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DOENÇA DE ALZHEIMER

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FACULDADE FAVENI – FACULDADE VENDA NOVA IMIGRANTE
GESTÃO EM SAÚDE PÚBLICA – CURSO PÓS-GRADUAÇÃO A DISTÂNCIA 
MARIA DO ROSÁRIO SILVA
DOENÇA DE ALZHEIMER: DESCRIÇÃO DAS DIFICULDADES ENFRENTADAS
PELO FAMILIAR CUIDADOR
FORTALEZA/CE
2020
DOENÇA DE ALZHEIMER: DESCRIÇÃO DAS DIFICULDADES ENFRENTADAS
PELO FAMILIAR CUIDADOR
RESUMO
O Brasil será o sexto país no mundo com pessoas idosas, existindo uma expectativa de aumento de doenças crônico-degenerativas dentre elas o Alzheimer (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2007). Este estudo tem como objetivo geral descrever os desafios enfrentados pelos familiares e\ou cuidadores de pacientes que convivem com a doença de Alzheimer. Trata-se de um estudo observacional e descritivo, com abordagem qualitativa. O estudo foi realizado no Serviço de Neurologia do Hospital das Clínicas de Fortaleza. A amostra é não probabilística, sendo convidados 10 cuidadores que aceitaram participar do estudo. Os critérios de inclusão foram: cuidador familiar não remunerado, cuidador direto responsável pelo idoso e cuidador que exerce esse papel há no mínimo três meses. A coleta de dados foi realizada durante o mês de abril de 2014. As informações do paciente foram coletadas por intermédio do prontuário e de seu cuidador. Os dados levantados foram sócio demográficos e a capacidade de realização das atividades da vida diária (AVD) por meio do Índice de Katz. Os dados foram organizados e analisados através da planilha eletrônica Excel. Os aspectos éticos foram respeitados atendendo a resolução 196\96. Os resultados obtidos revelaram que a maior parte dos idosos apresentava dependência importante e dependência parcial para as atividades básicas da vida diária. O contexto de vida do cuidador e os problemas enfrentados por ele, no cotidiano, ainda não adquiriram visibilidade perante a sociedade como um todo. As ações governamentais devem operacionalizar o acesso aos serviços de saúde para idosos e seus cuidadores. A exigência do atendimento de saúde deve ser um compromisso assumido por toda sociedade. 
INTRODUÇÃO
A Doença de Alzheimer corresponde à forma mais comum de demência, sendo a grande causa de comprometimento cognitivo e comportamental no envelhecimento. Dados epidemiológicos do ano de 2010 apontam que existem cerca de 35 milhões de pessoas acometidas por essa doença a nível mundial, e sua prevalência vem aumentando de forma significativa (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2007). 
Nesse contexto, com base na expectativa de vida que aumenta em países em
desenvolvimento, estima-se que, no mundo, em 2050, 22% da população será composta por idosos. Enquanto no Brasil, conforme estimativas para 2020, a expectativa de vida ultrapassará os setenta e Cinco anos, chegando a 15% da população. Portanto, o Brasil ser o sexto país no mundo com pessoas idosas, existindo uma expectativa de aumento de doenças crônico-degenerativas, dentre elas o Alzheimer (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2007).
A tríade idade, história familiar e genética constituem os fatores de risco mais
Importantes. O fato de ter um membro na família em 1º grau torna os demais propensos à incidência de Alzheimer. Além disso, as mutações genéticas de três cromossomos (1,14 e 21) podem ser as responsáveis pelo início precoce da doença, embora represente 5% de todos os casos de Alzheimer entre trinta e cinquenta anos. Outro gene da Apolipoproteína E, identificado no cromossomo 19, possui diferentes formas (POLTRONIERE, et al, 2011). Os distúrbios de comprometimento cognitivo abrangem distúrbios específicos que provocam dano neuronal temporário ou permanente, resultando em disfunção psicológica ou comportamental. A demência é um distúrbio crônico envolvendo múltiplos déficits cognitivos, incluindo comprometimento da memória (NETTINA, et al, 2012). 
A Doença de Alzheimer é urna doença neurológica, degenerativa, lenta e progressiva, deteriorando a memória breve, que costuma manifestar-se após os 50 anos. O paciente que por ela é acometido, apresenta uma crescente dificuldade em memorizar, decidir, agir e alimentar-se, até atingir o estado vegetativo. Alguns autores relatam que a Doença de Alzheimer tem sido considerada, nos últimos anos, como uma doença heterogênea nos seus aspectos etiológicos e neuropatológicos, sendo a mais comum dentre o grupo das demências tendo como principal sinal a perda de memória, sendo confundida com o processo do envelhecimento natural. Além da perda de memória, poderá haver a dificuldade de completar as atividades domésticas, confusão de tempo e espaço, alterações na fala durante a conversação, diminuição da capacidade de julgamento e tomada de decisão, mudanças de humor e personalidade, bem como alterações na realização rotineira de atividades diárias relacionadas ao autocuidado, lazer e trabalho (POLTRONIERE. et al, 2011).
Os familiares dos pacientes com Doença de Alzheimer sofrem alterações no curso de suas vidas, portanto merecem apoio por parte dos profissionais da saúde, visando reduzir a vulnerabilidade e desgaste imputados. Portanto, é incumbência do enfermeiro criar estratégias de acolhimento e suporte aos familiares para lidar com as alterações decorrentes da Doença, levando-se em consideração a necessidade de mudanças na dinâmica familiar.
Embora a Doença de Alzheimer seja uma doença progressiva e incurável, muito já se avançou em beneficio e melhoria da qualidade de vida dos portadores e cuidadores, com medicações que melhoram a cognição e diminuem as alterações comportamentais durante seu uso, além da criação de bons instrumentos de avaliação e de critérios diagnósticos mais claros (POLTRONIERE, et al, 2011).
Com isso, busca-se nesse estudo responder ao seguinte problema de pesquisa: Quais os principais desafios enfrentados pelos familiares e\ou cuidadores ao cuidar de pacientes que convivem com Doença de Alzheimer? Para responder este problema, serão investigadas as mudanças de humor e comportamento do paciente; capacidade do paciente de completar atividades de autocuidado como higienização corporal e vestir-se; conhecimento dos familiares acerca dos aspectos clínicos e terapêuticos da doença; aceitação da família em relação ao estado de saúde do ente querido e a inserção das atividades voltadas para o cuidado com o doente nas rotinas dos familiares.
O trabalho justifica-se devido à existência de uma grande parcela de cuidadores sem esclarecimentos norteadores sobre a Doença de Alzheimer, enfrentando, nas diversas fases da doença, a dúvida do que fazer, bem como do tipo de apoio que necessitam para enfrentar a doença em todo o seu longo curso Nesse Contexto, por se tratar de urna doença neurológica crônico-degenerativa, traz consigo dúvidas em relação ao manejo do doente, afetando aspectos de ordem pessoal, emocional, financeiro e social do paciente e seus familiares.
A partir dos achados desta pesquisa, somam-se subsídios para a melhoria do cuidado oferecido pelos familiares, criando espaços de promoção da saúde para pacientes e famílias que convivem com essa doença crônico-degenerativa. Por fim, este trabalho é uma forma de proporcionar e estimular o processo de reflexão dos familiares e/ou cuidadores tanto sobre o curso da doença quanto da importância de garantir uma qualidade de vida aos pacientes que convivem com mal de Alzheimer.
Este estudo tem, portanto, como objetivo geral descrever os desafios enfrentados pelos familiares e/ou cuidadores de pacientes que convivem com a doença de Alzheimer. Como objetivos específicos, pretende-se caracterizar o perfil dos familiares responsáveis pelos portadores da Doença dc Alzheimer levantar a percepção dos familiares e/ou cuidadores para manter a qualidade de vida dos pacientes com Doença de Alzheimer e descrever os aspectos clínicos e terapêuticos da Doença de Alzheimer.
A pesquisa é de natureza descritiva e qualitativa. Conforme Rodrigues (2007), a pesquisa qualitativa analisa e interpreta dados relativos á natureza dos fenômenos, sem que os aspectos quantitativos sejam sua preocupação precípua. 
