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RECURSOS - VITORIA LONGHI E LARA RIGO

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Página 1 de 54 
NOMES DOS 
ALUNOS 
LARA DEON RIGO 
VITÓRIA LONGHI 
 
2021-2 
ROTEIRO DE 
ESTUDO DIRIGIDO 
OFICINA E 
PROCESSO 
PENAL 
 
RECURSOS 
 
DIRETRIZES PARA CONFECÇÃO, FORMATAÇÃO E ENTREGA DO 
TRABALHO: 
I. Responda as questões abaixo, preenchendo os itens do modelo 
de resposta. 
II. Caso caiba mais de um recurso, explicite-os, mantendo o 
modelo de resposta (copia e cola...). A ordem de apresentação 
não interessa e nem será objeto de valoração. 
III. Coloque os nomes da dupla, mantendo o destaque em amarelo, 
e obedecendo a ordem alfabética. Não serão aceitos trabalhos 
em trincas ou grupos. As mesmas regras valem para os trabalhos 
individuais. 
IV. O trabalho deverá ser entregue em formato PDF, com o corpo 
do texto em fonte Calibri, tamanho 12, em parágrafos com o 
alinhamento justificado, 6 pontos “antes” e 0 pontos “depois”, 
e recuo de 1,25cm na primeira linha. As notas de rodapé em 
fonte Calibri, tamanho 9, em parágrafos com o alinhamento 
justificado, 6 pontos “antes” e 0 pontos “depois”, e Hanging de 
0,5cm. O documento deverá ter margem direita em 1,5cm e as 
demais em 2,0cm. 
V. Bom trabalho!! 
 
Questão 01. Quais recursos cabem para atacar uma sentença 
condenatória da Justiça Comum? 
. RECURSO nº 1: APELAÇÃO (art. 82, Lei 9.099/95) 
Cabimento: I- das sentenças definitivas de condenação ou absolvição proferidas 
por juiz singular; 
II - das decisões definitivas, ou com força de definitivas, proferidas 
por juiz singular nos casos não previstos no Capítulo anterior; 
III - das decisões do Tribunal do Júri, quando: 
a) ocorrer nulidade posterior à pronúncia; 
b) for a sentença do juiz-presidente contrária à lei expressa ou à 
decisão dos jurados; 
c) houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da 
medida de segurança; 
d) for a decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos 
autos. 
Está localizado no art. 593 do Código de Processo Penal. 
 Prazo: 5 dias, contados a partir da intimação da sentença às partes. 
 (art. 593, caput, do Código de Processo Civil) 
OBS: Art. 598. Nos crimes de competência do Tribunal do Júri, ou 
do juiz singular, se da sentença não for interposta apelação pelo 
Ministério Público no prazo legal, o ofendido ou qualquer das 
pessoas enumeradas no art. 31, ainda que não se tenha habilitado 
como assistente, poderá interpor apelação, que não terá, porém, 
efeito suspensivo. 
Parágrafo único. O prazo para interposição desse recurso 
será de quinze dias e correrá do dia em que terminar o do 
Ministério Público. 
Forma de interposição: Pode ser interposto sempre que ocorrerem as hipóteses previstas 
no art. 593 do CPP. 
Além disso, conforme o art. 599 do CPP, as apelações podem ser 
interpostas em relação a todo o julgado ou em partes. 
Caberá apelação das decisões judiciais previstas no 
art. 593 do Código de Processo Penal: 
a) sentença definitiva, condenatória ou absolutória, proferida pelo 
juiz singular; 
b) decisões definitivas ou com força de definitivas, proferidas por 
juiz singular; 
c) decisões do Tribunal do Júri envolvendo nulidade posterior à 
pronúncia, sentença contrária à lei expressa ou à decisão dos 
jurados, erro ou injustiça na aplicação da pena ou medida de 
segurança, decisão dos jurados manifestamente contrária à prova 
dos autos. 
Cabível também a apelação para impugnar decisão de impronúncia 
ou de absolvição sumária, nos termos do art. 416 do Código de 
Processo Penal. E, ainda, da decisão que rejeita a inicial ou sentença 
nos Juizados Especiais Criminais, conforme o art. 82 da 
Lei 9.099/95. 
 Efeitos: Devolutivo: é adstrito aos fundamentos da sua interposição. 
(Súmula 713 STF) 
 Regressivo: É o caso de recurso em sentido estrito (CPP, art. 589), o 
juiz poderá acolher as razões do recorrente, no todo ou em parte, 
e proferir outra decisão (juízo de retratação). Se o juiz fizer a 
reforma, a parte contrária, por simples petição, poderá recorrer da 
nova decisão, quando cabível, não sendo mais lícito ao juiz 
modificá-la (CPP, art. 589, parágrafo único). 
 Suspensivo: é a regra. Todavia, há exceção para evitar a 
manutenção do réu preso ou ser recolhido. 
 Formas de processamento: O Recurso de Apelação sobe nos próprios Autos, exceto no caso 
do §1º do art. 601, CPP. 
 
Procedimento: Ato 1 
Independentemente do juízo de admissibilidade, o processo será 
remetido ao tribunal. (§ 3º, art. 1010) 
Em regra ao receber apelação o juiz não pode reconsiderar a 
sentença. Contudo, há exceções: 
- Tratando-se de indeferimento da inicial (art. 331) 
- Tratando-se de improcedência liminar, ou seja, quando já houver 
jurisprudência pacífica contrária ao pedido do autor (art. 
332§ 3º) 
Ato 2 
Caso não haja reconsideração os autos serão encaminhados ao 
Tribunal (arts. 331§ 1º e 332§ 4º). 
Remetida a apelação ao Tribunal, será distribuída imediatamente a 
um relator (art. 1011). 
 
Julgamento: Ato 1 
Remetida a apelação ao Tribunal, será distribuída imediatamente a 
um relator (art. 1011). 
Sendo o caso de vício processual ou de jurisprudência dominante 
(art. 932), o relator poderá decidir a apelação 
monocraticamente (1011, I). 
Não sendo a hipótese de julgamento monocrático, o relator 
elaborará relatório e voto, para julgamento pelo órgão 
colegiado. Não há mais necessidade de envio prévio para 
outro desembargador, o revisor, como havia no sistema 
anterior. 
 
Ato 2 
Quando o recurso estiver em condições de julgamento (30 dias – 
art. 931), o relator enviará os autos, já com relatório para a 
secretaria do Tribunal. 
Deve haver prazo mínimo de 5 dias entre a publicação da pauta e a 
sessão de julgamento (art. 935). 
Ordem na sessão de julgamento – art. 937, NCPC (leitura do 
relatório, sustentação oral, leitura do voto do relator, voto 
do segundo e terceiro magistrado). 
Ato 3 
Sustentação oral poderá ser feita por videoconferência. 
Admite-se pedido de vista se algum dos magistrados não tiver em 
condições de proferir o voto (prazo de 10 dias prorrogável 
por mais 10 – art. 940). 
Se o acórdão não for publicado no prazo de 30 dias contados da 
sessão do julgamento, as notas taquigráficas do julgamento 
serão publicadas, independentemente de revisão e 
substituirão o acórdão (art. 944). 
O tribunal poderá julgar todas as questões suscitadas e discutidas 
no processo, ainda que não tenham sido solucionadas, 
desde que relativas ao capítulo impugnado (art. 1013§ 1º). 
 
Questão 02. Quais recursos cabem para atacar uma sentença 
condenatória do JECrim? 
. RECURSO nº 1: Embargos de declaração. (art. 83 LJE - Lei nº 9.099 de 26 de 
 Setembro de 1995 e artigo 619 do Código de Processo Penal). 
Cabimento:§ 1º Os embargos de declaração serão opostos por escrito ou 
oralmente, no prazo de cinco dias, contados da ciência da decisão. 
§ 2o Os embargos de declaração interrompem o prazo para a 
interposição de recurso. (Redação dada pela Lei nº 13.105, de 2015) 
§ 3º Os erros materiais podem ser corrigidos de ofício. 
 Prazo: Dispõe sobre os Juizados Especiais Cíveis e Criminais e dá outras 
providências. § 1º Os embargos de declaração serão opostos por 
escrito ou oralmente, no prazo de cinco dias, contados da ciência 
da decisão. ( Artigo 83 da Lei nº 9.099 de 26 de Setembro de 1995) 
 Forma de oposição: § 1º Os embargos de declaração serão opostos por escrito ou 
oralmente, no prazo de cinco dias, contados da ciência da decisão. 
 Efeitos: Os embargos possuem efeito regressivo, pois o próprio juiz ou 
Tribunal irá reexaminar a decisão, assim, regressa para o mesmo 
órgão decisório, esclarecendo a contradição, ambiguidade, 
obscuridade ou omissão. Pode até ser que a nova decisão ainda não 
esclareça completamente os pontos omissos, obscuros cabendo a 
renovação dos embargos declaratórios. 
Quanto ao efeito suspensivo, os embargos declaratórios 
interrompem o prazo para a interposição de qualquer outro 
recurso. 
 Formas de processamento: No processo penal, os embargossão oponíveis no prazo de dois 
dias, mediante petição, contados da publicação da decisão, em 
qualquer grau de jurisdição. Já nos embargos previstos no Juizados 
Especiais Criminais, o prazo será de cinco dias (artigo 83 parágrafo 
1º ). 
A petição será dirigida ao juiz ou relator e indicará os pontos em 
que a decisão é ambígua, obscura, contraditória ou omissa. O 
recurso poderá ser conhecido ou não, e se conhecendo dele, será 
dado ou negado provimento. 
Procedimento: Ato 1 
Art. 1.023. Os embargos serão opostos, no prazo de 5 (cinco) dias, 
em petição dirigida ao juiz, com indicação do erro, obscuridade, 
contradição ou omissão, e não se sujeitam a preparo. 
 
§ 1o Aplica-se aos embargos de declaração o art. 229. 
 
§ 2o O juiz intimará o embargado para, querendo, 
manifestar-se, no prazo de 5 (cinco) dias, sobre os embargos 
opostos, caso seu eventual acolhimento implique a modificação da 
decisão embargada. 
 
