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ATIVIDADE - ESTUDOS SOBRE A HISTERIA (1893-1895)

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13
BRUNA SILVA DE OLIVEIRA
	
A HISTÓRIA DO MOVIMENTO PSICANALÍTICO A PARTIR DO CASO CLÍNICO DE BERTHA PAPPENHEIM
Campo Mourão
2021
BRUNA SILVA DE OLIVEIRA
A HISTÓRIA DO MOVIMENTO PSICANALÍTICO A PARTIR DO CASO CLÍNICO DE BERTHA PAPPENHEIM
Trabalho apresentado à disciplina de Teorias e Técnicas Psicoterápicas: Psicanálise do Curso de Psicologia do Centro Universitário Integrado de Campo Mourão, apresentado como requisito parcial para obtenção de aprovação na disciplina.
Orientadora: Prof.ª Ma. Jenniffer Lucas.
Campo Mourão
2021
“Nunca tenha certeza de nada, porque a sabedoria começa com a dúvida” 
Sigmund Freud
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................5 
1.1OBJETIVO DO TRABALHO....................................................................................5
1.2 JUSTIFICATIVAS...................................................................................................5
1.3 ABORDAGEM TEÓRICA.......................................................................................6
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................................8
3 CASO CLÍNICO DE BERTHA PAPPENHEIM (ANNA O.)........................................9
3 ANÁLISES E DISCUSSÕES...................................................................................11 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................12 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................13
1 INTRODUÇÃO
A psicanálise é um procedimento de investigação de processos psíquicos que de outro modo seriam dificilmente acessíveis; É o nome dado ao método de tratamento de distúrbios neuróticos, baseado nessa investigação, nome dado a uma série de conhecimentos psicológicos adquiridos dessa forma que, gradualmente passam a constituir uma nova disciplina científica. 
Assim, a Psicanálise é uma teoria porque é formada por um conjunto de conhecimentos sistematizados sobre o funcionamento da vida psíquica, um método de investigação interpretativo, que busca decifrar o significado oculto das formações do inconsciente, é uma prática profissional, denominada análise, que busca auxiliar o sujeito a curar o seu sofrimento psíquico.
"A aceitação de processos psíquicos inconscientes, o reconhecimento da doutrina da resistência e do recalcamento e a consideração da sexualidade e do complexo de Édipo são os conteúdos principais da psicanálise e os fundamentos de sua teoria, e quem não estiver em condições de subscrever todos eles não deve figurar entre os psicanalistas." (FREUD, 1900\2019, p. 72).
Neste trabalho resgataremos o debate entre Breuer e Freud para situar o campo discursivo de onde emerge a proposta do Inconsciente. Almejando destacar qual o foi o legado de Breuer e qual o uso que Freud faz do saber transmitido por seu interlocutor dentro do caso de Anna O.. 
Para desenvolver essas questões, será destacado no texto, o estudo sobre a histeria, os prefácios, a comunicação preliminar e o caso de Anna O. Enfatizaremos, por sua importância, o capítulo dedicado ao caso clínico, destacado com grande importância para o surgimento da hipótese que Freud chama de na primeira tópica o sistema Inconsciente, que parte de que tenhamos apenas a consciência.
Acreditamos que o que empreendemos aqui não se trata de uma investigação de cunho exclusivamente histórico ou epistemológico. Nosso objetivo primeiro é inquirir as condições que possibilitaram e possibilitam a priori psicanalítica. 
1.1 Objetivo do Trabalho
O objetivo deste trabalho é articular o caso de Anna O. com os conceitos psicanalíticos, desde a história do movimento psicanalítico, passando pelo caso de Anna O. e o caminho percorrido ate o conceito das Tópicas do aparelho psíquico. Auxiliando o leitor a uma breve e melhor compreensão deste movimento.
1.2 Justificativas
Este texto é parte integrante de uma investigação em busca do sentido da psicanálise, ou dos sentidos que ela possa apresentar. Busca-se justificar e apreender o sentido originário e fundamental da psicanálise. 
Enfoca-se a compreensão freudiana que a entende inicialmente como uma intencionalidade puramente terapêutica, mostrando-se que, antes de constituir-se como conhecimento, a psicanálise é assumida como ato, isto é, trabalho de tratamento da neurose. "Psicanálise" foi o nome dado por Freud a esse trabalho. 
Percorrendo sobre o surgimento da psicanálise, o caso de Anna O. como ele destrinchou para a teoria, e todos contextos envolvidos a partir dele, um olhar para a psicanálise de frente a sua formulação.
