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Ectoparasitas Artrópodes: Estudo dos Carrapatos

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[Laura Cabo Cravo Roxo] 
Ectoparasitas 
Artrópodes 
→ Entomologia: estudo dos artrópodes 
→ Filo ARTHROPODA 
→ Classe INSECTA: Ordem DIPTERA 
(moscas); Ordem PHTHIRAPTERA 
(piolhos); Ordem SIPHONAPTERA 
(pulgas) 
→ Classe ARACHNIDA: Ordem ACARINA 
(ácaros e carrapatos) 
→ Outras (ex: Crustácea) 
 
Características 
→ invertebrados com exoesqueleto quitinoso 
rígido 
→ Membros articulados (arthron: 
‘articulação’, e podos: ‘pés’) 
→ Corpo segmentado em três regiões – 
cabeça, tórax (ou cefalo-tórax) e abdômen 
 
Sistema digestório: 
→ Peças bucais 
→ Glândula salivar 
→ Intestino: 
→ Anterior (papo) 
→ Médio: armazena alimentos e secreta 
enzimas digestão 
→ Posterior: abertura túbulos de Malpighi = 
extraem resíduos do sangue para excreção; 
reto – reabsorção água das fezes e Ânus 
Cavidade corpórea = celoma, que contém 
hemolinfa (transporta os metabólitos) 
Circulação = coração primitivo tubular – sangue 
entra pelos óstios e sai para hemocele 
Sistema nervoso = cordão ganglionar ventral e 
gânglio maior na cabeça (cérebro) 
Sistema respiratório = O2 entra pelos 
espiráculos do exoesqueleto e difunde-se pelas 
traquéias até tecidos 
 
Olhos = ausentes ou reduzidos (carrapatos e 
piolhos) ou bem desenvolvidos (moscas 
hematófagas) 
→ Olhos dicópticos (separados) ou holópticos 
(fundidos) 
Outros órgãos sensoriais = antenas, palpos e 
receptores no corpo 
Sistema genital: 
→ Machos – pênis e ganchos externos; 
testículos internos 
→ ovários > útero > vagina; possuem 
espermateca – alberga espermatozoides 
→ Maioria artrópodes são ovíparos 
 
 [Laura Cabo Cravo Roxo] 
Arachnida 
→ Carrapatos, ácaros, aranhas e escorpiões 
→ Adultos com quatro pares de pata 
→ Corpo = cefalotórax e abdômen 
 
Carrapatos e ácaros 
→ Artrópodes pequenos ou microscópicos 
Peça bucal contém: 
→ Quelíceras e palpos 
→ Hipostômio (ventromedial, com fluxo de 
saliva do parasita e sangue do hospedeiro) 
 
 
Ciclo biológico 
CICLO – ovo > larva > ninfa > adulto 
 
 
Carrapatos 
Família: Ixodidae 
→ Mais importantes 
→ Carrapatos duros (escudo quitinoso – todo 
o dorso do macho adulto e 1/3 área dorsal 
da fêmea adulta, larva e ninfa) 
→ Escudo com sulcos e fileira de entalhes 
(festões) 
→ Gêneros: Ixodes sp., Dermacentor sp., 
Haemaphysalis sp., Amblyomma sp., 
Rhipicephalus sp. 
 
Ixodidiose 
Consequências 
→ Importantes vetores de protozoários, 
bactérias, vírus e riquétsias 
→ Em grande quantidade causa anemia e 
fraqueza 
→ Lesões na pele pelas peças bucais (local da 
picada) causam dermatites (saliva contém 
hialuronidase e anticoagulante) 
→ A saliva pode conter neurotoxinas que 
causam paralisia 
 
