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QUIMICA ORGANICA

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Química orgânica
A Química Orgânica é uma divisão da Química que foi proposta em 1777 pelo químico suecoTorbernOlof Bergman. A química orgânica era definida como um ramo químico que estuda os compostos extraídos dos organismos vivos. Em 1807, foi formulada a Teoria da Força Vital por Jöns Jacob Berzelius. Ela baseava-se na ideia de que os compostos orgânicos precisavam de uma força maior (a vida) para serem sintetizados.
Em 1828, Friedrich Wöhler , discípulo de Berzelius, a partir do cianato de amónio, produziu a ureia; começando, assim, a queda da teoria da força vital. Essa obtenção ficou conhecida como síntese de Wöhler. Após, Pierre Eugene MarcellinBerthelot realizou toda uma série de experiências a partir de 1854 e em 1862 sintetizou o acetileno. Em 1866, Berthelot obteve, por aquecimento, a polimerização do acetileno em benzeno e, assim, é derrubada a Teoria da Força Vital.
Percebe-se que a definição de Bergman para a química orgânica não era adequada, então, o químico alemão Friedrich AugustKekulé propôs a nova definição aceita actualmente: “Química Orgânica é o ramo da Química que estuda os compostos do carbono”. Essa afirmação está correcta, contudo, nem todo composto que contém carbono é orgânico, por exemplo o dióxido de carbono, o ácido carbónico, a Grafite, etc, mas todos os compostos orgânicos contém carbono.
Essa parte da química, além de estudar a estrutura, propriedades, composição, reacções e síntese de compostos orgânicos que, por definição, contenham carbono, pode também conter outros elementos como o oxigénio e o hidrogénio. Muitos deles contêm nitrogénio, halogéneos e, mais raramente, fósforo e enxofre.
Características
Dentro da química orgânica existem as funções orgânicas (compostos ôrganicos de características químicas e físicas semelhantes). Existem muitas funções, sendo as mais comuns:
1. Hidrocarbonetos (Alcanos, Alcenos, Alcinos, Alcadienos, Alceninos, Cicloalcanos, Cicloalcenos), Haletos, Álcool, Enol, Fenol, Éter, Éster, Aldeído, Cetona, Ácido carboxílico, Aminas, Amida, Nitrocompostos, Nitrilas, Isonitrilas, Compostos de Grignard.
As razões para que haja muitos compostos orgânicos são:
1. A capacidade do carbono de formar ligações covalentes com ele mesmo. São solventes dos compostos orgânicos: o éter e o álcool, por exemplo.
1. O raio atómico relativamente pequeno do Carbono em relação aos outros elementos da família 4A.
1. Sua electronegatividade não é muito forte, podendo reagir sem precisar de grandes somas de energia.
1. Elemento muito abundante.
Características do Carbono
O carbono é tetravalente, ou seja, por possuir 4 electrões na camada de valência efectua 4 ligações.
Ligações múltiplas, isto é, forma ligações simples, dupla e triplas.
O carácter da ligação é anfótero (não importa se é metal ou não-metal).
Formar cadeias carbónicas
Possui 3 hibridizações: sp³, sp² e sp.
Alcanos
Os alcanos, também chamados parafinas, são hidrocarbonetos alifáticossaturados, de fórmula geral CnH2n+2. Estes se apresentam em cadeias lineares ou ramificadas. Os alcanos lineares são designados, na nomenclatura oficial, através de prefixos, geralmente gregos, seguidos do sufixo "ano". Nos alcanos, os átomos de carbono usam quatro orbitais híbridos, equivalentes sp³, para se ligar tetraedricamente a quatro outros átomos (carbono ou hidrogénio).
Isomerismo
Os átomos nos alcanos com mais de três ligações carbónicas podem ser arranjados de múltiplas maneiras, formando diferentes isómeros. Alcanos "normais" possuem uma configuração linear, não ramificada. O número de isómeros cresce rapidamente com o número de átomos de carbono; para alcanos com 1 a 12 átomos de carbonos, o número de isómeros é igual a 1, 1, 1, 2, 3, 5, 9, 18, 35, 75, 159, e 355, respectivamente.
Isómeros: são compostos com a mesma fórmula molecular, mas com arranjos atómicos diferentes; portanto com propriedades diferentes.
Nomenclatura
Sistema IUPAC
O nome de todos os alcanos termina com -ano. Alcanos de cadeia normal com oito ou menos carbonos são nomeados conforme a seguinte tabela, que também dá o nome do radical alcoila, alquila, ou ainda alquilo, formado pelo destacamento de uma ligação de hidrogênio. Deve-se trocar a terminação em il ou -ila. Para uma lista mais completa dos alcanos e suas nomenclaturas e estruturas moleculares, veja lista de alcanos, para uma lista mais completa de alcanos e suas propriedades comparadas, veja propriedades de alcanos.
	Nome do alcano
	Fórmula do Alcano
	Grupo alcoil
	Fórmula do grupo alcoil
	P.F. (°C)
	P.E. (°C)
	metano
	CH4
	metil(a)
	CH3
	-183
	-162
	etano
	C2H6
	etil(a)
	C2H5
	-172
	-88
	propano
	C3H8
	propil(a)
	C3H7
	-190
	-45
	butano
	C4H10
	butil(a)
	C4H9
	-135
	+0,6
	pentano
	C5H12
	pentil(a)
	C5H11
	-131
	+36
	hexano
	C6H14
	hexil(a)
	C6H13
	-94
	+69
	heptano
	C7H16
	heptil(a)
	C7H15
	-90
	+98
	octano
	C8H18
	octil(a)
	C8H17
	-58
	+126
Alcanos ramificados são nomeados como segue:
	
	Exemplo
	Separa-se a cadeia de carbonos mais longa na estrutura; tal cadeia constituirá a base do nome em função do números de átomos de carbono que procede (3: propano, 4: butano, 5: pentano, 6: hexano, 7: heptano, 8: octano, 9: nonano, 10: decano, 11: undecano, etc...)
	
5 átomos: pentane
	Numera-se sequencialmente a cadeia de carbono partindo-se de uma extremidade; a extremidade a ser escolhida é aquela que traga as ramificações (uma ou mais ligação com outro átomo de carbono) com o menor número possível.
	
da esquerda para a direita: 2,2,4 --> sim
da direita para a esquerda: 2,4,4 --> não
	Nomear as ramificações de forma análoga a cadeia principal, substituindo o sufixo -ano pelo sufixo -il (assim, 1: metil, 2:etil, 3: propil, etc...)
reagupar as ramificações em ordem alfabética e se aparecer mais de uma mesma fórmula, indicar a multiplicidade através de prefixo (di-, tri-, tetra-, etc...)
	
3 grupos CH3: tri-metil-
	O nome será constituído pela lista de ramificações precedentes pelo número de átomos da cadeia principal, seguido pela cadeia principal. Os substituintes devem seguir em ordem alfabética.
	
2,2,4-trimetilpentano
O metano 
O metano é explosivo quando misturado com o ar (1 - 8% CH4), e é um gás forte: Outros alcanos inferiores também podem formar misturas explosivas com o ar. Os alcanos líquidos são altamente inflamáveis, embora esse risco diminua com o comprimento da cadeia de carbono. Pentano, hexano, heptano, octano são classificados como perigosos e prejudiciais para o ambiente. A cadeia reta de isômero de hexano é uma neurotoxina, e por isso raramente utilizado comercialmente.O Metano é um gás que não propaga cheiro,ou seja,não é possível identifica-lo.
Aplicações
As aplicações de certo alcano podem muito bem ser determinadas em função do número de átomos de carbono. Os primeiros quatro alcanos são usados principalmente para aquecimento e para fins de cozinha e, em alguns países para a produção de electricidade. Metano e etano são os principais componentes do gás natural, são normalmente armazenados como gases sob pressão. No entanto, é mais fácil para transportá-los como líquidos: Isto exige tanto compressão quanto arrefecimento do gás.
Propano e butano podem ser liquefeitos em pressões não muito altas, e a mistura é conhecida como Gás Liquefeito de Petróleo (GLP). Propano, por exemplo, é usado no queimador de gás propano, e butano em isqueiros descartáveis. Os dois alcanos são usados como propelentes em sprays aerossol.
Dos pentanos aos octanos, os alcanos são líquidos razoavelmente voláteis. Eles são usados como combustíveis em motores de combustão interna, já que eles vaporizam facilmente na entrada da câmara de combustão, sem formar gotas, o que iria prejudicar a uniformidade da combustão. Alcanos de cadeia ramificada são preferidos, pois eles são muito menos propensos a ignição prematura, o que provoca batimentos quando sua cadeira recta homologa. Esta propensão para prematura ignição é medida pela octanagem do combustível, onde 2,2,4-trimetilpentano (isooctano) tem um valor arbitrário de 100, e heptano tem um valor de zero. Para além dasua utilização como combustíveis, os alcanos também são bons solventes para substâncias não-polares.
