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análise do filme hipócrates

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UNIVILLE
MEDICINA
Beatriz Burigo
Gabriel Erzinger
Nathalia Machado
Pedro Pereira
Wesley Hilário
Hipócrates - o juramento e a realidade das condições de trabalho
Joinville
2021
O juramento de Hipócrates é um juramento que reconhece e se preocupa com a
dignidade do paciente. Atualmente o trecho ‘’Não permitirei que considerações de religião,
nacionalidade, raça, partido político, ou posição social se interponha entre o meu dever e o
meu Doente.’’ possui alguns problemas, pois há muitos procedimentos que não são realizados
por caráter religioso, não cabendo o médico decidir e sim o paciente em questão.
Na parte do juramento em que fala sobre possuir o preceito da caridade; muitas vezes
essa caridade não é botada em prática, quando vemos muitos pacientes no mundo que não
conseguem prosseguir com os cuidados em saúde por causa dos gastos. A caridade em
maioria não é oferecida a essas pessoas.
Ao decorrer da análise do filme “Hipocrates”, notasse a paixão e a necessidade de amor
pela prática da profissão em meio clínico. Ao se relacionar com dois médicos residentes
antagônicos, o filme demonstra as dificuldades, assim como, o drástico meio em que funciona
um hospital preparatório. Questões humanistas são debatidas, as quais estão presentes no
cotidiano brasileiro, pois em meio ao SUS, são repentinas as carências de médicos dedicados
o suficiente para a demanda, assim como, a boa vontade de seus superiores. Desta forma, o
longa poderia ser abordado no Brasil, com similaridades em algumas das cenas, como a
forma em que existe e exige a hierarquia no meio de trabalho. Portanto, a reflexão ao SUS é
nítida, as melhorias são necessárias, porém como mostrado na obra, a compaixão, amor e
conceitos técnicos são questões que deveriam ser levados à tona, entretanto, de forma
preparatória, realçar a necessidade de implantação na linha de frente de saúde do sistema
brasileiro.
No filme Hipócrates podemos acompanhar a rotina do residente Benjamin que aos 23
anos começa a trabalhar com seu Pai Dr.Barois, o filme se passa em Paris. No mesmo
hospital temos o residente Abdel, que no caso é um Argelino, que tem que passar pelo
processo de residência médica, por ser um estrangeiro, porém o mesmo já possuía uma
carreira em seu país natal. O filme mostra dois principais conflitos que no final se convergem
em um único conflito, o primeiro é quando Benjamin deixa de fazer um ECG pois a máquina
não estava funcionando, então ele acaba perdendo o seu paciente, o senhor Lemoine, e
quando a família pede por respostas, seu pai o chefe do hospital, o encobre. Esse foi o
primeiro conflito, e então podemos perceber um ‘’filhotismo’’, ou seja, o médico chefe fez
isso a fim de, encobrir um grave erro de seu filho, mas que no fim esse era um erro da
administração do hospital, pois diversos funcionários alertaram aos administradores, que a
máquina para a realização do ECG estava estragada, porém para a redução de gastos, eles
acabaram negligenciando isso.
Achamos interessante ressaltar como funciona o sistema de saúde francês, para que
nossas ideias fiquem mais claras a respeito do filme, O sistema de saúde na França é regido
pelo princípio da proteção universal da saúde, ou seja, cada segurado do “Assurance
Maladie” (ou Seguro Doença) tem o direito à cobertura – parcial ou total – dos seus custos
com saúde. A instituição pública francesa responsável por fornecer informações sobre
proteção social, “as despesas de saúde abrangem as despesas médicas, paramédicas e
medicamentosas, bem como as despesas com material ortopédico e de internamento
hospitalar. Atendimentos por psicólogos não costumam ser reembolsados pelo Seguro Social.
Já a consulta com o dentista, sim. Assistência odontológica, próteses e tratamentos
ortodônticos são reembolsados, mas são regidos por tarifas especiais. Óculos (armação e
lentes) são cobertos pelo seguro de saúde mediante receita médica.
O segundo erro no filme, é quando Benjamin está de plantão, e uma paciente precisa de
ajuda, mas essa paciente é do Doutor Abdel, que morava no hospital, e visto isso Benjamin
pede ajuda ao seu colega, lembrando que ambos são residentes, então eles devem seguir a
direção dada pela Médica chefe do setor deles, mas não é isso que eles fazem, e dessa forma
acabam perdendo a paciente. No filme é mostrado um seguro médico, que os médicos
possuem para utilizarem em casos onde acabam perdendo paciente e podem sofrer com isso,
mas no caso dos residentes eles não têm direito a esse seguro, então seu médico chefe é quem
banca isso, ou pode acabar perdendo a residência naquele hospital e deve procurar um novo.
Com isso, houve um julgamento que Benjamin foi absolvido, novamente por ser filho do
chefe do hospital, e seu amigo Abdel levou uma punição, ou seja, não poderia continuar sua
residência naquele hospital. E o filme vai além: medidas de contenção de custos que tornam
precárias as condições de trabalho e põem em risco a qualidade do atendimento aos pacientes
também se somam à bola de neve que o erro de Benjamin desencadeia.
Após expormos os conflitos principais do filme, conseguimos responder a seguinte
pergunta: Como essas situações influenciam os profissionais de saúde e como podemos
contribuir para uma melhor realidade?
Circunstâncias como essas refletem muito no meio de trabalho, não só para os colegas
de trabalho, mas como também para a população que depende do atendimento médico, e com
esse filme conseguimos refletir muito sobre o nosso sistema de saúde, o SUS (sistema único
de saúde), pois no SUS dependemos dos recursos financeiros do governo, e muita vezes
acaba-se perdendo pacientes por falta de um exame por exemplo, como ocorreu no filme, e
muitas vezes isso não acaba sendo um erro do médico, pois a culpa não é dele, e sim da
organização e administração do hospital, que não cobra pelo conserto da máquina que realiza
aquele exame por exemplo. E também, outro ponto que pode ser comparado é o de
favoritismo, sabemos que infelizmente em nosso país, e no mundo, ocorre muito isso, de
favorecer amigos e parentes, e o quanto esse individualismo, de pensar só nos seus e não no
próximo pode gerar consequência para o todo.
Dessa maneira, podemos contribuir coibindo essas ações não as praticando, e através de
diálogo com colegas favoráveis a esses erros, ou até que pratiquem essas ações errôneas,
também podemos nos unir com colegas de trabalho de diferentes áreas para organizarmos
ações, por exemplo se no hospital possui uma máquina quebrada, tentar doações para
arrumá-la, caso não consigamos isso através da administração do hospital, caso isso seja
possível, pois acreditamos que isso já uma maneira de demonstrar nossa empatia ao paciente,
estaríamos assim, dando um passo além, pela vida de nossos pacientes. Com isso, chegamos a
uma conclusão final, de que não é tão simples colocar o juramento de hipócrates na prática
como imaginamos, provavelmente vamos nos formar e cometer erros, mas devemos sempre
lembrar do que juramos, e porque juramos, e assim evitar ao máximo cometer erros, não por
nossa culpa, mas só e somente, caso não tenhamos saída.

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