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MARKETING SOCIAL E AMBIENTAL. MARKETING SOCIAL E AMBIENTAL. 1. INTRODUÇÃO Em 1999, quando do lançamento do filme Matrix nos cinemas Brasileiros, entre outras mensagens filosóficas polêmicas, foi afirmado por um dos protagonistas que os seres humanos apesar de mamíferos, possuíam semelhanças, devido aos seus hábitos e tendências, mais com os vírus do que com os mamíferos. Visto que, os mamíferos preservam o ambiente onde vivem a fim de proteger e garantir a existência de sua espécie. Já os seres humanos, habituaram-se a destruir toda a área e todos os recursos existentes a sua volta, mesmo os recursos que justificariam sua existência futura. Este fato assemelha os humanos, aos vírus, que predatoriamente destrói seu hospedeiro. Essa assertiva não fora casualmente colocada nos lábios de um ator na execução de seu trabalho, pois captada pela sensibilidade dos autores do filme, já faz parte de uma necessidade latente de preservação e respeito ao ambiente, tanto quanto da observação e tratamento das questões éticas e sociais. Como resposta a toda esta problemática, as empresas têm desenvolvido o Marketing Social. O Relatório Planeta Vivo 2002 elaborado pelo WWF (World Wide Fund for Nature, organização não governamental internacional que atua nas áreas da conservação, investigação e recuperação ambiental), aponta que a humanidade está usando 20% a mais de recursos naturais do que a Terra é capaz de repor. Com isso, está avançando sobre os estoques naturais do planeta, comprometendo as gerações atuais e futuras. Segundo o relatório, o planeta tem 11,4 bilhões de hectares de terra e espaço marinho produtivos - ou 1,9 hectares de área produtiva per capita. Mas a humanidade está usando o equivalente a 13,7 bilhões de hectares para produzir os grãos, peixes e crustáceos, carne e derivados, água e energia que consome. Cada um dos 7 bilhões de habitantes da Terra, usa uma área de 2,3 hectares. Quando o assunto é emissões de poluentes, as diferenças dos índices emitidos pelos países desenvolvidos e em desenvolvimento também são significativas: Um cidadão médio norte-americano, por exemplo, responde pela emissão anual de 27 toneladas anuais de dióxido de carbono; um britânico, por 9,2 toneladas; um chinês, por 2,5; um brasileiro, por 1,8; já um ganês ou um nicaraguense, só por 0,2; e um tanzaniano, por 0,1 tonelada anual. A China e o Leste da Ásia aumentaram em 100% o consumo de combustíveis fósseis em apenas cinco anos (1990/95). (Wolfgang Sachs, do Wuppertal Institute) Vemos que nos países industrializados é cada vez mais crescente o consumo de recursos naturais provindos dos países em desenvolvimento - até o ponto de aqueles países já responderem por mais de 80% do consumo total no mundo. Assim, segundo Sachs, 30% dos recursos naturais consumidos na Alemanha vêm de outros países; no Japão, 50%; nos países Baixos, 70%. Nesse contexto apocalíptico vemos que muitas empresas começam a apresentar soluções para melhorar esse quadro, fundamentalmente a partir do Marketing social e o Marketing Ambiental. 2. PINCELADA HISTÓRICA DO MARKETING SOCIAL No Brasil, o Marketing Social inicia-se timidamente, quando empresas privadas entram no processo de auxiliar entidades filantrópicas a alcançar seus objetivos. Num primeiro momento, a compreensão popular enxergava estas empresas como “bons samaritanos”. No entanto, com uma visão ainda incompleta do que seria esta atitude, o mercado consumidor identifica-se com estas organizações, criando vínculos afetivos e por consequência uma fidelidade a suas marcas dado que ele – o consumidor – estaria indiretamente auxiliando uma causa filantrópica. O empresariado brasileiro percebe então ser este um excelente caminho para a diferenciação de seus produtos/serviços que vinham tendendo transformar-se em commodies, dado aos avanços e semelhanças tecnológicas entre competidores atuais. A partir de então, somado a grande pressão e tendência mundial em atentar-se às causas sociais e a preservação do meio ambiente, estas empresas outrora compreendidas quase que como nocivas a sociedade, trazem para dentro de sua estrutura administrativa de Marketing, profissionais dedicados ao Marketing Social com a finalidade de criar vínculos com a sociedade. Nas unidades seguintes pretende-se despertar e ensinar a desenvolver, propostas de Marketing Social, bem como demonstrar, através de casos reais, quais tem sido as melhores práticas encontradas no Brasil. 3 – UMA DEFINIÇÃO PARA MARKETING SOCIAL. Segundo a definição de dois dos principais autores e pesquisadores do Marketing Social, Marjorie Thompson e Hamish Pringle, Marketing Social pode ser definido como uma ferramenta estratégica de marketing e de posicionamento que associa uma empresa ou marca a uma questão ou causa social relevante, em benefício mútuo. Os pesquisadores citados acima afirmam ainda que um programa de marketing social pode ser desenvolvido por meio de uma aliança estratégica entre uma empresa e uma organização voluntária ou beneficente comprometida com a área de interesse social definida ou diretamente em benefício da causa em si. Seja qual for o procedimento escolhido, a adoção de uma causa pode conferir a uma marca, um credo ou sistema de crenças, e resultar numa percepção e intenção de compra significativamente melhor, por parte do consumidor. O Marketing Social também pode estabelecer relacionamentos valiosos com uma série de outras partes importantes envolvidas com uma empresa, como os funcionários, fornecedores e órgãos de governo. Nota-se ainda que a relação simbiótica entre a corporação com a causa escolhida cria aumenta o valor da marca em relação à simples doação. Como exemplo, temos a doação de feita pela Embratel – Empresa Brasileira de Telecomunicações ao Instituto Airton Senna, que não lhe causa percepção nacional significativa, dado que claramente não simbiose no processo, ou seja, a causa não está relacionada a um sentimento de valor por parte da corporação, mas talvez a uma tentativa de aparentar esta relação. Por outro lado, a mesma empresa coordena através de suas subsidiárias, ações de doações de brinquedo no natal, agasalhos no inverno, mantimentos no período escolar nas diversas comunidades na qual está inserida, e com estas ações logrou maior valor e aceitação da comunidade. Mas citando a mesma corporação, suas ações, mas bem aceitas e que criou maior interdependência sociedade X empresa foi no que tange a capacitação de mão de obra. No estado do Espírito Santo, a Embratel percebe dificuldades na seleção de sua mão de obra dado que embora diversos candidatos apresentassem o perfil desejado não possuíam o conhecimento de informática necessário. Percebeu-se então que as comunidades adjacentes - que lhe abasteciam de mão de obra tinham carência nesta formação técnica. Sendo assim, a empresa em questão, inicia um programa de informática profissionalizante, onde utilizou-se do seu próprio espaço de treinamento, de seus próprios profissionais e abriu diversas turmas para aprendizado de informática básica, oferecendo treinamento no de microinformática PC e periféricos, pacote Office e Internet. Desta forma ela soluciona o problema de escassez de mão de obra treinada em micro informática, reduz seus custos de seleção, haja visto o desperdício de potencial e tempo, e cria a mencionada relação simbiótica entre seus interesses e os interesses da comunidade. Em suma, tem-se que o Marketing Social não significa apenas apoiar uma causa social, filantrópica ou ambiental, mas relacionar-se com esta, envolver-se com a mesma, e criar identidade funcional e existencial junto a ela. Ainda assim, pode se dar por intermédio de apoio a projetos de terceiros, mas o envolvimento e significado de uma para a outra temque ser notório, ou seja, tem que haver simbiose. A partir de agora, nos diversos tópicos deste livro-texto, estaremos apresentando casos reais de sucesso, envolvendo o Marketing Social e Marketing Ambiental. HOTÉIS BOURBON:GESTÃO RESPONSÁVEL É DIFERENCIAL COMPETITIVO. Extraído: Instituto Ethos – www.ethos.org.br. Frente a um mercado cada vez mais consciente, a Rede de Hotéis Bourbon investiu em um modelo de gestão que busca integrar ações de respeito ao meio ambiente, políticas que promovem o bem-estar dos funcionários, a satisfação dos clientes e oferecem oportunidades àqueles que estão começando sua vida profissional. “O hóspede hoje é muito mais informado e detecta quais são as ações positivas do serviço. A tendência é que ele passe a rejeitar os locais que não ajam dessa forma”, garante o diretor de Integração, Antônio Ivo Albuquerque. Todos os hotéis da rede seguem a mesma política social, com as particularidades de cada região. O Atibaia Resort & Convention Center/SP, onde o contato com a natureza é mais próximo do que nos hotéis urbanos, é um símbolo dessas ações. Inaugurado em dezembro de 2003, o Resort foi planejado e construído a partir de uma série de estudos para garantir uma relação saudável do empreendimento com o meio ambiente e a comunidade. A primeira ação foi a construção de um elevado que serve como passarela para preservar uma área ecológica. A estação de tratamento de efluentes, que aplica um sistema de biotecnologia da empresa Environquip, permite que 100% dos esgotos primários e secundários – provenientes das instalações sanitárias e das cozinhas do hotel - sejam tratados e reutilizados na irrigação dos jardins. O restante da água é devolvido ao rio, mais pura do que quando foi captada. Também há um sistema de filtragem dos gases produzidos pela queima de óleo diesel utilizado em caldeiras e um sistema de ar- condicionado que utiliza gás ecológico. A área de preservação ambiental, que já existia no local e