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Fosforilação Oxidativa Quando ocorre a fosforilação oxidativa há a oxidação de nutrientes do alimento que, como consequência, libera energia química que posteriormente é produzida no transporte de elétrons na cadeia respiratória. Com a fosforilação oxidativa, as células ganham um reservatório de energia para as atividades metabólicas. O oxigênio é um elemento muito importante para a F.O. pois contribui para a oxidação das moléculas, formando novas moléculas de adenosina trifosfato (ATP) e produzindo energia Fosforilação: transferência de fosfato para o ADP, formando ATP. É oxidativa porque esta fosforilação só ocorre se há oxidação das coenzimas reduzidas, que ao transferirem os elétrons na Cadeia Transportadora de Elétrons, voltarão à sua forma oxidada (NADH NAD+; FADH2 FAD). E estas coenzimas oxidadas poderão novamente receber os elétrons oriundos da oxidação dos nutrientes Fim das rotas metabólicas de produção de energia em organismos aeróbicos Representa o estágio 3 do processo Acoplamento da oxidação de NADH e FADH2 e síntese de ATP É o principal sítio de produção de ATP Envolve o consumo de O2 e formação de H20 Teoria Quimiosmótica Fluxo de elétrons por carreadores criam um gradiente de concentração de prótons na membrana mitocondrial A quebra deste gradiente está acoplada com a síntese de ATP As diferenças na concentração transmembrana de prótons são os reservatórios para a energia extraída das reações de oxidação biológicas Fosforilação Oxidativa: LOCAL: Mitocôndria - Organela de eucariotos; Possui duas membranas: Membrana Mitocondrial externa (MME): Permeável a pequenas moléculas Membrana Mitocondrial interna (MMI): Impermeável a maioria das moléculas, Inclusive H + Necessidade de transportadores de membrana Espaço intermembranal: https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/quimica/oxigenio Cristas membranais Matriz mitocondrial: Local de oxidações Ciclo de Krebs β-oxidação de lipídeos Oxidação de Aminoácidos Membrana Mitocondrial interna: -~ 75% de proteínas: mais rica em proteínas do que a MME É permeável a O2, CO2 e H2O Contém proteínas de transporte que controlam a passagem de metabólitos, como ATP, ADP, o piruvato, o Ca2+ e o fosfato A impermeabilidade da MMI para a maioria dos íons e metabólitos permite a formação de um gradiente de íons através dessa barreira Resulta na compartimentalização das funções metabólicas entre o citosol e a mitocôndria A MMI contém proteínas que acoplam processos: Fluxo de elétrons (favorável) com o fluxo de prótons (desfavorável) Fluxo de prótons (favorável) a fosforilação oxidativa (desfavorável) Os elétrons passam por uma série de carreadores Cadeia Transportadora de Elétrons / Cadeia Respiratória: Os carreadores que transportam os elétrons do NADH e FADH2 até O2 estão na MMI A oxidação de NADH e FADH2 é promovida pela cadeia de transporte de elétrons Alguns desses centros redox são móveis ou proteínas integrais de membrana Dependem dos grupos protéticos associados A sequência de carreadores de elétrons reflete seus potenciais de redução relativos O processo é exergônico Carreadores de e’: NAD(P)H: São carreadores de elétrons solúveis em água, que se associam reversivelmente a desidrogenases NADH: Carreador de elétrons das vias catabólicas até a porta de entrada na CTE NADPH: Geralmente supre elétrons para reações anabólicas Flavoproteínas: Contêm um nucleotídeo de flavina (FMN ou FAD) → parte do sítio ativo da flavoproteína Pode aceitar 1 elétron → semiquinona ou 2 elétrons → FADH2 FMNH2 A forma oxidada (FMN) reage com um próton e um elétron, convertendo-se na forma semiquinona (FMNH●); a incorporação de mais um próton e um elétron resulta na forma totalmente reduzida (FMNH2) Podem participar da transferência de 1 ou 2 e- → intermediários entre reações onde 2e- são doados (desidrogenações) e onde 1 e- é doado (redução de uma quinona a hidroquinona) Carreadores não podem atravessar a MMI, mas os equivalentes redutores podem ser lançados através