Alcanos de nove carbonos até, por exemplo, os de dezesseis átomos de carbono, são líquidos de viscosidade maior, cada vez menos adequados para o uso em gasolina. Formam a maior parte do diesel e querosene. Dieseis são caracterizados pelo seu número de cetano (nome antigo para hexadecano). No entanto, o maior ponto de fusão desses alcanos podem causar problemas a baixas temperaturas e em regiões polares, onde o combustível se torna demasiadamente espesso para o fluxo correto.
Alcanos de hexadecano para cima formam o mais importante componente do óleo combustível e óleo lubrificante. Em função deste último, elas funcionam ao mesmo tempo como agentes anti-corrosivos, por que seu carácter hidrofóbico não deixa que a água chegue à superfície metálica. Muitos alcanos sólidos são utilizados como cera parafina, por exemplo, nas velas. Isto não deve ser confundido com a verdadeira cera, que consiste principalmente de ésteres.
Alcanos com uma cadeia de aproximadamente 35 ou mais átomos de carbono são encontrados em betume, utilizado, por exemplo, na superfície das estradas. No entanto, os maiores alcanos têm pouco valor e são geralmente divididos em alcanos menores por “cracking”.
Alguns polímeros sintéticos, como polietileno e polipropileno são alcanos com cadeias contendo centenas de milhares de átomos de carbono. Estes materiais são usados em inúmeras aplicações. Bilhões de quilogramas de estes materiais são feitas e utilizadas em cada ano.
Propriedades físicas
Alcanos são praticamente insolúveis em água.
Alcanos são menos densos que a água.
Pontos de fusão e ebulição dos alcanos geralmente aumentam com o peso molecular e com o comprimento da cadeia carbônica principal.
Em condições normais, do CH4 até C4H10, alcanos são gasosos; do C5H12 até C17H36, eles são líquidos; e depois de C18H38, eles são sólidos.
As moléculas de alcanos podem ligar-se entre si por força de Van der Waals. Estas forças tornam-se mais interessantes à medida que o tamanho das moléculas aumentam.
Propriedades químicas
Alcanos possuem baixíssima a reatividade porque as ligações simples C-H e C-C são relativamente estáveis, difíceis de quebrar e são apolares. Eles não reagem com ácidos, bases, metais ou agentes oxidantes. Pode parecer surpreendente, mas o petróleo (em que o octano é um dos principais componentes) não reage com ácido sulfúrico concentrado, metal sódio ou manganato de potássio. Esta neutralidade é a origem do termo parafinas (do Latim para+affinis, que significa "pouca afinidade").
Fluorocarbonos ou fluorocarbonetos, os correspondentes carbono-flúor dos hidrocarbonetos, que incluem os fluroalcanos, os correspondentes carbono-flúor dos alcanos.
Alcenos
Alcenos também conhecidos como alquenos ou olefinas são hidrocarbonetos insaturados por apresentar pelo menos uma ligação dupla na molécula. Os alcenos mais simples, que apresentam apenas uma ligação dupla, formam uma série homóloga, os alcenos com fórmula geral CnH2n.
O alceno mais simples é C2H4, cujo nome comum é "etileno" e com nomenclatura IUPAC de "eteno".
Geometria molecular da ligação dupla do carbono-carbono
Assim como nas ligações covalentes simples, as ligações duplas podem ser descritas em termo como sobreposição de orbitais atómicos, excepto a ligação simples (que consiste de uma simples ligação sigma), um ligação dupla de carbono-carbono consiste em uma ligação sigma e uma ligação pi.
Cada carbono de dupla ligação usa três orbitais híbridos sp² para formar ligações sigmas para três átomos. O orbital não hibridizado 2p, que é perpendicular ao plano criado pelos eixos dos três orbitais híbridos sp² , combina-se para formar a ligação pi.
Por isso, requere-se uma grande quantidade de energia para quebrar a ligação pi (264 kJ/mol no etileno), motivo pela qual ligação dupla é muito difícil e portanto severamente restrita.
Reatividade
Os alcenos são bem reactivos, normalmente com a quebra da ligação dupla e formação de novas ligações, sendo estas chamadas reacções de adição. Uma das maiores fontes de etanol é a hidratação (adição de água) à molécula de etileno, preferida até à produção do álcool pela fermentação em muitos países.
Talvez a mais importante reacção destes compostos seja a polimerização, onde a ligação dupla dá origem a duas ligações com outras moléculas e assim por diante, formando grande parte dos plásticos usados no mundo, como polietileno, ABS (plástico) e borracha sintética.
Reacção na natureza
Os alcenos raramente ocorrem na natureza. O mais comum é o eteno, produzido durante o amadurecimento das frutas. Outro alceno é o octadeceno, presente no fígado de peixes. Já um dos componentes da casca do limão é um octeno, que, como todo hidrocarboneto, sofre combustão. Um alceno muito importante: o etileno. O etileno ou eteno é um gás, nas condições ambientais, praticamente insolúvel em água, mas bastante solúvel em solventes orgânicos, como o benzeno e o éter. Industrialmente, ele é obtido pela quebra ( cracking ) de alcanos de cadeias longas e é o mais importante dos compostos orgânicos na indústria química. Considerando-se todos os compostos orgânicos usados na indústria, o etileno ocupa a quinta posição, sendo sobrepujado somente pelo acetileno, pode-se fabricar um grande número de polímeros (plásticos), que já fazem parte de muitos de nossos hábitos e costumes. Em algumas situações particulares, o etileno pode ser usado na produção de álcool etílico, também chamado de etanol ou álcool comum. Esse processo é usado em países com pequena extensão territorial ou com climas não-propícios à produção de cana-de-açúcar, que, no Brasil, por exemplo, é a matéria-prima do álcool comum. Entre as inúmeras características do etileno, pode-se citar sua utilização como agente responsável pelo amadurecimento de frutas. Em alguns países era comum acenderem-se fogueiras junto a plantações de frutas, como manga e abacaxi, pois acreditava-se que a fumaça ajudava a iniciar e a sincronizar a floração dessas plantas. Em 1934, na Inglaterra, foi comprovado experimentalmente, que o gás etileno liberado pelas laranjas promovia o amadurecimento de bananas. Essa propriedade do etileno é usada no amadurecimento acelerado de frutas. Normalmente, as frutas são colhidas ainda verdes, devido a problemas de transporte e armazenamento, e deixadas em grandes armazéns refrigerados. No momento de serem comercializadas, são colocadas em um recinto fechado e tratadas com gás etileno durante certo tempo, o que faz com que o amadurecimento ocorra mais rapidamente. Mesmo em nível doméstico, pode-se usar essa propriedade do etileno. Quando se quer que um cacho de bananas verdes amadureça rapidamente, embrulham-se as frutas em papel-jornal, ou então elas são colocadas em um recipiente fechado. Dessa forma, impede-se que o etileno se disperse no ar, e seus efeitos são mais intensos.e assim sucessivamente
Alcinos
Os alcinos ou alquinos são os hidrocarbonetosacíclicos que contêm, no mínimo, uma tripla ligação; consequentemente a sua fórmula é do tipo CnH2n-2, sendo n maior ou igual que dois. São tradicionalmente conhecidos como acetilenos, embora o nome acetileno seja usado para referenciar o membro mais simples da série, conhecido oficialmente como etino. Alcinos com mais de uma ligação tripla são denominados alcadiinos, alcatriinos, etc.[1].
Os alcinos caracterizam-se por terem uma ligação tripla carbono-carbono. Tanto os alcenos como os alcinos denominam-se hidrocarbonetos insaturados, pelo facto de terem ligações dupla e triplas.
As propriedades físicas dos alcenos e dos alcinos são semelhantes à dos alcanos.
Ocorrência na natureza
Praticamente não são encontrados na natureza.
Se encontra o alquino em lanternas de carbureto usada na exploração de cavernas, a chama é o produto da queima do alquino mais simples, o etino (vulgarmente conhecido como acetileno), é um gás muito solúvel em água e bastante solúvel em solventes orgânicos. O carbureto tem como propriedade características, a capacidadede liberar grandes quantidades de calor durante sua combustão, isto é, durante sua reacção com o oxigénio.
O acetileno é uma matéria-prima essencial na síntese de muitos compostos orgânicos importantes, como ácido acético, plásticos e mesmo borrachas sintéticas. Devido seu custo, o consumo de acetileno em sínteses orgânicas tem diminuído, sendo actualmente substituído pelo etilino.
Através de processos ainda não muito conhecidos, o acetileno também age no processo de amadurecimento de frutas, porém menos eficientemente que o etileno.
