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Citologia Bacteriana - ASSEPSIA: ausência de m.o - SEPSE: presença de m.o - contaminado - TÉCNICA ASSÉPTICA: técnica que não é contaminada - lavar as mãos, usar álcool em gel BACTÉRIAS: ASPECTOS MORFOLÓGICOS E ESTRUTURAIS - TAMANHO, FORMAS E ARRANJOS - o,2 - 2 mn de diâmetro - 2 - 8 mn de comprimento - 1 mn = 1 mm / 1.000 ● Cocos: podem estar organizados em cachos (estafilococos) ou em cadeia (estreptococos), são arredondados ● Bacilos: maiores, mais alongadas e em forma de bastão - podem estar em grupos também, formando filamentos, mas geralmente se apresentam isolados ● Espiroquetas: formato helicoidal, são muito finas, não visualizadas na técnica de gram (bactéria da sífilis e leptospirose) - essa estrutura facilita na locomoção - Bactérias são seres unicelulares autônomos, então podem estar sozinhas ou em grupos - Bacilos e cocos podem apresentar apêndices, como fímbrias, pili e flagelos - importantes fatores de virulência, que tornam a bactéria mais ou menos patogênico - As bactérias podem apresentar endosporos (ex.: os clostridiuns) e essas células fazem o mecanismo de esporulação, que é um mecanismo de resistência ao ambiente estressante (calor, frio, baixa umidade, radiação, falta de nutriente. O endosporo contém toda a informação genética da célula, o genoma fica concentrado → Em condições normais entra no estado vegetativo e volta a produzir toxinas - GLICOCÁLICE - CÁPSULA - Substâncias que circulam as células, são gelatinosas que grudam na superfície - Cápsula é quando ela está muito aderida a parede (matéria amorfa) - Polímero viscoso e gelatinoso que está situado externamente à parede celular (a parede celular confere proteção da bateria, resistência à antibióticos) ● Polissacarídeo, polipeptídeo ou ambos - produzidos na própria bactéria e excretado para a superfície celular ● Se organizado firmemente aderido a parede celular chamo de cápsula - importante fator de virulência de escape da resposta imunológica - Fator de virulência muito importante, pois bactérias com cápsula são fagocitadas com mais dificuldade (macrofagos vao ter dificuldade de fagocitar, sistema complemento também vai ter dificuldade de opsonizar, fazer lise da célula → escape da resposta imunológica) - FLAGELOS - Apêndices longos, finos (20 nm), ligados a célula por uma das extremidades - Confere movimento a bactéria - facilita a disseminação, tanto no ambiente quanto na infecção - É possível encontrar flagelos em diferentes arranjos ● Monotríquio ● Lofotríquio ● Anfitríquio ● Peritríquio - 3 estruturas principais: flagelo FALTA AINDA - É composto de proteínas (várias proteínas com função de ancorar o flagelo na membrana e parede da célula bacteriana) → Filamento: cópias de flagelina - papel na determinação da forma e comprimento de onda → Gancho: 1 proteína; conecta filamento do corpo basal → Corpo basal: vários anéis, proteínas que fazem o movimento, proteínas Fli - Anéis ancoram flagelo a membrana plasmática, ao peptideoglicano e a membrana externa - As proteínas do flagelo podem ser diferentes em uma mesma espécie, importante na sorologia - antígenos H (é uma proteína do flagelo que ajuda na diferenciação do flagelo) - Letras e números na frente do nome da bactéria indicam a sorologia (patógeno ou da microbiota normal, morfologicamente são iguais, mas possuem proteína flagelar diferente) - as proteínas flagelares podem ser únicas de uma determinada espécie → antígeno H (relacionado a proteína flagelar - flagelina) - usada no diagnóstico - FÍMBRIAS E PILI - Apêndices mais curtos que o flagelo, em toda a superfície - Organelas de superfície celular, poliméricas, não flageladas - também são proteínas - Sua função é a adesão em superfície biótica ou abiótica, ou ainda na adesão célula-célula. - Podem ter outras funções: escape do sistema imune (toda extrutura externa da bactéria serão reconhecidas pelo sistema imune, as fímbrias podem sofrer mutações e alterar a sequência das proteínas, escapando do sistema imune - variação antigênica), motilidade de superfície (arraste na superfície por adesão e soltura, muito menos eficiente que o flagelo), sinalização celular (comunicação entre as bactérias → meio de cultura muito cheio, faltam nutrientes, as bactérias produzem moléculas sinalizadoras e externalizam para o meio extracelular e as fímbrias recebem essas moléculas, assim as células param de se replicar → substâncias que regulam o metabolismo da bactéria, aumentam, diminuem, produzem fatores de virulência, etc), translocação de material genético (pili) → fímbria modificada mais longa, oca que faz uma ponte entre uma bac. e outra, por onde ocorre a troca do material genético - Semelhantes a pêlos, curtos, retos e finos - Constituídas de subunidades de pilina - BIOFILME - Se tem cápsula e fimbria, a aderência é muito forte e pode causar biofilme - Pili e adesinas (proteínas aderidas na ponta da pili que aderem e