da membrana indiretamente Equivalentes redutores: Termo geral para um elétron ou equivalente de elétron na forma de um átomo de hidrogênio ou de um íon hidreto Coenzima Ubiquinona (Q): Pequena e Lipossolúvel Quinona: composto benzênico com duas funções cetona Constituída de unidades isoprenóides (cada uma com 5C) A coenzima Q10 é a mais comum em mamíferos (10 unidades de isopreno) Se difunde livremente no espaço intermembranas Capaz de fazer a junção entre o doador de 2e- e um aceptor de 1e- (como as flavoproteínas) Carrega tanto elétrons como prótons Acopla fluxo de e- com o movimento de prótons Proteínas com centro de Ferro-Enxofre: Estrutura variável simples a complexas O íon Fe sofre reações de óxido-redução Os átomos de ferro estão ligados a átomos de enxofre inorgânico ou com átomos de enxofre em resíduos de cisteína ou com ambos Podem ter de 1 a 4 átomos de ferro Proteínas ferro-enxofre de Rieske 1 Fe está associado com dois resíduos de His ao invés de Cys Citocromos a, b e c: Seus grupos prostéticos – grupos Heme Citocromo c: solúvel no espaço intermembrana Podem interagir com a MMI O fluxo de elétrons pelos carreadores vai daquele com menor potencial para o maior potencial Complexos de carreadores de elétrons na MMI: Os transportadores de elétrons da cadeia respiratória estão organizados em complexos supramoleculares embebidos na membrana que podem ser fisicamente separados Os complexos I e II catalisam a transferência de elétrons para a ubiquinona a partir de dois doadores de elétrons diferentes: o NADH (complexo I) e o succinato (complexo II) O complexo III transporta elétrons da ubiquinona até o citocromo c, e o complexo IV completa a sequência transferindo elétrons do citocromo c para o O2, o aceptor final de elétrons Complexo I: É do NADH para formar Ubiquinol NADH:Ubiquinona-oxidoreductase ou NADH- desidrogenase Complexo II: É do FADH2 para formar Ubiquinol Succinato-desidrogenase Complexo III: É do Ubiquinol para o Citocromo c Ubiquinona:Citocromo c-oxidoreductase Complexo IV: É do Citocromo c para o O2 Citocromo c-oxidase Complexo I: NADH:UBIQUINONA-OXIDOREDUTASE OU NADH- DESIDOGENASE Grupos prostéticos: FMN e Fe-S Porta de entrada dos e’ do NADH produzidos dentro da mitocôndria O Complexo catalisa 2 processos simultâneos e acoplados Complexo II: SUCCINATO-DESIDOGENASE Porta de entrada dos e’ do FADH2 produzidos no ciclo do ácido cítrico Canaliza diretamente os e’ do succinato para a cadeia transportadora de e’ FADH2 + Q = FAD + QH2 (Exergônico) Sem transferência de H+ para o espaço intermembrana QH2: Porta de entrada de parte dos e’ do NADH produzidos no citoplasma Porta de entrada de e’ de outras vias oxidativas - β-oxidação de ácidos graxos Complexo III: UBIQUINONA: CITOCROMO C-OXIDOREDUTASE Canaliza os 2 e’ do Ubiquinol (QH2) para o Citocromo C com a transferência de H+ da matriz mitocondrial para o espaço intermembrana Possui duas unidades de Citocromo b enterrados em 1 fenda na membrana Complexo IV: CITOCROMO OXIDASE Os e’ do Citocromo c são entregues ao O2 Respirossomo: Canalização de substratos na membrana mitocondrial interna Dados cinéticos e estruturais indicam a associam dos complexos da CTE na MMI Complexo III pode ser extraído juntamente com o Complexo I ou complexo IV Força Proton Motriz: Na quimiosmose, um gradiente de concentração de prótonse um potencial elétroco (gradiente de voltagem) através da membrana, denominados coletivamente de força próton-motriz, guiam um processo que demanda energia, como a síntese de ATP A força próton-motriz é gerada pelo movimento gradual de elétrons de estados de energia mais altos para mais baixos através dos carreadores de elétrons ligados à membrana A energia eletroquímica inerente da diferença na concentração de prótons e da separação de cargas através da membrana mitocondrial interna, a força próton-motriz, dirige a síntese de ATP à medida que os prótons fluem passivamente de volta para a matriz através de um poro de prótons associado à ATP sintase, também chamado de complexo V Toda a