hoje faz parte da propriedade do resort, integra o circuito da trilha ecológica, passeio oferecido pelo Bourbon aos seus hóspedes. Até o final do ano, o hotel implantará uma horta com diversas espécies de legumes para serem utilizados nas refeições. Um espaço similar já foi construído no hotel de Cataratas, em Foz do Iguaçu, onde os hóspedes podem conhecer todo o processo. Esse hotel conta ainda com um criadouro de aves para a preservação de espécies, que é acompanhado de perto por um biólogo. Algumas aves mantidas irregularmente e apreendidas pelo IBAMA são encaminhadas para o criadouro. O empreendimento de Atibaia deverá ter seu próprio espaço para preservar as aves locais, sendo um atrativo a mais para os clientes que se hospedam no hotel. Todos os empreendimentos da Rede Bourbon realizam uma campanha junto ao público interno para motivar a coleta seletiva de lixo. O material que pode ser reciclado é enviado para empresas selecionadas e a verba arrecadada com a venda do material é direcionada aos Centros de Convivência dos funcionários, que promovem festas, torneios, competições e outras atividades. Geração de empregos para jovens é incorporada às políticas da rede O bem-estar dos colaboradores integra o planejamento de gestão da Rede Bourbon. São oferecidos benefícios como assistência médica, orientação psicológica, centro de convivência, transporte e alimentação. “Nossos funcionários não conseguirão transmitir a hospitalidade que queremos se não estiverem em equilíbrio, satisfeitos. Como estamos sempre preocupados em manter o alto astral, prezamos muito isso”, enfatiza o diretor. Todos os funcionários são encaminhados a programas de treinamento permanentes. Em Cataratas, foi desenvolvido há três anos um Programa de Complementação Escolar, em parceria com a Secretaria Estadual de Educação do Paraná. Mais de 80 colaboradores já passaram pelo curso para concluir o Ensino Fundamental ou o Ensino Médio. No resort de Atibaia, desde o período de construção, a proposta foi promover o desenvolvimento local e gerar renda para as famílias da região. O hotel implementou um programa de primeiro emprego em que foram contratados 270 funcionários diretos - 220 pela Bourbon e 50 terceirizados. Desse total, 25% são jovens que estão em seu primeiro emprego formal. Marcela Koizumi, 22 anos, foi uma das contratadas. Ela está no último ano do curso de Turismo, na Universidade São Francisco, em Bragança. “Estou aprendendo muito aqui. Ia ser difícil conseguir um emprego assim em outro local na região. Pulei várias etapas e será ótimo ter o nome Bourbon no meu currículo”, conta Marcela, que atua na área de reservas. A experiência de Atibaia será replicada nos outros empreendimentos da rede. O próximo hotel urbano a ser inaugurado é o de Cascavel/PR, em dezembro, e irá utilizar o sistema de primeiro emprego. O cadastramento dos interessados já está sendo feito. Fonte: http://www.ethos.org.br/docs/conceitos_praticas/banco_praticas/default.htm 4 – MACRO E MICRO AMBIENTE E AS CONDIÇÕES DE PRÉ-EXISTÊNCIA PARA O MARKETING SOCIAL E O MARKETING AMBIENTAL. 4.1 – MACRO AMBIENTE. Na visão Macro Ambiental têm-se: a tendência mundial a preservação do meio ambiente, toda mídia a cerca da depreciação e exaustão das condições propícias de vida no planeta terra, e a busca das pessoas não somente pela consciência mundial, mas também pela sobrevivência de sua raça. Somando-se a visão acima citada, no pós 2ª guerra, cresce veementemente a consciência de proteção às minorias, dado os feitos na Alemanha nazista frente às minorias Judaicas. Estes feitos, publicados posteriormente, afetaram drasticamente o conforto emocional dos consumidores, tirando destes a “tranquilidade” irresponsável de consumir produtos ligados a empresas de exploração de minorias. Como exemplos, têm-se a criação do selo de empresa Amigo da Criança, que atesta que esta empresa não explora mão de obra infantil. Também, o selo de produto biodegradável, atestando que este produto se lançado à natureza não lhe causará danos que a mesma não possa reparar. Há algum tempo o ES viu um expoente de seu parque industrial a mercê de uma campanha notoriamente baseada em marketing social. Ao ver na mídia a Aracruz Celulose (hoje Fibra), de capital majoritariamente inglês, ser alvejada por protestos indígenas na Holanda, em frente ao seu maior cliente, percebeu-se tratar-se claramente de uma campanha de depreciação de marca baseada nos valores de responsabilidade social, onde se pretendia afastar dessa empresa seu principal cliente, tendo em vista que este teria seus produtos finais ameaçados se associado a uma empresa que explora terras indígenas– ou pelo menos ameaçar a Aracruz Celulose sobre esta possibilidade. Ainda na visão macro ambiental, percebeu-se na cidade de Vitória – ES, as duras críticas lançadas contra o poder público local, ao liberar o funcionamento de uma igreja cuja lotação prevista seria de 5.000 fiéis e possuía apenas 400 vagas de estacionamento, logo ascendeu a preocupação dado o impacto urbano causado por tal empreendimento. Nota-se então que o perfil do consumidor mudou. Sua “consciência” avalia questões desde o impacto ecológico ao impacto urbano e social. Esta visão macro ambiental, propicia então o surgimento de especialista em marketing social não somente para promover sua marca, mas também para evitar prejuízos a mesma. HOLCIM BRASIL: RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE É VIA DE COMUNICAÇÃO COM STAKEHOLDERS. Extraído: Instituto Ethos – www.ethos.org.br. Estabelecer de forma transparente e frequente uma via de comunicação com os stakeholders sobre o desempenho e as atividades da organização, no contexto do desenvolvimento sustentável. É com esse objetivo que a Holcim Brasil - do Grupo Holcim, segundo maior produtor mundial e terceiro principal do Brasilde cimento, concreto e agregados (brita) - publica seu "Relatório de Sustentabilidade". "Trata-se também de uma oportunidade de a própria empresa avaliar o status de suas ações em linha com a sustentabilidade ao longo dos anos, bem como de criar e rever metas", afirma a gerente de comunicação da Holcim, Angélica Rotondaro, que é, voluntariamente, vice-presidente do Instituto Holcim. A empresa está no Brasil desde 1952. Hoje, com aproximadamente 1.700 funcionários, é mais conhecida por suas marcas de cimento: Ciminas, Barroso, Paraíso e Alvorada -, o concreto Concretex, os agregados Pedreiras Cantareira e a divisão de prestação de serviços ambientais (co-processamento de resíduos industriais em fornos de clínquer) Resotec. Tem duas fábricas de cimento em Minas Gerais (nas cidades de Barroso e Pedro Leopoldo), uma no Rio de Janeiro (em Cantagalo) e uma moagem em Serra/ES, além de quatro terminais de distribuição de cimento em Barbacena/MG, Ribeirão Preto/SP, Rio de Janeiro/RJ e Santo André/SP e depósitos em Belford Roxo/RJ, Belo Horizonte, Juiz de Fora e Três Corações (em Minas Gerais). Seu faturamento no País, em 2003, foi de R$ 1,165 bilhão. A área de comunicação coordena a elaboração, a publicação e a divulgação do "Relatório de Sustentabilidade". Para isso, conta com um grupo composto pelas pessoas responsáveis pelos setores ambiental, social (Instituto Holcim), financeiro, de recursos humanos, marketing e da própria comunicação. "Atuamos em equipe, com transparência na análise dos objetivos futuros e seguindo os critérios do Global Reporting Initiative (GRI)", ressalta Angélica. O primeiro balanço social da Holcim Brasil foi divulgado no ano 2000, acompanhado de um vídeo que conquistou prêmio da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje) no mesmo ano. A periodicidade proposta era bienal, mas foi atrasada pela mudança de nome - de Holdercim para Holcim, que seguiu a estratégia mundial da matriz suíça de formar uma marca única nos 70 países em que o grupo está presente. "No final de 2001, quando começamos a nos preparar para a edição seguinte, demos conta de que poderíamos ampliar o escopo, tornando público também nosso desempenho ambiental e econômico, além do social. Decidimos, então, esperar a finalização do processo de mudança de marca para lançar o Relatório, em meados de 2003", relata a gerente de comunicação. A geóloga Lívia Accioly, da gerência de Meio Ambiente da Holcim, participou do trabalho reunindo dados e visitando as unidades produtivas. "Uso o Relatório para obter informações das diversas áreas da empresa e a respeito da sustentabilidade", diz Lívia. Juliana Andrigueto, coordenadora do Instituto Holcim, conta que utiliza a publicação como fonte para consultas sobre as metas estabelecidas. "O documento de 2003 é um diferencial por abordar o conceito do desenvolvimento sustentável e os três pilares (econômico, social e ambiental), e também pela questão da transparência no relacionamento com os stakeholders", avalia Juliana. Com o "Relatório de Sustentabilidade 2003", intitulado "Construindo com Sustentabilidade", foi publicado na íntegra o "Guia de Boas Práticas para o Consumo Sustentável", resultado de uma parceria entre o Ministério do Meio Ambiente - Secretaria de Políticas para o Desenvolvimento Sustentável e o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). Angélica explica que, em vez de apenas reportar o que a Holcim faz em prol da sustentabilidade, decidiu-se orientar os leitores sobre como eles podem contribuir para o consumo sustentável. "Foi transcender o 'olhar para o próprio umbigo', para uma visão sistêmica". A empresa recebeu cartas, inclusive de companhias de fora do Brasil, elogiando a iniciativa e solicitando a disponibilização da cartilha para projetos sociais e escolas. "Distribuímos o Guia no Instituto Holcim nos programas de educação ambiental", complementa. Os programas de desenvolvimento