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LIVRO DO PROFESSOR GEOGRAFIA 7.° ANO - LIVRO 3 ENSINO FUNDAMENTAL SAE DIGITAL S/A Curitiba 2021 SAE DIGITAL S/A PG21LP273SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L3_LP.indb 1PG21LP273SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L3_LP.indb 1 24/02/2021 14:22:3124/02/2021 14:22:31 Gerência de conteúdo educacional Rita Egashira Vanzela Gerência editorial Tassiane Aparecida Sauerbier Coordenação editorial Lúcia Chueire Coordenação pedagógica Cristiane Sliva, Jardiel Loretto Filho Edição Caroline Schlegel, Emanoelle Almeida, Igor Carvalho, Jean Buture Carneiro Revisão Ana Paula Gurski Ferraz, Everson de Lara Caetano, Gabriele Varão, Juliana Basichetti Martins, Marcela Vidal Machado, Marilene Wojslaw Pereira Dias, Priscila Sousa, Thainara Gabardo, Victor Truccolo Cotejo Anna Karolina de Souza, Ludmilla Borinelli, Rafaella Ravedutti, Wagner Revoredo Qualidade Brunno Freire, Igor Spisila, Mariana Chaves Projeto gráfico Evandro Pissaia, Fernanda Angeli Andreazzi, Gustavo Ribeiro Vieira Arte da capa Carlos Morevi, Deny Machado, Scarllet Anderson Iconografia Jhennyfer Pertille Ilustrações Carlos Morevi, Deny Machado, Scarllet Anderson Cartografia Julio Manoel França da Silva Diagramação André Lima, Bruna Aparecida de Andrade, Fernanda Wolf, Gustavo Ribeiro Vieira, Jéssica Xavier de Carvalho, Luana Santos, Luciana Nesello Künzel, Luisa Piechnik Souza, Maisa Leepkaln, Mariana Oliveira, Nadiny Silva, Ralph Glauber Barbosa, Raphaela Candido, Silvia Santos, Thaísa Werner, Thiago Figueiredo Venâncio Coordenação de processos Janaina Alves Processos Raul Jungles, Vitor Ribeiro Colaboração externa Ana Carla Vieira Bellon (Leitura de Qualidade), Camila Fernandes de Salvo (Revisão), Fernanda Tanaka (Leitura de Qualidade) Autoria Eliane Regina Ferretti Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) SAE DIGITAL F415g Ferretti, Eliane Regina. Geografia: 7º ano volume 3 / Eliane Regina Ferreti. ilustrado por Carlos Morevi, Deny Machado, Scarllet Anderson. - Curitiba: SAE DIGITAL, 2021. 64 p.; il. color. 3 v. (Serie 7 ano) ISBN: 978-65-5593-393-2 (Livro do professor) 1. Livro didático. 2. Geografia. 3. Ensino Fundamental. 4. Ferretti, Eliane Regina. I. Título. CDD 372.891 Catalogação elaborada na Fonte pela Bibliotecária Letícia Helena Melo- CRB6-2953 © 2021 – SAE DIGITAL S/A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais. Todos os direitos reservados. SAE DIGITAL S/A. R. João Domachoski, 5. CEP: 81200-150 Mossunguê – Curitiba – PR 0800 725 9797 | Site: sae.digital PG21LP273SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L3_LP.indb 2PG21LP273SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L3_LP.indb 2 24/02/2021 14:22:3124/02/2021 14:22:31 GEOGRAFIA III Programação anual de conteúdos – Geografia – 7.º ano Unidades Capítulos Conteúdos Habilidades Aulas Li vr o 1 1. Brasil e seu espaço 1. Brasil • Localização do Brasil no mundo e na América Latina • Dimensão do território brasileiro • Formação do território brasileiro • Soberania nacional EF07GE01 EF07GE02 EF07GE09 5 2. Regionalização do Brasil • Conceito de regionalização • Regionalizações do Brasil • Fusos horários EF07GE01 EF07GE02 EF07GE09 10 2. Brasil e sua população 1. População brasileira • Diversidade populacional • Características e estrutura da população • Distribuição espacial da população • População e trabalho EF07GE02 EF07GE03 EF07GE04 EF07GE08 EF07GE10 8 2. Mobilidade da população • Fluxos migratórios internos • Fluxos migratórios externos • Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) • Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) • Coeficiente de Gini EF07GE02 EF07GE03 EF07GE04 EF07GE08 EF07GE10 7 Li vr o 2 3. Espaço rural brasileiro 1. Os diferentes usos do espaço rural • Políticas do espaço rural: estrutura fundiária • Relações de trabalho no meio rural • Questões ambientais EF07GE06 EF07GE09 EF07GE10 6 2. Produção do espaço rural • Produção agrícola • Pecuária • Produção extrativista • Agronegócio EF07GE06 EF07GE09 EF07GE10 6 4. Espaço urbano brasileiro 1. Processo de urbanização • Formação e organização das cidades • Metropolização • Rede e hierarquia urbana • Setor Terciário • Questões socioambientais EF07GE05 EF07GE06 EF07GE08 EF07GE09 EF07GE10 8 2. Processo de industrialização • Processo de industrialização • Etapas da industrialização no Brasil • Distribuição espacial das indústrias EF07GE06 EF07GE08 8 Li vr o 3 5. Espaço das redes no Brasil 1. Rede de transporte • Transporte rodoviário • Transporte ferroviário • Transporte aquaviário • Transporte aeroviário • Transporte dutoviário EF07GE07 8 2. Redes de comunicação e de informação • Sistema de comunicação • Sistema de informação EF07GE07 7 6. Espaço energético brasileiro 1. Recursos energéticos • Recursos energéticos renováveis no território brasileiro • Recursos energéticos não renováveis no território brasileiro EF07GE09 EF07GE10 8 2. Matriz energética brasileira • Matriz energética brasileira • Produção de energia no Brasil • Consumo de energia no Brasil EF07GE09 EF07GE10 7 Li vr o 4 7. Geologia e hidrografia do Brasil 1. Estrutura geológica, relevo e solos • Estrutura geológica brasileira • Características das formas de relevo • Formação e uso dos solos • Questões ambientais EF07GE01 EF07GE11 EF07GE12 6 2. Recursos hídricos • Regiões hidrográficas • Aquíferos • Transposição do Rio São Francisco EF07GE01 EF07GE11 EF07GE12 8 8. Clima e biomas do Brasil 1. Estrutura climática • Tipos de climas que ocorrem no Brasil • Características dos tipos climáticos • Massas de ar • Questões climáticas ambientais EF07GE01 EF07GE11 EF07GE12 8 2. Biomas brasileiros • Principais biomas brasileiros • Domínios morfoclimáticos • Sistema Nacional de Unidades de Conservação • Questões ambientais EF07GE01 EF07GE11 EF07GE12 8 PG21LP273SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L3_LP.indb 3PG21LP273SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L3_LP.indb 3 24/02/2021 14:22:3124/02/2021 14:22:31 GEOGRAFIAIV Conheça as seções, os boxes e os ícones do seu livro É um espaço que apresenta relações entre o conteúdo que você está estudando e as tecnologias referentes a ele. GEOGRAFIA E TECNOLOGIA¬ N ATIVIDADES Geralmente esta seção está no � nal de cada capítulo. Seu objetivo é levá -lo a rever os con- teúdos estudados. PARA SABER MAIS Indica o momento de aprofundar ou ampliar algum aspecto do conteúdo que você está estudando no capítulo. CONEXÃO Este é um espaço que apresenta texto e atividades que fazem a articulação entre diversos conteúdos. INTERAÇÃO Quando aparecer esta seção, será proposto um trabalho em grupo, como debate, pesquisa e elaboração de painel. PARA IR ALÉM Aqui você encontra dicas de leituras, músicas ou vídeos para aprofundar seu conhecimento. COLOCANDO EM PRÁTICA É um espaço que apresenta exercícios resolvidos para você compreender a sua sistematização. TER ATITUDE Esta seção apresenta uma proposta para um trabalho prático. DESENVOLVER E APLICAR Esta seção propõe atividades investigativas e motivadoras para você resolver individualmente. Este ícone indica que há uma Realidade aumentada que pode ser acessada com o celular ou tablet. Quando aparecer este ícone, será a hora de exercitar a oralidade com os colegas de turma. DE OLHO NA PROVA É uma seção exclusiva para o 9.º ano e apre- senta questões de provas para auxiliar você a ingressar no Ensino Médio. EM TEMPO É o momento de recordar uma ideia já estudada. Pode apresentar, também, a explicação ou o signi� cado de um termo ou de um conteúdo apresentado no texto. Esta seção aparece quando há necessi- dade de explicar os procedimentos para realização de uma atividade.realização de uma atividade.COMO FA ZE R Este ícone indica o desenvolvimento da educação para o consumo consciente. PG21LP273SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L3_LP.indb 4PG21LP273SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L3_LP.indb 4 24/02/2021 14:22:3424/02/2021 14:22:34u3d ; sr ipf ot o/ Sh ut te rs to ck Geografia Unidade 5 | O espaço das redes no Brasil Capítulo 1 | Rede de transporte .......................................................................... 204 Capítulo 2 | Redes de comunicação e de informação ............................ 218 Unidade 6 | O espaço energético brasileiro Capítulo 1 | Recursos energéticos ....................................................................... 229 Capítulo 2 | Matriz energética brasileira ....................................................... 