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PTI-Caso-analise-contabil-financeira-do-municipio-Prato-Limpo-voltada-as-necessidades-economicas-e-socioambientais

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Universidade Anhanguera Uniderp SISTEMA DE ENSINO À DISTÂNCIA
CIÊNCIAS CONTÁBEIS – 6 º semestre
Produção Textual Individual
CASO: ANÁLISE CONTÁBIL FINANCEIRA DO MUNICÍPIO PRATO LIMPO VOLTADA AS NECESSIDADES ECONÔMICAS E SOCIOAMBIENTAIS
XXXXXXXXXXXX/SP
22
2020
Produção Textual Individual
CASO: ANÁLISE CONTÁBIL FINANCEIRA DO MUNICÍPIO PRATO LIMPO VOLTADA AS NECESSIDADES ECONÔMICAS E SOCIOAMBIENTAIS
Trabalho de Produção Textual apresentado a ANHANGUERA, como requisito parcial para a obtenção de média semestral nas disciplinas de Análise das Demonstrações Contábeis, Contabilidade do Setor Público, Noções de Atuária, Contabilidade Social e Ambiental, Práticas Contábeis II, Ed - Políticas Públicas e Atividades interdisciplinares.
Tutores: Prof (a). XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXX/SP
2020
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO	3
2	DESENVOLVIMENTO	4
2.1	ETAPA 1	4
2.2	ETAPA 2	7
2.3	PASSO 3	9
2.4	PASSO 4	12
2.5	PASSO 5	14
3	CONCLUSÃO	22
REFERÊNCIAS	23
INTRODUÇÃO
As autoridades fiscais brasileiras podem avaliar impostos dentro de cinco anos se nenhuma declaração de imposto for apresentada, ou se o contribuinte registrar uma declaração de imposto com informações incorretas. Em situações em que os registros contábeis adequados não tenham sido mantidos pelo contribuinte, as autoridades fiscais podem desconsiderar os registros contábeis e realizar uma avaliação arbitrária.
Sendo assim o objetivo do trabalho foi demonstrar que os gestores precisam estar atualizados quanto à políticas econômicas aplicadas no mercado, isso demanda dos profissionais que sejam capazes de lidar com situações adversas sem que estas afetem a estrutura da empresa. Os relatórios apresentados foram embasados em pesquisas obtidas no referencial apresentado pelo portfólio, com o acompanhamento e suporte do referencial bibliográfico, mediante consulta a livros, artigos e demais trabalhos científicos na área estudada.
DESENVOLVIMENTO
ETAPA 1
Segue a análise vertical (AV) e horizontal (AH) do Balanço Patrimonial (BP) e do Balanço Financeiro (BF), calculando devidamente os percentuais:
	ATIVO
	2017
	AV
	AH
	2018
	AV
	AH
	2019
	AV
	AH
	 
	 
	(%)
	(%)
	 
	(%)
	(%)
	 
	(%)
	(%)
	ATIVO CIRCULANTE
	22.019.180
	26,78%
	-
	22.606.785
	26,73%
	2,67%
	30.065.688
	31,82%
	32,99%
	Caixa e equivalentes de caixa
	16.430.959
	19,98%
	-
	16.173.438
	19,12%
	-1,57%
	22.493.208
	23,80%
	39,07%
	Créditos tributários a receber
	2.125.799
	2,59%
	-
	2.655.361
	3,14%
	24,91%
	3.524.997
	3,73%
	32,75%
	Crédito de transferências a receber
	161.952
	0,20%
	-
	216.266
	0,26%
	33,54%
	186.332
	0,20%
	-13,84%
	Duplicatas a receber
	7.585
	0,01%
	-
	15.119
	0,02%
	99,33%
	16.175
	0,02%
	6,98%
	Empréstimos concedidos
	164.456
	0,20%
	-
	124.266
	0,15%
	-24,44%
	73.897
	0,08%
	-40,53%
	Estoques
	682.118
	0,83%
	-
	706.930
	0,84%
	3,64%
	811.288
	0,86%
	14,76%
	Outros ativos de curto prazo
	2.446.311
	2,97%
	-
	2.715.405
	3,21%
	11,00%
	2.959.791
	3,13%
	9,00%
	ATIVO NÃO CIRCULANTE
	60.213.450
	73,22%
	-
	61.967.563
	73,27%
	2,91%
	64.434.952
	68,18%
	3,98%
	REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
	20.221.122
	24,59%
	-
	20.001.892
	23,65%
	-1,08%
	19.869.435
	21,03%
	-0,66%
	Dívida ativa tributária
	20.221.122
	24,59%
	-
	20.001.892
	23,65%
	-1,08%
	19.869.435
	21,03%
	-0,66%
	INVESTIMENTOS
	1.560.194
	1,90%
	-
	1.770.619
	2,09%
	13,49%
	2.026.819
	2,14%
	14,47%
	Participações
	1.387.240
	1,69%
	-
	1.608.379
	1,90%
	15,94%
	1.880.242
	1,99%
	16,90%
	Demais investimentos
	189.169
	0,23%
	-
	178.709
	0,21%
	-5,53%
	163.499
	0,17%
	-8,51%
	( – ) Redução ao valor recuperável
	-16.215
	-0,02%
	-
	-16.469
	-0,02%
	1,57%
	-16.922
	-0,02%
	2,75%
	IMOBILIZADO
	38.357.697
	46,65%
	-
	40.158.184
	47,48%
	4,69%
	42.530.804
	45,01%
	5,91%
	Bens móveis
	14.528.294
	17,67%
	-
	17.655.852
	20,88%
	21,53%
	22.099.512
	23,39%
	25,17%
	Bens imóveis
	37.358.469
	45,43%
	-
	41.196.989
	48,71%
	10,27%
	44.868.705
	47,48%
	8,91%
	( – ) Depreciação acumulada
	-13.529.066
	-16,45%
	-
	-18.694.657
	-22,10%
	38,18%
	-24.437.413
	-25,86%
	30,72%
	INTANGÍVEL
	74.437
	0,09%
	-
	36.868
	0,04%
	-50,47%
	7.894
	0,01%
	-78,59%
	Bens intangíveis
	108.963
	0,13%
	-
	76.843
	0,09%
	-29,48%
	51.711
	0,05%
	-32,71%
	( – ) Amortização acumulada
	-34.527
	-0,04%
	-
	-39.975
	-0,05%
	15,78%
	-43.817
	-0,05%
	9,61%
	TOTAL DOS ATIVOS
	82.232.630
	100,00%
	-
	84.574.349
	100,00%
	2,85%
	94.500.640
	100,00%
	11,74%
	PASSIVO
	2017
	AV (%)
	AH (%)
	2018
	AV (%)
	AH (%)
	2019
	AV (%)
	AH (%)
	PASSIVO CIRCULANTE
	11.151.198
	13,56%
	-
	9.757.326
	11,54%
	-12,50%
	11.843.057
	12,53%
	21,38%
	Obrigações trabalhistas, previdenciárias e assistenciais
	 
