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MERCADO DE CAPITAIS

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Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MERCADO FINANCEIRO E DE CAPITAIS 
 
 
 
 
 
 
 
Me. MOISÉS BRASIL COSER 
 
 
 
 
 
Copyright © 2008, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
2 
Módulo: Mercado Financeiro e de Capitais 
Autoria: Me. Moisés Brasil Coser 
 
Primeira edição: 2009 
 
 
CITAÇÃO DE MARCAS NOTÓRIAS 
 
Várias marcas registradas são citadas no conteúdo deste Módulo. Mais do que simplesmente listar esses nomes 
e informar quem possui seus direitos de exploração ou ainda imprimir logotipos, o autor declara estar utilizando 
tais nomes apenas para fins editoriais acadêmicos. 
Declara ainda, que sua utilização tem como objetivo, exclusivamente na aplicação didática, beneficiando e 
divulgando a marca do detentor, sem a intenção de infringir as regras básicas de autenticidade de sua utilização 
e direitos autorais. 
E por fim, declara estar utilizando parte de alguns circuitos eletrônicos, os quais foram analisados em pesquisas 
de laboratório e de literaturas já editadas, que se encontram expostas ao comércio livre editorial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Todos os direitos desta edição reservados à 
ESAB – ESCOLA SUPERIOR ABERTA DO BRASIL LTDA 
http://www.esab.edu.br 
Av. Santa Leopoldina, nº 840/07 
Bairro Itaparica – Vila Velha, ES 
CEP: 29102-040 
Copyright © 2008, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
3 
Apresentação 
O Mercado de Capitais é uma forma onde as empresas se capitalizam para investimento em 
novos projetos, pois as mesmas necessitam de novos investimentos para se manter num 
mercado cada vez mais competitivo. Esses projetos vão desde ampliação da produção, 
modernização da empresa, criação de novos produtos, informatização, etc. Para entender 
porque Mercado de Capitais e qual o objetivo, primeiramente tem que se passar pelo campo 
do ambiente empresarial. As empresas necessitam de recursos para novos projetos, 
conforme descrito anterior, esses recursos as empresas obtém através de duas fontes: 
fontes internas e fontes externas. A Fonte Interna seriam os lucros retidos (1), as Fontes 
Externas seriam recursos de terceiro e recurso próprio (2). 1 - Lucro Retido: o nome já diz, 
vem através dos lucros que a própria empresa gera durante os anos, apenas um percentual 
é retido para investimento. 2 – Recursos de Terceiro: as empresas recorrem aos bancos 
(privados ou governamental) para captação desses recursos. E por fim, que é o objeto de 
estudo o recurso próprio, capital social que são as Ações, onde entra o Mercado de Capitais. 
 
Objetivo 
Esse Módulo tem como objetivo trazer de forma sucinta e objetiva, conceitos e práticas sobre 
Mercado de Capitais. Antes de iniciar a matéria propriamente dita, torna-se necessário 
introduzir alguns conceitos sobre Finanças, pois o Mercado de Capitais é um dos Mercados 
no mundo das finanças 
 
 
 
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4 
Ementa 
Introdução ao Mercado Financeiro, ambiente operacional das empresas, os Mercados 
existentes, taxas de júris e retorno requeridos, Introdução ao Mercado de Capitais, Risco e 
retorno, teoria da segmentação de mercados, como negociar ações e montar carteira de 
investimento. 
 
Sobre o Autor 
Moisés Brasil Coser, 38 anos, Economista, Professor universitário, pós-graduado em 
Controladoria Empresarial, Mestre em Controladoria e Finanças pela FUCAPE - Fundação 
Instituto Capixaba de Pesquisas em Contabilidade, Economia e Finanças do Espírito Santo 
 
 
 
 
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5 
SUMÁRIO 
UNIDADE 1 ....................................................................................................... 8 
Apresentação .................................................................................................. 8 
UNIDADE 2 ........................................................................................................ 9 
1 – Finanças como área de estudo .................................................................. 9 
UNIDADE 3 ...................................................................................................... 11 
1 - Formas Básicas de Organização Empresarial .......................................... 11 
UNIDADE 4 ...................................................................................................... 14 
1 - Principais Integrantes das S/A .................................................................. 14 
UNIDADE 5 ...................................................................................................... 19 
1 - A Função da Administração Financeira .................................................... 19 
UNIDADE 6 ...................................................................................................... 25 
1 - Objetivo do Administrador Financeiro ....................................................... 25 
UNIDADE 7 ...................................................................................................... 30 
1 - O Ambiente Operacional da Empresa ...................................................... 30 
UNIDADE 8 ...................................................................................................... 36 
1 – Mercados Financeiros............................................................................. 36 
UNIDADE 9 ...................................................................................................... 39 
Mercado Secundário ...................................................................................... 39 
UNIDADE 10 .................................................................................................... 42 
1 - Mercado de Capitais - Resumo ................................................................ 42 
UNIDADE 11 .................................................................................................... 47 
1 - Taxa de Juros e Retornos Requeridos ..................................................... 47 
UNIDADE 12 .................................................................................................... 52 
3 - Taxa de Juros e Retornos Requeridos ..................................................... 52 
UNIDADE 13 .................................................................................................... 55 
 
 
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6 
1 - Hipótese das Expectativas ....................................................................... 55 
UNIDADE 14 .................................................................................................... 57 
3 - Teoria da preferência pela liquidez ........................................................... 57 
UNIDADE 15 .................................................................................................... 64 
1 - INTRODUÇÃO AO MERCADO DE CAPITAIS ......................................... 64 
UNIDADE 16 .................................................................................................... 68 
1 - Transparência e Respeito ao Acionista .................................................... 68 
UNIDADE 17 .................................................................................................... 70 
1 - Risco e Retorno (Risco de Mercado) ........................................................ 70 
UNIDADE 18 .................................................................................................... 77 
1 - Como se negocia as ações? .................................................................... 77 
UNIDADE 19 .................................................................................................... 84 
3 – Volatilidade histórica e Volatilidade implícita ............................................ 84UNIDADE 20 .................................................................................................... 94 
1 - Como montar uma carteira utilizando a Volatilidade histórica e o Beta ..... 94 
UNIDADE 21 .................................................................................................... 97 
1 - Tomada de Decisão de Investimento ....................................................... 97 
UNIDADE 22 .................................................................................................. 103 
1 - Dicas para montar sua Carteira .............................................................. 103 
UNIDADE 23 .................................................................................................. 106 
Introdução ................................................................................................... 106 
UNIDADE 24 .................................................................................................. 110 
2.3. Risco do Mercado ................................................................................. 110 
UNIDADE 25 .................................................................................................. 112 
METODOLOGIA DA PESQUISA ................................................................. 112 
UNIDADE 26 .................................................................................................. 118 
Seleção das Amostras e Tratamento dos Dados ......................................... 118 
UNIDADE 27 .................................................................................................. 122 
 
