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Metodologia e Didática do ensino médio: Normal e Educação profissional Prof. Esp. Telma Lúcia UNIDADE - II Didática e Metodologia do Ensino Médio: Normal e Educação Profissional Prof.ª Esp. Telma Lúcia “O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele.” (Kant) A. Marque a alternativa correta: 1. Do quê a EB (Educação Básica) está composta? a. ( ) Faz parte da EB: EI, EF (ciclos I e II) e EM. b) ( ) Não faz parte da EB a EI. c) ( ) Somente o EM faz parte da EB. d) ( ) EB é composta por EM e graduação. e) ( ) O EM não faz parte da EB, somente EI e EF. 2. Quais as questões de extrema importância a serem levantadas para análise, no que diz respeito a compreender as várias mudanças da educação básica no contexto brasileiro? a. ( ) A situação socioeconômica. b. ( ) Conceito de Educação Básica c. ( ) A ação responsável do Estado e suas obrigações correspondentes d. ( ) A pobreza gerada pela desigualdade social extrema vivida no Brasil e. ( ) Apenas conhecer a LDB nº 9.394/96 3. Quais as etapas da Educação básica? a. ( ) A Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio. b. ( ) Educação básica, ensino superior e profissionalizante c. ( ) Ensino infantil, médio e educação profissional d. ( ) Educação infantil, ensino médio e ensino superior 4. A prática da Educação Infantil deve ser organizada segundo os Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil – RCNEI1, com o intuito de subsidiar as políticas públicas de Educação Infantil. Qual o objetivo do RCNEI? a. ( ) São as relações educativas travadas num espaço de convivência coletiva em que o sujeito é a criança. O cuidar e o educar constituem-se premissas básicas para o trabalho educativo com a criança dessa faixa etária, não deixando de ser permeado pelo brincar (MENDES, 2007). b. ( ) Mostrar que a educação é um serviço público para desenvolvimento e resgate da cidadania, com obrigações e ações necessárias ao desenvolvimento de processos de educação dentro de um sistema educacional coerente. c. ( ) Mostrar a duração que é de nove anos, de acordo com a Lei nº 11.274/06. d. ( ) Informar que o Ensino Fundamental é obrigatório e a matrícula da criança é de responsabilidade dos pais ou responsáveis; ao Estado compete a garantia de vagas nas escolas públicas. 5. O Ensino Fundamental é a segunda etapa da educação básica no Brasil. Conforme disposto no artigo 32 da LDB 9.394/96, tem por objetivo a formação básica do cidadão. São afirmações sobre o Ensino fundamental, exceto qual alternativa? a. ( ) O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo; b. ( ) A compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade. c. ( ) O fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social. d. ( ) Desenvolver uma imagem positiva de si, atuando de forma cada vez mais independente, com confiança em suas capacidades e percepção de suas limitações. 6. O Ensino Médio, última etapa da educação básica, com duração de três anos, tem como finalidades, conforme disposto no artigo 35 da LDB 9.394/96. Qual a alternativa NÂO faz referência ao ensino médio? a. ( ) A consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no Ensino Fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos; b. ( ) A preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores; c. ( ) O aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico; d. ( ) Brincar, expressando emoções, sentimentos, pensamentos, desejos e necessidades. 7. Qual o principal documento que, atualmente, rege a educação brasileira? a. ( ) LDB 4.024. b. ( ) LDB 5.692. c. ( ) LDB 9. 394. d. ( ) PCNs. e. ( ) Lei 12.014. 8. São objetivos para formar professores criativos e que dialoguem com a realidade: a. ( ) Proporcionar instrumentalização técnica, pois saber fazer é o mais importante, já que será nos livros há respaldo teórico. b. ( ) Mostrar aos alunos que o aluno ideal existe e este será seu público. c. ( ) Proporcionar mínima instrumentalização, assim a ação docente será coerente. d. ( ) Proporcionar fundamentação prática, que é o suficiente para lidar com alunos carentes. e. ( ) Proporcionar uma adequada fundamentação teórica que permita uma ação docente eficaz. 9. Sobre a educação profissional é correto afirmar que: a. ( ) A educação profissional nunca teve caráter assistencialista. b. ( ) A partir de 1996, com a LDB nº 9394,um capítulo específico passou a tratar a educação profissional. c. ( ) Já em 1934 a educação profissional fazia parte da educação formal. d. ( ) Até hoje a educação profissional não é considerada educação formal. e. ( ) Nenhuma legislação trata da educação profissional. Ela só acontece em cursos livres. 