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BENS (direito civil)

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BENS
CONCEITO
Em geral, bem significa toda utilidade em
favor do ser humano, conceito que não
interessa diretamente ao Direito.
Já em sentido jurídico, lato sensu, bem
jurídico é a utilidade, física ou imaterial,
objeto de uma relação jurídica, seja
pessoal ou real.
Não existe consenso doutrinário quanto à
distinção entre bem e coisa.
Preferimos identificar a coisa sob o
aspecto de sua materialidade, reservando
o vocábulo aos objetos corpóreos.
Os bens, por sua vez, compreenderiam os
objetos corpóreos ou materiais (coisas) e
os ideais (bens imateriais).
Dessa forma, há bens jurídicos que não
são coisas: os direitos autorais, o direito
de imagem, os créditos etc.
Note-se que o Código Civil de 2002,
apesar de não diferenciar os conceitos,
consagra a expressão bem jurídico
compreendendo as coisas e os bens
imateriais.
CLASSIFICAÇÃO
Podemos apresentar, de forma
abrangente, a seguinte classificação dos
bens:
Dos bens considerados em si mesmos:
Nessa classificação, analisam-se os bens
em sua individualidade.
Bens corpóreos e incorpóreos:
Embora a classificação formal em
epígrafe não esteja prevista na legislação
codificada, o fato é que tem grande
utilidade.
O Código Penal brasileiro, por exemplo,
traz tipos próprios para os ilícitos
praticados contra a propriedade
imaterial (bens incorpóreos), como a
violação de direito autoral (art. 184), além
de haver expressa disciplina de outros
crimes contra a propriedade intelectual
(patentes, desenhos industriais,
marcas etc.) na Lei n. 9.279, de
14-5-1996, que regula direitos e
obrigações relativos à propriedade
industrial.
Como o próprio nome já infere, bens
corpóreos são aqueles que têm existência
material, perceptível pelos nossos
sentidos, como os bens móveis (livros,
joias etc.) e imóveis (terrenos, uma casa,
um carro etc.).
Em contraposição aos mesmos,
encontram-se os bens incorpóreos que
são aqueles abstratos, de visualização
ideal (não tangível). Tendo existência
apenas jurídica, por força da atuação do
Direito, encontram-se, por exemplo, os
direitos sobre o produto do intelecto
(direito autoral) com valor econômico.
Embora as relações jurídicas possam ter
como objeto tanto bens corpóreos quanto
incorpóreos, há algumas diferenças na
sua disciplina jurídica, como, o fato de
que somente os primeiros podem ser
objeto de contrato de compra e venda.
BENS MÓVEIS E IMÓVEIS:
Bens imóveis são aqueles que não podem
ser transportados de um lugar para outro
sem alteração de sua substância (Ex: um
lote urbano).
Bens móveis, por sua vez, são os
passíveis de deslocamento, sem quebra
ou fratura (um computador, v. g.).
Bens semoventes: Os bens suscetíveis
de movimento próprio, enquadráveis na
noção de móveis, são chamados de
semoventes ( Ex: um animal de tração).
Seguindo a diretriz do Código Civil de
1916, o marido ou a mulher,
independentemente do regime de bens
adotado, só poderia alienar ou gravar de
ônus real os bens imóveis com a
autorização do outro (arts. 235, I, e 242,
I). O Código Civil de 2002, por sua vez,
manteve a mesma restrição, ressalvando
que tal limitação não se aplica aos
cônjuges casados sob regime de
separação absoluta (art. 1.647).
RESUMINDO:
BENS IMÓVEIS:
NÃO PODEM SER TRANSPORTADOS
DE UM LUGAR PARA OUTRO SEM
ALTERAÇÃO DE SUA SUBSTÂNCIA.
EX: TERRENO.
BENS MÓVEIS:
PODEM SER DESLOCADOS, “SEM
QUEBRA OU FRATURA":
EX: COMPUTADOR.
