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FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS CAMPUS MORUMBI TURMA – 181201A12 ADRIANA PEREIRA DA SILVA VASCONCELOS – RA 1997715 BRUNO FREIRE BEZERRA – RA 2392299 CRISTIANNY BATISTA DA SILVA- RA 2183751 GABRIELE PAZ DE SOUZA – RA 2419751 JESSICA BETANIA NARVONA DA SILVA – RA 2481735 Projeto Integrador apresentada para a UC: Avaliação Projeto Integrador Responsabilidade Social Corporativa. Disciplina Responsabilidade Social Corporativa, no Curso de Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos, da Faculdades Metropolitanas Unidas– FMU. Prof.ª. Vinicius Vargas Lage SÃO PAULO 2021 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ......................................................................................... 3 2. RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA .............................. 4 3. INSEGURANÇA ALIMENTAR (FOME) GERADA PELA PANDEMIA .......................................................................................................10 3.1 TEMAS TRANVERSAIS INCLUÇÃO SOCIAL .............................. 17 4. AÇÕES QUE EMPRESAS BRASILEIRAS ESTÃO TOMANDO PARA COLABORAR COM A REDUÇÃO DA INSEGURANÇA ALIMENTAR (Citar tres grandes empresas que colaboram nessas ações) .............................. 19 5. CONCLUSÃO ......................................................................................... 21 6. AÇÃO SOCIAL EM PARCERIA COM A CUFA DE SANTO ANDRÉ .......................................................................................................23 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................... 27 3 1. INTRODUÇÃO O propósito desta pesquisa é fazer uma análise sobre a responsabilidade social das organizações, verificando o papel delas perante a sociedade. O objetivo é pesquisar a teoria e saber se na prática essa responsabilidade e aplicada da forma correta, podemos mostrar em forma de números, estatística entre outras. Também vamos relatar sobre a insegurança alimentar na pandemia. Como as organizações estão agindo perante a pandemia que tem gerado muito desemprego, afetado a economia, fazendo com que principalmente as classes C e D passem por momentos muitos difíceis. A fome é uma das graves situações que temos acompanhado, a alimentação básica como arroz, feijão, óleo, açúcar, leite e pão tem faltado com frequência na mesa dos brasileiros de baixa renda. Muitas famílias dependem de doações para conseguir ter esses alimentos em casa, grandes ações são montadas para que esse trabalho não pare, por isso as ações sociais são muito importantes. 4 2. RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA O conceito de responsabilidade social empresarial é complexo e dinâmico, com significados diferentes em contextos diversos e está relacionado a diferentes ideias. Para alguns ele está associado à ideia de responsabilidade legal; para outros pode significar um comportamento socialmente responsável no sentido ético; e, para outros ainda pode incluir os impactos diretos assim como os que afetam terceiros, o que envolve toda a cadeia produtiva e o ciclo de vida dos produtos. Para ele a responsabilidade social desdobra-se em múltiplas exigências: relações de parceria entre clientes e fornecedores, produção com qualidade, satisfação dos usuários, contribuições para o desenvolvimento da comunidade; investimentos em pesquisa tecnológica, conservação do meio ambiente, participação de funcionários nos resultados e nas decisões das empresas, respeito aos direitos dos cidadãos, não discriminação dos gêneros, raças, idades, etnias, religiões, ocupações, preferências sexuais, investimentos em segurança do trabalho e em desenvolvimento profissional. De acordo com Montana & Charnov (1999), o grau de envolvimento da organização com as ações de responsabilidade social pode se dar em três níveis. 