socioambiental e econômico voltados às comunidades em que a companhia atua são realizados por meio do Instituto Holcim, organização da sociedade civil de interesse público (Oscip) criada em 2002 com o objetivo de dar direcionamento estratégico às ações sociais que vinham sendo feitas pela empresa nos últimos 20 anos. De acordo com Angélica, a realização do balanço social impulsiona novas iniciativas socialmente responsáveis. O Relatório Social de 2000, por exemplo, motivou a formação do Instituto Holcim, ao detectar a necessidade de haver um banco de dados único e consolidado sobre o desempenho das ações sociais junto às comunidades. "A gestão sistêmica é condição fundamental para a sustentabilidade. No Instituto Holcim, trabalhamos com o desenvolvimento local integrado, ou seja, não temos ações apenas de cunho social, ou só ambientais", observa. Desenvolvimento econômico, social e ambiental O Relatório de Sustentabilidade 2003, referente ao período de 2000 a 2002, apresenta o perfil, a história, a visão e a estratégia da Holcim Brasil. Inclui informações sobre governança corporativa, relacionamento com públicos de interesse, desempenho econômico, social e ambiental, estudos de casos das unidades produtivas e projetos apoiados pelo Instituto Holcim. No âmbito social, a empresa privilegia o desenvolvimento de base, com projetos propostos e implantados por organizações da sociedade civil, em parceria com o Instituto Holcim, outros institutos e o poder público. "Desta forma, garantimos que estamos agindo nas áreas prioritárias em cada região" (Relatório de Sustentabilidade Holcim Brasil 2003). Para o público interno, seguindo a Política de Responsabilidade Social do Grupo Holcim, são promovidos programas de segurança no trabalho e treinamento visando à qualificação dos funcionários. Na relação com o meio ambiente, destaca-se o compromisso de redução da emissão de dióxido de carbono firmado perante o World Business Council for Sustainable Development (WBCSD). Entre 2001 e 2002, a empresa diminuiu a emissão desse gás em mais de 12%. "Uma das formas de reduzir essas emissões está na diminuição do uso de clínquer nos cimentos que produz, substituindo-o por materiais alternativos, originários dos processos produtivos de outras indústrias (...), e pela substituição de matérias-primas não- renováveis, como o calcário e a argila" (Relatório de Sustentabilidade Holcim Brasil 2003). Todas as unidades de produção de cimento da companhia no Brasil têm as certificações ISO 9001 e ISO 14001. No aspecto econômico, procuram dar preferência à prestação de serviços e à contratação de funcionários do local. Por meio do Instituto Holcim desenvolvem atividades voltadas à capacitação das comunidades para a geração de renda. Fonte: http://www.ethos.org.br/docs/conceitos_praticas/banco_praticas/default.htm 4.2 – MICRO AMBIENTE 4.2.1 - NECESSIDADES HUMANAS Não obstante as variáveis macro-ambientais, o consumidor se move pela sua percepção de valor, sendo assim, quando algo afeta diretamente sua percepção, por consequência afeta seu consumo. Isto já fora postulado, em outras palavras, por Maslow quando da publicação de seu trabalho sobre a Hierarquia das Necessidades do consumidor, na década de 40. A pirâmide hierárquica de Maslow nos permite concluir que, quando o consumidor adquire “estabilidade” num nível de consumo, imediatamente sobe ao nível seguinte, mudando assim sua percepção de valor e sua cesta de consumo. O que tem acontecido com a classe média brasileira é que a despeito de sua condição favorável ou não na atualidade esta tem conseguido ascender na escala de prioridades humanas conforme a figura abaixo, e sendo assim, passou a discutir valores e conceitos não mais somente de posses, mas também a cerca da condição de existência humana. 4.2.2 - NÍVEL INTELECTUALEvidencia-se ainda que toda a sociedade brasileira no quesito conhecimento intelectual, tem evoluído ao longo dos últimos 15 anos a exemplo temos a evolução do percentual da população estudante no ensino superior, que 2000 era em torno de 11% da população total, quando em 2005 estava próximo aos 19% e em 2012 próximo dos 23%. Esta evolução expressiva em pequeno intervalo de tempo, também condiciona a sociedade a debates mais holísticos, conduzindo o brasileiro a discutir não só sua sobrevivência, mas a própria condição de existência onde entra o quesito responsabilidade social, onde se lê, diferenças X discriminação, apoio às minorias, preservação do planeta, futuro da humanidade, etc. Bolsa de Valores Sociais atua como catalisadora de projetos. Extraído: Instituto Ethos – www.ethos.org.br. A Bolsa de Valores Sociais (BVS), lançada pela Bovespa em junho de 2003, já reúne 30 projetos de organizações sociais voltados à promoção da educação de crianças e jovens dos sete aos 25 anos, em situação socialmente desfavorecida, em seis áreas (ambiental, capacitação profissional, cidadania, competência em leitura e escrita, cultural e especial). Selecionados entre 250 propostas, os projetos preveem investimentos de mais de R$ 9,6 milhões e serão realizados em 12 Estados brasileiros. A proposta da BVS é promover o encontro entre organizações e projetos que necessitem de recursos e investidores interessados em apoiá-los. A iniciativa conta com o apoio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). A entidade irá disponibilizar nos endereços eletrônicos dos estados membros links para a página da BVS na internet, além de divulgar o projeto nas atividades que desenvolva em diversos países. Segundo o presidente da BVS, Álvaro Augusto Vidigal, a bolsa social foi criada para que a Bovespa pudesse se envolver em ações de maior impacto, colaborando com as organizações e envolvendo a comunidade de corretores. “A Bolsa sempre fez uma série de doações e cada vez mais instituições nos procuravam. Dessa forma, acabávamos ajudando com menos recursos cada uma, pois o dinheiro tinha de ser distribuído entre mais de 50 organizações. Ao invés de ser uma ação positiva, acabava com um teor negativo. Resolvemos então desenvolver um modelo em que pudéssemos fazer mais pelas ONGs”, explicou. Os investidores podem escolher os projetos e fazer suas doações pelo site www.bovespasocial.org.br. Os recursos serão repassados diretamente às ONGs quando atingirem o valor total ou de cada uma das etapas do projeto. Os doadores poderão acompanhar o desenvolvimento dos projetos também pela página da internet ou através dos relatórios fornecidos pelas organizações. Como não existem prazos para o recebimento de projetos, eles podem ser encaminhados à Bolsa durante todo o ano para análise. No entanto, as novas propostas só passarão a fazer parte do portfólio da BVS quando os projetos atuais receberem os recursos necessários. “Será algo contínuo. Mas as organizações devem ter em mente que são elas que devem tocar os projetos, não esperando somente os recursos da BVS, que podem não vir rapidamente”, lembra Vidigal. Para ampliar a participação no programa, a Bovespa está oferecendo um desconto de 3% no valor da taxa anual que as empresas pagam para serem listadas na Bolsa, caso as companhias se comprometam a repassar 10% da anuidade aos projetos da BVS. Além disso, a Bolsa promoveu uma reunião com todas as corretoras e definiu metas para capitalizar recursos aos projetos. Outra decisão foi a de escalar embaixadores que irão atuar como canais de comunicação entre os possíveis doadores e as organizações. As ONGs participantes aguardam esperançosas os novos recursos que poderão ser adquiridos com a BVS. O programa Anchieta, desenvolvido pelo Grupo Itápolis, na região do Grajaú, em São Paulo, foi um dos contemplados com o projeto Conviver II, que irá ampliar diversas atividades desenvolvidas para a reintegração de crianças e jovens em suas famílias. Com um investimento de R$ 900 mil, haverá reforma da biblioteca, construção de salas de informática e maior oferta de vagas para o curso de complementação escolar, voltado a crianças e jovens entre três e 17 anos, com aulas de música, artes, teatro e recreação. “É um reconhecimento ao nosso trabalho. Mostra que nossa linha de atuação é a que o mercado está procurando para colaborar. Com o apoio da BVS poderemos oferecer mais à comunidade”, afirma Maria Cecilia Apostolopoulos, coordenadora de projetos da organização. Programa Educacional Bovespa atende 13 mil pessoas ao ano A educação é prioridade entre as ações de responsabilidade social da Bovespa há mais de 14 anos. Desde 1989, a entidade desenvolve um Programa Educacional cujo objetivo é mostrar à sociedade o funcionamento do mercado de ações através de visitas monitoras à Bovespa. O programa atende cerca de 13 mil pessoas por ano, entre estudantes do ensino fundamental, médio e superior, funcionários de empresas e público em geral. Em 2000, o programa foi reformulado. A Bolsa desenvolveu, em conjunto com a organização Cidade Escola Aprendiz, dois CD-Roms (“100% Skates” e “Jornal do Jovem Empresário”), com uma linguagem simples e lúdica, adequada a cada faixa etária, trazendo conceitos básicos de economia, como hábitos de poupança e investimento. A partir de janeiro de 2003, além de promover as visitas, a Bovespa vai às escolas apresentar o programa. Promotores realizam palestras nas instituições de ensino em todo o País, com maior ênfase em São Paulo e Rio de Janeiro, cidades onde a Bolsa tem escritórios, além de Porto Alegre. Até outubro, mais de 20 mil alunos tinham participado das palestras. Na capital paulista, o programa ganhou maior fôlego após a parceria firmada com a Secretaria de Educação do Estado, em março de 2003, para a distribuição de 6,2 mil kits educacionais em toda a rede de ensino. Os kits contêm um CD-Rom com os dois filmes utilizados no