Classificação de acordo com o número de 
hospedeiros 
Monoxeno - Carrapato de um só hospedeiro 
(três estágios - larva, ninfa e adultos - 
alimentação e mudas no mesmo hospedeiro) 
Dioxeno - Carrapato de dois hospedeiros (larva 
e ninfa alimentam-se no mesmo hospedeiro e 
ixodídeo adulto procura um segundo hospedeiro 
para alimentar-se) 
Trioxeno - Carrapato de três hospedeiros 
(para cada estágio há um hospedeiro - mudas 
feitas fora do hospedeiro) 
 [Laura Cabo Cravo Roxo] 
Ciclo biológico 
→ Fêmea adulta destaca-se dos hospedeiros e 
vai ao solo, onde ovipõe (3.000 a 5.000 
ovos /dia) > após oviposição, as fêmeas 
morrem. 
→ Desenvolvimento de ovo até adulto depende 
condições de temperatura (baixas - 
prolongam estágios de desenvolvimento) 
→ Larvas (hexápodes) eclodidas sobem em 
arbustos - esperam passagem do 
hospedeiro para os quais se transferem 
→ Larva suga sangue do hospedeiro alguns 
dias e sofre muda da cutícula > ninfa 
octópode - ingurgita-se de sangue e muda 
de cutícula > adulto 
→ Cópula sobre o hospedeiro > fêmeas iniciam 
postura ovos no solo 
 
 
Ixodes sp. 
→ Hospedeiros – mamíferos (importantes em 
ruminantes) e aves 
→ Localização - todo corpo (axila, inguinal, 
face e orelhas) 
 
Ixodes ricinus (espécie) 
→ Trioxeno (parasitas temporários) 
→ Ciclo de 3 anos 
→ Fêmea ingurgitada = 1 cm; macho = 2 a 3 
mm 
 
Ixodes ricinus 
 
→ Sobrevivem apenas com umidade maior que 
90% - distribuição população regida pelas 
chuvas (> primavera e outono) 
Patogenia 
Hematófagos causam anemia e transmissão 
de: 
→ Babesia divergens (bovinos) 
→ vírus da encefalomielite (ovinos e bovinos) 
→ Borrelia burgdorferi (doença de Lyme no 
homem) 
→ Staphylococcus aureus 
Lesões de pele (peça bucal denteada) causam 
nódulos no couro (desvalorização) e infecções 
por moscas 
 
Ixodes canisuga (espécie) 
→ Comum em canis (frestas de pisos e 
paredes) 
→ Alopecia, prurido e anemia 
→ Alguns Ixodes sp. - toxina causa paralisia 
ascendente motora aguda 
Ixodes canisuga 
 
 [Laura Cabo Cravo Roxo] 
Dermacentor sp. 
→ Carrapatos de 3 hospedeiros 
→ Ornamentados, com olhos e festões 
Dermacentor variabilis (espécie) 
vetor de: 
→ Anaplasma marginale (bovinos) 
→ Ricketsia rickettsii (febre das Montanhas 
Rochosas = febre maculosa) 
Dermacentor nitens (espécie) 
vetor de: 
→ babesiose equina (mais comum no Brasil) 
Dermacentor sp. 
 
 
 
Haemaphysalis sp. 
Haemaphysalis punctata (espécie) 
→ Vetor de babesiose e anaplasmose em 
bovinos e ovinos (Babesia bigemina, 
Anaplasma marginale e A. centrale) 
Haemaphysalis sp. 
 
Amblyomma sp. 
→ Grandes, olhos e festões, patas com faixas 
coloridas 
Amblyomma cajanense (espécie) 
→ Equinos 
→ “carrapato estrela” 
→ importante na América do Sul 
→ Picadas dolorosas (longas peças bucais) 
→ Vetor da Rickettsia rickettsii (febre 
maculosa – homem) 
 
Rhipicephalus sp. 
→ Carrapatos de 2 ou 3 hospedeiros 
Rhipicephalus appendiculatus (espécie) 
→ bovinos e ovinos 
 
Rhipicephalus sanguineus (espécie) 
→ América do Sul 
→ principal carrapato dos cães (carrapato 
marrom do cão) 
→ Transmite Babesia canis e Erlichia canis 
→ Causa anemia/paralisia dos carrapatos em 
cães 
 
