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Pastoreio Racional Voisin e TIP

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Pastoreio Rotacionado Voisin e Terminação intensiva a pasto (TIP) 
Na bovinocultura de corte. 
 
 
 
 
 
Zootecnia II 
 
 
Edivaldo Oliveira Lima. Roberta Martin Gomes da Silva Borges. 
 
 
 
 
Campo Verde, 25 de Outubro de 2.021. 
 
http://ava.ifmt.edu.br/mod/url/view.php?id=321381
http://ava.ifmt.edu.br/mod/url/view.php?id=321389
 
Pastoreio Rotacionado Voisin. 
 
 
Desde os primórdios da humanidade, através dos pastores, o homem vem mantendo uma relação íntima 
com seus animais e pastagens, conduzindo os seus rebanhos mantendo o equilíbrio entre a oferta e a 
necessidade. O Pastoreio Racional Voisin (PRV) resgata esta intimidade entre o produtor, seus 
animais e sua pastagem, a necessária vivência diária com os animais, a observação acurada do 
desenvolvimento das pastagens e a necessária compreensão da essência das quatro leis universais do 
PRV permitem um aumento da produtividade sem que com isso seja necessário degradar os recursos 
forrageiros, ao contrário, com a aplicação fiel do PRV obtém-se um aumento progressivo da fertilidade 
do solo. 
A intervenção do homem se dá através da subdivisão da área em piquetes, permitindo o direcionamento 
do gado para aqueles que apresentam o pasto no seu tempo de repouso adequado. Isso possibilita aos 
demais piquetes que o pasto recupere suas reservas para crescer novamente. Esses períodos variam de 
acordo com as espécies do pasto, estação do ano e as características climáticas da região e a fertilidade 
do solo. O PRV está vinculado a fatores de produção que são indispensáveis para o sucesso do projeto, 
para os quais sanidade e alimentação são aspectos básicos. 
 
 
Um animal só está saudável quando está bem nutrido, 
e só estará nutrido se tiver saúde. 
77 
POR QUE USAR PRV? 
 
Analisando a situação da cadeia produtiva do leite e da carne, sabese que apenas sobreviverão os 
produtores que tiverem baixo custo 
de produção com produtividade. 
 
A alimentação dos ruminantes (bovinos, ovinos e caprinos) é feita à 
base de pasto que é produzido através da energia solar pelo processo de 
fotossíntese e pelos nutrientes existentes no solo. 
 
 
 
O manejo correto implica atenção ao bem-estar animal que promove o aumento da capacidade 
produtiva e a qualidade do produto final. 
http://ava.ifmt.edu.br/mod/url/view.php?id=321381
 
 
O confinamento e o concentrado agridem a saúde e, 
consequentemente, o bem-estar além de aumentar os 
custos de produção. 
 
 
 
Para ter bons lucros, o produtor deve depender cada vez menos de 
insumos/produtos externos à propriedade e isso só é alcançado quando a 
alimentação dos seus animais for baseada apenas em pasto. 
Além disso, a implantação e o manejo correto do projeto de PRV 
beneficiam o solo pelo aumento da concentração de esterco e urina que 
promovem elevação na quantidade de matéria orgânica. Isso permite 
que insetos (como o rola-bosta), anelídeos (como as minhocas) incorporem o esterco no solo, 
incrementando sua fertilidade. 
 
A diminuição das populações desses seres vivos ocorre quando 
utilizamos produtos químicos nos animais e no ambiente e, ainda, 
quando o solo é agredido com arado e grade. 
 
 
 
Em PRV não se usa adubos químicos porque os animais 
já fazem a adubação! 
 
MANEJO EM PRV. 
 
Existem quatro leis chamadas de Leis Universais do Pastoreio 
Racional que devem ser seguidas para garantir o sucesso do PRV. As 
duas primeiras garantem a perenização das pastagens e as duas últimas, 
o incremento da produção animal. 
a. Lei do repouso – para que um pasto cortado pelo dente do animal possa dar sua máxima 
produtividade, é necessário que, entre dois 
cortes sucessivos a dente, haja passado tempo suficiente, que permita ao 
pasto: 
- armazenar nas suas raízes reservas para um início de rebrote vigoroso; 
- realizar a sua “labareda de crescimento”, ou grande produção de pasto por dia e por hectare. 
O tempo ótimo de repouso é variável de acordo com: 
- a espécie vegetal; 
- a estação do ano; 
- as condições climáticas; 
- a fertilidade do solo. 
 
 
 
No inverno esse período é maior que no verão, pois as 
plantas se desenvolvem mais lentamente. 
 