Nomenclatura
De cadeia normal (IUPAC)
Prefixo + in + o
O prefixo muda de acordo com o número de carbonos da cadeia.
1 carbono - met
2 carbonos - et
3 carbonos - prop
4 carbonos - but
De cadeia ramificada (IUPAC)
Para dar nome aos Alcinos de cadeia ramificada são seguidos os seguintes passos. Após é nomeada a cadeia principal 
1º Passo: Determinar a maior cadeia carbónica.
2º Passo: Numerar os carbonos de forma que a tripla ligação fique com o menor número possível.
3º Passo: Determinar e nomear os substituintes.
Aplicações
O acetileno (que pertence à classe dos alcinos e também conhecido como etino) é usado em grande escala na fabricação de borrachas sintéticas, plásticos, como o PVC e PVA, e ainda de fios têxteis para a produção de tecidos. Também, uma parte boa do acetileno é usada como o combustível dentro de soldadores devido as altas temperaturas alcançadas.
Propriedades Físicas
Apresentam pontos de fusão e ebulição crescentes com o aumento da cadeia carbônica (massa molecular) como os alcanos e alcenos. Essa classe de compostos, não possui cor (incolor), nem cheiro (inodoro), apresentam insolubilidade em água, mas são solúveis em solventes orgânicos como o álcool, o éter e outros. O acetileno, ao contrário dos outros alcinos, tem cheiro agradável e é parcialmente solúvel em água, e é partir dele que se obtêm solúveis não inflamáveis. Os alcinos são preparados em laboratório porque não se encontram livres na natureza.
O etino (acetileno), o propino (C3H4) e o butino (C4H6) são gases nas CNTP, os membros seguintes da série até o C14H26 apresentam-se como líquidos, e os superiores são sólidos. 
Propriedades Químicas
O carbono, quando em tripla ligação, comporta-se como se fosse um elemento mais electronegativo do que o carbono que participa apenas de ligações simples ou duplas. Assim, o hidrogénio ligado ao carbono da tripla ligação adquire um apreciável carácter ácido. Logo, a presença ou não do hidrogénio no carbono da tripla ligação faz com que os alcinos tenham propriedades químicas diferentes. Os alcinos que possuem o hidrogénio terminal são chamados alcinos verdadeiros, e os que não o possuem são chamados alcinos falsos.
Os alcinos sofrem típicas reacções de adição electrolítica, assim como os alcenos, e pela mesma razão: a reactividade dos electrões pi. O alcino de maior importância industrial é precisamente o membro mais simples da família - o acetileno (etino), preparado pela acção da água sobre o carbureto de cálcio.
Os alcinos sofrem facilmente reacção de adição, como a halogenação (adição de halogéneos) na tripla reacção:
HC≡CH + 2Br2 → H(Br2)C-C(Br2)H
Alcadieno
Os alcadienos (também chamados de dienos ou diolefinas) são hidrocarbonetosalifáticos insaturados por duas ligações duplas. Os alcadienos seguem as mesmas regras vistas para os outros hidrocarbonetos insaturados. Nesse caso, como existem duas ligações na cadeia, o seu nome é precedido de dois números, quando necessário.
Exemplo: CH2 = C = CH – CH2 – CH3
Nome IUPAC: 1,2-pentadieno ou Penta-1,2-dieno
Alguns alcadienos mais simples,também usados para a preparação em exames como de fezes e urina e são conhecidos por nomes não sistemáticos, aceitos pela IUPAC:
CH2=C(CH3)CH=CH2 (Isopreno)
CH2=CH-CH=CH2 (Butadieno)
Um dieno cíclico importante é o Ciclopentadieno.
Fórmula Geral
CnH2n-2
Cicloalcano
Os cicloalcanos, também chamados de cicloparafinas ou ciclanos, são hidrocarbonetos cíclicos que possuem pelo menos uma cadeia carbônica fechada. Sua nomenclatura é precedida da palavra ciclo. Na indústria do petróleo, os cicloalcanos são chamados de hidrocarbonetos naftênicos.
As propriedades físicas dos hidrocarbonetos cíclicos assemelham-se às dos hidrocarbonetos alifáticos correspondentes de cadeia aberta, embora os pontos de fusão e ebulição e as densidades desses compostos sejam ligeiramente mais altos. Por serem compostos apolares, dissolvem-se apenas em solventes apolares ou fracamente polares e são insolúveis em água.
Nomenclatura: CICLO + prefixo + indicativo + O.
Fórmula Geral: CnH2n
Temperatura de fusão e ebulição parecida com as correspondentes aos alcanos ramificados.
Suas estruturas moleculares fazem parte da estrutura de pesticidas, herbicidas e alguns são utilizados diretamente como solventes, como o cicloexano.
Propriedades químicas
O ciclopropano e o ciclobutano sofrem reações de adição. Já o ciclopentano e o cicloexano sofrem reações de substituição. Isso por causa da tensão de Bayer (para ângulos menores que 109º28' dos orbitais híbridos sp3):
ciclopropano, ângulo de 60º
ciclobutano, ângulo de 90º
ciclopentano, ângulo de 108º (próximo a 109º28')
Métodos de obtenção
Eliminação por nucleófilo em haletos cíclicos
Desalogenação de dihaletos não-vicinais com zinco
Eliminação com sódio metálico em haletos cíclicos
Desidroxilação de álcoois cíclicos
Composto cíclico
Cicloalceno
Os ciclenos ou cicloalcenos são hidrocarbonetos cíclicos com uma ligação dupla endocíclica (ou seja, na cadeia cíclica). Sua fórmula geral é CnH2n-2, a mesma dos alcinos.
Os hidrocarbonetos cíclicos com mais de uma ligação dupla são chamados de cicloalcadienos, cicloalcatrienos, etc; o termo geral que engloba todos estes compostos é olefinas cíclicas.
Para escrever a sua estrutura, basta unir os átomos de carbono em ciclo, acrescentando uma ligação dupla e completando as valências de cada carbono com átomos de hidrogénio.
Nomenclatura segundo a IUPAC
Recebem o nome do alceno correspondente, colocando na frente o prefixo ciclo.
Havendo ramificação, a numeração do ciclo inicia-se em um dos carbonos da dupla, passando imediatamente pelo outro carbono da dupla. Isso deve ser feito a fornecer o menor número à ramificação.
3-metil ciclopenteno
Propriedades físicas
Suas propriedades físicas seguem as mesmas características descritas para os alcenos:
Solubilidade: são quase que totalmente insolúveis em água devido a sua baixa polaridade e a sua incapacidade de formar interacções por pontes de hidrogénio.
Ponto de ebulição: o ponto de ebulição dos ciclenos é maior que dos alcenos, devido ao maior tamanho da cadeia.
Estabilidade: quanto maior for o número de grupos alquila ligados aos carbonos da dupla ligação (quanto mais substituído estiverem os carbonos da dupla), maior será a estabilidade do alceno.
Álcool
O álcool (do árabeal-kohul) é uma classe de compostos orgânicos que possui na sua estrutura um ou mais grupos de hidroxilas, -OH, ligados a carbonos saturados.
Exemplos
O etanol ou álcool etílico é o tipo de álcool mais comum. Está contido nas bebidas alcoólicas, é usado para limpeza doméstica e também é combustível para automóveis. A fórmula do álcool etílico é CH3CH2OH.
O metanol ou álcool metílico é um álcool que não deve ser ingerido, pois é extremamente tóxico para o fígado. A fórmula do metanol é CH3OH.
Os dois exemplos acima são casos particulares de álcoois do tipo R-OH, em que R- é um radical alquila.
No fenol, de fórmula química é C6H6O, a hidroxila está ligada a um anel benzénico. Na maioria dos textos, este composto não é considerado um álcool.
Álcool anidro é um álcool com até 1% de água (já que é difícil a obtenção de álcool totalmente puro), e pode ser adicionado à gasolina para aumento da octanagem, actuando como antidetonante, para que a gasolina possa ser comprimida no pistão do motor carburante ao máximo e não entre em combustão antes de accionada a vela do motor.
O álcool bornílico é obtido ligado com o hidroterpendio que corresponde a cânfora.
O álcool desnaturado é uma composição como metileno.
O álcool natural é obtido pela fermentação e destilação de produtos agrícolas e naturais.
O álcool é uma droga depressora do Sistema Nervoso Central.