 
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7 
ANÁLISE DOS RESULTADOS .................................................................... 122 
UNIDADE 28 .................................................................................................. 127 
4.3. Resultado Utilizando-se “Models for Panel Data” .................................. 127 
UNIDADE 29 .................................................................................................. 135 
5. CONCLUSÕES E SUGESTÕES ............................................................. 135 
UNIDADE 30 .................................................................................................. 138 
GLOSSÁRIO .................................................................................................. 139 
BIBLIOGRAFIA .............................................................................................. 140 
 
 
 
 
 
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8 
UNIDADE 1 
Objetivo: Essa unidade terá como objetivo apenas a apresentação, o aluno irá compreender 
como será estudado este Módulo e sua importância. 
Apresentação 
Essa apostila tem como objetivo trazer de forma sucinta e objetiva, conceitos e práticas 
sobre Mercado de Capitais. Antes de iniciar a matéria propriamente dita, torna-se necessário 
introduzir alguns conceitos sobre a área Finanças, pois o Mercado de Capitais é apenas um 
dos Mercados do mundo das finanças. O Mercado de Capitais é uma forma onde as 
empresas se capitalizam para investimento em novos projetos, pois as mesmas necessitam 
de novos investimentos para se manter num Mercado cada vez mais competitivo. Esses 
projetos vão desde ampliação da produção, modernização da empresa, criação de novos 
produtos, informatização, etc. Para se entender porque Mercado de Capitais e qual o 
objetivo, primeiramente tem que se passar pelo campo do ambiente empresarial. As 
empresas necessitam de recursos para novos projetos, conforme descrito anterior, esses 
recursos as empresas obtém através de duas fontes: as internas e as externas. A Fonte 
Interna seria a somatória dos lucros retidos (1), as Fontes Externas seriam recursos de 
terceiro e recursos próprios (2). 1 - Lucro Retido: o nome já diz, vem através dos lucros que a 
própria empresa gera durante os anos, apenas um percentual é retido para investimento. 2 –
Recursos de Terceiro: as empresas recorrem aos bancos (privados ou governamentais) para 
captação desses recursos. E por fim, que é o objeto de estudo deste módulo o recurso 
próprio, capital social que são as Ações, onde entra o Mercado de Capitais. Por isso não se 
pode imaginar um mundo sem o sistema financeiro. Observe o seguinte roteiro: sobre o 
Mercado financeiro, o ambiente empresarial (também chamado de ambiente operacional) e 
Mercado de Capitais. Dentro deste item, que será o nosso foco principal, o Módulo abordará 
a parte teórica e prática (como montar sua carteira de investimento) e por fim, a compra e 
venda de ações - utilizando simulador via internet. 
 
 
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9 
UNIDADE 2 
Objetivo: Introduzir conceitos sobre Finanças, 
1 – Finanças como área de estudo 
 
Não é possível iniciar o assunto de Mercado de Capitais sem antes dar alguns conceitos 
básicos de Finanças 
O que é Finanças - A arte e a ciência de administrar fundos. 
Todos os indivíduos e organizações obtêm receitas ou levantam fundos (gastam ou 
investem). 
Finanças – Ocupa-se do processo das instituições, mercados e instrumentos envolvidos na 
transferência de fundos entre pessoas, empresas e Governo. 
 
2 - Principais Áreas e Oportunidades em Finanças: 
 Serviços Financeiros – Área da finanças voltada à concepção e à prestação de assessoria, 
tanto quanto entrega de produtos financeiros, a indivíduos, empresas ou Governo. 
Ex.: Analista de créditos, consultores financeiros, corretores de títulos e seguros. 
• Administração Financeira – Administram atividades financeiras de todos os tipos de 
empresas, financeiras ou não financeiras, privadas ou públicas, desempenham 
diferentes papéis, orçamentos, previsões financeiras, administração do caixa, do 
crédito e captação de fundos. 
 
 
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10 
Ex.: Analista financeiro, gerente de orçamento, de caixa e administrador de fundos de 
pensão. 
 
3 - O Estudo da Administração Financeira 
• Conceitos teóricos; 
• Técnicas utilizadas; 
• Práticas. 
O enfoque do estudo será dirigido a empresas com fins lucrativos. 
• Os princípios apresentados são igualmente aplicáveis as organizações públicas e sem 
fins lucrativos. 
• Podem ser aplicadas também nas finanças pessoais. 
 
 
 
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11 
UNIDADE 3 
Objetivo: Entender como se organiza uma empresa e as principais formas existentes no 
Brasil. 
1 - Formas Básicas de Organização Empresarial 
 
• Firma Individual; 
• Sociedade de Pessoas; 
• Sociedade Anônima. 
 
Firma Individual – Empresa de propriedade de uma única pessoa que opera visando o seu 
próprio lucro. Ex.: Atacadista, varejistas, serviços e construção civil. 
A empresa individual não se reveste de personalidade jurídica. O seu titular atua em seu 
nome e por sua conta e risco. Seus bens particulares respondem pelas obrigações 
contraídas, inexistindo separação de patrimônio. 
Não há distinção entre a pessoa física e a jurídica, pelo simples motivo de estarem 
acompanhadas de CPF e CNPJ, respectivamente. O patrimônio é comum a ambas as 
figuras. Tratando-se de firma individual, o patrimônio confunde-se com o da pessoa natural. 
Não ocorre distinção posto que o patrimônio serve às duas figuras. A empresa individual não 
tem personalidade jurídica própria e independente da de seu titular, tratando-se de uma 
única pessoa. O titular responde pessoal e automaticamente pelas obrigações decorrentes 
de sua atividade. 
 
 
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12 
A empresa individual é mera ficção jurídica, respondendo seu representante legal, com seus 
bens, por todos os atos praticados. 
A firma individual é equiparada à pessoa jurídica tão somente para fins tributários. Confunde-
se com a pessoa de seu titular, que comseus bens responde integralmente pela execução, 
configurando fraude a alienação feita após sua citação. 
Sendo único o patrimônio, não havendo dissociação da pessoa civil, têm nossos tribunais 
decretado a invalidade de fiança prestada por firma individual sem outorga uxória. 
A firma individual, repita-se, como ficção jurídica, tem a finalidade de habilitar a pessoa física 
a praticar atos de comércio, concedendo-lhe tratamento especial de natureza fiscal. Por isso 
não há bipartição entre a pessoa natural e a firma por ela constituída. Uma e outra fundem-
se, para todos os fins de Direito, em um todo único e indivisível. Uma está compreendida 
pela outra. Logo, quem contratar com uma está contratando com a outra e vice-versa. 
Sociedade de Pessoas - denominada Sociedade Por Quotas de Responsabilidade Limitada, 
que foi regida desde 1919 pelo Decreto 3.708, passou a ser tratada simplesmente de 
Sociedade Limitada pelo Código Civil. Constitui o tipo de sociedade em maior número entre 
as sociedades registradas no País, sem a consideração, neste cálculo, das sociedades civis 
por quotas de responsabilidade limitada, que foram registradas nos Cartórios de Registro 
Civil de Pessoas Jurídicas (art. 1.364 do Código Civil de 1916), o que majoraria ainda mais a 
participação relativa das sociedades limitadas no total de sociedades registradas. 
Verifica-se que, no período de 1985 a 2005, das 9.868.627 empresas com os respectivos 
contratos sociais arquivados nas Juntas Comerciais brasileiras, 4.783.051 são sociedades 
limitadas, no percentual relativo de 48,46%. A se considerar que 50,99% (5.031.614) dos 
arquivamentos são registros de Firmas Individuais, e que 0,06% constitui-se das demais 
empresas e 0,26% de cooperativas, sendo que, inclusive, o percentual destas é superior ao 
das sociedades anônimas (0,23%), demonstra-se a relevância da Sociedade Limitada como 
tipo societário no ordenamento jurídico brasileiro. Assim, 99,45% dos registros nas Juntas 
Comerciais Brasileiras, no período de 1985 a 2005, conforme estatísticas do DNRC – 
Departamento Nacional de Registro de Comércio, são de Firmas Individuais e Sociedades 
 