O presente artigo está estruturado em seis seçõesintituladas como introdução, referencial teórico, metodologia, resultados e discussões, considerações finais e referencias bibliográficas. Na introdução encontra-se a contextualização do tema, o delineamento dos objetivos, a questão norteadora, as hipóteses para responder o problema e a justificativa do estudo. No referencial teórico verifica-se a fundamentação teórica. Na metodologia da pesquisa encontra-se o delineamento do estudo. Nos resultados e discussões evidenciam-se as falas dos entrevistados, assim como a analise mais aprofundada da temática. Enquanto, as considerações finais encerram este trabalho, resgatando o contexto e objetivo do trabalho relacionando com os resultados obtidos. Por fim, as referencia bibliográficas identificam as obras consultadas para realização do trabalho.
1. REFERENCIAL TEÓRICO
1.1 Doença de Alzheimer: Aspectos Gerais
A doença de Alzheimer é uma síndrome com comprometimento da memória (alteração da capacidade de aprender informações novas ou de recordar informações antigas) associada a um prejuízo em pelo menos, uma das funções cognitivas (linguagem, gnosias, praxias ou funções executivas) e que interfere no desempenho social e/ou profissional do indivíduo e representa um declínio em relação ao nível de funcionamento anterior. Geralmente, o início do declínio cognitivo é insidioso (BERTOLUCC, 2011).
A prevalência mundial de demência aumenta com o envelhecimento sendo que dos 65 a 69 anos está em torno de 1,2%, dos 70 aos 74 anos, de 3,7%, dos 75 aos 79 anos, de 7,9%, dos 80 aos 84 anos, de 16,4%, dos 85 aos 89 anos, de 24,6%, dos 90 aos 94 anos, de 39,9% e > 95 anos, de 54,8%. No Brasil, a taxa estimada de doença de Alzheimer foi de 7,7 por 1000 pessoas-ano em indivíduos com mais de 65 anos. A taxa de incidência praticamente dobra a cada cinco anos, não havendo diferença em relação ao gênero, mesmo assim as mulheres apresentam incidência mais elevada de doença de Alzheimer, principalmente com idades mais avançadas (BERTOLUCC, 2011).
Na fase pré-clínica da doença, que pode se iniciar na quarta década de vida, ocorre o acúmulo progressivo de placas senis decorrentes do depósito de proteína β-amiloide anormalmente produzida e de emaranhados neurofibrilares, fruto da hiperfosforilação da proteína tau. As áreas mais envolvidas nesse processo neurodegenerativo são o hipocampo e o córtex entorrinal, com perda de volume do hipocampo nas fases mais precoces da doença. Nessa fase, as lesões não são suficientes para causar alterações morfológicas e funcionais. Na fase conhecida como comprometimento cognitivo leve, estudos longitudinais demonstraram que, possivelmente, o indivíduo já apresente sintomas subjetivos, como perda dc memória e déficit cognitivo mensurável, mas sem notável prejuízo nas atividades da vida diária. O curso caracteriza-se por um início gradual e um declínio cognitivo contínuo (BERTOLUCC, 2011).
Os déficits cognitivos observados não se devem a quaisquer dos seguintes fatores: outras condições do sistema nervoso central que causam déficits progressivos na memória e na cognição (por exemplo, doença cerebrovascular, doença de Parkinson, doença de Huntington, hematoma subdural, hidrocefalia de pressão normal, tumor cerebral); condições sistêmicas que comprovadamente causam demência deficiência de niacina, hipercalcemia, neurossífilis e infecção com HIV); condições induzidas por substâncias. Os déficits não ocorrem exclusivamente durante o curso de delírio, e a perturbação não é melhor explicada por outro transtorno do eixo 1 (por exemplo, transtorno depressivo maior e esquizofrenia). 
Na fase de demência inicial, além do comprometimento da memória a curto-prazo, pode aparecer a repetição de questões, a redução do interesse por atividades que anteriormente causavam prazer e o prejuízo nas atividades da vida diária. A evolução clínica da doença pode ser acompanhada pela piora dos déficits cognitivos e pelo agravamento das alterações comportamentais (BERTOLUCC, 2011).
A avaliação funcional é parte fundamental do diagnóstico de Doença de Alzheimer, visto que a síndrome demência obrigatoriamente repercute na vida social do indivíduo, comprometendo a sua capacidade de realizar atividades de autocuidado e/ou convívio na vida em comunidade. Tradicionalmente, divide-se em dois níveis: básicas (autocuidado) e instrumentais (vida na comunidade). Dentre os vários testes funcionais descritos para avaliação da capacidade funcional, os questionários de Atividades de Vida Diária e de Atividades Instrumentais de Vida Diária são amplamente usados e recomendados (BERTOLUCC, 2011). 
A obtenção de neuroimagem na avaliação do paciente com declínio cognitivo tem a função principal dc afastar causas potencialmente reversíveis, como hematomas, hidrocefalia e neoplasias. Nessa função, a Tomografia computadorizada e a Ressonância magnética sem contraste apresentam desempenho semelhante como método inicial, embora a primeira seja uma técnica de menor custo e maior acessibilidade. A Ressonância magnética pode detectar lesões vasculares não reveladas na Tomografia computadorizada, que justificam um controle mais rigoroso do risco cardiovascular. No entanto, não existe evidência suficiente de que essa estratégia realmente possa determinar medidas capazes de atenuar a progressão da doença. Ao caracterizar melhor a atrofia de regiões específicas, a Ressonância pode oferecer alguma vantagem na formulação do diagnóstico diferencial. Uma imagem coronal revelando atrofia de hipocampo, por exemplo, confere suporte à hipótese de Doença de Alzheimer. No entanto, há uma ampla sobreposição entre as imagens observadas no envelhecimento normal e aquelas observadas nas fases iniciais da doença (BERTOLUCC, 2011).
1.2 Fases da Doença de Alzheimer
A doença de Alzheimer é a principal causa de demência. Trata-se de uma degeneração primária do sistema nervoso central, isto é, uma doença na qual, por razões ainda desconhecidas, ocorre atrofia progressiva do cérebro. A doença de Alzheimer caracteriza-se por uma longa evolução entre os primeiros lapsos e o estágio grave, que dura em média de 10 a 12 anos. Enquanto na fase inicial o que se observa são lapsos de memória, com o progredir da doença as dificuldades se acentuam, chegando à dependência mesmo para realizar as atividades mais simples, como trocar de roupa ou alimentar-se (BERTOLUCC, 2011).
A doença de Alzheimer pode ser dividida em três fases: Inicial — No início desta fase a pessoa pode parecer normal num contato superficial, mas uma observação mais atenta mostra que existem alterações da memória, de capacidade de planejamento e de outras funções que impedem a realização de atividades mais elaboradas, como gerenciar finanças e planejar uma viagem. Com o avançar da doença, as atividades mais simples, como preparar uma refeição leve, passam a ser mais difíceis, mas as atividades básicas são mantidas. Nesta fase as alterações de comportamento mais freqüentes são a depressão e a apatia. Moderada - neste estágio já é possível verificar algum grau de comprometimento até para as atividades mais simples, as chamadas atividades básicas, como trocar de roupa e tomar banho. As alterações de memória e linguagem são evidentes mesmo em uma observação superficial. As modificações do comportamento são mais significativas, com irritabilidade, oscilações de humor com crises de choro e agitação e delírios, em geral de roubo ou perseguição. Com o progredir da doença, a dependência para realizar as atividades básicas se acentua. Grave - nesta fase a dependência é total, mesmo para as atividades mais simples. A freqüência das alterações mais perturbadoras do comportamento, como agressividade e alucinações, aumenta. A capacidade de comunicação fica comprometida e, nos estágios mais avançados desta fase, ocorrem dificuldades para andar e engolir (BERTOLUCC, 2011).
Em vários lugares do país existem associações de familiares de pessoas com doença de Alzheimer que, tipicamente, têm reuniões semanais, quinzenais ou mensais com o objetivo de informar sobre a doença. Essesgrupos são importantes para a troca de experiências e para o apoio mútuo entre pessoas que enfrentam problemas semelhantes. Tais associações também promovem eventos para a atualização tanto de familiares como de profissionais de saúde (BERTOLUCC, 2011).