Classificação
Álcoois primários
Os álcoois primários têm o grupo hidroxila ou Oxidrila ligado a um carbono primário; um exemplo é o etanol. A fórmula geral dos álcoois primários é:
(Na figura, R representa um radicalhidrocarboneto qualquer)
Álcoois secundários
Os álcoois secundários têm o grupo hidroxila ligado a um carbono secundário; por exemplo: propano-2-ol. Sendo assim, a fórmula geral é:
(Na figura, R representa um radicalhidrocarboneto qualquer)
Álcoois terciários
Os álcoois terciários têm o grupo hidroxila ligado a um carbono terciário; por exemplo: 2-metil-2-propanol (trimetilcarbinol). A fórmula geral é:
(Na figura, R representa um radicalhidrocarboneto qualquer)
Nomenclatura
A nomenclatura dos álcoois é baseada na dos hidrocarbonetos de que derivam: basta substituir a letrao do final por ol. Se essa nomenclatura for ambígua quanto à posição da hidroxila, o sufixo ol deve ser por ela precedido. Por exemplo, propan-2-ol indica um grupo hidroxila ligado ao carbono 2 do propano. Também pode ser escrito 2-propanol.
Em certos casos pode ser necessário usar a nomenclatura na forma prefixal. Nesse caso, deve-se usar o prefixo hidróxi. Por exemplo, se tivermos um grupo hidroxila ligado a um anel benzênico, podemos usar o nome hidróxibenzeno (essa substância é usualmente conhecida como fenol).
Em certos casos, o álcool possui outros sufixos, dependendo da quantidade de grupos hidroxila.
-ol: quando a cadeia possui apenas um grupo hidroxila.
Ex: Etanol(CH3-CH2-OH)
-Diol: quando existem dois grupos hidroxila na cadeia carbónica.
Ex: pentano-1,2-diol
-Triol: quando a cadeia possui três grupos hidroxila.
Ex: hexano-1,2,3-triol
Fenol
Fenol (hidroxibenzeno).
Fenol (ácido carbólico) é uma função orgânica caracterizada por uma ou mais hidroxilas ligadas a um anel aromático. Apesar de possuir um grupo -OH característico de um álcool, o fenol é mais ácido que este, pois possui uma estrutura de ressonância que estabiliza a base conjugada. São obtidos principalmente através da extracção de óleos a partir do alcatrão de hulha.
Fenol também é o nome usual do fenol mais simples, que consiste em uma hidroxila ligada ao anel benzênico. Outros nomes para a mesma substância incluem: benzenol; ácido carbólico; ácido fénico; ácido fenílico; hidroxibenzeno; monohidroxibenzeno. Sua fórmula molecular é C6H5OH
Nomenclatura dos fenóis 
De acordo com a nomenclatura oficial IUPAC os fenóis podem ser nomeados usando o anel aromático como cadeia principal e os grupos ligados a ele como radicais, seguindo a linha: radical-fenol ou hidroxi + nome do anel aromático (benzeno, naftaleno e etc).
Exemplo: 2-metil-fenol ou 2-metil-hidroxibenzeno
Propriedades físicas
Os fenóis mais simples são líquidos ou sólidos de baixo ponto de fusão e ponto de ebulição elevado, devido à ligação das moléculas, umas às outras, por ligações de hidrogénio. São, em geral, pouco solúveis ou insolúveis em água, de cheiro forte e característico. São tóxicos e têm acção cáustica sobre a pele. A menos que exista na molécula algum grupo susceptível de produzir cor, os fenóis são incolores. Se oxidam facilmente, como as aminas, e muitos fenóis apresentam cor devido à presença de produtos de oxidação corados.
Métodos de obtenção
Muitos fenóis simples como o fenol comum, os naftóis e os cresóis podem ser obtidos directamente do alcatrão da hulha. Por isso, em laboratório, as reacções geralmente objetivam a produção de fenóis com estruturas mais complexas.
Principais reacções são: hidrólise de sais de diazônio, hidroxilação de haletos aromáticos, oxidação do cumeno.
Propriedades químicas
Os fenóis têm carácter relativamente ácido, porém, menos ácido que os ácidos carboxílicos Os fenóis podem ser facilmente diferenciados dos álcoois por meio de alguns testes simples em laboratório.
Aplicações
Os fenóis encontram diversas aplicações práticas, tais como:
Desinfetantes (fenóis e cresóis)
Preparação de resinas e polímeros, como a baquelite.
Preparação do ácido pícrico, usado na preparação de explosivos
Síntese da aspirina e de outros medicamentos
Utilizado como catalisador
Entre os diidroxifenóis, a hidroquinona é a mais importante. A partir dela se produzem as quinonas, que são compostos coloridos, variando do amarelo ao vermelho. Não apresentam caráter aromático, sendo fortemente insaturados. A ação redutora da hidroquinona, que à temperatura ambiente age com grande rapidez sobre os sais de prata, faz dela um revelador fotográfico de largo emprego.
Enfim, numerosos derivados do fenol estão difundidos na natureza; entre estes o eugenol e o isoeugenol, que constituem essências de cravo e noz-moscada.
Supõe-se que o ácido carbólico (fenol) seja o produto utilizado pelos estigmatizados para produzirem suas chagas.
Éter
Éter é um grupo de moléculas orgânicas, em que as suas estruturas são caracterizadas pela presença de um átomo de oxigénio ligado a dois (e entre estes) de carbono da cadeia. Podem ser formados pela desidratação intramolecular de álcoois. Ou seja são compostos orgânicos derivados teoricamente dos álcoois pela substituição do H do grupo –OH por um radical derivado de hidrocarboneto.
Sua fórmula genérica é: R-O-R', onde R e R' são radicais orgânicos (alquila ou arila).
Estrutura e ligações
A estrutura geral para um éter.
Os Éteres apresentam ligações C-O-C definidas por um ângulo entre as ligações de aproximadamente 120° e distâncias C-O de aproximadamente 1.5 Å. A barreira à rotação sobre as ligações C-O é baixa. A ligação de oxigénios em ésteres, álcoois e água é similar. na linguagem da teoria da ligação de valência, a hibridização no oxigénio é sp3. Oxigénio é mais electronegativo que o carbono, então o hidrogénio alfa para éteres são mais ácidos que em hidrocarbonetos simples. Eles são muito menos ácidos que hidrogénio alfa para cetonas, entretanto.
O éter comum
CH3 - CH2 - O - CH2 - CH3 tem os nomes: etoxietano, éter dietílico, éter etílico. É usado como solvente e anestésico geral. É um líquido que ferve a 35°C. O seu uso merece precauções pelos seguintes motivos:
Seus vapores formam mistura explosiva com oxigénio do ar; é combustível.
Quando respirado, age como anestésico.
Nomenclatura
Nome segundo IUPAC
Nome da cadeia mais simples (prefixo + oxi) + nome da cadeia mais complexa (prefixo + infixo + o)
Ex.: metoxietano
O infixo indica o tipo de ligação:
Se for somente simples usa-se "an". Se tiver um dupla ligação, usa-se "en". Se houver um tripla ligação, usa-se "in"
Usual
Éter + Nome do radical mais simples + Nome do radical mais complexo + ico
Os éteres pouco complexos são nomeados considerando-se que uma das partes da cadeia que contém o átomo de oxigénio é uma ramificação da cadeia Por exemplo:
CH3CH2-O-CH2CH3: etóxietano (conhecido comummente como éter etílico)
CH3CH2-O-CH2CH2CH3: etoxipropano
CH3CH2(CH3-O-)CH2CH2CH3: 3-metoxipentano
Éteres mais complexos podem ser nomeados considerando o átomo de oxigénio parte da cadeia, indicando a substituição de um átomo de carbono como "oxa". Por exemplo:
O etoxietano poderia ser nomeado como se fosse uma cadeia de 5 carbonos, dos quais o terceiro foi substituído pelo oxigénio. O nome ficaria: 3-oxapentano.
Uma outra notação é radical-1 radical-2 éter.
Por exemplo:
Os boosters de octanagemMTBE e ETBE são, respectivamente, o metil tércio-butil éter e o etil tércio-butil éter.
Poliéteres
Poliéteres são compostos com mais de um grupo éter. O termo geralmente refere-se a polímeros como o polietilenoglicol e polipropilenoglicol. Os compostos chamados de éteres coroa são exemplos de poliéteres de baixo peso molecular.
Compostos relacionados, não classificados como éteres
Muitas classes de compostos com ligações C-O-C não são considerados éteres: Ésteres (R-C(=O)-O-R), hemiacetais (R-CH(-OH)-O-R), anidridos de ácidos carboxílicos (RC(=O)-O-C(=O)R).
Observação
Éter é também o nome da substância que os filósofos, os naturalistas eposteriormente os físicos acreditavam que existia em todo o universo, mas sem massa, volume e indetectável, pois não provocaria atrito. Os físicos do séc. XIX sabiam que a luz tinha natureza ondulatória, e imaginavam portanto que essa deveria precisar de um meio para propagar-se. Daí o éter. Sabe-se hoje que essa substância não existe. Dada a característica de volatilidade do éter etílico e sua facilidade de produção a partir do etanol (álcool ou espírito de vinho) e do ácido sulfúrico (por isso mesmo, no passado tratado por éter sulfúrico), conhecida desde a época dos alquimistas, daí adveio a nomenclatura desta classe de compostos.