 
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13 
Limitadas. Destas, bem se sabe, na maioria das vezes, são constituídas por apenas dois 
sócios e que um deles é sócio majoritário com 99% das cotas. 
Sociedade Anônima - É uma forma de constituição de uma empresa, este modelo atribui a 
capital social dividida por ações que podem ser negociadas livremente e não como nas 
demais que o capital social é atribuído a um nome em específico. 
Neste modelo de sociedade, não é necessário uma escritura pública (contrato social) ou 
outro ato oficial, assim esta sociedade de capital, vai prever a obtenção dos lucros e distribuí-
los aos acionistas. 
O modelo de sociedade anônima ainda pode ser subdividida em duas: 
- Companhia aberta onde capta recursos junto ao público; 
- Companhia fechada onde obtém os recursos através dos próprios acionistas. 
As pessoas que adquirem parte destas ações são apenas proprietárias de uma parta ideal da 
empresa e respondem pelas dívidas assumidas pela direção da empresa, este corpo 
executivo é formado através de eleições ou através de indicações dos sócios majoritários, 
mas deve obter uma aprovação majoritária, ou seja, dos detentores de 50,1% das ações da 
empresa. 
A sigla correspondente a uma empresa de sociedade anônima é S.A., SA ou S/A. 
 
 
 
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UNIDADE 4 
Objetivo: Entender a principal hierarquia dentro de uma organização privada, o que o 
investidor enxerga como uma empresa bem administrada e enxuta. 
1 - Principais Integrantes das S/A 
 
• Acionistas; 
• Conselho de Administração; 
• Presidente. 
 
Acionistas - O acionista é todo aquele que detém uma parte do capital da empresa, que é 
representado por suas ações. Os acionistas podem ser divididos em dois grupos: 
• Aqueles que se envolvem na administração da empresa ou no acompanhamento de 
sua rotina, participando de suas assembleias; 
• Aqueles que ficam a distância e enxergam as ações apenas como instrumentos de 
renda ou de especulação no Mercado. 
A condição de acionista lhe confere um complexo de direitos que estão distribuídos em duas 
categorias: os essenciais e os modificáveis. 
Os direitos essenciais são aqueles inerentes à titularidade acionária. Basta ter uma ação 
para estar protegido por esses direitos. Ou seja, nem o estatuto da empresa nem a 
assembleia geral, podem excluir qualquer acionista do seu âmbito de incidência. 
 
 
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15 
Já os direitos modificáveis, ora decorrem da lei, ora do estatuto da empresa. São direitos que 
podem se estender à todos os acionistas ou ter alguma classe de ação excluída. 
A Lei das Sociedades Anônimas enumera todos os direitos essenciais (art.109). Os direitos 
modificáveis são todos os demais. 
Direitos essenciais Exemplos de direitos modificáveis 
 Direito de participar nos lucros 
 Extensão às ações PN do direito a voto em 
circunstâncias específicas 
 Direito de recesso 
Extensão às ações PN do direito de participar do 
prêmio de controle 
 Direito de fiscalização (por intermédio do 
conselho fiscal) 
 
Direito de preferência para subscrição de ações 
em aumentos de capital 
 Participar do acervo/ativos da companhia 
em caso de liquidação 
 Fixação de dividendo superior ao mínimo 
previsto em lei 
 
Conselho de Administração - A perpetuidade da companhia deve ser o grande objetivo de 
seus administradores. Cabe ao conselho de administração - como representante dos 
acionistas - fazer com que a empresa aproveite as oportunidades e cumpra com suas 
obrigações junto aos seus representados, clientes, fornecedores, colaboradores e 
comunidades nas quais atua. Para que o conselho atue de forma eficiente e eficaz, não 
basta seguir o que dizem os legisladores ou os códigos de melhores práticas de governança 
corporativa. É preciso ir além. 
Neste momento, em que as empresas brasileiras realizam suas assembleias anuais de 
acionistas e muitas fazem eleições de integrantes para o conselho de administração, vale a 
 
 
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16 
pena refletir sobre os fatores que levam um conselho a desempenhar plenamente seu 
potencial. 
Comece com uma breve avaliação do conselho de uma empresa. Algumas questões são: 
1) Será que os conselheiros estão conscientes de suas responsabilidades e dos desafios 
da empresa? 
2) Os conselheiros conhecem bem as variáveis-chaves do desempenho da empresa e os 
riscos envolvidos? 
3) O conselho tem dedicado tempo considerável para discutir os objetivos de longo prazo 
da empresa e as estratégias para atingi-los? 
4) O conselho periodicamente revisa a estrutura organizacional, o desempenho dos 
executivos, a política de Recursos Humanos e analisa a necessidade de eventuais 
mudanças para o futuro? 
5) O conselho recebe no momento apropriado as informações para ter certeza que está 
no controle da empresa e dos executivos? 
6) O conselho tem tempo e conhecimento suficientes para analisar e tomar decisões 
difíceis? 
7) Os conselheiros têm independência para tomar decisões? 
 
Se a resposta for negativa para algumas destas perguntas, é melhor pensar em criar um 
novo conselho. 
Definir a função é o primeiro passo para se ter um conselho efetivo. As três principais 
funções do conselho são: monitorar, decidir e aconselhar. O conselho deve monitorar o 
desempenho da empresa e de seus executivos. Infelizmente, a maioria dos conselhos de 
empresas brasileiras gastam boa parte de suas reuniões analisando o desempenho passado, 
ao invés de discutir o futuro. 
 
