Buscar

Contestação Trabalhista (estágio supervisionado 2) seção 3

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA VARA DO TRABALHO DE UBERLÂNDIA/MG
Autos: nº 0010101-10.2021.5.03.0001.
Reclamante: Antônio Queiroz
Reclamada: Patrulha Mineira LTDA
PATRULHA MINEIRA LTDA, estando qualificada nos autos em epígrafe, por seu respectivo representante, Joel Batista, Brasileiro, Empresário, possuindo cadastro no CPF sob o nº xxxxxx e do RG nº xxxxxx, com endereço na Rua xxxxxxxxx, Bairro xxxxxxx, vem, formidavelmente, à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu Advogado incluído nos autos, apresentar 
CONTESTAÇÃO TRABALHISTA
Baseado fundamentadamente no art. 847 CLT c/c art. 5º, LV, CF/88, contrário os interesses da parte ativa quando da reclamação trabalhista ajuizada por Antônio Queiroz, pelas razões fáticas e fundamentais a seguir:
1- BREVES ANTECIPAÇÕES DE DEFESA QUANTO AO MÉRITO
Tratando-se de relações contratuais entre a reclamada e reclamante já configurada nos termos elencados pôr documentos que provam evidente núcleo jurídico laboral, cabe salientar algumas inconsistências praticadas pelo polo passivo, ou seja, quanto ao reclamante, pois segundo o proprietário empresariado, vide representante da patrulha mineira, existem meios comprobatórios suficientes para atacar a pretensão deduzida na reclamatória, quiçá os pontos controvertidos segundo tal sujeito envolve: 1) Limbo Jurídico Previdenciário; 2) plano de Saúde; 3) Adicional de periculosidade; 4) Honorários Advocatícios; 5) referente a Justiça Gratuita. Sendo assim, resolvendo expor razões pelas quais foram emanadas contra respectiva reclamada, cabe a esta utilizando-se meios legais, contestá-las, haja vista não concordar com tais reclamações contidas na exordial.
1.1 - LIMBO JURÍDICO PREVIDENCIÁRIO
Desde quando o reclamante teve alta previdenciária em 8 de janeiro de 2021 acreditou-se estar em perfeitas condições para continuar a exercer sua função dentro da empresa, portanto depois de decorrido alguns dias, apresentara-se a pessoa jurídica dia 11 do mesmo mês, porém fora negado retornar pois segundo o médico do trabalho havia inaptidão quanto sua saúde. Posteriormente descontente resolveu postular pagamento frente o período temporal até provada a reintegração laboral, entretanto, o dono responsável pela empresa Reclamada, SR. Joel Batista, demostrou a equivocada pretensão alegada, remetendo-o a documentos assinados pelo laborista provando evitar retornar à atividade, simplesmente até ter resultado do recurso administrativo impetrado junto ao INSS. Isto posto não há que se falar em Limbo Jurídico Previdenciário, sendo obstada pela vontade livre e consciente evitar continuar trabalhando. Neste sentido o Tribunal Regional Trabalho – 3 em recurso ordinário Trabalhista:
LIMBO JURÍDICO PREVIDENCIÁRIO. NÃO CONFIGURAÇÃO. O chamado limbo jurídico previdenciário ocorre quando o trabalhador é considerado apto à prestação de serviços pela previdência social, cessando o direito a benefício previdenciário que percebia, mas tido por inapto pelo empregador, que não autoriza o retorno ao labor, permanecendo sem salários e em condição jurídica indefinida, enquanto formula pedidos de reconsideração ao INSS e/ou negocia a autorização para retorno às atividades. A esse respeito, o entendimento predominante é no sentido de que a responsabilidade pelo pagamento dos salários, após a cessação do benefício previdenciário, é do empregador. Não é esse, contudo, o quadro fático circunstancial descortinado nestes autos. Se a Reclamante optou por não retornar às suas atividades laborais com a de apresentar recursos à entidade previdenciária e pugnar por sua aposentadoria, mesmo instada pela empresa a assumir suas funções, não é possível imputar à Ré a responsabilidade pelo pagamento dos salários do período.(grifo nosso).
Portanto se negar a retornar às atividades com intenção de recorrer administrativamente desobriga qualquer responsabilidade, neste viés, da Ré pagar salários devido os períodos afastados. Desde já questiona existente Limbo Jurídico Previdenciário, contestando-o.
2.2 PLANO DE SAÚDE