10. (Enade 2005). A primeira iniciativa, no Brasil, de formar o professor primário em nível universitário se deu com a Escola de Educação da Universidade do Distrito Federal, em 1935. Liderada pelo intelectual Anísio Teixeira, esta iniciativa contribuiu na configuração do perfil e da carreira do educador, com a definição de um espaço de atuação profissional precisamente identificado. Contudo, para que esta formação docente obtivesse resultados positivos, era preciso: a. ( ) Conceber a atividade educativa somente como prática ascética. b. ( ) Preparar o professor para assumir funções técnicas e administrativas. c. ( ) Definir a educação como arte prática e instrumento de análise das Ciências Sociais. d.( ) Construir conhecimentos educacionais independentes das demais Ciências Humanas. e. ( ) Dispensar o exercício científico na ação educativa a partir da perspectiva da organização da escola Objetivos da unidade-II ✓Compreender as práticas pedagógicas desenvolvidas em variados contextos do EM e a educação profissional. ✓Conceituar a educação profissional e a empregabilidade. ✓Compreender o papel do pedagogo nesse contexto. 9 Tópicos a serem estudados EB: empregabilidade, autoconhecimento, contextos educacional e profissional, métodos e técnicas de ensino: • Educação profissional e a empregabilidade. • Papel do pedagogo: mediação, autoconhecimento, contextos educacional e profissional. • EB e educação profissional: métodos e técnicas 10 Qual a função da didática para o processo de ensino aprendizado? • Didática é a análise e desenvolvimento de técnicas e métodos que podem ser utilizados para ensinar determinado conteúdo para um indivíduo ou um grupo. • Os professores e instrutores utilizam a didática como meio para aplicar modelos de abordagens que possibilitam o aprendizado dos seus alunos. • Didática é o modo como o professor ensina determinado conteúdo para os discentes, garantindo, através de estratégias, a construção do conhecimento. 11 Professor que tem boa didática faz a diferença em sala de aula A didática ajuda o professor na direção e orientação das tarefas do ensino e da aprendizagem, fornecendo-lhe mais segurança profissional. • O papel do professor, portanto é o de planejar, selecionar e organizar os conteúdos, programar tarefas, criar condições de estudo dentro da classe, incentivar os alunos para o estudo. • Ou seja, o professor media as atividades de aprendizagem dos alunos a fim de que estes se tornem sujeitos ativos da própria aprendizagem. • Não há ensino verdadeiro se os alunos não desenvolvem suas capacidades e habilidades mentais. • A didática fornece ferramentas de como o professor media essa relação entre aluno e objeto do conhecimento. 12 • Vem da expressão grega Τεχνή διδακτική (techné didaktiké), que se pode traduzir como arte ou técnica deensinar. • A didática é a parte da pedagogia que se ocupa dos métodos e técnicas de ensino, destinados a colocar em prática as diretrizes da teoria pedagógica. A didática estuda os diferentes processos de ensino e aprendizagem. • O educador Jan Amos Komenský, mais conhecido por Comenius, é reconhecido como o pai da didática moderna, e um dos maiores educadores do século XVII. • A didática se configura simultaneamente em ensino e aprendizagem, ela pode ser pensada a partir do ensino, planejamento e avaliação. Vincula-se a reflexão do modo de ensinar e aprender situado historicamente. • A didática, segundo Libâneo (2012), tem como objeto de estudo o processo de ensino-aprendizagem, tendo em vista a apropriação das experiências humanas e sociais e historicamente desenvolvidas. O QUE É DIDÁTICA: 13 Metodologia: • Metodologia: é uma palavra derivada de “método”, do Latim “methodus” cujo significado é “caminho ou a via para a realização de algo”. • Método é o processo para se atingir um determinado fim ou para se chegar ao conhecimento. • Cada área possui uma metodologia própria. A metodologia de ensino é a aplicação de diferentes métodos no processo ensino- aprendizagem. • Os principais métodos de ensino usados no Brasil são: método Tradicional (ou Conteudista), o Construtivismo (de Piaget), o Sociointeracionismo (de Vygotsky) e o método Montessoriano (de Maria Montessori). 14 História e pesquisadores da educação Principais pensadores da EDUCAÇÃO • Fotografia de sala de aula feminina que ilustra o livro Histórias da nossa terra, de Julia Lopes de Almeida, publicado em 1907. • Nesta época, a educação feminina era um privilégio numa sociedade comandada por homens, porém tal privilégio detinha interesses como a necessidade da construção de uma “sociedade civilizada”. Nesse sentido, as meninas também passaram a serem alvos dos padrões desejáveis para obtenção desta sociedade. • Porque além da sua educação o cuidado com os filhos e organização do lar eram tarefas destinadas ao sexo feminino. Essas eram as justificativas encontradas em muitos discursos da época para “permitir” que a mulher freqüentasse os bancos escolares. 