Na doença de Alzheimer, o prejuízo à linguagem ocorre de forma precoce, em geral iniciando com a dificuldade em encontrar palavras ou com troca de palavras. Com o avançar da doença, as dificuldades aumentam: as frases ficam truncadas ou em aberto (por exemplo: “Fomos lá, naquele lugar”), o que prejudica muito a capacidade de a pessoa com doença de Alzheimer fazer os outros entender o que ela pensa ou precisa. A escrita fica comprometida precocemente. Na fase moderada a leitura pode parecer preservada, mas não está: a pessoa consegue ler placas, cartazes ou manchetes, por exemplo, mas quando perguntada mostra não ser capaz de extrair qualquer conteúdo do que lê, como se fizesse uma “leitura automática”. Na fase mais avançada a capacidade de compreensão também fica comprometida, o que torna as coisas ainda mais difíceis. A compreensão do que a pessoa com doença de Alzheimer quer dizer pode ser facilitada por algumas atitudes: Não interrompa enquanto a pessoa estiver falando, ainda que você não esteja entendendo. Espere que ela conclua, repita o que acabou de ouvir e acrescente: “É isso o que você quer dizer?”. Um dos problemas é a dificuldade em encontrar palavras. Quando isso ocorrer, peça à pessoa que descreva o objeto que está tentando identificar ou para que serve. Aprenda a observar os gestos e as expressões da pessoa enquanto ela fala. Essa comunicação não-verbal pode dar pistas do que ela quer (BERTOLUCC, 2011). 
A margem de melhora da compreensão de alguém com doença de Alzheimer é limitada. Mas as perspectivas são melhores em relação a fazer com que a pessoa entenda o que você quer. Algumas atitudes neste sentido são; Sempre procure conversar em um ambiente bem iluminado e sem estímulos excessivos, principalmente outras fontes de ruído, como televisão, música e conversas paralelas. Fale sempre de frente para a pessoa e com o rosto no mesmo nível que o dela. Antes de começar a falar toque de leve na mão da pessoa, para atrair sua atenção. Fale devagar, usando frases curtas e simples. Faça uma pergunta ou dê uma única ordem de cada vez. Espere a resposta, lembrando que pessoas com doença de Alzheimer podem demorar a responder. Sempre que possível, faça perguntas cuja resposta seja “sim” ou “não”. Caso não seja compreendido, repita o que acabou de dizer. Se não funcionar, repita usando outras palavras e, sempre que possível, acompanhe o que está dizendo com indicações não-verbais (por exemplo, perguntar “Você quer água?” fazendo ao mesmo tempo o gesto de beber). Com o avanço da doença, mesmo essas estratégias passam a falhar (BERTOLUCC, 2011).
Com a melhora das condições de vida e dos cuidados à saúde, a expectativa de vida tem aumentado continuamente sendo que um de seus reflexos é o aumento do número de pessoas com doenças degenerativas. Entre estas se encontra um contingente significativo de pessoas com demência A demência pode ter diferentes causas e, invariavelmente, leva à progressiva alteração do comportamento e à dependência para realizar as atividades do dia-a-dia.
1.3 Marcadores Biológicos da Doença de Alzheimer
Os marcadores biológicos para doença dc Alzheimer são os marcadores de deposição de proteína cerebral B amiloide e marcadores biológicos de lesão ou degeneração neuronal retrograda. Em pessoas que preenchem os critérios clínicos centrais para demência por provável doença de Alzheimer, os marcadores devem aumentar a certeza de que a base de demência clinica é o processo fisiopatológico da doença dc Alzheimer (CAIXETA, 2012).
Atualmente, o uso de marcadores biológicos para reforçar a segurança do processo fisiopatológico da doença de Alzheimer pode ser útil em três circunstâncias: estudo de investigação, ensaios clínicos e quando o medico julgar apropriado (CAIXETA, 2012).
Os resultados dos testes com marcadores biológicos podem ser separados em três categorias: claramente positivos, claramente negativos e indeterminados. Sabe-se que o fenótipo de uma demência depende mais da localização neuroanatomica das lesões do que do subtipo histopatológico das lesões (CAIXETA, 2012).
A categoria demência por possível doença de Alzheimer com evidencia de processo fisiopatológico é para indivíduos que preenchem os critérios clínicos para demência do tipo não Alzheimer, mas apresentam marcadores biológicos para o processo fisiopatológico da doença de Alzheimer ou preenchem critérios neuropatológicos (CAIXETA, 2012).
A doença de Alzheimer constitui uma doença degenerativa complexa que é parte de um continnum de fenômenos clínicos e biológicos. Trata-se de um diagnostico fundamentalmente clinico. Marcadores biológicos sempre são desejados para facilitar e objetivar o diagnóstico de qualquer doença, melhorando a especificidade fisiopatológica dos diagnósticos (CAIXETA, 2012).
De acordo com a sua natureza os marcadores biológicos se apoiam em uma interpretação quantitativa em referência a padrões normativos. Em muitos resultados os marcadores serão normais ou anormais. Neste caso, uma interpretação qualitativa dos testes com marcadores irá identificar de forma inequívoca achados positivos, que implicam a presença do processo fisiopatológico de base da doença de Alzheimer, ou resultados negativos que de forma inequívoca implicam a presença do processo fisiopatológico de base para essa condição (CAIXETA, 2012).
Embora existam sofisticados métodos objetivos quantitativos de analise de imagens, estão faltando padrões aceitáveis para análise quantitativa de exames de imagem para doença de Alzheimer. A prática clinica padrão no diagnostico por imagem é qualitativa por natureza, portanto a quantificação de marcadores de neuroimagem deve se basear em padrões específicos de cada laboratório. Devido à quantidade de marcadores para doença de Alzheimer, é inevitável que diferentes combinações de resultados de exames possam ocorrer. Portanto, mais estudos são necessários para priorizar marcadores e para determinar seus valores e sua validade no contexto da pratica e da pesquisa (CAIXETA, 2012).
1.4 Fatores de Risco para o Desenvolvimento da Doença de Alzheimer
Muito já se avançou em relação a essa implacável doença, mas pouco se sabe. A comunidade científica que estuda doenças degenerativas concorda apenas que o início desta patologia se dá por aspectos multifatoriais. Os fatores de risco conhecidos são: idade, história familiar positiva e síndrome de Down (COELHO, et al, 2009). 
O nível educacional é urna possível causa ambiental, mas os estudos que apontam essa causa são ainda demasiadamente controversos, faltando evidências. Outro fator de risco trazido pelos enfermeiros entrevistados o fator hereditário. A tríade idade, história familiar e genética constituem os fatores de risco mais importantes. O fato de ter um membro na família em 10 grau torna os demais propensos à incidência dc Alzheimer. Em consonância, as mutações genéticas de três cromossomos (1,14 e 21) podem ser as responsáveis pelo início precoce da doença, embora represente 5% de todos os casos de Alzheimer entre trinta e cinquenta anos. Outro gene da Apolipoproteína E (APOE), identificado no cromossomo 19, possui diferentes formas. Enquanto urna dc suas formas parece evitar o desenvolvimento da doença, no caso do gene da APOE 4, a presença deste significa uma maior suscetibilidade, representando 6$°/o de todos os pacientes de Alzheimer estudados. Contudo, os mesmos autores trazem que o fato de urna pessoa desenvolver a doença ligada à causa genética, não quer dizer que a prole terá (COELHO, ET AL 2009).
Entende-se que a Doença de Alzheimer é tida como uma doença do envelhecer, fator de risco para o desenvolvimento. Mas não são raros os casos pré-senis em pessoas a partir de trinta anos. A idade é o principal fator de risco para o desenvolvimento de demência da Doença de Alzheimer (DA).Após os 65 anos, o risco de desenvolver a doença dobra a cada cinco anos (ABRAz, 2013).
As mulheres parecem ter risco maior para o desenvolvimento da doença, mas talvez isso aconteça pelo fato de elas viverem mais do que os homens. Os familiares
de pacientes com DA têm risco maior de desenvolver essa doença no futuro, comparados com indivíduos sem parentes com Alzheimer. No entanto, isso não quer dizer que a doença seja hereditária (ABRAz, 2013).