BENS MÓVEIS SEMOVENTES:
BENS SUSCETÍVEIS
Os bens imóveis são classificados pela
doutrina da seguinte forma:
a) imóveis por sua própria natureza,
b) imóveis por acessão física, industrial ou
artificial,
c) imóveis por acessão intelectual,
d) imóveis por determinação legal.
a) Imóveis por sua própria natureza
O Código Civil de 2002 considera imóveis
“o solo e tudo quanto se lhe incorporar
natural ou artificialmente” (art. 79 do
CC/2002).
b) Imóveis por acessão física,
industrial ou artificial
É tudo quanto o homem incorporar
permanentemente ao solo, como a
semente lançada à terra, os edifícios e
construções, de modo que se não o possa
retirar sem destruição ou dano (art. 79 do
CC/2002).
Acessão significa incorporação, união
física com aumento de volume da coisa
principal. Nesse caso, os bens móveis
incorporados intencionalmente ao solo
adquirem a sua natureza imobiliária. Por
exemplo: o forro de gesso utilizado na
construção da casa.
Vale advertir não perderem a natureza de
imóveis os materiais provisoriamente
separados de um prédio para nele
mesmo se reempregarem (ex.: retirada de
telhas, enquanto se reformam as vigas de
sustentação da casa, para nesta voltar a
ser empregadas, ao final da obra) e, bem
assim, as edificações que, separadas do
solo, mas conservando a sua unidade,
forem removidas para outro local (art. 81, I
e II, do CC/2002).
c) Imóveis por acessão intelectual:
São os bens que o proprietário
intencionalmente destina e mantém no
imóvel para exploração industrial,
aformoseamento ou comodidade.
Exemplos típicos são os aparelhos de ar
condicionado, escadas de emergência e
os maquinários agrícolas. Tais bens
podem ser, a qualquer tempo,
mobilizados.
São as chamadas pertenças, bens
acessórios de que voltaremos a tratar em
tópico próprio.
d) Imóveis por determinação legal:
Nessa categoria não prevalece o aspecto
naturalístico do bem, senão a vontade do
legislador. Principalmente por imperativo
de segurança jurídica, a lei civil optou por
considerar tais bens de natureza
imobiliária.
Seguindo a linha normativa do Código
Civil de 1916, seriam: os direitos reais
sobre imóveis e as ações que os
asseguram, as apólices da dívida pública
gravadas com cláusula de inalienabilidade
e o direito à sucessão aberta (art. 44).
Resumindo:
A disciplina adotada pelo legislador
considera imóveis apenas “o solo e tudo
quanto se lhe incorporar natural ou
artificialmente” (art. 79) e, por força de lei,
“os direitos reais sobre imóveis e as ações
que os asseguram”, bem como “o
direito à sucessão aberta” (art. 80, I e II).
______________x_________________
BENS MÓVEIS: Podem ser classificados
como: móveis por sua própria natureza,
móveis por antecipação e móveis por
determinação legal.
A) Móveis por sua própria natureza
São aqueles bens que, sem deterioração
de sua substância, podem ser
transportados de um local para outro,
mediante o emprego de força alheia. É o
caso dos objetos pessoais em geral
(livros, carteiras, bolsas etc.).
B) Móveis por antecipação
São os bens que, embora incorporados
ao solo, são destinados a serem
destacados e convertidos em móveis,
como é o caso, por exemplo, das árvores
destinadas ao corte.
C) Móveis por determinação legal
São bens considerados de natureza
mobiliária por expressa dicção legal. O
Código Civil de 2002 considera móveis:
“as energias que tenham valor
econômico, os direitos reais sobre objetos
móveis e as ações correspondentes, os
direitos pessoais de caráter patrimonial e
respectivas ações” (art. 83).
Por fim, os semoventes são os bens que
se movem de um lugar para outro, por
movimento próprio, como é o caso dos
animais.