Em conclusão, discute-se o sentido desse trabalho, cujo nome permite circunscrever, a história do movimento psicanalítico a partir da visão com o caso clínico de Bertha Pappenheim. 
1.3 Abordagem Teórica
Tomando como foco os processos misteriosos do inconsciente, ou seja, os atos falhos, sonhos, lapsos, sintomas, entre outros, o termo Psicanálise foi utilizado por Freud para se referir a uma teoria, a um método de investigação e a uma prática profissional. É uma ​teoria porque é formada por um conjunto de conhecimentos sistematizados sobre o funcionamento da vida psíquica; é um ​método de investigação interpretativo, que busca decifrar o significado oculto daquilo que é manifestado por meio de ações e palavras ou pelas produções imaginárias, como sonhos, atos falhos, esquecimentos, sintomas, entre outros, e é também uma ​prática profissional​, uma prática de cuidado denominada análise, que busca auxiliar o sujeito a curar o seu sofrimento psíquico. Atualmente, o exercício da Psicanálise acontece de muitas formas e, apesar de não ser uma abordagem da Psicologia e nem ser uma forma de psicoterapia, pode ser utilizada para embasar as práticas psicológicas em suas diversas modalidades, indo desde a psicoterapia, orientação e aconselhamento psicológico individuais e em trabalhos grupais e em instituições, através da Psicanálise aplicada. Ou seja, é importante não perder de vista que a Psicanálise não está restrita apenas ao setting analítico, sendo uma perspectiva teórica que funciona como um importante instrumento para a análise e compreensão de fenômenos sociais, históricos, culturais e políticos importantes e suas relações com as novas modalidades de sofrimento psíquico, as novas formas de subjetivação. No que se refere a sua clínica, a Psicanálise se diferencia pelas suas especificidades: o diagnóstico psicanalítico, que é estrutural (neurose, psicose e perversão), não se utilizando das classificações nosológicas, como o DSM 5 e\ou a CID 11, utilizadas pelo modelo biomédico. Isso significa que o diagnóstico psicanalítico não visa categorizar e nem rotular o sujeito, pois parte do pressuposto de que o sujeito não se restringe ao sintoma que ele carrega consigo. Além disso, no que se refere às suas técnicas, a famosa “regra de ouro” da Psicanálise é a ​associação livre,​ onde o sujeito é convidado a falar livremente sobre o que o levou a procurar ajuda psicológica. Isso significa que uma técnica importante que o analista utiliza na clínica e a sua ​escuta ativa do discurso do sujeito, buscando compreender o que está por trás da sua queixa, o que está sustentando o seu sintoma. Isso significa que a Psicanálise, diferente de outras abordagens, não fica presa apenas ao que o paciente fala, mas também ao que ele não fala, ao que está por traz de seu discurso, pois se utiliza da técnica da atenção flutuante, que nada mais é do que procurar escutar para além da demanda manifesta do paciente, o que ele verbaliza como sendo o motivo da sua busca por ajuda psicológica, procurando escutar principalmente a demanda latente, aquilo que o paciente não fala explicitamente, seja por desconhecimento, seja por não o querer falar. Também se utiliza do manejo da transferência,​ que nada maisé do que esses aspectos afetivos do paciente em relação ao analista, que podem ir desde uma identificação positiva, como amor, até uma identificação negativa, como hostilidade e do manejo da contra transferência, que se refere aos afetos do próprio analista em relação ao paciente, não devendo deixar que eles venham a atrapalhar no andamento do tratamento. Além disso, o analista se utiliza da ​interpretação​, onde o analista faz uma intervenção no intuito de auxiliar o paciente a compreender os processos inconscientes por trás do seu discurso e então compreendê-los, como também a ​interpretação dos sonhos​, considerados a via régia de acesso ao inconsciente e a ​escansão​, mais conhecida como “​corte lacaniano",em que o analista faz uma interrupção em uma determinada fala do paciente e solicita que ele pense um pouco mais sobre o que acabou de dizer e que fale na próxima sessão, sendo seu intuito principal fazer o paciente se atentar para o seu próprio discurso e, consequentemente, se escutar, daí o famoso aforismo lacaniano: “O paciente sente angústia não por ter que falar na terapia, mas por ter que escutar o que disse” (LACAN, 1998). Finalmente, é importante destacar que outros psicanalistas deram continuidade ao pensamento de Freud, fazendo uma releitura de seus pressupostos e acrescentando novas ideias, caracterizando várias escolas de Psicanálise. Dentre as quais destacamos o psicanalista Jacques Lacan, que ampliou, tanto do ponto de vista teórico quanto prático a prática psicanalítica na atualidade, levando-a para além do consultório e adentrando nas diferentes instituições sociais e de saúde. Portanto, partindo do posicionamento de que o inconsciente vai muito além do “não consciente”, pois se refere a pensamentos que são estruturados como linguagem que deve ser decifrada, a Psicanálise continua se empenhando em levar o sujeito a reconhecer o seu próprio saber inconsciente acerca do que o atinge.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A Psicanálise é uma perspectiva teórica criada por Sigmund Freud na passagem do século XIX para o século XX que alterou radicalmente a forma de pensar a vida psíquica. As teorias científicas surgem influenciadas pelas condições da vida social, nos seus aspectos econômicos, políticos, culturais, etc. Freud ousou colocar os processos misteriosos do psiquismo, suas regiões obscuras como tema de investigação científica, processo de investigação que o levaram a criar a Psicanálise.