Embora a doença não seja considerada hereditária, há casos, principalmente quando a doença tem início antes dos 65 anos, em que a herança genética é importante. Esses casos correspondem a 10% dos pacientes com Doença de Alzheimer (ABRAz, 2013). Pessoas com histórico de complexa atividade intelectual e alta escolaridade tendem a desenvolver os sintomas da doença em uni estágio mais avançado da atrofia cerebral, pois é necessária uma maior perda de neurônios para que os sintomas de demência comecem a aparecer. Por isso, uma maneira de retardar o processo da doença é a estimulação cognitiva constante e diversificada ao longo da vida (ABRAz, 2013). 
Outros fatores importantes referem-se ao estilo de vida. São considerados fatores de risco, hipertensão, diabetes, obesidade, tabagismo e sedentarismo. Esses fatores relacionados aos hábitos são considerados modificáveis. Alguns estudos apontam que se eles forem controlados podem retardar o aparecimento da doença (ABRAz, 2013).
1.5 Formas de Diagnóstico e Complicações da Doença de Alzheimer
Considerando-se que o diagnóstico de Alzheimer é de presunção clínica, a percepção da família e de outros profissionais da área da saúde são fundamentais para que o médico possa estabelecer o diagnóstico. Uma história clínica adequada, a confirmação por parte dos familiares e a avaliação do estado mental pode conferir até 90% de precisão para o diagnóstico (COELHO, et al, 2009). 
Dentre os diversos exames que são utilizados para contribuir no diagnóstico de Alzheimer, estão exames laboratoriais hemograma, creatinina, sódio e potássio, cálcio, dosagem de vitamina B12, sorologia para sífilis, função hepática., hormônio estimulante da Tireóide (TSH). Exames como tomografia computadorizada, ressonância magnética e a avaliação neuro-psicológica surgem como opcionais (COELHO, et al, 2009).
A avaliação médica inclui uma descrição detalhada do histórico do paciente, para que se possa iniciar um processo de investigação. Informações sobre personalidade prévia, nível educacional, os hobbies e os históricos ocupacional e social podem servir não somente como auxílio importante para o diagnóstico. As decisões devem ser pautadas não somente pela definição da extensão das avaliações e da confiabilidade dos métodos diagnósticos, mas também pela análise da relação custo-beneficio e pelos riscos existentes. É fundamental que os médicos estejam familiarizados com os significados dos resultados obtidos para o diagnóstico (COELHO, et al, 2009). 
Os portadores de Doença de Alzheimer apresentam grande risco de pneumonias aspirativas e, em um estágio avançado, tornam-se acamados. Podem apresentar disfasia, que evolui para o uso de sondas enterais, úlceras de pressão, infecções pulmonares embolias e outras patologias relacionadas à dependência (ABRAz, 2013). 
Em virtude do declínio do equilíbrio e da instabilidade postural, associados ao uso de medicamentos para controle das alterações Comportamentais, a queda é uma das causas de hospitalização, para investigação e tratamento de fraturas. Devido à Suscetibilidade do paciente idoso, sondagens de alívio ou de demora abrem portas para que patógenos oportunistas tomem conta do sítio de inserção (ABRAZ, 2013). 
O Alzheimer pode, portanto, cm vários casos, levar à morte após muitos anos, ou pode também desencadear sérias complicações psiquiátricas como a depressão, a esquizofrenia, ansiedade, angústia, dentre outras. A perda de peso de 10% também tem sido relatada (ABRAz, 2013).
Com a evolução da doença, capacidades cognitivas do paciente ficam prejudicadas e cada vez mais o paciente pode se tornar dependente do cuidador. Com isso, funções como equilíbrio, capacidade dc engolir e deglutir e controle de músculos lisos, com bexiga e intestinos, ficam prejudicados. O paciente toma-se mais vulnerável a algumas doenças infecciosas, como pneumonia e infecções do trato respiratório, uma vez que a capacidade de deglutição está comprometida. A perda do controle da bexiga pode levar à necessidade de implantação de um cateter para coletar a urina e isso também aumenta o risco de infecções do trato urinário. A perda do equilíbrio e do tônus dos músculos esqueléticos pode levar o paciente a sofrer quedas que causam sérios danos à saúde. Como podemos perceber, trata-se de uma doença grave, mas que está sendo levada cada vez mais à sério pelos laboratórios farmacêuticos (pesquisa de novos medicamentos), pelas autoridades políticas e pelos médicos. Isso possibilita um pouco de otimismo e confiança frente a esta “doença do século” (ABRAz, 2013).
1.6 Tratamento voltado para Doença de Alzheimer
As pesquisas têm progredido na compreensão dos mecanismos que causam a doença e no desenvolvimento das drogas para o tratamento. Os objetivos dos tratamentos são aliviar os sintomas existentes, estabilizando-os ou, ao menos, permitindo que boa parte dos pacientes tenha urna progressão mais lenta da doença, conseguindo manter-se independentes nas atividades da vida diária por mais tempo. Os tratamentos indicados podem ser divididos em farmacológico e não farmacológico (ABRAz, 2013).
A primeira droga utilizada em larga escala e aprovada pelas agências reguladoras, em 1993, foi a tacrina. Porém, essa medicação caiu em desuso com o advento de novas medicações, pela dificuldade na administração e pelo risco de complicações e efeitos adversos (ABRAz, 2013). As medicações que atuam na acetilcolina, e que estão aprovadas para uso no Brasil nos casos de demências leve e moderada, são a rivastigmina, a donepezila e a galantamina (conhecidas como inibidores da acetilcolinesterase ou anticolinesterásicos) (ABRAz, 2013). 
As vantagens e as desvantagens de cada medicação e o modo de administração deveril ser discutidos com o módico que acompanha o paciente. Teoricamente, a resposta esperada com o uso dessas medicações é uma melhora inicial dos sintomas, que será perdida com a progressão da doença, mas há evidências de que essas drogas podem estabilizar parcialmente essa progressão, de modo que a evolução tome-se mais lenta. Os efeitos positivos, que visam à melhoria ou à estabilização, foram demonstrados para a cognição, o comportamento e a funcionalidade. A resposta ao tratamento é individual e muito variada (ABRAz. 7013). A memantina é outra medicação aprovada para o tratamento da demência da
Doença de Alzheimer. Ela atua reduzindo um mecanismo específico de toxícidade das células cerebrais. É possível também que facilite a neurotransmissão e a neuroplasticidade. O uso da memantina, isoladamente ou associada aos anticolinesterásicos, é indicado no tratamento das pessoas com Doença de Alzheimer nas fases moderada a grave (ABRAz, 2013).
Para o tratamento da demência da Doença de Alzheimer nas fases leve a moderada, até o momento, a memantina tem demonstrado resultados conflitantes entre os estudos. Portanto, não há respaldo na literatura científica fica para o uso da memantina nos estágios iniciais da Doença de Alzheimer (ABRAz, 2013).
Os sintomas comportamentais e psicológicos podem ser tratados com medicações especificas e controladas. Muitas medicações, com expectativa de bons resultados, podem ser indicadas para o tratamento e o controle de agitação, agressividade, alterações do sono, depressão, ansiedade, apatia, delírios e alucinações (ABRAz, 2013).
É importante que doses e horários das medicações prescritas sejam seguidas com rigor. Alterações ou reações não esperadas devem ser comunicadas ao médico responsável pelo tratamento, para possíveis ajustes. É terminantemente desaconselhável que pacientes ou familiares testem modificações, sobrisco de efeitos indesejáveis e prejuízo no controle de sintomas (ABRAz, 2013). 
Há evidências científicas que indicam que atividades de estimulação cognitiva, social e física beneficiam a manutenção de habilidades preservadas e favorecem a funcionalidade. O treinamento das funções cognitivas como atenção, memória, linguagem orientação e a utilização de estratégias compensatórias são muito úteis para investimento em qualidade de vida e para estimulação cognitiva (COELHO, et al, 2009).
Pacientes mais ativos utilizam o cérebro de maneira mais ampla e frequente e
sentem-se mais seguros e confiantes quando submetidos a tarefas prazerosas e alcançáveis. A seleção. frequência e distribuição de tarefas deve ser criteriosa e. preferencialmente, orientada por profissionais (ABRAz, 2013). 