 [Laura Cabo Cravo Roxo] 
Rhipicephalus (Boophilus) microplus (espécie) 
→ “Carrapatos azuis” dos bovinos 
→ Sem olhos ou festões 
→ Monoxenos (um hospedeiro só) 
→ Regiões tropicais (América do Sul) 
→ Principais vetores de Babesia sp. e 
Anaplasma marginale em bovinos 
 
Controle dos ixodídeos 
Aplicação de carrapaticidas: 
→ Injetáveis, banhos de imersão, spray, 
duchas ou spot-on 
→ Regiões preferenciais (virilha, orelhas, 
úbere) 
→ Amitraz / piretróides / ivermectina 
→ Carrapatos monoxenos: Mais fácil controle - 
carrapaticidas cada 21 dias (fêmea adulta 
fica 20 dias no hosp.) 
→ Carrapatos de 2 ou 3 hospedeiros: 
carrapaticidas cada 7 dias 
Queima dos pastos (período seco) – elimina 
carrapatos dioxenos/trioxenos (grande período 
fora do hospedeiro) 
→ Cultivo do solo (melhora drenagem e diminui 
umidade) 
→ Rodízio de pastos (criações extensivas ou 
semi-extensivas) 
→ Seleção de bovinos com alta resistência 
natural aos carrapatos (raças zebuínas = 
Bos indicus X raças europeias = Bos taurus) 
→ Vacinas contra carrapatos (experimental) 
Cães – desinfecção instalações (piretróides) e 
carrapaticidas nos animais 
(fipronil/selamectina/banhos imersão com 
amitraz/coleiras) 
 
 
Família Argasidae 
→ Carrapatos moles (sem escudo), peças 
bucais não visíveis na face dorsal 
→ Acasalamento fora do hospedeiro 
→ Sobrevivem em clima seco (contrário 
ixodídeos) 
→ Gêneros Argas sp., Otobius sp. e 
Ornithodorus sp. 
Argas persicus (espécie) 
→ Aves domésticas 
→ Estágios intermediários (larvas e ninfas) 
em frestas do aviário 
→ À noite, sugam sangue das aves, que 
causam insônia, queda de produtividade, 
anemia e morte 
→ Transmite: Borrelia anserina 
(espiroquetose aviária) e bouba aviária 
 
Controle dos argasídeos 
→ Acaricida no ambiente (aviários, cochos) 
→ Acaricida mensalmente no hospedeiro 
(banhos, pulverização ou tratamento 
tópico) 
 
Ordem Acarina 
Ácaros 
→ Agentes das SARNAS 
→ Maioria – todo ciclo evolutivo no hospedeiro→ Parasitas pequenos ou microscópicos 
→ Transmissão por contato 
→ Ácaros escavadores e não-escavadores 
 [Laura Cabo Cravo Roxo] 
Ácaros escavadores 
→ Família Sarcoptidae: 
→ Gêneros Sarcoptes sp., Notoedres sp. e 
Knemidocoptes sp. 
→ Família Demodicidae 
Ácaros não-escavadores 
→ Família Psoroptidae 
→ Família Cheyletidae 
→ Família Dermanyssidae 
 
Sarcoptes sp. 
→ Causam a ESCABIOSE 
→ Hospedeiros – mamíferos domésticos e 
homem 
→ Distribuição - mundial 
Sarcoptes scabiei (espécie) 
→ Única espécie para vários mamíferos - 
linhagens (variedade) altamente espécie-
específicas 
→ Arredondado, com patas curtas 
→ Até 0,4 mm comprimento 
→ Estrias transversais e escamas 
triangulares dorsais 
Sarcoptes scabiei 
 