 Julgamento: 
Art. 1.024. O juiz julgará os embargos em 5 (cinco) dias. 
§ 1o Nos tribunais, o relator apresentará os embargos em 
mesa na sessão subsequente, proferindo voto, e, não havendo 
julgamento nessa sessão, será o recurso incluído em pauta 
automaticamente. 
§ 2o Quando os embargos de declaração forem opostos 
contra decisão de relator ou outra decisão unipessoal proferida em 
tribunal, o órgão prolator da decisão embargada decidi-los-á 
monocraticamente. 
§ 3o O órgão julgador conhecerá dos embargos de 
declaração como agravo interno se entender ser este o recurso 
cabível, desde que determine previamente a intimação do 
recorrente para, no prazo de 5 (cinco) dias, complementar as razões 
recursais, de modo a ajustá-las às exigências do art. 1.021, § 1o. 
§ 4o Caso o acolhimento dos embargos de declaração 
implique modificação da decisão embargada, o embargado que já 
tiver interposto outro recurso contra a decisão originária tem o 
direito de complementar ou alterar suas razões, nos exatos limites 
da modificação, no prazo de 15 (quinze) dias, contado da intimação 
da decisão dos embargos de declaração. 
§ 5o Se os embargos de declaração forem rejeitados ou 
não alterarem a conclusão do julgamento anterior, o recurso 
interposto pela outra parte antes da publicação do julgamento dos 
embargos de declaração será processado e julgado 
independentemente de ratificação. 
Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os 
elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-
questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam 
inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere 
existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade. 
Art. 1.026. Os embargos de declaração não possuem 
efeito suspensivo e interrompem o prazo para a interposição de 
recurso. 
§ 1o A eficácia da decisão monocrática ou colegiada 
poderá ser suspensa pelo respectivo juiz ou relator se demonstrada 
a probabilidade de provimento do recurso ou, sendo relevante a 
fundamentação, se houver risco de dano grave ou de difícil 
reparação. 
§ 2o Quando manifestamente protelatórios os embargos 
de declaração, o juiz ou o tribunal, em decisão fundamentada, 
condenará o embargante a pagar ao embargado multa não 
excedente a dois por cento sobre o valor atualizado da causa. 
§ 3o Na reiteração de embargos de declaração 
manifestamente protelatórios, a multa será elevada a até dez por 
cento sobre o valor atualizado da causa, e a interposição de 
qualquer recurso ficará condicionada ao depósito prévio do valor 
da multa, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de 
gratuidade da justiça, que a recolherão ao final. 
§ 4o Não serão admitidos novos embargos de declaração 
se os 2 (dois) anteriores houverem sido considerados protelatórios. 
 
. RECURSO nº 2: APELAÇÃO (art. 82, Lei 9.099/95) 
Cabimento: I- das sentenças definitivas de condenação ou absolvição proferidas 
por juiz singular; 
II - das decisões definitivas, ou com força de definitivas, proferidas 
por juiz singular nos casos não previstos no Capítulo anterior; 
III - das decisões do Tribunal do Júri, quando: 
a) ocorrer nulidade posterior à pronúncia; 
b) for a sentença do juiz-presidente contrária à lei expressa ou à 
decisão dos jurados; 
c) houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da 
medida de segurança; 
d) for a decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos 
autos. 
Está localizado no art. 593 do Código de Processo Penal. 
 Prazo: 5 dias, contados a partir da intimação da sentença às partes. 
 (art. 593, caput, do Código de Processo Civil) 
OBS: Art. 598. Nos crimes de competência do Tribunal do Júri, ou 
do juiz singular, se da sentença não for interposta apelação pelo 
Ministério Público no prazo legal, o ofendido ou qualquer das 
pessoas enumeradas no art. 31, ainda que não se tenha habilitado 
como assistente, poderá interpor apelação, que não terá, porém, 
efeito suspensivo. 
Parágrafo único. O prazo para interposição desse recurso 
será de quinze dias e correrá do dia em que terminar o do 
Ministério Público. 
Forma de interposição: Pode ser interposto sempre que ocorrerem as hipóteses previstas 
no art. 593 do CPP. 
Além disso, conforme o art. 599 do CPP, as apelações podem ser 
interpostas em relação a todo o julgado ou em partes. 
Caberá apelação das decisões judiciais previstas no 
art. 593 do Código de Processo Penal: 
a) sentença definitiva, condenatória ou absolutória, proferida pelo 
juiz singular; 
b) decisões definitivas ou com força de definitivas, proferidas por 
juiz singular; 
c) decisões do Tribunal do Júri envolvendo nulidade posterior à 
pronúncia, sentença contrária à lei expressa ou à decisão dos 
jurados, erro ou injustiça na aplicação da pena ou medida de 
segurança, decisão dos jurados manifestamente contrária à prova 
dos autos. 
Cabível também a apelação para impugnar decisão de impronúncia 
ou de absolvição sumária, nos termos do art. 416 do Código de 
Processo Penal. E, ainda, da decisão que rejeita a inicial ou sentença 
nos Juizados Especiais Criminais, conforme o art. 82 da 
Lei 9.099/95. 
 Efeitos: Devolutivo: é adstrito aos fundamentos da sua interposição. 
(Súmula 713 STF) 
 Regressivo: É o caso de recurso em sentido estrito (CPP, art. 589), o 
juiz poderá acolher as razões do recorrente, no todo ou em parte, 
e proferir outra decisão (juízo de retratação). Se o juiz fizer a 
reforma, a parte contrária, por simples petição, poderá recorrer da 
nova decisão, quando cabível, não sendo mais lícito ao juiz 
modificá-la (CPP, art. 589, parágrafo único). 
 Suspensivo: é a regra. Todavia, há exceção para evitar a 
manutenção do réu preso ou ser recolhido. 
 Formas de processamento: O Recurso de Apelação sobe nos próprios Autos, exceto no caso 
do §1º do art. 601, CPP. 
 
Procedimento: Ato 1 
Independentemente do juízo de admissibilidade, o processo será 
remetido ao tribunal. (§ 3º, art. 1010) 
Em regra ao receber apelação o juiz não pode reconsiderar a 
sentença. Contudo, há exceções: 
- Tratando-se de indeferimento da inicial (art. 331) 
- Tratando-se de improcedência liminar, ou seja, quando já houver 
jurisprudência pacífica contrária ao pedido do autor (art. 
332§ 3º) 
Ato 2 
Caso não haja reconsideração os autos serão encaminhados ao 
Tribunal (arts. 331§ 1º e 332§ 4º). 
Remetida a apelação ao Tribunal, será distribuída imediatamente a 
um relator (art. 1011). 
 
Julgamento: Ato 1 
Remetida a apelação ao Tribunal, será distribuída imediatamente a 
um relator (art. 1011). 
Sendo o caso de vício processual ou de jurisprudência dominante 
(art. 932), o relator poderá decidir a apelação 
monocraticamente (1011, I). 
Não sendo a hipótese de julgamento monocrático, o relator 
elaborará relatório e voto, para julgamento pelo órgão 
colegiado. Não há mais necessidade de envio prévio para 
outro desembargador, o revisor, como havia no sistema 
anterior. 
 
Ato 2 
Quando o recurso estiver em condições de julgamento (30 dias – 
art. 931), orelator enviará os autos, já com relatório para a 
secretaria do Tribunal. 
Deve haver prazo mínimo de 5 dias entre a publicação da pauta e a 
sessão de julgamento (art. 935). 
Ordem na sessão de julgamento – art. 937, NCPC (leitura do 
relatório, sustentação oral, leitura do voto do relator, voto 
do segundo e terceiro magistrado). 
Ato 3 
Sustentação oral poderá ser feita por videoconferência. 
Admite-se pedido de vista se algum dos magistrados não tiver em 
condições de proferir o voto (prazo de 10 dias prorrogável por mais 
10 – art. 940). 
Se o acórdão não for publicado no prazo de 30 dias contados da 
sessão do julgamento, as notas taquigráficas do julgamento serão 
publicadas, independentemente de revisão e substituirão o 
acórdão (art. 944). 
O tribunal poderá julgar todas as questões suscitadas e discutidas 
no processo, ainda que não tenham sido solucionadas, desde que 
relativas ao capítulo impugnado (art. 1013§ 1º). 
 