	 
	-
	 
	0,00%
	 
	 
	0,00%
	 
	 
	2.944.823
	3,58%
	-
	2.067.275
	2,44%
	-29,80%
	2.986.015
	3,16%
	44,44%
	Pessoal a pagar
	880.235
	1,07%
	-
	336.075
	0,40%
	-61,82%
	482.978
	0,51%
	43,71%
	Encargos sociais a pagar
	1.059.555
	1,29%
	-
	1.265.637
	1,50%
	19,45%
	1.866.772
	1,98%
	47,50%
	Benefícios previdenciários a pagar
	784.974
	0,95%
	-
	381.643
	0,45%
	-51,38%
	509.012
	0,54%
	33,37%
	Benefícios assistenciais a pagar
	220.059
	0,27%
	-
	83.920
	0,10%
	-61,86%
	127.253
	0,13%
	51,64%
	Fornecedores e contas a pagar
	5.639.276
	6,86%
	-
	3.944.015
	4,66%
	-30,06%
	4.194.911
	4,44%
	6,36%
	Fornecedores nacionais
	4.793.385
	5,83%
	-
	3.155.212
	3,73%
	-34,18%
	3.146.183
	3,33%
	-0,29%
	Contas a pagar credores nacionais
	845.891
	1,03%
	-
	788.803
	0,93%
	-6,75%
	1.048.728
	1,11%
	32,95%
	Obrigações fiscais a pagar
	515.189
	0,63%
	-
	883.831
	1,05%
	71,55%
	1.372.096
	1,45%
	55,24%
	Valores restituíveis
	2.051.910
	2,50%
	-
	2.862.205
	3,38%
	39,49%
	3.290.035
	3,48%
	14,95%
	Consignações
	1.223.427
	1,49%
	-
	2.306.123
	2,73%
	88,50%
	2.807.908
	2,97%
	21,76%
	Depósitos
	828.483
	1,01%
	-
	556.082
	0,66%
	-32,88%
	482.127
	0,51%
	-13,30%
	PASSIVO NÃO CIRCULANTE
	18.559.141
	22,57%
	-
	18.063.947
	21,36%
	-2,67%
	17.987.463
	19,03%
	-0,42%
	Empréstimos de longo
	14.647.983
	17,81%
	-
	13.842.017
	16,37%
	-5,50%
	13.155.403
	13,92%
	-4,96%
	prazo
	 
	0,00%
	-
	 
	0,00%
	 
	 
	0,00%
	 
	Provisões para contingências ambientais
	3.911.158
	4,76%
	-
	4.221.930
	4,99%
	7,95%
	4.832.060
	5,11%
	14,45%
	PATRIMÔNIO LÍQUIDO
	52.522.291
	63,87%
	-
	56.753.076
	67,10%
	8,06%
	64.670.121
	68,43%
	13,95%
	Patrimônio social/Capital social
	31.731.989
	38,59%
	-
	31.892.694
	37,71%
	0,51%
	32.080.236
	33,95%
	0,59%
	Ajustes de avaliação
	2.498.908
	3,04%
	-
	2.768.002
	3,27%
	10,77%
	3.012.388
	3,19%
	8,83%
	patrimonial
	 
