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Procinéticos e Antieméticos - Gastro

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EMANUELA HANNOFF PILON – MEDICINA 202 - FARMACOLOGIA 1 
 
Procinéticos e Antieméticos
Sistema Nervoso Entérico 
- O sistema nervoso próprio do trato gastrointestinal. 
- Está presente do esôfago ao ânus. 
- É composto por dois plexos controladores: 
 - Plexo mioentérico (Auerbach) 
 - Plexo submucoso (Meissner) 
Plexo mioentérico (Auerbach) 
- Plexo disposto entre as camadas musculares 
longitudinais e circular. 
- Controla os movimentos gastrointestinais 
(musculatura). 
Plexo submucoso (Meissner) 
- Plexo interno, localizado na submucosa. 
- Controla as secreções gastrointestinais e o fluxo 
sanguíneo local, para que haja retirada dos 
nutrientes. 
NT secretados por neurônios entéricos 
 Acetilcolina 
 Noraepinefrina 
 Trifosfato de adenosina 
 Serotonina 
 Dopamina 
 Colecistocinina 
 Substância P 
 Peptídeo vasoativo intestinal 
 Somastotatina 
 Outros 
Tipos funcionais de movimentos no TGI 
- Movimentos propulsivos (peristalse) 
- Movimentos mistura (quimo) 
Movimentos peristálticos 
- É uma propriedade inerente, a muitos tubos de 
músculos lisos, a estimulação em qualquer ponto do 
intestino pode fazer com que um anel contrátil 
surja na musculatura, e este anel então percorre o 
intestino. 
- Faz todo o percurso do intestino, chegando ao 
ânus. 
- O estímulo usual da peristalse é a distensão do 
TGI 
Agentes Procinéticos 
- Medicações que estimulam a motilidade GI 
coordenada e trânsito de materiais no TGI. 
- Algo que está a favor e induz movimento 
(peristalse). 
- Se ele aumenta cinesia, aumenta velocidade com 
que o alimento passa pelo tubo digestivo. Essa é 
uma das preocupações com esse agente 
procinético. 
REGULAÇÃO DA PERISTALSE 
- Embora Acetilcolina seja o principal mediador da 
contratilidade muscular, a maioria dos procinéticos 
atua acima desse ponto, ou seja, vão agir no plexo. 
- Dopamina possui receptor D1 (excitação na 
célula) e D2 (ação inibitória) 
- O tubo digestivo tem alta concentração de D2, 
então se a dopamina se liga, ela inibe a liberação de 
acetilcolina, diminuindo movimento de peristalse. 
- Um fármaco antagonista dopaminérgico bloqueia 
a dopamina, liberando o D2, liberando acetilcolina, 
ocorrendo o peristaltismo novamente. 
- Serotonina tem receptor 5-HT3 (ação inibitória) e 
5-HT4 (ação excitatória). 
- No receptor 5-HT3 usa-se o fármaco antagonista 
5-HT3, para inibir serotonina e voltar a peristalse. 
- No receptor 5-HT4 usa-se fármaco agonista 5-
HT4, para estimular a peristalse. 
 
Agentes colinérgicos: derivados da colina. Seus 
efeitos no músculo liso são mediados 
- Não muito usados, pois não há fármaco colinérgico 
que vai ser seletivo apenas para o tubo digestivo. 
- Busca-se um controle sempre acima. 
EMANUELA HANNOFF PILON – MEDICINA 202 - FARMACOLOGIA 2 
 
Motilina: macrolídeos e eritromicina 
- Encontrado nas enterocromafins do int delgado e 
células M gastrointestinais. 
- Ajuda na motilidade também 
- Os macrolídeos – azitromicina, eritromicina, 
claritromicina – tem como efeito colateral o aumento 
da liberação da Motilina, causando muita peristalse 
e dor em cólica. 
- Porém, doses baixas desse medicamento podem 
manter a funcionabilidade do tubo digestivo. 
Náusea 
- Pode proceder o vômito, mas nem sempre. 
- Durante o estado nauseoso, o pcte tem fenômeno 
vasomotores: palidez cutânea, sudorese, 
hipotensão e taquicardia. 
Vômito 
- Expulsão reflexa e forçada do conteúdo gástrico 
pela boca (anti-peristáltico) 
- O centro do vômito fica no tronco encefálico, na 
formação reticular medular lateral e coordenada o 
ato complexo do vômito, através de interações com 
nervos cranianos 8 e 10 as redes do trato solitário, 
da salivação e vasomotor 
Fontes de influxos aferentes para o centro do 
vômito 
- Zona de gatilho quimiorreceptora IV ventrículo, 
fora da barreria hematoencefálica é rica em 
receptores: dopaminérgicos D2, serotoninérgicos 5-
HT3, receptores opióides. 
- O sistema vestibular é importante na cinetose 
através do nervo craniano VIII. Rico em receptores 
muscarínicos e histamínicos H1. Tanto acetilcolina, 
quanto histamina. 
- Irritação da faringe, nervo vago, provoca resposta 
a ânsia proeminente. 
- As aferentes vagais entéricos na mucosa ricos em 
receptores 5-HT3. 
- SNC tem papel importante no vômito em distúrbios 
psiquiátricos, estresse e antecipação de vômito 
antes de quimioterapia. 
 