interagem com a célula) - A célula possui receptores de adesina e ocorre a ligação e vão “grudando” e se replicando em superfícies bióticas ou abióticas (instrumentos hospitalares ou na indústria de alimentos e em instrumentos/superfícies de cozinha) - Produzem um polímero extracelular que envolve toda a comunidade microbiana, formando uma cápsula - Células da superfície podem se desprender e disseminar - Biofilmes são difíceis de erradicar - barreira para passagem de antissépticos, antibióticos, precisa esfregar (remoção mecânica) para limpar (igual a placa dental) - O biofilme podem ter diferentes bactérias, ou até mesmo fungos, protozoários - Precisam de matéria orgânica e umidade para se desenvolverem - PAREDE CELULAR BACTERIANA - Previne a lise osmótica e distingue bactéria de outros organismos - Constituída de peptídeoglicano - Importante na estrutura da célula, na forma, resistência ao ambiente, pressão osmótica, alvo para antibiótico - Utilizada para diferenciar dois grupos de bactérias: gram positivas e negativas - primeiro teste de diagnóstico microbiológico (saber que bactéria é essa que está causando intoxicação e infecção) - Peptídeoglicano ● Polímero de dissacarídeos (N-acetilglicosamina (NAG) e N-acetilmurâmico (NAM)) que formam cadeias que são ligadas por polipeptídeos ● Ligados por polipeptídeos de 4 a.a. ● Os peptídeos são a ponte de ligação entre NAM e NAG ● As gram-negativas não possuem pentapeptídeo ligando os NM e NAG, são ligados diretamente ● Formam uma malha de camadas mais espessa ou mais fina - GRAM-POSITIVO ● Peptideoglicano espesso ● Ácidos Teicóicos (especificidade antigênica) ● Em células álcool-ácido resistentes, contém ácido micólico ● São mais resistentes do ponto de vista físico (para romper) e do ponto de vista químico (em relação ao álcool) - GRAM-NEGATIVO ● Peptideoglicano fino ● Membrana externa (só existe na negativa): carga - e barreira (detergentes, metais pesados, sais biliares, antibióticos particulares), mais suscetíveis à quebra - O LPS (lipopolissacarídeo) é um antígeno relacionado a febre, estimula a resposta inflamatória - atua como endotoxina quando a bactéria está sofrendo lise - Possui uma camada a mais de gordura, sendo menos permeável - barreira hidrofóbica que pode barrar o antibiótico de chegar no alvo (citoplasma, por exemplo) - impermeabiliza a célula ● Proteínas (permeabilidade) ● Polissacarídeos (antígeno) O - sofre variação e pode ser utilizado na sorologia ● Lipídeo A (endotoxina) - virulência: esse lipídeo A está solto, porque foi liberado na circulação sanguínea (faz parte da estrutura do LPS) - pode ser por causa da ação do antibiótico - e ele pode chegar ao hipotálamo e causar febre - LIPOPOLISSACARÍDEO (LPS) - gram-negativas - Composto pelo antígeno O (açúcares que podem variar em sequência) - antigenicidade (REVER); lipídeo A (virulência) - libera endotoxina; e hidrofobicidade - estrutura muito hidrofóbica, célula menos permeável → Como recebe água e nutrientes? - Expressa porinas (canais) para passagem de água, sais, glicose e nutrientes e antibióticos para dentro da célula - Ainda assim são mais resistentesaos antibióticos - PAREDES CELULARES ATÍPICAS - Mycoplasmas (a menor bactéria conhecida) ● Sem paredes celulares (passam pela maioria dos filtros) ● Esteróis na membrana plasmática - Archaea ● Sem parede, ou ● Paredes de pseudomureína (falta aminoácidos D e NAM) ● Gram negativo devido à falta de peptidoglicano - Àlcool-ácido resistentes ● Mycobacterium e espécie patogênica de Nocardia (altas concentrações de um lipídio de cera hidrofóbica, ácido micólico, que impede a absorção de corantes. - MECANISMO DA COLORAÇÃO DE GRAM - Corantes e microscopia de luz - Cristais de cristal violeta-iodo formam-se dentro da célula - Cristal violeta (roxo) e safranina (rosa) - Gram-positivo (roxo) ● Álcool desidrata peptidoglicano ● Cristais de CV-I não saem - Gram-negativo (rosa) ● Álcool dissolve membrana externa e deixa buracos no peptidoglicano ● CV-I é liberado - ETAPAS - Coloração de Gram: diferencia as bactérias de acordo com a composição e espessura da camada de peptidoglicano. 1. Fazer esfregaço do microrganismo em lâmina 2. Colocar o primeiro colorante (cristal violeta) - vai ficar tudo roxo 3. Colocar um mordente (lodo) - forma um complexo com o cristal violeta dentro da célula que fica retida,continua roxo 4. Lavar com álcool ou acetona (solvente) - dissolve a membrana externa de quem possui (as gram-) e o corante roxo sai de dentro das gram-negativas e elas perdem a coloração 5. Colocar o segundo colorante (safranina ou fucsina) - colore de rosa as células gram-negativas 6. Lavar com abundante água e secar 7. Observar ao microscópio óptico com lente de 100 - Gram+: Camada peptidoglicana ~ 80 nm - Gram-: Camada peptidoglicana ~20 mm ● Camada peptidoglicana menor ● Camada de fosfolipídios externa ● Entre as duas : espaço periplasmático
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