15 Aristóteles: 384 A.C. - 322 A.C • Para Aristóteles, a educação visa à virtude, ou excelência moral, que corresponderia à ideia de uma razão relativa às questões da conduta. • Tal disposição supõe a precedência de uma escolha dos atos a serem praticados e de um hábito construído e firmado pela repetição, daí, a importância da educação. Fonte: educarparacrescer.abril.com.br16 http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/aristoteles-307025.shtmll Comenius (1592-1670 ) "As escolas, fazendo que os homens se tornem verdadeiramente humanos, são sem dúvida as oficinas da humanidade." • Jan Amos Komensky defendia uma educação para a vida cotidiana, com sistematização de todos os conhecimentos e o estabelecimento de um sistema universal de educação, com oportunidades para as mulheres. • Didáctica Magna (1628-1632) marca o início da sistematização da pedagogia e da didática no Ocidente. • A obra, à qual o autor se dedicou ao longo de sua vida, tinha grande ambição. Comenius chama sua didática de ‘magna’ porque ele não queria uma obra restrita, localizada. • No livro, o pensador realiza uma racionalização de todas as ações educativas, indo da teoria didática até as questões do cotidiano da sala de aula. 17 Vygotsky(1896-1934) • Lev Semenovitch Vygotsky(1896-1934), advogado e psicólogo russo, enfatizava o papel da linguagem e do processo histórico social no desenvolvimento do indivíduo. • Sua questão central é a aquisição de conhecimentos pela interação do sujeito com o meio. • Para ele, o sujeito não é apenas ativo, mas se também interativo, pois adquire conhecimentos a partir de relações intra e interpessoais. • É na troca com outros sujeitos que o conhecimento e as funções sociais são assimilados. 18 Celestin Freinet (1896-1966) • Pedagogo francês que questionava a definição de materiais, de locais e de condições especiais para a realização do trabalho pedagógico. • Propõe o trabalho/jogo como atividade fundamental, com técnicas construídas com base na experimentação e na documentação, que dão à criança instrumentos para aprofundar seu conhecimento e desenvolver sua ação. • Algumas técnicas da pedagogia de Freinet: o desenho livre, o texto livre, as aulas-passeio, a correspondência interescolar, o jornal, o livro da vida (diário e coletivo), o dicionário dos pequenos, o caderno circular para os professores. 19 Maria Montessori (1870-1952) • Maria Montessori, (1870-1952), médica e pedagoga italiana. Foi a primeira mulher a se formar em medicina na Itália. • Depois de sua licenciatura em Pedagogia, dedicou-se à educação de crianças excepcionais num hospital psiquiátrico de Roma. • Desenvolveu o sistema montessoriano que se apoia no trinômio: atividade, indvidualidade e liberdade. • Ela acreditava que os estímulos externos formariam o espírito da criança precisando, portanto, ser determinados. 20 Anísio Teixeira (1900-1971) • Anísio Spínola Teixeira (1900-1971) Advogado, filósofo e educador brasileiro. • É considerado o principal idealizador das grandes mudanças que marcaram a educação brasileira no século 20. • Personagem central na história da educação no Brasil, nas décadas de 1920 e 1930, difundiu os pressupostos do movimento da Escola Nova, que tinha como princípio a ênfase no desenvolvimento do intelecto e na capacidade de julgamento, em preferência à memorização. Reformou o sistema educacional da Bahia e do Rio de Janeiro, exercendo vários cargos executivos. Foi um dos mais destacados signatários do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, em defesa do ensino público, gratuito, laico e obrigatório, divulgado em 1932.21 https://pt.wikipedia.org/wiki/Educa%C3%A7%C3%A3o_no_Brasil https://pt.wikipedia.org/wiki/D%C3%A9cada_de_1920 https://pt.wikipedia.org/wiki/D%C3%A9cada_de_1930 https://pt.wikipedia.org/wiki/Escola_Nova https://pt.wikipedia.org/wiki/Bahia https://pt.wikipedia.org/wiki/Manifesto_dos_Pioneiros_da_Educa%C3%A7%C3%A3o_Nova https://pt.wikipedia.org/wiki/Ensino_p%C3%BAblico https://pt.wikipedia.org/wiki/Laico https://pt.wikipedia.org/wiki/1932 Paulo Freire (1921-1997) Paulo Reglus Neves Freire (1921-1997) advogado e educador brasileiro, se opôs aos privilégios das classes dominantes, as quais impedem a maioria de usufruir os bens produzidos pela sociedade. A educação, segundo Freire, deveria passar necessariamente pelo reconhecimento da identidade cultural do aluno, sendo o diálogo a base de seu método. 22 José Carlos Libâneo (1945 - ...) • José Carlos Libâneo (1945 - ...), filósofo e educador brasileiro, foi o criador do termo Pedagogia Crítico-social dos conteúdos. • Seus pensamentos estão relacionados à teoria da educação, didática, formação de professores, ensino e aprendizagem, organização e gestão da escola. 23 Para começar a reflexão “A educação é um processo social, é desenvolvimento. Não é a preparação para a vida, é a própria vida.” (Dewey) • Viveu entre 1859/1952. • Foi um filósofo e pedagogo o norte- americano. • Educação progressiva: educar a criança como um todo; o que importa é o crescimento – físico, emocional e intelectual. 24 5.1 Educação profissional no Brasil: contexto histórico 5 ENSINO MÉDIO E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL • O processo educacional da formação profissional, em sua trajetória, foi destinado aos desfavorecidos socialmente, visto que seu objetivo primórdio era formar operários com pouca qualificação, isto até a década de 1970. 