 
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17 
Os assuntos que envolvem decisões importantes devem vir em primeirolugar na agenda das 
reuniões. O conselho deve tomar as decisões que implicam em planos ou ações de alto 
impacto para a empresa. Ele também deve ter condições de aconselhar o presidente 
executivo (CEO), que ocupa uma posição solitária e precisa do órgão para compartilhar suas 
ideias e solucionar os problemas. 
 Para definir seu papel, os conselheiros devem se perguntar: 
1) o que se pretende atingir? 
2) o que é realista considerando nosso conhecimento e disponibilidade de tempo? 
 3) qual é a nossa proposta de criação de valor para empresa e acionistas? 
Quando o papel está definido, o desafio se torna o desenho e a montagem da estrutura. 
Neste instante, é importante se pensar sobre o tamanho ideal, o "mix" entre conselheiros 
internos e externos, a criação de comitês e a separação de funções entre o presidente do 
conselho (chairman) e o presidente executivo (CEO). A situação da empresa, a 
complexidade de seu setor de atuação, o estilo e a competência do conselho ajudarão a 
definir o grau de dedicação necessária de cada conselheiro e o número de integrantes. 
E, quanto a estrutura, é importante e é a melhor forma de iniciar a montagem de um 
conselho. É fundamental escolher e manter as pessoas certas. No Brasil, já se viveu a fase 
dos "conselhos de compadres", mas ainda tem muitos "conselhos de notáveis", com 
objetivos mais institucionais do que propriamente de criação de valor. No entanto, tem-se 
assistido nos últimos anos uma crescente profissionalização dos conselhos de 
administração, com a presença de executivos independentes que têm um envolvimento 
construtivo e contribuem para a realização dos resultados da empresa. 
O último passo é procurar tirar o máximo proveito do conselho. Para tanto, é importante: 
utilizar o tempo dos conselheiros mais produtivamente; fornecer informações com qualidade 
e no prazo adequado; encorajar o foco nas questões mais importantes; desenvolver 
processos que facilitem o monitoramento; e tirar maior proveito das reuniões (menos Power 
Point e mais discussões!). No mínimo 50% do tempo das reuniões deve ser dedicado para 
 
 
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18 
discussões com os principais executivos sobre as questões relevantes que afetam os 
negócios da empresa. 
O conselho de administração realmente criará valor se estiver alinhado com as melhores 
práticas de governança corporativa, com uma clara definição de seu papel, uma estrutura 
apropriada, com as pessoas certas e processos que permitam extrair o máximo de cada 
conselheiro. 
O Presidente - O presidente de uma empresa, assim como o da equipe de alta gerência, 
tem influência direta sobre a lucratividade a longo prazo. Mas, o que, exatamente, essas 
grandes lideranças fazem? Como elas criam vantagem competitiva sustentável na 
organização? 
As respostas a essas perguntas não são tão óbvias, porém uma análise mais acurada as 
tornam mais claras. As organizações mais bem sucedidas ao longo do tempo são aquelas 
em que as pessoas agem de forma decisiva e coerente, inovando e desenvolvendo relações 
de alta qualidade. A tarefa da liderança é estimular esse tipo de iniciativa, de maneira 
confiável e contínua. 
Os executivos que conseguem isso são como mágicos. Conscientemente ou não, eles 
aprenderam a empregar uma ferramenta conceitual que permite inspirar e liderar uma 
organização em direção à vantagem competitiva duradoura. Essa ferramenta atende pelo 
nome de "propósito moral". 
Um propósito moral é um valor que, quando articulado, fala diretamente ao senso, inato em 
algumas pessoas, do que é certo e do que vale a pena. 
Enfim, o Presidente da empresa tem a obrigação de administrar o dia a dia da empresa 
levando o corpo de diretores às metas estabelecidas pelos acionistas, aumentando assim o 
valor de suas ações. Se o presidente da empresa não estiver fazendo esses objetivos 
certamente sua carreira estará encerrada. 
 
 
 
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19 
UNIDADE 5 
Objetivo: Entender a função, e papel principal do Administrador Financeiro dentro da 
Organização. 
1 - A Função da Administração Financeira 
 Maioria das decisões empresariais são medidas em termos financeiros. 
 O administrador financeiro possui um papel crucial nas operações da empresa. 
 
Obs.: Todos possuem justificativa necessária de acréscimo de funcionário, negociar 
orçamentos operacionais, etc. 
• O Administrador financeiro precisa ter disposição e capacidade de conversar com 
todos dentro da empresa. 
 
2 - Objetivos 
• Fazer provisões úteis; 
Contabilidade RH
Marketing P & D
Produção
Finanças
Interação
 
 
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20 
• tomar decisões. 
 
Uma Visão Organizacional 
• A dimensão e a importância da administração financeira dependem do tamanho da 
empresa. 
• Pequena empresa – geralmente executada pelo departamento de contabilidade. 
• Grandes empresas – Criação de um departamento próprio dirigido pelo Diretor 
Financeiro subordinado ao Presidente. 
 
Relação com a Economia 
• O campo de finanças está estreitamente relacionado ao da Economia. 
• O administrador financeiro deve compreender o arcabouço econômico e das políticas 
econômicas; (tomada de decisão). 
Ex.: Análise de oferta e procura, maximização do lucro, política cambial, etc. 
Princípio econômico básico: Análise Marginal 
o Análise Marginal – Princípio econômico segundo o qual devem ser tomadas 
decisões financeiras e realizadas ações, somente quando os benefícios 
superam os custos adicionais. 
Exemplo: 
 Relação com a Contabilidade 
o As atividades financeiras e contábeis de uma empresa estão, geralmente, sob 
comando do vice-presidente ou Diretor Financeiro. 
 
 
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21 
Duas diferenças básicas entre Finanças e Contabilidade: 
1) Ênfase no fluxo de caixa; 
2) Tomada de decisão. 
 
1 - Ênfase no fluxo de caixa 
 Função do Contador – fornecer dados para medir o desempenho da empresa, avaliar sua 
posição financeira e pagar os impostos. (princípios básicos). 
Preparar as demonstrações financeiras que reconhecem as receitas no momento da venda e 
as despesas, quando incorridas; (regime de competência). 
 Administrador Financeiro - Enfatiza o fluxo de caixa entrada e saída de caixa. 
 Mantém a solvência da empresa, analisando e planejando o fluxo de caixa (satisfazer as 
obrigações e adquirir os ativos necessários; (regime de caixa). 
Exemplo: 
2 - Tomada de Decisão 
 O Contador volta sua atenção para coleta e apresentação dos dados financeiros. 
 O administrador financeiro analisa os demonstrativos contábeis, desenvolve dados 
adicionais e toma decisões, baseado em sua avaliação do risco e retorno inerentes. 
 
 
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22 
 
Atividades-Chave do administrador financeiro e realizar análise e planejamento financeiro; 
tomar decisões de investimento e tomar decisões de financiamento. 
Titulo 3 - Atividades Financeiras 
 
a) Análise e Planejamento Financeiro 
• Transformação dos dados financeiros, de forma que possam ser utilizados para 
monitorar a situação financeira da empresa; 
• Avaliação da necessidade de se aumentar ou reduzir a capacidade produtiva; 
ContadorContador DadosDados
- Passado;
- presente; e
- futuros
Administrador financeiro
Tomada de decisão
Análise e Planejamento financeiro
Balanço Patrimonial
Ativos
Circulantes
Passivo
Circulantes
Ativos
Permanentes
Recursos
Permanentes
a)
c)b)
 
 
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23 
• Determinação de aumento ou redução dos financiamentos requeridos 
 
b) Decisões de investimento 
• Determinam a combinação e o tipo de ativos constantes do balanço patrimonial da 
empresa. (lado esquerdo do balanço); 
• Combinação do montante de recursos aplicados em ativos circulantese em ativos 
permanentes; 
• Manter certos níveis ótimos para cada tipo de ativos circulantes; 
• Deve também decidir quais são os melhores ativos permanentes a adquirir; 
• Quando os ativos existentes precisam ser modificados, substituídos ou liquidados. 
 
c) Decisões de financiamento 
• Combinação mais apropriada entre financiamentos a curto prazo e a longo prazo; 
• Fontes individuais de financiamento, a curto ou a longo prazo, são as melhores, em 
um dado instante. 
 
