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Recurso Ordinário Trabalhista

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EXCELENTÍSSMO (a) SENHOR (a) DOUTOR (a) JUIZ (a) DA __ª VARA DO TRABALHO DE UBERLÂNDIA/MG
Patrulha Mineira Ltda, já qualificada nos autos em epigrafe da reclamação trabalhista movida por Antônio Queiroz, também já qualificado nos autos vem respeitosamente, perante Vossa Excelência por intermédio de seu procurador infra-assinado, nos termos do artigo 895, da CLT, interpor;
RECURSO ORDINÁRIO
Em face da R. Sentença prolatada nos autos em epigrafe sob ID xxxxx
Informa-se que todos os pressupostos de admissibilidades foram observados. reclamada intimada da R. Sentença em 05/04/2021, fim do prazo em13/04/2021, recurso interposto em 15/04/2021, sendo, portanto, tempestivo. Ademais, seguem em anexo o preparo do recurso ora interposto.
Diante do exposto, requer o recebimento do presente recurso, a intimação da parte contraria para, querendo, apresentar contrarrazões, e após seja o presente recurso remetido ao Egrégio Tribunal do Trabalho da 3ª Região.
Nestes termos, pede e espera deferimento.
Uberlândia/MG, 06 de abril de 2021.
Advogado
OAB
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO
Recorrente: Patrulha Mineira Ltda
Recorrido: Antônio Queiroz
RAZÕES DO RECURSO ORDINÁRIO
Processo nº. xxxxxxxxxxxxxxxx
Eméritos julgadores,
Nos autos do processo em epigrafe foi prolatada a R. Sentença que julgou improcedente os pedidos autorais, porem a R. Sentença não merece ser mantida pelas razões, que passa a expor:
I – Dos fatos
O recorrido, ingressão com reclamação trabalhista em face da requerente, requerendo 1) o pagamento dos salários do reclamante desde a alta previdenciária até a sua efetiva reintegração ao trabalho ou até novo afastamento pelo órgão previdenciário; 2) a obrigação de fazer, consistente na imediata reativação do plano de saúde e; 3) pagamento de adicional de periculosidade desde o início do contrato de trabalho.
Após regular instrução, o magistrado julgou improcedente o pedido de reativação do plano de saúde, no entanto, julgou procedente os demais pedidos.
II – Da Tempestividade
O presente é tempestivo, uma vez que está em consonância com o disposto no art. 895, da CLT. Vale frisar que sentença ora impugnada foi publicada no diário eletrônico em 05/04/2021, iniciando o prazo no primeiro dia útil subsequente, nos termos do art. 775, da CLT.
III – Do Limbo Jurídico Previdenciário
Eméritos julgadores, no presente caso, não se verifica limbo previdenciário, pois o trabalho foi quem não quis retornar ao trabalho, conforme documento em anexo que comprova esse fato.
Sendo assim, a continuidade na prestação do serviço só não ocorreu após a alta previdência, por simples vontade do trabalhador.
É nesse sentido o entendimento o Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região em casos dessa natureza, vejamos:
“LIMBO JURÍDICO PREVIDENCIÁRIO. NÃO CONFIGURAÇÃO. O chamado limbo jurídico previdenciário ocorre quando o trabalhador é considerado apto à prestação de serviços pela previdência social, cessando o direito a benefício previdenciário que percebia, mas tido por inapto pelo empregador, que não autoriza o retorno ao labor, permanecendo sem salários e em condição jurídica indefinida, enquanto formula pedidos de reconsideração ao INSS e/ou negocia a autorização para retorno às atividades. A esse respeito, o entendimento predominante é no sentido de que a responsabilidade pelo pagamento dos salários, após a cessação do benefício previdenciário, é do empregador. Não é esse, contudo, o quadro fático circunstancial descortinado nestes autos. Se a Reclamante optou por não retornar às suas atividades laborais com a finalidade de apresentar recursos à entidade previdenciária e pugnar por sua aposentadoria, mesmo instada pela empresa a assumir suas funções, não é possível imputar à Ré a responsabilidade pelo pagamento dos salários do período. (TRT da 3.ª Região; PJe: 0010399- 52.2020.5.03.0043 (RO); Disponibilização: 01/10/2020; Órgão Julgador: Oitava Turma; Relator: Marcio Ribeiro do Valle.”
IV Do adicional de Insalubridade
O obreiro exercia as funções de vigia e porteiro, sem a necessidade de portar arma de fogo. Este fato denota, portanto, que não pode ser enquadrado como vigilante, o que seria necessário para fazer jus ao adicional postulado.
A jurisprudência do TST é uníssona nesse sentido, uma vez que a profissão de vigia não se enquadra nos ditames do inciso II do art. 193 da CLT:
“RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO PELO RÉU. LEI Nº 13.467/2017. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. VIGIA. ATIVIDADE NÃO ENQUADRADA NO ARTIGO 193, II, DA CLT. ADICIONAL INDEVIDO. JURISPRUDÊNCIA PACIFICADA NO ÂMBITO DESTA CORTE SUPERIOR. PRECEDENTES. TRANSCENDÊNCIA POLÍTICA CONSTATADA. A jurisprudência pacificada no âmbito desta Corte Superior é no sentido de não ser devido o adicional de periculosidade previsto no artigo 193, II, da CLT ao empregado que exerça a função de vigia, na medida em que tal função não se equipara à função de vigilante, regida pela Lei nº 7.102/1983, nem se amolda ao conceito de segurança patrimonial constante do Anexo 3 da NR 16 do MTE. Precedentes. Decisão regional que merece reforma. Recurso de revista conhecido e provido (RR-11805-51.2017.5.15.0085, 7ª Turma, Relator Ministro Claudio Mascarenhas Brandao, DEJT 19/03/2021).”
V – Dos Honorários Advocatícios
A Patrulha Mineira Ltda. foi condenada ao pagamento de honorários advocatícios de sucumbência de 10% do valor da condenação, a ser apurado em liquidação de sentença.
Acontece que, conforme os argumentos já apresentados, todos os pleitos não merecem ser acolhidos, dessa forma não há que se falar em sucumbência da recorrente.
Por cautela, ainda que haja sucumbência parcial, não são devidos pelo fato de o art. 791-A da CLT ser objeto de Ação Direta de Inconstitucionalidade junto ao Supremo Tribunal Federal (ADI nº 5.766), razão pela qual não deve ser aplicado ao caso sob discussão.
VI – Da Justiça Gratuita
Houve o deferimento da gratuidade judiciária pelo fato de o trabalhador cumprir os requisitos legais para fazer jus a este benefício. Assim, nada a recorrer neste sentido.
VII– Dos Pedidos
Diante do exposto, requer o conhecimento e provimento do presente recurso para;
1) Reformar a R. Sentença para:
a) julgar improcedente o pedido de pagamento dos salários do reclamante desde a alta previdenciária, uma vez que retorno ao trabalha só não se deu por vontade do próprio empregado;
b) julgar improcedente o pedido do reclamante para pagamento de adicional de periculosidade desde o início do contrato de trabalho, pois profissão de vigia não se enquadra nos ditames do inciso II do art. 193 da CLT;
c) Condenar o reclamante aos honorários de sucumbência em favor do advogado da reclamada.
Nestes termos, pede e espera deferimento.
Uberlândia/MG, 06 de abril de 2021.
Advogado
OAB

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