25 5.1 Educação profissional no Brasil: contexto histórico 5 ENSINO MÉDIO E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL • Um pouco da história da Educação Profissional... No Brasil a formação do trabalhador ficou marcada já no início com o estigma da servidão, por terem sido os índios e os escravos os primeiros aprendizes de ofício. Com isto, “... habituou-se o povo de nossa terra a ver aquela forma de ensino como destinada somente a elementosdas mais baixas categorias sociais". (Fonseca, 1961, p. 68) 26 5.1 Educação profissional no Brasil: contexto histórico 5 ENSINO MÉDIO E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL • Com o passar dos anos a Educação Profissional foi ganhando cada vez mais caráter formal e novas Instituições, além das públicas, foram surgindo, sendo importante destacar, nas décadas de 30 a 40, as escolas salesianas, o SENAC e SENAI. Propedêutica é um termo utilizado para tratar das etapas iniciais e introdutórias no processo de aprendizagem. Dualidade: educação propedêutica / Educação Profissional 27 5.1 Educação profissional no Brasil: contexto histórico 5 ENSINO MÉDIO E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL • Já na década de 1980 surgiram novas formas de organização e de gestão que modificaram estruturalmente o mundo do trabalho com o desenvolvimento de tecnologias complexas vinculadas à produção e à prestação de serviço. Em consequência, passou a ser exigida uma sólida base de educação geral para todos os trabalhadores; educação profissional básica aos não qualificados; qualificação profissional de técnicos; e educação continuada para atualização, aperfeiçoamento, especialização e requalificação de trabalhadores (BRASIL, 1999a). 28 • Nessa trajetória histórica, o Parecer CNE/CBE nº 16/99 João VI cria o Colégio das Fábricas, considerado o primeiro estabelecimento instalado pelo poder público, com o objetivo de atender à educação dos artistas e aprendizes vindos de Portugal • Já no ano de 1816 propõe-se a criação de uma escola que tinha como objetivo a articulação do ensino das ciências e do desenho para ofícios mecânicos, a denominada Escola de Belas Artes. • Entre 1840 e 1856 foram criadas dez Casas de Educandos e Artífices em capitais de província, sendo a primeira em Belém do Pará, a fim de viabilizar o atendimento a menores abandonados, prioritariamente. • Em 1861, é organizado o Instituto Comercial do Rio de Janeiro, que formava pessoas principalmente para preenchimento de cargos públicos em Secretarias de Estado. Escola de Belas Artes Colégio das Fábricas Casas de Educandos e Artífices Instituto Comercial do Rio de Janeiro 29 No decorrer do tempo, muitas escolas técnicas foram instituídas: • 1861 – Ocorreu a organização do Instituto Comercial do Rio de Janeiro. • 1931 – foi criado o Conselho Nacional de Educação e também foi efetivada uma reforma educacional, conhecida pelo nome do Ministro Francisco Campos: Leis Orgânicas do Ensino, mais conhecidas como Reforma Capanema, conforme visto no Parecer CNE/CBE nº 16/99. • 1934 – com a Constituição desse ano, um novo formato para a educação nacional foi traçado pelo plano nacional de educação. • 1937 – Somente na Constituição de 1937 foi tratada a questão do ensino técnico profissional, conforme disposto em seu artigo 129. 1941 – A partir de 1941, mudanças ocorreram no processo educacional, o ensino profissional passou a contar com exames de admissão, bem como foi considerado também de nível médio • 1942 – Leis Orgânicas do Ensino Secundário (Decreto-Lei nº 4.244/42) e do Ensino Industrial (Decreto-Lei nº 4.073/42). 30 • 1943 – Lei Orgânica do Ensino Comercial (Decreto-Lei nº 6.141/43). • 1946 – Leis Orgânicas do Ensino Primário (Decreto-Lei nº 8.529/46), do Ensino Normal (Decreto Lei nº 8.530/46) e do Ensino Agrícola (Decreto-Lei nº 9.613/46). Nesse período histórico, foram instituídos o Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) e o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial); além disso, as chamadas escolas de aprendizes artífices transformaram-se em escolas técnicas federais. • 1971 – Em 1971, a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (nº 5.692), é instituída e vem trazendo novidades para a educação profissional, visto que generaliza a profissionalização no segundo grau, nomenclatura dada ao Ensino Médio. De acordo com Manfredi (2002, p. 105), essa Lei instituiu “a profissionalização universal e compulsória para o ensino secundário”. Com a Lei 5.692/71. • 1978 – De acordo com o documento Centenário da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, do Ministério da Educação, em 1978, com a Lei nº 6.545, três Escolas Técnicas Federais (Paraná, Minas Gerais e Rio de Janeiro). 