O intuito dos tratamentos não farmacológicos não é fazer Com que a pessoa com demência volte a funcionar como antes da instalação da doença, mas que funcione o melhor possível a partir de novos e evolutivos parâmetros. Quando estimulados e submetidos a atividades que conseguem realizar, os pacientes apresentam ganho de autoestima e iniciativa, e assim tendem a otimizar o uso das funções ainda preservadas (ABRAz, 2013).
1.7 Cuidados com o Paciente com Doença de Alzheimer e seus Familiares
No contexto da Doença de Alzheimer, a família deve ser vista como uni importante agente de cuidado. O cuidador-familiar do portador da Doença de Alzheimer sofre alterações no seu cotidiano e merece apoio e valorização por parte dos profissionais da saúde, na tentativa de reduzir a vulnerabilidade a que ambos está sendo imputada. Entende-se, assim, que cabe ao enfermeiro criar estratégias de acolhimento e suporte aos familiares para lidar com a internação e as alterações decorrentes da Doença, levando-se em consideração a necessidade de mudanças na dinâmica familiar (POLTRONIERE, et al, 2011).
A busca por estratégias para minimizar a sobrecarga e manejar a situação de cuidado, pode agregar o conhecimento e a experiência da enfermagem como uma importante contribuição. Embora educar e orientar sejam realmente importantes, quando se trata de uma doença em que o paciente tem dificuldades em agir em seu próprio beneficio, tais ações voltam-se também para a família ou cuidadores. O conhecimento, habilidade de manejo. atitudes autênticas, empatia, paciência, tolerância, entre outras características, devem constituir o perfil do profissional que vai atuar nos ramos da gerontogeriatria. A capacidade de superar dificuldades e preconceitos, desenvolvendo habilidades especiais para lidar com o paciente portador Alzheimer e sua família se torna fundamental (POLTRONIERE, et al. 2011).
Cuidar de uma pessoa com Doença de Alzheimer é um desafio para qualquer família. As mudanças são significativas e precisam ser compreendidas e incorporadas na rotina familiar. Lidar com perdas, garantir boas condições de saúde, reorganizar a vida cotidiana, redistribuir tarefas e oferecer tratamento adequado com cuidados que atendam às necessidades e preservem a integridade são situações que requerem aceitação, informação e flexibilidade, para uma boa adaptação à nova condição.
Estar próximo ao paciente observando seu desempenho nas atividades diárias auxilia na identificação dos comprometimentos e riscos a que ele pode estar exposto. Pautar-se exclusivamente no funcionamento prévio ou no relato do paciente ou mesmo em observação não prolongada podem ser medidas perigosas que não revelam a realidade dos fatos. Por isso, um contato próximo e frequente é muito importante para que os familiares se sintam seguros para enfrentar as perdas e cuidar adequadamente da pessoa com Doença de Alzheimer (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ALZHEIMER, 2013).
Urna das maiores e mais frequentes dificuldades dos familiares no cuidado com a pessoa com quadros degenerativos é identificar em que situações devem interferir nas escolhas dos pacientes e assumir poder na tornada de decisão. Trata-se de uma situação delicada, pois o idoso com DA é um adulto que cuidava de sua vida e a conduzia sem interferências. Tirar sua autonomia pode parecer uma grande agressão, especialmente quando há resistências. É um momento complicado para pacientes e familiares. Frequentemente envolve sentimentos de culpa e compaixão (ABRAz, 2013).
Cuidar de uma pessoa com demência é uma árdua tarefa. Quando a energia é utilizada de maneira eficiente, com estratégias funcionais, o cuidado é de melhor qualidade e o familiar-cuidador tende a ficar menos estressado e mais realizado e valorizado por seu esforço. Consulte dicas de cuidados que visam a ajudar os cuidadores a oferecer ambiente seguro e que invistam em maior autonomia possível, com qualidade de vida e de relacionamento. Muitas vezes parecerá difícil encontrar estratégias para os problemas. Há que se ter paciência e perseverança sem desistir dc tentar encontrar boas soluções. Em geral, quando se encontra uma forma de contornar as dificuldades, esta costuma manter-se eficiente por muito tempo. Por isso é importante que os familiares utilizem as estratégias que funcionarem sempre da mesma maneira, sem se preocupar e, ser criativos. Se funcionar uma vez, provavelmente funcionará sempre (ABRAz, 2013). 
2. METEDOLOGIA
Trata-se de um estudo observacional e descritivo, com abordagem qualitativa, o estudo foi realizado no Serviço de Neurologia do Hospital das Clinicas de Fortaleza que presta atendimento por meio do Sistema Único de Saúde, sendo considerado um Centro de pesquisa e referência no diagnóstico de Alzheimer O serviço conta com aproximadamente 300 atendimentos mensais.
A população alvo foi constituída por familiares cuidadores que acompanham os pacientes que convivem com mal de Alzheimer nos atendimentos de neurogeriatria. A amostra é não probabilística e por conveniência, sendo convidados 10 cuidadores que aceitaram participar do estudo. Os critérios de inclusão foram cuidador familiar não remunerado, cuidador direto responsável pelo idoso e cuidador que exerce esse papel a no mínimo três meses.
A coleta de dados foi realizada durante o mês de abril de 2014. Os cuidadores foram contatados a partir das consultas médicas ambulatoriais do serviço de Neurogeriatria e, após serem avaliados quanto aos critérios de inclusão. As informações do paciente foram coletadas por intermédio do prontuário e de seu cuidador. Os dados levantados foram sociodernográficos e a capacidade de realização das atividades da vida diária (AVD) por meio do Índice de Katz. O Índice dc Katz relaciona-se com as AVD que demonstram a capacidade que o idoso possui para cuidar-se e responder por si no espaço de seu lar. Cada uma das atividades é avaliada quanto à dependência (ou não) do idoso para sua realização. O escore varia entre 0 e 18, e quanto menor a pontuação, menor a dependência para o cuidador, foram aplicados questionários sobre dados sociodemográficos. Os dados foram organizados e analisados através da planilha eletrônica Excel.
Os aspectos éticos foram respeitados atendendo a resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde, com a finalidade de seguir as normas éticas envolvendo pesquisas com seres humanos. Com isso, foi assegurado o sigilo das identidades dos cuidadores e o direito de desistir da pesquisa no momento em que desejasse, assim como foi explicado os objetivos da pesquisa.
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
O estudo demonstrou que na população do serviço de Neurogeriatria a média de idade dos idosos foi de 77 anos, com idade variando entre 68 e 86 anos, próximo da média de 73,2 ± 8,6 anos encontrada em estudo semelhante. A maioria dos idosos eram do sexo masculino, 6 (60%), casados e 4 (40%) viúvos, 8 (80%) com escolaridade variando de ensino fundamental incompleto a ensino fundamental completo. A maior parte das pessoas do grupo estudado pertencia ao nível socioeconômico baixo, fato que gerou questionamentos acerca das condições de vida e acesso ao serviço público de saúde das famílias menos favorecidas economicamente. A carga financeira da doença de Alzheimer representa mais um fatorestressante nas tarefas do cuidador, já que ele passa a administrar as questões financeiras do idoso além das suas.
A pessoa que assume o papel de cuidador está sujeita a demandas de cuidados que afetam sua dimensão física, mental e social. No grupo pesquisado, os cuidadores assumiram totalmente a carga de cuidados dos idosos, e eram todas mulheres e 4 (40%) eram casadas. Os cuidadores preferencialmente são filhos (70%), do sexo feminino, que vivem junto do idoso e que têm proximidade afetiva, dados também observados em outros estudos. Os cuidadores com freqüência são as mulheres de meia-idade (80%) e (20%) idosas, que desempenham esta atividade obedecendo a normas culturais em que cabe a ela a organização da vida familiar, o
cuidado dos filhos e o cuidado aos idosos. A escolaridade variou, 5 (50%) dos entrevistados tinham até o ensino médio e os outros 5 (50%) eram graduados. Em relação ao tipo de mora 5 (50%) dos familiares cuidadores residia na mesma moradia do idoso e esta era própria. 
Tabela 1- Caracterização sociodemográfica do Idoso
	