5 • Abordagem da obrigação social: supõe ser o objetivo principal de uma empresa o sucesso econômico e que, portanto a empresa deveria meramente satisfazer as responsabilidades sociais mínimas impostas pela legislação. Stoner & Freeman (1994) apresentam o ‘argumento de Milton Friedman’, que diz que ‘Há uma, e apenas uma responsabilidade social das empresas: usar seus recursos e suas energias em atividades destinadas a aumentar seus lucros, contanto que obedeçam às regras do jogo e participem de uma competição aberta e livre, sem danos ou fraudes’. • Abordagem da responsabilidade social: supõe não serem as metas da empresa meramente econômicas, mas também sociais e que a empresa deveria destinar recursos para a realização dessas metas. Stoner & Freeman (1994) citam Keith Davis, que afirmou que ‘há uma férrea lei de responsabilidade afirmando que, em longo prazo, quem não usa o poder de modo que a sociedade considere responsável tende a perdê-lo’. • Sensibilidade social: supõe não ter a empresa apenas metas econômicas e sociais, mas que também precisa antecipar-se aos problemas sociais do futuro e agir agora para responder a esses problemas. A seguir são apresentas outras três definições de Responsabil idade Social Empresarial. A primeira do Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável, citada na obra de Melo Neto e Froes; (1999, p.87) “Responsabilidade Social Corporativa é o comprometimento permanente dos empresários de adotar um comportamento ético e contribuir para o desenvolvimento econômico, melhorando simultaneamente a qualidade de vida de seus empregados e de suas famílias, da comunidade local e da sociedade como um todo”. Responsabilidade social pode ser definida como o compromisso que uma organização deve ter para com a sociedade, expresso por meio de atos e atitudes que a afetem positivamente, […] agindo proativamente e coerentemente no que tange a seu papel específico na sociedade e a sua prestação de contas para com ela. A organização […] assume obrigações de caráter moral, além das 6 estabelecidas em lei, mesmo que não diretamente vinculadas a suas atividades, mas que possam contribuir para o desenvolvimento sustentável dos povos. (ASHLEY, 2002, p.98) “A responsabilidade social empresarial é o compromisso de contribuir para o desenvolvimento econômico sustentável trabalhando em conjunto com os empregados, suas famílias, a comunidade local e a sociedade em geral para melhorar sua qualidade de vida de forma que seja bom tanto para as empresas como para o desenvolvimento” (http://www.worldbank.org) O Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, que é uma organização não governamental, criada com a missão de mobilizar, sensibilizar e ajudar as empresas a gerir seus negócios de forma socialmente responsável, reconhece a Responsabilidade Social Empresarial como forma de conduzir os negócios que torna a empresa parceira e corresponsável pelo desenvolvimento social. A empresa socialmente responsável é aquela que possui a capacidade de ouvir os interesses das diferentes partes (acionistas, funcionários, prestadores de serviço, fornecedores, consumidores, comunidade, governo e meio ambiente) e conseguir incorporá-los ao planejamento e estratégia de suas atividades, buscando atender as demandas de todos, não apenas dos acionistas ou proprietários. Nesta abordagem, as empresas não deixariam de incluir o lucro como objetivo, porém, ao invés de priorizar a maximização de lucros de curto prazo as organizações deveriam buscar lucros de longo prazo, obedecer às leis e regulamentações, considerar o impacto não-mercadológico de suas decisões e procurar maneiras de melhorar a sociedade por uma atuação orientada para a Responsabilidade Social Empresarial. (http://www.ethos.org.br, 2007). Na prática, tais princípios consistem em, por exemplo, fabricar produtos ambientalmente responsáveis de maneira a melhorar sua posição competitiva, aproveitar-se das oportunidadespropiciadas por requisitos legais para inovar produtos que possam dar uma contribuição especial para a sociedade, suprir necessidades sociais comercializando produtos que beneficiem grupos específicos como deficientes, crianças e minorias. Voluntariamente, utilizar recursos da organização para ajudar a solucionar problemas sociais. http://www.worldbank.org/ http://www.ethos.org.br/ 7 Uma ação social bem conduzida garante a qualquer empresa posição de destaque na sociedade onde atua e este é fator decisivo na autopreservação empresarial. Com imagem reforçada