1996 – Com a instituição da Lei 9.394 neste ano, alterações ocorreram na educação nacional, e o Ensino Médio passa a ser considerado como etapa final da educação básica. No decorrer do tempo, muitas escolas técnicas foram instituídas: cont. 31 5.1ENSINO MÉDIO E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL Há três níveis de educação profissional segundo a legislação brasileira: • Nível básico: Voltado para pessoas de qualquer nível de instrução e que pode ser realizado por qualquer instituição de ensino. • Nível técnico: Voltado para estudantes de Ensino Médio ou pessoas que já possuam este nível de instrução. Pode ser realizado por qualquer instituição de ensino com autorização prévia das secretarias estaduais de educação. Há a opção de se fazer esses cursos integrados com o ensino médio ou separados, a partir do término do 2º ano do ensino médio. • Nível tecnológico: Realizado apenas por instituição de ensino superior (faculdades ou universidades). 32 5.2 Educação profissional e a LDB 9.394/96 • Em seus primórdios, a educação profissional possuía um caráter assistencialista; entretanto, a partir de 1996, com a instituição da Lei 9.394, um capítulo específico passou a cuidar da educação profissional 33 5.2 Educação profissional e a LDB 9.394/96 34 De acordo com os Referenciais Curriculares Nacionais da educação profissional de nível técnico (BRASIL, 2000): ✓O ensino profissional está centrado no desenvolvimento de competências em nosso cotidiano; ✓Os currículos dos cursos de educação profissional devem atender às demandas do mundo globalizado e do trabalho; ✓A educação profissional, na perspectiva de um novo paradigma de interesse social, deve capacitar o jovem para exercer sua real cidadania como sujeito ativo, social e histórico. 5.2 Educação profissional e a LDB 9.394/96 35 O ensino profissional está centrado no desenvolvimento de competências em nosso cotidiano. • As novas profissões do futuro e sobre as que deixarão de existir. Ainda que em ritmo lento, dezenas de profissões que conhecíamos há décadas desapareceram e nem notamos e surgiram outras que sequer imaginávamos. • Vivemos em uma economia acelerada, em um cenário incerto, onde as decisões são tomadas pensando no curto prazo, e as ações precisam ser rápidas; Conhecimento + Habilidade + Atitude = CHA • Quando executa algo com qualidade você tem competência. • Para o sociólogo suíço, Philippe Perrenoud, competência é a soma de coisas utilizadas de forma criativa para atender a uma demanda. Quanto mais faz, mais aperfeiçoa. 5.2 Educação profissional e a LDB 9.394/96 36 O ensino profissional está centrado no desenvolvimento de competências em nosso cotidiano 37 O ensino profissional está centrado no desenvolvimento de competências em nosso cotidiano. • O ponto de partida é sempre o conhecimento, formal ou informal, técnico ou não. • O C conhecimento trata-se de saber o que fazer e engloba conhecer e acumular conceitos a partir de experiência e estudo. Por exemplo, antes de cozinhar algo novo, você precisa conhecer a receita, além de entender como usar os eletrodomésticos. • Mas só saber não basta: é preciso saber como fazer. É o H de habilidade para realizar a atividade prática através dos conhecimentos que possui, ou aprender. É aqui que entram os conhecimentos técnicos de cada profissão, por exemplo, adquiridos através da educação formal. • Saber o que fazer e como fazer de nada adianta sem A atitude, o querer fazer. • Agir. Colocar em prática. Perceber o que deve ser feito e tomar a iniciativa. • Segundo Robert Lee Katz, autor de Skills of on Effective Administrator, são as habilidades que transformam conhecimentos em ações para alcançar determinado objetivo. 38 Resolução CEB nº 4, de 8 de dezembro de 1999, que diz em seu artigo 6º o que seentende por competência profissional. Assim, segundo tal Resolução, competência profissional é a capacidade de mobilizar, articular e colocar em ação valores, conhecimentos e habilidades necessários para o desempenho eficiente e eficaz de atividades requeridas pela natureza do trabalho. As competências requeridas pela educação profissional, considerada a natureza do trabalho, são: • Competências básicas, constituídas no ensino fundamental e médio; • Competências profissionais gerais, comuns aos técnicos de cada área; • Competências profissionais específicas de cada qualificação ou habilitação. 39 De acordo com os Referenciais Curriculares Nacionais da educação profissional de nível técnico (BRASIL, 2000): • O ensino profissional está centrado no desenvolvimento de competências em nosso cotidiano; • Os currículos dos cursos de educação profissional devem atender às demandas do mundo globalizado e do trabalho; • A educação profissional, na perspectiva de um novo paradigma de interesse social, deve capacitar o jovem para exercer sua real cidadania como sujeito ativo, social e histórico. 