1. Antagonistas 5-HT3 (Ondansetrona - Vonau) 
- Farmacocinética e farmacodinâmica: possui ação 
antiemética através do bloqueio dos receptores 5-
HT3 periféricos nos aferentes vagais intestinais 
- Meia-vida de 4-9h (8/8h) 
- Via endovenosa e VO (pode ser engolido ou 
sublingual) 
- Eliminação através de excreção renal e biliar 
- Metabolização hepática 
- Bloqueio dos receptores 5-HT3 centrais, na zona 
de gatilho. Pode aumentar a pressão do SNC. 
- Efeitos colaterais: constipação, diarréia, cefaleia, 
tontura. Liberado para >1a. 
2. Fenotiazinas (Prometazina/Fenergan) e 
butirofenonas (Droperidol) 
- Os agentes psicóticos podem ser utilizados por 
propriedades antieméticas, embora não se use 
muito na clínica. 
- Mediados através da inibição dos receptores 
dopamínicos e muscarínicos. As propriedades 
sedativas devem-se à atividade anti-histamínica. 
3. Benzamidas 
- Desenvolvidas para serem antipsicóticos, mas não 
deu certo. 
3.1 - Procainamida (metoclopramida – Plasil e 
bromoprida) 
- Metoclopramida: a ação resulta do antagonismo de 
D2, agonista 5-HT4 e antagonismo 5-HT3. 
Efeitos: aumenta o esfíncter esofágico 
inferior, estimulando as contrações do antro gástrico 
e do int delgado, não tem efeitos clinicamente 
significativos na motilidade do int grosso. 
 
EMANUELA HANNOFF PILON – MEDICINA 202 - FARMACOLOGIA 3 
 
3.2 – Trimetobenzamida (domperidona/Motilium) 
- Antagonista da dopamina com penetração na 
barreira hematoencefálica lenta. 
- As outras benzamidas penetram no SNC, a 
domperidona não. Por isso, pode ser usada em 
prematuros. 
- Efeitos colaterais das benzamidas: 
 Hiperprolactinemia: usado para mãe que 
reclamam da diminuição do leite 
 Galactorréia 
 Reações extrapiramidais (Disartria, perda de 
equilíbrio, rigidez muscular). Visto em metro 
e bromo 
 Agitação 
4. Anti-histamínicos 
- Difenidramina (dimenidranato – Dramin) e 
Ciclizina ( 
- Bloqueiam os receptores H1 impedindo a ativação 
do centro de vômito por impulsos aferentes gerados 
em diferentes locais do organismo. 
- São utilizados para evitar ou coibir estados 
nauseosos e/ou vômitos desencadeados pela 
cinetose e labirintopatia. 
- Efeitos colaterais: sonolência, boca seca, cefaléia, 
excitação paradoxal 
Dramin B6: medicamento de escolha para labirintite. 
Não tem relação com o sono. 
5. Anticolinérgicos (Hidrobrometo de hioscina: 
Escopolamina - Buscopan) 
- Inibem ação muscarínicas da acetilcolina na região 
do centro do vômito. 
- Também causam hipomotilidade do tubo digestivo. 
- Não se deve usar para diarreias infecciosas, pois 
a hipomotilidade pode invadir os vasos sanguíneos 
e causar uma inflamação difusa. 
- Efeitos colaterais: diminuição da salivação e 
sudorese, diminuição das secreções brônquicas, 
dilatação pupilar, taquicardia, retenção urinária e 
prisão de ventre. 
6. Outros antieméticos 
6.1 - Benzodiazepínicos e antidepressivos 
tricíclicos 
6.2 - Corticoides: dexametasona e 
metilprednisolona. Bons para pctes com tratamento 
com quimioterapia. 
 
Exercício: 
Numa bariátrica, se tiver ânsia ou vômito, podem 
romper as suturas. Por isso, se quer diminuir as 
situações em que ele possa vir a romper. 
- Ondansetrona, Metoclopramida, dimenidranato) - 
Antiemético – contra vômito

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