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DLIP 3 - Protozoa - intestinais

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Protozoa
Protozoários intestinais
Diagnóstico Laboratorial de Infecções Parasitárias
Protozoa
 Morfologia
 Apresentam grandes variações
 Fases evolutivas
 Meio – adaptados
 Esféricos, ovais, alongados
 Cílios, flagelos, ou ainda sem organela locomotora especializada
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Protozoa
 Protozoários intestinais ou sanguíneos
 Unicelulares
Compostos por uma única célula
 Eucariotas
Delimitação do núcleo com carioteca e organelas membranosas
 Heterotróficos (geralmente)
Capturam o alimento, absorvem partículas externas
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Protozoa
 Reprodução
 Assexuada
Divisão binária
Brotamento ou esquizogonia
 Sexuada ocorre de dois tipos:
união temporária de dois organismos ou singamia
união de microgameta e macrogameta - ovo ou zigoto - esporozoítos 4
 Locomoção 
 De acordo com a capacidade e 
o modo de locomoção
Pseudópodes
Flagelos
Cílios 
Microtúbulos - flexão, 
deslizamento ou ondulação
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Filos Gêneros Espécies
Sarcomastigophora
(flagelos ou pseudópodes)
Trypanosoma T. cruzi
Leishmania L. braziliensis
L. donovani
Giardia G. intestinalis
Trichomonas T. vaginalis
Entamoeba E. histolytica
Apicomplexa
(complexo apical)
Toxoplasma T. gondii
Plasmodium P. vivax
P. falciparum
P. malariae
Isospora I. belli
Cryptosporidium C. parvum
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Giardíase 
 Agente etiológico: Giardia intestinalis
 Simonímia - Giardia lamblia, Giardia duodenalis, Lamblia intestinalis
 Protozoário flagelado
 Pode ser assintomático
https://ibapcursos.com.br/giardiase-giardia-lamblia-sintomas-
tratamento-transmissao-e-prevencao/
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Epidemiologia
García-R, Juan & French, Nigel & Pita, Anthony & Velathanthiri, Niluka & Shrestha, Rima & Hayman, David. (2017). Local and global 
genetic diversity of protozoan parasites: Spatial distribution of Cryptosporidium and Giardia genotypes. PLoS neglected tropical 
diseases. 11. e0005736. 10.1371/journal.pntd.0005736. 8
Classificação
Filo Sarcomastigophora
Subfilo Mastigophora
Classe Zoomastigophorea
Ordem Diplomonadina
Subordem Diplomonadina
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Morfologia
 Protozoário flagelado
 cistos – forma de resistência 
 trofozoítos – forma vegetativa móvel 
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Contaminação com cistos 
infectivos
Trofozoítas liberados pelas fezes 
não resistem ao meio ambiente
cisto
Estágio infectivo
Estágio diagnóstico
cisto
trofozoítas 11
Transmissão
 Indireta – ingestão de cistos em água e alimentos contaminados
Direta – ingestão de cistos interpessoal
Transporte de cistos por artrópodes
Contato com riachos e reservatórios contaminados
Contato com animais parasitados
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Sinais Clínicos
Forma assintomática
Forma sintomática
 período de incubação – 7 dias
Diarreia leve com cólicas abdominais difusas, constipação, náusea e vômito
Diarreia severa - barreira mecânica – esteatorreia e < absorção de vitaminas -
irritação, lesão de microvilosidades, atrofia
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Diagnóstico Laboratorial
CoproAgs
Fezes líquidas - Trofozoítas
 Exames a fresco ou corado
https://www.cdc.gov/dpdx/giardiasis/index.html
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 Pastosas e formadas – cistos 
 Técnicas de concentração - Sheater e Faust
 Coloração 
https://www.cdc.gov/dpdx/giardiasis/index.html
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Profilaxia
Fervura da água por 5 minutos
Saneamento básico e tratamento da água
Educação e higiene pessoal
Combate a moscas e baratas
Tratamento dos pacientes portadores de cistos
Tratamento e vacinação de animais domésticos
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Tratamento
 Metronidazol – VO durante 5 a 7 dias 
 Adultos - 250 mg 3X/dia; Crianças - 5 mg/kg 3x/dia
 Tinidazol – VO em dose única
 Adultos - 2 g; Crianças - 50 mg/kg (máximo de 2 g)
 Nitazoxanida – VO durante 3 dias
 1 a 3 anos - 100 mg 2x/dia
 4 a 11 anos - 200 mg 2x/dia
 ≥ 12 anos - 500 mg 2x/dia
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Amebíase 
2a doença causadora de morte por protozoário
Agente etiológico Entamoeba histolytica
https://iai.asm.org/content/iai/47/1/68.full.pdf
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Epidemiologia
Antropozoonose
10% da população mundial está infectada
50 milhões de casos invasivos/ano