	N° de Pacientes
	%
	SEXO
	Masculino
	6
	60%
	
	Feminino
	4
	0%
	
	IDADE (anos)
	Média
	77 anos
	
	
	Escolaridade
	Analfabeto
	1
	10%
	
	Ens. Fundamental
	7
	70%
	
	Ens. Médio
	1
	10%
	
	Ens. Superior
	1
	10%
	
	Estado Civil
	Solteiro(a)
	0
	0%
	
	Casado(a)
	6
	60%
	
	Viúvo(a)
	4
	40%
Tabela 2 – Caracterização sociodemográfica do Cuidador
	
	N° de Cuidadores
	%
	SEXO
	Masculino
	0
	0%
	
	Feminino
	10
	100%
	
	IDADE (anos)
	35 - 56
	8
	
	
	73 - 78
	2
	
	
	Escolaridade
	Analfabeto
	0
	0%
	
	Ens. Fundamental
	5
	50%
	
	Ens. Médio
	5
	50%
	
	Ens. Superior
	0
	0%
	
	Renda Familiar
	Não possui
	2
	20%
	
	>1 salário
	4
	40%
	
	1 a 2 salários
	0
	0%
	
	3 a 5 salários
	3
	30%
	
	Acima de 5
	1
	10%
	
	
	