transferência de elétrons gerando a força próton-motriz e a produção de ATP estão acopladas, ou seja, inibidores da transferência de elétrons, como a rotenona (inibidor do complexo I) ou o cianeto (inibidor do complexo IV) impedem a produção de ATP, assim como inibidores da ATP sintase impedem o transporte de elétrons Entretanto, no tecido adiposo marrom, presente em mamíferos recém-nascidos, a oxidação dos combustíveis ao invés de produzir ATP serve para gerar calor, uma vez que possuem uma proteína de membrana chamada termogenina, que desacopla as reações Sistemas de Transporte Mitocondrial: Transporte seletivo de elétrons produzidos no citoplasma para a mitocôndria O NADH produzido no citosol pela glicólise deve ter acesso à cadeia transportadora de elétrons para a oxidação aeróbica Fígado, rim e coração Não há uma proteína transportadora de NADH na MMI Somente os elétrons do NADH citosólico são transportados para a mitocôndria por um dos vários sistemas de transporte LANÇADEIRA DE MALATOASPARTATO LANÇADEIRA DE GLICEROL-3-P: Músculo esquelético e encéfalo A glicerol-3-fosfato desidrogenase catalisa a oxidação do NADH citosólico pela DHAP para produzir NAD+, o qual retorna à glicólise Os elétrons do glicerol-3-fosfato são transferidos para a Flavoproteína- desidrogenase da MMI, formando FADH2 O FADH2 fornece elétrons diretamente para Cadeia Transportadora de Elétrons QH2 TRANSLOCADOR DE ATP/ADP-PI A maior parte do ATP gerado na matriz mitocondrial pela fosforilação oxidativa é utilizado no citosol A MMI contém um translocador de ADP-ATP (ou adenina-nucleotídeo translocase) Transporta o ATP para fora da matriz mitocondrial acoplado à importação de ADP e Pi produzidos no citoplasma a partir de ATP Sistema antiporte Mantém balanço eletrolítico pelo gasto de energia quimiosmótica Inibidores: Inibidores da cadeia respiratória: Os inibidores que paralisam a respiração pelo bloqueio da cadeia respiratória atuam em três locais O primeiro é o inibido pelos barbituratos tal como o amobarbital, pelo antibiótico piericidina A e pelo inseticida e veneno de peixes rotenona Esses inibidores impedem a oxidação de substratos que se comunicam diretamente com a cadeia respiratória, via uma desidrogenase dependente de NAD, por bloquear a transferência de elétrons do FeS até a CoQ Atuam portanto no complexo I da cadeia transportadora de elétrons A 2-Tenoiltrofluoroacetona e carboxina e seus derivados bloqueiam especificamente o complexo II, a redutase do succinato-UQ. O malonato é um inibidor competitivo da redutase do succinato-UQ. Essas drogas impedem a oxidação do FADH2. A antimicina e o Dimercaprol inibem a cadeia respiratória impedindo o fluxo de elétrons entre os citocromos “b” e “c”. A Antimicina é um antibiótico produzido pelo fungo Streptomyces griseus, e inibe especificamente a enzima redutase do UQ- citocromo c, impedindo o conseqüente fluxo de elétrons. O complexo IV, oxidase do citocromo c é especificamente inibida pelo cianeto, azida e monóxido de carbono Cianeto e azida ligam-se fracamente à forma férrica do citocromo a3, enquanto monóxido de carbono liga-se apenas à forma ferrosa. As ações inibidoras do cianeto e da azida neste sítio são muito potentes, enquanto a principal toxicidade do monóxido de carbono reside na sua afinidade pelo ferro da hemoglobina Sabendo-se que os animais carregam muitas moléculas de hemoglobina, eles precisam inalar uma quantidade muito grande de monóxido de carbono para morrer. Estes mesmos organismos, contudo, possuem comparativamente poucas moléculas de citocromo a3. Consequentemente, uma exposição limitada ao cianeto pode ser letal. Essa ação repentina do cianeto atesta para uma constante e imediata necessidade do organismo pela energia suprida pelo transporte de elétrons Inibidores da síntese de ATP: Atuam diretamente sobre a partícula FoF1 e sua correspondente ATP sintase O diciclohexilcarbodimida (DCCD) liga-se covalentemente aos grupos carboxila em domínios hidrofóbicos de proteínas em geral, e a um resíduo de ácido glutâmico