	0,00%
	-
	 
	0,00%
	 
	 
	0,00%
	 
	Reservas de capital
	251.320
	0,31%
	-
	251.320
	0,30%
	0,00%
	251.320
	0,27%
	0,00%
	Reservas de lucros
	4.325.606
	5,26%
	-
	5.748.671
	6,80%
	32,90%
	5.748.671
	6,08%
	0,00%
	Resultados acumulados
	13.714.468
	16,68%
	-
	16.092.389
	19,03%
	17,34%
	23.577.506
	24,95%
	46,51%
	TOTAL DOS PASSIVOS
	82.232.630
	100,00%
	-
	84.574.349
	100,00%
	2,85%
	94.500.640
	100,00%
	11,74%
	BALANÇO FINANCEIRO
	2017
	AV (%)
	AH (%)
	2018
	AV (%)
	AH (%)
	2019
	AV (%)
	AH (%)
	INGRESSOS
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Receita Orçamentária
	69.219.828
	73,90%
	-
	79.041.729
	75,93%
	14,19%
	90.936.165
	76,22%
	15,05%
	Ordinária
	37.202.332
	39,72%
	-
	42.629.505
	40,95%
	14,59%
	50.259.206
	#DIV/0!
	17,90%
	Vinculada
	32.017.496
	34,18%
	-
	36.412.224
	34,98%
	13,73%
	40.676.959
	#DIV/0!
	11,71%
	Previdência Social
	2.024.126
	2,16%
	-
	2.331.605
	2,24%
	15,19%
	2.664.884
	2,98%
	14,29%
	Convênios
	3.659.221
	3,91%
	-
	3.654.878
	3,51%
	-0,12%
	3.279.940
	6,60%
	-10,26%
	Transferência obrigatória de outro ente
	25.387.448
	27,10%
	-
	29.398.954
	28,24%
	15,80%
	33.080.096
	83,37%
	12,52%
	Operações de Crédito
	674.226
	0,72%
	-
	885.106
	0,85%
	31,28%
	952.161
	13,62%
	7,58%
	Alienação de Bens
	272.475
	0,29%
	-
	141.681
	0,14%
	-48,00%
	699.878
	28,57%
	393,98%
	Recebimentos Extraorçamentários
	12.432.603
	13,27%
	-
	8.632.011
	8,29%-30,57%
	12.204.365
	42,55%
	41,38%
	Inscrição de Restos a Pagar
	8.584.099
	9,16%
	-
	6.011.290
	5,77%
	-29,97%
	9.180.472
	1033,41%
	52,72%
	Valores Restituíveis
	3.848.504
	4,11%
	-
	2.620.721
	2,52%
	-31,90%
	3.023.893
	454,80%
	15,38%
	Saldo do Período Anterior
	12.011.775
	12,82%
	-
	16.430.959
	15,78%
	36,79%
	16.173.438
	218,09%
	-1,57%
	TOTAL DOS RECURSOS DISPONÍVEIS
	93.664.206
	100,00%
	-
	104.104.699
	100,00%
	11,15%
	119.313.968
	2475,39%
	14,61%
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	DISPÊNDIOS
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Despesa Orçamentária
	68.021.573
	72,62%
	-
	77.536.736
	74,48%
	13,99%
	89.404.697
	74,93%
	15,31%
	Ordinária
	36.516.451
	38,99%
	-
	41.817.874
	40,17%
	14,52%
	49.725.794
	41,68%
	18,91%
	Vinculada
	31.505.122
	33,64%
	-
	35.718.862
	34,31%
	13,37%
	39.678.903
	33,26%
	11,09%
	Previdência Social
	5.254.328
	5,61%
	-
	6.055.542
	5,82%
	15,25%
	6.991.391
	5,86%
	15,45%
	Convênios
	1.830.963
	1,95%
	-
	1.593.701
	1,53%
	-12,96%
	2.449.392
	2,05%
	53,69%
	Recursos Próprios Diretamente Arrecadados
	23.531.927
	25,12%
	-
	27.109.218
	26,04%
	15,20%
	28.684.869
	24,04%
	5,81%
	Operações de Crédito
	629.053
	0,67%
	-
	825.804
	0,79%
	31,28%
	888.367
	0,74%
	7,58%
	Alienação de Bens
	258.851
	0,28%
	-
	134.597
	0,13%
	-48,00%
	664.884
	0,56%
	393,98%
	Pagamentos Extraorçamentários
	9.211.674
	9,83%
	-
	10.394.525
	9,98%
	12,84%
	7.416.063
	6,22%
	-28,65%
	Pagamentos de Restos a Pagar
	7.415.080
	7,92%
	-
	8.584.099
	8,25%
	15,77%
	4.820.000
	4,04%
	-43,85%
	Valores Restituíveis
	1.796.594
	1,92%
	-
	1.810.426
	1,74%
	0,77%
	2.596.063
	2,18%
	43,40%
	Saldo para o exercício seguinte
	16.430.959
	17,54%
	-
	16.173.438
	15,54%
	-1,57%
	22.493.208
	18,85%
	39,07%
	TOTAL DOS RECURSOS DISPONÍVEIS
	93.664.206
	100,00%
	-
	104.104.699
	100,00%
	11,15%
	119.313.968
	100,00%
	14,61%
Diante da análise dos valores apresentados acima, partindo do ativo total, observamos um crescimento significativo dos Caixa e equivalentes de caixa, bem como tributários, de 2018 para 2019. Podemos destacar também as aplicações financeiras e estoques, que tiveram um aumento de quase 15% durante o período, o que não aconteceu com os investimentos à longo prazo, imobilizados e intangíveis, que tiveram um decréscimo significativo, aproximadamente 50% de 2017 em relação à 2018 e 70% em relação à 2019. No entanto, o montante de ativo não circulante passou de 73,22% em 2017 para 68% das contas em 2019.
Observamos na tabela que houve um aumento considerável no total do ativo circulante, cerca de 13%, o que não estremeceu os valores de caixa da empresa que permaneceram praticamente inalterados nesse período. Os estoques praticamente mantiveram um crescimento de cerca de 1% ao longo dos três anos, entretanto, no ano de 2019 representa 14,76% do total de ativos, enquanto no ano de 2018 era apenas 3,46%, o que impactou nos investimentos que se mantiveram congelados, atacando assim os intangíveis que tiveram um decréscimo.