5.2 Educação profissional e a LDB 9.394/96 40 • O Catálogo Nacional de Cursos Técnicos (CNCT): é um instrumento que disciplina a oferta de cursos de educação profissional técnica de nível médio, para orientar as instituições, estudantes e a sociedade em geral. • É um referencial para subsidiar o planejamento dos cursos e correspondentes qualificações profissionais e especializações técnicas de nível médio. • O CNCT, instituído pela Portaria MEC nº 870, de 16 de julho de 2008, com base no Parecer CNE/CEB nº 11/2008 e na Resolução CNE/CEB nº 3/2008, é atualizado periodicamente para contemplar novas demandas socioeducacionais. • A segunda edição do Catálogo foi publicada pela Resolução CNE/CEB nº 04/2012, com base no Parecer nº 03/2012. 5.3 Catálogo Nacional de Cursos Técnicos de Nível Médio: uma nova organização por eixos tecnológicos http://portal.mec.gov.br/docman/novembro-2017-pdf/77451-cnct-3a-edicao-pdf-1/file 41 Agregando ao todo 185 possibilidades, o catálogo apresenta 12 eixos estabelecidos para agrupar os cursos: 1. Ambiente, Saúde e Segurança; 2. Apoio Educacional; 3. Controle e Processos Industriais; 4. Gestão e Negócios; 5. Hospitalidade e Lazer; 6. Informação e Comunicação; 7. Infraestrutura; 8. Militar; 9. Produção Alimentícia; 10. Produção Cultural e Design; 11. Produção Industrial; 12. Recursos Naturais 5.3 Catálogo Nacional de Cursos Técnicos de Nível Médio: uma nova organização por eixos tecnológicos 42 5.4 Serviços de apoio escolar: educação profissional técnica de nível médio na área educacional Sabendo-se que o trabalho educacional realizado na escola não se limita ao professor, pois é estabelecido no processo relacional entre todos os segmentos de trabalhadores da educação, as Diretrizes Curriculares para a área educacional são estabelecidas por meio do Parecer CNE/CEB nº 16/2005. Os profissionais não docentes constituem-se em “um segmento historicamente esquecido e não contemplado pelas políticas oficiais” e que o “o novo contexto social fez da escola um espaço de exercício de múltiplos papéis, o que requer a presença de vários profissionais da educação. Esta realidade coloca em cena os funcionários de escola” (BRASIL, 2005a). 43 Assim, nas instituições de ensino da educação básica são encontrados profissionais não docentes que carecem de formação profissional adequada nas variadas funções. Outro aspecto relevante a se considerar, nesse contexto, é que grande parte desses funcionários não passaram por processos seletivos, gerando, portanto, prejuízos em sua formação e escolarização . Nesse sentido, justifica-se que a Secretaria de Educação Básica do MEC inclua no rol das áreas profissionais a criação de uma nova área técnica de profissionalização: o Apoio Educacional. Essa área [...] servirá não só para a aquisição das competências para o bom desenvolvimento das atividades educacionais, área que requer competentes e compromissados profissionais, mas será também um instrumento importante para a construção da identidade social desses funcionários e para sua valorização profissional (BRASIL, 2005a). 5.4 Serviços de apoio escolar: educação profissional técnica de nível médio na área educacional 44 • O Eixo Tecnológico: Apoio Educacional compõe o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos e compreende atividades relacionadas ao planejamento, execução, controle e avaliação de funções de apoio pedagógico e administrativo em escolas públicas, privadas e demais instituições. • Tradicionalmente, são funções que apoiam e complementam o desenvolvimento da ação educativa intra e extraescolar. • Os serviços de apoio educacional são realizados em espaços como secretaria escolar, bibliotecas, manutenção de infraestrutura, cantinas, recreios, portarias, laboratórios, oficinas, instalações esportivas, almoxarifados, jardins, hortas, brinquedotecas e outros espaços requeridos pela educação formal e não formal. 5.4.1 Eixo Tecnológico: Apoio Educacional 45 A organização curricular desses cursos contempla estudos sobre: ✓Concepção de educação, ✓Administração democrática do ensino, ✓Organização da educação nacional, ✓Bem como ética, ✓Normas técnicas e de segurança, ✓Redação de documentos técnicos, ✓Raciocínio lógico ✓Além da capacidade de trabalhar em equipes, com iniciativa, criatividade e sociabilidade. 46 5.4.1 Eixo Tecnológico: Apoio Educacional Competência profissional • Capacidade de articulação e mobilização de conhecimentos e habilidades adquiridos e necessários para o bom desenvolvimento das atividades realizadas, de acordo com a natureza do trabalho. Assim... Ao Pedagogo: Resta verificar, na prática pedagógica desenvolvida pela escola, se esta está atendendo, única e exclusivamente, aos preceitos mercadológicos, ou se também está voltada para uma formação que seja capaz de ser ao mesmo tempo inclusiva, transformadora da realidade e contribuidora do desenvolvimento do país e não apenas formadora de mão de obra qualificada. 