Ciclo biológico 
→ 17 a 21 dias 
→ Cópula adultos (superfície da pele) 
→ Fêmea fertilizada cava galerias no estrato 
córneo (2 a 3 mm/dia), nutrindo-se dos 
tecidos lesados e ovipondo 
→ Ovos (3 a 5 dias) > larvas hexápodes que 
escavam camada superficial criando “bolsas 
de muda” > ninfas octópodes 
→ Adultos na superfície 
Sarna sarcóptica (cães) 
Transmissão: 
→ Contato direto = horizontal (altamente 
contagiosa!) 
→ Fômites (qualquer partícula capaz de 
transportar germes patogênicos) 
Manifestações clínicas: 
→ Prurido intenso - lesões por auto-
traumatismo 
→ Localização lesões: borda orelhas, 
cotovelos, abdômen e face 
→ Aspecto das lesões – eritema, pápulas, 
crostas e alopecia 
Diagnóstico: 
→ EPRC (exame parasitológico do raspado 
cutâneo) = raspado de pele: 
→ Com potassa (hidróxido de potássio 10%) 
→ Difícil encontro - raspados múltiplos ou 
diagnóstico terapêutico 
→ Reflexo oto-podal positivo – 75 a 90% dos 
casos 
Sarna sarcóptica (suínos) 
→ Transmissão – contato aleitamento 
(porcas > filhotes) ou durante a monta 
(cachaço > marrãs) 
→ Lesões: principalmente orelhas; também 
olhos, axila, dorso e abdômen eritema, 
pápulas, crostas e escoriações 
→ Prurido intenso causa diminuição do 
crescimento 
 [Laura Cabo Cravo Roxo] 
→ Diagnóstico - raspado de pele ou exame do 
cerume orelha 
Sarna sarcóptica (ruminantes) 
→ Alopecia, eritema e crostas 
→ Bovinos - pescoço e cauda 
→ Ovinos e caprinos - face, axila e virilha 
→ Prurido intenso causa queda na produção de 
carne e leite, depreciação do couro por 
arranhaduras e fricção 
Sarna sarcóptica (humanos) 
→ Possui sua própria linhagem, mas 
facilmente são infectados pelo Sarcoptes 
scabiei var. canis 
→ Localização lesões – braços, tórax e 
abdômen (pápulas avermelhadas e prurido) 
→ Auto-limitante (ácaros não penetram na 
pele nem se multiplicam) 
→ Reação de hipersensibilidade após contato 
causa prurido transitório 
 
Notoedres sp. 
Notoedres cati (espécie) 
→ Espécie-específico (hospedeiro = gato) 
→ Ocasionalmente, transitório em outras 
espécies (cão, coelho, homem) 
→ Estrutura e ciclo de vida semelhante ao 
Sarcoptes scabiei 
Diferenças: 
→ Menor, corpo estriado sem espinhos 
→ Fêmeas aglomeradas (“ninhos”) e maior 
número de exemplares (fácil encontro ao 
EPRC) 
Notoedres cati 
 
Sarna notoédrica (escabiose felina) 
→ Prurido intenso 
→ Altamente contagiosa 
→ Localização das lesões: 
→ Primeiras lesões = borda medial pavilhões 
auriculares 
→ Disseminação para cabeça e pescoço > 
patas e períneo 
Aspectos das lesões 
Pele espessada recoberta por crostas densas, 
aderentes, amarelas ou acinzentadas 
Alopecia, eritema e escoriações 
(autotraumatismo) 
Manifestações clínicas (EPRC) 
→ Confirma diagnóstico 
→ Maior positividade que escabiose canina 
(“ninhos” de ácaros) 
→ Ácaros menores / exame com pouca luz 
 
Knemidocoptes sp. 
Hospedeiros – aves domésticas e ornamentais 
Morfologia (estrias concêntricas, ânus dorsal) 
e ciclo evolutivo – semelhante ao Sarcoptes sp. 
Infecção pode ficar latente até ocorrer 
estresse (transferência gaiola, resfriamento) - 
maior população de ácaros e manifestações 
clínicas 
K. mutans (“perna escamosa”) (espécie) 
→ deformidades das patas e claudicação 
K. gallinae (“sarna desplumante”) (espécie) 
→ hastes das penas - dor e irritação 
→ ave arranca suas penas 
K. pilae (“face escamosa”) (espécie) 
→ psitacídeos e canários 
→ áreas pouco emplumadas (bico, face, 
pescoço, parte interna asas, patas) 
→ deformação bicos e dedos 
 [Laura Cabo Cravo Roxo] 
Demodex sp. (família Demodicidae) 
→ Escavadores, mas com forma e 
comportamento diferente dos sarcoptídeos 
→ Hospedeiros – mamíferos domésticos 
(principal = CÃO) e homem 
→ D. canis, D. cati, D. equi, D. bovis... (homem 
– D. folliculorum) 
→ Distribuição mundial 
Morfologia: corpo afilado e alongado, até 0,2 
mm comprimento, quatro pares de patas 
Demodex sp. 
 