Sua disciplina jurídica é a mesma dos
bens móveis por sua própria natureza,
sendo-lhes aplicáveis todas as suas
regras correspondentes (art. 82 do
CC/2002).
Bens fungíveis e infungíveis
Esta classificação encontra-se no art. 85
do CC/2002.
Bens fungíveis
São aqueles que podem ser substituídos
por outros da mesma espécie, qualidade
e quantidade. É uma classificação típica
dos bens móveis. Exemplos: café, soja,
minério de carvão. O dinheiro é um bem
fungível por excelência.
Bens infungíveis, por sua vez, são
aqueles de natureza insubstituível (ex.:
uma obra de arte de artista famoso).
Note-se que o atributo da fungibilidade,
em geral, decorre da natureza do bem.
Mas nem sempre é assim. A vontade das
partes poderá, por exemplo, tornar um
bem essencialmente fungível em bem
infungível.
É o caso do empréstimo gratuito de uma
cesta de frutas apenas para a
ornamentação de uma mesa. Tal bem
deverá ser devolvido ao final da
celebração, não se admitindo seja
substituído por outro.
Trata-se do chamado comodato “ad
pompam”.
Afungibilização também pode decorrer do
valor histórico de um determinado bem.
Por exemplo, um vaso da dinastia
Ming é, hoje, sem dúvida, um bem
infungível enquanto registro de uma
época remota, mas, em seu próprio
tempo, nada mais era do que um utensílio
doméstico perfeitamente substituível.
A distinção é de grande importância
prática, valendo lembrar, v. g., que os
contratos de mútuo e comodato têm como
elemento diferenciador justamente a
natureza fungível ou infungível,
respectivamente, do bem emprestado.
RESUMINDO
BENS FUNGÍVEIS: PODEM SER
SUBSTITUÍDOS POR OUTRO DA
MESMA ESPÉCIE, QUANTIDADE E
QUALIDADE.
EX: DINHEIRO
BENS INFUNGÍVEIS: NÃO PODEM SER
SUBSTITUÍDOS.
EX: OBRA DE ARTE.
Bens consumíveis e inconsumíveis
Bens consumíveis são os bens móveis
cujo uso importa destruição imediata da
própria substância, bem como aqueles
destinados à alienação. É o caso do
alimento.
Bens inconsumíveis são aqueles que
suportam uso continuado, sem prejuízo
do seu perecimento progressivo e
natural (ex.: o automóvel, imóvel).
Bens destinados à alienação, como um
aparelho celular vendido em uma loja
especializada, adquirem, por força de lei,
a natureza de consumíveis. Por outro
lado, nada impede seja considerado
inconsumível, pela vontade das partes,
um determinado bem naturalmente
consumível: uma garrafa rara
de licor, apenas exposta à apreciação
pública.
Há certos direitos que não podem recair
sobre bens consumíveis, como o direito
real de usufruto. Se tal ocorrer,
surge a figura do chamado usufruto
impróprio ou quase usufruto.
Conceito:
Usufruto é o direito real limitado de gozo
ou fruição conferido durante certo tempo a
uma pessoa, que a autoriza a ocupar a
coisa alheia e retirar seus frutos e
utilidades (1394).
Exemplos de usufruto na atualidade:
1) com caráter alimentar: um pai tem um
filho desempregado/complicado, então dá
a ele em usufruto gratuito e vitalício uma
casa pra ele viver, e o filho poderá morar
lá e alugar um quarto nos fundos a um
terceiro, vender as frutas do quintal,
etc.;
2) para resolver problema de partilha:
Um casal tem filhos e apenas um imóvel
onde moram; o casal resolve se divorciar,
com quem fica a casa?