245 PG21LP273SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L3_LP.indb 203PG21LP273SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L3_LP.indb 203 24/02/2021 14:22:3524/02/2021 14:22:35 204 GEOGRAFIA Jaroslav Pachy sr/Shutterstock 205GEOGRAFIA MNBB Studi o/Shutte rstock EF 21 _7 _G EO _L 3_ U 5_ 01 Aspectos gerais A modernização dos transportes, tanto das vias quanto dos meios, reduziu o tempo de deslocamen- to e possibilitou o aumento da capacidade de carga, impulsionando as relações comerciais. Além disso, os terminais também foram modernizados e integrados, combinando mais de um meio de transporte. O termo modal está relacionado ao transporte de carga, sendo classificado em: rodoviário, ferro- viário, aeroviário, marítimo e hidroviário, e o termo intermodal indica que o terminal atende mais de um tipo de transporte. Além desses meios de transporte de carga, há também os gasodutos (gás), os oleodutos (óleos) e os minerodutos (minerais). Os transportes de pessoas, cargas e produtos, aliados aos modais, caracterizam os eixos de circu- lação de municípios, estados, regiões ou países, estruturando a matriz de transporte. A matriz de transportes de carga brasileira está representada no gráfico a seguir. Rodoviário Ferroviário Aquaviário Dutoviário Aeroviário Brasil: matriz de transporte de carga em 2014 (%) 61,120,7 13,6 4,2 0,4 Fonte: WM Treinamento & Consultoria. Matriz de transportes brasileira: a vez da hidrovia? Disponível em: http://wmtc.com.br/2016/05/30/matriz-de- transportes-brasileira-a-vez-da-hidrovia/. Acesso em: 26 ago. 2018. O sistema de transportes, tanto de carga quanto de passageiros, é um dos fatores que funda- menta o desenvolvimento econômico dos países. Esse sistema envolve os meios, a infraestrutura e as operações comerciais. O sistema de transporte brasileiro apresenta distribuição irregular no território, pois há regiões mais densas e interligadas, como Sudeste e Sul, e em outros casos há regiões menos densas, como a região Norte. MNBB Studi o/Shutte rstock MNBB Studi o/Shutte rstock un idade un idade 204 1. Rede de transporte Quais são os meios de transporte representados na imagem? O transporte realizado é de pessoas e mercadorias? Por quais vias de circulação esses meios de transporte circulam? Qual meio de transporte predomina no Brasil? A troca de mercadorias e movimentação de pessoas ocorre nas vias de circulação, classificadas em rodovias, ferrovias, hidrovias e aerovias, utilizando meios de transporte como carros, caminhões, ônibus, trens, aviões, barcos, navios etc. 5 • Transporte rodoviário • Transporte ferroviário • Transporte aquaviário • Transporte aeroviário • Transporte dutoviário O espaço das rede s no Brasil Escola Digital Objetivos do capítulo • Compreender o conceito de matriz de transporte. • Identificar a composição da matriz de transporte brasileira. • Reconhecer a participação de cada modal na matriz de transporte. • Conhecer as características de cada meio de transporte no Brasil. • Diferenciar vias de circulação e meios de transporte. Realidade aumentada • Desenvolvimento do transporte • Tipos de transporte Encaminhamento metodológico Neste capítulo aborda- remos o sistema de rede de transporte. Apresentaremos os diferentes tipos de modais e suas principais características. Importante lembrar que uma rede de transporte bem es- truturada é fundamental para a economia de um país, além de auxiliar na mobilidade da população. No Brasil, a rede de transporte teve papel funda- mental na configuração do nosso território (EF07GE07). Destaque cada meio de transporte retratado na ima- gem de abertura do capítulo. Comente que o predomínio do uso de cada meio depende das características econômicas, políticas e ambientais de cada país. Explique aos alunos que há outros meios de transporte que não foram retratados na ima- gem, como os dutos (transporte dutoviário), carros e motos (transporte rodoviário), helicóp- tero (transporte aéreo), lanchas, balsas e rebocadores (transporte aquaviário), entre outros. PG21LP273SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L3_LP.indb 204PG21LP273SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L3_LP.indb 204 24/02/2021 14:24:3524/02/2021 14:24:35 205GEOGRAFIA Jaroslav Pachy sr/Shutterstock 205GEOGRAFIA MNBB Studi o/Shutte rstock EF 21 _7 _G EO _L 3_ U 5_ 01 Aspectos gerais A modernização dos transportes, tanto das vias quanto dos meios, reduziu o tempo de deslocamen- to e possibilitou o aumento da capacidade de carga, impulsionando as relações comerciais. Além disso, os terminais também foram modernizados e integrados, combinando mais de um meio de transporte. O termo modal está relacionado ao transporte de carga, sendo classificado em: rodoviário, ferro- viário, aeroviário, marítimo e hidroviário, e o termo intermodal indica que o terminal atende mais de um tipo de transporte. Além desses meios de transporte de carga, há também os gasodutos (gás), os oleodutos (óleos) e os minerodutos (minerais). Os transportes de pessoas, cargas e produtos, aliados aos modais, caracterizam os eixos de circu- lação de municípios, estados, regiões ou países, estruturando a matriz de transporte. A matriz de transportes de carga brasileira está representada no gráfico a seguir. Rodoviário Ferroviário Aquaviário Dutoviário Aeroviário Brasil: matriz de transporte de carga em 2014 (%) 61,120,7 13,6 4,2 0,4 Fonte: WM Treinamento & Consultoria. Matriz de transportes brasileira: a vez da hidrovia? Disponível em: http://wmtc.com.br/2016/05/30/matriz-de- transportes-brasileira-a-vez-da-hidrovia/. Acesso em: 26 ago. 2018. O sistema de transportes, tanto de carga quanto de passageiros, é um dos fatores que funda- menta o desenvolvimento econômico dos países. Esse sistema envolve os meios, a infraestrutura e as operações comerciais. O sistema de transporte brasileiro apresenta distribuição irregular no território, pois há regiões mais densas e interligadas, como Sudeste e Sul, e em outros casos há regiões menos densas, como a região Norte. MNBB Studi o/Shutte rstock un idade 204 1. Rede de transporte Quais são os meios de transporte representados na imagem? O transporte realizado é de pessoas e mercadorias? Por quais vias de circulação esses meios de transporte circulam? Qual meio de transporte predomina no Brasil? A troca de mercadorias e movimentação de pessoas ocorre nas vias de circulação, classificadas em rodovias, ferrovias, hidrovias e aerovias, utilizando meios de transporte como carros, caminhões, ônibus, trens, aviões, barcos, navios etc. 5 • Transporte rodoviário • Transporte ferroviário • Transporte aquaviário • Transporte aeroviário • Transporte dutoviário O espaço das rede s no Brasil Escola Digital Encaminhamento metodológico Comente que a matriz de transporte de cargas no Brasil está embasada no modal rodoviário e que os percentuais variam de ano para ano, mas que nem sempre ocorreu esse predomínio. Explique aos alunos que até a década de 1930 a economia brasileira estava basea- da na exportação de produtos agrícolas e que o sistema de transportes predominante era o ferroviário, seguido pelo fluvial, mas a partir dessa década as políticas econômicas adotadas pelo governo de Getúlio Vargas, na época presidente do país, contribuíram para o início do processo de industrialização e o transporte rodoviário passou a ser utilizado cada vez mais. Na década de 1950, já no governo de Juscelino Kubitschek, as políticas de industriali- zação foramintensificadas e as primeiras montadoras de automóveis se instalaram no Brasil. Enfatize que a ideia de criar uma rede de transportes ligando todo o país surgiu especialmente com Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek. Mencione que naquela época o automóvel era consi- derado o símbolo da moderni- dade e do desenvolvimento no que diz respeito ao sistema de transporte. Explique aos alunos que essa realidade despertou especial atenção dos governan- tes, que passaram a priorizar a construção de estradas. Assim, a malha viária foi direcionada para o transporte rodoviário em detrimento das ferrovias e hidrovias. Destaque o gráfico da matriz de transporte brasileira, que evidencia o predomínio do transporte rodoviário. Orientação para RA A RA apresenta um slideshow sobre a evolução do transporte ao longo da história. Explore as imagens apresenta- das e comente a importância dos transportes para o desen- volvimento das sociedades. Explique que a necessidade por melhorias criou o ambiente favorável para novas invenções que culminaram na variedade dos tipos de transportes atuais. PG21LP273SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L3_LP.indb 205PG21LP273SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L3_LP.indb 205 24/02/2021 14:24:3824/02/2021 14:24:38 206 GEOGRAFIA 207GEOGRAFIA EF 21 _7 _G EO _L 3_ U 5_ 01 Os meios de transporte rodoviário são utilizados para curtas dis- tâncias e na interligação de diversos modais. Apesar dos custos de implantação e de manutenção, têm apresentado significativo crescimento, tanto no transporte de cargas quanto de passageiros. Os custos são altos, pois conforme o relevo há necessidade de se construírem viadutos, túneis e principalmente obras de contenção de encostas. Além disso, a esco- lha do material utilizado na pavimentação da rodovia é de suma importância para que a manutenção não tenha de ocorrer com muita frequência, pois a quantidade de mer- cadorias e pessoas que passa pelas rodovias é muito significativa. Além disso, a fiscalização do peso máximo do transporte de mercadoria em cada veículo automotivo e as condições de cada veículo auxilia na manutenção das rodovias. Distribuição A malha rodoviária é mal distribuída no território brasileiro, pois ocorre concentração nas regiões Sudeste, Sul, Nordeste e principalmente na faixa litorânea. Essa concentração é decorrente do dinamismo econômico dessas re- giões, tanto na produção indus- trial quanto na agropecuária, pois as rodovias possibilitam o escoamento da produção e interligam principalmente portos e ferrovias. A região Norte possui carac- terísticas físicas e ambientais que a deixam com a menor densidade da malha rodoviária, pois o predo- mínio é de outro meio de transporte, o hidroviário. Conforme dados do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, publicados no Anuário Estatístico de Transportes 2017, o Brasil apresenta 1,4 milhão de quilômetros de rodovias em uso. Em relação ao transporte de passageiros, 46% ocorrem em transporte interestadual, 42,8% em transporte semiurbano, 10,2% em transporte internacional e 1% ocorre em fretamento. Os principais produtos caracterizados como transporte de cargas, em quantidades significativas em 2016, foram os derivados de petróleo, soja, milho, farelo de soja e carnes. Em 2016, a frota brasileira rodoviária era composta de 56,2% de carros, 27,4% de motos, 11,7% de caminhões, 3,6% de carretas e 1,1% de ônibus. Túnel rodoviário. Jm l3/ W. co mm ons Vista parcial da Rodovia dos Imigrantes, que liga a Baixada Santista à cidade de São Paulo. Us er :O S2 W ar p/ W .c om mo ns Le an dr o Co st a Sa nt os /S hu tt er st oc k 206 GEOGRAFIA EF 21 _7 _G EO _L 3_ U 5_ 01 Modais de transporte Os transportes de cargas têm cinco tipos de modais, cada um com custos e caracterís- ticas operacionais próprias, que os tornam mais adequados para certos tipos