Localização: folículos pilosos e glândulas 
sebáceas (ovo > larva > ninfa > adulto) 
Ciclo biológico 
→ Comensais 
→ Grande quantidade nos folículos pilosos - 
infecção secundária (piodermite) por 
Staphylococcus intermedius 
 
Transmissão 
→ Contato direto mãe-filhote (primeiros dias 
de vida) durante amamentação (vertical) 
→ NÃO HÁ transmissão entre animais 
(horizontal) 
→ Sarna demodécica = ácaros + deficiência 
hereditária de linfócitos T 
 
Sarna demodécica (cães) 
Apresentações clínicas: 
→ Localizada (face e membros torácicos) 
→ Generalizada (lesões disseminadas, com 
piodermite secundária) 
Lesões: 
→ Ausência de prurido (prurido moderado com 
piodermite) 
→ Alopecia, eritema, fistulas (secreção 
piosanguinolenta), crostas 
Diagnóstico: 
→ Raspado de pele profundo – diversos 
estágios 
Tratamento: 
→ Longa duração (8 semanas ou mais) 
→ Banhos semanais com Amitraz ou 
Ivermectina oral, diariamente 
→ Antibioticoterapia (piodermite) 
Controle: 
→ Afastar da reprodução cães doentes e 
portadores 
 
Sarna demodécica (bovinos e caprinos) 
→ Nódulos na pele (± 1 cm) com material 
caseoso e milhares de ácaros - lesões no 
couro e perdas econômicas 
Localização das lesões – focinho, pescoço e 
dorso 
Tratamento – Ivermectina injetável 
Sarna demodécica em outras espécies (gatos, 
equinos, ovinos e suínos) INCOMUM!! 
- Demodex cati 
 [Laura Cabo Cravo Roxo] 
Ácaros não-escavadores 
Família Psoroptidae 
Psoroptes sp. 
→ Psoroptes ovis – ovinos e bovinos 
→ Psoroptes equi – equinos 
→ Psoroptes cuniculi – coelhos 
Morfologia: 
→ Formato oval, até 0,75 mm, ciclo 10 dias 
→ Patas projetadas além da margem do corpo 
→ Peças bucais pontiagudas, perfurantes e 
mastigadoras, que lesam a pele 
→ Pedicelos triarticulados com ventosas nas 
extremidades 
→ Tubérculos abdominais arredondados nos 
machos 
 
 Fêmea Macho 
 
 
Psoroptes ovis (espécie) 
Sarna psoróptica de ovinos 
Prurido intenso (esfregar): 
→ perda de lã / lã úmida e descolorida 
→ Diminuição do ganho de peso 
Distribuição dos ácaros é sazonal: 
→ Primavera – quiescente, inverno – 
generalização lesões (vesículas com 
exsudato seroso e crostas amareladas) 
 
 
Diagnóstico: 
→ Sazonalidade - (inverno – lesões) 
→ Fácil indução do reflexo de mordiscar 
Raspado de pele: 
→ diferenciar do Chorioptes sp. – comum em 
ovinos, menos patogênico 
Sarna psoróptica de bovinos 
→ Psoroptes ovis 
→ prurido causa inquietação e diminuição 
ganho de peso 
→ Localização das lesões - abdômen e cauda 
(transmissão durante a monta) 
→ Pode haver transmissão entre bovinos e 
ovinos, mas linhagem heteróloga sobrevive 
pouco tempo 
Sarna psoróptica de coelhos 
→ Psoroptes cuniculi 
→ orelhas / outras regiões 
→ Crostas acinzentadas / amareladas 
bloqueando canal auditivo 
→ Alopecia, crostas e escoriações 
(arranhaduras) 
Diagnóstico – raspado de pele 
Tratamento - semelhante sarna otodécica em 
cães 
 