	
	Estado Civil
	Solteiro(a)
	3
	0%
	
	Casado(a)
	5
	60%
	
	Divorciado(a)
	2
	40%
O grau de dependência dos idosos tem sido avaliado a partir da utilização da escala de para as atividades básicas da vida diária como cuidados pessoais, sendo um instrumento eficiente utilizado na prática geriátrica para avaliar as atividades que o idoso é capaz de executar. Para o cuidador, lidar ininterruptamente com o banho, a vestimenta, a higiene do idoso e o manejo dos distúrbios de comportamento podem ser unia das tarefas mais desgastantes, mesmo que realizadas há pouco tempo. A tarefa de cuidar de um idoso com doença de Alzheimer exige do cuidador dedicação praticamente exclusiva, fazendo com que ele deixe suas atividades, em detrimento dos cuidados dispensados. Na avaliação dos cuidados pessoais 6 (60%) dos idosos precisava do cuidador para alimentá-lo, 4 (40%) necessitavam de ajuda para vestir-se, 5 (50%) realizam sequência errada das vestimentas, 6 (60%) precisam de alguém para banhá-los, 5 (50%) não tem controle sobre fezes e urina, 8
(80%) só tomam a medicação se receberem do cuidador e resistem para serem limpos e trocados. Com isso, constata-se que a maior parte dos idosos apresentava dependência importante para as atividades relacionadas a cuidados pessoais, apresentando pontuação equivalente a 18 escores.
Na avaliação dos cuidados domésticos 7 (70%) dos idosos não preparam a própria comida, não arrumam a mesa, não cuida da casa e não lava roupa. Com isso, constata-se que a maior parte dos idosos apresentava dependência Importante para as atividades relacionadas a cuidados domesticas, apresentando 15 escores como pontuação.
Na avaliação do trabalho e recreação 5 (50%) dos idosos não trabalha mais, não comparece mais aos encontros das organizações e está limitado a casa ou ao hospital. Com isso, constata-se que a maior parte dos idosos apresentava dependência para as atividades relacionadas ao trabalho e recreação, apresentando 12 escores como pontuação.
Na avaliação relativa a capacidade de compra e administração do dinheiro constatou-se que 7 (70%) dos idosos não fazem compras, não manipulam dinheiro e não administram finanças. Com isso, constata-se que a maior parte dos idosos apresentava dependência importante para as atividades relacionadas a compra e dinheiro, apresentando 9 escores como pontuação. 
Na avaliação da locomoção 6 (60%) dos idosos não usa mais transporte publico, não dirige mais, não sai desacompanhado e nem é mais capaz de sair. Com isso, constata-se que a maior parte dos idosos apresentava dependência para as atividades relacionadas a transporte, apresentando 11 escores como pontuação. 
Na avaliação da comunicação 4 (40%) dos idosos não usam mais o telefone, a fala é ininteligível, não compreende o que as pessoas falam na maior parte do tempo, não lê mais e nunca escreve. Com isso, constata-se que a maior parte dos idosos apresentava dificuldades para as atividades relacionadas a comunicação, apresentando 11 escores como pontuação. 
Na avaliação das relações sociais 90 (90%) são incapacitados para cuidar das crianças, 5 (50%) recusam-se a vida social e insultam os visitas. Com isso, constata-se que a maior parte dos idosos apresentava dificuldades para as atividades relacionadas a relações sociais, apresentando 6 escores como pontuação.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta investigação foi realizada com população específica de uma instituição de saúde, não sendo, portanto, passível de generalizações, principalmente no que diz respeito ao delineamento do estudo e tamanho da amostra. Apesar das limitações, o estudo buscou registrar a relevância desta temática para a enfermagem, por se tratar de uma profissão que tem em sua essência o cuidado, ao explorar as questões subjacentes ao processo de cuidar do idoso com doença de Alzheimer.
Assim, foi possível concluir que os idosos com doença de Alzheimer eram em sua maioria pessoas do sexo masculino, casados, com media de idade de 77 anos, que frequentaram a escola até o ensino fundamental. A maior parte dos idosos apresentava dependência importante e dependência parcial para as atividades básicas da vida diária. Os cuidadores, em sua maioria, eram filhas, casadas, com escolaridade variando do ensino médio a graduação, com idade variando entre 35 e 78 anos. Apresentavam nível socioeconômico baixo e co-residiam com os idosos. 
O contexto de vida do cuidador e os problemas enfrentados por ele, no cotidiano, ainda não adquiriram visibilidade perante a sociedade como um todo. As ações governamentais devem operacionalizar o acesso aos serviços de saúde para idosos e seus cuidadores. A exigência do atendimento de saúde deve ser um compromisso assumido por toda sociedade. 
Nesse sentido, a Enfermagem pode contribuir e desempenhar um papel relevante na área da Gerontologia e Neuropsiquiatria Geriátrica, por meio do uso de suas atribuições e competências profissionais, para orientar familiares e cuidadores, realizar grupos de auto-ajuda, visitas domiciliares e consultas de enfermagem, pautadas na utilização de instrumentos que avaliem a condição cognitiva e funcional do idoso. 
APÊNDICE A - INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
DADOS SOCIODEMOGRÁFICOS DO PACIENTE
Nome (Iniciais): ______________________________________________________
Número do Prontuário: _______________________________________________
Sexo: Feminino ( ) Masculino ( )
Idade: _____________________________
Estado civil: 
Casado/vivendo c/ alguém ( ) 	Viúvo ( ) Solteiro ( ) 
Separado ou divorciado ( )
Nível de escolaridade: Analfabeto ( ) 	Ensino fundamental incompleto ( )
Ensino fundamental completo ( ) 		Ensino médio incompleto ( ) 
Ensino médio completo ( ) 	Graduação incompleta ( ) 
Graduação completa ( ) 	Pós-graduação ( )
Moradia: Residência Própria ( ) 		Outro tipo ( )
Renda mensal: 
Não possui renda própria ( ) 		<1 salário mínimo ( )
1 a 2 salários mínimos ( ) 		2,1 a 4 salários mínimos ( )
> 4 salários mínimos ( )
DADOS SOCIODEMOGRÁFICOS DO FAMILIAR CUIDADOR
Sexo: Feminino ( ) 		 Masculino ( )
Idade: __________________________
Parentesco com paciente: 
irmão ouirmã ( ) 	Cônjuge ( ) 	Filho ou filha ( ) 		Outro ( )
Estado civil: 
Casado/vivendo c/ alguém ( ) 	Viúvo ( ) Solteiro ( ) 
Separado ou divorciado ( )
Nível de escolaridade: Analfabeto ( ) 	Ensino fundamental incompleto ( )
Ensino fundamental completo ( ) 		Ensino médio incompleto ( ) 
Ensino médio completo ( ) 	Graduação incompleta ( ) 
Graduação completa ( ) 	Pós-graduação ( )
Moradia: Residência Própria ( ) 		Outro tipo ( )
Renda do cuidador: 
Não possui renda própria ( ) 		<1 salário mínimo ( )
1 a 2 salários mínimos ( ) 		2,1 a 4 salários mínimos ( )
> 4 salários mínimos ( )
ESCALA DAS ATIVIDADES DA VIDA DIÁRIA — AVD