de operações e produtos. Todas as modalidades têm suas vantagens e desvantagens. Escolha a melhor opção, analisando custos, características de serviços, rotas possíveis, capacidade de trans- porte, versatilidade, segurança e rapidez. FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE SÃO PAULO (FIESP). Modais de transporte. Disponível em: https://www.fiesp.com.br/transporte-e-logistica/modais-de-transporte/. Acesso em: 10 fev. 2019. PARA SABER MAIS Transporte rodoviário A primeira rodovia brasileira foi construída em 1861, entre Juiz de Fora (Minas Gerais) e Petrópolis (Rio de Janeiro). Chamada de Estrada União e Indústria, foi inaugurada por D. Pedro II. A rodovia foi pavimentada utilizando-se o método maca- dame, em que pedras de tamanho pequeno eram comprimidas para se encaixarem. Mariano Procópio Ferreira Lage recebeu a concessão para explorar essa rodovia, que é considerada um mar- co tanto na engenharia quanto na administração, pois havia um pedágio cobrado pelo uso de passageiros e de carga. A construção da rodovia BR-040, que liga o Rio de Janeiro a Brasília, passando por Juiz de Fora, incorporou trechos da Estrada União e Indústria. O predomínio do transporte rodoviário em nosso país está relacionado ao processo de industrialização e à expansão da indústria automobilística. Essa relação está presente nos países industrializados ou em processo de industrialização. Re ve rt H en ry K lu m b Sequência de imagens da Estrada União e Indústria. Encaminhamento metodológico Comente que cada modal tem suas vantagens e desvanta- gens e que eles são interligados para agilizar o transporte de car- gas. Cada modal tem seu custo e suas características específicas. A escolha das interligações de- pende de fatores como obje- tivos que o governo pretende atingir, verba disponível, carac- terísticas do relevo, capacidade de transporte e outros. O primeiro meio de trans- porte abordado no material é o rodoviário. Caso ache pertinen- te, faça um comparativo entre a forma como eram construídas as estradas no passado e como são hoje. Para conhecer mais o histórico rodoviário no Brasil acesse o site: • http://www1.dnit.gov.br/ historico/ PG21LP273SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L3_LP.indb 206PG21LP273SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L3_LP.indb 206 24/02/2021 14:25:2424/02/2021 14:25:24 207GEOGRAFIA 207GEOGRAFIA EF 21 _7 _G EO _L 3_ U 5_ 01 Os meios de transporte rodoviário são utilizados para curtas dis- tâncias e na interligação de diversos modais. Apesar dos custos de implantação e de manutenção, têm apresentado significativo crescimento, tanto no transporte de cargas quanto de passageiros. Os custos são altos, pois conforme o relevo há necessidade de se construírem viadutos, túneis e principalmente obras de contenção de encostas. Além disso, a esco- lha do material utilizado na pavimentação da rodovia é de suma importância para que a manutenção não tenha de ocorrer com muita frequência, pois a quantidade de mer- cadorias e pessoas que passa pelas rodovias é muito significativa. Além disso, a fiscalização do peso máximo do transporte de mercadoria em cada veículo automotivo e as condições de cada veículo auxilia na manutenção das rodovias. Distribuição A malha rodoviária é mal distribuída no território brasileiro, pois ocorre concentração nas regiões Sudeste, Sul, Nordeste e principalmente na faixa litorânea. Essa concentração é decorrente do dinamismo econômico dessas re- giões, tanto na produção indus- trial quanto na agropecuária, pois as rodovias possibilitam o escoamento da produção e interligam principalmente portos e ferrovias. A região Norte possui carac- terísticas físicas e ambientais que a deixam com a menor densidade da malha rodoviária, pois o predo- mínio é de outro meio de transporte, o hidroviário. Conforme dados do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, publicados no Anuário Estatístico de Transportes 2017, o Brasil apresenta 1,4 milhão de quilômetros de rodovias em uso. Em relação ao transporte de passageiros, 46% ocorrem em transporte interestadual, 42,8% em transporte semiurbano,10,2% em transporte internacional e 1% ocorre em fretamento. Os principais produtos caracterizados como transporte de cargas, em quantidades significativas em 2016, foram os derivados de petróleo, soja, milho, farelo de soja e carnes. Em 2016, a frota brasileira rodoviária era composta de 56,2% de carros, 27,4% de motos, 11,7% de caminhões, 3,6% de carretas e 1,1% de ônibus. Túnel rodoviário. Jm l3/ W. co mm ons Vista parcial da Rodovia dos Imigrantes, que liga a Baixada Santista à cidade de São Paulo. Us er :O S2 W ar p/ W .c om mo ns Le an dr o Co st a Sa nt os /S hu tt er st oc k 206 GEOGRAFIA EF 21 _7 _G EO _L 3_ U 5_ 01 Modais de transporte Os transportes de cargas têm cinco tipos de modais, cada um com custos e caracterís- ticas operacionais próprias, que os tornam mais adequados para certos tipos de operações e produtos. Todas as modalidades têm suas vantagens e desvantagens. Escolha a melhor opção, analisando custos, características de serviços, rotas possíveis, capacidade de trans- porte, versatilidade, segurança e rapidez. FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE SÃO PAULO (FIESP). Modais de transporte. Disponível em: https://www.fiesp.com.br/transporte-e-logistica/modais-de-transporte/. Acesso em: 10 fev. 2019. PARA SABER MAIS Transporte rodoviário A primeira rodovia brasileira foi construída em 1861, entre Juiz de Fora (Minas Gerais) e Petrópolis (Rio de Janeiro). Chamada de Estrada União e Indústria, foi inaugurada por D. Pedro II. A rodovia foi pavimentada utilizando-se o método maca- dame, em que pedras de tamanho pequeno eram comprimidas para se encaixarem. Mariano Procópio Ferreira Lage recebeu a concessão para explorar essa rodovia, que é considerada um mar- co tanto na engenharia quanto na administração, pois havia um pedágio cobrado pelo uso de passageiros e de carga. A construção da rodovia BR-040, que liga o Rio de Janeiro a Brasília, passando por Juiz de Fora, incorporou trechos da Estrada União e Indústria. O predomínio do transporte rodoviário em nosso país está relacionado ao processo de industrialização e à expansão da indústria automobilística. Essa relação está presente nos países industrializados ou em processo de industrialização. Re ve rt H en ry K lu m b Sequência de imagens da Estrada União e Indústria. Encaminhamento metodológico Aborde as principais características do transporte rodoviário apresentadas no ma- terial. Mencione os custos e as condições de nossas rodovias. Fale sobre a concentração da malha rodoviária em determinadas regiões e trabalhe com os dados do Ministério dos Transportes. Dica para ampliar o trabalho Explique aos alunos que as rodovias, tanto federais quanto estaduais, seguem nomenclaturas estabelecidas no Plano Nacional de Viação. As rodovias federais são identificadas por duas letras, BR, seguidas de três algarismos, sendo que o primeiro indica o tipo da rodovia e os dois seguintes, a posição. • O algarismo “zero” liga Brasília ao restante do país e informa que é uma rodovia radial. Exemplo: BR-040. Há oito rodovias radiais. • O algarismo “um” indica que a rodovia é longitudinal, com orientação norte-sul, como a BR-101 (liga Touros, no Rio Grande do Norte, a São José do Norte, no Rio Grande do Sul, contornando o litoral brasileiro), e a BR-116 (liga Fortaleza, no Ceará, a Jaguarão, no Rio Grande do Sul). Há quinze rodovias longitudinais. • O algarismo “dois” indica que a rodovia é transversal, no sentido leste-oeste, como a BR-230 (rodovia Transamazônica que liga Cabedelo, na Paraíba, a Lábrea, no Amazonas), a BR-262 (que liga Vitória, no Espírito Santo, a Corumbá, Mato Grosso do Sul). Há 21 rodovias transversais. • O algarismo “três” indica que a rodovia é diagonal, que pode ter o sentido nordeste-sudoeste ou noroeste-sudeste, como a BR-304 (liga Natal, no Rio Grande do Norte, a Russas, no Ceará) e BR-364 (liga Limeira, em São Paulo, a Rodrigues Alves, no Acre). São 30 rodovias diagonais. • O algarismo “quatro” indica que a rodovia é de ligação, isto é, liga uma rodovia federal a cidades, por exemplo. Ao todo, são 91 rodovias de ligação. PG21LP273SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L3_LP.indb 207PG21LP273SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L3_LP.indb 207 24/02/2021 14:25:2524/02/2021 14:25:25 208 GEOGRAFIA 209GEOGRAFIA EF 21 _7 _G EO _L 3_ U 5_ 01 Transporte ferroviário Para países de significativa extensão, como o Brasil, o transporte ferroviário é o mais indicado. Apesar disso, não houve evolução significativa desse tipo de transporte em nosso país. Observe essa situação nos mapas a seguir. BRASIL. Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil. Mapas e bases dos modos de transportes. 