Questão 03. Quais recursos cabem para atacar um acórdão 
condenatório do Tribunal de Justiça, com votação 
unânime ? 
. RECURSO nº 1: RECURSO ESPECIAL (art.1029 , Lei nº13.105 ) 
Cabimento: Conforme previsto pela Constituição Federal, o Recurso Especial é 
cabível para se insurgir contra decisão proferida em última 
instância que, nos termos da lei (Art 105, III) 
Contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência; 
Julgar válido ato de governo local contestado em face de 
lei federal; 
Der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja 
atribuído outro tribunal. 
 Prazo: 15 dias (art.1003, § 5º , Lei nº13.105 ) 
 Forma de interposição: 
Uma vez interposto o recurso, que conterá a exposição do 
fato e do direito, a demonstração do seu cabimento e as razões para 
anulação ou reforma da decisão (cf. art. 1.029, caput, do 
CPC/2015), será a parte contrária intimada para apresentar 
contrarrazões (art. 1.030, caput, do CPC/2015). 
Em seguida, o recurso será submetido ao primeiro juízo de 
admissibilidade recursal. 
 Efeitos: Devolutivo: Sim 
 Regressivo: Sim (Art 494 CPC) 
 Suspensivo: Não (Art 995 CPC) 
 Formas de processamento: Será interposto perante o presidente ou o vice-presidente do 
tribunal recorrido, em petição.(Art 1029. Lei nº 12.105) 
Procedimento: Ato 1 
Art. 1.029. O recurso extraordinário e o recurso especial, nos casos 
previstos na Constituição Federal , serão interpostos perante o 
presidente ou o vice-presidente do tribunal recorrido, em petições 
distintas que conterão: 
I - a exposição do fato e do direito; 
II - a demonstração do cabimento do recurso interposto; 
III - as razões do pedido de reforma ou de invalidação da 
decisão recorrida. 
Ato 2 
§ 1º Quando o recurso fundar-se em dissídio 
jurisprudencial, o recorrente fará a prova da divergência com a 
certidão, cópia ou citação do repositório de jurisprudência, oficial 
ou credenciado, inclusive em mídia eletrônica, em que houver sido 
publicado o acórdão divergente, ou ainda com a reprodução de 
julgado disponível na rede mundial de computadores, com 
indicação da respectiva fonte, devendo-se, em qualquer caso, 
mencionar as circunstâncias que identifiquem ou assemelhem os 
casos confrontados. 
§ 3º O Supremo Tribunal Federal ou o Superior Tribunal de 
Justiça poderá desconsiderar vício formal de recurso tempestivo ou 
determinar sua correção, desde que não o repute grave. 
§ 4º Quando, por ocasião do processamento do incidente 
de resolução de demandas repetitivas, o presidente do Supremo 
Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça receber 
requerimento de suspensão de processos em que se discuta 
questão federal constitucional ou infraconstitucional, poderá, 
considerando razões de segurança jurídica ou de excepcional 
interesse social, estender a suspensão a todo o território nacional, 
até ulterior decisão do recurso extraordinário ou do recurso 
especial a ser interposto. 
§ 5º O pedido de concessão de efeito suspensivo a recurso 
extraordinário ou a recurso especial poderá ser formulado por 
requerimento dirigido: 
I – ao tribunal superior respectivo, no período 
compreendido entre a publicação da decisão de admissão do 
recurso e sua distribuição, ficando o relator designado para seu 
exame prevento para julgá-lo; 
II - ao relator, se já distribuído o recurso; 
III – ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal 
recorrido, no período compreendido entre a interposição do 
recurso e a publicação da decisão de admissão do recurso, assim 
como no caso de o recurso ter sido sobrestado, nos termos do art. 
1.037 
Art. 1.030. Recebida a petição do recurso pela secretaria 
do tribunal, o recorrido será intimado para apresentar 
contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias, findo o qual os autos 
serão conclusos ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal 
recorrido, que deverá: 
I – negar seguimento: 
a) a recurso extraordinário que discuta questão 
constitucional à qual o Supremo Tribunal Federal não tenha 
reconhecido a existência de repercussão geral ou a recurso 
extraordinário interposto contra acórdão que esteja em 
conformidade com entendimento do Supremo Tribunal Federal 
exarado no regime de repercussão geral; 
b) a recurso extraordinário ou a recurso especial 
interposto contra acórdão que esteja em conformidade com 
entendimento do Supremo Tribunal Federal ou do Superior 
Tribunal de Justiça, respectivamente, exarado no regime de 
julgamento de recursos repetitivos; 
II – encaminhar o processo ao órgão julgador para 
realização do juízo de retratação, se o acórdão recorrido divergir do 
entendimento do Supremo Tribunal Federal ou do Superior 
Tribunal de Justiça exarado, conforme o caso, nos regimes de 
repercussão geral ou de recursos repetitivos; 
III – sobrestar o recurso que versar sobre controvérsia de 
caráter repetitivo ainda não decidida pelo Supremo Tribunal 
Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça, conforme se trate de 
matéria constitucional ou infraconstitucional; 
IV – selecionar o recurso como representativo de 
controvérsia constitucional ou infraconstitucional, nos termos do § 
6º do art. 1.036 
V – realizar o juízo de admissibilidade e, se positivo, 
remeter o feito ao Supremo Tribunal Federal ou ao Superior 
Tribunal de Justiça, desde que: 
a) o recurso ainda não tenha sido submetido ao regime de 
repercussão geral ou de julgamento de recursos repetitivos; 
b) o recurso tenha sido selecionado como representativo 
da controvérsia; ou 
c) o tribunal recorrido tenha refutado o juízo de 
retratação. 
§ 1º Da decisão de inadmissibilidade proferida com 
fundamento no inciso V caberá agravo ao tribunal superior, nos 
termos do art. 1.042. 
§ 2º Da decisão proferida com fundamento nos incisos I e 
III caberá agravo interno, nos termos do art. 1.021. 
Art. 1.031. Na hipótese de interposição conjunta de 
recurso extraordinário e recurso especial, os autos serão remetidos 
ao Superior Tribunal de Justiça. 
§ 1º Concluído o julgamento do recurso especial, os autos 
serão remetidos ao Supremo Tribunal Federal para apreciação do 
recurso extraordinário, se este não estiver prejudicado. 
§ 2º Se o relator do recurso especial considerar prejudicial 
o recurso extraordinário, em decisão irrecorrível, sobrestará o 
julgamento e remeterá os autos ao Supremo Tribunal Federal. 
§ 3º Na hipótese do § 2º, se o relator do recurso 
extraordinário, em decisão irrecorrível, rejeitar a prejudicialidade, 
devolverá os autos ao Superior Tribunal de Justiça para o 
julgamento do recurso especial. 
Art. 1.032. Se o relator, no Superior Tribunal de Justiça, 
entender que o recurso especial versa sobre questão 
constitucional, deverá conceder prazo de 15 (quinze) dias para que 
o recorrente demonstre a existência de repercussão geral e se 
manifeste sobre a questão constitucional. 
Parágrafo único. Cumprida a diligência de quetrata o caput 
, o relator remeterá o recurso ao Supremo Tribunal Federal, que, 
em juízo de admissibilidade, poderá devolvê-lo ao Superior Tribunal 
de Justiça. 
Art. 1.033. Se o Supremo Tribunal Federal considerar como 
reflexa a ofensa à Constituição afirmada no recurso extraordinário, 
por pressupor a revisão da interpretação de lei federal ou de 
tratado, remetê-lo-á ao Superior Tribunal de Justiça para 
julgamento como recurso especial. 
Art. 1.034. Admitido o recurso extraordinário ou o recurso 
especial, o Supremo Tribunal Federal ou o Superior Tribunal de 
Justiça julgará o processo, aplicando o direito. 
Parágrafo único. Admitido o recurso extraordinário ou o 
recurso especial por um fundamento, devolve-se ao tribunal 
superior o conhecimento dos demais fundamentos para a solução 
do capítulo impugnado. 
Art. 1.035. O Supremo Tribunal Federal, em decisão 
irrecorrível, não conhecerá do recurso extraordinário quando a 
questão constitucional nele versada não tiver repercussão geral, 
nos termos deste artigo. 
§ 1º Para efeito de repercussão geral, será considerada a 
existência ou não de questões relevantes do ponto de vista 
econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os 
interesses subjetivos do processo. 
§ 2º O recorrente deverá demonstrar a existência de 
repercussão geral para apreciação exclusiva pelo Supremo Tribunal 
Federal. 
§ 3º Haverá repercussão geral sempre que o recurso 
impugnar acórdão que: 
I - contrarie súmula ou jurisprudência dominante do 
Supremo Tribunal Federal; 
III - tenha reconhecido a inconstitucionalidade de tratado 
ou de lei federal, nos termos do 
§ 4º O relator poderá admitir, na análise da repercussão 
geral, a manifestação de terceiros, subscrita por procurador 
habilitado, nos termos do Regimento Interno do Supremo Tribunal 
Federal. 
§ 5º Reconhecida a repercussão geral, o relator no 
Supremo Tribunal Federal determinará a suspensão do 
processamento de todos os processos pendentes, individuais ou 
coletivos, que versem sobre a questão e tramitem no território 
nacional. 
§ 6º O interessado pode requerer, ao presidente ou ao 
vice-presidente do tribunal de origem, que exclua da decisão de 
sobrestamento e inadmita o recurso extraordinário que tenha sido 
interposto intempestivamente, tendo o recorrente o prazo de 5 
(cinco) dias para manifestar-se sobre esse requerimento. 
§ 7º Da decisão que indeferir o requerimento referido no 
§ 6º ou que aplicar entendimento firmado em regime de 
repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos caberá 
agravo interno. 
§ 8º Negada a repercussão geral, o presidente ou o vice-
presidente do tribunal de origem negará seguimento aos recursos 
extraordinários sobrestados na origem que versem sobre matéria 
idêntica. 
§ 9º O recurso que tiver a repercussão geral reconhecida 
deverá ser julgado no prazo de 1 (um) ano e terá preferência sobre 
os demais feitos, ressalvados os que envolvam réu preso e os 
pedidos de habeas corpus . 
§ 11. A súmula da decisão sobre a repercussão geral 
constará de ata, que será publicada no diário oficial e valerá como 
acórdão. 
 