 
A altura do pasto não pode ser 
tomada como referência para estabelecer o tempo de repouso da parcela, 
mas sim o estado de desenvolvimento da planta. 
Pastos pastoreados em seu ponto ótimo de repouso garantem a maior produtividade da pastagem e são 
de ótima qualidade. 
 
 
b. Lei da ocupação – o tempo de ocupação de uma parcela deve 
ser suficientemente curto para que um pasto, cortado a dente no primeiro dia do tempo de ocupação, 
não seja cortado novamente, antes que os 
animais deixem a parcela. 
 
 
 
4 a 6 UGM/ha 
Sistemas manejados em PRV: é possível dobrar ou até triplicar a 
carga animal sem a necessidade de suplementação com ração. 
 
c. Lei do rendimento máximo – é necessário ajudar os animais de 
exigência alimentícia maior para que possam colher a maior quantidade 
de pasto e que o pasto seja da melhor qualidade possível. 
A qualidade nutricional do pasto varia quanto: 
- às espécies; 
- ao estádio fenológico; 
- às partes da planta. 
 
Estádio Fenológico: fase de desenvolvimento da planta. 
 
As vacas gostam mais das 
folhas mais novas que são de 
mais fácil digestão e apresentam valor nutricional maior 
E não gostam dos talos que 
são mais fibrosos e de menor 
qualidade. 
 
 
 
Se os animais de maior exigência nutricional, como as vacas em 
lactação, consumirem somente o estrato superior da pastagem, obterão 
um máximo consumo de alimento, com máxima qualidade. Os animais 
de menor requerimento nutricional podem pastar o estrato inferior da 
pastagem. Esse manejo, chamado “desnate” e “repasse”, permite 
maximizar a produção, já que está aliado a uma alta carga animal, que 
resulta em alta produtividade por área, e ainda, possibilita alto desempenho individual do grupo desnate. 
Esse manejo só é possível se houver 
água em todos os piquetes. 
 
 
 
 
Desnate 1° lote – Animais de maior exigência nutricional. 
Repasse 2° lote – Animais de menor exigência nutricional. 
 
 
d. Lei do rendimento regular – um animal alcança o máximo desempenho no primeiro dia de pastoreio, 
e os rendimentos vão diminuindo na medida em que o tempo de permanência na parcela aumenta, pois 
o animal vai pastoreando mais a fundo, colhendo menor quantidade de 
pasto e com menor valor nutritivo. 
A cada vez que o gado entra em uma nova parcela o ganho será 
maior no primeiro dia de ocupação, diminuindo nos dias subsequentes, até trocar de parcela. Nessa 
nova parcela o ganho inicial será maior, 
diminuindo logo depois. 
 
 
Esses pontos de atenção incluem a altura correta para a entrada e saída dos animais, a taxa de 
lotação adequada e equipamentos suficientes em lugares estratégicos, como os comedouros, 
bebedouros e cercas. 
Terminação intensiva a pasto (TIP). 
 
A terminação intensiva a pasto – TIP é uma modalidade de engorda dos animais para o abate, que 
traz a proposta do confinamento aplicado a animais a pasto. Os animais recebem entre 1,6 a 2% de seu 
peso vivo em ração concentrada com o objetivo da deposição de gordura na carcaça. 
 
No modelo TIP, o animal consome no pasto a mesma quantidade de ração que é fornecida quando está 
confinado, a diferença é que o próprio pasto passa a ser a fonte de volumoso. O menor custo 
operacional, a fácil adaptação e índices mínimos de refugo de cocho proporcionam ainda maior bem-
estar animal e alta eficiência. 
 
Além disso, visa a produção de animais precoces com carne de alta qualidade e marmoreio, mesmo em 
sistemas a pasto. 
Essa tecnologia vem conquistando adeptos em todo o País, pois é uma ferramenta de intensificação 
eficiente adaptando-se às realidades regionais. 
Fazendas implementadas com a terminação a pasto intensiva, alcançam uma lucratividade excelente 
para a pecuária de corte. 
 
Estruture a áreade pastagem. Os piquetes devem ter entre 15 e 30 ha 
(tamanho médio). 
 
Com lotação de 90 a 150 bovinos em terminação intensiva a pasto. 
 
Quais são as vantagens da Terminação Intensiva a Pasto? 
 Maior produção de @/ha/ano. ... 
 Liberar área de pastagem. ... 
 Menos tempo de seca. ... 
 Pontos de atenção. 
 
 
 
http://ava.ifmt.edu.br/mod/url/view.php?id=321389
 
Um caminho sem volta. Assim pode ser classificada a TIP (Terminação Intensiva a Pasto), que consiste 
em um sistema “verde-amarelo” de engorda intensiva, onde o verde (capim) funciona como volumoso e o 
amarelo (concentrado), como fonte proteica-energética. Por que a TIP é um caminho sem volta? Porque 
ela amplia as possibilidades do pecuarista de elevar sua produtividade por hectare, independentemente 
de seu tamanho, e confere ao Brasil um diferencial competitivo sem precedentes. 
 