0 450 900 km Escala aproximada Projeção Cilíndrica 1: 45 000 000 BRASIL – FERROVIÁRIO (1960) Ferrovias ® N S LO ARGENTINA URUGUAI PARAGUAI BOLÍVIA CHILE PERU COLÔMBIA VENEZUELA GUIANA SURINAME Guiana Francesa (FRA) OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO AC AM RR AP PA RO MT MA PI CE RN PB PE AL SE BA TO GO DF MG ES RJ MS SP PR SC RS 45º60º 0º Equador 15º 30º 23º27'30" Trópico de Capricórnio 0 450 900 km Escala aproximada Projeção Cilíndrica 1: 45 000 000 BRASIL – FERROVIÁRIO (2016) Ferrovias ® N S LO ARGENTINA URUGUAI PARAGUAI BOLÍVIA CHILE PERU COLÔMBIA VENEZUELA GUIANA SURINAME Guiana Francesa (FRA) OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO AC AM RR AP PA RO MT MA PI CE RN PB PE AL SE BA TO GO DF MG ES RJ MS SP PR SC RS 45º60º 0º Equador 15º 30º 23º27'30" Trópico de Capricórnio SA E D IG IT A L S/ A Escala aproximada Projeção Cilíndrica 1:21 000 000 2100 Escala aproximada Projeção Cilíndrica 1:65 000 000 650 km0 Escala aproximada Projeção Cilíndrica 1:65 000 000 650 km0 Observando os mapas, é possível perceber que a malha ferroviária brasileira é mais densa nas regiões Sul e Sudeste, principalmente no estado de São Paulo. A primeira ferrovia construída foi a Estrada de Ferro Mauá, inaugurada em 1854, ligando o Porto de Mauá a Fragoso, no Rio de Janeiro, com um trecho de 14,5 km, inicialmente. Desde essa construção, o transporte ferroviário foi expandido, ainda no Período Imperial, com a intenção de interligar o território nacional e escoar a produção. Na década de 1950 o governo federal unificou vários trechos ferroviários, configurando a Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima (RFFSA), chegando a 37 mil quilômetros. Na década de 1960 essas ferrovias foram desmembradas em sistemas regionais e, devido ao proces- so de industrialização, os investimentos nesse meio de transporte foram reduzidos significativamente, até que a RFFSA foi dissolvida na década de 1990. Com isso, o transporte ferroviário foi concessionado ao setor privado, tanto o de carga quanto o de passageiros. Em 2017, segundo o Anuário Estatístico de Transportes, havia 100,1 mil vagões em tráfego e 235 mil trens de cargas, com 32 estradas de ferro, totalizando 30,6 mil quilômetros. Desse total de quilômetros, cerca de 1 930 são rotas de trens turísticos. Das ferrovias existentes em nosso pais, destacam-se: • A Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM), que interliga Vitória (ES) a Belo Horizonte (MG); • A Estrada de Ferro Carajás (EFC), operada pela Vale, liga o Porto de Itaqui, no município de São Luís (MA), a Marabá e Parauapebas (PA). 208 GEOGRAFIA EF 21 _7 _G EO _L 3_ U 5_ 01 Observe as imagens a seguir para resolver as atividades propostas. Brasil: evolução da rede rodoviária 1973 1980 2013 Estradas pavimentadas IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2016. p. 141. 1. Elabore um texto expondo a evolução da rede rodoviária brasileira tendo como base os pe- ríodos apresentados. 2. Como foi essa evolução em seu estado? 3. Qual estado brasileiro teve o menor percentual de evolução? DESENVOLVER E APLICAREncaminhamento metodológico Auxilie os alunos durante a leitura das imagens dos mapasque apresentam a evolução da rede rodoviária brasileira. Comente que, desde o início, as rodovias são mais densas nas regiões Sudeste, Sul e Nordeste e que as regiões Centro-Oeste e Norte apresentam baixa densidade. Resposta 1. Resposta pessoal. Espera -se que o aluno responda que entre 1973 e 2013 houve significativa evolução das rodovias pavimentadas, pois a densidade da malha aumentou. As regiões Sul e Sudeste apresentaram o maior crescimento da malha. A região Centro-Oeste apresentou crescimento mais acentuado entre 1980 e 2013. Já na região Norte, a quantidade de rodovias foi insignificante, pois em 1973 havia poucas rodovias pavimentadas, e em 2013 o aumento foi inexpressivo. 2. Resposta pessoal. 3. Amazonas apresentou a menor evolução, pois em 1973 havia uma rodovia que ligava Manaus até próximo à fronteira com Rondônia. Em 2013 essa rodovia foi reduzida para um pequeno trecho e outra foi construída de Manaus em direção à fronteira com Roraima. PG21LP273SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L3_LP.indb 208PG21LP273SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L3_LP.indb 208 24/02/2021 14:25:3424/02/2021 14:25:34 209GEOGRAFIA 209GEOGRAFIA EF 21 _7 _G EO _L 3_ U 5_ 01 Transporte ferroviário Para países de significativa extensão, como o Brasil, o transporte ferroviário é o mais indicado. Apesar disso, não houve evolução significativa desse tipo de transporte em nosso país. Observe essa situação nos mapas a seguir. BRASIL. Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil. Mapas e bases dos modos de transportes. 0 450 900 km Escala aproximada Projeção Cilíndrica 1: 45 000 000 BRASIL – FERROVIÁRIO (1960) Ferrovias ® N S LO ARGENTINA URUGUAI PARAGUAI BOLÍVIA CHILE PERU COLÔMBIA VENEZUELA GUIANA SURINAME Guiana Francesa (FRA) OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO AC AM RR AP PA RO MT MA PI CE RN PB PE AL SE BA TO GO DF MG ES RJ MS SP PR SC RS 45º60º 0º Equador 15º 30º 23º27'30" Trópico de Capricórnio 0 450 900 km Escala aproximada Projeção Cilíndrica 1: 45 000 000 BRASIL – FERROVIÁRIO (2016) Ferrovias ® N S LO ARGENTINA URUGUAI PARAGUAI BOLÍVIA CHILE PERU COLÔMBIA VENEZUELA GUIANA SURINAME Guiana Francesa (FRA) OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO AC AM RR AP PA RO MT MA PI CE RN PB PE AL SE BA TO GO DF MG ES RJ MS SP PR SC RS 45º60º 0º Equador 15º 30º 23º27'30" Trópico de Capricórnio SA E D IG IT A L S/ A Escala aproximada Projeção Cilíndrica 1:21 000 000 2100 Escala aproximada Projeção Cilíndrica 1:65 000 000 650 km0 Escala aproximada Projeção Cilíndrica 1:65 000 000 650 km0 Observando os mapas, é possível perceber que a malha ferroviária brasileira é mais densa nas regiões Sul e Sudeste, principalmente no estado de São Paulo. A primeira ferrovia construída foi a Estrada de Ferro Mauá, inaugurada em 1854, ligando o Porto de Mauá a Fragoso, no Rio de Janeiro, com um trecho de 14,5 km, inicialmente. Desde essa construção, o transporte ferroviário foi expandido, ainda no Período Imperial, com a intenção de interligar o território nacional e escoar a produção. Na década de 1950 o governo federal unificou vários trechos ferroviários, configurando a Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima (RFFSA), chegando a 37 mil quilômetros. Na década de 1960 essas ferrovias foram desmembradas em sistemas regionais e, devido ao proces- so de industrialização, os investimentos nesse meio de transporte foram reduzidos significativamente, até que a RFFSA foi dissolvida na década de 1990. Com isso, o transporte ferroviário foi concessionado ao setor privado, tanto o de carga quanto o de passageiros. Em 2017, segundo o Anuário Estatístico de Transportes, havia 100,1 mil vagões em tráfego e 235 mil trens de cargas, com 32 estradas de ferro, totalizando 30,6 mil quilômetros. Desse total de quilômetros, cerca de 1 930 são rotas de trens turísticos. Das ferrovias existentes em nosso pais, destacam-se: • A Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM), que interliga Vitória (ES) a Belo Horizonte (MG); • A Estrada de Ferro Carajás (EFC), operada pela Vale, liga o Porto de Itaqui, no município de São Luís (MA), a Marabá e Parauapebas (PA). 208 GEOGRAFIA EF 21 _7 _G EO _L 3_ U 5_ 01 Observe as imagens a seguir para resolver as atividades propostas. Brasil: evolução da rede rodoviária 1973 1980 2013 Estradas pavimentadas IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2016. p. 141. 1. Elabore um texto expondo a evolução da rede rodoviária brasileira tendo como base os pe- ríodos apresentados. 2. Como foi essa evolução em seu estado? 3. Qual estado brasileiro teve o menor percentual de evolução? DESENVOLVER E APLICAR Encaminhamento metodológico Auxilie os alunos durante a leitura dos mapas que retratam a evolução da rede ferroviária brasileira. Destaque o fato de que a evolução não foi tão expressiva quanto a rede rodoviária e que as regiões Centro-Oeste e Norte não apresentam ferrovias de importância nacional. O transporte ferroviário é indicado para países com grande extensão continen- tal. O Brasil é um deles, mas esse meio foi deixado de lado com a preferência dada ao transporte rodoviário. PG21LP273SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L3_LP.indb 209PG21LP273SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L3_LP.indb 209 24/02/2021 14:25:3924/02/2021 14:25:39 210 GEOGRAFIA 211GEOGRAFIA EF 21 _7 _G EO _L 3_ U 5_ 01 No link a seguir você encontra o texto Hidrovia do Mercosul, de Andre Alberti. • http://www.dnit.gov.br/hidrovias/hidrovias-interiores/hidrovia-do-mercosul PARA IR ALÉM Transporte aquaviário O transporte aquaviário é realizado em rios (fluvial), mares e oceanos (marítimo). Quando compa- rado com os demais meios, é o que apresenta o menor custo. Envolve também o transporte de cargas e pessoas entre portos no litoral, chamado de cabotagem. As hidrovias caracterizam as vias de circulação do transporte fluvial e, apesar da riqueza hídrica existente no Brasil, não são muito utilizadas, pois não são todos os rios que podem ser utilizados como vias de circulação. A grande maioria dos rios brasileiros é de planalto e essa característica impede a utilização deles como hidrovia devido aos desníveis existentes nos canais. Grande parte dos rios das bacias hidrográficas Amazônica e do Paraguai é navegável, mas devido aos desníveis nos canais é necessária a correção em alguns trechos, o que é feito por meio da constru- ção de eclusas. As principais hidrovias são a Ara- guaia-Tocantins, com cerca de 3 000 km navegáveis; São Francisco, com 1 371 km navegáveis; Rio Madeira e Tietê-Para- ná. A Hidrovia Tietê-Paraná transporta principalmente safra agrícola por cerca de 1 250 km, sendo 450 km no Rio Tietê e 800 km no Rio Paraná. Em relação ao transporte fluvial, em 2016, havia 730 rebocadores e 1 095 em- barcações para carga geral e, na cabota- gem, 108 rebocadores, 24 embarcações para carga geral, 16 porta-contêineres, 32 balsas e 9 graneleiros. O minério de ferro representa cerca de 49,6% do transporte de longo curso, movimentando os portos de Ponta da Madeira (Maranhão), Porto de Tubarões (Espírito Santo), Itaguaí e Terminal da Ilha Guaíba (Rio de Janeiro). Já os transportes de derivados de pe- tróleo, bauxita e contêineres se destacam no transporte de cabotagem. Apesar do desenvolvimento de novas tecnologias na indústria naval, como aumento da velocidade dos navios e construção de embarcações maiores, além da melhoria dos equipamentos portuários, o transporte aquaviário representa 13,6% da matriz de transporte no Brasil. Para que esse tipo de trans- porte continue a se desenvolver, é preciso resolver seu maior entrave: a burocracia. Eclusa de Nova Avanhandava na Hidrovia Tietê-Paraná. Go ve rno do Est ado de São Pa ulo /W .co m m on s 210 GEOGRAFIA EF 21 _7 _G EO _L 3_ U 5_ 01 Os principais produtos transportados via ferrovia são minério de ferro e produção agrícola, prin- cipalmente soja efarelo de soja. Observe a ilustração a seguir. 