e dependendo dos resultados dos projetos sociais por ela financiados, a empresa torna-se mais conhecida e vende mais. Seus produtos, serviços e, sobretudo sua marca ganha maior visibilidade, aceitação e potencialidade. Clientes tornam-se orgulhosos de comprar produtos de uma empresa com elevada responsabilidade social. Fornecedores sentem- se motivados em trabalhar como parceiros de uma empresa desta natureza. O governo e a sociedade civil tornam-se parceiros desta empresa em seus empreendimentos sociais. Os concorrentes reconhecem o ganho de valor desta empresa. […] Os seus funcionários orgulham-se e sentem-se motivados em trabalhar nesta empresa. Com uma imagem empresarial fortalecida, sujeita a poucos riscos, a empresa canaliza a sua busca da competitividade para fatores como preço, qualidade, marca, serviços e tecnologia. • ESTRATÉGIA DE DIFERENCIAÇÃO Segundo McWillians e Siegel (2002, p.35), a responsabilidade corporativa como uma estratégia de diferenciação, é usada para criar demandas e obter um preço premium para um produto ou serviço existente. Ainda segundo os autores, alguns consumidores querem que os produtos que compram apresentem alguns atributos de responsabilidade social (inovação de produtos). Outros consumidores valorizam produtos que são produzidos de forma responsável (inovação de processo). Para Porter (1986, p.12), esta estratégia consiste em basicamente desenvolver as atividades de uma empresa, buscando agregar valor aos seus produtos e serviços. Dessa forma, a empresa desenvolve uma oferta única no âmbito de todo o mercado, oferecendo produtos e serviços com atributos distintos e valorizados pelos clientes. É importante observar que essa diferença pode se dar de várias formas: no projeto do produto, na imagem da marca, na aplicação da tecnologia, nos serviços de pós-venda e atendimento, no sistema de distribuição e assim por diante. Com isso a empresa cria condições para cobrar preços acima da média de seus concorrentes, obtendo, assim, maior competitividade no mercado, ou 8 mantém o preço médio de seus concorrentes, porém entregando maior valor ao mercado. Isso depende das condições competitivas do mercado em que a empresa está inserida. Uma empresa que opte pela diferença deve sempre procurar formas de obter um preço premium superior ao custo da diferenciação. Esta estratégia leva em consideração atributos que o mercado ou um segmento relevante valoriza (PORTER, 1989, p.111). Para que a estratégia de diferenciação possa ser implementada é importante que a empresa leve em consideração algumas características inerentes a essa formulação estratégica, é necessário reservar recursos para investimentos em pesquisa e desenvolvimento, e a área de P&D da empresa deve integrar-se com a área de marketing. Isso é crucial, pois, se não existir essa integração, o esforço de desenvolvimento de novos produtos, imagem de marca, sistemas de atendimento e demais atividades, como por exemplo, projetos de Responsabilidade Social, podem estar fora de sintonia com o que o mercado quer e percebe, gerando assim uma lacuna entre o custo da estratégia de diferenciação e o valor agregado por ela. Este é um dos principais riscos envolvendo a formulação estratégica via diferenciação. (GHEMAWAT, 2000, p.65) Uma empresa só terá um diferencial competitivo sustentável acima da média da sua indústria se a adoção dela tiver uma relação favorável de custo versus benefício. Outra exigência muito importante para a estratégia de diferenciação é a comunicação com seu mercado alvo que precisa ser convencido dos benefícios decorrentes do diferencial vinculado às suas atividades. Além disso, conforme Haddad e Tenca (2004, p.85), ter um atendimento excelente e um sistema de relacionamento com seus clientes são condições importantíssimas para sustentar a diferenciação ao longo do tempo. Mintzberg (2000, p.208), sustenta que a estratégia de diferenciação pode ser tipificada por meio dos seguintes atributos: Preços: cobrar simplesmente o menor preço; Imagem: propaganda, promoção de vendas, embalagem; Suporte: serviços agregados e oferta de produtos complementares; Qualidade: melhor produto com relação a FACOM – nº 17 – 1º semestre de 2007 