Programa Educacional, além de uma apostila para o professor e uma cartilha com dados sobre o funcionamento da Bovespa. Para incentivar o uso do material, a Bovespa criou um concurso direcionado a estudantes dos ensinos fundamental e médio. Os alunos, divididos em grupos, podem apresentar trabalhos em três categorias: histórias em quadrinhos, site de internet ou matéria jornalística. Em dezembro, serão conhecidos os ganhadores. Os dois melhores trabalhos em cada categoria receberão R$ 2 mil. Os professores dos alunos vencedores receberão um computador de mão, e a escola um computador. Aquela que tiver o maior número de trabalhos inscritos também ganhará um computador. De acordo com Luis Abdal, assessor de marketing, as diversas ações do programa visam mostrar à população que o mercado de capitais não é difícil de ser entendido e nem tão complexo como parece ser, mudando a imagem que se criou em relação à Bolsa. “Esse mercado ficou afastado das pessoas físicas porque elas não costumam aplicar em bolsa. Levando informação e formação para as crianças e jovens, queremos que, daqui a 10 anos, por exemplo, eles estejam mais bem informados sobre o mercado, mesmo que não venham a aplicar. Mas eles devem saber que têm essa opção”, comentou. Fonte: http://www.ethos.org.br/docs/conceitos_praticas/banco_praticas/default.htm 4.3 – AS TRÊS ONDAS NA CONSTRUÇÃO DA MARCA. Para que um programa de Marketing Social tenha resultados efetivos, os valores sociais devem estar incorporados a marca da empresa. Existem três ondas na construção das marcas, sendo elas: A Primeira Onda: Racional – década de 50. “Na abordagem dessa escola, às comunicações era altamente influenciada pelos profissionais do marketing direto, que evoluíram da arte de vender para anúncios de vendas ...passando praticamente a fazer da propaganda uma ciência.” Nessafase a característica mais marcante era a de demonstrar os atributos do produto, também “foi à era do anúncio “mostre e divulgue””, onde existe um diálogo explicando e demonstrando o uso do produto. Ainda, segundo os mesmos autores “a grande atração da propaganda de marcas com base num apelo racional é que esta é por definição, muito direta, mas depende de se ter uma mensagem honesta a comunicar.”. A Segunda Onda: Emocional - década de 70. Acredita-se que o surgimento desta fase esteja associado a escola behaviorista na década de 60. Nesta fase a publicidade empenha-se não em tão somente levar a mensagem direta e clara ao interlocutor, mas faz uso dos aspectos psicológicos destes. Como subterfúgio associa mensagens engraçadas, descontraídas e por vezes o apresenta os malefícios de não utilizar seu produto. Conforme nos ensina o livro Marketing Social, “Ao interpretar uma cena da vida em termos criativos, o anunciante deve primeiro adquirir um profundo entendimento do comportamento que cerca sua marca e obter uma descrição tão precisa quanto possível dos lados dados demográficos e psicológicos do público-alvo. Esta passa a ser um trampolim do qual pode-se dar uma salto verdadeiramente criativo.”. A Terceira Onda: Espiritual - década de 90. A década de 90 é marcada pela aversão da população mundial à extrema direita política, dado aos seus abusos extremistas desde ditaduras a pseudo democracias. Embora estes em regra deixassem um legado de riqueza e prosperidade a população começa então ir além dos valores materiais e requerer liberdade, ética e responsabilidade com as massas e com o planeta. Nasce então uma nova oportunidade de publicidade pautada nas novas aspirações dos consumidores. Aspirações estas associadas à espiritualidade a crença e a fé como valores sociais. Nesta fase, escolhas de ostentação tendem reduzir diante das possibilidades de compartilhamento de vida comum. Este pensamento evidencia-se no Brasil com o próprio movimento social entre igrejas de credo cristão em busca de afinidade com menor ostentação e maior compartilhamento social. Tal qual Weber já definiria em seu livro “O Protestantismo”. Esta terceira onda não se encerra, pois é nela que nos encontramos e este é o desafio atual dos gestores em marketing. Embora as ferramentas e a ciência aprimorada nas duas fases anteriores sejam de muita utilidade, o desejo latente da sociedade é se ver em foco. PHILIPS USA ARTE PARA FAZER FUNCIONÁRIOS REFLETIREM SOBRE DIVERSIDADE. Extraído: Instituto Ethos – www.ethos.org.br. O teatro e o cinema foram os instrumentos escolhidos pela Philips do Brasil, empresa que atua nos mercados locais de eletroeletrônicos, equipamentos para recepção de TV por assinatura e eletrodomésticos portáteis, entre outros, para dar forma ao “Projeto Singulares”, que tem como objetivo conscientizar os funcionários sobre a diversidade humana e a importância de se promover a interação com as minorias. A idéia do projeto surgiu depois que a empresa verificou, a partir dos Indicadores Ethos, que havia ainda um longo caminho a percorrer internamente quanto à diversidade. O foco das ações iniciais é a conscientização. Em 2004, como resultado dessa fase introdutória, serão elaborados projetos de inclusão de minorias. No “Projeto Singulares”, os funcionários assistem a filmes de curta-metragem sobre temas como preconceito racial e diferenças físico-corporais, por exemplo. Já foram exibidas fitas nas fábricas de São Paulo/SP, Mauá/SP, Manaus/AM, Recife/PE e de Varginha/MG. Ao final das sessões, é feito um debate sobre o tema da projeção para que os funcionários reflitam sobre o papel que eles e a empresa podem desempenhar na integração dessas minorias. Profissionais especializados conduzem a discussão e indicam outros filmes para quem quer se aprofundar no assunto. Elizabeth Madei Nogueira, coordenadora do Departamento de Saúde, participou das atividades e acredita que essas ações estão promovendo uma mudança. “Antes, nem havia questionamentos, pois as diferenças dentro da empresa eram muito sutis. Agora, as pessoas pelo menos passaram a discutir a respeito. Eu achei maravilhoso, porque essa questão é pouco estimulada”, avalia a coordenadora. O projeto contempla ainda a formação de grupos teatrais com a participação dos funcionários. Os participantes recebem orientações de diretores profissionais. A primeira peça a ser produzida, sob o título de “Diverso”, será a mesma em todas as unidades da Philips e foi escrita exclusivamente para o projeto pelo dramaturgo Aimar Labaki. A história levanta questões como o processo de inclusão social de minorias no mercado de trabalho e na sociedade. Flávia Moraes, gerente-geral de Responsabilidade Social da Philips para a América do Sul, afirma que a adesão dos funcionários surpreendeu a todos. A peça, escrita inicialmente para a participação de seis colaboradores, teve de ser adaptada, pois, em alguns locais, como Manaus e Recife, mais de 120 funcionários pleitearam participar. “A grande diferença é que eles vão atuar como agentes transformadores, não estarão apenas assistindo a qualquer peça já pronta”, ressalta Flávia. Em Manaus, por exemplo, o processo de interação está sendo mais intenso, pois alguns profissionais portadores de deficiência auditiva também irão participar da montagem. Para a gerente, a diversidade estimula o crescimento profissional e pessoal. “Uma equipe diversificada traz novas formas de se fazer as coisas. O projeto está ligado à ética, ao fato de encarar a tolerância e de encontrar espaços para o outro no ambiente de trabalho”, afirma a gerente-geral. Funcionários participam de projetos educacionais e de qualidade de vida A educação e o crescimento profissional fazem parte dos planos de ação da empresa. Além de oferecer bolsas de estudo de MBA, a Philips optou por direcionar seu esforço a atividades educativas de inclusão digital. Foram instaladas, em parceria com o Comitê para a Democratização da Informática, as Escolas de Informática e Cidadania Philips (EIC Philips), em que funcionários voluntários ensinam informática a outros colaboradores da empresa, além de abordarem questões sobre cidadania. A secretária Solange Barbosa Leal realizou o trabalho voluntário até junho de 2003, data da formatura de uma turma de alunos. Foi sua oportunidade de ajudar colegas sem acesso aos computadores, colocando em prática seus conhecimentos. Com a diversidade do público participante, Solange ampliou seus relacionamentos e pôde trocar experiências. “Às vezes chegávamos a temas que eu nunca havia parado para pensar. Você aprende muito”, recorda Solange. Alguns micros ficam disponíveis nas EICs para os funcionários que desejarem fazer pesquisas, estudos e trabalhos em horários livres. Na área da saúde, a empresa desenvolve diversas ações, como o projeto “Antitabagismo”, o programa “Pró-Rede”, voltado para funcionários dependentes químicos e suas famílias, e ações de imunização contra gripe. O plano de saúde dos funcionários permite que eles tenham acompanhamento psicológico quando constatada sua necessidade. A companhia realiza, também, projeto para prevenção e tratamento da AIDS e de doenças sexualmente transmissíveis. Realizada desde 1995, a experiência obteve sucesso e foi estendida à comunidade. No projeto “Philips Doe Vida”, funcionários voluntários levam informações sobre doenças sexualmente transmissíveis para os adolescentes da rede pública de ensino. A ação já favoreceu mais de 21 mil alunos e obteve dois prêmios nacionais. Para a promoção do bem-estar e qualidade de vida de seus funcionários, a empresa oferece orientações sobre como manter uma alimentação saudável por meio do “Programa Reeducação Alimentar”. Promove, também, passeios ecológicos para parques, termas e cavernas, organizados a cada dois meses. Para aquelescolaboradores que preferem movimento, a equipe de corrida recebe apoio e patrocínio. Todas as fábricas da Philips contam com restaurantes no local e sistema de transporte para os funcionários. Fonte: http://www.ethos.org.br/docs/conceitos_praticas/banco_praticas/default.htm 4.4 – O PROGRAMA DE MARKETING SOCIAL. Dado aos que já fora exposto, o mercado – todo o planeta – conspira a favor do Marketing Social. Embora este seja um modelo dentro do escopo de marketing e como tal possui todas as nuances do marketing tradicional, carrega consigo diferenças que precisam ser trabalhadas com atenção a fim de lograr êxito na campanha socialmente responsável. 