Éter de petróleo, uma fracção leve e volátil da destilação do petróleo, um hidrocarboneto, que não deve ser confundido com os ésteres definidos como da função química orgânica éter.
Éster
Na química orgânica e bioquímica, os ésteres constituem o grupo funcional (R´-COOR"), que consiste em um radical orgânico unido ao resíduo de qualquer ácidooxigenado, orgânico ou inorgânico.
Um éster é o produto da reacção de um ácido (geralmente orgânico) com um álcool (o hidrogénio do ácido R-COOH é substituído por um grupo alquilo R"). Os ésteres mais comuns que se encontram na natureza são as gorduras e os óleos vegetais, os quais são ésteres de glicerol e de ácidos graxos.
Os ésteres resultam frequentemente da condensação (uma reacção que produz água) de um ácido carboxílico e de um álcool. Ao processo dá-se o nome de esterificação.
Ésteres de ácidos orgânicos
Os ésteres são derivados de ácidos pela substituição do hidrogénio do ácido por um radical orgânico. São possíveis ésteres sulfurados (exemplo: acetil-CoA), ésteres de fosfato (ex: ATP), porém os mais importantes são os ésteres de ácidos carboxílicos. Alguns deles estão representados abaixo:
Fórmula geral: onde R e R1 são radicais orgânicos
Exemplos:
Nomenclatura
(Nome do anião derivado do ácido substituindo o sufixo ICO por ATO) de (Nome do radical)
CH3COO - CH3 → Acetato de metila ou etanoato de metila
CH3 - CH2 - COO - CH2 - CH3 → propanoato de etila
CH3 - COO - CH2 - CH2 - CH2 - CH3 → Etanoato de butila
CH2 = C (CH3) - COO - CH3 → metilpropenoato de metila, o monómero do acrílico (plástico).
Métodos de preparação
Esterificação
Os ésteres também podem ser preparados a partir da reacção ácido (geralmente orgânico) com um álcool (o hidrogénio do ácido R-COOH é substituído por um grupo alquilo R") ou um cloreto ou anidrido de ácido com álcool ou fenol.
Na prática, de uma maneira genérica, a velocidade das reacções de esterificação é acelerada pela presença de íons H+, por isto, adiciona-se um pouco de HCl, por exemplo, que actuará como catalisador. Numa reacção de esterificação nunca se obtém 100% de rendimento em éster e água, pois somente uma parte do álcool e do ácido reagem, obtendo-se um equilíbrio com as quatro espécies químicas: álcool, ácido carboxílico, éster e água. 
CH3COOH + C2H5OH CH3COOC2H5 + H2O
Como uma prática laboratorial, para catalisar a síntese do éster é adicionado um catalisador ácido, por exemplo, o ácido sulfúrico, em um balão de vidro. A solução contendo o ácido sulfúrico e os componentes deve ficar sob aquecimento por uma hora. A fim de a mistura não evaporar, deve-se adaptar um condensador de Allihn (um condensador de refluxo) ao balão com mangueiras conectadas á água em seu interior para que ocorra o resfriamento do tubo. Após a reação lavar o produto com água, neutralizar o ácido sulfúrico com uma solução de bicarbonato de sódio saturada e então separar o éster, que separa da água e forma uma camada menos densa, que pode ser separada da camada aquosa inferior.
Processo petroquímico
Obtenção de ésteres a partir da reação de ácidos com alcenos:
Exemplo: Ácido propanóico + propeno → propanoato de isopropila
CH3-CH2-COOH + CH2=CH-CH3 → CH3-CH2-COO-CH(CH3)-CH3
Os ésteres também podem ser preparados a partir da reação de um cloreto ou anidrido de ácido com álcool ou fenol.
Propriedades
Físicas
Em geral, líquidos voláteis,incolores, de odor agradável àqueles que apresentam massas moleculares menores.
Líquidos viscosos, xaroposos e gordurosos aqueles que massas moleculares médias.
Sólidos com aspecto de cera aqueles que apresentam as maiores massas moleculares.
Praticamente não apresentam polaridade molecular.
Insolúveis em água, entretanto, solúveis em álcool.
Como não apresentam pontes de hidrogênio possuem pontos de fusão e ebulição inferiores aos dos ácidos e álcoois de mesma massa molecular.
Químicas
Hidrólise
do Gr. hýdor, água + lýsis, dissolução:
É uma reação química, em que um dos reagentes é a água. Através desta reação grandes moléculas como os lípidios, por exemplo, são decompostos em moléculas menores que os constituem.
Há basicamente dois tipos de hidrólise de ésteres: ácida e básica.
A hidrólise ácida ocorre em meio ácido e é um processo reversível, gerando um álcool e um ácido carboxílico:
R-COO-R1 + HOH R-COOH + HO-R1
A hidrólise básica, ou saponificação, é realizada em meio básico. Trata-se de um processo irreversível, gerando álcool e um sal de ácido carboxílico:
R-COO-R1 + BOH(aq) → R-COO-B+ + HO-R1
Onde BOH é uma base, por exemplo, KOH.
Saponificação
É a reação de um éster com uma base originando um sal orgânico e um álcool.
Exemplo: Etanoato de metila + NaOH → etanoato de sódio + álcool metílico
CH3-COO-CH3 + NaOH → [CH3-COO][Na] + CH3-OH
Ou seja, a reação orgânica descrita ocorre quando misturamos algum tipo de Ester (gordura vegetal ou animal; óleos; essências de frutas, flores e madeira; nas ceras de carnaúba e abelha, etc....) com hidróxido de sódio (soda cáustica) ou potassa cáustica, que pode ser encontrada na cinza vegetal. O calor produzido ao misturar-se os óleos ou gorduras, um álcali e água pura é suficiente para iniciar-se a reação química. Essa reação pode originar um sal orgânico e um álcool.
A saponificação pode ser aplicada em:
Produção de flavorizantes para a produção de refrescos, doces, pastilhas, xaropes, balas e etc.
Produção de sabões;
Como medicamentos;
Produção de perfumes e cosméticos;
Na alimentação.
Resumindo: saponificar é converter um corpo graxo em sabão ou em outras substâncias.
Segurança
Eliminação
Os ésteres podem ser hidrolisados aos respectivos ácido e álcool, sendo o ácido transformado num sal e o álcool dissolvido em água suficiente.
Ocorrência
Os ésteres são substâncias comuns na natureza. São encontrados:
Nos óleos e nas gorduras
Nas essências de frutas, de madeiras e de flores.
Nas ceras como a de carnaúba e a de abelhas.
Nos fosfatídeos como os existentes no ovo e no cérebro.
Pela sua ocorrência na natureza, os ésteres podem ser classificados em três classes.
Os ésteres essenciais de flores e frutas, normalmente constituídas de cadeias de carbono pequenas e médias (até 8 carbonos). Possuem aroma agradável e estão presentes em flores e frutos. São obtíveis artificialmente e empregadas em alimentos como refrigerantes, sorvetes, doces, balas e em xaropes diversos. Um exemplo é o formiato de etila (HCOOC2H5), empregada como extracto artificial para xaropes de groselhas, rum, etc.[1]
Determinados ésteres são usados isoladamente, como o acetato de amila, com forte aroma de banana (chamado, inclusive, comercialmente, de essência de banana. O acetato de octilo é uado como essência artificial de laranja. Outros são usados compostos com outras substâncias, para formular essências diversas, como o acetato de etila, que participa de formulações de essências artificiais de maçã, pera, framboesa, pêssego, groselha, etc. 
Os lípidos e gorduras.
As ceras orgânicas ou cerídeos.
Usos e aplicações
Produção de flavorizantes para a produção de refrescos, doces, pastilhas, xaropes, balas, etc.
Produção de sabões.
Como medicamentos.
Produção de perfumes e cosméticos.
Na alimentação.
Na produção de biocombustíveis.
Aldeído
Aldeído é um composto químico orgânico que se caracteriza pela presença, em sua estrutura, do grupamento H—C=O (formila ou formilo), ligado a um radical alifático ou aromático.[1]
A fórmula bruta dos aldeídos corresponde a um álcool comdois átomos de hidrogênio a menos.
Álcool: H3C-OH (metanol)
Aldeído: H2C=O (formol)
O odor dos aldeídos que têm baixo peso molecular é irritante, porém, à medida que o número de carbonos aumenta, torna-se mais agradável. Os aldeídos de maior peso molecular, que possuem de 8 a 12 átomos de carbono, são muito utilizados na indústria de cosméticos na fabricação de perfumes sintéticos.
