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1 Bioquímica II - LM MITOCÔNDRIA: Membrana externa – livremente permeável a pequenas moléculas e íons Membrana interna – impermeável à maioria das pequenas moléculas de íons, incluindo H+ → contém proteínas transportadoras, ATP-translocase, ATP- sintase e outros transportadores Matriz – contém: complexo piruvatp-desitrogenase; enzimas do ciclo de Krebs; enzimas da beta-oxidação; enzimas da oxidação de aminoácidos, entre outros CADEIA TRANSPORTADORA DE ELÉTRONS: FADH2 e NADH → função de levar elétrons ricos em energia para a cadeia respiratória Os elétrons do NADH e FADH2 passam por uma série de carreadores ligados à membrana mitocondrial interna para a geração final de ATP Cadeia transportadora da membrana interna: complexo I, ubiquinona, complexo II, complexo III, citocromo c, complexo IV, carreador fosfato e ATP Sintase Ao se moverem pela cadeia transportadora, os elétrons impulsionam a transferência de prótons da matriz mitocondrial para o espaço intermembrana, criando um gradiente de prótons NADH A cada molécula de NADH, são liberados 2 elétrons para o complexo I, III e IV, que por sua vez, produzem 10 moléculas de H+ bombeadas para o espaço intermembranas. Para cada molécula de ATP produzido, são usados 4 H+. Sendo assim: ❖ Para cada molécula de NADH são produzidos 2,5 ATPs 2 Bioquímica II - LM FADH2 A cada molécula de FADH2, são liberados 2 elétrons para o complexo II, III e IV, que por sua vez, produzem 6 molécula de H+ bombeadas para o espaço intermembranas. Para cada molécula de ATP produzido, são necessário 4 H+. sendo assim: ❖ Para cada molécula de FADH2 são produzidos 1,5 ATPs Os elétrons combinam-se, no final, com oxigênio e prótons, formando água SÍNTESE DE ATP A energia eletroquímica inerente à diferença de concentração de prótons e à separação de carga através da membrana mitocondrial interna – a força próton-motriz – impulsiona a síntese de ATP, à medida que 3H+ que fluem passivamente de volta à matriz, por meio de um poro para prótons na ATP-sintase A catálise rotacional é a chave para o mecanismo de alteração na ligação durante a síntese de ATP → cada subunidade beta da ATP-sintase pode assumir três diferentes conformações O ATP é estabilizado em relação ao ADP na superfície de F1 da ATP-sintase e o gradiente de prótons impulsiona a liberação de ATP a partir da superfície da enzima • A entrada de ADP na matriz mitocondrial se dá por um cotransporte com um ATP • A entrada de um Pi para o interior da matriz se dá por um cotransporte de um Pi com H+ 3 Bioquímica II - LM BALANÇO DA SÍNTESE DE ATP NA FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA Glicólise Ciclo de Krebs Soma Cadeia respiratória NADH 2 8 10 X 2,5 = 25 ATPs FADH2 0 2 2 X 1,5 = 3 ATPs ATP 2 2 4 4 + 28 = 32 ATPs ❖ Portanto, a partir de 1 glicose são produzidos 32 moléculas de ATPs CUSTOS DOS PROCESSOS CELULARES: CUSTOS PELO CICLO DE KREBS: para produção dos 2ATPs do ciclo, é necessário a conversão de GDP + Pi→ GTP, nesse processo a entrada o Pi é acompanhada de uma molécula de H+ que está fora da membrana interna da mitocôndria CUSTOS PELA ENTRADA DOS 2 NADH PRODUZIDOS PELA GLICÓLISE NO CITOSOL: as duas moléculas de NADH produzida na via da glicólise necessitam de entrar na parte interna da mitocôndria para realizar a fosforilação oxidativa. Há duas maneiras do NADH entrar: 1. Circuito malato-aspartato: aspartato → oxalacetato → malato (recebe do2H vindos do NADH produzido na glicólise) – quem entra na mitocôndria é o malato, já dentro da membrana interna ele volta a OAA, devolvendo o NADH para o espaço citosólico da mitocôndria. Ainda dentro da mitocôndria o OAA se transforma em aspartato, que sai da mitocôndria para o citosol celular, nessa saída acontece um antiporte com um H+ (sai aspartato, entra H+). Obs: esse processo acontece 2 vezes, pois na glicólise são produzidos 2NADH → CUSTO DE 2H+ 4 Bioquímica II - LM 2. Circuito glicerol – fosfato: na conversão da dihidroxiacetona fosfato → glicerol 3-fosfato, havendo doação de 2H+ para essa molécula, quem faz essa doação é o NADH da glicólise. O glicerol vai para o espaço Intermembrana da mitocôndria, onde acontece a doação dos 2 elétrons adquiridos para o FAD que está localizado dentro da membrana interna. Dessa forma, em vez de 10NADH que seria produzidos, agora será apenas 8NADH → 80 H+ + 4FADH2 → 24 H+ AGENTES QUE INTERFEREM COM A DOSFORILAÇÃO OXIDATIVA ❖ O fluxo de elétrons pela cadeia respiratória e a síntese de ATP estão obrigatoriamente acopladas • DNP: dissipa o gradiente de prótons na mitocôndria ❖ Os desacopladores, ao desfazer o gradiente de prótons, diminuem a sua passagem pela enzima ATPsintase. Isso reduz a produção de ATP por molécula de glicose consumida. Com isso, na tentativa de produzir mais ATP haverá maior consumo de moléculas orgânicas. • Rotenona/amital – inibe a ação do complexo I • Antimicina A – inibe a ação do complexo III • Cianeto e CO – inibe a ação do complexo IV • Oligomicina – inibe a ação da ATP-sintase • CO se liga à hemogoblina e inibe o transporte de O2 → envenenamento por monóxido de carbono 5 Bioquímica II - LM AZUL DE METILENO: pode ser administrado no envenenamento pelo CO e pelo cianeto, ele alivia a inibição do complexo IV pela recepção de elétrons do complexo III, permitindo ao complexo I e ao complexo III bombear prótons, de tal forma que o ATP pode continuar a ser sintetizado • Hidroxicobalamina: liga-se ao cianeto, formando cianobolamina, que é secretada na urina • Nitrito de sódio: neutralização do cianeto porém formam metahemoglobina REGULAÇÃO DA FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA Controle pelo aceptor → quanto menor a concentração [ATP]/[ADP][Pi], maior será a síntese de ATP pela cadeia GERAÇÃO DE CALOR PELA MEMBRANA DESACOPLADA As UCPs são proteínas encontradas na membrana mitocondrial interna de mamíferos, incluindo humanos Essas proteínas criam um ''vazamento de prótons", ou seja, permitem que os prótons retornem à matriz mitocondrial sem que a energia seja capturada como ATP A energia é liberada na forma de calor, e o processo é denominado termogênese sem tremor A UCP1, também denominada termogenina, é responsável pela produção de calor nos adipócitos marrons dos mamíferos e é ativada por ácidos graxos
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