O reclamante reclama que houve suspensão do Plano de saúde, porém este não fora desrespeitado porque evidente reclamado resolvera por mera liberalidade impedir o transcurso daquele. Segundo informa houve um acordo coletivo entre ambos submetendo respectivo empregado a arcar juntamente com empregador com os custos resultantes da cobertura convenial. Posteriormente quando o reclamante estava auferindo benefícios previdenciários deixou de pagar sua cota parte, permitindo a outra parte notifica-lo extrajudicialmente, outrora, assim não o fez ensejando suspensão contratual. A obrigação imposta contra Patrulha Mineira adimplir os gastos do serviço Médico não deve prosperar, pois o reclamante omitiu pagamento, desacordando o pacto combinado. Nossos Tribunais (TST) decidiram sobre esta omissão nos autos nº20353-18.2016.5.04.0017, havendo debate forense, contesta-se o dever da Pessoa jurídica continuar arcar com determinado Plano de Saúde.
2.3. Adicional de Periculosidade
Exercendo atividade equiparada a segurança do bem empresarial tutelado pela reclamada, fora pleiteado recebimento de adicional de periculosidade visando fundamentar tal direito proteger, vigiar as circunscrições internas contra anormalidades que ponham em risco o patrimônio empresariado. O Empregado pode enquadrar-se segurança patrimonial, entretanto, atualmente a Doutrina e jurisprudência resolveram sanar este problema assim entendendo que função meramente ‘’Vigia’’ impende recebimento de adicional de periculosidade.
RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO PELO RÉU. LEI Nº 13.467/2017. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. VIGIA. ATIVIDADE NÃO ENQUADRADA NO ARTIGO 193, II, DA CLT. ADICIONAL INDEVIDO. JURISPRUDÊNCIA PACIFICADA NO ÂMBITO DESTA CORTE SUPERIOR. PRECEDENTE TRANSCENDÊNCIA POLÍTICA CONSTATADA A jurisprudência pacificada no âmbito desta Corte Superior é no sentido de não ser devido o adicional de periculosidade previsto no artigo 193, II, da CLT ao empregado que exerça a função de vigia, na medida em que tal função não se equipara à função de vigilante, regida pela Lei nº 7.102/1983, nem se amolda ao conceito de segurança patrimonial constante do Anexo 3 da NR 16 do MTE. Precedentes. Decisão regional que merece reforma. Recurso de revista conhecido e provido.
(TST - RR - 11805-51.2017.5.15.0085, Relator: Ministro CLAUDIO MASCARENHAS BRANDAO, Data do Julgamento: 10/03/2021, Data da Publicação: 19/03/2021, 7ª Turma)
Analisando todo aspecto legal acima, contesta-se, este adicional.
2.4. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS E JUSTIÇA GRATUITA
O Postulante Requer-se pagamento de honorários advocatícios contrário os interesses da empresa remetendo a redação legal prevista no art. 791-A da CLT, outrora, ocorrendo indeferimento dos pedidos não significará a sucumbência do polo passivo. Neste sentido, tramita no Supremo Tribunal Federal uma ADI questionando possível inconstitucionalidade deste preceito normativo. Ocorrendo futuramente decisão deferido esta ADI seria possível dizer o seguinte: honorários seriam pagos quando o advogado do empregado for do sindicato da categoria ou ter habilitado por ela, mas sequer isto apresenta-se.
Restringindo a Justiça Gratuita o reclamante recebia R$ 2.000,00 mensais, não extrapolando o limite legal art. 790, § 3º, CLT, qual seja 40%.
3- DOS PEDIDOS
Levando-se em conta os pedidos formulados perante a exordial, manifesta-se a reclamada pela:
1) Contesta a ocorrência de Limbo Jurídico Previdenciário, quiçá, houve mera liberalidade pelo reclamante não voltar às atividades laborais e resolver aguardar o recurso interposto junto ao INSS.
2) Contesta a obrigação de arcar com custos oriundos do plano de Saúde pela Empresa, sendo que, tanto o reclamante quanto a reclamada resolveram acordar pagar uma cota parte e, eventualmente aquele descumpriu toda obrigação imposta.
3) Contesta o pedido de concessão visando impor adicional de periculosidade a favor do reclamante, visto que, segundo este é segurança patrimonial, mas ficou provado que exercia função de mero vigia,não englobando o elencado art. 193, II, CLT.
4) Contesta-se o pedido de honorários advocatícios trazidos pelo artigo 791-A CLT, outrossim não ter firmamento jurídico quanto sua legalidade, Constitucionalidade, estando sujeito a análise pelo STF.
Portanto, utilizando todos os meios legais possíveis, protesta o alegado anteriormente, admitindo-se provar até por prova testemunhal e depoimento.
Termos em que pede deferimento.
Uberlândia xx/xx/2021
Assinatura do advogado
OAB/MG: xxx.xxx

Outros materiais