Observamos que houve também um aumento considerável no total do ativo circulante, cerca de 32,99%, o que não afetou os valores de caixa da empresa, permanecendo sem alterações nesse período. Analisando as contas do passivo, observamos um aumento de cerca de 26% nas reservas de lucro e capital, em contra partida as duplicatas a pagar tiveram um pequeno aumento considerável - pouco mais de 9%.
ETAPA 2 
Representatividade do caixa operacional (RCO): esse índice evidencia a relação entre o Caixa Líquido Gerado das Atividades Operacionais (CGP) e as Despesas Operacionais (DO). As DO são os Desembolsos ou Saídas de Caixa das Atividades Operacionais e elas revelam o potencial do governo municipal em financiar suas atividades. Quanto maior é essa relação, menor é o risco financeiro e maior a capacidade da entidade governamental em resistir a possíveis crises financeiras.
RCO = CGP/DO
RCO 2017 = 8.645.782/ 60.809.537 = 0,1422 = 14%
RCO 2018 = 4.399.346/ 74.122.216 = 0,059 = 6%
RCO 2019 = 11.540.719/ 77.588.941= 0,1487 = 14,9%
Sendo assim, diante dos resultados encontrados, observamos que em 2018 o município possuía uma menor capacidade da entidade governamental em resistir a possíveis crises financeiras, diferentemente dos anos de 2017 e 2019, onde o índice mais que dobrou de valor. Entretanto, observa-se uma necessidade de administração rígida nos custos durante o período analisado.
Indicador de amortização de dívida (IAD): esse índice demonstra a parcela dos recursos gerados pela entidade para pagamento da dívida, sendo resultante da relação entre o Passivo Total (PT) e Caixa Líquido Gerado das Atividades Operacionais (CGP). O Passivo Total é a soma do Passivo Circulante e o Passivo Não Circulante. Quanto maior o resultado desse indicador, pior tende a ser o desempenho financeiro da entidade, dado que revela a necessidade de geração operacional de caixa para atender as obrigações da entidade. 
IAD = PT/CGP
IAD 2017 = (11.151.198 + 18.559.141) / 8.645.782 = 3,43
IAD 2018 = (9.757.326 + 18.063.947) / 4.399.346 = 6,32
IAD 2019 = (11.843.057 + 17.987.463) / 11.540.719 = 2,58
Diante dos resultados, podemos perceber novamente que 2018 foi um ano de dificuldades financeiras, para o Município de Prato Limpo, uma vez que o índice foi relativamente alto, cerca de 6,5%, podendo indicar uma geração operacional de caixa para atender as obrigações da entidade. 
Indicador da atividade operacional (IAO): mostra a parcela da geração líquida de caixa proporcionada pelas atividades operacionais do governo municipal, sendo obtido pela relação entre o Caixa Líquido Gerado das Atividades Operacionais (CGP) e a Caixa Líquido Gerado Total (CLGT).
IAO = CGP/CLGT
IAO 2017 = 8.645.782 / 4.419.184 = 1,95
IAO 2018 = 4.399.346 / -257.522 = 17,08
IAO 2019 = 11.540.719 / 6.319.770 = 1,82
O fluxo de caixa é o valor líquido de caixa e equivalentes de caixa sendo negociados dentro e fora de uma empresa em um determinado período. Se uma empresa tem fluxo de caixa positivo, os ativos líquidos da empresa estão aumentando. A receita líquida é o lucro que uma empresa obteve, ou a receita remanescente, depois que todas as despesas foram deduzidas. O lucro líquido é comumente referido como resultado final, pois fica na parte inferior da demonstração de resultados. Sim, há momentos em que uma empresa pode ter fluxo de caixa positivo enquanto relata lucro líquido negativo. Mas, primeiro, precisamos explorar como o fluxo de caixa e o lucro líquido se relacionam.
O lucro líquido é calculado subtraindo os custos de fazer negócios, incluindo despesas, impostos, depreciação e juros sobre dívidas da receita total. Se o lucro líquido for positivo, a empresa é líquida e tem maior probabilidade de pagar suas dívidas, pagar dividendos aos acionistas e pagar suas despesas operacionais (GITMAN, 2002).
O fluxo de caixa é relatado na demonstração do fluxo de caixa, que mostra onde o dinheiro está sendo recebido e como o dinheiro está sendo gasto. O fluxo de caixa é o valor líquido de caixa e equivalentes de caixa sendo negociados dentro e fora de uma empresa em um determinado período. Se uma empresa tem fluxo de caixa positivo, significa que os ativos líquidos da empresa estão aumentando. O fluxo de caixa negativo é comum para novos negócios. Mas, você não pode sustentar um negócio com fluxo de caixa negativo de longo prazo. Com o tempo, você ficará sem fundos se não conseguir obter lucro suficiente para cobrir as despesas (ROBBINS; DECENZO, 2004).
 