Obtenção
É obtido através da oxidação de álcoois primários em meio ácido ou de sua desidrogenaçãocatalítica na forma de vapor em presença de metais como o cobre, a prata e a platina, ou da oxidação catalítica de vapores de álcoois por oxigénio do ar, igualmente na presença de cobre, prata ou platina aquecidos, como por exemplo, para o etanol resultando no etanal:
C2H5OH + [O] → C2H4O + H2O
Nomenclatura
Os aldeídos mais simples são designados a partir dos ácidos carboxílicos correspondentes. Assim, o composto derivado do ácido butírico é chamado de aldeído butírico ou butiraldeído.
Segundo a nomenclatura IUPAC, o nome de um aldeído é obtido substituindo-se a terminação "o" do hidrocarboneto correspondente por "al". Nos compostos que apresentam ramificações, considera-se como principal a cadeia que contém o grupo funcional, iniciando-se nela a numeração.
Exemplos:
HCHO: metanal ou formaldeído
CH3CH2COH: propanal
HOC-CH2-CH2-COH: butanodial (note que a numeração não é necessária, já que a função aldeído só pode estar na extremidade da cadeia)
Quando não for possível usar a forma sufixal, há ainda duas alternativas:
Usar o sufixo -carbaldeído. Por exemplo, HOC-CH2CH2CH(CHO)CH2CHO poderia ser nomeado como butano-1,2,4-tricarbaldeído. Note que, dessa maneira, excluímos da cadeia os carbonos da formila.
Usar o prefixo formil-. Por exemplo, poderíamos nomear o mesmo composto do exemplo anterior como 3-(formilmetil)hexanodial, considerando como parte da cadeia principal dois grupos formila.
Ver também
Imina, o análogo com NH ou N-R no lugar do O
Tioaldeído, o análogo com S no lugar do O
Cetona, quando o groupo carbonila (C=O) está ligado a dois radicais
Álcool primário, resultado da redução do aldeído (R(H)COH)
Ácido carboxílico, resultado da oxidação do aldeído (RCOOH)
Diol geminado, resultado da hidratação do aldeído, normalmente instável (RC(OH)OH)
Cetona
Cetona
As cetonas são compostos orgânicos caracterizados pela presença do agrupamento -C=O, carbonila, ligado a dois radicais orgânicos. Apresentam uma fórmula geral R-C(=O)-R', onde R e R' podem ser iguais (cetonas simples ou simétricas) ou diferentes (cetonas mistas ou assimétricas); alifáticos ou aromáticos; saturados ou insaturados. R e R' podem também estar unidos. Nesse caso, compõem um ciclo (cetonas cíclicas).
Quando R ou R' é um átomo de hidrogénio, estamos na presença de um aldeído.
Formação
Cetonas são formadas pela oxidação de álcoois secundários. Um átomo de hidrogénio (ligado ao oxigénio) é retirado e o átomo de oxigénio passa a fazer uma ligação dupla com o carbono da cadeia.
Nomenclatura
A nomenclatura desses compostos é feita fundamentada na dos hidrocarbonetos, apenas trocando o sufixo "o" por "ona". Quando houver ambiguidade na posição do grupo carbonila, esta deve ser indicada antes do sufixo, da mesma maneira que em outras funções orgânicas. Seguem alguns exemplos de cetonas:
propanona (a vulgar acetona): CH3-CO-CH3
butanona: CH3-CO-CH2-CH3
pentan-2-ona: CH3-CO-CH2-CH2-CH3
pentan-3-ona: CH3-CH2-CO-CH2-CH3
hexan-2-ona: CH3-CO-(CH2)3-CH3
hexan-3-ona: CH3-CH2-CO-(CH2)2-CH3
butanodiona (também conhecido por diacetilo): CH3-CO-CO-CH3
pentan-2,4-diona: CH3-CO-CH2-CO-CH3
Quando o composto tiver mais de uma função e uma delas tiver maior precedência que a função cetona, deve-se usar o prefixo oxo. Por exemplo:
CH3-CO-CH2-COOH: ácido 3-oxobutanóico (também chamado de ácido acetoacético).
CH3-CH2-CO-CH(CH3)-COH: 2-metil-3-oxopentanal.
Nomenclatura usual
Também existe as nomenclaturas usuais "(radical menor)-(radical maior)-cetona".
Exemplo:
CH3–CO–CH2CH2CH3: metil-propil-cetona. A nomenclatura oficial correspondente seria 2-pentanona.
Ácido carboxílico
Na química orgânica, ácidos carboxílicos são ácidos orgânicos caracterizados pela presença do grupo carboxila.
Em fórmulas químicas, esses grupos são tipicamente representados como COOH.
Moléculas que possuem tal grupo funcional também são chamadas ácidos carboxílicos ou ácidos orgânicos.
Fórmula geral: R é um radical orgânicoalquila, alquenila, arila ou hidrogénio.
- COOH é o grupo funcionalcarboxila.
R - CO- é um radical orgânicoacila.
	
	
Estrutura molecular
Os dois átomos electronegativos de oxigénio tendem a afastar o electrão do hidrogénio do grupo hidroxila, e o protão restante pode permitir mais facilmente. A carga negativa restante é então distribuída igualmente entre os dois átomos de oxigénio, e as duas ligações carbono-oxigênio adquirem características de dupla ligação parcial (i.e., elas são deslocalizadas).
Esse é um resultado da estrutura ressonante criada pelo componente carbonila do ácido carboxílico, sem o qual o grupo OH não pode perder tão facilmente seus H+ (veja álcool). Ao grupo COO- denomina-se-lhe carboxilato. O ião resultante é tipicamente nomeado com o sufixo "-ato", como ácido acético, por exemplo, tornando-se ião acetato.
Propriedades
Propriedades físicas
São geralmente ácidos fracos, com apenas 1% de moléculas RCOOH dissociadas em iões a temperatura ambiente em solução aquosa.
São substâncias polares.
Podem, como os álcoois, formar ligações de hidrogénio entre si ou com moléculas de outra espécie. Por essa razão, os ácidos carboxílicos apresentam praticamente o mesmo comportamento dos álcoois, quanto à solubilidade.
Os ácidos com até 4 carbonos são líquidos incolores, miscíveis com a água. Os ácidos de 5 a 9 carbonos são líquidos incolores e viscosos, muito pouco solúveis. Os ácidos com dez ou mais carbonos são sólidos brancos, semelhante à cera, insolúveis em água.
O ácido aromático mais simples, o ácido benzóico, por apresentar já elevado número de carbonos, não tem apreciável solubilidade em água. Os ácidos carboxílicos são solúveis em solventes menos polares, como o éter, o álcool, o benzeno.
Os ácidos alifáticos têm odor fraco ficando progressivamente de forte e irritante nos ácidos fórmico e acético. O odor se torna extremamente desagradável (semelhante à manteiga rançosa) nos ácidos butírico (4C), valérico (5C) e capróico (6C). Os ácidos com mais que 6 carbonos não têm muito odor, por serem pouco voláteis.
Comparando-se um ácido carboxílico e um álcool, ambos com o mesmo número de carbonos, o ácido terá maior ponto de ebulição, devido à formação de duas ligações de hidrogénio e não apenas uma, como no álcool.
Propriedades químicas
Reagem com bases para formar carboxilatossais, nos quais o hidrogénio do grupo -OH é substituído por um ião metálico. Deste modo, ácidos etanóicos/acéticos reagem com bicarbonato de sódio para formar etanoato sódico (acetato de sódio), dióxido de carbono e água:
CH3COOH + NaHCO3 → CH3COONa + CO2 + H2O
Grupos carboxila também reagem com grupos amina para formar ligações peptídicas e com álcoois para formar ésteres.
Classificações e nomenclaturas
Ácidos monocarboxílicos
Identificação
São aqueles que apresentam na sua estrutura um único grupo funcional carboxila, onde R é um substituinte orgânico alquila, alquenila, arila ou hidrogénio.
Apresentam fórmula geral R - COOH
Nomenclatura
Oficial: Ácido (nome da cadeia carbónica derivada do hidrocarboneto) + ÓICO e vem acompanhado pelo nome do numero de carbonos existentes. ex.: CH3-CH2-COOH (ácido propanóico) em que PROP é usado pela existência de 3 carbonos, AN por ser uma ligação simples e ÓICO por estar no grupo carboxila.
Usual: Nome, em geral, de origem latina ou grega.
Exemplo:
CH3 - COOH 
Nomenclatura oficial: ácido etanóico (cadeia derivada do hidrocarboneto etano)
Nomenclatura usual: ácido acético ( do latim acetum que significa azedo)
Principais ácidos monocarboxílicos
	Ácido fórmico
Ácido acético
Ácido propiônico
Ácido butírico
Ácido acrílico
	Ácido crotônico
Ácido sórbico
Ácidobenzóico
Ácido cinâmico
ácidos graxos
Ácidos dicarboxílicos
Identificação
São os ácidos carboxílicos que apresentam na sua estrutura dois grupos funcionais carboxila, onde R é um radical orgânico.
