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Peça 01 - Mandado de Segurança

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Página | 1 
 
EXCELENTISSIMO(A) SENHOR(A) DESEMBARGADOR(A) PRESIDENTE(A) DO TRIBUNAL DE 
JUSTIÇA DO ESTADO DE ALPHA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PETER PARKER, brasileiro, solteiro, desempregado, inscrito no 
CPF sob nº XXX.XXX.XXX-XX, portador do RG nº XX.XXX.XXX-X, residente e domiciliado a 
rua: XXXXXXXXXXXXXXX, Nº, Bairro, CEP: XX.XXX-XXX, Ribeirão Preto -SP. neste ato 
representado por seu advogado: XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, inscrito na OAB/SP sob o 
nº. XXXXX, endereço profissional situado à Rua: XXXXXXXXXXXX, nº XXX, Bairro: 
XXXXXXXXX, Cidade/UF, Cep: XXXXX-XXX, e-mail: XXXXXXXX@XXXXXXXXXX, vem impetrar, 
com fulcro no art. 5º inc. LXIX e lei 12.016 o presente: 
 
MANDADO DE SEGURANÇA C/C PEDIDO DE LIMINAR 
 
Em face do Excelentíssimo Senhor Doutor GOVERNADOR DO 
ESTADO DE ALPHA, nome do Governador, o que é vinculado a pessoa jurídica de direito 
publico do ESTADO ALPHA, pelos fatos e fundamentos que passará a expor: 
 
 
01 DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA 
O Impetrante é pessoa carente na acepção jurídica do termo, não 
possuindo condições financeiras de arcar com as custas processuais e honorários 
advocatícios, sem prejuízo de seu sustento. 
 
Página | 2 
 
Nesse sentido, junta-se declaração de hipossuficiência. 
 
Por tais razões, pleiteiam-se os benefícios da gratuidade 
judiciária, assegurados pelo artigo 5º, inciso LXXIV, da Constituição Federal de 1988, e 
pelo artigo 98 e seguintes do Código de Processo Civil de 2015. 
 
02 DA TEMPESTIVIDADE 
A presente ação é tempestiva, tendo em vista que o prazo entre 
aplicação da prova e da impetração da ação é inferior a 120 (cento e vinte) dias, 
satisfazendo assim o requisito exigido pelo art. 23 da Lei 12.016/09. 
 
03 DOS FATOS 
PETER PARKER, neste ato IMPETRANTE, atualmente está com 32 
(trinta e dois) anos de idade. Ciente que o estado ALPHA estava prestes a publicar edital 
de concurso público, de ampla concorrência, matriculou-se em uma escola preparatória 
visando alcançar a tão sonhada aprovação. 
 
Com a publicação do edital PETER PARKER fora surpreendido com 
um dos requisitos de admissibilidade, a faixa etária. O edital admitia inscrições cujos 
candidatos houvessem à época da inscrição idade igual ou inferior a 30 (trinta anos). 
 
Inconformado com a parcialidade, PETER PARKER, apresentou 
requerimento administrativo ao responsável pelo concurso relatando o ocorrido. 
 
Em resposta ao requerimento a autoridade coatora afirmou que 
tal medida, restrição de ingresso de candidatos com idade superior a 30 (trinta) anos, era 
em decorrência da política previdenciária do estado ALPHA que vinha anualmente 
aumentando seus gastos com o pagamento de benefícios sociais, também afirmou que a 
restrição aplicada traria ao longo dos anos o equilíbrio atuarial e econômico esperado 
pelo estado. 
 
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Por fim, ao verificar que a resposta da Administração Pública não 
encontrará quaisquer respaldos legais e é claramente uma afronta aos princípios 
norteadores da Constituição Federal é que se decidiu impetrar este mandado de 
segurança com vistas a garantir o direito liquido e certo do IMPETRANTE. 
 
04 DO DIREITO 
Excelência, é sabido que por interesse da Administração Pública 
os concursos com edital publicado não geram para o candidato inscrito o direito à 
realização do certame, entretanto, se este for realizado, salvo àqueles que exigem 
preparação ou requisitos específicos, estes devem ser postos ao interesse de toda a 
sociedade, entendimento este já consolidado e reiterado pelo celebre jurista Hely Lopes 
Meireles1, in memoriam, concurso público é nas palavras deste douto magistrado: “ o 
meio técnico posto à disposição da Administração Pública... e ao mesmo tempo, propiciar 
igual oportunidade a todos os interessados que atendam aos requisitos da lei, fixados de 
acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego”. 
 
Isto posto, a Constituição Federal em seu art. 37 incs. I e II2 nos 
traz, além de outros, um princípio que está encravado no preambulo constitucional, i. e, 
o princípio da igualdade, notadamente reiterado no caput do art. 5º da carta magna. Tal 
princípio deriva-se da acepção do direito natural que fora posteriormente absorvido no 
direito positivo reconhecendo a igualdade de todos os indivíduos sem quaisquer 
distinções. 
 