75 confiabilidade, durabilidade e desempenho; 9 · Design: projetos diferenciados; · Não diferenciação: copiar ações de outras empresas, porém com ações inovadoras e eficientes em marketing. Quanto à diferenciação de imagem, Kotler (2000, p.318), escreve que imagem e identidade são conceitos diferentes. A identidade está relacionada com a maneira como uma empresa visa identificar e posicionar a si mesma ou a seus produtos. Imagem é a maneira como o público vê a empresa ou seus produtos. Uma imagem efetiva precisa exercer três funções. Em primeiro lugar, ela precisa estabelecer a personalidade do produto e a proposta de valor. Em segundo, ela deve transmitir essa personalidade de maneira distinta, para que não seja confundida com a dos concorrentes. Em terceiro, ela tem de comunicar um poder emocional que vai além de uma simples imagem mental. Para que a imagem funcione, ela deve ser transmitida por todos os veículos de comunicação e contato de imagens disponíveis. Toda estratégia é uma escolha e como tal apresenta vantagens e desvantagens associadas. A estratégia de diferenciação envolve alguns riscos. O primeiro deles é a imitação pura e simples por parte dos concorrentes e o segundo existe quando a empresa não conseguir expor para o mercado o valor diferenciado que desenvolveu em suas atividades, portanto, o custo de diferenciação é maior que a lealdade do mercado em relação à empresa. 10 3. INSEGURANÇA ALIMENTAR (FOME) GERADA PELA PANDEMIA Pandemia leva 125 milhões de pessoas para a insegurança alimentar no Brasil. O número de brasileiros que vivem abaixo da linha de pobreza atinge 12,8% da população | Crédito: Tomaz Silva/Agência Brasil Cento e vinte e cinco milhões de brasileiros sofreram alguma insegurança alimentar ao longo da pandemia! Eis os dados divulgados essa semana pelo grupo “Alimento para Justiça”, da Universidade Livre de Berlim, em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade de Brasília (UnB). Isso significa que 59,4% das pessoas que moram no Brasil não sabiam se teriam comida no prato no dia seguinte em algum momento dos últimos 13 meses. A esse número assombroso, outras estatísticas se juntam para mostrar o quanto a fome assola o Brasil. Levantamento feito pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), divulgado este mês, revelou que o número de cidadãos que vivem abaixo da linha da pobreza triplicou nesse período, e atinge cerca de 27 milhões de pessoas, 12,8% da população brasileira. Diante desse quadro, todos – governos, empresas e sociedade civil – têm responsabilidades e algo a fazer para, ao menos, mitigar o problema. Nesse 11 sentido, muitas empresas têm chamado para si a responsabilidade, liderando campanhas e atuando estruturalmente no combate à fome. No Novo Normal das empresas, atuar com responsabilidade social não é caridade e “quem tem fome, tem pressa”! • Em meio à pandemia da Covid-19, o Brasil vive um pico epidêmico da fome: 19 milhões de brasileiros enfrentam a fome no seu dia adia O Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 foi realizado em 2.180 domicílios nas cinco regiões do país, em áreas urbanas e rurais, entre 5 e 24 de dezembro de 2020. Os resultados mostram que nos três meses anteriores à coleta de dados, apenas 44,8% dos lares tinham seus moradores e suas moradoras em situação de segurança alimentar. Isso significa que em 55,2% dos domicílios os habitantes conviviam com a insegurança alimentar, um aumento de 54% desde 2018 (36,7%). Em números absolutos: no período abrangido pela pesquisa, 116,8 milhões de brasileiros não tinham acesso pleno e permanente a alimentos. Desses, 43,4 milhões (20,5% da população) não contavam com alimentos em quantidade suficiente (insegurança alimentar moderada ou grave) e 19,1 milhões (9% da população) estavam passando fome (insegurança alimentar grave). É um cenário que não deixa dúvidas de que a combinação das crises econômica, política e sanitária provocou uma imensa redução da segurança alimentar em todo o Brasil. 