Sugestão: o marido sai de casa e o casal
transfere a propriedade da casa para os
filhos com usufruto gratuito e vitalício para
a mãe; este é um acordo muito comum
que se faz em divórcio; se os filhos
crescerem e um dia quiserem vender a
casa, vão vender com a mãe dentro
porque usufruto é direito real, a mãe não
pode ser obrigada a sair de jeito nenhum;
chama-se isto de doação dos pais aos
filhos em condomínio, com reserva de
usufruto vitalício e gratuito para a mãe.
Na Lei de Proteção ao Consumidor (Lei n.
8.078/90), a característica da durabilidade
é indispensável para que se possa
definir o prazo decadencial para o
ajuizamento de ações referentes
a vícios no produto ou serviço
(Responsabilidade pelo Vício no
Produto ou Serviço).
Nesse sentido, o art. 26 do CDC dispõe:
“O direito de reclamar pelos vícios
aparentes ou de fácil constatação caduca
em:
I — trinta dias, tratando-se de
fornecimento de serviço
II — noventa dias, tratando-se de
fornecimento de serviço e de produto
duráveis” (grifamos).
A doutrina ensina que “a qualificação dos
produtos ou serviços como de consumo
duráveis ou não duráveis envolve a
sua maior ou menor durabilidade,
mensurada em termos de
tempo de consumo. Assim, os produtos
alimentares, de vestuário e os serviços de
dedetização, por exemplo, não são
duráveis, ao passo que os
eletrodomésticos, veículos automotores e
os serviços de construção civil são
duráveis”.
RESUMINDO
Bens consumíveis Bens móveis cujo uso
importa destruição imediata da própria
substância.
Ex.: sanduíche.
Bens inconsumíveis Bens móveis que
suportam uso continuado.
Ex.: carro.
Bens divisíveis e indivisíveis
Bens divisíveis são os que se podem
fracionar sem alteração na sua
substância, diminuição considerável de
valor, ou prejuízo do uso a que se
destinam” (art. 87).
Bens divisíveis são, portanto, os que
podem ser repartidos em porções reais e
distintas, formando cada uma delas um
todo perfeito. Caso contrário, são bens
indivisíveis.
Ex: saca de farinha, saca de café, uma
propriedade rural que pode ser
fracionada.
Os bens poderão ser indivisíveis:
a) por sua própria natureza (ex.: um
animal);
b) por determinação legal (ex.: o módulo
rural, a servidão);
c) por convenção (ex.: em uma obrigação
de dinheiro que deva ser satisfeita por
vários devedores, estipulou-se a
indivisibilidade do pagamento).
RESUMINDO
Bens divisíveis Podem se repartir em
porções reais e distintas, formando cada
uma delas um todo perfeito.
Ex: saca de café.
Bens indivisíveis Não admitem divisão
cômoda sem desvalorização ou dano.
Ex.: cavalo.
Bens singulares e coletivos
Bens singulares são coisas
consideradas em sua individualidade,
representadas por uma unidade
autônoma e, por isso, distinta de
quaisquer outras.
Podem ser simples, quando as suas
partes componentes encontram-se ligadas
naturalmente (uma árvore, um cavalo), ou
compostas, quando a coesão de seus
componentes decorre do
engenho humano (um avião, um relógio).
Bens coletivos são os que, sendo
compostos de várias coisas singulares,
são considerados em conjunto, formando
um todo homogêneo (uma biblioteca, um
rebanho).
As coisas coletivas formam
universalidades de fato ou de
direito. A universalidade de fato é o
“conjunto de coisas singulares simples ou
compostas, agrupadas pela vontade da
pessoa, tendo destinação comum, como
um rebanho, ou uma biblioteca. A unidade
baseia-se na realidade natural”. Note-se
que a universalidade de fato permite sua
desconstituição pela vontade do seu
titular.
O Código Civil de 2002 cuida da matéria
em seu art. 90:
“constitui universalidade de fato a
pluralidade de bens singulares que,
pertinentes à mesma pessoa, tenham
destinação unitária”.