Países em desenvolvimento – alta prevalência
 Brasil - regiões com condições de saneamento básico e
socioeconômicas precárias
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Classificação
Filo - Sarcomastigophora 
Subfilo - Sarcodina 
Superclasse - Rhizopoda
Classe - Lobosea 
Ordem - Euamoebida
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Morfologia
Protozoário 
 pré cistos 
 cistos
 trofozoítos
http://www.bio.umass.edu/micro/klingbeil/590s/Lectures/12590Lect04.pdf
21
22
Transmissão
Direta - interpessoal – cistos nas mãos
 Indireta – ingestão de alimentos e água não tratada contaminados
com cistos
 transporte mecânico por insetos
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Sinais Clínicos
Formas assintomática
Amebíase intestinal
 Disenteria amebiana - diarreia mucossanguinolenta com perdas
hídricas e eletrolíticas, cólicas, tenesmo e febre
 Colite não disentérica - diarreia com fezes pastosas e muco com ou
sem dores abdominais
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 Colite necrozante - ulcerações na mucosa intestinal, hemorragia e perfuração
do cólon - dor abdominal intensa e difusa, vômitos e constipação - alta
mortalidade
 Ameboma - formação de granuloma - edema e estreitamento da luz intestinal
https://www.gastrointestinalatlas.com/english/amebic_colitis.html
25
 Amebíase extraintestinal
 invasão da mucosa intestinal – sistema porta – fígado
abscesso hepático amebiano - dor, febre e hepatomegalia
 peritônio, pulmão, pericárdio e cérebro
https://www.gastrointestinalatlas.com/english/amebic_colitis.html
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Diagnóstico Laboratorial
EPF - 3 amostras
Fezes diarreicas ou líquidas – trofozoítas
 Exame direto a fresco - sol. fisiológica + lugol fraco
https://www.cdc.gov/dpdx/amebiasis/index.html
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 Amostra fixada a úmido
fixador de Schaudinn
corante hematoxilina férrica
https://www.cdc.gov/dpdx/amebiasis/index.html
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 Fezes formadas – cistos 
 amostras conservadas a temperatura a 4oC por 1 semana
técnicas de concentração - Sheater e Faust
coloração por lugol
https://www.cdc.gov/dpdx/amebiasis/index.html
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 amostras em formalina ou outros fixadores
técnicas de concentração – Ritchie 
coloração por hematoxilina
https://www.cdc.gov/dpdx/amebiasis/index.html
30
Outros exames
 Imunodiagnóstico – Ag / Ac
amostras frescas ou congeladas
não pode ser usado em presença de conservantes
 Amplificação de DNA
diferenciação entre espécies patogênicas (E. histolytica) e não patogênicas
(E. dispar)
 Exames inespecíficos – suspeita clínica
 retossigmoidoscopia – ulceração e trofozoítas
 imagem - abscesso
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 Aspirados ou amostras de biópsia - trofozoítas 
https://www.cdc.gov/dpdx/amebiasis/index.html
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Profilaxia 
 identificação e tratamento dos doentes
saneamento básico
 tratamento da água - cloração
educação e higiene pessoal
não usar excrementos como fertilizantes
combate a insetos
proteção de indivíduos imunodeprimidos
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Amebicidas tissulares - absorvidos - parasitas presentes nos
tecidos
 Metronidazol – VO 3X/dia, por 7 a 10 dias
Adultos - 500 a 750mg; Crianças - 12 a 17mg/kg
 Tinidazol – VO em dose única > 3 anos de idade(50 mg/kg)
Sintomas moderados – 3 dias
Sintomas graves – 5 dias
Abscesso hepático – 3 a 5 dias
Emetina e derivados - alcaloide da ipecacuanha
 eficaz no tratamento da amebíase
 alta toxicidade ao sistema nervoso e ao sistema circulatório
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Tratamento
 Amebicidas luminais - pouco absorvidos - ação estrita a cavidade intestinal -
trofozoítos
 Iodoquinol – VO 3x/dia, por 20 dias - adultos 650mg e crianças 10 a
13mg/kg
 Paromomicina –VO 3x/dia, por 7 dias - 8 a 11mg/kg
 Furoato de diloxanida – VO 3x/dia, por 10 dias - adultos 500mg e crianças
7 mg/kg
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Isosporíase
Agente etiológico: Isospora belli
Sinonímia - Cystoisospora belli
Pacientes com AIDS – infecções graves com desidratação severa
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Classificação
Filo - Apicomplexa
Classe - Conoidasida
Ordem - Eucoccidiorida
Família - Sarcocystidae
37
Morfologia
Protozoário coccídeo
 oocistos – forma de resistência esporozoítos – forma vegetativa
 Merozoitos
 Macro e microgametas
https://cmr.asm.org/content/cmr/10/1/19.full.pdf
38
https://www.cdc.gov/dpdx/cystoisosporiasis/index.html