12 A fome no Brasil é um problema histórico, mas houve um momento em que fomos capazes de combatê-la. Entre 2004 e 2013, os resultados da estratégia Fome Zero aliados a políticas públicas de combate à pobreza e à miséria se tornaram visíveis. A fome no Brasil é um problema histórico, mas houve um momento em que fomos capazes de combatê-la. Entre 2004 e 2013, os resultados da estratégia Fome Zero aliados a políticas públicas de combate à pobreza e à miséria se tornaram visíveis. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), realizada em 2004, 2009 e 2013, revelou uma importante redução da insegurança alimentar em todo o país. Em 2013, a parcela da população em situação de fome havia caído para 4,2% – o nível mais baixo até então. Isso fez com que a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura finalmente excluísse o Brasil do Mapa da Fome que divulgava periodicamente. Mas esse sucesso na garantia do direito humano à alimentação adequada e saudável foi anulado. Os números atuais são mais do que o dobro dos observados em 2009. 13 • A fome retornou aos patamares de 2004 E o retrocesso mais acentuado se deu nos últimos dois anos. Entre 2013 e 2018, segundo dados da PNAD e da POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares), a insegurança alimentar grave teve um crescimento de 8,0% ao ano. A partir daí, a aceleração foi ainda mais intensa: de 2018 a 2020, como mostra a pesquisa VigiSAN, o aumento da fome foi de 27,6%. Ou seja: em apenas dois anos, o número de pessoas em situação de insegurança alimentar grave saltou de 10,3 milhões para 19,1 milhões. Nesse período, quase 9 milhões de brasileiros e brasileiras passaram a ter a experiência da fome em seu dia a dia. • Fome não tem hora, mas tem lugar Segundo a pesquisa VigiSAN, a insegurança alimentar cresceu em todo país, mas as desigualdades regionais seguem acentuadas. As regiões Nordeste e Norte são as mais afetadas pela fome. Em 2020, o índice de insegurança alimentar esteve acima dos 60% no Norte e dos 70% no Nordeste – enquanto o percentual nacional é de 55,2%. Já a insegurança alimentar grave (a fome), que afetou 9,0% da população brasileira como um todo, esteve presente em 18,1% dos lares do Norte e em 13,8% do Nordeste. O Nordeste apresentou o maior número absoluto de pessoas em situação de insegurança alimentar grave, quase 7,7 milhões. Já no Norte, que abriga 14 apenas 7,5% dos habitantes do Brasil, viviam 14,9% do total das pessoas com fome no país no período. Além disso, a conhecida condição de pobreza das populações rurais, sejam elas de agricultores(as) familiares, quilombolas, indígenas ou ribeirinhos(as), tem reflexo importante nas condições de segurança alimentar. Nessas áreas, em todo o país, a fome se mostrou uma realidade em 12% dos domicílios. • A fome tem gênero, cor e grau de escolaridade Algumas condições individuais podem afetar negativamente a situação de segurança alimentar. Nos dados de 2020, em 11,1% dos domicílios chefiados por mulheres os habitantes estavam passando fome, contra 7,7% quando a pessoa de referência era homem. Das residências habitadas por pessoas pretas e pardas, a fome esteve em 10,7%. Entre pessoas de cor/raça branca, esse percentual foi de 7,5%. A fome se fez presente em 14,7% dos lares em que a pessoa de referência não tinha escolaridade ou possuía Ensino Fundamental incompleto. Com Ensino Fundamental completo ou Ensino Médio incompleto, caiu para 10,7%. E, finalmente, em lares chefiados por pessoas com Ensino Médio completo em diante, despencou para 4,7%. 15 • A fome não anda sozinha A fome vem acompanhada de muitas outras carências, destacadamente a falta de água. A insegurança hídrica, medida pelo fornecimento irregular ou mesmo falta de água potável, atingiu em 2020 40,2% e 38,4% dos domicílios do Nordeste e Norte, respectivamente, percentuais quase três vezes superiores aos das demais regiões. O abastecimento irregular de água é uma das condições que aumentam a transmissão pessoa a pessoa da Covid-19, ocorrendo com maior frequência em domicílios e regiões mais pobres do país. A relação entre a insegurança alimentar e a insegurança hídrica é incontestável. Segundo a pesquisa VigiSAN, a proporção de domicílios rurais com habitantes em situação de fome dobra quando não há disponibilidade adequada de água para a produção de alimentos (de 21,8% para 44,2%). • A insegurança alimentar pode ter avançado também entre as pessoas que não se encontram em condição de pobreza Houve em dois anos um aumento acentuado na proporção da insegurança alimentar leve – de 20,7% para 34,7%. Cerca de metade dos entrevistados relatou redução da renda familiar durante a pandemia, provocando inclusive cortes nas despesas essenciais. 