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ALIENAÇÃO PARENTAL - PSICOLOGIA JURÍDICA

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UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA
Romulo Lopes dos Santos Reis
PSICOLOGIA JÚRIDICA 
ALIENAÇÃO PARENTAL E A ESCALA DE INDICADORES LEGAIS
	
GOIÂNIA – FLAMBOYANT 
2019
Romulo Lopes dos Santos Reis
RA: D874FA-1
1º Periodo de Direito – NOTURNO
Turma: DR1P42
Sala: 107
Bloco: D1
PSICOLOGIA JÚRIDICA 
ALIENAÇÃO PARENTAL E A ESCALA DE INDICADORES LEGAIS
 (
"
Se a criança não receber a devida atenção, em geral, quando adulta, tem dificuldade de amar seus semelhantes,”
Dalai
 Lama
)
GOIÂNIA – FLAMBOYANT
2019
INTRODUÇÃO
	O presente trabalho tem como fins acadêmicos caracterizar a alienação parental e seus indicadores legais, na família, abrangendo os âmbitos jurídicos e psicológicos.
	Baseando-se em pesquisas razoáveis de cunho teórico e prático, levando a uma abordagem sobre possíveis conseqüências psicológicas para a vida da vitima e do alienado.
	Trata-se de uma forma de abuso psicológico contra a criança e ao genitor alienado, proveniente na maioria dos casos, após uma separação conjugal, consistindo em programar a criança ou adolescente a possuir sentimentos de desprezo para com um dos genitores, tais atos podem acarretar severas seqüelas na vida adulta da vítima, de cunho psíquico e comportamental, perpetuando-se através dos anos, sendo minimizada apenas quando a vitima atinge certa independência do guardião legal.
1. Conceito
	Na maioria dos casos a Alienação Parental surge em um ambiente onde há sentimentos de posse e obsessão no genitor que não consegue aceitar o fato da separação conjugal, e usa sua proximidade com o menor para se vingar do outro genitor, promovendo uma campanha de desmoralização do mesmo frente à criança.
	A definição politicamente correta, de acordo com a Lei nº 12.318/2010 é: Alienação Parental é a interferência na formação psicológica da criança por qualquer um que tenha o menor sob sua guarda ou cuidados, isso inclui tios, avós, pais, ou qualquer outra pessoa que tenha proximidade com a criança.
	Trata-se de uma campanha de marginalização onde o guardião legal programa a mente da criança para que repudie e afaste voluntariamente o genitor alienado, essa campanha consiste no ato de negligenciar informações pessoais do filho ao genitor para a desqualificar da conduta do mesmo, visando prejudicar a relação da vítima com o alienado.
2. Efeitos e Características
	Habitualmente a Alienação Parental origina-se do meio familiar, apresentando efeitos catastróficos aos membros da família envolvidos no problema, principalmente a vítima que deveria ser resguardado em situações tão delicadas por tratar-se de um dos objetos em discussão, ligado a reiteração da guarda. Tais efeitos prejudiciais à vítima podem se desenvolver ao longo dos anos, tornando-se mais intensos e estendendo-se por toda a vida ou até que o individuo busque ajuda necessária. 
Traumas psicológicos e psiquiátricos decorrentes da Alienação Parental afetam diretamente o comportamento da vítima, que passa a apresentar distanciamento emocional, isolamento social, sociabilidade ríspida e agressiva quando contrariado, e com a idade pode apresentar vícios e dependência emotivas, bebidas, cigarros, relacionamentos frustrados, e carência excessiva para com os companheiros afetivos e amigos.
	Há também resultados prejudiciais à relação entre a vítima e os genitores, entre esses resultados pode-se ressaltar medo de abandono, sentimento de lealdade deturpada, onde qualquer demonstração de afeto e proximidade com o genitor alienado é visto como perfídia, fazendo assim a criança se distanciar voluntariamente do genitor alienado.
	O alienador usa a vítima, a criança, como arma contra o genitor alienado, um instrumento de vingança e tortura para com o genitor que não possui a guarda da criança, o guardião legal começa a impedir as visitas ao outro genitor, nega informações médicas e escolares, dificulta o contato com a criança até mesmo dos familiares do genitor alienado, tudo para ver o sofrimento do mesmo, tendo tal como compensação pelo próprio sofrimento causado na separação conjugal.
3. Indicadores Legais de acordo com a Lei nº 12.318/2010
· Campanha de desmoralização do genitor frente à criança, com comentários que denigrem a imagem do mesmo.
· Dificultar o pleno exercício dos direitos parentais e desmerecimento da autoridade do genitor para com a criança, incentivando comportamentos de desobediência para com o mesmo.
· Obstruir o contato do genitor com a criança ou adolescente, dificultando as visitas, não permitindo ligações telefônicas, escondendo o filho do genitor alienado, não permitindo que o mesmo vá até a casa da criança para vê-lo.
· Dificultar o exercício da convivência familiar regulamentada judicialmente, promovendo atividades atrativas para criança no dia programado para a visita do outro genitor.
· Negligenciar informações pessoais relevantes da criança ou adolescente, para dificultar a convivência do genitor e do menor.
· Apresentar falsa denúncia contra o genitor ou familiares deste com o intuito de distanciar o menor dos mesmos.
· Mudar de endereço para dificultar a convivência do menor com o outro genitor ou familiares do mesmo.
3.1 Envolvidos
	O Alienador é qualquer pessoa que tem a criança sob sua guarda ou cuidados, podendo ser um dos genitores, avós, tios, irmãos, ou alguém que exerça autoridade sobre a criança ou adolescente durante certo período do dia. Tal indivíduo procura prejudicar a relação de pai e filho, usando a criança como instrumento de vingança para com o outro genitor.
	A Vítima trata-se do objeto em discussão, a criança ou adolescente que sofre interferência direta na sua formação psicológica pelo alienador, sendo usado como instrumento de vingança contra o outro genitor, o que acaba condicionando efeitos prejudiciais à integridade psicológica da criança.
	O Alienado trata-se do genitor que não possui a criança sob sua guarda e cuidados constantes, a quem os ataques do alienador são direcionados, tendo sua relação com a criança prejudicada.
CONCLUSÃO
	Os danos causados pela Alienação Parental na criança interferem diretamente em seu desenvolvimento comportamental e emocional, menor cresce inseguro, deprimido, isolado, amedrontado, com crises de lealdade, o que pode acarretar severos transtornos a sua vida adulta. 
	O tema atingiu sua relevância com o intuito de proteger direitos familiares e a integridade psicológica da criança, protegendo também os direitos parentais do alienado e vítima, os indicadores legais da Lei nº 12.318/2010 vieram a assegurar judicialmente tais direitos, visando ressarcir ou antecipar qualquer mal que possa chegar a um menor durante ou após a separação conjugal permitindo o ambiente de convívio familiar adequado para o desenvolvimento do menor e sua relação com os genitores, tanto em um cenário onde a guarda seja compartilhada, quanto no cenário em que a guarda seja comum.

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