538,8 Milhões t. 8,9%13,8%77,3% Minério de Ferro Granéis AgrícolasOutros SA E D IG IT A L S/ A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) Transporte aquaviário O transporte aquaviário é realizado em rios (fluvial), mares e oceanos (marítimo). Quando compa- rado com os demais meios, é o que apresenta o menor custo. Envolve também o transporte de cargas e pessoas entre portos no litoral, chamado de cabotagem. As hidrovias caracterizam as vias de circulação do transporte fluvial e, apesar da riqueza hídrica existente no Brasil, não são muito utilizadas, pois não são todos os rios que podem ser utilizados como vias de circulação. A grande maioria dos rios brasileiros é de planalto e essa característica impede a utilização deles como hidrovia devido aos desníveis existentes nos canais. Grande parte dos rios das bacias hidrográficas Amazônica e do Paraguai é navegável, mas devido aos desníveis nos canais é necessária a correção em alguns trechos, o que é feito por meio da constru- ção de eclusas. As principais hidrovias são a Ara- guaia-Tocantins, com cerca de 3 000 km navegáveis; São Francisco, com 1 371 km navegáveis; Rio Madeira e Tietê-Para- ná. A Hidrovia Tietê-Paraná transporta principalmente safra agrícola por cerca de 1 250 km, sendo 450 km no Rio Tietê e 800 km no Rio Paraná. Em relação ao transporte fluvial, em 2016, havia 730 rebocadores e 1 095 em- barcações para carga geral e, na cabota- gem, 108 rebocadores, 24 embarcações para carga geral, 16 porta-contêineres, 32 balsas e 9 graneleiros. O minério de ferro representa cerca de 49,6% do transporte de longo curso, movimentando os portos de Ponta da Madeira (Maranhão), Porto de Tubarões (Espírito Santo), Itaguaí e Terminal da Ilha Guaíba (Rio de Janeiro). Já os transportes de derivados de pe- tróleo, bauxita e contêineres se destacam no transporte de cabotagem. Apesar do desenvolvimento de novas tecnologias na indústria naval, como aumento da velocidade dos navios e construção de embarcações maiores, além da melhoria dos equipamentos portuários, o transporte aquaviário representa 13,6% da matriz de transporte no Brasil. Para que esse tipo de trans- porte continue a se desenvolver, é preciso resolver seu maior entrave: a burocracia. Eclusa de Nova Avanhandava na Hidrovia Tietê-Paraná. Go ve rno do Est ado de São Pa ulo /W .co m m on s Por que o transporte ferroviário é tão precário no Brasil? Porque somos um país de estradas. Há mais de meio século, elas têm privilégios políticos e econômicos. Mas isso pode mudar. O país se afastou dos trilhos nos anos 1950 com o plano de crescimento rápido do presidente Juscelino Kubitschek, que priorizou rodovias. A construção de ferrovias era lenta para fazer o Brasil crescer “50 anos em cinco”, como ele queria. “Em seis meses, você faz 500 quilômetros de estrada de terra. Isso em ferrovia leva três anos”, diz Fabiano Pompermayer, técnico de planejamento e pesquisas do Ipea. Além disso, o lobby das rodovias foi forte. Desde a era JK, os investimentos e subsídios no setor são grandes, não só para abrir estradas como para atrair montadoras. Outro responsável foi o café, em baixa desde os anos 1930. Ele era transportado prin- cipalmente por trens, então várias empresas férreas faliram com a falta de trabalho. Em 1957, o governo estatizou as companhias ferroviárias. Desde então, o foco é o transporte de carga. Por isso, em 2012 os trens carregavam só 3% dos passageiros do país (isso porque incluímos o metrô na conta). Mas, na próxima década, o cenário deve mudar. SUPERINTERESSANTE. Disponível em: https://super.abril.com.br/comportamento/por- que-o-transporte-ferroviario-e-tao-precario-no-brasil/. Acesso em: 10 fev. 2019. 1. Ferrovias são o meio de transporte mais indicado para longas distâncias no Brasil, devido ao fato de o país apresentar uma grande extensão territorial e o custo de manutenção do modal ser baixo. Elabore um argumento a favor e um argumento contrário à implantação de ferrovias no Brasil. 2. Em sua opinião, para a população é mais vantajosa a utilização do modal ferroviário (trens e metrôs) ou rodoviários (carros, motos, ônibus)? Por quê? CONEXÃO Encaminhamento metodológico Incentive a leitura da reportagem Por que o trans- porte ferroviário é tão precário no Brasil?, que consta na seção Conexão. O objetivo da ativida- de é fazer os alunos refletirem sobre o conteúdo estudado ao relacionarem com o uso cotidiano desses modais pela população. Se possível retome os conteúdos estudados nos capítulos passados sobre popu- lação e mobilidade. Sugestão de atividade Cada aluno deverá entre- vistar os familiares mais velhos para saber se, antigamente, utili- zavam o trem (não os urbanos), se sim, onde embarcavam, para onde se deslocavam, como era a viagem. Determine o dia para a apresentação das informações. Ao final, questione os alunos: se as linhas de trem utilizadas pelos familiares ainda existis- sem, iriam realizar uma viagem utilizando esse meio de trans- porte? Por quê? Dica para ampliar o trabalho O documentário Estrada de sonhos conta a história ferroviária do nosso país. Além de apresentar os principais fatos, menciona o impacto e as lembranças das populações que tiveram contato com esse meio ou que ainda têm. • Estrada de sonhos. Direção: Pedro von Krüguer. Classificação indicativa: livre. Distribuidora: BRETZ FILMES (RIMO). Estúdio Domínio Filmes, 2018. Resposta 1. Resposta pessoal, o aluno pode destacar como argumento favorável o baixo custo de manutenção e a velocidade de transporte, como argumento desfavorável pode ser citado o alto custo de implantação e a baixa densidade de ferrovias no país. 2. Resposta pessoal. PG21LP273SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L3_LP.indb 210PG21LP273SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L3_LP.indb 210 24/02/2021 14:25:5624/02/2021 14:25:56 211GEOGRAFIA 211GEOGRAFIA EF 21 _7 _G EO _L 3_ U 5_ 01 No link a seguir você encontra o texto Hidrovia do Mercosul, de Andre Alberti. • http://www.dnit.gov.br/hidrovias/hidrovias-interiores/hidrovia-do-mercosul PARA IR ALÉM Transporte aquaviário O transporte aquaviário é realizado em rios (fluvial), mares e oceanos (marítimo). Quando compa- rado com os demais meios, é o que apresenta o menor custo. Envolve também o transporte de cargas e pessoas entre portos no litoral, chamado de cabotagem. As hidrovias caracterizam as vias de circulação do transporte fluvial e, apesar da riqueza hídrica existente no Brasil, não são muito utilizadas, pois não são todos os rios que podem ser utilizados como vias de circulação. A grande maioria dos rios brasileiros é de planalto e essa característica impede a utilização deles como hidrovia devido aos desníveis existentes nos canais. Grande parte dos rios das bacias hidrográficas Amazônica e do Paraguai é navegável, mas devido aos desníveis nos canais é necessária a correção em alguns trechos, o que é feito por meio da constru- ção de eclusas. As principais hidrovias são a Ara- guaia-Tocantins, com cerca de 3 000 km navegáveis; São Francisco, com 1 371 km navegáveis; Rio Madeira e Tietê-Para- ná. A Hidrovia Tietê-Paraná transporta principalmente safra agrícola por cerca de 1 250 km, sendo 450 km no Rio Tietê e 800 km no Rio Paraná. Em relação ao transporte fluvial, em 2016, havia 730 rebocadores e 1 095 em- barcações para carga geral e, na cabota- gem, 108 rebocadores, 24 embarcações para carga geral, 16 porta-contêineres, 32 balsas e 9 graneleiros. O minério de ferro representa cerca de 49,6% do transporte de longo curso, movimentando os portos de Ponta da Madeira (Maranhão), Porto de Tubarões (Espírito Santo), Itaguaí e Terminal da Ilha Guaíba (Rio de Janeiro). Já os transportes de derivados de pe- tróleo, bauxita e contêineres se destacam no transporte de cabotagem. Apesar do desenvolvimento de novas tecnologias na indústria naval, como aumento da velocidade dos navios e construção deembarcações maiores, além da melhoria dos equipamentos portuários, o transporte aquaviário representa 13,6% da matriz de transporte no Brasil. Para que esse tipo de trans- porte continue a se desenvolver, é preciso resolver seu maior entrave: a burocracia. Eclusa de Nova Avanhandava na Hidrovia Tietê-Paraná. Go ve rno do Est ado de São Pa ulo /W .co m m on s 210 GEOGRAFIA EF 21 _7 _G EO _L 3_ U 5_ 01 Os principais produtos transportados via ferrovia são minério de ferro e produção agrícola, prin- cipalmente soja e farelo de soja. Observe a ilustração a seguir. 