Apresentam formula geral HOOC - R - COOH
Nomenclatura
Oficial: Ácido (nome da cadeia carbônica derivado do hidrocarboneto)DIÓICO
Usual: Nome , em geral,de origem do latim ou do grego.
Exemplo: HOOC - CH2 - COOH
Nomenclatura oficial: Ácido propanodióico (cadeia derivada do hidrocarboneto propano )
Nomenclatura usual: Ácido malônico
Nomenclatura usual: Ácido propanílico
Principais ácidos dicarboxílicos
	ácido oxálico
ácidomalônico
ácidosuccínico
ácido glutárico
	ácidoadípico
Ácido fumárico
Ácido oftálico
Ácido tereftálico
Ácidos graxos
Ácidos graxos
Ácidos com outros grupos funcionais
Ácido láctico ou ácido 2-hidroxi-propanóico:
CH3 - CH ( OH ) - COOH
Ácido tartárico ou ácido dihidróxi-butanodióico:
HCOO - CH ( OH )- CH ( OH ) - COOH
Ácido salicílico ou ácido Para-hidróxi-benzóico
HO - ( C6H4 ) - COOH
Ácido tricloroacético ou ácido tricloroetanóico:
CCl3 - COOH
Ácido cítrico ou ácido 2- hidroxi-propanotrióico:
HOOC - ( OH ) CH ( COOH ) - COOH
Aminoácido ou ácido 2-amino-nome do radical acila
R - CH ( NH2 ) - COOH
Os grupos carboxilos reagem com os grupos amino para formar amidas. No caso de aminoácidos que reagem com outros aminoácidos para dar proteínas, a este enlace de tipo amida que se forma, denomina-se enlace peptídico. Igualmente, os ácidos carboxílicos podem reagir com álcoois para dar ésteres, ou bem com halogenuros para dar halogenuros de ácido, ou entre si para dar anidridos. Os ésteres, anidridos, halogenuros de ácido e amidas chamam-se derivados de ácido. • HCOOH ácido fórmico (encontra-se em insectos, fórmico refere-se às hormigas) • CH3COOH ácido acético ou etanoico (encontra-se no vinagre) • HOOC-COOH ácido etanodioico, também chamado ácido oxálico, • CH3CH2COOH ácido propanoico • C6H5COOH ácido benzoico (o benzoato de sodio, o sal de sodio do ácido benzoico se emprega como conservante) • Ácido láctico • Todos os aminoácidos contêm um grupo carboxilo e um grupo amino. Quando reage o grupo carboxilo de um aminoácido com o grupo amino de outro se forma um enlace amida chamado enlace peptídico. As proteínas são polímeros de aminoácidos e têm em um extremo um grupo carboxilo terminal. Todos os ácidos grasos são ácidos carboxílicos. Por exemplo, o ácido palmítico, esteárico, oleico, linoleico, etc. Estes ácidos com a glicerina formam ésteres chamados triglicéridos.
Curiosidades
Os ácidos carboxílicos apresentam odor característico. Os monocarboxílicos que apresentam até 12 átomos de carbono apresentam cheiro bastante desagradável. Os indivíduos através do seu metabolismo produzem e excretam ácidos carboxílicos, que é de composição diferente para cada indivíduo; portanto, cada pessoa tem o seu cheiro característico. Por isso, o cão, que apresenta olfacto bastante aguçado, reconhece as pessoas pelo cheiro. Normalmente o ácido carboxílico está associado a um fenol.
Derivados
Ésteres
Sais orgânicos
Anidridos de ácidos
Proteínas
Ácidos nucléicos
Cloreto de acila
Aminoácidos
Ligações externas
Reactividade de ácidos carboxílicos
Ácidos carboxílicos - titulações, diagramas de distribuição e cálculos de pH.
Amoníaco
As aminas são uma classe de compostos químicos orgânicos nitrogenados derivados do amoníaco (NH3) e que resultam da substituição parcial ou total dos hidrogénios da molécula por grupos hidrocarbónicos (radicais alquilo ou arilo – frequentemente abreviados pela letra R). Se substituirmos um, dois ou três átomos de hidrogénio, teremos, respectivamente, aminas primárias (R-NH2), secundárias(R1R2NH) ou terciárias (R1R2R3N).
As aminas podem ser classificadas como simples (quando os grupos alquil são iguais) ou mistas (se estes forem diferentes).
Quando se usa os prefixos di e tri, indica-se que a amina é secundária ou terciária, respectivamente, e com grupos radicais iguais. Quando os grupos são diferentes, estes são nomeados sucessivamente, do menor para o maior, terminando o nome do composto com o sufixo “amina”. Algumas vezes indica-se o prefixo amino, indicando, de seguida a posição e o nome do grupo hidrocarbónico.
	Aminas
	
Amina primária
	
Amina secundária
	
Amina terciária
	
Propriedades
A presença de um par de electrõeslivres é responsável por propriedades físicas e químicas particulares nas aminas.
Geometria
Tais como a molécula NH3, da qual são derivadas formalmente, têm uma estrutura piramidal com 3 ligações sp3 e um par de electrões desemparelhados. Por isso, os orbitais apresentam hibridação sp3 e estão dirigidos em direcção aos vértices de um tetraedro. O átomo de nitrogénio localiza-se no centro do tetraedro; as ligações covalentes (com hidrogénio ou com o radical) formarão os vértices da base, a que se oporão os dois electrões desemparelhados no vértice do topo do tetraedro.
Ponto de fusão e ponto de ebulição
Como o azoto (nitrogênio) é menos electronegativo que o oxigénio, as ligações N-H apresentam-se menos polares que as ligações O-H (presentes nos álcoois). Por essa razão, as aminas formam ligações de hidrogénio mais débeis que os álcoois com pesos moleculares semelhantes. Como as ligações são mais fracas, compreende-se que os pontos de ebulição das diversas aminas também sejam mais baixos (necessitarão de menos energia para evaporar, porque também estão menos ligadas umas às outras).
Assim, as aminas primárias e secundárias têm pontos de ebulição menores que os dos álcoois, mas maiores que os dos éteres de peso molecular semelhante. As aminas terciárias, sem ligações de hidrogénio, têm pontos de ebulição mais baixos que os das aminas primárias e secundárias de pesos moleculares semelhantes.
	Íons do compost
	Ka (força do ácido conjugado)
	Anilina C6H5-NH2
	2.0·10−5 M
	Amônia NH3
	5.6·10−10 M
	Etilenodiamina NH2-CH2-CH2-NH2
	1.3·10−10 M
	Butilamina CH3-CH2-CH2-CH2-NH2
	0.15·10−10 M
Como bases
Como a amónia, as aminas agem como bases razoavelmente fracas (veja a tabela com exemplos de valores de força de ácidos conjugados Ka). O átomo de nitrogénio possui um par de electrões livres que pode receber um ião (ião) H+ para formar um ião amónio substituído.
Solubilidade
Os pares de pontos sobre os átomos N nas reacções químicas mostradas neste artigo representam o par de electrões livres do nitrogénio das aminas. Estes pares também contribuem para a solubilidade de aminas simples mediante a formação de ligações de hidrogénio com moléculas de água.
Reações
Um alcano pode reagir com uma amina para formar uma amina alquil-substituída correspondente, com liberação de um ácido de halogéneo:
Se a amina reagente é uma amina terciária neste tipo de reação, formam-se um cátion de amônio quaternário e um ânion (ou "anião") haleto:
Os compostos com íons emparelhados desta forma são chamados de sais quaternários de amônio. O "X" mostrado nas reações anteriores pode também ser outro tipo de grupo abandonador.
Classes de aminas
Aminas alifáticas
Aminas primárias surgem quando um dos três átomos de hidrogénio na amónia é substituído por um alquil, podendo estas ser chamadas de alquil aminas' ou alquilaminas. Importante alquil aminas primárias incluemmetilamina, etanolamina (2-aminoetanol), e o agente tamponadortris.
Aminas aromáticas
Aminas aromática tem o átomo de nitrogénio conectado a um anel aromático (radical aril) como em anilinas, podendo ser chamadas de aril aminas ou arilaminas.
Exemplos de aminas
Os aminoácidos contêm um grupo amino e um grupo carboxilo ligados ao mesmo átomo de carbono. Os aminoácidos unem-se uns aos outros através da ligação destes dois grupos – que formam um grupo amida – dando origem às ligações peptídicas que estruturam as proteínas.