Chorioptes sp. 
→ Sarna corióptica 
→ Chorioptes bovis = única espécie para 
diversos animais (bovinos, ovinos, caprinos e 
equinos) 
Morfologia 
→ Formato oval 
→ Patas projetadas além da margem do corpo 
→ Peças bucais arredondadas (mastigamsem 
perfurar a pele, nutrindo-se de escamas) 
→ Pedicelos curtos e não articulados com 
ventosas em forma de taça 
 [Laura Cabo Cravo Roxo] 
→ Tubérculos abdominais truncados nos 
machos 
 
 
Sarna corióptica 
→ Bovinos - lesões em pescoço, cauda, úbere e 
membros 
→ Ovinos - bolsa escrotal, membros e face 
→ Equinos - membros, principalmente jarrete 
→ Prurido intenso causa fricção e 
arranhadura - lesões de pele 
 
Otodectes sp. 
→ Otodectes cynotis = Sarna otodécica 
→ Hospedeiros – cães, gatos, furão, raposa 
→ Localização preferencial = orelha externa 
Otodectes cynotis (espécie) 
Morfologia 
→ semelhante Psoroptes sp. e Chorioptes sp. 
→ Corpo oval, patas salientes, pedicelos não 
articulados 
→ Nutre-se superficialmente de escamas e 
crostas dentro da orelha 
→ Ciclo de 3 semanas (Ovo > larva > ninfa > 
adulto) 
 
Patogenia 
→ Otite externa parasitária (Otoacaríase) 
→ Altamente contagiosa 
→ Grande quantidade de cerume acastanhado 
no conduto auditivo 
Prurido intenso e meneios de cabeça: 
→ escoriações na base do pavilhão auricular 
→ otohematomas 
Infecção bacteriana secundária causa otite 
purulenta 
Diagnóstico 
→ Manifestações clínicas 
→ Visualização macroscópica (durante 
otoscopia) ou microscópica (exame 
parasitológico do cerume) 
 
Ordem Siphonaptera 
Pulgas 
→ Efeitos no hospedeiro e transmissão de 
doenças 
→ Maior importância em cães, gatos e aves 
→ Homem – hospedeiro alternativo 
→ Ruminantes, equinos e suínos – não têm 
suas próprias pulgas 
→ Espécies de pulgas têm preferências por 
hospedeiros, mas podem nutrir-se de 
diferentes mamíferos e aves 
Morfologia 
→ Insetos castanho-escuro, sem asas 
→ Corpo achatado lateralmente (cabeça, 
tórax e abdômen) 
→ Superfície lisa (movimentação entre pêlos e 
penas) 
→ Olhos – pontos escuros fotossensíveis 
→ Antenas curvas e claviformes, encaixadas 
na cabeça 
→ Terceiro par de patas mais longo 
(adaptado para pular) 
→ Peças bucais adaptadas para picar 
 [Laura Cabo Cravo Roxo] 
→ Cabeça com fileira de espinhos escuros na 
borda posterior e ventral (CTENÍDEOS ou 
PENTES) - usados para sua identificação 
 
 
Ciclo biológico 
→ Ovo > larva (3 estágios) > pupa > adulto 
→ Período de vida – 1 a 2 anos 
→ Maior parte do ciclo fora do hospedeiro!! 
Pulgas adultas: 
→ alimentam-se no hospedeiro, podendo ficar 
até 6 meses sem se alimentar 
→ machos e fêmeas hematófagos 
→ oviposição no ambiente (no hospedeiro - 
ovos caem ao solo) 
→ movem-se de um hospedeiro a outro 
→ pulgas penetrantes: adultos fixos, 
enterrados na pele dentro de nódulos; 
região posterior comunicando com superfície 
> eliminação ovos para ambiente 
Ovos: 
→ superfície lisa e ovais eclosão em 2 a 15 
dias (depende temperatura) larvas 
 