538,8 Milhões t. 8,9%13,8%77,3% Minério de Ferro Granéis AgrícolasOutros SA E D IG IT A L S/ A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) Transporte aquaviário O transporte aquaviário é realizado em rios (fluvial), mares e oceanos (marítimo). Quando compa- rado com os demais meios, é o que apresenta o menor custo. Envolve também o transporte de cargas e pessoas entre portos no litoral, chamado de cabotagem. As hidrovias caracterizam as vias de circulação do transporte fluvial e, apesar da riqueza hídrica existente no Brasil, não são muito utilizadas, pois não são todos os rios que podem ser utilizados como vias de circulação. A grande maioria dos rios brasileiros é de planalto e essa característica impede a utilização deles como hidrovia devido aos desníveis existentes nos canais. Grande parte dos rios das bacias hidrográficas Amazônica e do Paraguai é navegável, mas devido aos desníveis nos canais é necessária a correção em alguns trechos, o que é feito por meio da constru- ção de eclusas. As principais hidrovias são a Ara- guaia-Tocantins, com cerca de 3 000 km navegáveis; São Francisco, com 1 371 km navegáveis; Rio Madeira e Tietê-Para- ná. A Hidrovia Tietê-Paraná transporta principalmente safra agrícola por cerca de 1 250 km, sendo 450 km no Rio Tietê e 800 km no Rio Paraná. Em relação ao transporte fluvial, em 2016, havia 730 rebocadores e 1 095 em- barcações para carga geral e, na cabota- gem, 108 rebocadores, 24 embarcações para carga geral, 16 porta-contêineres, 32 balsas e 9 graneleiros. O minério de ferro representa cerca de 49,6% do transporte de longo curso, movimentando os portos de Ponta da Madeira (Maranhão), Porto de Tubarões (Espírito Santo), Itaguaí e Terminal da Ilha Guaíba (Rio de Janeiro). Já os transportes de derivados de pe- tróleo, bauxita e contêineres se destacam no transporte de cabotagem. Apesar do desenvolvimento de novas tecnologias na indústria naval, como aumento da velocidade dos navios e construção de embarcações maiores, além da melhoria dos equipamentos portuários, o transporte aquaviário representa 13,6% da matriz de transporte no Brasil. Para que esse tipo de trans- porte continue a se desenvolver, é preciso resolver seu maior entrave: a burocracia. Eclusa de Nova Avanhandava na Hidrovia Tietê-Paraná. Go ve rno do Est ado de São Pa ulo /W .co m m on s Por que o transporte ferroviário é tão precário no Brasil? Porque somos um país de estradas. Há mais de meio século, elas têm privilégios políticos e econômicos. Mas isso pode mudar. O país se afastou dos trilhos nos anos 1950 com o plano de crescimento rápido do presidente Juscelino Kubitschek, que priorizou rodovias. A construção de ferrovias era lenta para fazer o Brasil crescer “50 anos em cinco”, como ele queria. “Em seis meses, você faz 500 quilômetros de estrada de terra. Isso em ferrovia leva três anos”, diz Fabiano Pompermayer, técnico de planejamento e pesquisas do Ipea. Além disso, o lobby das rodovias foi forte. Desde a era JK, os investimentos e subsídios no setor são grandes, não só para abrir estradas como para atrair montadoras. Outro responsável foi o café, em baixa desde os anos 1930. Ele era transportado prin- cipalmente por trens, então várias empresas férreas faliram com a falta de trabalho. Em 1957, o governo estatizou as companhias ferroviárias. Desde então, o foco é o transporte de carga. Por isso, em 2012 os trens carregavam só 3% dos passageiros do país (isso porque incluímos o metrô na conta). Mas, na próxima década, o cenário deve mudar. SUPERINTERESSANTE. Disponível em: https://super.abril.com.br/comportamento/por- que-o-transporte-ferroviario-e-tao-precario-no-brasil/. Acesso em: 10 fev. 2019. 1. Ferrovias são o meio de transporte mais indicado para longas distâncias no Brasil, devido ao fato de o país apresentar uma grande extensão territorial e o custo de manutenção do modal ser baixo. Elabore um argumento a favor e um argumento contrário à implantação de ferrovias no Brasil. 2. Em sua opinião, para a população é mais vantajosa a utilização do modal ferroviário (trens e metrôs) ou rodoviários (carros, motos, ônibus)? Por quê? CONEXÃO Encaminhamento metodológico Comente que, apesar de apresentar custo menor quando comparado aos demais modais de transporte, o da implantação e da manutenção são altos. Porém, o inves- timento é recuperado em pouco tempo devido à sua rentabilidade, pois seu custo é cinco a dez vezes menor que os transportes terrestres. Explique aos alunos que essa modalidade de transporte teve seu uso intensificado após a Segunda Guerra Mundial devido às inovações tecnológicas que aprimoraram os instrumentos de navegação e as embarcações. Enfatize que a rede hidroviária exige uma infraestrutura que, por vezes, necessita da adaptação de leitos de rios e baías para ter a profundidade e a largura necessárias para passagem das embarcações, construção de canais para ligar as vias e conexão com outros meios de transporte. Fale sobre as desvantagens do transporte aquaviário, principalmente do meio de transporte fluvial: má distribuição das vias, com aproveitamento total somente nas áreas de planície ou em áreas em que há obras de engenharia que facilitam a formação de trechos navegáveis. Cite como exemplo que um rio de águas calmas pode em alguns trechos do percurso tornar-se raso, impedindo a navegação, assim como também quando há corre- deiras e quedas-d’água. PG21LP273SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L3_LP.indb 211PG21LP273SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L3_LP.indb 211 24/02/2021 14:25:5924/02/2021 14:25:59 212 GEOGRAFIA 213GEOGRAFIA EF 21 _7 _G EO _L 3_ U 5_ 01 Os aeroportos de Congonhas (São Paulo), Brasília, Galeão (Rio de Janeiro), Confins (Belo Horizonte) e Santos Dumont (Rio de Janeiro) são os principais do Brasil. Aeroporto Santos Dumont, Rio de Janeiro. T ph ot og ra ph y/ Sh ut te rs to ck No link a seguir você encontra informações sobre os problemas ambientais relacionados ao transporte aéreo apresentados na reportagem Quais os impactos ambientais das viagens de avião? • https://www.ecycle.com.br/component/content/article/35/1315-o-impacto-ambiental-do- -transporte-aereo.html PARA IR ALÉM Transporte dutoviário O transporte dutoviário se dá por meio de dutos, também chamados de tubulações, que transpor- tam principalmente óleos, gases e produtos químicos. Os dutos podem ser subterrâneos, na superfície, submarinos e também aéreos. São classificados em: • oleodutos: transportam derivados de petróleo e álcool. • gasodutos: transportam gases, como o gás natural e o dióxido de carbono. • minerodutos: transportam minérios, como o minério de ferro, sal-gema, entre outros. • carbodutos: transportam carvão mineral. • polidutos: transportam produtos variados como água, vinho, cerveja, entre outros. Em 2015 o Brasil tinha 601 dutos, totalizando 19,7 mil km. Em relação ao transporte de produtos, nos oleodutos foram transportados aproximadamente 6,5 milhões de metros cúbicos a 20°C. Nos gasodutos foram transportados 80,3 milhões m3/dia com destaque para diesel, gasolina, que- rosene e nafta. Os combustíveis produzidos nas regiões Sudeste e Sul são transportados das refinarias para os portos por meio de dutos de curto percurso e transportados, via cabotagem, para as regiões Norte e Nordeste. Os minerodutos transportaram 29,6 milhões de toneladas, principalmente, de sal-gema,bauxita, minério de ferro e rocha fosfática. Vista parcial do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo.Tupungato/Shutterstock 212 GEOGRAFIA EF 21 _7 _G EO _L 3_ U 5_ 01 Transporte aeroviário O transporte aeroviário é considerado um marco dos meios de transporte, pois encurtou o tempo de deslocamento de passageiros e mercadorias. Esse tipo de transporte presta serviços gerais, como os realizados por aeronaves menores: táxi aéreo, publicidade e propaganda e de aerofotogrametria; serviços regionais: transporte de passagei- ros, de carga, atendendo aos locais que estão na rota das linhas nacionais; e serviços regulares, que englobam as linhas nacionais e internacionais. O transporte aéreo de carga teve aumento do seu fluxo inexpressivo nas últimas décadas devido ao custo do combustível, da manutenção das aeronaves, do predomínio de cargas leves e perecíveis e do pouco espaço para mercadorias nas aeronaves. Já o fluxo de transporte de passageiros aumentou significativamente devido ao baixo custo das passagens, do aumento da frequência dos voos, bem como da modernização das aeronaves. Apesar do desenvolvimento, tanto das aeronaves quanto dos equipamentos necessários, esse meio de transporte apresenta problemas como alto custo, atrasos e cancelamentos de voos, panes nos softwares, violação de bagagens, entre outros. Além disso, fenômenos naturais também influen- ciam o funcionamento do transporte aéreo, como nevoeiros, tempestades, erupções vulcânicas, terremotos, tornados etc. É considerado o modal mais caro, pois a estrutura necessária para mantê-lo é cara em todos os setores: fonte de energia necessária para aeronaves e aeroportos, necessidade de áreas grandes para construir aeroportos e estacionamentos para as aeronaves, equipamentos específicos de comunicação e de localização. Em 2017, segundo o Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, havia 643 aeronaves ativas. Desse total, 47,6% correspondiam ao setor privado. Em relação ao volume de passageiros, as linhas nacionais movimentaram cerca de 91 milhões de pessoas envolvendo 805 mil voos. O Aeroporto Internacional Governador André Franco Montoro ou Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, é o maior do Brasil, tanto em área quanto em volume de passageiros, tanto em rotas nacionais como internacionais. Observe a imagem a seguir. Encaminhamento metodológico Reforce que o transporte aéreo é considerado o mais caro para cargas, mas é o mais utiliza- do para transporte de pessoas. Explique aos alunos que a aerofotogrametria se relacio- na à obtenção de imagens da superfície terrestre por meio de câmeras fotográficas aéreas acopladas no assoalho de aero- naves, as quais são adaptadas para esse tipo de prestação de serviços e sobrevoam a área que será retratada. Destaque a imagem do Aeroporto Internacional de Guarulhos, maior do Brasil em volume e em área. Acesse o Google Maps e procure por “Aeroporto Internacional de São Paulo”. Os alunos poderão ter uma visão vertical e ampla da área do aeroporto. Lembre-se de colocar na opção satélite. PG21LP273SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L3_LP.indb 212PG21LP273SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L3_LP.indb 212 24/02/2021 14:26:2224/02/2021 14:26:22 213GEOGRAFIA 213GEOGRAFIA EF 21 _7 _G EO _L 3_ U 5_ 01 Os aeroportos de Congonhas (São Paulo), Brasília, Galeão (Rio de Janeiro), Confins (Belo Horizonte) e Santos Dumont (Rio de Janeiro) são os principais do Brasil. Aeroporto Santos Dumont, Rio de Janeiro. T ph ot og ra ph y/ Sh ut te rs to ck No link a seguir você encontra informações sobre os problemas ambientais relacionados ao transporte aéreo apresentados na reportagem Quais os impactos ambientais das viagens de avião? • https://www.ecycle.com.br/component/content/article/35/1315-o-impacto-ambiental-do- -transporte-aereo.html PARA IR ALÉM Transporte dutoviário O transporte