“[...] Para mim, este livro tem ainda outro significado subjetivo, que só pude compreendê-lo após terminá-lo. Ele se revelou como parte da minha autoanálise, como minha reação á morte de meu pai, ou seja, ao evento mais significativo, à perda mais pungente da vida de 8um homem [...]” (FREUD, 1900\2019, p. 17).
Segundo Bock, Furtado e Teixeira (2019) compreender a Psicanálise implica inevitavelmente em percorrer o trajeto pessoal de Freud, seu criador, desde a origem dessa ciência e durante grande parte do seu desenvolvimento. Tudo começou quando Freud formou-se em Medicina em Viena, no ano de 1881 e especializou-se em neurologia. Trabalhou por algum tempo em um laboratório de fisiologia e também dava aulas. Porém, devido a dificuldades financeiras, Freud não pôde se dedicar integralmente à vida acadêmica e de pesquisador e então passou a clinicar. Posteriormente, em 1866, Freud retorna para Viena e inicia a sua prática clínica, cujo enfoque era a eliminação de sintomas dos distúrbios nervosos através da SUGESTÃO HIPNÓTICA. Em Viena, Freud vai conhecer uma outra pessoa que foi importante para que ele desse continuidade às suas investigações: Josef Breuer (1842-1925), que era um médico e cientista que também investigou a histeria. Através do método de investigação hipnótica a pessoa era induzida por Freud a um estado alterado da consciência e, nessa condição, ele investigava uma ou mais conexões entre atos e\ou fatos que poderiam ter influenciado no surgimento de um sintoma. Breuer então começou a atender uma paciente que até hoje é muito conhecida por seu nome fictício era: Ana O., hoje sabemos que seu nome é Bertha Pappeheim (1859-1936).
	
3 CASO CLÍNICO DE BERTHA PAPPENHEIM (ANNA O.)
Anna O. era uma mulher de 21 anos que adoeceu enquanto cuidava de seu pai, que depois morreu vítima de um abscesso tubercular. Em julho de 1880, seu pai ficou doente. Embora a família pudesse pagar por uma enfermeira, a tradição ditava que as responsabilidades da enfermagem fossem divididas entre a esposa e a filha. Então, a esposa Recha, ficava com o doente durante o dia, enquanto Anna O., ficava de plantão com o pai à noite.
Em 1885, quando Freud recebeu uma bolsa para passar vários meses na clínica de Charcot, Freud lidou principalmente com a histeria em mulheres e tentou fundamentar cientificamente sua intuição de que a causa da histeria era uma disfunção sexual psicologicamente determinada.
Desse modo, não era tanto uma doença quanto um sintoma. E com o tempo, a intuição de Freud resultou em uma teoria que vincula a histeria principalmente a conflitos não resolvidos da primeira infância, principalmente com base na fantasia ou em experiências incestuosas.
A certa altura, Breuer se tornou a única pessoa que Anna O. ainda reconhecia, ele a acompanhava principalmente como ouvinte. Enquanto isso a teoria da psicanálise ainda não existia, e seu método estava apenas sendo testado pelo paciente e pelo médico experimental. O meio de alcançar os paranormais inconscientes nesta fase da história da psicanálise era a hipnose.
Anna O. foi naturalmente hipnotizada, na segunda metade do dia, sua consciência perdeu a intensidade, até que finalmente se diluiu tanto que Anna O. caiu em uma espécie de transe que chamou de “nuvens”. Nesse estado semi-inconsciente, descobrindo a origem de seus sintomas. A situação era urgente à medida que o paciente gradualmente parava de falar.