Larvas: 
→ semelhantes a vermes 
→ peças bucais mastigadoras 
→ nutrem-se de fezes de pulgas adultas, com 
sangue > cor avermelhada 
→ duas mudas e, ao final, tece casulo > pupa 
Pupas: (até 6 meses) > adultos 
 
 
Gênero Ctenocephalides 
→ Gênero importante em cães e gatos: C. 
canis e C. felis 
→ Hospedeiros intermediários de: 
→ Dipetalonema sp - pulga adulta ingere 
filarídeo no repasto sanguíneo 
→ Dipylidium caninum - ovos ingeridos pelas 
larvas da pulga; desenvolvimento 
simultâneo (pulga adulta contém 
cisticercóide do D. caninum) 
Gênero Pulex 
→ Pulex irritans – parasita do homem, 
podendo infectar cães e gatos 
→ Pode ser hospedeiro intermediário 
Dipylidium caninum 
Gênero Spilopsyllus 
→ S. cuniculi – orelhas de coelhos ou borda 
orelhas de cães e gatos 
→ Mais sedentária que as outras pulgas 
Gênero Xenopsylla 
→ Xenopsylla cheopis – pulga de roedores 
→ Principal vetor de Yersinia pestis, agente 
da peste bubônica (peste negra) no homem 
 [Laura Cabo Cravo Roxo] 
Gênero Tunga 
→ T. penetrans – pulga penetrante dos 
mamíferos 
→ Acomete homem (pés - “bicho-de-pé”) e 
suínos (patas e escroto) 
→ Fêmea penetra pele formando nódulos e 
causando irritação 
Pulga das aves 
Ceratophyllus gallinae: 
→ Pulga mais comum das aves domésticas, 
causam irritação, inquietude e anemia 
Echidnophaga gallinacea: 
→ Pulga penetrante; Nódulos na crista e 
barbela - ulceração da pele 
Dermatite alérgica a picada de pulgas (DAPP) 
→ Cães e gatos 
→ Hipersensibilidade à saliva da pulga (tipo I 
e IV) 
→ Comum (60% dermatites alérgicas) 
→ Sazonalidade em regiões temperadas 
(verão) 
Lesões 
→ Região lombo-sacra e coccígea dorsal 
→ Prurido intenso causa alopecia, crostas e 
pápulas 
Diagnóstico 
→ Anamnese 
→ Exame físico (pulgas ou dejetos castanho-
escuro) 
→ Manobra de Mackenzie (algodão umedecido) 
 
Piolhos 
→ Ordem PHTHIRAPTERA 
→ insetos altamente específicos, incapazes de 
sobreviver > 1 a 2 dias fora hospedeiro 
→ Tamanho e coloração variáveis 
→ Achatados dorso-ventralmente 
→ Maioria cegos, ou com olhos primitivos 
fotossensíveis 
→ Transmissão = contato e fômites 
Patas terminam em garras 
→ Uma em cada pata = mamíferos 
→ Duas em cada pata = aves 
Subordens (piolhos) 
ANOPLURA 
→ Piolhos anopluros = sugadores causam 
anemia 
→ Apenas mamíferos 
MALLOPHAGA 
→ Piolhos malófagos = mastigadores causam 
irritação e lesão cutânea 
→ Mamíferos e aves 
Anoplura (sugadores) 
→ Grandes (até 0,5 cm) 
→ Cabeça pequena pontiaguda 
→ Peças bucais terminais 
→ Movem-se lentamente 
→ Patas com garras grandes 
Gêneros (anoplura) 
Haematopinus sp. – bovinos, suínos e equinos 
Linognathus sp. – ruminantes e cães 
Solenoptes sp. – bovinos 
 
 [Laura Cabo Cravo Roxo] 
Mallophaga (mastigadores) 
→ Menores (até 0,3 cm) 
→ Cabeça maior, na largura do corpo, 
arredondada anteriormente 
→ Peças bucais ventrais 
→ Patas com garras pequenas 
Gêneros (Mallophaga) 
Mamíferos 
→ Damalinia sp. – ruminantes e equinos 
→ Felicola sp. – gatos 
→ Trichodectes sp. – cão 
Aves 
→ Lipeurus sp. 
→ Menacanthus sp. 
 