(Lawton & Brody, 1969)
1 Cuidados Pessoais
A - Alimentação
0 = normal
1 = independente
2 = necessita de ajuda para cortar ou servir, derruba com freqüência
3 = deve ser alimentado na maioria das refeições
B - Vestir-se
0 = normal
1 = independente, mas lento e desajeitado
2 = sequência errada, esquece itens
3 = necessita de ajuda para vestir-se
C - Banho
0 = normal
1 = banha-se só, mas necessita ser lembrado
2 = banha-se só, com assistência
3 = deve ser banhado por outros
D - Eliminações fisiológicas
0 = vai ao banheiro independentemente
1 = vai ao banheiro quando lembrado: alguns problemas
2 = precisa de assistência para a atividade
3 = não tem controle sobre fezes e urina
E - Medicação
0 = lembra sem ajuda
1 = lembra-se quando a medicação é deixada em local especial
2 = necessita de lembretes escritos ou falados
3 = deve receber a medicação de outros
F - Interesse na aparência pessoal
0 = o mesmo de sempre
1 = interessa-se quando vai sair, mas não em casa
2= permite ser arrumado ou o faz quando solicitado
3= resiste para ser limpo e trocado por terceiros
2 Cuidados Domésticos
A - Preparação de comidas, cozinhar
0 = planeja e prepara comidas sem dificuldades
1 = cozinha, mas menos que o habitual ou com menos variedade
2 = pega a comida somente se esta já estiver preparada
3 = nada faz para preparar a comida
B - Arrumação da mesa
0 = norma!
1 = independente, mas lento ou desajeitado
2 esquece-se de itens ou os coloca em local errado
3 = não realiza mais esta atividade
C - Trabalhos domésticos
0 = mantém a casa como de costume
1 = faz apenas metade do seu trabalho
2 = ocasionalmente varre a casa ou faz pequenos serviços
3 = não mais cuida da casa
D - Reparos domésticos
0 = realiza todos os reparos habituais
1 = realiza ao menos metade dos reparos habituais
2 = ocasionalmente faz reparos menores
3 = não faz mais nenhum reparo
E - Lavar roupas
0 = lava-as como de costume (rotina)
1 = lava com menor freqüência
2 = lava apenas se lembrado; esquece o sabão
2 = não lava mais as roupas
3 = Trabalho e recreação
3 Trabalho e recreação
A – Trabalho
0 = trabalha normalmente
1 = problemas leves com responsabilidades de rotina
2 = trabalha em atividade mais fácil ou meio período; medo de perder o emprego
3 = não trabalha mais
B - Recreação
0 = a mesma habitual
1 = atividade recreacional menos freqüente
2 = perdeu certas habilidade necessárias para atividades recreativas, deve ser
persuadido a participar das atividades
3 = não possui mais atividades recreacionais
C - Organização 
0 = compare a encontros mantém as responsabilidades como sempre
1 = Comparece menos frequentemente
2 = Comparece ocasionalmente não tem maiores responsabilidades
3 = não comparece mais aos encontros
D - Viagens
0 = o mesmo que o habitual
1 = viaja se alguém mais dirigir
2 = viaja em cadeira de rodas
3 = limitado à casa ou ao hospital
4 Compras e dinheiro
A - Compra de comidas
0 = normal
1 = esquece de itens ou compra itens desnecessários
2 = necessita ser acompanhado enquanto faz as compras
3 = não mais faz as compras
B - Uso de dinheiro
0 = normal
1 = tem dificuldade cm pagar valores exatos, contar o dinheiro
2 = perde ou coloca o dinheiro em local errado
3 = não mais manipula o dinheiro
C - Administração das finanças
0 = pagamento de contas e serviços bancários normais
1 = paga contas atrasadas, dificuldade para preencher cheques
2 = esquece de pagar as contas, problemas para administrar o saldo bancário; necessita
ajuda de terceiros
3 = não administra mais as finanças
4 Locomoção
A - Transporte público
0 = utiliza transporte público normalmente
1 = utiliza transporte público menos frequentemente
2 = perde-se utilizando transporte público
3 = não usa mais transporte público
B - Condução de veículos
0 = dirige normalmente
1 = dirige mais cautelosamente
2 = dirige menos cuidadosamente; perdeu-se enquanto dirigia
3 = não mais dirige
C - Mobilidade pela vizinhança
0 = normal
1 = sai de casa menos freqüentem
2 = perde nas proximidades de casa
3 = não sai mais desacompanhado(a)
D - Locomoção fora de locais familiares
0 = normal
1 = ocasionalmente fica desorientado em locais estranhos
2 = fica muito desorientado, mas locomove-se se acompanhado
3 = no é mais capaz de sair
5 Comunicação
A - Uso do telefone
0 = normal
1 = liga apenas para alguns números familiares
2 = apenas atende ao telefone
3 = não usa mais o telefone
B - Conversas
0 = normal
1 = menos falante; dificuldade de lembrar-se de normas ou palavras
2 = comete erros ocasionais de fala
3 = fala quase ininteligível
C – Compreensão
0 = compreende tudo o que lhe é dito
1 = solicita que repitam
2 = tem dificuldade em compreender conversações ou palavras específicas,
ocasionalmente
3 = não compreende que as pessoas falam na maior parte do tempo
D - Leitura
0 = normal
1 = lê com menor freqüência
2 = tem dificuldade em compreender ou lembrar-se do que leu
3 = não lê mais
E - Escrita
0 = normal
1 = escreve com menor freqüência, erros ocasionais
2 = apenas assina o nome
3 = nunca escreve
6 Relações Sociais (Cônjuge)
A - Relações familiares
0 = formais
1 = pequenos problemas matrimoniais
2 = Sérios problemas matrimoniais
3 = divorciado separado sem mais relacionamentos
B - Relações familiares (crianças)
0 = normais
1 = facilmente irritável, punições intempestivas
2 = negligencia as necessidades físicas e emocionais dos filhos
3 = incapacitado para cuidar das crianças
C - Amigos
0 = encontra os amigos com a mesma frequência
1 = encontra os amigos com menos freqüência
2 = aceita visitas, mas não procura companhia
3 = recusa-se à vida social; insulta os visitante
PONTUAÇÃO TOTAL: 90
REFERÊNCIAS BIBLIOGFICAS 
ABRAz - Associação Brasileira de Alzheimer. que é grupo de apoio. Disponível em:
http://www.abraz.org.hr/default. aspx?pagidDN FCUOUO&1’j 1 73
Academia Brasileira de Neurologia Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia
Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade. Doença de Alzheimer:
diagntostico. Agencia de Saude Suplementar. P. 1- 24, 2011.
CAIXETA, Leonardo, et ai. Doenças de Alzheirner: Demência senil. Porto Alegre; Artmed, 2012.
COELHO, Flavia. Atividade fisica sistematizada e desempenho cognitivo em idosos com demência de Alzhejrner: uma revisão sistemática. Rev. Bras. Psiquiatr. vol.3 1 no.2 São Paulo Jirne 2009.
Minjstérjo da Saúde (BR), Secretaria de Atenção a Saúde, Departamento de Atenção Básica. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa [Interneti. Brasília (DF); 2007 NETT1NA, Sandra M. Prática de enfermagem. 9. ed. Rio de janeiro: Guanabara Koogan, 2012. v. 1, cap. 7, p. 100-128, v. 2, cap. 19, p. 691-698.
POLTRONIERE, et ai. Doença de Alzheimer: diagntostico. Agencia de Saude Suplementar.
p. 1-24,2011.

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