Breuer intuitivamente adivinhou que Anna O. estava, portanto, se defendendo de dizer algo essencial, e insistiu que ela superasse sua resistência. Como resultado desses esforços, a fala voltou, mas na língua inglesa. Mais tarde, Berta também usou o francês e o italiano alternadamente, muitas vezes fazendo traduções rápidas e simultâneas de suas declarações para duas ou três línguas estrangeiras simultaneamente.
O pai de Anna O. morreu em abril de 1881, o que piorou temporariamente seu estado. Mais tarde, a doença de Anna se alternou com estados normais, mas um conjunto de sintomas persistiu até por volta de dezembro de 1881. Os principais sintomas de que Ana O. se queixava eram: paralisia com contratura muscular, inibições e dificuldades de pensamento. Tais sintomas tinham surgido na época em que ela cuidava de seu pai enfermo. No período em que cumprira essa tarefa, ela havia tido pensamentos e afetos que se referiam a um desejo de que o pai morresse. Essas ideias e sentimentos foram reprimidos e substituídos pelos sintomas. Em seu estado de vigília, Ana O. era incapaz de indicar a origem de seus sintomas, mas, sob efeito da hipnose, relatava a origem de cada um deles, que estavam ligados a vivências anteriores da paciente, relacionadas com o episódio da doença do pai. A rememoração dessas cenas e vivências fazia com que aos poucos os sintomas fossem desaparecendo, pois havia a liberação das reações emotivas associadas ao evento traumático, a doença do pai e o desejo inconsciente de sua morte. 
Em um de seus últimos momentos com Dr. Breuer contorcendo-se de dor, Anna O. exclamou: “o bebê do Dr. Breuer está chegando ao mundo!”. Tal declaração foi percebida como um escândalo moral e amedrontou Breuer a tal ponto que ele imediatamente parou de visitar a família de Anna O., passando a paciente problemática para um amigo. Freud desaprovou a decisão de Breuer, que ele acreditava ter desertado em um momento crucial.
Mais tarde, Anna O. recebeu tratamento em muitos sanatórios, até que em 1888, seis anos após a rendição de Breuer, ela e sua mãe se mudaram definitivamente para Frankfurt. Ela estava então com 29 anos.
Frankfurt foi uma nova etapa em sua vida. Ela começoupublicando seus contos de fadas e contos sobre o pseudônimo de Paul Berthold, e mais tarde também artigos e uma peça sobre a situação social da mulher. Em 1899, como Paul Berthold, ela traduziu para o alemão a “Vindicação dos Direitos das Mulheres” de Mary Wollstonecraft. Incentivada a fazê-lo pelos parentes de sua mãe, ela viveu com os assuntos da comunidade judaica de Frankfurt, enquanto se envolvia cada vez mais nas atividades do movimento de mulheres alemãs.
No início de 1917, ela se tornou uma importante ativista no centro do bem-estar social judaico na Alemanha e dedicou grande parte de sua riqueza pessoal ao trabalho social.
Berta morreu em 28 de maio de 1936 em Frankfurt. A casa que ela fundou em Neu Isenburg foi fechada pelos nazistas em 1942 e todas as mulheres que ainda estavam lá foram deportadas para Auschwitz.
3 ANÁLISES E DISCUSSÕES
A partir do caso de Anna O, sendo então o início a associação livre, que até hoje é utilizada pelos psicanalistas e psicólogos praticantes de Psicanálise. Consiste em solicitar que o paciente fale tudo o que lhe vier a mente.
“[...] Você ficará tentado a dizer a si próprio: isto ou aquilo não vem ao caso, ou é absolutamente sem importância, ou não faz sentido e por isso não precisa ser dito. Nunca ceda e essa crítica, diga-o mesmo assim, justamente porque você sente uma rejeição diante disso. A razão dessa prescrição – na verdade, a única que você deverá seguir – você conhecerá mais tarde e aprenderá a entendê-la. Portanto, diga tudo o que lhe passa pela mente”. (FREUD, 1913\2019, p. 136.)
Juntamente Freud utilizou a analogia para explicar o inconsciente, que este seria como um guardião ou censor bloqueando a passagem entre o pré-consciente e o inconsciente e impedindo que lembranças indesejáveis, que produzem angústia e ansiedade, entrem na consciência. Para poder entrar no nível consciente da mente, essas imagens inconscientes primeiro devem ser suficientemente disfarçadas para escapar do censor primário e então fugir de um censor final, que vigia a passagem entre o pré-consciente e o consciente.