 
Ciclo biológico dos piolhos 
→ Fêmea ovipõe 200 a 300 ovos operculados 
/mês (= “lêndeas”), esbranquiçados, 
aderidos à pêlos e penas 
→ Ovo > ninfa (semelhante adulto; três 
mudas) > adulto (sem metamorfose) 
→ Ciclo = 2 a 3 semanas 
 
Pediculose pode ser sintoma de outra condição 
subjacente: má-nutrição, manejo inadequado, 
doença crônica 
Anopluros alimentam-se de sangue e causam 
perda peso e anemia (infestações leves X 
maciças) 
Malófagos alimentam-se de pêlos, escamas, 
crostas e penas - digerem queratina e causam 
dermatite crônica com prurido alopecia e lesões 
couro prejuízos econômicos 
 
Pediculose em bovinos 
→ Espécie de mamífero mais propensa 
→ Diversos gêneros, com localizações 
preferenciais no corpo do hospedeiro – 
disseminação 
→ Damalinia bovis (mastigador) 
→ Linognathus sp., Haematopinus sp. e 
Solenoptes sp. (sugadores) 
Epidemiologia 
Sazonalidade em países temperados (ausente 
em países quentes): 
→ Maior infestação final inverno / início 
primavera 
→ pelagem com máxima espessura = habitat 
ideal 
→ animais estabulados 
Primavera e verão – diminuição (altas 
temperaturas e luz solar) 
 
Pediculose em ovinos 
Transmissão é feita pelo contato corpóreo 
(aglomerações / feiras / inverno – velo denso) 
Linognathus pedalis (piolho da pata) e ovillus 
(piolho da face) – sugador 
Damalinia sp. – mastigador 
Irritação e prurido causam enovelamento da lã 
(perda econômica), lesões pele e miíases 
 [Laura Cabo Cravo Roxo] 
Pediculose em suínos 
Haematopinus suis: 
→ Sugador 
→ Localização preferencial –pescoço, flancos, 
membros pélvicos 
→ Transmissão por contato (confinamento 
para engorda, filhotes mamando) ou 
instalações mal higienizadas 
→ Infestações leves são bem toleradas 
→ infestações maciças causam anemia 
→ Vetor do vírus da varíola suína 
 
Pediculose em equinos 
Haematopinus asini – sugador, grande, 
castanho amarelado, causa anemia 
Damalinia equi – mastigador, pequeno e 
amarelo, causa dermatites 
→ Infestam locais com mais pêlos (crista,base cauda, boleto) disseminação 
Patogenia: 
> final inverno – início primavera 
Transmissão – contato e fômites (escovas, 
mantas, arreios) 
Maior multiplicação em animais sem cuidados / 
escovação 
 
Pediculose em cães e gatos 
Cães: 
Trichodectes canis - mastigador, pequeno e 
amarelo 
→ Prurido, alopecia, escoriações 
→ Pode ser hosp. intermediário de Dipylidium 
caninum 
Linognathus setosus – sugador, maior e 
azulado causa anemia 
Gatos: 
Felicola subrostratus – mastigador 
Maior predisposição: 
→ Animais mal-cuidados, abandonados, 
desnutridos (negligência!) 
→ Cães e gatos de pelame longo 
→ Animais jovens 
 
Pediculose em aves 
→ Aves domésticas – mais de 40 espécies de 
piolhos malófagos (mastigam penas e pele 
causando dermatites) 
Lipeurus sp. - Cinzento, movimento lento; 
localiza-se em asas e cabeça 
Menacanthus sp. – Localiza-se em peito e 
coxas; Piolho mais patogênico das aves 
Patogenia: 
Instalações inadequadas, superlotadas e sem 
higiene 
Espécies com diferentes graus de 
patogenicidade 
Inquietação, anorexia, arrancamento das 
penas, queda produção de ovos, perda de peso

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