16 Esses lares constituem o grupo com maior proporção de insegurança alimentar leve – por volta de 40%. Isso aponta para o impacto da pandemia entre famílias que tinham renda estável, que provavelmente foram empurradas da segurança alimentar para a insegurança alimentar leve. A crise econômica agravada pela pandemia está fazendo com que a insegurança alimentar se alastre inclusive entre os que não se encontram em condição de pobreza. • Políticas de geração de emprego e renda + auxílio emergencial = combate efetivo à fome na pandemia Um dado se destaca: a insegurança alimentar moderada e grave desaparece por completo em domicílios com renda familiar mensal acima de um salário-mínimo per capita: 0,0%. No que se refere à situação de trabalho da pessoa de referência dos domicílios, a ocorrência da fome foi quatro vezes superior entre aquelas com trabalho informal e seis vezes superior quando a pessoa estava desempregada. A solução para erradicar a fome passa, então, por políticas de geração de emprego e renda. Em tempos de Covid-19, no entanto, os desafios são maiores. O sucesso da garantia do direito humano à alimentação adequada, alcançado até 2013, foi progressivamente revertido a partir de 2014, e ganhou impulso negativo maior com o início da pandemia da Covid-19. Famílias que solicitaram e receberam parcelas do auxílio conviviam com alta proporção de insegurança alimentar moderada ou grave (28%), o que enfatiza a grande vulnerabilidade desse grupo. Sem uma resposta adequada dos governos em forma de políticas públicas, a fome vai persistir – e aumentar. A escalada da fome durante a pandemia não é de responsabilidade de um vírus, mas de escolhas políticas de negação e da ausência de medidas efetivas de proteção social. 17 3.1 TEMAS TRANVERSAIS INCLUÇÃO SOCIAL O início da pandemia produziu grandes diferenças em como crises como essas afetam trabalhadores e trabalhadoras, e entre mulheres e mulheres negras e não brancas. Segundo dados da Pesquisa Nacionalpor Amostra de Domicílios (PNADC), a crise causada pelo coronavírus é mais grave para as mulheres. De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em setembro de 2020, no Brasil, mais mulheres são afetadas pelo desemprego do que homens. As estatísticas mostram que a taxa de desemprego dos homens foi de 11,7% em agosto e a das mulheres de 16,2%, a maior desde maio. Em três meses, 1,5 milhão de mulheres entraram na fila do desemprego. As questões raciais agravaram ainda mais a situação no Brasil. Segundo dados do Instituto de Economia Aplicada (Ipea), as mulheres negras, que representam 28% da população brasileira, têm uma taxa de desemprego 50% maior do que os demais grupos. Para as mulheres negras que trabalham em empresas nacionais e multinacionais, o medo de perder o emprego incomodava 76,5% das entrevistadas, seguido por 13,2% do medo de adoecer e de não poder trabalhar. O medo também faz com que 40% das pessoas sintam necessidade de apoio psicológico. Os números mostram que, embora todos estejam contaminados pelo novo coronavírus, essa pandemia não afetará as pessoas da mesma forma. Sem falar em desigualdade social, não há como falar em diversidade e inclusão. Desde o súbito problema do family office, quais são os pontos de vista do estado do Pará em relação às organizações inclusivas, mudanças no processo de seleção e outros subsistemas de recursos humanos, metas no campo e até mesmo aumento da pertença e diversidade dos funcionários? O fato é que chegou a hora de as empresas deixarem de enfrentar as desigualdades sociais e fecharem, as empresas que agem com indiferença 18 ficarão para trás. Acreditamos que esta é uma solução ideal para o pessoal de recursos humanos influenciar a conscientização e o despertar da consciência humana por meio do cultivo e educação de líderes, de forma a proporcionar uma aparência mais popular a todos. 