4.4.1 – INICIANDO O PROGRAMA. É comum termos nesta fase a empenho de setores como RH e outros, bem intencionados, mas com objetivos que podem divergir dos objetivos abordados neste trabalho, que é a agregação de valor à marca (produto/serviço). Sendo assim, importa que a alta diretoria da empresa esteja empenhada neste novo modelo de marketing, e que os gestores de marketing gerenciem os projetos sociais no que tange estratégia e abrangência. Ainda que se possa contar com apoio dos demais departamentos, estes devem fazê-lo dentro de um planejamento e um programa. Também, é recorrente escolher projetos sem antes escolher qual o benefício irá agregar à marca. Qual o valor a ser comunicado. Outra falha comum – dado ao cunho espiritual do projeto – iniciar-se o projeto crendo ser definitivo. Isto pode criar decepções e frustrações internas bem como externas. Para tanto sugere-se que seja estabelecido prazos para o programa bem como para seus projetos, levando-se em conta um tempo razoável para boa execução do que se pretende fazer, mas não permitindo a falsa sensação de eternidade, o que não condiz com as políticas de planejamento estratégicos a mercê do mercado, ágil e mutante. E por fim, quando ao tempo do programa, deve-se ressaltar que segundo a pesquisa do consumidor da Worthington Di Marzio (“Consumers, The Community and Business”, The New Bottom Line, para a Cavill + Co., Autrália, 1997) os consumidores consideram como comprometidas com a responsabilidade social empresas que em 1º lugar mostram resultados tangíveis (25%), fazem publicidade em mídia (23%) e tem longevidade em suas causas (13%). Ou seja, a empresa tem que ser duradoura em suas causas, com resultados tangíveis e divulgá-los. BASF ATUA COM BASE NOS PRINCÍPIOS DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL. Extraído: Instituto Ethos – www.ethos.org.br. Para a Basf, as questões econômicas, ecológicas e sociais devem ser levadas em consideração, com pesos iguais, na tomada de decisões nos negócios. A multinacional alemã adota o conceito de desenvolvimento sustentável nas suas ações em 170 países. Uma demonstração disso é a sua participação voluntária desde 1992 no Programa Atuação Responsável, uma iniciativa mundial das indústrias químicas que envolve diálogo com a comunidade, segurança, meio ambiente, transporte e atendimento a emergências. O programa permitiu à Basf reduzir em 75% o número de acidentes com pessoas nas suas unidades no Brasil e em 20% os acidentes com transporte e distribuição entre 2000 e 2001. Além disso, a empresa também criou Conselhos Comunitários Consultivos em todas as comunidades próximas às fábricas; produziu um banco de dados com informações sobre todos os seus produtos; e implantou o Disque Ecologia, um número de telefone que funciona 24 horas por dia para esclarecer dúvidas ou receber reclamações relacionadas ao meio ambiente. Ao mesmo tempo em que adotou o Programa Atuação Responsável, a Basf criou o cargo de coordenador de Responsabilidade Social para centralizar as suas ações sociais. "A opção por ter uma pessoa que responde pela responsabilidade social na empresa é recente, mas a Basf sempre se preocupou com esta questão", acredita Vanessa Weber Leite, coordenadora de Responsabilidade Social da Basf. Seu primeiro programa social, o Projeto Crescer, foi implantando pela empresa no Brasil em 1982, "numa época em que ninguém falava em investimento social privado", diz Vanessa. Segundo ela, o Projeto Crescer foi criado porque a matriz da Basf na Alemanha queria trabalhar com a questão social no País, e concluiu que a educação seria o melhor caminho. O Projeto, que agora completa 20 anos, promove educação e profissionalização para adolescentes de baixa renda. Atualmente, são atendidos 110 jovens da região de São Bernardo do Campo/SP e Guaratinguetá/SP e conta com o trabalho voluntário de 80 funcionários da Basf. Em 1996, a Basf foi uma das primeiras empresas a ser certificada pela Fundação Abrinq como uma Empresa Amiga da Criança. "Esta certificação marca a abertura do Programa Crescer e sua maior divulgação para a comunidade", acredita Vanessa. Quatro anos mais tarde, a Basf iniciou um processo de levantamento e reavaliação das suas iniciativas sociais. "Todas as unidades da Basf promoviam diversas ações e atuavam através de parcerias com instituições locais. Mas a empresa ainda não tinha uma política centralizada de responsabilidade social", conta Vanessa. Por isso, a companhia pesquisou quais funcionários eram responsáveis pelos projetos e convidou-os a participar de um grupo de trabalho. Isto permitiu à Basf perceber que a sua gestão ambiental estava muito bem representada pelas ações do Programa Atuação Responsável, mas era preciso reavaliar o investimento na comunidade e algumas políticas para o público interno. Coube a este grupo de trabalho definir a missão da Basf em responsabilidade social, que mais tarde foi aprovada pelo presidente da empresa. "Nossa Missão é valorizar a cidadania por meio do comprometimento com as comunidades interna e externa, aplicando recursos e conhecimentos para o desenvolvimento social e respeitando a cultura e as necessidades dessas comunidades e o meio ambiente", diz a declaração da empresa. Em 2001, a Basf publicou seu primeiro balanço social, seguindo o modelo recomendado pelo Instituto Ethos. "Foi a primeira vez que divulgamos nossas ações de maneira corporativa, o que contribuiu muito para aumentar nossa transparência", conta Vanessa. O documento foi distribuído para todos os funcionários da Basf. Além do Projeto Crescer, que continua sendo um dos maiores programas desenvolvidos pela empresa, ela hoje também oferece um MBA interno para seus funcionários (a Academia de Liderança Social), tem um programa de qualidade de vida (com atividades esportivas, sociais e culturais), e desenvolve vários projetos de educação ambiental (como o Espaço ECO, uma área verde de 400 mil metros, onde são promovidas atividades de educação ambiental). Programa Atuação Responsável "O Programa Atuação Responsável apoia uma filosofia que a empresa já tinha. Para nós, ele funciona como uma ferramenta adicional na busca pelo desenvolvimento sustentável", explica Odilon Ern, diretor para a América do Sul de Segurança e Meio Ambiente da Basf. O Programa é desenvolvido por meio de sete códigos, que abrangem toda a cadeia produtiva: Diálogo com a Comunidade, Segurança de Processo, Segurança e Saúde do Trabalhador, Proteção Ambiental, Transporte e Distribuição, Preparação e Atendimento a Emergências, e Gerenciamento de Produto. No código Diálogo com a Comunidade, um dos destaques é o jornal Basf Notícias Comunidade, que em 2000 foi eleito pela Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje) como o "Melhor Boletim Externo". "O público externo precisa ser esclarecido sobre as atividades da Basf e ter um diálogo transparente com a empresa", afirma Ern. Segundo ele, a Basf quer eliminar o receio das pessoas de morar perto de uma indústria química e mostrar que, se feita com responsabilidade, esta é uma atividade segura. Para isso, a empresa também criou Conselhos Comunitários Consultivos em todas as comunidades próximasa fábricas. Estes Conselhos funcionam como fóruns no qual lideranças da comunidade e representantes da empresa trocam informações sobre segurança, saúde e meio ambiente. Eles reúnem-se aproximadamente quatro vezes ao ano. Em Segurança e Saúde do Trabalhador, a empresa implantou um Programa de Dependência Química, que também é aberto para os funcionários terceirizados. "Os operadores das máquinas precisam estar mental e fisicamente em condições para trabalhar", afirma Ern. Os funcionários passam por exames médicos periódicos. Quando ocorre um acidente, suas causas são investigadas em profundidade. A implantação do código Proteção Ambiental possibilitou uma redução de 5% no consumo de água nas fábricas da Basf. A fábrica de Guaratinguetá/SP possui um incinerador de resíduos e uma estação de tratamento de efluente, e em 2001 iniciou a construção de um aterro industrial. Este mesmo complexo químico realizou um projeto de reflorestamento da mata ciliar às margens do Rio Paraíba do Sul, contabilizando o plantio de 110 mil mudas de espécies da flora nativa em 26 hectares de área de preservação permanente. Através do código Transporte e Distribuição, a Basf busca reduzir os riscos decorrentes do transporte, armazenagem e distribuição de produtos químicos. Graças a um trabalho realizado em parceria com as transportadoras, a empresa reduziu em 20% os acidentes nos transportes, mesmo tendo registrado um aumento de 20% no número de viagens entre 2000 e 2001. "Realizamos a avaliação e credenciamento das transportadoras, que precisam atender a determinados requisitos para serem nossas fornecedoras. Se eles são cumpridos, a transportadora também é credenciada pelo Programa Atuação Responsável", diz Ern. No Brasil, seis transportadoras aderiram ao Programa. O código Preparação e Atendimento a Emergências conta com três pontos de apoio em diferentes cidades brasileiras, que estão preparados para atender emergências com produtos químicos fabricados pela Basf em qualquer local do País. "É muito importante