dutoviário se dá por meio de dutos, também chamados de tubulações, que transpor- tam principalmente óleos, gases e produtos químicos. Os dutos podem ser subterrâneos, na superfície, submarinos e também aéreos. São classificados em: • oleodutos: transportam derivados de petróleo e álcool. • gasodutos: transportam gases, como o gás natural e o dióxido de carbono. • minerodutos: transportam minérios, como o minério de ferro, sal-gema, entre outros. • carbodutos: transportam carvão mineral. • polidutos: transportam produtos variados como água, vinho, cerveja, entre outros. Em 2015 o Brasil tinha 601 dutos, totalizando 19,7 mil km. Em relação ao transporte de produtos, nos oleodutos foram transportados aproximadamente 6,5 milhões de metros cúbicos a 20°C. Nos gasodutos foram transportados 80,3 milhões m3/dia com destaque para diesel, gasolina, que- rosene e nafta. Os combustíveis produzidos nas regiões Sudeste e Sul são transportados das refinarias para os portos por meio de dutos de curto percurso e transportados, via cabotagem, para as regiões Norte e Nordeste. Os minerodutos transportaram 29,6 milhões de toneladas, principalmente, de sal-gema, bauxita, minério de ferro e rocha fosfática. Vista parcial do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo.Tupungato/Shutterstock 212 GEOGRAFIA EF 21 _7 _G EO _L 3_ U 5_ 01 Transporte aeroviário O transporte aeroviário é considerado um marco dos meios de transporte, pois encurtou o tempo de deslocamento de passageiros e mercadorias. Esse tipo de transporte presta serviços gerais, como os realizados por aeronaves menores: táxi aéreo, publicidade e propaganda e de aerofotogrametria; serviços regionais: transporte de passagei- ros, de carga, atendendo aos locais que estão na rota das linhas nacionais; e serviços regulares, que englobam as linhas nacionais e internacionais. O transporte aéreo de carga teve aumento do seu fluxo inexpressivo nas últimas décadas devido ao custo do combustível, da manutenção das aeronaves, do predomínio de cargas leves e perecíveis e do pouco espaço para mercadorias nas aeronaves. Já o fluxo de transporte de passageiros aumentou significativamente devido ao baixo custo das passagens, do aumento da frequência dos voos, bem como da modernização das aeronaves. Apesar do desenvolvimento, tanto das aeronaves quanto dos equipamentos necessários, esse meio de transporte apresenta problemas como alto custo, atrasos e cancelamentos de voos, panes nos softwares, violação de bagagens, entre outros. Além disso, fenômenos naturais também influen- ciam o funcionamento do transporte aéreo, como nevoeiros, tempestades, erupções vulcânicas, terremotos, tornados etc. É considerado o modal mais caro, pois a estrutura necessária para mantê-lo é cara em todos os setores: fonte de energia necessária para aeronaves e aeroportos, necessidade de áreas grandes para construir aeroportos e estacionamentos para as aeronaves, equipamentos específicos de comunicação e de localização. Em 2017, segundo o Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, havia 643 aeronaves ativas. Desse total, 47,6% correspondiam ao setor privado. Em relação ao volume de passageiros, as linhas nacionais movimentaram cerca de 91 milhões de pessoas envolvendo 805 mil voos. O Aeroporto Internacional Governador André Franco Montoro ou Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, é o maior do Brasil, tanto em área quanto em volume de passageiros, tanto em rotas nacionais como internacionais. Observe a imagem a seguir. Encaminhamento metodológico Comente que, apesar de esse meio de transporte nem sempre estar visível, pois na maioria das vezes são dutos subterrâneos, é de suma importância para o país. Os dutos diminuem a necessidade de transporte de materiais pelos demais meios. PG21LP273SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L3_LP.indb 213PG21LP273SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L3_LP.indb 213 24/02/2021 14:26:2624/02/2021 14:26:26 214 GEOGRAFIA 215GEOGRAFIA EF 21 _7 _G EO _L 3_ U 5_ 01 1. Qual meio de transporte predomina no estado onde você reside? Por quê? 2. O Brasil é um país quepossui grande extensão territorial e rica rede hidrográfica, permitindo uma grande variedade de meios de transporte. Assinale a alternativa que corresponde ao meio de transporte mais utilizado no país e à região em que ele mais se concentra. a) Ferroviário, Região Sudeste. b) Aquaviário, Região Norte. c) Rodoviário, Região Sul. d) Rodoviário, Região Sudeste. e) Ferroviário, Região Sul. 3. O Brasil é um país que tem uma rede hidrográfica rica, com muitos rios. Por que não podemos considerar todos os rios brasileiros como navegáveis? 4. Por que, entre todos os tipos de transporte, o aéreo é um dos que menos evoluíram na movi- mentação de cargas? 5. Na cidade onde você mora tem aeroporto? Se sim, é considerado doméstico ou internacional? Se não, qual é o mais próximo? ATIVIDADES Au ro ra 72 /S hu tt er st oc k 214 GEOGRAFIA Observe o mapa a seguir. BRASIL. Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil. Mapas e bases dos modos de transportes. 0 450 900 km Escala aproximada Projeção Cilíndrica 1: 45 000 000 BRASIL – TRANSPORTE DUTOVIÁRIO (2018) Dutos ® N S LO ARGENTINA URUGUAI PARAGUAI BOLÍVIA CHILE PERU COLÔMBIA VENEZUELA GUIANA SURINAME Guiana Francesa (FRA) OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO AC AM RR AP PA RO MT MA PI CE RN PB PE AL SE BA TO GO DF MG ES RJ MS SP PR SC RS 45º60º 0º Equador 15º 30º 23º27'30" Trópico de Capricórnio SA E D IG IT A L S/ A Escala aproximada Projeção Cilíndrica 1:50 000 000 500 1 000 km0 Principais destaques no transporte dutoviário: • Mineroduto Paragominas/Barcarena, no Pará, com 244 km. A bauxita extraída em Paragominas é transportada em forma de polpa por sete municípios até Barcarena, onde é refinada e transformada em alumina. • Gasoduto Brasil-Bolívia, com um total de 3 150 km, sendo 2 593 km em território brasileiro. Esse gasoduto inicia na cidade de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, e termina em Canoas, no Rio Grande do Sul. A construção foi possível devido ao Tratado de La Paz, em 1996. O gás natural é extraído na Bolívia e transportado para o Brasil, abastecendo 50% do consumo brasileiro. A tubulação é subterrânea, estando a uma profundidade média de um metro, com uma faixa de terra de 20 metros de largura para a proteção. O duto entra no Brasil em Corumbá (MS) e quando chega à Campinas (SP) tem uma conexão para Guararema, que o interliga com outro gasoduto, o qual interliga São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. • Oleoduto São Sebastião/Paulínia, com 226 km. É o maior oleoduto da Petrobras Transporte SA (Transpetro), responsável por aproximadamente 80% do combustível exportado. • Oleoduto Angra dos Reis/Caxias, com 123 km, interliga o terminal aquaviário de Angra dos Reis e a Refinaria Duque de Caxias. Também operado pela Transpetro. Encaminhamento metodológico Auxilie os alunos durante a leitura do mapa Brasil: transporte dutoviário. Enfatize que os dutos estão em nosso território con- tinental e também na porção marítima, ligando as platafor- mas de extração de petróleo e refinarias. Explique aos alunos que são necessárias cinco toneladas de bauxita para produzir duas toneladas de alumina e uma tonelada de alumínio, matéria- -prima da fabricação de diversos produtos. Para produzir alumí- nio, é necessário passar por esse processo. Orientação para RA A RA apresenta uma atividade interativa em que os alunos deverão identificar os transportes e suas respec- tivas características. Para isso, deverão digitar os nomes dos transportes nos espaços corres- pondentes. Aproveite o mo- mento para comentar os pontos positivos e negativos de cada tipo de transporte e onde são mais indicados. PG21LP273SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L3_LP.indb 214PG21LP273SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L3_LP.indb 214 24/02/2021 14:26:3224/02/2021 14:26:32 215GEOGRAFIA 215GEOGRAFIA EF 21 _7 _G EO _L 3_ U 5_ 01 1. Qual meio de transporte predomina no estado onde você reside? Por quê? 2. O Brasil é um país que possui grande extensão territorial e rica rede hidrográfica, permitindo uma grande variedade de meios de transporte. Assinale a alternativa que corresponde ao meio de transporte mais utilizado no país e à região em que ele mais se concentra. a) Ferroviário, Região Sudeste. b) Aquaviário, Região Norte. c) Rodoviário, Região Sul. d) Rodoviário, Região Sudeste. e) Ferroviário, Região Sul. 3. O Brasil é um país que tem uma rede hidrográfica rica, com muitos rios. Por que não podemos considerar todos os rios brasileiros como navegáveis? 4. Por que, entre todos os tipos de transporte, o aéreo é um dos que menos evoluíram na movi- mentação de cargas? 5. Na cidade onde você mora tem aeroporto? Se sim, é considerado doméstico ou internacional? Se não, qual é o mais próximo? ATIVIDADES Au ro ra 72 /S hu tt er st oc k 214 GEOGRAFIA Observe o mapa a seguir. BRASIL. Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil. Mapas e bases dos modos de transportes. 