4 - O Papel do Administrador financeiro na administração da qualidade total (TQM) 
• Aplicação dos princípios da qualidade a todas os aspectos das operações de uma 
empresa; 
• Comprometimento com a (TQM) relaciona-se diretamente com a lucratividade; 
• À medida que aumenta, aumenta a produtividade; 
 
 
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24 
• A melhoria da qualidade também reduz os custos, ao reduzir o tempo, materiais e 
serviços requeridos para corrigir erros; 
• Gera um efeito positivo nos lucros operacionais; 
• O departamento financeiro pode contribuir para os esforços de qualidade total a 
empresa; 
• Orçamento estejam disponíveis pontualmente, rapidez nas análises dos projetos, etc. 
 
O TQM em Ação 
• Há vários exemplos de empresas 
• Ford Motor Company – Lema “Qualidade é a Tarefa n° 1” 
• Chocolates Garoto – “Qualidade em chocolate” 
 
 
 
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25 
UNIDADE 6 
Objetivo: Entender qual é a função Administrador financeiro dentro da organização e 
perceber que o importante não será só administrar, mas fazer uma análise da forma que se 
dará a administração é o objetivo principal. 
1 - Objetivo do Administrador Financeiro 
 
 Maximizar o Lucro? 
• Objetivo do proprietário é a maximização do lucro 
• O Administrador Financeiro toma apenas aquelas providências que se espera, que 
irão dar maior contribuição para a lucratividade da empresa. 
• Procura o maior retorno monetário possível 
 
LPA – É obtido pela divisão do lucro total disponível pelo n° de ações ordinárias emitidas. 
 
Sociedade Anônima Lucro por Ação
Lucro
LPA
Investimento Ano 1 Ano 2 Ano 3 Total dos anos
X 1,40 1,00 0,40 2,80
Y 0,60 1,00 1,40 3,00
Lucro por Ação (LPA)
 
 
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26 
A maximização do lucro é falha por várias razões: 
1) A data de ocorrência dos retornos; 
2) O fluxo de caixa disponível aos acionistas; 
3) O Risco. 
 
1 – Data de ocorrência dos retornos (timing) 
• A empresa pode receber rendimentos sobre os fundos que recebe. 
• É preferível que ocorra mais cedo possível. 
 
2 – Fluxo de Caixa 
• As receitas da empresa não representam fluxo de caixa disponível aos acionistas; 
• Os acionistas recebem retornos através de pagamentos de dividendos quanto pela 
venda das ações a um preço superior; 
• Um maior LPA não significa, necessariamente, que os pagamentos aumentarão; 
• Esta decisão depende do conselho; 
• Um LPA alto não significa elevação do preço da ação; 
• Somente ocorre um aumento nas ações, quando o lucro e acompanhado por uma 
elevação do fluxo de caixa. 
 
 
 
 
 
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27 
3 – Risco 
• A maximização do lucro desconsidera não apenas o fluxo de caixa, mas também o 
Risco. 
Risco – Possibilidade de que os resultados realizados possam diferir daqueles 
esperados. 
• Premissa básica em administração financeira é que há um confronto (Tradeoff) entre 
Retorno (fluxo de caixa) e Risco. 
• Retorno e Risco são chaves determinantes do preço da ação. 
 
• Acionista tem aversão ao risco; 
• Quando há Risco envolvido, os acionistas esperam obter taxa de Retorno mais altas. 
 
Maximização da Riqueza do Acionista 
• Medida pelo preço da ação 
 
Quanto mais arriscada é a empresa menor será o preço de suas ações. 
Fluxo de Caixa LPA
Risco Preço da Ação
Data ocorrência Risco Risco Preço Ação
 
 
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28 
• Decisões financeiras ou medidas (em termo de impacto no preço da Ação) 
 
“Os Administradores financeiros devem implementar somente aquelas medidas que se 
espera que elevem o preço da ação” 
 
Retorno e Risco – Variáveis-Chave para decisão, no processo de maximização da riqueza. 
LPA – Afeta o preço da Ação. 
Decisão ? Preço da Ação 
Preço da Ação
Riqueza 
Proprietário
Maximização 
do Preço
Maximização 
da riqueza do 
proprietário
=
 
 
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29 
 
2 - Preservando a Riqueza dos Stakeholders 
• Stakeholders – Grupos tais como empregados, clientes, fornecedores, credores e 
outros que possuem um vínculo econômico direto com a empresa. 
• Objetivo não é melhorar a posição dos Stakeholders, mas preservá-la 
• Um bom relacionamento com os stakeholders resulta em benefícios máximos em 
longo prazo. 
• O bom relacionamento minimizara a rotatividade, conflitos e os litígios com os 
Stakeholders. 
 
Adm 
Financeiro
Ações, ou 
decisões 
financeiras 
alternativas
Retorno?
Risco?
Aumentam 
o preço da 
ação
Não
Sim Aceitar
Rejeitar
Cooperação Conflitos
 
 
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30 
UNIDADE 7 
Objetivo: Entender como funciona o ambiente operacional da empresa, as formas de 
transferências de fundos e como adquiri-lo no mercado e para que. 
1 - O Ambiente Operacional da Empresa 
 
Instituições financeiras e mercados: Uma visão geral 
As empresas que necessitam de fundos de fontes externas podem obtê-los de três formas: 
1) Através de instituições financeiras; 
2) Através de mercado; 
3) Colocação privadas. 
 
1 – Instituições Financeiras 
Intermediário que canaliza as poupanças de indivíduos, empresas e Governos para 
empréstimos ou investimentos. 
• Pagam aos poupadores juros sobre os fundos depositados; 
• Outras prestam serviços que são cobrados de seus depositantes (taxa de serviços 
sobre contas correntes); 
• Algumas captam poupanças e emprestam a seus clientes; 
• Outras investem as poupanças de seus clientes em ativos rentáveis. (ações, títulos e 
dívida); 
 
 
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31 
• Existem outras que tanto emprestam quanto investem as poupanças; 
• O Governo requer que as instituições financeiras operem dentro de determinadas 
diretrizes regulamentares. 
 
Participantes-chave nas transações financeiras 
• Fornecedores e tomadores-chave: 
a) Indivíduos; 
b) empresas; 
c) Governo. 
 
a) Indivíduos 
• As poupanças dos consumidores individuais colocadas em determinadas 
instituições financeiras, constituem grandes partes dos fundos destes. 
• Atuam como fornecedores, também demandam delas fundos na forma de 
empréstimos. 
• São fornecedores líquidos (poupam mais do que tomam emprestado). 
b) Empresas 
• Também depositam partes de seus fundos em instituições financeiras 
principalmente em conta corrente. (vários bancos). 
• Tomam empréstimos dessas instituições; 
• as empresas, como um grupo, diferentes dos indivíduos, são tomadores 
líquidos de fundos, tomam emprestado mais dinheiro do que poupam. 
 