que funcionários da Basf estejam presentes no local do acidente, pois conhecemos o produto que fabricamos e sabemos como agir em situações de emergência", explica Ern. A empresa também conta com uma equipe de corpo de bombeiros própria. O código que a Basf encontrou maior dificuldade de implantação foi o Gerenciamento de Produto. Isso porque ele envolve toda a organização, desde o desenvolvimento do produto, sua produção, uso, até sua destinação final. Este código exige a criação de um banco de dados sobre todos os produtos fabricados pela Basf que possa ser acessado por qualquer pessoa interessada no assunto. A Basf espera completar este processo até o final de 2002. "O Programa Atuação Responsável é muito sério. Quando você entra na Basf percebe esta preocupação com o meio ambiente e a segurança em todos os departamentos", acredita Joana Rudiger, assistente do diretor de Recursos Humanos da Basf. Ela trabalha na empresa há três anos e meio e afirma que logo se identificou com os valores da companhia. "É um orgulho trabalhar em uma empresa que tem uma preocupação social, e que, mesmo sendo estrangeira, atua localmente", afirma. Joana é uma das voluntárias do Projeto Crescer e diz que se sente realizada com a oportunidade que a empresa lhe deu de realizar um trabalho com a comunidade. Fonte: http://www.ethos.org.br/docs/conceitos_praticas/banco_praticas/default.htm 4.4.2 – ESCOLHENDO O PROJETO. Nesta fase, é muito importante considerar que apoiar ou criar um projeto social é estar lidando com ansiedades, sonhos e visões diferentes embora parecidas. Cada stakeholder de um projeto tem seu objetivo próprio exigindo atenção e busca de parceiro que possuam afinidade, que tenham excelente gerenciamento, que permitam uma comunicação centralizada e apresentem um planejamento estratégico. 4.4.2.1 - AFINIDADES COM PARCEIRO. Muito será feito e discutido, e nem tudo será documental e exato como nos demais negócios da empresa. Leve em conta que estamos falando de uma ambiente espiritual/emocional. Acreditamos que moveremos nossos consumidores por perceberem nosso empenho real e comprometido com uma causa na qual ele também acredita. Portanto se a empresa tiver divergências com a instituição promotora da causa, muito possivelmente não haverá tradução da linguagem social para a comercial, ou seja, da boa vontade para o crescimento e agregação de valor à marca. Neste ponto, ressalta-se que a instituição conta com o carisma e consideração da sociedade antes mesmo da empresa ser sua parceira, logo, num possível pleito a empresa tem mais a perder do que seu parceiro social. OXITENO:SISTEMA DE QUALIDADE REQUER CONTROLE DOS FORNECEDORES. Extraído: Instituto Ethos – www.ethos.org.br. Ser uma das maiores empresas químicas e petroquímicas do País é um posto que exige certas responsabilidades. Ciente dessa demanda, a Oxiteno, empresa controlada pelo Grupo Ultra, decidiu investir em sua política de responsabilidade social e hoje carrega uma série de certificações. A preocupação com o meio ambiente, saúde, segurança e qualidade na Oxiteno é certificada com as normas ISO 9001, 14001 e SA 8000. A política de responsabilidade social da Oxiteno também está consolidada na participação da empresa no Programa de Atuação Responsável, versão brasileira do Responsible Care Program®, elaborado pela Canadian Chemical Producers Association (CCPA), e atualmente presente em indústrias químicas de mais de 40 países. No Brasil, o programa foi adotado em 1992 pela Associação Brasileira de Indústrias Químicas (Abiquim). A iniciativa propõe-se a ser um mecanismo de direcionamento de sistemas adequados para a gestão ambiental da empresa. Rodeada por leis e normas certificadoras que exigem atenção e monitoramento constante, a companhia instalou um sistema de gestão integrada específico para controlar todas as suas atividades socioambientais. `Como a Oxiteno deve seguir muitos itens e tem diversas preocupações, elaboramos o Sistema da Qualidade Oxiteno. Possuímos uma Gerência de Meio Ambiente e Qualidade (Gemaq), que é responsável pelas diretrizes definidas pelo sistema`, explica Simone Maria Victorino Rosa, analista de meio ambiente e qualidade da Oxiteno. Para dar reforço e maior agilidade aos trabalhos da Gemaq, a empresa também implantou, há quatro anos, o Sistema de Não-Conformidade. `É um sistema informatizado on-line e corporativo. Se um funcionário identifica um problema na empresa, ele acessa esse sistema, abre um registro de não-conformidade e encaminha o e- mail para a área responsável. A partir desse e-mail, será identificada a causa do problema, providenciada uma solução e sua implantação e depois é feita uma verificação da efetividade dessa solução. Após todo esse processo, se o problema realmente foi resolvido, o Sistema dispara um e-mail para o remetente explicando que tudo foi ajustado`, descreve Simone. Qualquer funcionário, de qualquer área da empresa, pode abrir um registro de não- conformidade. Relação com os fornecedores Mas todo o controle sobre a qualidade dos produtos e serviços da Oxiteno não se limita apenas à parte interna da empresa. A preocupação com o cumprimento dos requisitos das normas certificadoras extrapola também os muros das quatro unidades da companhia no País (Mauá/SP, Tremembé/SP, Camaçari/BA e Triunfo/RS). Os principais alvos são os fornecedores. Antes de efetivar uma empresa como fornecedora, a Oxiteno aplica uma série de testes e análises. `Em uma primeira fase, de prospecção, selecionamos uma mostra de matéria-prima do candidato e fazemos a análise do material. Feito isso, enviamos um questionário com cerca de 50 ou 60 perguntas – dependendo do tipo de fornecedor – para saber se a empresa cumpre os requisitos das normas que possuímos. Existem perguntas específicas sobrecada item das normas. O fornecedor é obrigado ainda a nos enviar cópias de todos os certificados e licenças ambientais que possua. Também fazemos visitas técnicas e auditorias. Passadas essas fases, se a empresa for aprovada, ela é qualificada para ser fornecedora da Oxiteno`, explica Simone. `Em seguida, pedimos para que o fornecedor assine um termo de compromisso prevendo que ele irá se comprometer a cumprir os requisitos da SA 8000. Damos um período de dois anos para que passe a atender todas as determinações da norma. Não exigimos o certificado, apenas que os requisitos sejam atendidos`, acrescenta Simone. Mas o processo não pára por aí. Mesmo após ser aceita na lista de fornecedores da Oxiteno e ter assinado o termo de compromisso, a empresa deverá continuar a passar por auditorias. `Fazemos monitoramentos anuais, trimestrais, etc, dependendo do tipo de fornecedor – se é de matéria- prima ou só prestador de serviços, por exemplo. Os de matéria-prima exigem maior controle`, comenta a analista. Só na área de matéria-prima química, a Oxiteno possui cerca de 150 fornecedores. Caso seja detectado algum problema, tanto com o produto fornecido quanto com a atuação social da empresa fornecedora, a Oxiteno logo providencia uma ação corretiva. `Abrimos um registro de não-conformidade e enviamos ao fornecedor, que imediatamente deve providenciar a solução`, explica Simone. Mas até hoje, segundo a analista, a empresa não teve grandes complicações. Para Régis Maia Lucci, gerente de negócios em petroquímicos básicos da Petroquímica União (PQU) – empresa fornecedora da Oxiteno - essa política de controle de fornecedores é vantajosa tanto para a empresa contratante como para a empresa fornecedora. `Isso leva à sustentabilidade empresarial. É como uma garantia de que o nosso processo produtivo está adequado a normas e padrões de qualidade reconhecidos mundialmente`, ressalta. Fonte: http://www.ethos.org.br/docs/conceitos_praticas/banco_praticas/default.htm 5.4.2.2 - GERENCIAMENTO. Contudo, não se pode ficar refém do parceiro carismático, haja vista o intuito quantitativo e longínquo pretendido pela empresa. Sendo assim, há de se ter um gerenciamento moderno, especializado e técnico na instituição. É comum, que estas sejam gerenciadas por militantes empenhados e honestos, contudo nem sempre contando com as melhores práticas de gerenciamento, e por consequência é comum também não contarem com eficiência em suas causas. No caso de estabelecimento de uma parceria, se esta for a realidade da instituição, isto deverá ser alterado de imediato e como condicionante do fechamento do acordo. Lembre-se de que a partir deste ponto, estabelece-se uma relação de simbiose entre ambos, logo uma causa mal gerenciada e ineficiente, pode aparentar para a sociedade que a própria empresa assim o é. NOVOZYMES LIDERA ÍNDICE DE SUSTENTABILIDADE DO DOW JONES Extraído: Instituto Ethos – www.ethos.org.br. Ser a número um em duas categorias no índice de sustentabilidade do Dow Jones é um feito para poucos. A conquista, anunciada em setembro, é um dos orgulhos da Novozymes, empresa de biotecnologia que produz enzimas. A companhia fornece enzimas para três áreas: enzimas técnicas (utilizadas em indústrias têxteis, automotoras), enzimas para a indústria de alimento e enzimas para a indústria de alimentação animal. O Índice Dow Jones de Sustentabilidade (DJSI, Dow Jones Sustainability Group Index) foi criado em 1999. Ele é resultado de uma parceria entre o Dow Jones, indicador de negócios da Bolsa de Valores de Nova York, com a SAM, gestora de recursos da Suíça, especializada em empresas comprometidas com a responsabilidade social e ambiental. Na avaliação deste ano, a Novozymes, uma multinacional dinamarquesa do Grupo Novo, ficou com o primeiro lugar em sustentabilidade entre as empresas de Biotecnologia do planeta e, com o primeiro lugar na mesma categoria entre as companhias farmacêuticas europeias. O estudo da Dow Jones abordou os