da subunidade c do Fo, o polipeptídeo que forma o canal de prótons da ATP sintase, em particular. Se a subunidade c é marcada com DCCD, o fluxo de prótons é bloqueado e a atividade da ATP sintase é inibida. Semelhantemente ao DCCD, a oligomicina age diretamente na ATP sintase. Pela ligação à uma subunidade de Fo e dessa forma a oligomicina também bloqueia o movimento de prótons através desse canal O atractilosídeo também inibe a síntese de ATP mas diferentemente. A fosforilação oxidativa depende do transporte de nucleotídeos da adenina através da membrana mitocondrial interna, através de uma nucleotídeo translocase Admite-se que o atractilosídeo seja capaz de inibir especificamente esse translocador de ADP para dentro da mitocôndria e do ATP para fora desta organela, através de um transporte acoplado Desacopladores da fosforilação oxidativa: Classe de reagentes que afetam a síntese de ATP, mas de uma maneira que não envolve ligação direta a nenhuma das proteínas da cadeia transportadora de elétrons ou mesmo à partícula FoF1-ATP sintase Eles corrompem o fino acoplamento que existe entre o transporte de elétrons e a ATP sintase. Esses desacopladores agem pela dissipação do gradiente de prótons através da membrana mitocondrial interna, criado pelo sistema de transporte de elétrons Exemplos típicos desse tipo de substância incluem o 2,4-dinitrofenol, dicumarol e o fluorocarbonil- cianeto fenilhidrazona ou FCCP Têm caráter hidrofóbico e próton dissociável. Como desacopladores, funcionam como carregadores de prótons através da membrana interna. Sua tendência é adquirir prótons na superfície citoplasmática da membrana, ou espaço intermembrana, onde a concentração de prótons é grande e carregam os prótons para o lado da matriz, destruindo o gradiente de prótons que acopla o transporte de elétrons e a ATP sintase. Na mitocondria tratada com desacopladores, o transporte de elétrons continua, e os prótons são levados para fora da membrana interna. Contudo, eles retornam para dentro tão rapidamente via desacopladores que a síntese de ATP não ocorre. Consequentemente, a energia liberada no transporte de elétrons é dissipada como calor Certos animais adaptados ao frio geram grande quantidade de calor pelo desacoplamento da fosforilação oxidativa. Seu tecido adiposo contém tanta mitocôndria que é chamado tecido adiposo marrom pela cor conferida. A membrana interna dessas mitocôndrias contém uma proteína endógena chamada termogenina, ou proteína desacopladora, que cria um canal passivo de prótons pelo qual os prótons fluem do citosol para matriz, gerando grande quantidade de calor Passo a Passo: A cadeia transportadora de elétrons é uma série de proteínas e moléculas orgânicas encontradas na membrana interna da mitocôndria. Os elétrons são passados de um componente da cadeia transportadora para outro em uma série de reações redox. A energia liberada nestas reações é capturada na formade um gradiente de prótons, o qual é usado para produzir ATP em um processo chamado quimiosmose. Juntas, a cadeia transportadora de elétrons e a quimiosmose formam a fosforilação oxidativa. As principais etapas desse processo incluem: 1ª Etapa: Entrega de elétrons por NADH e FADH2: Os carreadores reduzidos (NADH e FADH2) das outras etapas da respiração celular transferem seus elétrons para moléculas próximas ao início da cadeia de transporte. No processo, eles voltam a ser NAD e FAD, que podem ser reutilizados em outras etapas da respiração celular 2ª Etapa: Transferência de elétrons e bombeamento de prótons Conforme os elétrons passam pela cadeia, eles se movem de um nível de energia mais alta para um de mais baixa, liberando energia. Parte dessa energia é usada para bombear íons H+, tirando-os da matriz celular e jogando-os no espaço intermembranar. Esse bombeamento estabelece um gradiente eletroquímico 3ª Etapa: Divisão do oxigênio, formando água No final da cadeia de transporte de elétrons, os elétrons são transferidos para a molécula de oxigênio, que é se divide ao meio e se junta ao