PASSO 3
	O Brasil adota, em síntese, dois modelos de previdência social: a) modelo de repartição simples, de caráter obrigatório e contributivo, fundamentado no princípio da solidariedade; e b) modelo de capitalização, considerado como um regime complementar, de caráter facultativo.
	O Regime geral de previdência social (RGPS) é de natureza pública, filiação obrigatória, repartição simples, benefício definido, caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada, bem como do trabalhador e dos demais segurados da previdência social.A Constituição Brasileira veda a incidência de contribuição sobre aposentadorias e pensões concedidas pelo RGPS.
	Qualquer pessoa que exerça um trabalho remunerado tem o dever de contribuir para a previdência, na condição de segurado obrigatório do RGPS, exceto se a atividade for acobertada por algum regime próprio de previdência social. Consequentemente, a lei assegura benefícios e prestação de serviços que acobertem os riscos sociais decorrentes de infortúnios e de outros eventos qualificados pela Constituição.
	O Regime Geral de Previdência Social (RGPS), o regime geral da seguridade social, abrange a força de trabalho do setor privado. É financiado por meio de impostos sobre a folha de pagamento (repartidos entre empregador e empregado), receitas de impostos sobre vendas e transferências federais que cobrem deficiências do sistema.
O RGPS é um esquema de pilar único, obrigatório, com repartição, operado pelo Instituto Nacional de Seguro Social. Um elemento chave do RGPS é a forte redistribuição para os idosos pobres. A redistribuição é alcançada principalmente por meio de isenções de contribuições e taxas de contribuição reduzidas para trabalhadores de baixa renda e certos setores, fornecendo um nível mínimo de pensão generoso. No entanto, essas isenções enfraquecem a base de contribuição, o que é contraproducente para alcançar a sustentabilidade financeira de longo prazo do sistema.
Uma alta taxa de contribuição no sistema RGPS geral e para a previdência social como um todo leva a uma mudança do setor formal para o informal. O sistema brasileiro carece de incentivos para participar da previdência social, pois oferece assistência social generosa com baixos requisitos de elegibilidade.
Os empregados do setor privado têm direito a se aposentar com pensão completa aos 65 anos para homens e 60 para mulheres se tiverem um histórico de contribuição de pelo menos 15 anos. Alternativamente, é possível aposentar-se após ter contribuído para a previdência social por 35 anos para homens e 30 anos para mulheres, independentemente da idade do aposentado.
Os funcionários do setor público são cobertos por diversos regimes especiais de previdência em diferentes níveis governamentais, agrupados nos Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS). Os órgãos municipais, federais e estaduais administram seus próprios planos para seus funcionários, mas são coordenados em conjunto pelo Ministério da Previdência e Assistência Social. Em geral, esses planos de previdência são financiados com base na repartição, com o funcionário pagando uma porcentagem de seu salário. O percentual varia dependendo da entidade pública. Nos casos dos municípios em que não há regime próprio de previdência, os funcionários podem ser enquadrados no RGPS.
Em comparação com os benefícios do esquema do setor privado, os funcionários do setor público recebem pensões mais altas por taxas de contribuição mais baixas. As medidas de reforma em 1998 levaram a alterações na fórmula de benefícios, ao estabelecimento de idades mínimas de aposentadoria e à implementação de um período de aquisição de direitos para os empregados que mudavam do sistema RGPS para o regime do setor público.
Agora, 10 anos de trabalho no governo são necessários para se qualificar para uma pensão, enquanto não havia período de carência antes. A fórmula de benefício de pensão também foi alterada de um esquema de salário final para um que leva em consideração os melhores salários dos cargos que o associado ocupou por pelo menos cinco anos. Para ter direito a uma pensão completa do setor público, a idade legal de aposentadoria é de 60 anos para homens e 55 para mulheres. Isso se aplica apenas a novos membros que ingressam no sistema. Aqueles que já estavam empregados no setor público estão sujeitos a requisitos de elegibilidade mais brandos como os homens com direito à pensão aos 53 anos e as mulheres aos 48 anos.
Além dos dois regimes para funcionários públicos e empregados do setor privado, os programas de assistência social protegem os idosos da pobreza. Esses programas são não-contributivos, garantindo pensões com base em recursos no valor de um salário mínimo. Como resultado, a taxa de pobreza entre os idosos é inferior à taxa média de pobreza da população. Logo, olhando pelo lado da gestão financeira do município e pela segurança do trabalhador, o melhor regime a ser adotado, seria o RGPS.
PASSO 4 
O EIA/RIMA foi instituído no Brasil pela Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), Lei 6938/81. A resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) nº 001 de 1986, regulamenta os critérios básicos e as diretrizes gerais para aplicação da Avaliação de Impacto Ambiental, assim como define as atividades que se enquadram nesta modalidade e ainda estabelece os conteúdos mínimos para a elaboração do Estudo de Impacto Ambiental e do Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA).
Um Estudo de Impacto Ambiental (EIA) é usado para fornecer um nível de detalhe suficiente para demonstrar que um desenvolvimento proposto não terá impactos negativos sobre as características naturais ou funções ecológicas do assunto e terras circundantes (“adjacentes”). Um EIA não garante que as propostas de desenvolvimento serão aprovadas. Seu objetivo é informar o desenho e configuração do desenvolvimento, para evitar impactos negativos no início, e para identificar mitigação e / ou compensação apropriada para impactos inevitáveis. 
A necessidade de concluir um Estudo de Impacto Ambiental (EIA) será identificada durante a fase de consulta para pedidos de Plano do Local ou Plano de Subdivisão. As recomendações do EIS são usadas para desenvolver as condições de Aprovação do Plano Rascunho (Subdivisão) ou Aprovação do Plano do Local. Essas recomendações podem incluir requisitos de estudo adicionais, restauração e monitoramento.
O RIMA (Relatório de Impacto Ambiental) tem a característica de refletir as conclusões do estudo de EIA. O RIMA deve ser objetivo e compreensível em sua linguagem para toda a população. As informações devem ser traduzidas de forma simples para serem compreendidas pelo público em geral, ilustradas com mapas, cartas, gráficos e outras indicações que facilitem o entendimento. 
