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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 01ª VARA DO TRABALHO DE UBERLÂNDIA/MINAS GERAIS AUTOS Nº 0010101-10.2021.5.03.0001. RECLAMANTE: ANTÔNIO QUEIROZ RECLAMADA: PATRULHA MINEIRA LTDA PATRULHA MINEIRA LTDA, estando qualificada nos autos em epígrafe, por seu respectivo representante, Joel Batista, Brasileiro, Empresário, possuindo cadastro no CPF sob o nº xxxxxx e do RG nº xxxxxx, com endereço na Rua xxxxxxxxx, Bairro xxxxxxx, vem, formidavelmente, à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu Advogado incluído nos autos, baseado fundamentadamente no art. 895, I, da CLT, interpor; RECURSO ORDINÁRIO Em face da R. Sentença prolatada nos autos em epigrafe com ID xxxx Informa-se que todos os pressupostos de admissibilidades foram observados. Reclamante intimado da R. Sentença em 05/04/2021, fim do prazo em 20/04/2021, recurso interposto em 20/04/2021, sendo, portanto, tempestivo e tendo V. Excelência deferido o benefício da justiça gratuita em favor do reclamante não carece de preparo. Diante do exposto, requer o recebimento do presente recurso, a intimação da parte contraria para, querendo, apresentar contrarrazões, e após seja o presente recurso remetido ao Egrégio Tribunal do Trabalho da 03ª Região. Nestes termos, pede e espera deferimento. Uberlândia/MG, 20 de abril de 2021 Advogado OAB EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 03ª REGIÃO RECORRENTE: PATRULHA MINEIRA LTDA RECORRIDO: ANTÔNIO QUEIROZ RAZÕES DO RECURSO ORDINÁRIO AUTOS Nº 0010101-10.2021.5.03.0001 Eméritos julgadores, Nos autos do processo em epigrafe foi prolatada a R. Sentença que julgou improcedente os pedidos autorais, porem a R. Sentença não merece ser mantida pelas razões, que passa a expor: DOS FATOS O trabalhador Antônio Queiroz ajuizou a presente Reclamação Trabalhista em face de Patrulha Mineira Ltda. alegando que foi contratado em 4 de fevereiro de 2019 para exercer as funções de segurança, estando com o contrato de trabalho em vigor. Afirma que ficou afastado das atividades laborativas por doença não relacionada ao trabalho e que teve alta previdenciária em 8 de janeiro de 2021. Apresentou-se ao trabalho em 11 de janeiro de 2021, mas seu retorno foi impedido pelo médico do trabalho da empresa, ao fundamento de que está inapto para o exercício das atividades laborativas. Assim, pugna pelo recebimento dos salários do período de afastamento. Aduz que seu plano de saúde está indevidamente suspenso desde que teve alta previdenciária. Além disso, que tem direito ao adicional de periculosidade, pois está exposto à violência física e a roubos durante o exercício da atividade de segurança patrimonial. LIMBO JURÍDICO PREVIDENCIÁRIO Desde quando o reclamante teve alta previdenciária em 8 de janeiro de 2021 acreditou-se estar em perfeitas condições para continuar a exercer sua função dentro da empresa, portanto depois de decorrido alguns dias, apresentara-se a pessoa jurídica dia 11 do mesmo mês, porém fora negado retornar pois segundo o médico do trabalho havia inaptidão quanto sua saúde. Posteriormente descontente resolveu postular pagamento frente o período temporal até provada a reintegração laboral, entretanto, o dono responsável pela empresa Reclamada, SR. Joel Batista, demostrou a equivocada pretensão alegada, remetendo-o a documentos assinados pelo laborista provando evitar retornar à atividade, simplesmente até ter resultado do recurso administrativo impetrado junto ao INSS. Isto posto não há que se falar em Limbo Jurídico Previdenciário, sendo obstada pela vontade livre e consciente evitar continuar trabalhando. Neste sentido o Tribunal Regional Trabalho – 3 em recurso ordinário Trabalhista: LIMBO JURÍDICO PREVIDENCIÁRIO. NÃO CONFIGURAÇÃO. O chamado limbo jurídico previdenciário ocorre quando o trabalhador é considerado apto à prestação de serviços pela previdência social, cessando o direito a benefício previdenciário que percebia, mas tido por inapto pelo empregador, que não autoriza o retorno ao labor, permanecendo sem salários e em condição jurídica indefinida, enquanto formula pedidos de reconsideração ao INSS e/ou negocia a autorização para retorno às atividades. A esse respeito, o entendimento predominante é no sentido de que a responsabilidade pelo pagamento dos salários, após a cessação do benefício previdenciário, é do empregador. Não é esse, contudo, o quadro fático circunstancial descortinado nestes autos. Se a Reclamante optou por não retornar às suas atividades laborais com a de apresentar recursos à entidade previdenciária e pugnar por sua aposentadoria, mesmo instada pela empresa a assumir suas funções, não é possível imputar à Ré a responsabilidade pelo pagamento dos salários do período (grifo nosso). Portanto se negar a retornar às atividades com intenção de recorrer