47 Interatividade: Leia as assertivas: I. O trabalho educacional realizado na escola não se limita ao professor. II. Os profissionais não docentes constituem-se em “um segmento historicamente esquecido e não contemplado pelas políticas oficiais”. III. O trabalho educacional é tarefa exclusiva do professor em sua sala de aula. Está correta a opção: a) Apenas I. b) Apenas II c) Apenas III. d) I e II. e) I e III. 48 6 EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E A EMPREGABILIDADE De repente, a vida começou a impor-se, a desafiar-me com seus pontos de interrogação, que se desmanchavam para dar lugar a outros; eu liquidava esses outros e apareciam outros. (Carlos Drummond de Andrade) 49 50 O Ministério da Educação, juntamente com atores sociais representativos do mundo laborativo, elaborou um documento que orientasse e organizasse os cursos técnicos a serem oferecidos, conforme visto a seguir: Ao longo de 2007 e no primeiro semestre de 2008, especialistas de todo o país, além de representantes dos sistemas de supervisão de ensino dos estados, juntamente com representantes de outros órgãos do governo somaram esforços ao Ministério da Educação para elaborar o Catálogo Nacional dos Cursos Técnicos que servirá na orientação de estudantes e instituições de ensino na oferta de cursos técnicos (BRASIL, 2008a, p. 8). 6 EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E A EMPREGABILIDADE • É oferecido, neste catálogo, como os cursos devem ser organizados, seguindo a seguinte conformidade: 51 6 EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E A EMPREGABILIDADE “A organização dos cursos de educação profissional e tecnológica será realizada por eixo tecnológico, possibilitando diferentes itinerários formativos. O eixo tecnológico, por sua vez, pode ser entendido como uma linha central de estruturação de um curso, definida por uma matriz tecnológica”. Essa estruturação orienta a definição dos componentes essenciais e complementares docurrículo, expressa a trajetória do itinerário formativo e estabelece as exigências pedagógicas 52 6 EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E A EMPREGABILIDADE 6 EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E A EMPREGABILIDADE • Em linhas gerais, o novo paradigma da educação profissional e tecnológica, na nova configuração do trabalho e diante das mudanças tecnológicas do nosso tempo, deve servir de alavanca para o desenvolvimento social, econômico e cultural, na expectativa de novas possibilidades de inclusão social, na geração de novas oportunidades de trabalho e de novas perspectivas de boa qualidade de vida. qualidade de vida.” (SANTOS, 2010, pp. 62-63) 53 • De acordo com os Referenciais Curriculares Nacionais da Educação Profissional de Nível Técnico (MEC, 2000), o ensino profissional está centrado no desenvolvimento de competências em nosso cotidiano. • Desse modo, faz-se necessária a seguinte pergunta: na elaboração curricular, quais são as competências fundamentais para atender às demandas futuras e as da atualidade? 54 6 EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E A EMPREGABILIDADE 55 6 EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E A EMPREGABILIDADE 5 6 • Novas formas de comunicação, de pensar e de aprender tornam as escolas desafiadas à implementação de modos alternativos, diferenciados e flexibilizados, a fim de possibilitar práticas inovadoras no que tange à educação profissional. • Segundo a Resolução CNE/CEB nº 04/99 (BRASIL, 1999c), que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação profissional de nível técnico, no artigo 6º, parágrafo único, incisos I, II e III, são estabelecidas as competências requeridas pela educação profissional, considerada a natureza do trabalho: • Competências técnicas: constituídas no Ensino Fundamental e Médio. • Competências profissionais gerais: comuns aos técnicos de cada área. •Competências profissionais específicas de cada qualificação ou habilitação. 57 6 EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E A EMPREGABILIDADE Diante do exposto, em nosso cotidiano torna-se necessária a transformação do mundo por meio do homem, como bem pontuou Freire (1987, p. 78): [...] a existência humana não pode ser muda, silenciosa, tampouco pode nutrir-se de falsas palavras, mas de palavras verdadeiras, com que os homens transformam o mundo. Existir, humanamente, é pronunciar o mundo, é modificá-lo. O mundo pronunciado, por sua vez, se volta problematizado aos sujeitos pronunciantes, a exigir deles como pronunciar. Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão. 58 6 EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E A EMPREGABILIDADE Sem dúvida, a descoberta de competências a serem estabelecidas nos currículos dos cursos de educação profissional, que atendam às necessidades, é um tema complexo, tanto por conta da sociedade do conhecimento em que vivemos como pelo mundo globalizado que se estabeleceu. (FREIRE, 1987, p. 78) Interatividade • De acordo com os Referenciais Curriculares Nacionais da Educação Profissional de Nível Técnico (MEC, 2000): a) O ensino profissional está centrado no desenvolvimento de competências em nosso cotidiano. b) O ensino profissional está centrado no desenvolvimento de competências teóricas. c) O ensino profissional está centrado nas etapas de desenvolvimento do adolescente. d) O ensino profissional está centrado na educação bancária. e) O ensino profissional ainda não tem um caminho percorrido. 