 
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32 
c) Governo 
• Mantêm em bancos comerciais, depósitos de fundos temporariamente ociosos 
(arrecadações de impostos, recolhimento previdência social); 
• Não tomam fundos emprestados diretamente das instituições financeiras; 
• Indiretamente (vendas de títulos a várias instituições); 
• Como empresa é tipicamente um tomador líquido, tomam mais do que poupam 
(déficits orçamentários). 
 
2 - Principais instituições financeiras: 
1 – Banco Comercial 
Os bancos comerciais são intermediários financeiros cujas principais atividades consistem 
em aceitar depósitos mobilizáveis por cheque e outros meios de pagamento e em conceder 
empréstimos. Através da sua atividadede intermediação financeira, os bancos comerciais 
participam no processo de criação de moeda tendo, por isso, a sua atividade muito 
regulamentada pelas entidades que gerem a política monetária 
• São aqueles que aceitam depósitos à vista e depósitos a prazo. Também oferecem 
contas com pedidos de resgates negociáveis, realizam empréstimos dentre outros. 
 
2 – Cooperativa de créditos 
As Cooperativas de Crédito são instituições financeiras pertencentes ao Sistema Financeiro 
Nacional e controladas pelo Banco Central. São de propriedade coletiva, democraticamente 
administradas e têm como dirigentes pessoas do seu quadro social. No entanto, não têm 
acesso à Câmara de Compensação, à Reserva Bancária e ao Mercado Interfinanceiro. 
Sendo assim, para operarem, necessitam de um banco comercial como parceiro. 
 
 
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33 
 
São também: 
• Intermediário financeiro lida com transferência de fundos entre consumidores; 
• para se associar é necessário ter um vínculo, como trabalhador para determinado 
empregador. 
 
3 – Companhias de Seguros de Vida 
• É um tipo intermediário financeiro que lida com poupanças de indivíduos; 
• Recebem pagamentos de prêmios; 
• Acumulam fundos para pagamento futuro de prêmio aos beneficiários; 
• Fazem empréstimo a indivíduos, empresas e Governo. 
 
4 – Fundos de Pensão 
Um destaque para os fundos de pensões A recente crise política pela qual tem passado o 
atual governo resvalou, dentre muitos campos, nas entidades fechadas de previdência 
complementar privada, também conhecidas como fundos de pensão, que adquiriram, não só 
no Brasil, como em outros países, vital importância econômica. 
Os fundos de pensão configuram uma opção de aposentadoria complementar. Eles são 
oferecidos pelas empresas aos empregados, ou seja, a empresa constitui um fundo de 
pensão para o qual contribuem a própria empresa e seus funcionários. Portanto, não é 
aberto à participação de outras pessoas e tem características diferentes de uma empresa 
para outra. 
 
 
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34 
As entidades fechadas de previdência complementar privada (fundos de pensão) são 
organizadas sob a forma de fundação ou sociedade civil, sem fins lucrativos e são 
acessíveis, exclusivamente, aos empregados de uma empresa ou grupo de empresas ou aos 
servidores da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, entes denominados 
patrocinadores, ou aos associados ou membros de pessoas jurídicas de caráter profissional, 
classista ou setorial, denominadas instituidores. 
Ademais, são privadas, independentemente da natureza jurídica da empresa patrocinadora 
(empresa estatal ou privada), e os recursos originários das empresas integram a cesta de 
remuneração dos seus empregados, tal como foi negociado com eles. A totalidade dos 
recursos em poder das instituições pertence, portanto, aos seus participantes. É esse fato 
que lhes confere caráter privado, como reconhecido na Lei Complementar 109, de 29 de 
maio de 2001, e consagrado por nossos tribunais. 
As entidades fechadas de previdência complementar devem seguir as diretrizes 
estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional, por meio da Resolução 3.121, de 25 de 
setembro de 2003, no que tange à aplicação dos recursos dos planos de benefício, bem 
como pela referida Lei Complementar 109. 
Desta maneira, inúmeras são as restrições a que estão submetidos os fundos de pensão, 
tais como: limite de aplicação em renda variável em 50% (cinquenta por cento) dos seus 
recursos, limite de 15% para realizar empréstimos de recursos aos seus participantes, limite 
de 14% de seus recursos a serem aportados em imóveis (shoppings centers, hotéis, etc.), e 
a impossibilidade de realizar doações em dinheiro a partidos políticos ou investir em 
campanhas de candidatos. 
Os fundos de pensão constituem extraordinário instrumento de valorização do trabalho de 
que dispõem as empresas. Ao participarem do custeio dos planos de benefícios, elas 
demonstram sua preocupação com a reprodução da força de trabalho, com a proteção dos 
trabalhadores cujas energias foram consumidas pelo processo produtivo e com a 
manutenção do mercado consumidor interno do país. 
 
 
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35 
Ademais, como grandes formadores de poupança, efeito do regime de capitalização, os 
fundos de pensão são também grandes investidores. Nos Estados Unidos esse sistema 
possui investidos na economia nacional, e também no exterior, US$ 6 trilhões. No Japão, a 
maior parte do financiamento às exportações é sustentada pelos recursos da previdência 
complementar privada. 
No Brasil, os fundos de pensão têm sido historicamente o sustentáculo do mercado de 
ações, mantendo extensas carteiras que são administradas de maneira conservadora, assim 
contribuindo para um mercado de perfil estável. Neste sentido, pode-se chegar a afirmar que 
os fundos de pensão são o único mecanismo institucionalmente amadurecido de formação 
de poupança estável e de longo prazo na economia nacional. 
Ao total, os 366 fundos de pensão brasileiros detêm um patrimônio de R$ 280 bilhões, 
administrando cerca de 960 planos de previdência complementar e contando com 2,8 
milhões de participantes. 
Importante destacar que os investimentos realizados que configuram como atividade-meio 
dos fundos de pensão acarretam o efeito de tornar os trabalhadores participantes 
interessados na economia, no crescimento das empresas e do país, uma vez que são eles 
os titulares das ações das empresas de que os fundos de pensão participam. 
Em suma, cada vez resta mais cristalina a necessidade de ampliar e constituir instrumentos 
que protejam os fundos de pensão, garantindo aos mesmos uma administração eficiente e 
comprometida com a defesa dos interesses de seus participantes, bem como criando 
mecanismos que permitam a boa alocação de seus recursos 
• Estabelecidos para que funcionários de várias empresas dependências do Governo 
recebem uma renda após aposentadoria 
 
 
 
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36 
UNIDADE 8 
Objetivo: Entender os tipos de mercado existentes. 
1 – Mercados Financeiros 
 