Os seguintes termos estão incluídos no RIMA: 
- Objetivos e justificativas do projeto: descrição e alternativas tecnológicas, como serão utilizadas suas matérias-primas, emissões, empregos diretos e indiretos a serem gerados, desperdício de energia; 
- Resumo dos resultados dos estudos de diagnóstico ambiental na área de influência do projeto;
- Descrições dos impactos ambientais da implementação das atividades (referida descrição leva em consideração suas alternativas, desenho e métodos a serem utilizados para a realização de suas atividades); 
- Qualidade ambiental futura da área de influência, assim prevê como todo o projeto será feito e também como ficaria a área sem que fosse feito; 
- Impactos negativos que não podem ser evitados e aqueles que podem; 
- Programa de monitoramento e acompanhamento dos impactos ambientais gerados pelo empreendimento.
O Estudo de Impacto Ambiental pode ser elaborado pelos próprios profissionais das empresas obrigadas à elaboração do EIA, ou ainda, por empresa especializada em consultoria técnica ambiental contratada para fazê-lo. Em ambos os casos, deve ser realizado por um grupo de profissionais qualificados para tanto. O RIMA deve conter claramente os objetivos e justificativas do projeto e sua relação com as políticas setoriais e planos governamentais. Deve descrever as alternativas tecnológicas do projeto (matéria-prima a ser utilizada, fontes de energia, efluentes e resíduos que serão gerados).
Deve conter também a síntese dos diagnósticos ambientais na área de influência do empreendimento, a descrição dos prováveis ​​impactos ambientais da implantação da atividade e os métodos, técnicas e critérios utilizados para a sua identificação. Da mesma forma, é necessário detalhar as medidas mitigadoras ou compensatórias e os planos de monitoramento previstos para medir a sua eficáciae eficiência.
O RIMA também deve caracterizar a qualidade ambiental futura da área, comparando as diferentes situações de execução do projeto, bem como a possibilidade de não executá-lo. Por fim, o RIMA deve conter um capítulo de conclusões e comentários gerais, a partir do qual os avaliadores expressem sua opinião sobre o projeto e o estudo que realizaram.
O passivo ambiental corresponde a soma dos danos ao meio ambiente causados por empresas e consequentemente da obrigação de repará-los. O passivo ambiental é todo tipo de impacto causado ao ambiente por um determinado empreendimento e que não tenha sido reparado ao longo de suas atividades. 
A definição contábil do passivo ambiental: são obrigações que exigem a entrega de ativos ou prestações de serviços em um momento futuro, em decorrência das transações passadas ou presentes e que envolveram a empresa e o meio ambiente. Para ter uma correta avaliação da situação econômico-financeira da empresa é muito importante ter um levantamento do seu passivo ambiental. 
O passivo ambiental, assim como qualquer passivo, está dividido em capital de terceiros e capital próprio, constituindo assim as origens dos recursos da empresa. Santos & Silva (2001) citam os seguintes exemplos de origens:
- Bancos: empréstimos de instituições financeiras para investimento na gestão ambiental;
- fornecedores: compra de equipamentos e insumos para o controle ambiental;
- governo: multas decorrentes de infrações ambientais;
- funcionários: remuneração de mão-de-obra especializada em gestão ambiental;
- sociedade: indenizações ambientais;
- acionistas: aumento do capital com destinação exclusiva para investimentos em meio ambiente ou para pagamento de um passivo ambiental;
- entidade: através de destinação de partes dos resultados em programas ambientais.
 		Com a dinâmica dos negócios, os passivos ambientais devem ser tratados com muita atenção e devem fazer parte da tomada de decisões das organizações na aquisição de outras empresas, na formação de cluster, nas fusões, nas análises de riscos do negócio, na venda da empresa e na concepção de novos produtos, dentre outras transações pertinentes ao assunto.
PASSO 5
É de conhecimento geral que o Brasil é um dos países que possui a maior carga tributária do mundo, algo que dificulta bastante a vida do empreendedor brasileiro. Por essa razão é de extrema importância que sejam encontradas alternativas dentro da legislação que possibilite pagar menos impostos. Para iniciar esse processo é necessário que haja um bom planejamento tributário para diminuir os custos fiscais da empresa de forma lícita, e o ponto de partida para isso é escolher corretamente o Regime Tributário que a entidade será enquadrada.
O Regime Tributário é um agrupamento de leis responsável por determinar como serão realizados os pagamentos dos tributos relacionados às empresas, o IRPJ (Imposto de Renda de Pessoa Jurídica) e a CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido).
Atualmente, no Brasil, há 3 tipos de Regime Tributário, são eles: Lucro Real, Lucro Presumido e o Simples Nacional. Muitos acreditam que o MEI (Microempresário Individual) é um tipo de Regime Tributário, no entanto, ele só é uma regulamentação para o trabalhador autônomo e a sua tributação é regida pelo Simples Nacional.
Simples Nacional
O Simples nacional é um regime tributário regulamentado em 2007 e alvo de diversas modificações até a atualidade, tendo como principal alteração o aumento do limite de faturamento para enquadramento no regime, determinado em 2018. Essa opção de regulamento reúne os principais tributos e contribuições federais, além do ICMS que é de competência estadual e o ISS, de competência municipal.
O objetivo do Simples Nacional é auxiliar as empresas de micro e pequeno porte em relação ao pagamento de tributos, portanto, para ser optante do regime é necessário que o faturamento anual do empreendimento seja de até R$4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais). É válido ressaltar que se o Estado em que a empresa estiver inserida representar menos de 1% do PIB (Produto Interno Bruto) pode haver uma redução desse limite. Além disso, é necessário verificar se a empresa se enquadra nas condições impostas pelo Simples Nacional, pois há uma série de atividades que não são permitidas a optar por essa forma de tributação, são elas:
Bancos e atividades de cunho financeiro como gestão de créditos e de ativos;
Transporte de passageiros;
Empresas cuja atividade fim envolva energia elétrica, sejam geradoras, transmissoras ou distribuidoras;
Importação ou fabricação de automóveis e motocicletas;
Importação de combustíveis;
Vendas de cigarros, armas de fogo ou bebida alcóolica;
Empresas que oferecem serviços terceirizados;
Loteamento e incorporação de imóveis;
Locação de imóveis;