DOS BENS RECIPROCAMENTE
CONSIDERADOS:
- Principais são aqueles que possuem
existência própria, ou seja, existem por si,
como por exemplo, o solo;
- Acessórios são aqueles cuja existência
pressupõe a do principal, como por
exemplo a árvore plantada no solo (art.
92).
Nos termos do art. 1.209 CC, o bem
acessório segue (acompanha) o bem
principal.
O bem acessório pode ser classificado
em:
a) natural – decorrem da natureza como
plantações e crias dos animais. Podem
ser:
a.1) frutos – são renováveis, pois não se
esgotam com o uso, como ocorre com as
plantações em geral. Estes podem ser
classificados em:
a.1.1) Pendentes: são aqueles que ainda
se encontram ligados ao bem principal,
como o fruto não colhido;
a.1.2) Percebidos: são aqueles que já
foram separados do bem principal, como
o fruto colhido;
a.1.5) Consumidos: são aqueles que
foram utilizados e deixaram de existir.
a.1.3) Estantes: são aqueles que se
encontram estocados, armazenados;
a.1.4) Percipiendos: são aqueles que
deveriam ter sido colhido mas não
o foram;
a.2) natural- produtos: – não se
renovam, esgotam-se com o uso, como,
por exemplo, exploração de petróleo,
carvão, ouro, etc.
b) civil – correspondem aos rendimentos
produzidos pelo bem principal,
como os juros e o aluguel.
c) industrial – derivam do trabalho
humano em produção industrial.
Pertenças:
São bens acessórios que não constituem
parte integrante do bem principal (art. 93
CC).
Via de regra, não acompanham o bem
principal, salvo estipulação contrária neste
sentido (art. 94 CC).
Exemplos: aparelhagem de som em um
automóvel; lustres e cortinas em uma
casa.
Benfeitorias:
São bens acessórios, decorrentes do
trabalho humano, com o objetivo de
conservar, melhorar ou embelezar a coisa
principal (arts. 96 e 97 do CC).
Classificam-se em:
a) Necessárias: objetivam a conservação
do bem a fim de evitar sua deterioração
ou ruína, como por exemplo o reparo de
rachaduras e infiltrações;
b) Úteis: facilitam o uso da coisa,
trazendo maior comodidade em sua
utilização, como, por exemplo, fazer
calçamento ou cobrir vaga de garagem;
c) Voluptuárias: são destinadas
meramente ao lazer ou embelezamento
como piscinas e jardins.
III.DOS BENS QUANTO À
TITULARIDADE DO DOMÍNIO:
Com relação à propriedade dos bens
estes podem ser classificados em:
a) Particulares (art. 98) são os bens
pertencentes às pessoas naturais e às
pessoas jurídicas de Direito Privado;
b) Públicos (art. 99) são os bens
pertencentes às pessoas jurídicas de
Direito Público. Classificam-se em:
b.1) Bens de uso comum: são aqueles
que podem ser utilizados por todos, como
ruas e praças;
b.2) Bens de uso especial: são aqueles
destinados à execução dos serviços
públicos, como as repartições públicas em
geral;
Ex: Prefeituras, escolas, creches,
hospitais...
b.3) Bens dominicais: são aqueles que
constituem o patrimônio das pessoas
jurídicas de Direito Público. Não estando
afetados à finalidade pública específica
podem ser alienados.
Bens de uso comum e de uso especial
somente podem ser alienados se
forem desafetados → “desafetar” = alterar
a destinação) (art. 101 CC).
Ex: Terras devolutas, prédios públicos
desativados e não utilizados pelo
poder público. Obs: Terras devolutas são
terras públicas sem destinação pelo Poder
Público e que em nenhum momento
integraram o patrimônio de
um particular, ainda que estejam
irregularmente sob sua posse. O termo
"devoluta" relaciona-se ao conceito de
terra devolvida ou a ser devolvida ao
Estado.

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