo específico. 
 A inoculação via intravenosa causa es-
timulação de mastócito por todo corpo, 
gerando síntese de moléculas pró-
inflamatórias no corpo todo 
(anafilaxia). 
 A inoculação subcutânea gera reação 
localizada, com pouco evento sistêmico. 
 A inalação gera rinite ou asma. 
 A ingestão aumenta contratilidade do 
trato gastrointestinal, dando diarreia. 
Brenda Washington 
 
Mucosas 
 Responde de forma inflamatória a an-
tígenos estranhos e, ao mesmo tempo, 
é capaz de tolerar antígenos 
(DUALIDADE), devido antígenos da 
microbiota e antígenos alimentares. 
 A CLASSIFICAÇÃO de tecido linfoide 
associado a mucosas: BALT 
(brônquios), MALT (mucosas) e GALT 
(trato gastrointestinal e trato genito 
urinário). 
 A mucosa é composta por epitélio mu-
coso, lâmina própria e placa de patch 
(local de ocorrência da resposta imune 
nas mucosas). 
 Célula característica de mucosa: CÉ-
LULA M (uma célula lisa, sem vilosi-
dade; ela é o local de interligação/
contato do antígeno com a placa de 
patch, o antígeno atravessa a célula 
por transitose). 
 CÉLULA M: não tem alongamento 
nem vilosidade e sua função é facilitar 
a passagem do antígeno para o tecido 
subepitelial, onde as células APC cap-
turam o antígeno e os eliminam 
(tolerância ou processo inflamatório 
local). As células APC capturam e mi-
gram para o linfonodo mesentérico pa-
ra ativar linfócitos. Após ativados, os 
linfócitos retornam para a mucosa 
(chamada de recirculação). 
 VACINAÇÃO PELA MUCOSA, famo-
sa gotinha; utiliza-se esse meio para 
imunização da poliomielite graças a re-
circulação de linfócitos ativados. 
 A MICROBIOTA DA MUCOSA é res-
ponsável por degradação de produtos 
tóxicos, estimular produção de vitami-
na K, maturação da resposta imune, 
quebra de fibras e função de camada 
protetora física e química (ela estimula 
tolerância e síntese de muco). 
 A MICROBIOTA É INDIVIDUAL de 
cada população, variável de acordo com 
a alimentação. Alimentação rica em 
fruta, verdura, leguminosa possui uma 
boa microbiota pois esses são substra-
tos ideais da microbiota. Alimentos co-
mo carboidratos complexos é substra-
tos para microorganismo com alta ca-
pacidade inflamatória (quebrando o 
ambiente de tolerância). 
 Há uma predominância de células T de 
memória mesmo sem infecção. 
Brenda Washington 
 LINFÓCITOS T GAMA DELTA: tem 
baixa especificidade, não passa por 
processo de seleção e tem a capacida-
de de reconhecer antígenos direta-
mente, além de matar células infecta-
das e matar o antígeno (função de vigi-
lância). 
 Anticorpo IgA é produzida em gran-
de quantidade na mucosa e sua função 
é de neutralização de microorganismos 
e cirosinas. Em algumas mucosas se 
produz IgG (respiratório e urinário). 
 A IgA tem proteção contra a degrada-
ção e, após produzida, é enviada ao lu-
men. Ela também limita a penetração 
de microorganismos comensais, para 
não ter uma resposta imunológica con-
tra ele, além de dar suporte as células 
M na captura de antígenos. 
 No ambiente de mucosa há tolerância 
devido célula dentrítica locais e células 
Treg que produzem TGF-Beta 
(estimulo para linfócito B local se 
transformar em plasmócito e produzir 
IgA). 
 A mucosa é TOLEROGÊNICA pois ela 
tolera antígenos alimentares, ambien-
tais e bactérias comensais em muco-
sas. 
 A mucosa tem dupla função: tolerância 
e proteção. Microorganismos patogêni-
cos tem capacidade invasiva, tem fator 
de virulência e isso gera o ambiente de 
resposta imunológica. 
 Para que ocorra uma resposta inflama-
tória é necessário 3 sinais: apresenta-
ção de antígeno via MHC, coestimulo 
TRL e citosinas indutoras de TH1, 
TH2, TH3 TH17 e Treg. 
RESUMÃO: a mucosa, diferente dos 
demais tecidos, é mais tolerogênica 
(graças ao Treg e ao IgA). Ela tolera mi-
croorganismos, desde que eles não se-
jam invasivos ou não liberem citosinas. 
Caso isso ocorra, o patógeno passa pela 
célula M por transitose e chega na placa 
de patch, onde é apresentado pelas cé-
lulas APC aos linfócitos. Esses linfócitos 
sofrem recirculação e permanecem na 
mucosa intestinal como célula de memó-
ria mesmo após a eliminação do antígeno. 
Além disso, a mucosa possui Linfócitos T 
gama delta, capazes de reconhecer di-
retamente os antígenos e elimina-los.

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