59 60 Para um melhor entendimento, verificaremos o significado de alguns termos e conceitos básicos: • Empregabilidade Segundo Cabrera (2006), a empregabilidade é a capacidade de acumular e manter atualizadas suas competências, seu conhecimento e sua rede de relacionamentos, de forma a ter sempre em suas mãos o arbítrio sobre sempre em suas mãos o arbítrio sobre seu projeto de carreira. 61 • Profissão: De acordo com Flory (et al 2004, p. 19), “é uma área em que a pessoa está capacitada a trabalhar, [...] designa um conjunto, muitas vezes definido pessoa a pessoa, de ocupações possíveis para aquele profissional”. Portanto, a capacitação em uma profissão pode ser obtida por meio de estudo formal, de experiência profissional, da vivência ou por meio da troca de experiência, entre outras. 62 Para um melhor entendimento, verificaremos o significado de alguns termos e conceitos básicos: • Carreira: Conforme aponta Flory (et al 2004, p. 22), “significa o conjunto de ocupações e profissões que você já desempenhou em sua vida, montando o corpo de experiências e responsabilidades pelas quais já passou”, ou seja, é a soma de todas as experiências ocupacionais do profissional. 63 O livro é um verdadeiro manual para todo mundo que tem uma carreira mas vive se questionando sobre o presente e o futuro. Recheado de ensinamentos como Para um melhor entendimento, verificaremos o significado de alguns termos e conceitos básicos: Ocupação, cargo, função • Englobam as atividades que o cidadão realiza no mundo do trabalho. “É o conjunto de postos de trabalho substancialmente iguais quanto a sua natureza e qualificações exigidas, [...] é um conjunto articulado de funções, tarefas e operações destinadas à obtenção de produtos e serviços.” (SERT/SP, 2003, p. 34) 64 • Emprego: Segundo Flory (et al 2004), é o vínculo que uma pessoa tem com alguém ou com alguma instituição, no qual essa pessoa é paga para exercer determinada função. É a condição de estar empregado, uma função de mercado. 65 66 67 • É indispensável conhecer esses conceitos antes de se escolher uma profissão, pois muitos indivíduos os confundem e acabam desperdiçando seus talentos, habilidades e competências. • O processo de escolha de uma profissão não é fácil e demanda conhecimento das necessidades contemporâneas do mercado de trabalho, bem como a verificação das variadas possibilidades abertas ao cidadão. • Assim, a educação profissional, na perspectiva de um novo paradigma de interesse social, deve capacitar o cidadão a atender a tal demanda 6 EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E A EMPREGABILIDADE • Nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação profissional de nível técnico estão expostas as premissas básicas para a definição de currículos a partir de competências profissionais. Mas o que é considerado competência profissional? • À luz da legislação vigente, é a capacidade de articulação e mobilização dos conhecimentos e habilidades adquiridos e necessários para o bom desenvolvimento das atividades realizadas, de acordo com a natureza do trabalho. Interatividade: Emprego e trabalho são sinônimos? a) Emprego é o lugar em que se trabalha e trabalho é uma obra realizada. b) Trabalho é o lugar em que se trabalha e emprego é a carreira escolhida. emprego é a carreira escolhida. c) Trabalho é campo de ação ou exercício de determinada profissão e emprego é uma obra realizada. d) Emprego é o conjunto de consumidores potenciais trabalho é o ato de contratar potenciais, trabalho é o ato de contratar para um serviço. e) e) Emprego é o ato de contratar para um serviço, para um trabalho e trabalho é o lugar em que se trabalha 68 7. DIDÁTICA DA EDUCAÇÃO BÁSICA E DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL: MÉTODOS E TÉCNICAS Continuando a pensar na atuação do professor da educação básica e profissional, vamos estudar um pouco os métodos e técnicas que podemos utilizar na prática para transformar nossas aulas em momentos de construção de conhecimento para alunos e (por que não?) para o professor também. 69 7.1 Pensando sobre a Didática • Quais são os procedimentos, as técnicas, as metodologias, os instrumentos e os recursos de que se pode lançar mão na prática pedagógica? • Como escolher os métodos e/ou técnicas de ensino para cada modalidade, disciplina, aula ou conteúdo? • Ou melhor, como ensinar? • Observe: De acordo com o Dicionário Aurélio, a palavra didática é o feminino substantivado de didático e vem do grego didaktikós, sendo relativa ao ensino ou à instrução. • Didática vem da expressão grega Τεχνή διδακτική (techné didaktiké), que significa arteou técnica de ensinar (técnica de dirigir e orientar a aprendizagem). 70
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