Deste modo qualquer pessoa natural ou jurídica, privada ou 
pública, que limitar a abrangência deste princípio ou relativiza-lo comete crime! 
Excelência, a administração pública ao propor o concurso, de ampla concorrência, deve 
primeiramente observar a norma que trata a respeito do tema, Decreto 9.739 de 2019 e 
subsidiariamente a lei especifica em seu estado. Reafirmo, excetuando os concursos que 
 
1 Direito Administrativo Brasileiro, 32ª ed., São Paulo: Malheiros Editores, 2006, p. 434 
2 CF, art. 37, inc. I: Os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos 
em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei; 
 II - A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, 
de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo 
em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; 
Página | 4 
 
exigem requisitos específicos, os demais devem trazer em seus editais as condições 
explicitas ao interessado, neste caso, apontando a limitação da faixa etária e outras 
especificidades, o que não houve, ao contrário houve um claro descumprimento do 
princípio já informado. 
 
A súmula nº 683 do Supremo Tribunal Federal corrobora que a 
inadmissibilidade, por faixa etária, apenas será evocada se houver previsão no edital, 
vejamos “O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face 
do art. 7º, XXX, da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das 
atribuições do cargo a ser preenchido”. 
 
Excelência, a Corte Superior, STF, vem em casos análogos 
decidindo da mesma maneira, vejamos: 
AGRAVO INTERNO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM 
AGRAVO. DIREITO ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. 
IMPOSIÇÃO DE LIMITE DE IDADE. RE 678.112-RG. 
COMPROVAÇÃO DA IDADE NO MOMENTO DA INSCRIÇÃO. 1. O 
Supremo Tribunal Federal entende possível a imposição de limite 
de idade para inscrição em concurso público, desde que haja 
anterior previsão legal e que a exigência seja razoável diante das 
atribuições do cargo público. Precedente: ARE 678.112-RG, Rel. 
Min. Luiz Fux (Tema 646). 2. O limite de idade, quando 
regularmente fixado em lei e no edital de determinado concurso 
público, há de ser comprovado no momento da inscrição do 
certame, tendo em vista a impossibilidade de se antever a data 
em que será realizada a fase fixada como parâmetro para aferição 
do requisito da idade. Precedentes. 3. Inaplicável o art. 85, § 11, 
do CPC/2015, uma vez que não é cabível, na hipótese, 
condenação em honorários advocatícios (art. 25 da Lei nº 
12.016/2009 e Súmula 512/STF). 4. Agravo interno a que se nega 
provimento' (ARE nº 1.210.221/DF-AgR, Primeira Turma, Relator 
o Ministro Roberto Barroso, DJe de 23/06/2020). 
 
Por fim, a resposta da Administração Pública não encontra 
quaisquer parâmetros legais que fundamentem a restrição da habilitação para o 
concurso. 
 
05 DA TUTELA DE URGÊNCIA EM CARÁTER LIMINAR 
Página | 5 
 
Os fatos são concretos e evidenciam as elementares da conceção 
da tutela de urgência, vejamos: 
 
Acerca do PERICULUM IM MORA, a atual condição do 
IMPETRANTE inabilita-o de fazer a inscrição no concurso, deste modo se a decisão do 
douto magistrado for em período superior a data final das inscrições, este será 
diretamente prejudicado de seu direito. 
 
Em relação ao FUMUS BONI IURIS, este revela-se no 
entendimento reiterado da CORTE SUPERIOR que em decisões análogas aponta que a 
inabilitação ou o direito de inscrição seráindisponível se houver previsão legal no edital, 
de tal modo a criar entre os interessados, administração pública e candidato, vínculo 
normativo e, ainda, houver relevante motivo que impeça o certame de ser destinado a 
ampla concorrência. 
 
06 DOS PEDIDOS 
Assim, diante dos fatos expostos e da fundamentação 
apresentada requer: 
a) o recebimento e processamento da presente inicial para 
apreciação dos fatos, direitos e pedidos nela contidos; 
b) Que seja concedido a Gratuidade da justiça; 
c) que seja concedido o pedido de LIMINAR inaudita altera pars, 
para o fim de haver a decisão favorável para a inscrição em 
concurso público ou a reserva de vaga, até a decisão definitiva; 
d) NO MÉRITO, que seja confirmada a liminar deferida e 
definitivamente concedida a segurança, por ser medida de 
justiça; 
e) a notificação da autoridade coatora, GOVERNADOR DO 
ESTADO ALPHA, para que preste as informações que entender 
pertinentes do caso; 
f) que seja dada ciência do feito ao órgão de representação 
judicial da pessoa jurídica interessada; 
g) a intimação do representante do Ministério Público; 
h) a condenação do Impetrado em custas processuais; 
i) a juntada dos documentos anexos; 
j) que todas as publicações e intimações pertinentes ao processo 
sejam feitas em nome do subscritor da presente, NOME DO 
ADVOGADO, inscrito na OAB/SP sob o nº XXX, sob pena de 
nulidade. 
Página | 6 
 
 
Protesta por todos os meios de prova em direito admitidos, em 
especial pelos documentos acostados à inicial e novos documentos que se mostrarem 
necessários. 
 
Dá-se à causa o valor de R$ 500,00 (Quinhentos reais), para 
efeitos meramente fiscais. 
 
Termos em que, 
pede deferimento. 
 
 
Local e data 
NOME DO(A) ADVOGADO(A) 
OAB/SP XXX 
 
 
Aluno: Eder Luis dos Santos Oliveira 
Matrícula 2017.02245195 
Estágio IV - 10º Período

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