O mercado financeiro é o mercado onde os recursos excedentes da economia (poupança) 
são direcionados para o financiamento de empresas e de novos projetos (investimentos). 
 No mercado financeiro tradicional, o dinheiro depositado em bancos por poupadores é 
utilizado pelas instituições financeiras para financiar alguns setores da economia que 
precisam de recursos. 
 Por essa intermediação, os bancos cobram do tomador do empréstimo (no caso as 
empresas) uma taxa - spread -, a título de remuneração, para cobrir seus custos 
operacionais e o risco da operação. Quanto maior for o risco de o banco não receber de volta 
o dinheiro, maior será a spread. 
O Mercado de Capitais faz parte do mercado financeiro. Nele, os recursos dos poupadores 
são destinados à promoção do desenvolvimento econômico de forma direta, isto é, de 
projetos e empresas. É no Mercado de Capitais que empresas que precisam de recursos 
conseguem financiamento, por meio da emissão de títulos, vendidos diretamente aos 
poupadores/investidores, sem intermediação bancária. Dessa forma, os investidores acabam 
emprestando o dinheiro de sua poupança a empresas, também sem a intermediação 
bancária 
 
• O repasse dos recursos de poupadores/investidores às empresas pode ser feito de 
duas formas : 
 
 
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37 
o Dívida: Os investidores compram títulos emitidos pelas empresas que precisam 
de dinheiro. Esses títulos dão aos investidores o direito de receber a quantia 
emprestada, mais juros previamente determinados. Os títulos são chamados 
de títulos de dívida e esse mercado é conhecido como mercado de renda fixa. 
o Ações:Também aqui os investidores compram títulos emitidos por empresas. 
Mas os títulos não garantem remuneração fixa aos investidores. A 
remuneração dos títulos são os dividendos - parte do lucro que uma empresa 
de capital aberto distribui entre seus acionistas. Os investidores tornam-se 
sócios da empresa. Esses títulos são chamados ações e o mercado é 
conhecido como mercado de renda variável. 
• Entre o Mercado de Capitais e o mercado financeiro tradicional existem duas 
diferenças básicas, que tornam o primeiro mais eficiente do que o segundo: 
• No Mercado de Capitais a captação de recursos por empresas é mais barata, pois não 
há necessidade do pagamento da spread aos bancos. 
• Para o investidor é vantajoso, pois ele pode desfazer-se do título a qualquer momento, 
o que não seria possível num empréstimo tradicional. Ou seja, se o investidor mudar 
de opinião quanto ao risco de investir em determinada empresa, pode vender os 
títulos no mercado. Essa liquidez (facilidade de compra e de venda) reduz o seu risco 
de perda. Assim, o Mercado de Capitais faz com que o repasse de recursos dos 
poupadores às empresas seja mais interessante para ambas as partes. 
 
O Mercado de Capitais é fundamental para o crescimento de um país, pois sem ele muitos 
projetos não conseguiriam sair do papel por falta de capital e financiamento. Muitas 
empresas perderiam sua competitividade e dificilmente conseguiriam desenvolver-se. 
Poucas sobreviveriam num ambiente sem a injeção de capital de investidores. 
A colocação inicial dos títulos no mercado é chamada de lançamento no mercado 
primário. Quando essa colocação é feita pela primeira vez, no caso de ações, por 
 
 
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38 
exemplo, diz-se que a empresa está sendo listada em bolsa (em inglês IPO - Initial 
Public Offering). 
A negociação desses títulos após a oferta inicial é feita em mercados secundários 
específicos. No Brasil tem-se: 
• As bolsas de valores para as ações; 
• A Cetip (Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos Privados) para os 
títulos de dívida das empresas; 
• O Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia)para títulos públicos. 
 
Os dois mercados financeiros são: 
a) Mercado Monetário – Curto Prazo 
b) Mercado de Capitais – Longo Prazo 
 
Todos os títulos são inicialmente emitidos no Mercado Primário 
 Mercado Primário 
• Mercado financeiro onde os títulos são inicialmente emitidos; o único mercado no qual 
o emissor envolve-se diretamente na transação. (S/A e Governo); 
• Recebem pela vendas dos títulos; 
• Quando os títulos começam a ser negociados entre indivíduos, empresas, governo ou 
instituições financeiras, poupadores e investidores, tornam-se parte do Mercado 
Secundário. 
 
 
 
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39 
UNIDADE 9 
Objetivo: Entender do principal mercado e do secundário, onde surgem as negociações de 
vendas a terceiros das ações. 
Mercado Secundário 
 
• Mercado financeiro no qual títulos possuídos anteriormente (aqueles que não são 
novas emissões) são negociados. 
 
Resumo: 
Mercado Primário – É aquele no qual os “novos” títulos são vendidos. 
Mercado Secundário – É aquele que pode ser visto como um mercado de títulos “usados” ou 
“possuídos anteriormente”. 
Relacionamento entre instituições e mercado 
 
• As instituições participam ativamente do mercado monetário e do mercado de capital. 
Tanto como fornecedores quanto como tomadores de fundos. 
 
 
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40 
Fluxos de Fundos 
 
3 - Mercado Monetário 
• Relacionamento financeiro estabelecido entre fornecedor e tomador de fundos de 
curto prazo; 
• Vencimentos de um ano ou menos; 
• O mercado monetário não é uma organização real instalada em algum ponto central; 
• São feitas com valores mobiliários negociáveis. 
 
Valores mobiliários negociáveis – Instrumento de dívida de curto prazo, tais como letras de 
tesouro, commercial paper e certificados de depósito negociáveis emitidos pelo Governo, 
empresa e instituições financeiras. 
O mercado monetário existe porque certos indivíduos, empresas, Governo e instituições 
financeiras possuem, temporariamente, fundos ociosos que desejam aplicar; 
Instituições 
Financeiras
Mercado 
Financeiro
Tomadores 
de Fundos
Fornecedores 
de Fundos
Colocação 
Direta
Empréstimo
Títulos
Títulos
Fundos
TítulosTítulos
Fundos
Fundos
Fundos
Depósitos participações
 
 
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41 
 por outro lado, o outro encontra-se em situações em que precisam do financiamento sazonal 
ou temporário. 
 
3 – Colocação Privada 
Na colocação privada os acionistas colocam dinheiro do próprio bolso, ou vendem algum 
imobilizado para aplicar na empresa. Lembre-se que este capital é mais, pois os acionistas 
irão requerer um retorno maior que o mercado. Neste caso o Presidente terá que rebolar 
para dar o retorno esperado aos acionistas. Por isso, a melhor forma de captação de capital 
é via Mercado de Capitais. 
 