critérios de sustentabilidade em 2.500 empresas ao redor do mundo. Representada em 25 países e com negócios em 130 países, a Novozymes tem na tríade - responsabilidade fiscal, ambiental e social -, a base de seu sucesso corporativo. De acordo com Victor Barbosa, diretor-presidente da Novozymes Latin America, unidade brasileira da companhia, instalada em Araucária, no Paraná, a classificação nesses dois índices do Dow Jones é resultado de um trabalho sério onde a ética, transparência e responsabilidade com as partes interessadas (stakeholders) e meio ambiente são prioridades. "O nosso produto também conta positivamente: as enzimas são totalmente biodegradáveis e são produzidas com processos biotecnológicos baseados somente em matérias-primas renováveis", avalia Barbosa. Segundo Christian Peter Smdith, gerente da área de engenharia da Novozymes, as enzimas podem reduzir o consumo de água, energia e produtos químicos nocivos, além de promover uma produção mais eficiente. "Estar a frente de seu tempo. É isso que garante uma performance de sucesso", acredita. "Quando o cliente compra uma enzima nossa, ele sabe que por trás daquele produto há uma empresa que se preocupa com a qualidade ambiental e social que suas ações geram", diz Smdith. "Os stakeholders também têm a ganhar com esta forma de gestão da empresa", afirma Smdith. Para o gerente, os acionistas ficam seguros de estarem investindo em uma empresa que pensa no futuro do seu negócio e age de forma a garantir a sua sustentabilidade. "Já com os nossos fornecedores, esse índice é mais um incentivo no sentido de criar uma cadeia de responsabilidade social", aponta Smdith. Ele explica que a Novozymes tem uma política de motivar os seus fornecedores a adotarem padrões socialmente responsáveis de produção. "Ser responsável em todos os seus segmentos é hoje um fator altamente competitivo nas empresas e que traz benefícios para todos os envolvidos", garante. Projeto Biomassa Além dos compromissos socioambientais, que inclusive fazem parte da Carta de Conduta do Grupo Novo e são adotados em todos os 123 países onde está presente, a unidade brasileira da Novozymes também desenvolve o Projeto Biomassa, que oferece insumo para a melhoria do solo dos agricultores nas comunidades ao redor da empresa. "A biomassa é o resultado obtido no processo de fermentação, utilizado para a produção das enzimas", explica Barbosa. Segundo ele, a biomassa é um "caldo", extremamente rico em nutrientes, que utilizados de forma correta ajudam na recuperação do solo. "Desde o início da construção da unidade em Araucária, já havíamos decidido que o resíduo da produção de enzimas seria utilizado de forma a beneficiar a comunidade local", conta Barbosa. A biomassa tem destinos diversos em outros países onde a Novozymes opera, e a sua utilização leva em consideração as necessidades da comunidade e da empresa. "Nos países europeus, por exemplo, a biomassa é revertida em insumo e vendida como matéria-prima para outras indústrias", esclarece. No Brasil, o projeto com a biomassa começou de forma simples e foi sendo estruturado até chegar no modelo de hoje. "No início, íamos de porta em porta levar a biomassa e explicar para os agricultores como utilizar o produto", lembra Barbosa. Atualmente, a Novozymes conta com uma equipe composta por um engenheiro agrônomo, um sociólogo e um pedagogo, que ensinam os agricultores a usar a biomassa e fazem um acompanhamento da produção, ao mesmo tempo em que promovem a educação ambiental das pessoas atendidas pelo programa. "Para o próximo ano, estamos elaborando uma ação mais abrangente, envolvendo a gestão pública e entidades do terceiro setor", adianta Barbosa. Mensalmente são produzidas 200 toneladas de biomassa, que são doadas para 150 agricultores. "A empresa é diretamente responsável pela forma como administra osseus resíduos sólidos", adverte o diretor-presidente da Novozymes. Para ele, a classificação nos índices de sustentabilidade do Dow Jones mostra que eles estão no caminho certo. "A classificação, lógico, faz diferença. Mas é o caminho natural", diz. "Isso representa ganhos: quem não gosta de fornecer, comprar ou apostar em uma empresa que age de forma a garantir a sustentabilidade de seus negócios? E para quem trabalha aqui, é um orgulho a mais", afirma Barbosa. Para Marcos Pimentel, operador de processos da Novozymes, o reconhecimento da empresa como uma das melhores do mundo em sustentabilidade é mais uma das motivações que ele encontra na empresa. Funcionário da multinacional há 11 anos, Pimentel afirma que a política de responsabilidade social da empresa pode ser sentida no dia-a-dia dos colaboradores. "Temos um ambiente de trabalho ótimo e diversos benefícios como farmácia para os funcionários, cesta básica, plano de carreira", conta. Pimentel elogia também o programa de diversidade da empresa, que aposta na contratação de mulheres em um ambiente operacional composto geralmente por homens. "A diversidade é boa. Com ela a gente deixa de ter uma maneira única de pensar, de ver as coisas", acredita. "Todos são informados sobre os prêmios que a Novozymes recebe. E toda vez que isso acontece eu sei que tenho uma parte nisso. É o meu trabalho que está sendo reconhecido também", finaliza Pimentel. Fonte: http://www.ethos.org.br/docs/conceitos_praticas/banco_praticas/default.htm 5.4.2.3 - COMUNICAÇÃO CENTRALIZADA NA EMPRESA Dado que o gestor da causa, pretende levar o bem a sociedade e promover sua condição premente de existência, este deverá entregar seu setor de comunicação à empresa e atentar-se ao planejamento e desenvolvimento dos processos e tarefas. A empresa passa então encarregar-se de toda comunicação dos projetos, instituição e resultados. Isto se deve ao fato de que são as propagadas e publicidades que trarão novo valor à marca da empresa, e por ser o ponto nevrálgico do programa deverá então ser centralizado. 5.4.2.4 - PLANO ESTRATÉGICO DA INSTITUIÇÃO. Muito recorrente – embora com tendência de reversão - é o fato das instituições que representam causas sociais, não terem projetos de longo prazo definidos dado suas intenções de eternidade. Contudo, esta falta de parametrização longínqua pode levar a perda de eficiência dado aos desvios comuns de quem não tem projeções claramente definidas. Nesse caso, devem-se escolher parceiros com vistas ao seu planejamento estratégico. Ainda, não é de bom tom, que avalie apenas o projeto sem avaliar sua viabilidade econômico-financeiro, caso contrário, até mesmo a empresa entrará num esforço demasiado de captação de recursos que podem desviá-la do seu foco inicial. Para que isso não ocorra sugere-se a criação de um conselho diretor, com presença de ambas as partes, em que saiam as decisões finais. NATURA: EMPRESAS GANHADORAS DO PRÊMIO BALANÇO SOCIAL APRESENTAM SUAS EXPERIÊNCIAS. Extraído: Instituto Ethos – www.ethos.org.br. Ser uma ferramenta capaz de indicar os avanços e desafios na gestão socialmente responsável das empresas para todos os públicos de interesse, sejam funcionários, acionistas, fornecedores, clientes ou comunidade. De acordo com os representantes das empresas vencedoras da primeira edição do Prêmio Balanço Social, este é o principal objetivo do balanço social. Por balanço social entende-se o relatório das atividades de responsabilidade social da empresa. Ele deve ser publicado de forma voluntária e complementar às informações contábeis e tem que expressar as iniciativas de compromisso social e ambiental da companhia. Assim sendo, o Prêmio Balanço Social tem por meta estimular a produção e publicação desses relatórios, reconhecer e homenagear os melhores balanços sociais, além de difundir a sua importância como instrumento de transparência das ações das empresas, de diálogo com a sociedade e de gestão corporativa. Destaque Nacional A Natura Cosméticos, vencedora da categoria Destaque Nacional da primeira edição do Prêmio Balanço Social, começou a publicar o seu balanço social em 2001. Segundo Rodolfo Guttilla, diretor de Assuntos Corporativos da Natura, o prêmio é uma honra e uma prova de que a empresa está no caminho certo. `Foi uma surpresa, já que esta é apenas a segunda vez que publicamos o balanço social`, comemora Guttilla. `Essa premiação é o resultado de uma feliz convergência de entidades comprometidas com o futuro do País`, completa. De acordo com o diretor, a empresa optou por adotar o modelo do Global Report Initiative (GRI), uma coalizão internacional que tem por objetivo estimular a prática da publicação dos balanços sociais nas corporações. A Natura adotou na íntegra este modelo, com seus 96 indicadores. Além disso, a empresa é a única brasileira a fazer parte de um grupo de discussão, o Structured Feedback Group, que reúne 30 empresas de todo o mundo, como a Nike, a Basf e a Vivendi, para discutir e analisar o modelo de balanço social proposto pelo GRI. `Vemos três pontos principais no modelo que publicamos. O primeiro deles é o plano estratégico, que aproxima as políticas das práticas de responsabilidade social da empresa. O segundo é o plano tático, que mostra quais são os nossos resultados e quais são as nossas metas. Funciona como uma bússola. E, por último, há o plano da comunicação com as partes interessadas`, explica Guttilla. Para Guttilla, houve uma evolução no processo de apuração e qualidade dos indicadores apresentados nas duas edições do balanço social. `Essa evolução mostra que a empresa está comprometida em crescer, mas levando em consideração os critérios de sustentabilidade`, acredita. Apresentado em três versões – uma para o público interno, através da Intranet e da Internet; outra distribuída para a comunidade e formadores de opinião, e uma terceira, que é um cd- rom com o documento em inglês e