H+, formando água 4ª Etapa: Síntese de ATP causada pelo gradiente Conforme os íons H+ fluem a favor do gradiente para a matriz, eles passam pela enzima ATP sintase, que aproveita o fluxo de prótons para sintetizar ATP Resumindo: O NADH é um bom doador de elétrons em reações redox (ou seja, seus elétrons estão em um alto nível de energia), portanto ele pode transferir seus elétrons diretamente para o complexo I, voltando a ser NAD+. Conforme os elétrons percorrem o complexo I em uma série de reações redox, energia é liberada e o complexo usa essa energia para bombear prótons da matriz para o espaço intermembranar. O FADH2 não é tão bom doador de elétrons quanto o NADH, então não pode transferir seus elétrons para o complexo I. Em vez disso, os leva pela cadeia de transporte até o complexo II, que não bombeia prótons através da membrana Por causa desse "atalho", cada molécula de FADH2 faz com que menos prótons sejam bombeados (e contribui menos ao gradiente de próton) do que cada molécula de NADH Para cada NADH, serão produzidos 2,5 ATPS. Para cada FADH2, serão produzidos 1,5 ATPS. Explicação: Na glicólise há a produção de 2 NADH, no C. K., 8... Cada NADH origina 2,5 ATP, então... Há o custo da produção de ATP pelo Ciclo de Krebs (- 2 H+) e da entrada dos 2 NADH produzidos pela glicólise no citosol (- 2H+), dando saldo de 31 ATPs Tanto o complexo I quanto o complexo II passam seus elétrons para um pequeno e ágil carreador de elétrons ubiquinona (Q), que é reduzido para formar QH2 e atravessa a membrana entregando os elétrons ao complexo III Conforme os elétrons percorrem o complexo III, mais íons H+ são bombeados através da membrana, e os elétrons são finalmente entregues a outro ágil carreador citocromo C. O cit C carrega os elétrons até o complexo IV, onde um último grupo de íons H+ é bombeado através da membrana O complexo IV passa os elétrons para o O2, que se divide em 2 átomos de oxigênio que aceitam prótons da matriz, formando água. São necessários quatro elétrons para reduzir cada molécula de O2, e 2 moléculas de água são formadas no processo À medida que os elétrons se movem para níveis de energia mais baixos, os complexos capturam a energia liberada e a utilizam para bombear íons H+ da matriz para o espaço intermembranar. Este bombeamento forma um gradiente eletroquímico através da membrana mitocondrial interna, chamado de força próton-motiva e pode-se considerá- lo como uma forma de energia armazenada, semelhante a uma bateria Prótons não podem atravessar diretamente a bicamada fosfolipídica da membrana, pois o interior desta é hidrofóbico. Os H+ podem se mover a favor de seu gradiente de concentração só com auxílio de proteínas de canal que formam túneis hidrofílicos através da membrana Na membrana mitocondrial interna, íons H+ têm apenas 1 canal disponível: proteína transmembranar conhecida como ATP sintase. ATP sintase se assemelha a uma turbina de usina hidroelétrica. Ao invés de ser acionada pela água, ela é acionada pelo fluxo de íons H+ movendo-se a favor de seu gradiente eletroquímico À medida que a ATP sintase transforma a energia, ela catalisa a adição de um fosfato ao ADP, capturando a energia do gradiente de prótons na forma de ATP Chama-se este processo de quimiosmose. Embora ela seja responsável por mais de 80% do ATP produzido durante a quebra da glicose na respiração celular, ela não é exclusiva da respiração celular Alguns tipos de células usam o gradiente de próton especificamente para gerar calor em vez de na síntese de ATP Mamíferos que hibernam têm células especializadas (células adiposas marrons). Proteínas de desacoplamento são produzidas e inseridas na membrana mitocondrial interna. Estas proteínas são canais que permitem que os prótons passem do espaço intermembranar para a matriz sem passar pela ATP sintase. Ao criar uma rota alternativa para prótons voltarem para a matriz, as proteínas de desacoplamento permitem que a energia do gradiente seja dissipada na forma de calor.
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