19 4. AÇÕES QUE EMPRESAS BRASILEIRAS ESTÃO TOMANDO PARA COLABORAR COM A REDUÇÃO DA INSEGURANÇA ALIMENTAR (Citar tres grandes empresas que colaboram nessas ações) Organizações sociais, empresas e iniciativas voluntárias têm somado forças para garantir comida a brasileiros. Com 19 milhões de pessoas passando fome no país, invisíveis às políticas públicas, a rápida mobilização ajuda a combater colapso alimentar que se instala em momento de crise sanitária e econômica. Pesquisa realizada nesta semana pela Rede Penssan (Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional) mostrou que 116 milhões de brasileiros lidam com a fome em algum grau, desde falta de calorias até insuficiência nutricional. Em julho do ano passado, ainda sem contar os impactos da pandemia, a ONU apontou que a fome poderia alcançar 36 milhões de pessoas na América Latina até 2030. Para conter a escalada da crise alimentar, agências internacionais propõem medidas como fortalecimento de programas de alimentação escolar, apoio a iniciativas de assistência alimentar de organizações da sociedade civil e apoio financeiro a empresas agrícolas, principalmente aquelas voltadas à agricultura familiar. Com doações de pessoas e empresas, organizações sociais com sede em diversos estados têm dado capilaridade à distribuição de cestas básicas e alimentos. A Ação da Cidadania distribuiu, em 2020, 7,3 milhões de quilos de alimentos. Foram 43% para o Sudeste (24% para o Rio de Janeiro), 28% para o Nordeste, 10% para o Centro Oeste, 8% para o Norte e 6% para o Sul. No mesmo período, a Cufa (Central Única das Favelas) distribuiu 1,4 milhão de cestas básicas pelo país. Quase metade (47%) teve como destino a região Sudeste, sendo 29% para o estado de São Paulo. O Nordeste recebeu 24% das cestas; o Norte ficou com 8%. A ONG Gerando Falcões enviou 85.300 cestas digitais a 14 estados, com maior distribuição nas cidades de São Paulo, Poá e Guarulhos (SP), Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Maceió. 20 O movimento voluntário UniãoBR, que em 2020 distribuiu cinco milhões de cestas, prioriza estados com menor IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) e maiores populações. O projeto Gente do Bem promove uma série de ações em datas especiais visando ajudar pessoas carentes. Com a crise e o desemprego agravados pela pandemia intensificou a distribuição de cestas básicas, quentinhas, material de higiene e limpeza. Veja também algumas empresas que estão contribuindo com organizações sociais neste ano e ajudando a combater a crise alimentar que se instala no país. • Bradesco, Itaú Unibanco e Santander Em iniciativa conjunta, os bancos vão doar mais de 500 mil cestas básicas no valor de R$ 37,5 milhões. Elas serão distribuídas pela Ação da Cidadania e fundações do Itaú e Unibanco. A ação nasceu a partir da iniciativa do Santander, que doou 100 mil cestas e se comprometeu a doar o mesmo número caso seus 45 mil funcionários se dispusessem a doar 100 mil cestas. • XP O grupo anunciou a doação de R$ 3 milhões para ajuda imediata, como cestas de alimentos, e em longo prazo, como a criação de cozinhas comunitárias em regiões mais pobres. Gerando Falcões, Gastromotiva, União SP e União Rio receberão as doações. • Mercado Livre A empresa vai doar R$ 2 milhões para a Ação da Cidadania. Também criou um botão de doação dentro do aplicativo Mercado Pago e lançará uma loja solidária em seu marketplace. • BV O banco convidou clientes, parceiros e sociedade para se engajarem na campanha “Abrace uma Causa”. A cada R$ 1 doado, o banco doará mais R$ 1 até o total de R$ 1 milhão. As doações serão feitas por meio de vales alimentação e contarão com parceiras como Gerando Falcões e Cufa. 21 5. CONCLUSÃO De acordo com os aspectos apresentados conclui-se, que neste trabalho conseguimos identificar a importância da responsabilidade social corporativa é complexo, amplo e dinâmico, com significados diferentes em contextos diversos e está relacionado a diferentes ideias com o objetivo de investimentos em pesquisa tecnológica, conservação do meio ambiente e investimento no funcionário e nas culturas diversas como, respeito aos direitos dos cidadãos, não discriminação dos