Julgamento: 
Art. 1.030. Recebida a petição do recurso pela secretaria 
do tribunal, o recorrido será intimado para apresentar 
contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias, findo o qual os autos 
serão conclusos ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal 
recorrido, que deverá: 
I – negar seguimento: 
a) a recurso extraordinário que discuta questão 
constitucional à qual o Supremo Tribunal Federal não tenha 
reconhecido a existência de repercussão geral ou a recurso 
extraordinário interposto contra acórdão que esteja em 
conformidade com entendimento do Supremo Tribunal Federal 
exarado no regime de repercussão geral; 
b) a recurso extraordinário ou a recurso especial 
interposto contra acórdão que esteja em conformidade com 
entendimento do Supremo Tribunal Federal ou do Superior 
Tribunal de Justiça, respectivamente, exarado no regime de 
julgamento de recursos repetitivos; 
II – encaminhar o processo ao órgão julgador para 
realização do juízo de retratação, se o acórdão recorrido divergir do 
entendimento do Supremo Tribunal Federal ou do Superior 
Tribunal de Justiça exarado, conforme o caso, nos regimes de 
repercussão geral ou de recursos repetitivos; 
III – sobrestar o recurso que versar sobre controvérsia de 
caráter repetitivo ainda não decidida pelo Supremo Tribunal 
Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça, conforme se trate de 
matéria constitucional ou infraconstitucional; 
IV – selecionar o recurso como representativo de 
controvérsia constitucional ou infraconstitucional, nos termos do § 
6º do art. 1.036 
V – realizar o juízo de admissibilidade e, se positivo, 
remeter o feito ao Supremo Tribunal Federal ou ao Superior 
Tribunal de Justiça, desde que: 
a) o recurso ainda não tenha sido submetido ao regime de 
repercussão geral ou de julgamento de recursos repetitivos; 
b) o recurso tenha sido selecionado como representativo 
da controvérsia; ou 
c) o tribunal recorrido tenha refutado o juízo de 
retratação. 
§ 1º Da decisão de inadmissibilidade proferida com 
fundamento no inciso V caberá agravo ao tribunal superior, nos 
termos do art. 1.042. 
§ 2º Da decisão proferida com fundamento nos incisos I e 
III caberá agravo interno, nos termos do art. 1.021. 
Art. 1.031. Na hipótese de interposição conjunta de 
recurso extraordinário e recurso especial, os autos serão remetidos 
ao Superior Tribunal de Justiça. 
§ 1º Concluído o julgamento do recurso especial, os autos 
serão remetidos ao Supremo Tribunal Federal para apreciação do 
recurso extraordinário, se este não estiver prejudicado. 
§ 2º Se o relator do recurso especial considerar prejudicial 
o recurso extraordinário, em decisão irrecorrível, sobrestará o 
julgamento e remeterá os autos ao Supremo Tribunal Federal. 
§ 3º Na hipótese do § 2º, se o relator do recurso 
extraordinário, em decisão irrecorrível, rejeitar a prejudicialidade, 
devolverá os autos ao Superior Tribunal de Justiça para o 
julgamento do recurso especial. 
Art. 1.032. Se o relator, no Superior Tribunal de Justiça, 
entender que o recurso especial versa sobre questão 
constitucional, deverá conceder prazo de 15 (quinze) dias para que 
o recorrente demonstre a existência de repercussão geral e se 
manifeste sobre a questão constitucional. 
Parágrafo único. Cumprida a diligência de que trata o caput 
, o relator remeterá o recurso ao Supremo Tribunal Federal, que, 
em juízo de admissibilidade, poderá devolvê-lo ao Superior Tribunal 
de Justiça. 
Art. 1.033. Se o Supremo Tribunal Federal considerar como 
reflexa a ofensa à Constituição afirmada no recurso extraordinário, 
por pressupor a revisão da interpretação de lei federal ou de 
tratado, remetê-lo-á ao Superior Tribunal de Justiça para 
julgamento como recurso especial. 
Art. 1.034. Admitido o recurso extraordinário ou o recurso 
especial, o Supremo Tribunal Federal ou o Superior Tribunal de 
Justiça julgará o processo, aplicando o direito. 
Parágrafo único. Admitido o recurso extraordinário ou o 
recurso especial por um fundamento, devolve-se ao tribunal 
superior o conhecimento dos demais fundamentos para a solução 
do capítulo impugnado. 
Art. 1.035. O Supremo Tribunal Federal, em decisão 
irrecorrível, não conhecerá do recurso extraordinário quando a 
questão constitucional nele versada não tiver repercussão geral, 
nos termos deste artigo. 
§ 1º Para efeito de repercussão geral, será considerada a 
existência ou não de questões relevantes do ponto de vista 
econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os 
interesses subjetivos do processo. 
§ 2º O recorrente deverá demonstrar a existência de 
repercussão geral para apreciação exclusiva pelo Supremo Tribunal 
Federal. 
§ 3º Haverá repercussãogeral sempre que o recurso 
impugnar acórdão que: 
I - contrarie súmula ou jurisprudência dominante do 
Supremo Tribunal Federal; 
III - tenha reconhecido a inconstitucionalidade de tratado 
ou de lei federal, nos termos do 
§ 4º O relator poderá admitir, na análise da repercussão 
geral, a manifestação de terceiros, subscrita por procurador 
habilitado, nos termos do Regimento Interno do Supremo Tribunal 
Federal. 
§ 5º Reconhecida a repercussão geral, o relator no 
Supremo Tribunal Federal determinará a suspensão do 
processamento de todos os processos pendentes, individuais ou 
coletivos, que versem sobre a questão e tramitem no território 
nacional. 
§ 6º O interessado pode requerer, ao presidente ou ao 
vice-presidente do tribunal de origem, que exclua da decisão de 
sobrestamento e inadmita o recurso extraordinário que tenha sido 
interposto intempestivamente, tendo o recorrente o prazo de 5 
(cinco) dias para manifestar-se sobre esse requerimento. 
§ 7º Da decisão que indeferir o requerimento referido no 
§ 6º ou que aplicar entendimento firmado em regime de 
repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos caberá 
agravo interno. 
§ 8º Negada a repercussão geral, o presidente ou o vice-
presidente do tribunal de origem negará seguimento aos recursos 
extraordinários sobrestados na origem que versem sobre matéria 
idêntica. 
§ 9º O recurso que tiver a repercussão geral reconhecida 
deverá ser julgado no prazo de 1 (um) ano e terá preferência sobre 
os demais feitos, ressalvados os que envolvam réu preso e os 
pedidos de habeas corpus . 
§ 11. A súmula da decisão sobre a repercussão geral 
constará de ata, que será publicada no diário oficial e valerá como 
acórdão. 
. RECURSO nº 2: RECURSO EXTRAORDINÁRIO (art.102,III C.F ) 
Cabimento: Hipóteses de cabimento (art.102,III , C.F) 
Prazo: 15 dias (art.1003, § 5º , Lei nº13.105 ) 
Forma de oposição: Uma vez interposto o recurso, que conterá a exposição do fato e do 
direito, a demonstração do seu cabimento e as razões para 
anulação ou reforma da decisão (cf. art. 1.029, caput, do 
CPC/2015), será a parte contrária intimada para apresentar 
contrarrazões (art. 1.030, caput, do CPC/2015). 
Em seguida, o recurso será submetido ao primeiro juízo de 
admissibilidade recursal. 
 
 Efeitos: Devolutivo: Sim 
 Regressivo: Sim ( Art 494, CPC) 
 Suspensivo: Não (Art. 995 CPC) 
 Formas de processamento: Será interposto perante o presidente ou o vice-presidente do 
tribunal recorrido, em petição.(Art 1029. Lei nº 12.105) 
 
Procedimento: O recurso extraordinário se reparte entre o órgão a quo, que é o 
tribunal de origem que proferiu o acórdão recorrido, e o órgão ad 
quem, que é o Supremo Tribunal Federal – STF. 
Contudo, importante ressaltar que o STF revisa a 
admissibilidade, por intermédio do relator e do órgão fracionário 
competente, por meio da análise da repercussão geral. 
O artigo 508 do CPC, dispõe: “ Na apelação, nos embargos 
infringentes, no recurso ordinário, no recurso especial, no recurso 
extraordinário e nos embargos de divergência, o prazo para interpor 
e para responder é de 15 (quinze) dias”. 
O prazo de 15 (quinze) dias previsto no dispositivo alhures, 
começara a fluir da intimação da sentença ou acórdão recorrido. No 
caso da parte ter que apresentar a contrarrazões, começará a fluir 
da intimação para apresentar resposta. 
Com a interposição é realizada a admissibilidade do 
recurso extraordinário, e consequentemente a intimação da parte 
recorrida para apresentar no prazo de 15 (quinze) dias a 
contrarrazões. Após, o feito é encaminhado ao STF, 
eletronicamente. 
O recorrido endereçará sua petição ao Presidente ou Vice-
Presidente do tribunal, incumbindo-lhe a alegação do que lhe 
convém, seja de mérito ou de admissibilidade. 
O STF tem entendido que qualquer erro eventual na 
representação das partes não poderá ser sanado na instância 
superior, por exemplo: ausência de procuração, assinatura do 
procurador (ainda que seja encaminhada por meio eletrônico). 
A petição de interposição deverá ser endereçada para a 
autoridade competente, vejamos o artigo 541, caput: “O recurso 
extraordinário e o recurso especial, nos casos previstos na 
Constituição Federal, serão interpostos perante o presidente ou o 
vice-presidente do tribunal recorrido”. 
Dessa feita, não será admitido a petição de interposição de 
recurso extraordinário endereçada para o relator do processo ou 
presidente da turma julgadora. 
Que tange a regularidade formal do recurso o artigo 541 
prevê: 
“Art. 541 - O recurso extraordinário e o recurso especial, 
nos casos previstos na Constituição Federal, serão interpostos 
perante o presidente ou o vice-presidente do tribunal recorrido, em 
petições distintas, que conterão: (Alterado pela L-008.950-1994) 
I - a exposição do fato e do direito; 
Il - a demonstração do cabimento do recurso interposto; 
III - as razões do pedido de reforma da decisão recorrida” 
Assim, deverá haver exposição de fato e do direito, 
demonstração do cabimento do recurso interposto e as razões do 
pedido de reforma da decisão recorrida. 
A identificação das questões de fato e de direito, o 
recorrente deverá expor a questão constitucional resolvida no 
pronunciamento. 
A demonstração do cabimento é a fundamentação legal do 
recurso, que deverá ser feito por meio de alguma das alíneas do 
artigo 102, inciso III, da Constituição. 
Que tange as razões do pedido de reforma da decisão 
recorrida está atrelado à existência da repercussão geral. 
O recurso extraordinário depende, além da demonstração 
formal, de preparo no ato de sua interposição, sob pena de 
inadmissibilidade por deserção. 
O valor do preparo, consoante o art. 41-B da Lei 
8.038/1990, na redação da Lei 9.756/1998, corresponde às 
despesas de remessa e de retorno dos autos. A guia de 
recolhimento acompanhará a petição de interposição, conforme o 
art. 511, caput, CPC. 
Por fim, após o procedimento e sendo admitido o recurso 
extraordinário, será encaminhado ao STF, cabendo à egrégia corte 
a análise de admissibilidade, oportunidade que constatará a 
questão da repercussão geral. 
 