0 450 900 km Escala aproximada Projeção Cilíndrica 1: 45 000 000 BRASIL – TRANSPORTE DUTOVIÁRIO (2018) Dutos ® N S LO ARGENTINA URUGUAI PARAGUAI BOLÍVIA CHILE PERU COLÔMBIA VENEZUELA GUIANA SURINAME Guiana Francesa (FRA) OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO AC AM RR AP PA RO MT MA PI CE RN PB PE AL SE BA TO GO DF MG ES RJ MS SP PR SC RS 45º60º 0º Equador 15º 30º 23º27'30" Trópico de Capricórnio SA E D IG IT A L S/ A Escala aproximada Projeção Cilíndrica 1:50 000 000 500 1 000 km0 Principais destaques no transporte dutoviário: • Mineroduto Paragominas/Barcarena, no Pará, com 244 km. A bauxita extraída em Paragominas é transportada em forma de polpa por sete municípios até Barcarena, onde é refinada e transformada em alumina. • Gasoduto Brasil-Bolívia, com um total de 3 150 km, sendo 2 593 km em território brasileiro. Esse gasoduto inicia na cidade de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, e termina em Canoas, no Rio Grande do Sul. A construção foi possível devido ao Tratado de La Paz, em 1996. O gás natural é extraído na Bolívia e transportado para o Brasil, abastecendo 50% do consumo brasileiro. A tubulação é subterrânea, estando a uma profundidade média de um metro, com uma faixa de terra de 20 metros de largura para a proteção. O duto entra no Brasil em Corumbá (MS) e quando chega à Campinas (SP) tem uma conexão para Guararema, que o interliga com outro gasoduto, o qual interliga São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. • Oleoduto São Sebastião/Paulínia, com 226 km. É o maior oleoduto da Petrobras Transporte SA (Transpetro), responsável por aproximadamente 80% do combustível exportado. • Oleoduto Angra dos Reis/Caxias, com 123 km, interliga o terminal aquaviário de Angra dos Reis e a Refinaria Duque de Caxias. Também operado pela Transpetro. Resposta 1. Resposta pessoal. 2. D 3. Espera-se que o aluno responda que muitos rios brasileiros são de planalto, o que dificulta o transporte por eles. Além disso, alguns rios, mesmo que navegáveis, precisam de ajustes. 4. Espera-se que o aluno cite o alto custo de combustível e manutenção; predomínio de cargas leves e perecíveis; pouco espaço para mercadorias nas aeronaves. 5. Resposta pessoal. PG21LP273SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L3_LP.indb 215PG21LP273SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L3_LP.indb 215 24/02/2021 14:26:3324/02/2021 14:26:33 216 GEOGRAFIA 217GEOGRAFIA Re de d e tr an sp or te – R el ac io na nd o co nc ei to s hi dr ov ia s ae ro vi as M EI O S D E TR AN SP O RT E VI AS D E CI RC U LA ÇÃ O qu e po de m s er co m po st a de M AT RI Z D E TR AN SP O RT E D O B RA SI L co m po st o do s m od ai s ba rc os e n av io s po r m ei o de po r m ei o de du to vi ár io du to s av iõ es e he lic óp te ro s po r m ei o de qu e é aé re o id ea l tr en s po r m ei o de qu e é pa ra fe rr ov iá rio o m ai s ut ili za doqu e é po r m ei o de pa ís es e xt en so s c om o o Br as il 216 GEOGRAFIA EF 21 _7 _G EO _L 3_ U 5_ 01 6. Cite os tipos de dutos que existem e quais produtos eles transportam. 7. Analise o mapa e responda às questões a seguir. Malha rodoviária do Brasil – 2013 Estradas pavimentadas A tla s ge og rá fi c o es co la r I BG E/ Re pr od uç ão a) Em quais regiões do Brasil a malha rodoviária está mais concentrada? Quais seriam os motivos? b) Por que a região Norte apresenta uma malha rodoviária bastante reduzida? Qual tipo de transporte predomina nela? Resposta 6. Espera-se que o aluno responda que os dutos podem ser: subterrâneos, na superfície, submarinos ou aéreos. Podem transportar derivados do petróleo e álcool, gás natural e dióxido de carbono, minérios, carvão mineral ou, ainda, água, cerveja e vinho. 7. a) Espera-se que o aluno responda que a malha está mais concentrada nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste. Entre os motivos o aluno pode citar: concentração das indústrias e proximidade com os portos. b) Espera-se que o aluno responda que essa malha reduzida se deve, principalmente, à presença da Floresta Amazônica. Nessa região predomina o transporte hidroviário. PG21LP273SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L3_LP.indb 216PG21LP273SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L3_LP.indb 216 24/02/2021 14:26:3824/02/2021 14:26:38 217GEOGRAFIA 217GEOGRAFIA Re de d e tr an sp or te – R el ac io na nd o co nc ei to s hi dr ov ia s ae ro vi as M EI O S D E TR AN SP O RT E VI AS D E CI RC U LA ÇÃ O qu e po de m s er co m po st a de M AT RI Z D E TR AN SP O RT E D O B RA SI L co m po st o do s m od ai s ba rc os e n av io s po r m ei o de po r m ei o de du to vi ár io du to s av iõ es e he lic óp te ro s po r m ei o de qu e é aé re o id ea l tr en s po r m ei o de qu e é pa ra fe rr ov iá rio o m ai s ut ili za do qu e é po r m ei o de pa ís es e xt en so s c om o o Br as il 216 GEOGRAFIA EF 21 _7 _G EO _L 3_ U 5_ 01 6. Cite os tipos de dutos que existem e quais produtos eles transportam. 7. Analise o mapa e responda às questões a seguir. Malha rodoviária do Brasil – 2013 Estradas pavimentadas A tla s ge og rá fi c o es co la r I BG E/ Re pr od uç ão a) Em quais regiões do Brasil a malha rodoviária está mais concentrada? Quais seriam os motivos? b) Por que a região Norte apresenta uma malha rodoviária bastante reduzida? Qual tipo de transporte predomina nela? aq ua vi ár io ro do vi as du to vi as fe rr ov ia s o m ai s ca ro ro do vi ár io ca rr os , ca m in hõ es , ôn ib us , m ot oc ic le ta s e ca rr et as PG21LP273SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L3_LP.indb 217PG21LP273SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L3_LP.indb 217 24/02/2021 14:26:4124/02/2021 14:26:41 218 GEOGRAFIA Sistema de comunicação Por muito tempo, fala e escrita foram as formas de transmissão e armazenamento das informa- ções e do conhecimento que eram passadas de geração a geração. Com a invenção do computador, da internet e dos satélites artificiais, as formas de transmissão evoluíram rapidamente, caracterizando a revolução digital, isto é, a passagem do que vemos e percebemos, chamado de mundo analógico, para um mundo organizado em dígitos, denominado mundo digital. As sociedades sempre desenvolveram formas de comunicação desde o início da evolução da humanidade por meio de desenhos, sinais, escrita, invenção de diversos objetos, até chegar ao desen- volvimento da tecnologia digital, que possibilitou formas de comunicação mais eficazes. A humanidade e a comunicação evoluíram juntas. Ke vin Re ne s/S hut ters tock Na evolução e organização desse processo, destaca-se uma complexa rede de comunicação que funciona devido aos meios ou sistemas de comunicação, como de escrita, sonoros, audiovisuais, multimídia e hipermídia. No sistema de comunicação são utilizados diversos equipamentos que possibilitam às pessoas se comunicarem mesmo quando estão distantes umas das outras e no menor espaço de tempo. Isso foi possível devido à evolução de equipamentos como computadores, por exemplo, e ao desenvolvimento da internet, que caracteriza uma rede de informações que interliga milhões de usuários via computa- dores e dispositivos móveis. Essa evolução está presente nos meios de comunicação na socie- dade brasileira. As transformações mais significativas ocorreram após a década de 1960, por meio de empresas, principalmente do setor privado, que criaram condições de gerar e difundir as mais variadas mensagens e informações, que trafegam em diferentes tipos de aparelhos para os diversos lugares do país. Nas últimas três décadas, foram concretizados alguns avanços, como a legislação mais específica para regulamentar a telecomunica- ção, liberdade de expressão e de imprensa, garantia da comunicação social – que está na Constituição Federal brasileira –, uso da radiodifusão comunitária, criação de redes de emissoras públicas, entre outros. A história desse setor tem origem no final do século XIX com a imprensa escrita, que foi iniciada pelo Correio Braziliense, impresso em português, mas produzido em Londres, dirigido por Hipólito da Costa. Observe a imagem ao lado. CC /W ik im ed ia /P D o ld Página do jornal Correio Braziliense publicada em julho de 1817, em Londres. Zu ba da /S hu tt er st oc k 219GEOGRAFIA sdecoret/Sh utterstoc k EF 21 _7 _G EO _L 3_ U 5_ 02 sdecoret/Sh utterstoc k sdecoret/Sh utterstoc k un idade un idade 218 2. Redes de comunicação e de informação O que envolve as redes de comunicação e de informação? Essas redes estão interligadas? A rede de informação existiria sem a de comunicação? O que estrutura a rede de comunicação? E a rede de informa- ção? Você participa de alguma dessas duas redes? Como? 5 • Sistema de comunicação • Sistema de informação O espaço das rede s no Brasil Escola Digital Objetivos do capítulo • Identificar os diferentes equipamentos que compõem o sistema de comunicação. • Identificar os diferentes equipamentos que compõem o sistema de informação. • Compreender a evolução dos meios de comunicação. • Compreender a evolução do sistema de informação. Realidade aumentada • Os meios de comunicação no Brasil • Uma breve história da internet Encaminhamento metodológico Neste capítulo traba- lharemos com as redes de comunicação e de informação. Trataremos as características ge- rais do assunto saindo do global e partindo para a escala local, no caso o Brasil. Nesse sentido, será possível analisar a influên- cia desses sistemas em nosso território (EF07GE07). Auxilie os alunos durante a leitura da imagem que está na abertura do capítulo, identi- ficando o que envolve as redes de comunicação e de informa- ção com a finalidade de integrar pessoas, empresas e países. PG21LP273SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L3_LP.indb 218PG21LP273SDG0_MIOLO_EF21_7_GEO_L3_LP.indb 218 24/02/2021 14:27:5824/02/2021 14:27:58 219GEOGRAFIA Sistema de comunicação Por muito tempo, fala e escrita foram as formas de transmissão e armazenamento das informa- ções e do conhecimento que eram passadas de geração a geração. Com a invenção do computador, da internet e dos satélites artificiais, as formas de transmissão evoluíram rapidamente, caracterizando a revolução digital, isto é, a passagem do que vemos e percebemos, chamado de mundo analógico, para um mundo organizado em dígitos, denominado mundo digital. As sociedades sempre desenvolveram formas de comunicação desde o início da evolução da humanidade por meio de desenhos, sinais, escrita, invenção de diversos objetos, até chegar ao desen- volvimento da tecnologia digital, que possibilitou formas de comunicação mais eficazes. A humanidade e a comunicação evoluíram juntas. Ke vin Re ne s/S hut ters tock Na evolução e organização desse processo, destaca-se
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