gêneros, raças, idades, etnias, religiões, ocupações, preferências sexuais, investimentos em segurança do trabalho e em desenvolvimento profissional. Para uma empresa que vem se destacando no mercado e na sociedade onde atua, um fator muito importante é a sua imagem reforçada com seus projetos e ações sociais que ela financia. E com esses resultados a empresa começa a ter mais visibilidade e vende mais seus serviços e produtos, os seus cliente ficam mais motivados e sente orgulho pela aquisição das compras dos produtos e serviços, com seus fornecedores alcançam mais engajamento e negociações com seus fornecedores e com o governo e a sociedade civil se tornam-se parceiros desta empresa e seus colaboradores se orgulham de fazer parte de uma instituição que tem sua principal responsabilidade é agir de forma sustentável em tudo que representa. Com isso essa empresa fortalecida começa a diminuir os riscos, e canaliza seus preços, qualidade, marca, tecnologia entre outros aspectos. Outro ponto que ressaltamos e que faz parte deste conceito, é a insegurança alimentar que foi gerada pela pandemia em todo o mundo. Com o novo coronavírus a maioria dos países entraram em um estado crítico, tanto na economia, com a quebra de muitos contratos, desemprego e comércios de portas fechadas. No Brasil cerca de 125 milhões de pessoas estão abaixo da linha de pobreza que ocorreu devido a pandemia. isso significa que 59,4% das pessoas que moram no Brasil não sabiam se teriam comida no prato no dia seguinte em algum momento dos últimos 13 meses e estão em estado de calamidade. Grandes empresas vêm investindo e fazendo campanhas de arrecadaçõesde alimentos, distribuições de marmitas, produtos de higiene pessoas, equipamentos de proteção contra o Covid-19 e investimento na saúde 22 pública do país para que esta situação diminua. A fome no Brasil é um problema que já existe há anos e que houve entre 2004 e 2013, os resultados da estratégia Fome Zero aliados a políticas públicas de combate à pobreza e à miséria se tornaram visíveis e teve uma redução em 2013. Mais atualmente esses números mais que são dobrados. Por fim os temas transversais também aumentaram devido a pandemia do Coronavírus, que afetaram principalmente as mulheres de acordo o IBGE em 2020 mais mulheres foram afetadas pelo desemprego do que homens. Para as mulheres negras que trabalham em empresas de grande porte cerca de 76,5% tem medo de perder seus empregos e 13,2% têm medo de adoecer e não poder trabalhar. Portanto em vista dos aspectos apresentados, conseguimos identificar que a responsabilidade social não está implementada somente nas empresas, mais sim em toda a sociedade. E começarmos todos juntos acreditar em uma solução que consiga atender a todos com os mesmos acessos, benefícios e empatia pelo próximo para contribuir para evolução de todos. E descontruir essa ideia que vem nos cercando a anos. 23 6. AÇÃO SOCIAL EM PARCERIA COM A CUFA DE SANTO ANDRÉ Relatório de despesa 24 25 26 27 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BERTONCELLO, Silvio Luiz Tadeu e JÚNIOR, João Chang (2020). A Importância da responsabilidade social corporativa como fator de diferenciação. Disponível em <http://www.responsabilidadesocial.com/artigo/a- importancia-da-responsabilidade-social-corporativa-como-fator-de- diferenciacao/> Acesso em 15/05/2021. GASEFF, Gabriela (2021). Ong, empresas e sociedade e unem contra fome que cresce na pandemia. Disponível em <https://amazonasatual.com.br/ongs-empresas-e-sociedade-se-unem-contra- fome-que-cresce-na-pandemia/> Acesso em 16/01/2021. POR BOM DIA RIO (2021). Projetos sociais ajudam a combater a fome durante a pandemia. Disponível em <https://www.google.com.br/amp/s/g1.globo.com/google/amp/rj/rio-de- janeiro/noticia/2021/04/13/projetos-sociais-ajudam-a-combater-a-fome-durante- a-pandemia.ghtml> Acesso em 16/01/2021. EQUIPE EDITORIAL (2021). Insegurança alimentar e covid 19 no Brasil. Disponível em <https://dssbr.ensp.fiocruz.br/inseguranca-alimentar-e- covid-19-no-brasil/> Acesso em 16/01/2021. MACIEL, Daniela (2021). Pandemia leva 125 milhões de pessoas para a insegurança alimentar no Brasil. 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