administrativamente desobriga qualquer responsabilidade, neste viés, da Ré pagar salários devido os períodos afastados. Desde já questiona existente Limbo Jurídico Previdenciário, contestando- o. PLANO DE SAÚDE O reclamante reclama que houve suspensão do Plano de saúde, porém este não fora desrespeitado porque evidente reclamado resolvera por mera liberalidade impedir o transcurso daquele. Segundo informa houve um acordo coletivo entre ambos submetendo respectivo empregado a arcar juntamente com empregador com os custos resultantes da cobertura convencional. Posteriormente quando o reclamante estava auferindo benefícios previdenciários deixou de pagar sua cota parte, permitindo a outra parte notifica-lo extrajudicialmente, outrora, assim não o fez ensejando suspensão contratual. A obrigação imposta contra Patrulha Mineira adimplir os gastos do serviço Médico não deve prosperar, pois o reclamante omitiu pagamento, desacordando o pacto combinado. Nossos Tribunais (TST) decidiram sobre esta omissão nos autos nº20353-18.2016.5.04.0017, havendo debate forense, contesta-se o dever da Pessoa jurídica continuar arcar com determinado Plano de Saúde. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE Exercendo atividade equiparada a segurança do bem empresarial tutelado pela reclamada, fora pleiteado recebimento de adicional de periculosidade visando fundamentar tal direito proteger, vigiar as circunscrições internas contra anormalidades que ponham em risco o patrimônio empresariado. O Empregado pode enquadrar-se segurança patrimonial, entretanto, atualmente a Doutrina e jurisprudência resolveram sanar este problema assim entendendo que função meramente ‘’Vigia’’ impende recebimento de adicional de periculosidade: RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO PELO RÉU. LEI Nº 13.467/2017. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. VIGIA. ATIVIDADE NÃO ENQUADRADA NO ARTIGO 193, II, DA CLT. ADICIONAL INDEVIDO. JURISPRUDÊNCIA PACIFICADA NO ÂMBITO DESTA CORTE SUPERIOR. PRECEDENTE TRANSCENDÊNCIA POLÍTICA CONSTATADA A jurisprudência pacificada no âmbito desta Corte Superior é no sentido de não ser devido o adicional de periculosidade previsto no artigo 193, II, da CLT ao empregado que exerça a função de vigia, na medida em que tal função não se equipara à função de vigilante, regida pela Lei nº 7.102/1983, nem se amolda ao conceito de segurança patrimonial constante do Anexo 3 da NR 16 do MTE. Precedentes. Decisão regional que merece reforma. Recurso de revista conhecido e provido. (TST - RR - 11805-51.2017.5.15.0085, Relator: Ministro CLAUDIO MASCARENHAS BRANDAO, Data do Julgamento: 10/03/2021, Data da Publicação: 19/03/2021, 7ª Turma) Analisando todo aspecto legal acima, requer seja a função do reclamante equiparada a de vigilante e concedido o adicional ao mesmo. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS E JUSTIÇA GRATUITA O Postulante Requer-se pagamento de honorários advocatícios contrário os interesses da empresa remetendo a redação legal prevista no art. 791-A da CLT, outrora,ocorrendo indeferimento dos pedidos não significará a sucumbência do polo passivo. Neste sentido, tramita no Supremo Tribunal Federal uma ADI questionando possível inconstitucionalidade deste preceito normativo. Ocorrendo futuramente decisão deferido esta ADI seria possível dizer o seguinte: honorários seriam pagos quando o advogado do empregado for do sindicato da categoria ou ter habilitado por ela, mas sequer isto apresenta-se. Restringindo a Justiça Gratuita o reclamante recebia R$ 2.000,00 mensais, não extrapolando o limite legal art. 790, § 3º, CLT, qual seja 40%. DOS PEDIDOS Diante do exposto, requer o conhecimento e provimento do presente recurso para; 1) Reformar a R. Sentença nos termos da fundamentação; 2) Requer o não reconhecimento da ocorrência de Limbo Jurídico Previdenciário, quiçá, houve mera liberalidade pelo reclamante não voltar às atividades laborais e resolver aguardar o recurso interposto junto ao INSS; 3) Requer a não obrigação de arcar com custos oriundos do plano de Saúde pela Empresa, sendo que, tanto o reclamante quanto a reclamada resolveram acordar pagar uma cota parte e, eventualmente aquele descumpriu toda obrigação imposta; 4) Requer seja indeferido o pedido de concessão visando impor adicional de periculosidade a favor do reclamante, visto que, segundo este é segurança patrimonial, mas ficou provado que exercia função de mero vigia, não englobando o elencado art. 193, II, CLT; 5) Requer o não deferimento do pedido de honorários advocatícios trazidos pelo artigo 791-A CLT, outrossim não ter firmamento jurídico quanto sua legalidade, Constitucionalidade, estando sujeito a análise pelo STF. Termos em que pede deferimento. Uberlândia/MG 20 de abril de 2021 Advogado OAB
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