Os piquetes devem ter bebedouros artificiais, com alta vazão de água, 
para facilitar a limpeza. 
 
A distância entre cochos e bebedouros deve ser de no mínimo 100 e no máximo 200 metros, assim os 
animais não sujaram a água com comida. 
 
 
O correto dimensionamento dos cochos é de extrema importância para 
que a suplementação dos animais seja bem-sucedida. 
 
Trabalhe com cochos de 30 a 40 cm lineares por unidade animal (450 kg). 
 
 
 
 
A estratégia de terminação com tempo fixo amplia o índice de lotação global da propriedade, 
aumenta a taxa de desfrute e de abate da fazenda, disponibiliza maior área de pastagem para 
outras categorias, intensifica o ganho médio diário global e, com isso, adiciona receita líquida por 
hectare/ano na propriedade. 
 
Nas águas, utilize de preferência cochos cobertos para evitar perda de 
ração na terminação a pasto. 
 
Os cochos devem promover acesso contínuo, permitindo que os animais se aproximem sem dificuldade. 
 
 
É recomendado que se faça adaptação dos animais. 
 
Para animais não suplementados na recria, recomenda-se iniciar com fornecimento de 0,5% do peso 
corporal, elevando-se 0,25% a cada quatro dias. 
 
Para animais suplementados na recria com níveis de suplementação 
acima de 0,3% do peso corporal, recomenda-se iniciar a terminação a 
pasto com 0,5% do peso corporal, elevando-se 0,25% a cada quatro dias. 
 
Avalie a condição corporal dos bovinos antes de elevar a quantidade fornecida com uma leitura de 
escore de fezes. 
 
 
 
 
Ter como rotina a avaliação do escore de fezes é uma forma fácil e prática de avaliar a saúde 
ruminal do animal. Oscilações no padrão de fezes podem ocorrer devido a um manejo no curral, 
mudança de rotina, alteração de dieta ou por alguma enfermidade que acometa o rebanho. 
Indiretamente, a avaliação das fezes também pode ser um ótimo caminho para avaliar a qualidade 
e eficiência da dieta. 
 
O uso da leitura do escore de fezes é uma ferramenta sem custo e fácil de ser incorporada à rotina do 
confinamento. Pode ser considerada como um dos itens do check list de rotinas, contribuindo para o 
monitoramento do manejo nutricional. 
 
A ração pode ser distribuída através de equipamento adaptado. 
 
Ou com vagões específicos para terminação intensiva a pasto que já encontramos no mercado. 
 
É recomendado que se respeite o horário de fornecimento diário. 
 
Alterações na rotina de fornecimento podem alterar o comportamento ingestivo dos animais, refletindo 
negativamente no desempenho. 
 
A terminação a pasto intensiva tem duração média de 90 a 120 dias, dependendo da idade e do peso 
dos animais. 
 
 
 
Sistemas móveis garantem que não falte comida aos animais e demandam reposição do alimento 
em períodos mais espaçados. 
 
 
O ganho médio diário (GMD) na TIP é menor quando comparado ao confinamento, mas o rendimento do 
ganho de carcaça é maior. 
 
A TIP possibilita o fornecimento de proteína, energia e mineral exigido pela fase de terminação, via 
suplemento, tendo o pasto como fonte de fibra para a manutenção da saúde ruminal. 
 
Vale lembrar que a TIP funciona, mas seu emprego deve ser avaliado do ponto de vista econômico 
anualmente, como se faz com o confinamento. 
 
A associação da intensificação da recria nas fazendas que já adotam a terminação a pasto intensiva está 
aumentando, tornando a junção das práticas mais eficientes e lucrativas para a pecuária. 
https://www.intergado.com.br/blog/terminacao-intensiva-a-pasto-tecnologia-com-resultado/
https://www.intergado.com.br/blog/terminacao-intensiva-a-pasto-tecnologia-com-resultado/
https://www.girodoboi.com.br/noticias/a-conta-da-terminacao-intensiva-a-pasto-vai-fechar-em-2020/#:~:text=Na%20termina%C3%A7%C3%A3o%20intensiva%20a%20pasto,tempo%20se%20utiliza%20no%20Brasil.
https://www.girodoboi.com.br/noticias/a-conta-da-terminacao-intensiva-a-pasto-vai-fechar-em-2020/#:~:text=Na%20termina%C3%A7%C3%A3o%20intensiva%20a%20pasto,tempo%20se%20utiliza%20no%20Brasil.
https://docs.google.com/document/d/1ULwHZP_OCOy7o2WOYwcC-gqQM2Ul6vTEgIdTyw_ctQI/edit

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