Um dos principais benefícios desse regime, e motivo da grande demanda por essa forma de tributação, é a praticidade que essa escolha proporciona. O Simples Nacional apresenta uma série de auxílios, dentre elas está o fato de o recolhimento dos tributos serem realizados através de uma única guia (DAS – Documento de Arrecadação do Simples Nacional) que une 8 impostos em uma alíquota e possibilita o pagamento de impostos federais, estaduais e municipais em um único boleto. Além disso, o regime pode desburocratizar a identificação da empresa, não sendo necessário o cadastramento em cada uma das esferas administrativas, somente o CNPJ é suficiente para identificar a sua inscrição. Outra vantagem em optar pelo Simples Nacional é que, dependendo do anexo que a empresa está inserida, ela consegue a eliminação da obrigatoriedade do pagamento de 20% do INSS patronal, encargo previdenciário que tem o objetivo de contribuir com a seguridade social, acarretando uma diminuição nas despesas administrativas da empresa, que também é isenta da apresentação dos dados contábeis para o SPED, Sistema Público de Escrituração Digital.
Este fator citado anteriormente é algo benéfico no quesito de diminuição burocrática, no entanto, a dispensa do envio de tais dados não significa que a empresa não deva se preocupar ou dar a devida importância para a correta contabilização das suas transações. A contabilidade de um negócio é algo extremamente relevante para garantir a saúde do empreendimento, os registros feitos de forma incorreta podem gerar resultados distorcidos para fins gerenciais e a falta deles pode desencadear problemas judiciais. Portanto, é importante esclarecer que todos os benefícios do Simples Nacional devem ser utilizados como facilitadores da gestão de uma empresa e não como motivo para deixar de cumprir deveres legais.
Lucro Presumido
O Lucro Presumido é uma forma de regime tributário utilizado, geralmente, por microempresas e empresas de pequeno porte, assim como o Simples Nacional. No entanto, essa opção acarreta o cumprimento de um número maior de obrigações acessórias, sendo um dos principais motivos para esta regulamentação estar atrás do Simples Nacional quando se trata da quantidade de empresas adeptas.
Esse regime tributário prevê o lucro das empresas através do valor de sua receita bruta, ou seja, a Receita Federal define uma porcentagem em cima do faturamento e presume que tal valor será o lucro. Os requisitos para se enquadrar no regime é que o empreendimento tenha como limite um rendimento de até R$78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais) anuais e que a empresa esteja dentro das categorias de atividades permitidas para aderirem a esse sistema, as alíquotas dos impostos variam de acordo com essa atividade.
O processo de pagamento dos tributos é um pouco mais complexo do que o Simples Nacional, pois eles são distribuídos mensalmente e trimestralmente, o ISS, PIS e COFINS, por exemplo, são apurados todo mês em cima do faturamento da empresa, enquanto o IRPJ e a CSLL são apurados todo trimestre em cima da porcentagem de lucro presumida pela Receita Federal. Essa opção de regime também exige o pagamento de 20% do INSS sobre a folha de pagamento independentemente da categoria da empresa, alémde possuir diversas obrigações acessórias, como o SPED, Sistema Público de Escrituração Digital.
Optar por esse regime tributário é mais vantajoso quando comparado ao Lucro Real, já em relação ao Simples Nacional é necessário que haja uma avaliação para definir o que será melhor para a empresa, analisando principalmente questões financeiras sem deixar de lado as questões burocráticas. Uma das principais vantagens do Lucro Presumido é o oferecimento de alíquotas menores para PIS e COFINS. Outro benefício é que como a porcentagem para definir o lucro é previamente estabelecida, caso o valor ultrapasse, não incidirá impostos sobre o restante. Porém, o contrário também pode acontecer, ou seja, a empresa pode obter um lucro menor do que o presumido e em decorrência disso pagar um valor de tributos maior do que o necessário. Por razões como essa, percebe-se a importância de um bom planejamento tributário, sempre analisando os benefícios e prevendo os riscos de cada regime.
Lucro Real
O Lucro Real é um regime tributário em que os tributos incidem sobre o valor da apuração contábil do resultado, levando em conta acréscimos ou descontos que são permitidos legalmente.
Determinadas empresas devem, obrigatoriamente, seguir a regulamentação do Lucro Real, é o caso das empresas do mercado financeiro, empresas que tiveram ganhos provenientes do exterior ou qualquer outra que possua uma receita bruta com valor superior a R$78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais).
Aqueles que optam por esse regime podem escolher entre apuração trimestral ou anual. Na primeira opção a empresa é isenta do pagamento do IRPJ e da CSLL dos dois primeiros meses de cada período. Para que a empresa opte pela apuração anual é necessário que ela realize estimativas para o recolhimento de tais tributos mensalmente, apurando o lucro real no final do exercício, caso o valor recolhido seja maior do que o devido a empresa pode compensar abatendo de outros tributos, ou, se acontecer o contrário, a empresa deverá realizar o pagamento da diferença.
Uma das principais vantagens desse regime é que os tributos são pagos proporcionalmente ao valor do lucro obtido, portanto, se a entidade sofrer prejuízo ela não terá a obrigação de pagar o IRPJ e a CSLL, portanto, é interessante que organizações que atuam com baixa margem lucro optem por esse regime tributário. No entanto, é importante e necessário que seja avaliada a viabilidade perante os outros tributos, como PIS e COFINS, os quais não são isentos e afetam o rendimento da empresa.
O sucesso de uma empresa é resultado de um conjunto de ações, desde a qualidade do produto ou serviço oferecido até a forma utilizada para torná-lo atrativo ao mercado. Porém, em todos os processos realizados é de extrema relevância avaliar as questões contábeis, financeiras e econômicas, pois elas impactam consideravelmente a saúde e a continuidade das empresas, visto isso, é essencial estudar estratégias de Planejamento Tributário, para poder obter o máximo de lucro possível. 
A forma de apuração e recolhimento do ISSQN são afetados pela escolha do regime tributário - o Imposto sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISSQN) - comumente conhecido pela sigla ISS (Imposto sobre Serviços) é um imposto de recolhimento municipal, o qual se aplica sobre Notas Fiscais de Serviço eletrônicas (NFSes). Este imposto substitui o ISSQN (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza) e é regido pela Lei Complementar 157/2016. 
O ISS é gerado a partir da prestação do serviço, a qual implica na emissão de uma Nota Fiscal de Serviços eletrônica (NFSe) para o tomador na qual deve constar o valor do imposto. 