espanhol - o balanço social da Natura visa informar todos os seus públicos sobre as ações de responsabilidade social da empresa. `O que percebemos é que temos aprendido muito com esse processo`, afirma Guttilla. Segundo ele, o próximo passo da Natura é adaptar o seu balanço social de forma a contemplar as informações exigidas pelo mercado financeiro também. Fonte: http://www.ethos.org.br/docs/conceitos_praticas/banco_praticas/default.htm 4.4.2.5 – DOCUMENTAÇÃO. Tão importante quanto os itens acima é a confecção de um contrato. Contudo, dado a subjetividade do projeto tende-se não ter muitas cláusulas contratuais, mas parametrizações claras tais quais: orçamento a ser disponibilizado pela empresa para o parceiro gestor da causa, duração da parceria, gerenciamento do projeto - conselho diretor: nomes, obrigações e responsabilidades, contribuição de cada parte. DUKE ENERGY APOSTA EM CÓDIGO DE ÉTICA PARA PROMOVER A RESPONSABILIDADE SOCIAL NA EMPRESA. Extraído: Instituto Ethos – www.ethos.org.br. No Brasil desde 1999, quando houve a privatização do setor elétrico no País, a Duke Energy aposta na gestão e educação ambiental como ferramentas para garantir a sustentabilidade de seus negócios e o desenvolvimento das comunidades ao redor de suas usinas. Com atuação nas áreas de geração, comercialização, distribuição e transmissão de gás e eletricidade em mais de 50 países, a Duke Energy conta no Brasil com uma capacidade instalada de 2.307 MW, distribuídos por oito usinas hidrelétricas posicionadas ao longo do rio Paranapanema, no Estado de São Paulo. "A Duke Energy tem uma política de responsabilidade social bastante disseminada em todos os seus departamentos", afirma Denise Macedo, gerente-geral de comunicação para a Duke Energy no Cone Sul. Segundo ela, a empresa, que há dois anos integra o Índice de Sustentabilidade do Dow Jones, sabe que valores comotransparência, ética e cidadania empresarial são determinantes no cenário socioeconômico mundial. "O desafio está em buscar o equilíbrio entre os interesses da comunidade, o meio ambiente e o seu próprio negócio", acredita Denise. De acordo com ela, a atuação na Duke Energy no Brasil já surgiu com um compromisso com a responsabilidade social num sentido bastante amplo. "Nos Estados Unidos, por exemplo, há a Fundação Duke Energy, que tem uma característica mais filantrópica, com programas de doação da empresa e dos funcionários às entidades assistenciais", compara. "A política internacional da Duke Energy é a de estar aberta à comunidade onde atua e ajudar na promoção do bem estar social, ambiental e econômico dessas localidades, respeitando sempre a legislação e a cultura próprias de cada região", conta Denise. Meio ambiente Esta é a área principal de atuação da Duke Energy e caracteriza-se pela adoção de quatro linhas principais de atuação: Reparação de perdas, conservação ambiental, administração do uso de bens patrimoniais e desenvolvimento de novas tecnologias. Um exemplo de ações de reparação de perdas é o Projeto de Repovoamento de Peixes. Apesar de ser previsto pela legislação ambiental que regula o setor, a Duke Energy decidiu ir além e firmou parcerias com universidades para identificar quais as melhores espécies para cada região e para garantir que o maior número possível de alevinos sobrevivam quando soltos nos rios. "A legislação obriga a empresa a participar do repovoamento dos rios onde opera. O que temos feito é garantir o sucesso da ação. Com pesquisas desenvolvidas junto às universidades, estamos colocando nos rios mais de um milhão de alevinos este ano", explica Denise. "Assim, aumentamos a eficiência da operação, estendemos o tempo de cativeiro dos alevinos e garantimos que eles cresçam mais e tenham melhores chances de sobreviver", completa. A mesma política é aplicada quando o assunto é reflorestamento. Denise conta que neste assunto a empresa também ultrapassa o que obriga a legislação e colabora no reflorestamento das comunidades ao redor de suas usinas. "Mais uma vez, contamos com as parcerias com as universidades para garantir que esse reflorestamento seja feito de maneira sustentável, promovendo benefícios para todos", diz Denise. Às margens dos reservatórios estão sendo implantados reflorestamentos com espécies nativas da região do Vale do Paranapanema. Esta vegetação contribuirá não só para o aumento da cobertura vegetal da região como para a formação de corredores de fauna. Ainda na questão do reflorestamento, a Duke Energy conta com o programa de Promoção Florestal, através do qual são oferecidas à comunidade ao redor das usinas mudas de plantas para o reflorestamento e distribuída uma cartilha elaborada pela empresa para ajudar os moradores nessa tarefa. "A legislação exige deles também uma participação no reflorestamento de suas propriedades. Com as mudas, a cartilha e, principalmente, com o acompanhamento de técnicos da Duke Energy, estamos garantindo que essas pessoas, em sua maioria pequenos agricultores, cumpram com sucesso e economia o dispositivo legal", explica Denise. Esta ação está sendo implementada há quatro meses e, segundo Denise, a procura e aceitação por parte dos agricultores têm sido excelentes. "Esta iniciativa traz resultados positivos para todos os lados, pois garante o reflorestamento e também a nossa sustentabilidade, já que nosso negócio está diretamente ligado à manutenção das bacias hidrográficas", avalia Denise. Para promover a educação ambiental das comunidades, a Duke Energy desenvolve programas direcionados a estudantes e a população rural, incluindo os produtores rurais e pescadores, cujas rotinas estão diretamente ligadas a aspectos ambientais. Entre eles, está o Ecoteca, uma biblioteca itinerante, montada em uma van, totalmente dedicada aos temas ambientais que percorre o interior do Estado de São Paulo. O roteiro inclui paradas em vários municípios, nos quais a biblioteca móvel instala-se em praças públicas onde fica aberta à população. Nos dias que antecedem a chegada da Ecoteca, os professores das redes de ensino participam de oficinas que abordam técnicas pedagógicas para estimular nos alunos o gosto pela leitura. "Este é um projeto de incentivo à leitura e amor à natureza", comemora Denise. O Ecoteca já beneficiou cerca de 10 mil crianças em 2002. Também com o objetivo de fortalecer o ensino ambiental nas escolas, a Duke Energy desenvolveu o Programa Ambiental Cibacap. Trata-se de uma associação entre a geradora de energia elétrica e o Consórcio Intermunicipal da Bacia de Capivara (Cibacap), que oferecerá, durante cinco anos, cursos para a capacitação de professores da rede pública e particular de ensino das localidades de Alvorada do Sul, Florestópolis, Ibiporã, Jataizinho, Leópolis, Porecatu, Primeiro de Maio, Rancho Grande, Santa Maria, Sertaneja e Sertanóplis. A iniciativa visa aumentar a consciência ambiental das populações das cidades em torno do reservatório de Capivara, que pertence a Duke Energy. O programa também contribui para a viabilização de programas de reflorestamento e repovoamento de rios. Denisa conta que a empresa tem ainda outros programas próprios, ou desenvolvidos em parceria, que reforçam o comprometimento da Duke Energy com a causa ambiental. "Nosso público interno também participa desse esforço em promover uma cultura de respeito ao meio ambiente", afirma. Segundo ela, algumas das ações realizadas pela empresa incluem a Semana do Meio Ambiente, com diversas atividades relacionadas à ecologia, ao incentivo no envolvimento dos funcionários com o tema e à participação de formadores de opinião e representantes do poder público regional e das comunidades das regiões onde a Duke atua; e o Programa de Visitação das Usinas, dirigido a estudantes de escolas públicas e privadas de ensino médio, universidades, entidades ambientais, ONGs e órgãos governamentais. Público interno Denise destaca que a empresa tem como uma de suas regras básicas de atuação a garantia de oportunidades iguais. "As pessoas são reconhecidas por suas qualidades e capacidades", afirma a gerente-geral de comunicação. No último mês, duas importantes ONGs norte-americanas, a Business Women´s Network (BWN) e a Diversity Best Practices (DBP), reconheram a Duke Energy como um exemplo de empresa comprometida com a causa das mulheres e das minorias. A promoção do bem estar físico e social de seus funcionários também é uma constante na empresa. Os funcionários da Duke Energy contam com um programa de educação continuada, que lhes permite frequentar cursos de graduação, pós-graduação e línguas, e outros específicos de cada área. "Não temos em nosso quadro de colaboradores pessoas com formação abaixo do nível técnico", explica Denise. Segundo ela, a empresa promove uma ajuda de custos para os estudos. "Essa ajuda pode ser parcial ou integral, dependendo do valor e da duração dos cursos", diz. Os funcionários da Duke Energy também realizam, uma vez por ano, o Dia do Voluntariado. Comemorada em todas as unidades da empresa, nesta data os funcionários e seus familiares prestam serviços para as comunidades próximas às suas unidades. "Os próprios funcionários escolhem as entidades que receberão ajuda. Eles entram com a mão-de-obra e a Duke com o material", conta Denise. No Brasil, cerca de 250 colaboradores da Duke Energy realizaram uma série de atividades voluntárias em 2002, entre elas, o plantio de árvores e a reforma de entidades sociais. Ética nos negócios Para garantir a transparência de suas relações com seus funcionários, clientes, fornecedores e acionistas, a geradora de energia elétrica conta um Código de Negócios Éticos. Válido em todas as unidades da empresa, esse documento prevê uma série de tópicos que ajudam
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