 Julgamento: Art. 1.030. Recebida a petição do 
recurso pela secretaria do tribunal, o recorrido será intimado para 
apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias, findo o qual 
os autos serão conclusos ao presidente ou ao vice-presidente do 
tribunal recorrido, que deverá: 
I – negar seguimento: 
a) a recurso extraordinário que discuta questão 
constitucional à qual o Supremo Tribunal Federal não tenha 
reconhecido a existência de repercussão geral ou a recurso 
extraordinário interposto contra acórdão que esteja em 
conformidade com entendimento do Supremo Tribunal Federal 
exarado no regime de repercussão geral; 
b) a recurso extraordinário ou a recurso especial 
interposto contra acórdão que esteja em conformidade com 
entendimento do Supremo Tribunal Federal ou do Superior 
Tribunal de Justiça, respectivamente, exarado no regime de 
julgamento de recursos repetitivos; 
II – encaminhar o processo ao órgão julgador para 
realização do juízo de retratação, se o acórdão recorrido divergir do 
entendimento do Supremo Tribunal Federal ou do Superior 
Tribunal de Justiça exarado, conforme o caso, nos regimes de 
repercussão geral ou de recursos repetitivos; 
III – sobrestar o recurso que versar sobre controvérsia de 
caráter repetitivo ainda não decidida pelo Supremo Tribunal 
Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça, conforme se trate de 
matéria constitucional ou infraconstitucional; 
IV – selecionar o recurso como representativo de 
controvérsia constitucional ou infraconstitucional, nos termos do § 
6º do art. 1.036 
V – realizar o juízo de admissibilidade e, se positivo, 
remeter o feito ao Supremo Tribunal Federal ou ao Superior 
Tribunal de Justiça, desde que: 
a) o recurso ainda não tenha sido submetidoao regime de 
repercussão geral ou de julgamento de recursos repetitivos; 
b) o recurso tenha sido selecionado como representativo 
da controvérsia; ou 
c) o tribunal recorrido tenha refutado o juízo de 
retratação. 
§ 1º Da decisão de inadmissibilidade proferida com 
fundamento no inciso V caberá agravo ao tribunal superior, nos 
termos do art. 1.042. 
§ 2º Da decisão proferida com fundamento nos incisos I e 
III caberá agravo interno, nos termos do art. 1.021. 
Art. 1.031. Na hipótese de interposição conjunta de 
recurso extraordinário e recurso especial, os autos serão remetidos 
ao Superior Tribunal de Justiça. 
§ 1º Concluído o julgamento do recurso especial, os autos 
serão remetidos ao Supremo Tribunal Federal para apreciação do 
recurso extraordinário, se este não estiver prejudicado. 
§ 2º Se o relator do recurso especial considerar prejudicial 
o recurso extraordinário, em decisão irrecorrível, sobrestará o 
julgamento e remeterá os autos ao Supremo Tribunal Federal. 
§ 3º Na hipótese do § 2º, se o relator do recurso 
extraordinário, em decisão irrecorrível, rejeitar a prejudicialidade, 
devolverá os autos ao Superior Tribunal de Justiça para o 
julgamento do recurso especial. 
Art. 1.032. Se o relator, no Superior Tribunal de Justiça, 
entender que o recurso especial versa sobre questão 
constitucional, deverá conceder prazo de 15 (quinze) dias para que 
o recorrente demonstre a existência de repercussão geral e se 
manifeste sobre a questão constitucional. 
Parágrafo único. Cumprida a diligência de que trata o caput 
, o relator remeterá o recurso ao Supremo Tribunal Federal, que, 
em juízo de admissibilidade, poderá devolvê-lo ao Superior Tribunal 
de Justiça. 
Art. 1.033. Se o Supremo Tribunal Federal considerar como 
reflexa a ofensa à Constituição afirmada no recurso extraordinário, 
por pressupor a revisão da interpretação de lei federal ou de 
tratado, remetê-lo-á ao Superior Tribunal de Justiça para 
julgamento como recurso especial. 
Art. 1.034. Admitido o recurso extraordinário ou o recurso 
especial, o Supremo Tribunal Federal ou o Superior Tribunal de 
Justiça julgará o processo, aplicando o direito. 
Parágrafo único. Admitido o recurso extraordinário ou o 
recurso especial por um fundamento, devolve-se ao tribunal 
superior o conhecimento dos demais fundamentos para a solução 
do capítulo impugnado. 
Art. 1.035. O Supremo Tribunal Federal, em decisão 
irrecorrível, não conhecerá do recurso extraordinário quando a 
questão constitucional nele versada não tiver repercussão geral, 
nos termos deste artigo. 
§ 1º Para efeito de repercussão geral, será considerada a 
existência ou não de questões relevantes do ponto de vista 
econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os 
interesses subjetivos do processo. 
§ 2º O recorrente deverá demonstrar a existência de 
repercussão geral para apreciação exclusiva pelo Supremo Tribunal 
Federal. 
§ 3º Haverá repercussão geral sempre que o recurso 
impugnar acórdão que: 
I - contrarie súmula ou jurisprudência dominante do 
Supremo Tribunal Federal; 
III - tenha reconhecido a inconstitucionalidade de tratado 
ou de lei federal, nos termos do 
§ 4º O relator poderá admitir, na análise da repercussão 
geral, a manifestação de terceiros, subscrita por procurador 
habilitado, nos termos do Regimento Interno do Supremo Tribunal 
Federal. 
§ 5º Reconhecida a repercussão geral, o relator no 
Supremo Tribunal Federal determinará a suspensão do 
processamento de todos os processos pendentes, individuais ou 
coletivos, que versem sobre a questão e tramitem no território 
nacional. 
§ 6º O interessado pode requerer, ao presidente ou ao 
vice-presidente do tribunal de origem, que exclua da decisão de 
sobrestamento e inadmita o recurso extraordinário que tenha sido 
interposto intempestivamente, tendo o recorrente o prazo de 5 
(cinco) dias para manifestar-se sobre esse requerimento. 
§ 7º Da decisão que indeferir o requerimento referido no 
§ 6º ou que aplicar entendimento firmado em regime de 
repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos caberá 
agravo interno. 
§ 8º Negada a repercussão geral, o presidente ou o vice-
presidente do tribunal de origem negará seguimento aos recursos 
extraordinários sobrestados na origem que versem sobre matéria 
idêntica. 
§ 9º O recurso que tiver a repercussão geral reconhecida 
deverá ser julgado no prazo de 1 (um) ano e terá preferência sobre 
os demais feitos, ressalvados os que envolvam réu preso e os 
pedidos de habeas corpus . 
§ 11. A súmula da decisão sobre a repercussão geral 
constará de ata, que será publicada no diário oficial e valerá como 
acórdão. 
 
 
 
Questão 04. Quais recursos cabem para atacar um acórdão 
condenatório do Tribunal Regional Federal, com voto 
divergente? 
. RECURSO nº 1: EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA (art.1043 , Lei nº13105 ) 
 Cabimento: (art.1043 , Lei nº13105 ) 
I - em recurso extraordinário ou em recurso especial, 
divergir do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal, 
sendo os acórdãos, embargado e paradigma, de mérito; 
III - em recurso extraordinário ou em recurso especial, 
divergir do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal, 
sendo um acórdão de mérito e outro que não tenha conhecido do 
recurso, embora tenha apreciado a controvérsia; 
§ 3º Cabem embargos de divergência quando o acórdão 
paradigma for da mesma turma que proferiu a decisão embargada, 
desde que sua composição tenha sofrido alteração em mais da 
metade de seus membros. 
 Prazo: 15 dias (art. 1.003, § 5º, do CPC) 
 Forma de oposição: Art 1043, § 4º - O recorrente provará a divergência com certidão, 
cópia ou citação de repositório oficial ou credenciado de 
jurisprudência, inclusive em mídia eletrônica, onde foi publicado o 
acórdão divergente, ou com a reprodução de julgado disponível na 
rede mundial de computadores, indicando a respectiva fonte, e 
mencionará as circunstâncias que identificam ou assemelham os 
casos confrontados. 
 Efeitos: Devolutivo: Sim 
 Regressivo: Sim 
 Suspensivo: Não 
 Formas de processamento: Será observado o procedimento estabelecido no regimento interno 
do respectivo tribunal superior. 
 Procedimento: 
O novo CPC (artigo 1.044) delega ao Regimento Interno do 
STJ a regulação do procedimento dos embargos de divergência que 
hoje é tratada nos artigos 266 e seguintes. 
 
O recurso é cabível contra decisão de turma, em recurso 
especial, que divergir de decisão de outra turma, de seção ou da 
Corte Especial. 
 
A intenção é, como já destacado, a de pacificar 
internamente divergências entre os órgãos colegiados. 
 
Contra decisões monocráticas não cabem embargos de 
divergência, que tem o prazo de quinze dias. Também não são 
cabíveis embargos contra decisões proferidas em agravos (nem 
internos), até por conta da dicção clara do artigo 1.043 do novo 
CPC. 
 
O STJ, na linha da novel legislação, exige a comprovação da 
divergência pela juntada de certidão ou cópia autenticada do aresto 
paradigma (que servirá para demonstrar a divergência), ou 
mediante citação do repositório autorizado, com a transcrição dos 
trechos que mostrem o dissídio e feito o cotejo analítico. Recente 
atualização do RI autoriza, inclusive, a indicação de fonte da 
internet (§ 4º, artigo 266). 
 
A citação do repositório autorizado só se faz necessária 
quando não é juntada cópia da decisão paradigma da qual divergiu 
a decisão a ser embargada. Ademais, se citada a fonte oficial (Diário 
da Justiça ou Diário Oficial do Estado) e o cotejo for com a ementa 
da decisão (que é o que é publicado no Diário), desnecessário 
cogitar da citação de repositório autorizado. 
 
O cotejo analítico é o que mais tem preocupado os que 
interpõem embargos de divergência. Isso porque o STJ é rígido no 
exame da argumentação de quem recorre considerando a 
justificativa da existência de uma divergência. 
 
Nessesentido, o Regimento Interno, na linha da nova 
legislação processual, é claro ao exigir o cotejo analítico. Não basta, 
assim, referir a decisão da qual divergiu a embargada. É necessária 
a explicitação do porquê de uma decisão haver divergido da outra, 
analiticamente. E a divergência deve, ainda, abranger todos os 
fundamentos do acórdão recorrido. 
 
O curioso é que há decisões que não admitem a 
divergência com Súmula,2 ao fundamento de que nem o recurso 
especial caberia nesse caso. Discordamos deste entendimento, 
considerando que os embargos, justamente por terem a função 
uniformizadora, deveriam se prestar para fazer valer a 
jurisprudência sumulada. 
 
E os embargos não cabem se a decisão recorrida estiver 
em conformidade com a jurisprudência já pacificada do tribunal,3 
justamente porque a função do recurso é a de pacificar a 
divergência entre os órgãos fracionários, impondo o respeito à 
decisão dos órgãos internos superiorers (Seções ou Corte Especial). 
Já existindo jurisprudência pacífica, inócuos seriam os embargos de 
divergência. 
 
Os embargos são cabíveis para a Seção correspondente ao 
qual se vinculam as Turmas se a decisão embargada divergir de 
decisão da outra Turma vinculada à mesma Seção (exemplo: 1ª e 2ª 
turmas - competência da 1ª seção). E, também, se a decisão de uma 
Turma divergir de decisão de Seção à qual se vincula a turma. 
 
Se a decisão embargada divergir de decisão de turma 
vinculada a outra seção ou de decisão de outra Seção ou da Corte 
Especial, a competência para os embargos será da Corte Especial. 
 
Com prazo de quinze dias e dependente de preparo, o 
recurso deve ser dirigido ao Presidente da Seção ou da Corte 
Especial (dependendo da competência). Distribuído a um relator, 
os autos irão conclusos para o exercício do juízo de admissibilidade. 
 