Na maioria das vezes, tais imagens possuem fortes temais sexuais ou agressivos, porque os comportamentos sexuais e agressivos infantis costumam ser punidos ou suprimidos. Diante de sentimentos que nos deixam ansiosos e angustiados, temos uma tendência a reprimir, deslocando tais experiências indesejadas, que causam algum tipo de sofrimento, para o inconsciente. 
Freud percebeu, à medida que a sua clínica avançou, que o inconsciente se manifesta o tempo todo e que, por isso, ele não está nas profundezas, mas sim na superfície, referindo aqui o famoso modelo iceberg. Relação da primeira tópica de Freud, consciente, pré-consciente e inconsciente, a ponta do iceberg, a pequena parte que fica à mostra seria a consciência e a maior parte, que estaria nas profundezas, representaria o inconsciente.
Dessa forma, foi justamente diante da impossibilidade de dividir com clareza os conteúdos do consciente e inconsciente que Freud elaborou a segunda tópica (Id, Eu e Supereu). A segunda tópica não tem mais um perfil descritivo, mas busca compreender como essas instâncias estão vinculadas umas com as outras.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante dos percussores de Freud, surge a hipótese do inconsciente, partindo o determinismo psíquico, onde todos os fenômenos da natureza estão ligados entre si por rígidas relações, na mente nada acontece por acaso, os eventos psíquicos estão todos relacionados com outros que o procedem, alguns aparentemente acidentais, não existindo descontinuidade na vida mental.Todo essa consideração foi dada a partir do caso de Ana O., sendo peça fundamental nesse Determinismo para a psicanálise. 
Freud explica a partir dos sonhos de Anna O., a interpretação dos sonhos, e estabelece essa como teoria, a fim de compreender e etiologia e a persistência dos fenômeno neuróticos. Dividindo o aparelho psíquico em três sistemas psiquicos, chamados de consciente, pré-consciente e inconsciente. Caracterizado por ser a primeira tópica.
Freud num segundo momento decidi reformular a primeira tópica, para além do principio do prazer, e esta é divida em 3 instancias, chamadas de ID, EGO, SUPEREGO. A contradição estava em localizar a censura no pré-consciente, pois trata de uma força que funciona inconsciente.
Todo trabalho percorrido por Freud para dar sentido no Determinismo, como dito, partiu dos sintomas e queixas de Anna, fazendo que Freud percebesse o real caminho para a teoria imposta, e este trabalho destacou esta importância no trabalho de Freud. Sendo assim podemos concluir entendendo o caminho percorrido para as teorias impostas por ele.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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FREUD, S. Observações psicanalíticas sobre um caso de paranoia relatado em autobiografia [“o Caso Schreber”] (1911-1913). São Paulo: Companhia das Letras, 2010. Obras Completas, volume 10. 
FREUD, S. Psicanálise e Teoria da Libido. 1923. In: FREUD, S. Psicologia das massas e análise do eu e outros textos (1920-1923). São Paulo: Companhia das Letras, 2011. Obras Completas, volume 15. 
FREUD, S. O Eu e o id, “autobiografia” e outros textos (1923-1925). São Paulo: Companhia das Letras, 2011. Obras Completas, volume 16. 
FREUD, S.; BREUER, J. Estudos sobre a histeria (1893-1895). São Paulo: Companhia das Letras, 2016. Obras Completas, volume 02. 
FREUD, S. A Interpretação dos sonhos (1900). São Paulo: Companhia das Letras, 2019. Obras Completas, volume 04. 
FREUD, S. Fundamentos da clínica psicanalítica. 2ª ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2019. Obras Incompletas, volume 6. 
GUERRA, A. M. C.; MOREIRA, J. O. (Orgs.). A Psicanálise nas instituições públicas: saúde mental, assistência e defesa social. Curitiba: Editora CRV, 2010. 
ROUDINESCO, E.; PLON, M. Dicionário de psicanálise. Rio de Janeiro: Zahar, 1998.
CLONINGER, S. Teorias da personalidade. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
 FEIST, J.; FEIST, G. J.; ROBERTS, T. Teorias da personalidade. 8ª ed. Porto Alegre: AMGH, 2015. 
FRIEDMAN, H. S.; SCHUSTACK, M. W. Teorias da personalidade: da teoria clássica à pesquisa moderna. 2ª ed. São Paulo: Prentice Hall, 2004. 
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