O ISS é calculado aplicando uma alíquota (percentual) sobre uma base de cálculo, sendo que a alíquota varia de acordo com o regime tributário da empresa prestadora ou com o tipo de serviço prestado. No caso de empresas do Simples Nacional, por exemplo, o ISS varia de acordo com o faturamento, enquanto para o Lucro Presumido e o Lucro Real a alíquota varia com o tipo de serviço, e não com o faturamento. As alíquotas podem variar do valor mínimo de 2% até o máximo de 5%, a depender do tipo de serviço prestado e da legislação municipal. 
A obrigação acessória é a prestação positiva ou negativa, que denota atos “de fazer” ou “não fazer”, sem cunho patrimonial. São representadas por deveres instrumentais do contribuinte como emitir notas fiscais, escriturar livros fiscais, entregar declarações, não trafegar com mercadoria desacompanhada de nota fiscal, entre outras.
Ricardo Alexandre ensina que “a acessoriedade, em direito tributário, consiste no fato de que as obrigações acessórias existem no interesse da fiscalização ou arrecadação de tributos, ou seja, são criadas com o objetivo de facilitar o cumprimento da obrigação tributária principal, bem como de possibilitar a comprovação deste cumprimento (fiscalização).”
As obrigações acessórias são as obrigações legais a que estão sujeitos todos os contribuintes do ISSQN, com exceção do pagamento do imposto, que é a obrigação principal, com a finalidade de facilitar a administração tributária, uma vez que envolve as declarações fornecidas pelo contribuinte do imposto, o estabelecimento de prazos a serem cumpridos, a especificação de penalidades, etc.
As principais obrigações acessórias são as contidas no art. 80 do Regulamento do iSS, in verbis:
Art. 80. O sujeito passivo, ainda que imune, isento ou submetido a regime diferenciado para o pagamento do imposto, fica obrigado: 
I - a requerer a sua inscrição nos Cadastros Municipais; 
II - a manter e utilizar em cada um dos seus estabelecimentos os livros contábeis, diário e razão, e os livros fiscais estabelecidos neste Regulamento; 
III - a emitir nota fiscal, cupom fiscal emitido por equipamento Emissor de Cupom Fiscal - ECF, fatura, cartão, bilhete ou qualquer outro tipo de ingresso, por ocasião da prestação dos serviços; 
IV - a entregar declarações e guias, referentes a informações fiscais sobre os serviços prestados e/ou tomados, segundo as normas deste Regulamento e demais atos do Secretário das Finanças; 
V - a comunicar à Fazenda Municipal, dentro de 30 (trinta) dias, contados a partir da ocorrência, qualquer alteração capaz de gerar, modificar ou extinguir obrigação tributária; 
VI - a requerer a baixa de sua inscrição no prazo de 30 (trinta) dias do encerramento definitivo de suas atividades no Município; 
VII - a emitir recibo de retenção de ISSQN por ocasião do 
recebimento do serviço sujeito à retenção do imposto; 
	VIII - a conservar e apresentar ao Fisco Municipal, quando solicitado, qualquer documento que, de algum modo, refira-se a operações ou situações que constituam fato gerador da obrigação tributária ou que sirva como comprovante da veracidade dos dados consignados em livros fiscais e contábeis, declarações, guias e documentos fiscais; 
	IX - a prestar, sempre que solicitadas pelas autoridades competentes, informações e esclarecimentos que, a juízo do Fisco Municipal, refiram-se a fato gerador da obrigação tributária.
No Brasil, a base de cálculo dos tributos é conceituada como uma grandeza econômica sobre a qual incide uma alíquota para resultar no valor a ser pago deste tributo, o Código Tributário Nacional especifica para cada tributo uma base de cálculo distinta. A base de cálculo do IPTU está previsto no artigo 33 do CTN, sendo o valor venal do imóvel, considerando o valor do terreno mais o valor da construção, sendo, portanto o valor do bem se posto a venda, neste sentindo aponta Kiyoshi Harada (2012, p.122):
Em termos doutrinários, o “valor venal é o preço que determinado imóvel alcançaria em uma operação de compra e venda a vista, segundo as condições usuais do mercado imobiliário, administrando-se a variação de dez por cento para mais ou para menos.
	No IPTU o fato gerador é a propriedade de imóvel construído ou não, situado em zona urbana, o artigo 32 do Código Tributário Nacional estipula que o fato gerador além da propriedade de bem imóvel, incidira também para aqueles que têm a posse ou o domínio útil.
	Asalíquotas são valores percentuais que incidem sobre a base de cálculo quando é praticado o fato gerador, resultando no aspecto quantitativo do imposto, no caso do IPTU as alíquotas são fixadas por lei de cada município, sendo observado o princípio do não confisco, assim é comum encontrar em um mesmo estado, municípios com alíquotas diferentes, neste sentido conceitua o professor Kiyoshi Harada (2012, p.124): “Alíquota é o percentual que incide sobre a base de cálculo, valor venal do imóvel, apurado de conformidade com o que a lei de regência da matéria”. 
	Em alguns municípios, aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) têm direito a desconto no valor ou são isentos de pagar IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano). É preciso atender a alguns requisitos de uso e valor do imóvel e de ganhos mensais. Como o IPTU é um imposto municipal, as regras variam de cidade para cidade.
CONCLUSÃO
A realização deste trabalho deixou evidente que a gestão na contabilidade é uma ferramenta essencial para as empresas, pois através dela o gestor tem informações seguras em confiáveis sobre os custos que envolvem a produção e comercialização de seus produtos, o que é importante não apenas para a formação do preço de venda ideal, mas também para buscar estratégias para diminuir seus custos, assim tornando seus produtos mais competitivos.
Este trabalho proporcionou um contato mais próximo entre teoria e prática, proporcionando aos alunos a oportunidade de estruturar conceitos importantes sobre a abertura de capital em empresas que se encontram em expansão, apresentando aspectos de auditoria e gestão. De acordo com a realização deste estudo, pode-se concluir que o tema abordado é de grande importância, pois aponta os mecanismos e estratégias que podem ser utilizados para aumentar o desempenho organizacional e os resultados alcançados pela empresa. 
Para o aluno, o estudo aprofundou os conhecimentos na área orçamentária, que foi de grande aprendizagem tanto para a formação acadêmica, como na aplicação da prática na área de interesse, aperfeiçoando conhecimentos na área econômica, financeira, planejamento estratégico e a sua importância, gerando informações que refletem a realidade da empresa.
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REFERÊNCIAS
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