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Transmissão
 Indireta – ingestão de oocistos esporulados presentes na água e
nos alimentos
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Sinais Clínicos
 Forma assintomática - imuncompetentes
 Forma sintomática
 Imunocompetentes - Diarreia aguda não sanguinolenta com dor abdominal
várias semanas - má absorção intestinal e perda de peso
 Imunocomprometidos e crianças – diareia severa e desidratação
atrofia das microvilosidades intestinais
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Diagnóstico Laboratorial
Fezes frescas - oocistos
 Exame a fresco
https://www.cdc.gov/dpdx/cryptosporidiosis/index.html 42
Amostras conservadas em formalina – Técnica de Ritchie
 Coloração
 Técnicas de concentração - Sheather e o método de Kato-Katz
https://www.cdc.gov/dpdx/cryptosporidiosis/index.html
43
 Amostras frescas ou congeladas
 Imunofluorescência
Diagnóstico molecular 
https://www.cdc.gov/dpdx/cryptosporidiosis/index.html
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Profilaxia
 fervura da água por 5 minutos
Cocção de alimentos
saneamento básico e tratamento da água
educação e higiene pessoal
 tratamento dos pacientes portadores
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Tratamento
 Trimetoprima-sulfametoxazol (160mg/800mg) – VO 2x/dia por 7 a 10 dias
 Imunocomprometidos – dobrar a dosagem por 3 a 4 semanas
 Pirimetamina - 50 a 75mg VO dose única
 Ciprofloxacino – adults 500mg, VO, 2x/dia por 7dias
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Criptosporidiose
 Agente etiológico: Cryptosporidium parvum e Cryptosporidium hominis
 Reservatórios – pássaros, repteis e mamíferos
 Gado bovino – hospedeiro principal
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Epidemiologia
Zoonose emergente
Mundo inteiro
Prevalência - idade, costumes, época do ano, área geográfica,
densidade populacional, estado nutricional da população e
competência do sistema imunológico
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García-R, Juan & French, Nigel & Pita, Anthony & Velathanthiri, Niluka & Shrestha, Rima & Hayman, David. (2017). Local and
global genetic diversity of protozoan parasites: Spatial distribution of Cryptosporidium and Giardia genotypes. PLoS neglected
tropical diseases. 11. e0005736. 10.1371/journal.pntd.0005736. 
49
Classificação
 Filo – Apicomplexa
 Classe – Sporozoasida
 Subclasse - Coccidiasina
 Ordem – Eucoccidiida
 Subordem – Eimeriina
 Família - Cryptosporidiidae
50
Morfologia
Protozoário coccídeo
 oocistos
 espeorozoitos
 trofozoitos
 Merozoitos
 Micro e macrogametas
 zigoto
51
https://www.cdc.gov/dpdx/cystoisosporiasis/index.html
52
Transmissão
animal a pessoa - contato direto com animais que estão eliminando
oocistos
 ingestão de água e alimentos contaminados com oocistos
 inalação de oocistos
pela autoinfecção do hospedeiro
53
Sinais Clínicos
 Incubação - 7 dias
 Imunocompetentes
 diarreia autolimitada – 3 a 10 evacuações diárias – fadiga e febre - 2 a 3
semanas
 Imunocomprometidos
 Mais de 10 evacuações diárias - desidratação severa, perda de massa e
óbito - má absorção, diarreia,
 criptosporidiose extrainestinal
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Crianças
 Diarreia, vômitos e desidratação
 colite, apendicite aguda, dilatação do duto hepático
 Pneumopatias
 Observação - diarreia de verão e diarreia dos viajantes
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Diagnóstico Laboratorial
CoproAgs
Fezes líquidas - Trofozoítas
 Exames a fresco ou corado
https://www.cdc.gov/dpdx/giardiasis/index.html
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 pastosas e formadas – cistos 
 Técnicas de concentração - Sheater e Faust
 Coloração 
https://www.cdc.gov/dpdx/giardiasis/index.html
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Profilaxia
Gerais
 educação sanitária e higiene pessoal
 saneamento básico e tratamento da água
 filtração da água ou sua fervura durante dez minutos.
 trabalhadores expostos - lavagem de mãos após o manuseio de bovinos
com diarreia
58
 Isolamento
 adoção de precauções do tipo entérico para pacientes internados
 afastamento de pessoas infectadas de atividades de manipulação dos
alimentos
 não permitir que crianças contaminadas frequentem creches.
 tratamento dos pacientes portadores de cistos
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Tratamento
 Imunocompetentes – Nitazoxanida, VO por 3 dias
 1 a 3 anos - 100mg 2x/dia
 4 a 11 anos - 200mg 2x/dia
 ≥ 12 anos - 500mg 2x/dia
 Pacientes com AIDS 
 TARV + Nitazoxanida – 500 a 1000mg 2x/dia por 14 dias
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