O novo CPC acabou com o duplo juízo de admissibilidade 
na apelação, mas manteve expressamente (lei 13.256/16) para os 
recursos extraordinário e especial. Não tratou, por outro lado, do 
duplo juízo nos embargos. Como delega a regulação do 
procedimento ao Regimento Interno do tribunal, todavia, o juízo de 
admissibilidade dos embargos continua sendo duplo - feito pelo 
relator (que pode admiti-los ou não) e pelo colegiado (que pode 
conhecer ou não do recurso - reputando existente ou não a 
divergência). 
 
Admitidos os embargos, os autos serão encaminhados 
para que a secretaria abra vista ao embargado para impugnação. 
 
Na admissibilidade dos embargos, o relator observará os 
requisitos extrínsecos (regularidade formal, preparo e prazo) e os 
intrínsecos (quanto ao cabimento, à realização do cotejo analítico e 
à ocorrência de divergência atual). 
 
 Julgamento: 
Após a impugnação, os autos deverão ser levados a 
julgamento no colegiado, dependendo da designação de pauta, nos 
termos do artigo 267, parágrafo único do CPC. 
 
O colegiado, então, reexaminará novamente os requisitos 
de admissibilidade - extrínsecos e intrínsecos - não ficando 
vinculado ao exercício primeiro feito pelo relator. Pode, então, o 
colegiado, conhecer ou não do recurso. Se conhecer, reconhecendo 
a existência de divergência atual, dará ou não provimento ao 
recurso (fazendo valer a tese da decisão embargada ou da 
paradigma). 
 
Se os embargos não forem admitidos pelo relator (quando 
intempestivos, contrariarem súmula do tribunal ou não 
comprovada a divergência jurisprudencial), cabível agravo 
regimental para o colegiado, que independe de pauta (pode ser 
levado em mesa a qualquer tempo). Ao julgar o agravo, não sendo 
caso de desprovimento, o colegiado poderá desde logo julgar o 
recurso principal (embargos indeferidos pelo relator) ou apenas 
mandar processar os embargos para melhor julgamento. 
 
Pode ocorrer de ser necessária a dupla interposição de 
recurso de uma decisão de Turma - embargos de divergência e 
recurso extraordinário. Se a decisão turmária incorrer em violação 
a dispositivo constitucional e, simultaneamente, divergir de outra 
decisão de outra turma, seção ou Corte Especial, o recurso 
extraordinário deve ser veiculado simultaneamente com os 
embargos de divergência (já que a violação surgiu na decisão da 
turma). O extraordinário ficará, então, sobrestado aguardando a 
decisão sobre os embargos. 
 
Aliás, nesse ponto, vale destacar a preocupação do novo 
CPC no artigo 1.0444. 
 
Se os embargos forem desprovidos ou não alterarem a 
conclusão do julgamento anterior, aproveita-se o recurso 
extraordinário já interposto (não sendo necessária sua ratificação), 
pois não houve alteração do julgado anterior (tornando sem objeto 
o primeiro recurso extraordinário interposto). Por outro lado, se 
houver a reforma da decisão primeira (objeto dos embargos), o 
recurso extraordinário interposto perde o objeto e outro deve ser 
interposto. 
 
 
Questão 05. Quais recursos cabem para atacar uma decisão 
denegatória de habeas corpus pelo juízo de primeiro 
grau? 
. RECURSO nº 1: Recurso em sentido estrito (art. 581, VIII CPP) 
 Cabimento: Será cabível se o provimento em questão estiver previsto no rol 
do Art. 581 do Código de Processo Penal, bem como se a decisão 
interlocutória não tiver sido expressamente excluída do seu âmbito 
de incidência. 
Prazo: O prazo para provocação da parte é de cinco dias da publicação da 
resposta do juiz a quo, podendo ser apresentada ao juiz ou 
Tribunal ad quem ou entregue ao Correio dentro do mesmo prazo 
(art. 591). 
 Forma de oposição: Somente poderá ser interposto se a decisão tiver sido proferida por 
juiz singular. 
 Efeitos: Devolutivo: Se a reformar e a parte ex adversa fizer o usos da 
faculdade que lhe confere o parágrafo único do citado preceito. 
 Regressivo: Uma vez interposto, os autos em que ele se processa 
são encaminhados ao juízo prolator da decisão guerreada, para 
mantê-la ou reforma-la, consoante a regra do art. 589 do CPP 
 Suspensivo: De não se executar a decisão impugnada até o seu 
julgamento. 
 Formas de processamento: Procede-se ao reexame da decisão do juiz, nas matérias 
especificadas em lei, permitindo- se – lhe novo pronunciamento 
antes do julgamento pela instância superior. Cabe ele tanto nas 
sentenças, em sentido estrito, como em despachos, podendo o seu 
prolator obstar seu julgamento pelo tribunal com a retratação da 
decisão impugnada. 
Procedimento: Apresentadas ou não as razões de recurso em sentido estrito, os 
autos retornarão ao juízo a quo para fins de possível retratação da 
decisão impugnada (art. 589, caput, CPP). Se o magistrado 
confirmar sua decisão, deve determinar a remessa do recurso ao 
juízo ad quem. Se, no entanto, houver a retratação, a parte 
prejudicada poderá, por simples petição, recorrer contra a nova 
decisão, mas desde que também seja cabível RESE contra ela, 
hipótese que não se admitirá nova modificação do teor do decisum. 
Neste caso, o recurso será remetido ao Tribunal Competente, 
independente da apresentação de novas razões recursais (art. 589, 
§ único). Se, porém, a nova decisão não estiver prevista no art. 581 
do CPP, nada mais poderá ser promovido em termos de recurso em 
sentido estrito. Nessa hipótese, quando muito poderá o 
sucumbente opor-se por meio de outro recurso ou impugnação, se 
cabível. 
 Julgamento: É das câmaras dos Tribunais de Justiça e turmas dos Tribunais 
Regionais Federais a competência para o julgamento do recurso em 
sentido estrito. Este o alcance do art. 582 do CPP quando reza que 
“os recursos serão sempre para o Tribunal de Apelação”. Quanto às 
ressalvas previstas nesse dispositivo (“salvo nos casos dos ns. V, X e 
XIV”), a única que subsiste é a do inciso XIV, cujo julgamento está 
afeto à presidência do Tribunal, restando prejudicadas as demais 
pelas reformas legislativas havidas após a edição do Código de 
Processo Penal 
 
Questão 06. Quais recursos cabem para atacar uma decisão 
denegatória de habeas corpus pelo Câmara Criminal 
do Tribunal de Justiça? 
. RECURSO nº 1: RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL (art.art. 102, II, b CF) 
 Cabimento: para impugnar decisões de habeas corpus, mandado de segurança, 
o habeas data e o mandado de injunção decididos em única 
instancia pelos Tribunais Superiores, quando denegatória a decisão 
e for o crime politico, de acordo com o 
art. 102, II, a e b da Constituição Federal. 
 Prazo: 05 dias (art. 30 Constituição Federal) 
 Forma de oposição: A interposição do recurso deverá ser endereçada ao Presidente do 
Tribunal que proferiu a decisão denegatória. 
 Efeitos: Devolutivo: O Recurso Ordinário será sempre recebido nesse efeito. 
O processo não ficará suspenso, ou seja, a parte que tem a sentença 
favorável a ela já poderá executar os valores de forma provisória 
através da extração de carta de sentença. 
 Regressivo: Pode ser alcançado através de Ação Cautelar com esta 
finalidade. 
 Suspensivo: Em situações peculiares é possível se conseguir o efeito 
suspensivo através de uma tutela. 
Formas de processamento: Juízo de admissibilidade - Contrarrazões: mesmo prazo da 
interposição - remessa dos autos ao STF para julgamento. 
Se transcorrer 30 dias sem que seja recebido o recurso ou se 
denegado/não recebido o ROC: caberá agravo nos termos do art. 
313 do regimento interno do STF. 
. 
Procedimento: (Art 30 a 32 Lei nº 8038) 
Art. 30 - O recurso ordinário para o Superior Tribunal de 
Justiça, das decisões denegatórias de Habeas Corpus, proferidas 
pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos Tribunais dos Estados e 
do Distrito Federal, será interposto no prazo de cinco dias, com as 
razões do pedido de reforma. 
Art. 31 - Distribuído o recurso, a Secretaria, imediatamente, 
fará os autos com vista ao Ministério Público, pelo prazo de dois 
dias. 
Parágrafo único - Conclusos os autos ao relator, este 
submeterá o feito a julgamento independentemente de pauta. 
Art. 32 - Será aplicado, no que couber, ao processo e 
julgamento do recurso, o disposto com relação ao pedido originário 
de Habeas Corpus. 
 
 Julgamento: (Lei nº 3038) 
Conclusos os autos ao relator, este submeterá o feito a 
julgamento independentemente de pauta. 
Art. 32 - Será aplicado, no que couber, ao processo e 
julgamento do recurso, o disposto com relação ao pedido originário 
de Habeas Corpus. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 07. Quais recursos cabem para atacar uma sentença 
absolutória sumária em procedimento do Tribunal do 
Júri? 
. RECURSO nº 1: Recurso em sentido estrito (art. 581, VIII CPP) 
 Cabimento: Será cabível se o provimento em questão estiver previsto no rol 
do Art. 581 do Código de Processo Penal, bem como se a decisão 
interlocutória não tiver sido expressamente excluída do seu âmbito 
de incidência. 
Prazo: O prazo para provocação da parte é de cinco dias da publicação da 
resposta do juiz a quo, podendo ser apresentada ao juiz ou 
Tribunal ad quem ou entregue ao Correio dentro do mesmo prazo 
(art. 591). 
 Forma de oposição: Somente poderá ser interposto se a decisão tiver sido proferida por 
juiz singular. 
 Efeitos: Devolutivo: Se a reformar e a parte ex adversa fizer o usos da 
faculdade que lhe confere o parágrafo único do citado preceito. 
 Regressivo: Uma vez interposto, os autos em que ele se processa 
são encaminhados ao juízo prolator da decisão guerreada, para 
mantê-la ou reforma-la, consoante a regra do art. 589 do CPP 
 Suspensivo: De não se executar a decisão impugnada até o seu 
julgamento. 
 Formas de processamento: Procede-se ao reexame da decisão do juiz, nas matérias 
especificadas em lei, permitindo- se – lhe novo pronunciamento 
antes do julgamento pela instância superior. Cabe ele tanto nas 
sentenças, em sentido estrito, como em despachos, podendo o seu 
prolator obstar seu julgamento pelo tribunal com a retratação da 
decisão impugnada. 
Procedimento: Apresentadas ou não as razões de recurso em sentido estrito, os 
autos retornarão ao juízo a quo para fins de possível retratação da 
decisão impugnada (art. 589, caput, CPP). Se o magistrado 
confirmar sua decisão, deve determinar a remessa do recurso ao 
juízo ad quem. Se, no entanto, houver a retratação, a parte 
prejudicada poderá, por simples petição, recorrer contra a nova 
decisão, mas desde que também seja cabível RESE contra ela, 
hipótese que não se admitirá nova modificação do teor do decisum. 
Neste caso, o recurso será remetido ao Tribunal Competente, 
independente da apresentação de novas razões recursais (art. 589, 
§ único). Se, porém, a nova decisão não estiver prevista no art. 581 
do CPP, nada mais poderá ser promovido em termos de recurso em 
sentido estrito. Nessa hipótese, quando muito poderá o 
sucumbente opor-se por meio de outro recurso ou impugnação, se 
cabível. 
 Julgamento: É das câmaras dos Tribunais de Justiça e turmas dos Tribunais 
Regionais Federais a competência para o julgamento do recurso em 
sentido estrito. Este o alcance do art. 582 do CPP quando reza que 
“os recursos serão sempre para o Tribunal de Apelação”. Quanto às 
ressalvas previstas nesse dispositivo (“salvo nos casos dos ns. V, X e 
XIV”), a única que subsiste é a do inciso XIV, cujo julgamento está 
afeto à presidência do Tribunal, restando prejudicadas as demais 
pelas reformas legislativas havidas após a edição do Código de 
Processo Penal 
 