A degradação de proteínas (por exemplo, quando um pedaço de carne apodrece), leva, pelo contrário, à sua decomposição em aminas distintas. Os odores mais desagradáveis de que geralmente nos lembramos são, provavelmente, devidos à presença de aminas. Por exemplo, a 1,5-pentanodiamina (mais conhecida pelo sugestivonome de cadaverina, libertada pelos corpos em putrefacção, o escatol, um composto heterocíclico presente nos excrementos, a 1,4-butanodiamina (putrescina – outro cheiro “a podre”), etc…
Morfina
Os alcalóides são compostos complexos presentes na constituição das plantas que contêm grupos amina. Podemos citar alguns exemplos mais conhecidos, como a morfina, a nicotina, etc.
A importância das aminas, em termos biológicos, é inegável. A classe de compostos designados por β-feniletilaminas inclui a adrenalina, a noradrenalina, a mescalina, etc. As sulfamidas, que afectam as bactérias ao inibir nelas a produção de ácido fólico, mas que são inócuas para o ser humano, contêm um grupo amino. O neurotransmissorGABA(ácido 4-aminobutanóico) também contém um grupo amino. Alguns derivados do ácido p-aminobenzóico são também usados como anestésicos.
Encontram-se aminas secundárias em alguns alimentos (carne e peixe) ou no fumo do tabaco. Estas podem reagir com os nitritos (presentes nos conservantes utilizados nos produtos alimentares e usados como fertilizante, no caso das plantas, como o tabaco), levando à formação de N-nitrosoaminas secundárias, que são cancerígenas.
Ver também
Fosfina (grupo funcional) - análogo com fósforo
Álcool, Fenol e Éter - análogo com oxigénio
Amida - anião derivado da amina (ligado a metal), ou o grupo funcional -CONR2
Imina - grupo funcional R2C=NR
Amida
Grupo funcional carboxamida
Amidas são os derivados de oxiácidosRkE(=O)l(OH)m (l ≠ 0) no qual uma hidroxila ácida -OH é substituída por um grupo amina-NH2[1].
Quando o oxigénio na fórmula do oxiácido é substituído por outro calcogénio (enxofre, selénio ou telúrio), temos, respectivamente, uma tioamida, selenoamida e teluroamida.
O termo também é aplicado para derivados metálicos de amónia e de aminas, quando o hidrogénio é substituído por um catião metálico[1]. Estes compostos também são chamados de azanidas. Exemplo: amida de sódio (NaNH2) e diisopropilamida de lítio (com um anião da forma NRR'-).
Este artigo se refere às amidas derivadas de ácidos carboxílicos, também chamadas de carboxamidas.
Nomenclatura, classificação e exemplos
Conforme o nitrogénio estabeleça ou não outras ligações com carbono, as amidas podem ser divididas em 3 grupos:
Amida não-substituida: apresenta 2 hidrogénios ligados ao nitrogénio. Nomenclatura: Prefixo + Infixo + Amida
Amida monossubstituída: apresenta 1 hidrogénio substituído por 1 radical (cadeia carbónica). Nomenclatura: N + nome do radical ou N,N + nome dos radicais + prefixo + infixo + amida
Amida dissubstituída: apresenta 2 hidrogénios substituídos por 2 radicais iguais ou diferentes. Nomenclatura: N + nome do radical ou N,N + nome dos radicais + prefixo + infixo + amida
Podemos também classificar as amidas quanto ao número de grupos acila ligados ao nitrogénio:
Primária - É do tipo (R-CO)NH2, ou seja, há somente um grupo acila ligado ao nitrogénio.
Secundária - É do tipo (R-CO)2NH, ou seja, há dois grupos acila ligados ao nitrogénio.
Terciária - É do tipo (R-CO)3N, ou seja, há três grupos acila ligados ao nitrogénio.
Nomenclatura oficial IUPAC: prefixo + infixo + amida
As proteínas são amidas, formadas pela polimerização de aminoácidos. 
OBS: As amidas secundárias e cíclicas são chamadas imidas.
Propriedades físicas
Possui pontos de ebulição muito superiores aos dos ácidos correspondentes, apesar da massa molecular ser aproximadamente igual. Isso se deve à formação de maior número de ligações de hidrogénio e maior formação de "moléculas dímeras" pelas amidas. Pode-se provar esse fato, substituindo os hidrogénios do grupo amino por radicais CH3. Verifica-se que os pontos de fusão e ebulição diminuem, apesar do aumento da massa molecular:
Estrutura da amida mm PF (°C) PE (°C) 
H3C-CO-NH2 59 81 222 
H3C-CO-NH(CH3) 73 28 206 
H3C-CO-N(CH3)2 87 06 166
Métodos de obtenção
As amidas normalmente não ocorrem na natureza, e são preparadas em laboratório. Uma importante amida é a acetanilida (veja aqui a síntese da acetanilida). As amidas podem ser preparadas principalmente por:
Aquecimento (desidratação) de sais de amónio: R-COONH4 R-CONH2 + H2O
Hidratação de nitrilas (catalisada por H2SO4): R-CN + H2O R-CONH2
Reacção de cloretos de ácido com amónia (ou com amina) (pode-se utilizar também, no lugar de cloreto de acila, anidridos ou ésteres)
Propriedades químicas
A presença do grupo C=O confere às amidas um carácter polar. Normalmente o grupo C=O não sofre qualquer modificação permanente no decorrer da maioria das reacções e, por consequência, aparecem intactos nos compostos resultantes. A sua presença, no entanto, determina o comportamento químico das amidas, assim como o dos demais derivados dos ácidos carboxílicos.
Aplicações das amidas
As amidas são utilizadas em muitas sínteses em laboratório e como intermediários industriais na preparação de medicamentos e outros derivados. O nylon é uma poliamida muito importante dentre os polímeros. A uréia, de fórmula CO(NH2)2, é uma diamida do ácido carbônico, encontrada como produto final do metabolismo dos animais superiores, e eliminada pela urina. A amida do ácido sulfanílico (sulfanilamida) e outras amidas substituídas relacionadas com ela, têm considerável importância terapêutica e conhecem-se por sulfamidas.
Ver também
Éster, R-C(=O)-O-R'
Tioamida, R-C(=S)-N(R')-R
Amidina, R-C(=N-R')-N(R)-R'
Lactamas, amidas cíclicas
Peptídeos, polímeros cuja ligação entre monômeros é por blocos de amidas
Fosforamidas, amidas baseadas no ácido fosfórico
Sulfonamidas, amidas de ácidos sulfônicos
Nitroderivado
Os nitroderivados (ou nitrocompostos ou compostos nitro) são compostos orgánicos que contém um ou mais grupos funcionais nitro (-NO2). São frequentemente explosivos; impurezas variadas ou uma manipulação inapropriada podem facilmente desencadear uma decomposição exotérmica violenta.
Os compostos nitro aromáticos são sintetizados pela ação de una mistura de ácidos sulfúrico e nítrico sobre a molécula orgânica correspondente. Alguns exemplos deste tipo de compostos são o 2,4,6-trinitrofenol (ácido pícrico), o 2,4,6-trinitrotolueno (TNT) e o 2,4,6-trinitroresorcinol (ácido estífnico).
Preparação
Em síntese orgânica existem vários métodos para preparar compostos nitro.
Compostos nitro alifáticos
O nitrometano é adicionado a aldeídos em uma adição 1,2 na reaçãonitroaldólica.
O nitrometano é adicionado a compostos carbonílicos alfa-beta insaturados na adição 1,4 da reação de Michaelatuando como um "doador" de Michael.
O nitroetileno é um "receptor" de Michael na reação de Michael com compostos enolato.
Em reacções de substituição nucleofílica sobre haleto de alquilo mediante nitrito de sódio (NaNO2) se obtém nitroalcanos.
Compostos nitro aromáticos
Em uma substituição eletrofílica aromática o ácido nítrico reage com compostos aromáticos no que se conhece como nitração.
Como exemplo típico e o mais simples, temos a nitração do benzeno, na produção do nitrobenzeno. O método clássico envolve o tratamento de benzeno com uma mistura de ácido sulfúrico e ácido nítrico concentrados (chamada de "mistura sulfonítrica") e água. Esta produção é um dos mais perigosos processos da indústria química devido à exotermicidade da reacção (ΔH = −117 kJ/mol). 
A capacidade mundial de produção de nitrobenzeno em 1985 era de aproximadamente 1.7×106toneladas. 
Um método clássico partindo de fenóis halogenados é a nitração de Zinke.
Reacções
Os compostos nitro participam em várias reacções orgânicas.
Compostos nitro alifáticos
Os compostos nitro alifáticos são reduzidos a aminas com ferro e ácido clorídrico.
Conversão de os compostos nitro a aldeídos ou cetonas mediante a reacção de Nef.
Compostos nitro aromáticos
A redução de compostos nitro aromáticos com hidrogénio sobre um catalisador de paládio/carbono conduz a anilinas.
A presença de grupos nitro facilita as substituições nucleofílicas aromáticas.

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