Questão 08. Quais recursos cabem para atacar decisão do Relator 
da Apelação, que não conhece dos embargos 
declaratórios? 
. RECURSO nº 1: AGRAVO INTERNO (art.994, III , Lei 13105 ) 
 Cabimento: (art.1021 , Lei nº13105 ) Contra decisão proferida pelo relator 
caberá agravo interno para o respectivo órgão colegiado, 
observadas, quanto ao processamento, as regras do regimento 
interno do tribunal. 
 Prazo: 15 dias (art.1021§ 2º , Lei nº13105 ) 
 Forma de oposição: O agravo interno é interposto por petição dirigida ao próprio 
prolator da decisão recorrida 
 Efeitos: Devolutivo: deve ser destacado que a interposição do agravo 
interno acarreta a transferência, para o órgão colegiado integrado 
pelo magistrado prolator da decisão monocrática agravada, do 
conhecimento da matéria impugnada. 
 Regressivo: pode causar efeito regressivo na decisão interlocutória, 
caso o relator perceba que o recurso apresenta fato e direito para 
tal. 
 Suspensivo: o CPC/15 não consagra a existência efeito 
suspensivo (art. 1021). 
 Formas de processamento: Regras do regimento interno do tribunal 
 Procedimento: Primeiramente, após a decisão proferida pelo relator, deve ser 
elaborada petição dirigida ao próprio relator. Ainda assim, caso 
tenha sido proferida pro Presidente ou Vice-presidente de Tribunal 
é a este que a petição deverá ser encaminhada. 
 
Nessa petição devem ser impugnados especificamente os 
fundamentos da decisão agravada, assim como qualquer outro 
recurso. 
 
O prazo, como visto anteriormente, é de 15 dias úteis, em 
conformidade com o art. 1003, §5° do Novo CPC e art. 219 do Novo 
CPC,respectivamente. 
 
Após interposto o Agravo Interno, com a fundamentação correta, 
abre-se prazo para que o agravado se manifeste em 15 dias, 
segundo art. 1021, §2° do Novo CPC. Caso não tenham sido 
oferecidas contrarrazões, os autos serão conclusos, a fim de que o 
relator decida se mantém ou se retrata da decisão. Na hipótese de 
manter, o recurso será levado a julgamento, com inclusão em 
pauta. 
 
Julgamento: O julgamento do Agravo Interno se faz pelo órgão colegiado 
integrado pelo prolator da decisão agravada. Não se admite o 
julgamento monocrático pelo relator, até porque tornaria o 
recurso inócuo. 
 
Na sessão de julgamento serão proferidos os votos, iniciados pelo 
do relator. Neste caso, então, o relator não pode limitar-se à 
reprodução dos fundamentos da decisão agravada para julgar 
improcedente o recurso. 
 
Caso o Agravo Interno seja declarado por unanimidade 
inadmissível ou improcedente, deverá o órgão colegiado, em 
decisão fundamentada condenar o agravante a pagar ao agravado 
multa, de acordo com o art. 1021, §4° do Novo CPC.Cabe lembrar 
que o depósito dessa multa é requisito de admissibilidade a 
qualquer outro recurso que a parte venha a interpor. 
 
Entretanto, se o recurso for provido, a decisão monocrática será 
anulada ou reformada. Nesse sentido, a decisão colegiada 
substituirá a monocrática recorrida, nos termos do art. 1008 do 
Novo CPC. 
 
 
Questão 09. Quais recursos cabem para atacar acórdão de 
Apelação, que mantém a condenação, violando lei 
federal? 
 . RECURSO nº 1: RECURSO ESPECIAL (art.1029 , Lei nº13.105 ) 
Cabimento: Conforme previsto pela Constituição Federal, o Recurso Especial é 
cabível para se insurgir contra decisão proferida em última instância 
que, nos termos da lei (Art 105, III) 
Contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência; 
Julgar válido ato de governo local contestado em face de 
lei federal; 
Der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja 
atribuído outro tribunal. 
 Prazo: 15 dias (art.1003, § 5º , Lei nº13.105 ) 
 Forma de interposição: Uma vez interposto o recurso, que conterá a exposição do fato e do 
direito, a demonstração do seu cabimento e as razões para 
anulação ou reforma da decisão (cf. art. 1.029, caput, do 
CPC/2015), será a parte contrária intimada para apresentar 
contrarrazões (art. 1.030, caput, do CPC/2015). 
Em seguida, o recurso será submetido ao primeiro juízo de 
admissibilidade recursal. 
 Efeitos: Devolutivo: Sim 
 Regressivo: Sim 
 Suspensivo: Não 
 Formas de processamento: Será interposto perante o presidente ou o vice-presidente do 
tribunal recorrido, em petição.(Art 1029. Lei nº 12.105) 
 Procedimento: Ato 1 
Art. 1.029. O recurso extraordinário e o recurso especial, 
nos casos previstos na Constituição Federal , serão interpostos 
perante o presidente ou o vice-presidente do tribunal recorrido, em 
petições distintas que conterão: 
I - a exposição do fato e do direito; 
II - a demonstração do cabimento do recurso interposto; 
III - as razões do pedido de reforma ou de invalidação da 
decisão recorrida. 
Ato 2 
§ 1º Quando o recurso fundar-se em dissídio 
jurisprudencial, o recorrente fará a prova da divergência com a 
certidão, cópia ou citação do repositório de jurisprudência, oficial 
ou credenciado, inclusive em mídia eletrônica, em que houver sido 
publicado o acórdão divergente, ou ainda com a reprodução de 
julgado disponível na rede mundial de computadores, com 
indicação da respectiva fonte, devendo-se, em qualquer caso, 
mencionar as circunstâncias que identifiquem ou assemelhem os 
casos confrontados. 
§ 3º O Supremo Tribunal Federal ou o Superior Tribunal de 
Justiça poderá desconsiderar vício formal de recurso tempestivo ou 
determinar sua correção, desde que não o repute grave. 
§ 4º Quando, por ocasião do processamento do incidente 
de resolução de demandas repetitivas, o presidente do Supremo 
Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça receber 
requerimento de suspensão de processos em que se discuta 
questão federal constitucional ou infraconstitucional, poderá, 
considerando razões de segurança jurídica ou de excepcional 
interesse social, estender a suspensão a todo o território nacional, 
até ulterior decisão do recurso extraordinário ou do recurso 
especial a ser interposto. 
§ 5º O pedido de concessão de efeito suspensivo a recurso 
extraordinário ou a recurso especial poderá ser formulado por 
requerimento dirigido: 
I – ao tribunal superior respectivo, no período 
compreendido entre a publicação da decisão de admissão do 
recurso e sua distribuição, ficando o relator designado para seu 
exame prevento para julgá-lo; 
II - ao relator, se já distribuído o recurso; 
III – ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal 
recorrido, no período compreendido entre a interposição do 
recurso e a publicação da decisão de admissão do recurso, assim 
como no caso de o recurso ter sido sobrestado, nos termos do art. 
1.037 
Art. 1.030. Recebida a petição do recurso pela secretaria 
do tribunal, o recorrido será intimado para apresentar 
contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias, findo o qual os autos 
serão conclusos ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal 
recorrido, que deverá: 
I – negar seguimento: 
a) a recurso extraordinário que discuta questão 
constitucional à qual o Supremo Tribunal Federal não tenha 
reconhecido a existência de repercussão geral ou a recurso 
extraordinário interposto contra acórdão que esteja em 
conformidade com entendimento do Supremo Tribunal Federal 
exarado no regime de repercussão geral; 
b) a recurso extraordinário ou a recurso especial 
interposto contra acórdão que esteja em conformidade com 
entendimento do Supremo Tribunal Federal ou do Superior 
Tribunal de Justiça, respectivamente, exarado no regime de 
julgamento de recursos repetitivos; 
II – encaminhar o processo ao órgão julgador para 
realização do juízo de retratação, se o acórdão recorrido divergir do 
entendimento do Supremo Tribunal Federal ou do Superior 
Tribunal de Justiça exarado, conforme o caso, nos regimes de 
repercussão geral ou de recursos repetitivos; 
III – sobrestar o recurso que versar sobre controvérsia de 
caráter repetitivo ainda não decidida pelo Supremo Tribunal 
Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça, conforme se trate de 
matéria constitucional ou infraconstitucional; 
IV – selecionar o recurso como representativo de 
controvérsia constitucional ou infraconstitucional, nos termos do § 
6º do art. 1.036 
V – realizar o juízo de admissibilidade e, se positivo, 
remeter o feito ao Supremo Tribunal Federal ou ao Superior 
Tribunal de Justiça, desde que: 
a) o recurso ainda não tenha sido submetido ao regime de 
repercussão geral ou de julgamento de recursos repetitivos; 
b) o recurso tenha sido selecionado como representativo 
da controvérsia; ou 
c) o tribunal recorrido tenha refutado o juízo de 
retratação. 
§ 1º Da decisão de inadmissibilidade proferida com 
fundamento no inciso V caberá agravo ao tribunal superior, nos 
termos do art. 1.042. 
§ 2º Da decisão proferida com fundamento nos incisos I e 
III caberá agravo interno, nos termos do art. 1.021. 
Art. 1.031. Na hipótese de interposição conjunta de 
recurso extraordinário e recurso especial, os autos serão remetidos 
ao Superior Tribunal de Justiça. 
§ 1º Concluído o julgamento do recurso especial, os autos 
serão remetidos ao Supremo Tribunal Federal para apreciação do 
recurso extraordinário, se este não estiver prejudicado. 
§ 2º Se o relator do recurso especial considerar prejudicial 
o recurso extraordinário, em decisão irrecorrível, sobrestará o 
julgamento e remeterá os autos ao Supremo Tribunal Federal. 
§ 3º Na hipótese do § 2º, se o relator do recurso 
extraordinário, em decisão irrecorrível, rejeitar a prejudicialidade, 
devolverá os autos ao Superior Tribunal de Justiça para o 
julgamento do recurso especial. 
Art. 1.032. Se o relator, no Superior Tribunal de Justiça, 
entender que o recurso especial versa sobre questão 
constitucional, deverá conceder prazo de 15 (quinze) dias para que 
o recorrente demonstre a existência de repercussão geral e se 
manifeste sobre a questão constitucional. 
Parágrafo único. Cumprida a diligência de que trata o caput 
, o relator remeterá o recurso ao Supremo Tribunal Federal, que, 
em juízo de admissibilidade, poderá devolvê-lo ao Superior Tribunal 
de Justiça. 
Art. 1.033. Se o Supremo Tribunal Federal considerar como 
reflexa a ofensa à Constituição afirmada no recurso extraordinário, 
por pressupor a revisão da interpretação de lei federal ou de 
tratado, remetê-lo-á ao Superior Tribunal de Justiça para 
julgamento como recurso especial. 
Art. 1.034. Admitido o recurso extraordinário ou o recurso 
especial, o Supremo Tribunal Federal ou o Superior Tribunal de 
Justiça julgará o processo, aplicando o direito. 
Parágrafoúnico. Admitido o recurso extraordinário ou o 
recurso especial por um fundamento, devolve-se ao tribunal 
superior o conhecimento dos demais fundamentos para a solução 
do capítulo impugnado. 
Art. 1.035. O Supremo Tribunal Federal, em decisão 
irrecorrível, não conhecerá do recurso extraordinário quando a 
questão constitucional nele versada não tiver repercussão geral, 
nos termos deste artigo. 
§ 1º Para efeito de repercussão geral, será considerada a 
existência ou não de questões relevantes do ponto de vista 
econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os 
interesses subjetivos do processo. 
§ 2º O recorrente deverá demonstrar a existência de 
repercussão geral para apreciação exclusiva pelo Supremo Tribunal 
Federal. 
§ 3º Haverá repercussão geral sempre que o recurso 
impugnar acórdão que: 
I - contrarie súmula ou jurisprudência dominante do 
Supremo Tribunal Federal; 
III - tenha reconhecido a inconstitucionalidade de tratado 
ou de lei federal, nos termos do 
§ 4º O relator poderá admitir, na análise da repercussão 
geral, a manifestação de terceiros, subscrita por procurador 
habilitado, nos termos do Regimento Interno do Supremo Tribunal 
Federal. 
§ 5º Reconhecida a repercussão geral, o relator no 
Supremo Tribunal Federal determinará a suspensão do 
processamento de todos os processos pendentes, individuais ou 
coletivos, que versem sobre a questão e tramitem no território 
nacional. 
§ 6º O interessado pode requerer, ao presidente ou ao 
vice-presidente do tribunal de origem, que exclua da decisão de 
sobrestamento e inadmita o recurso extraordinário que tenha sido 
interposto intempestivamente, tendo o recorrente o prazo de 5 
(cinco) dias para manifestar-se sobre esse requerimento. 
§ 7º Da decisão que indeferir o requerimento referido no 
§ 6º ou que aplicar entendimento firmado em regime de 
repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos caberá 
agravo interno. 
§ 8º Negada a repercussão geral, o presidente ou o vice-
presidente do tribunal de origem negará seguimento aos recursos 
extraordinários sobrestados na origem que versem sobre matéria 
idêntica. 
§ 9º O recurso que tiver a repercussão geral reconhecida 
deverá ser julgado no prazo de 1 (um) ano e terá preferência sobre 
os demais feitos, ressalvados os que envolvam réu preso e os 
pedidos de habeas corpus . 
§ 11. A súmula da decisão sobre a repercussão geral 
constará de ata, que será publicada no diário oficial e valerá como 
acórdão. 
 
Julgamento: Art. 1.030. Recebida a petição do recurso pela secretaria do 
tribunal, o recorrido será intimado para apresentar contrarrazões 
no prazo de 15 (quinze) dias, findo o qual os autos serão conclusos 
ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, que 
deverá: 
I – negar seguimento: 
a) a recurso extraordinário que discuta questão 
constitucional à qual o Supremo Tribunal Federal não tenha 
reconhecido a existência de repercussão geral ou a recurso 
extraordinário interposto contra acórdão que esteja em 
conformidade com entendimento do Supremo Tribunal Federal 
exarado no regime de repercussão geral; 
b) a recurso extraordinário ou a recurso especial 
interposto contra acórdão que esteja em conformidade com 
entendimento do Supremo Tribunal Federal ou do Superior 
Tribunal de Justiça, respectivamente, exarado no regime de 
julgamento de recursos repetitivos; 
II – encaminhar o processo ao órgão julgador para 
realização do juízo de retratação, se o acórdão recorrido divergir do 
entendimento do Supremo Tribunal Federal ou do Superior 
Tribunal de Justiça exarado, conforme o caso, nos regimes de 
repercussão geral ou de recursos repetitivos; 
III – sobrestar o recurso que versar sobre controvérsia de 
caráter repetitivo ainda não decidida pelo Supremo Tribunal 
Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça, conforme se trate de 
matéria constitucional ou infraconstitucional; 
IV – selecionar o recurso como representativo de 
controvérsia constitucional ou infraconstitucional, nos termos do § 
6º do art. 1.036 
V – realizar o juízo de admissibilidade e, se positivo, 
remeter o feito ao Supremo Tribunal Federal ou ao Superior 
Tribunal de Justiça, desde que: 
a) o recurso ainda não tenha sido submetido ao regime de 
repercussão geral ou de julgamento de recursos repetitivos; 
b) o recurso tenha sido selecionado como representativo 
da controvérsia; ou 
c) o tribunal recorrido tenha refutado o juízo de 
retratação. 
§ 1º Da decisão de inadmissibilidade proferida com 
fundamento no inciso V caberá agravo ao tribunal superior, nos 
termos do art. 1.042. 
§ 2º Da decisão proferida com fundamento nos incisos I e 
III caberá agravo interno, nos termos do art. 1.021. 
Art. 1.031. Na hipótese de interposição conjunta de 
recurso extraordinário e recurso especial, os autos serão remetidos 
ao Superior Tribunal de Justiça. 
§ 1º Concluído o julgamento do recurso especial, os autos 
serão remetidos ao Supremo Tribunal Federal para apreciação do 
recurso extraordinário, se este não estiver prejudicado. 
§ 2º Se o relator do recurso especial considerar prejudicial 
o recurso extraordinário, em decisão irrecorrível, sobrestará o 
julgamento e remeterá os autos ao Supremo Tribunal Federal. 
§ 3º Na hipótese do § 2º, se o relator do recurso 
extraordinário, em decisão irrecorrível, rejeitar a prejudicialidade, 
devolverá os autos ao Superior Tribunal de Justiça para o 
julgamento do recurso especial. 
Art. 1.032. Se o relator, no Superior Tribunal de Justiça, 
entender que o recurso especial versa sobre questão 
constitucional, deverá conceder prazo de 15 (quinze) dias para que 
o recorrente demonstre a existência de repercussão geral e se 
manifeste sobre a questão constitucional. 
Parágrafo único. Cumprida a diligência de que trata o caput 
, o relator remeterá o recurso ao Supremo Tribunal Federal, que, 
em juízo de admissibilidade, poderá devolvê-lo ao Superior Tribunal 
de Justiça. 
Art. 1.033. Se o Supremo Tribunal Federal considerar como 
reflexa a ofensa à Constituição afirmada no recurso extraordinário, 
por pressupor a revisão da interpretação de lei federal ou de 
tratado, remetê-lo-á ao Superior Tribunal de Justiça para 
julgamento como recurso especial. 
Art. 1.034. Admitido o recurso extraordinário ou o recurso 
especial, o Supremo Tribunal Federal ou o Superior Tribunal de 
Justiça julgará o processo, aplicando o direito. 
Parágrafo único. Admitido o recurso extraordinário ou o 
recurso especial por um fundamento, devolve-se ao tribunal 
superior o conhecimento dos demais fundamentos para a solução 
do capítulo impugnado. 
Art. 1.035. O Supremo Tribunal Federal, em decisão 
irrecorrível, não conhecerá do recurso extraordinário quando a 
questão constitucional nele versada não tiver repercussão geral, 
nos termos deste artigo. 
§ 1º Para efeito de repercussão geral, será considerada a 
existência ou não de questões relevantes do ponto de vista 
econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os 
interesses subjetivos do processo. 
§ 2º O recorrente deverá demonstrar a existência de 
repercussão geral para apreciação exclusiva pelo Supremo Tribunal 
Federal. 
§ 3º Haverá repercussão geral sempre que o recurso 
impugnar acórdão que: 
I - contrarie súmula ou jurisprudência dominante do 
Supremo Tribunal Federal; 
III - tenha reconhecido a inconstitucionalidade de tratado 
ou de lei federal, nos termos do 
§ 4º O relator poderá admitir, na análise da repercussão 
geral, a manifestação de terceiros, subscrita por procurador 
habilitado, nos termos do Regimento Interno do Supremo Tribunal 
Federal. 
§ 5º Reconhecida a repercussão geral, o relator no 
Supremo Tribunal Federal determinará a suspensão do 
processamento de todos os processos pendentes, individuais ou 
coletivos, que versem sobre a questão

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