Mercado 
Monetário
Fornecedores
Tomadores
Curto prazo
 
 
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42 
UNIDADE 10 
Objetivo: Estudar um resumo inicial do Mercadode Capitais, os tipos de ações e o que são. 
1 - Mercado de Capitais - Resumo 
 
• Relação Financeira criada por instituições 
Títulos de Dívidas 
• Instrumento de dívida de longo prazo usado pelas empresas e Governo. 
Principais Títulos 
• Ação Ordinária 
• Ação Preferencial 
• Dividendos 
 
Bolsa de Valores 
• Organização que fornece local para negociação (será detalhado nos próximos 
capítulos). 
Bolsa de Valores Organizadas 
• Organização tangível que atua como mercados secundários. 
• Responsáveis por mais de 72% do volume total; 
 
 
 
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43 
Principais Bolsas: 
• New York Stock Exchange (Nyse) 
• American Stock Exchange (Amex) 
• Midwest Stock Exchange 
• Pacific Stock Exchange 
 
Requisitos para negociação nestas Bolsas: 
• 2.000 Acionistas (mínimo), possuindo 100 ou mais ações; 
• mínimo 1,1 Milhão de ações negociáveis; 
• LAIR de 2,5 Milhões, no momento do registro; 
• $ 2 Milhões de LAIR em cada um dos dois anos procedentes; 
• ativos tangíveis líquidos de $ 18 milhões; 
• valor de mercado de $ 18 milhões, participação acionária negociáveis publicamente. 
 
Mercado de Balcão: 
• Mercado intangível para a compra e venda de títulos não registradas nas Bolsas de 
Valores. 
Mercado de Capitais Internacionais: 
• O mercado Norte Americano é um dos maiores do mundo, embora existam 
importantes mercados de títulos fora dos Estados Unidos. 
Mercado de Eurobônus – Maior e mais antigo mercado internacional de títulos de dívida. 
 
 
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44 
 
2 - O Papel das Bolsas de Valores 
1- Criação de Mercado Líquido; 
 2 - Criação de Mercado Eficiente. 
 
1- Mercado Líquido ou Liquidez 
No mercado financeiro o termo é usado para determinar a capacidade que um título tem de 
ser convertido em moeda. A liquidez absoluta só é conferida ao papel-moeda, de forma que 
todos os outros títulos tendo liquidez inferior, que varia conforme o tipo de investimento, 
prazo e a conjuntura econômica. 
Na análise das demonstrações financeiras de uma empresa é usado para definir a 
capacidade que esta empresa tem de gerar recursos que podem ser rapidamente 
transformados em papel moeda. Assim, a liquidez de uma empresa é função da sua 
disponibilidade de caixa, e dos títulos negociáveis e ativos circulantes que possui. 
 
2 - Mercado Eficiente 
Mercado que aloca fundos aos seus usos mais produtivos, como resultado da competição 
entre investidores maximizadores de riqueza, a qual determina e torna público preços tidos 
como muito próximo do seu verdadeiro. 
•O preço de um título é determinado pelo que é comprado e pelo que é vendido ou pela 
demanda e oferta do título. 
 
 
 
 
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45 
Oferta e Demanda 
 
Conforme o gráfico acima o que vai determinar o preço das ações será a Oferta e a 
Demanda. Quanto maior a oferta menor o preço quanto menor a oferta os preços tendem a 
aumentar. A oferta reduz devido a alta demanda pelos títulos. 
 
3 - O Papel do Banqueiro de Investimento 
1 - Levantamento de fundos 
 1.1 – Colocação Privadas 
 1.2 – Oferta Pública 
Colocação Privadas – Venda de nova emissão de títulos, tipicamente de dívida ou ação 
preferencial, diretamente a um investidor ou grupo 
Oferta Pública – Venda, sem exclusividade, de títulos de dívida ou ações para o público em 
geral. 
 
D1
D0
O
Q
Q0 Q1
Nº de Ações negociadas
Preço da 
Ação
P0
P1
 
 
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46 
 
Antes de dar continuidade aos seus estudos é fundamental que você acesse sua 
SALA DE AULA e faça a Atividade 1 no “link” ATIVIDADES. 
 
 
 
 TEMA i 
A Bolsa de Valores é um Cassino? 
 
 
 
 
 
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47 
Oferta Monetária
Balança Comercial
Políticas econômicas
Afetam o custo do dinheiro 
(taxa de juros ou retorno 
requerido).
i
i
FF
FF
Maior será o crescimento econômico
Menor será o crescimento econômico
UNIDADE 11 
Objetivo: Compreender porque se investe no mercado, e o que se ganha entre transferência 
de fundos. 
1 - Taxa de Juros e Retornos Requeridos 
 
• Representam os custos de uso de várias formas de financiamento. 
• As instituições financeiras e os mercados criam o mecanismo através do qual os 
fundos fluem em poupadores (Fornecedores de Fundos) e investidores (tomadores de 
fundos). 
• O nível de fluxo de fundos entre fornecedores e tomadores pode afetar 
significativamente o crescimento econômico. 
 
O crescimento resulta da integração de uma variedade de fatores econômicos, tais como: 
 
 
 
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48 
2 - Fundamentos da Taxa de Juros 
• A taxa de juros ou retorno requerido representa o custo dos fundos, isto é, o “Aluguel” 
ou o nível de compensação que um tomador deve pagar a um fornecedor. 
 
Taxa de juros – Custo de tomar os fundos 
Retorno Requerido – Fundos obtidos através da venda de um direito de propriedade. 
 
Fundamentos da Taxa de Juros 
• Ignorando o fator de risco, a taxa de juros nominal ou de mercado (custo dos fundos) é 
resultante da taxa de juros real ajustada pelas expectativas inflacionárias; 
• Pela preferência por Liquidez – preferência dos investidores em geral por títulos de 
menor prazo. 
 
Taxa de Juros Real 
• Cria um equilíbrio entre o fornecimento de poupança e a Demanda por fundos de 
investimento em um mundo perfeito; 
• Sem inflação , onde os fornecedores e tomadores de fundos não tem preferência por 
liquidez e todos os resultados são certo; 
• A taxa de juros reais cria um equilíbrio entre o fornecimento de poupança e a 
demanda por fundos para investimento. 
 
 
 
 
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49 
Relação Entre Oferta e Demanda 
 
Taxa de Juros Nominal ou Corrente (retorno) 
• É a efetiva taxa de juros cobrada pelo fornecedor de fundos e paga pelo tomador. Ela 
difere da taxa de juros Real, k*, devido a dois fatores: 
1 – Expectativa inflacionária refletidas em um prêmio pela Inflação. 
2 – Características do emissor, tais como o risco de inadimplência e condição contratuais, 
refletidas em um prêmio pelo Risco. 
• A taxa de juros nominal para o título 1, k1, é dada na equação 
 
Fundos fornecidos / tomadores
T
ax
a 
ju
ro
s 
re
al
k 0*
k 1*
O0 = D O1 = D
D
O0
O1
k1 = k* + IP + RP1
Prêmio pelo Risco
Taxa livre de Risco, Rf
Ou
k1 = Rf + RP1
(2.1)
(2.2)
 
 
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50 
• Se RP1, seja igual a zero. Da equação (2.1), a taxa livre de risco pode ser 
representada por: 
 
• A taxa de juros sem risco, Rf é definida como o retorno requerido de um ativo sem 
risco. 
• a taxa sem risco abrange (2.3) a taxa de juros real mais a expectativa inflacionária. 
• Letras do tesouro americano (T-Bills) de 3 meses, os quais são títulos de curto prazo 
emitidos pelo tesouro dos EUA, são normalmente considerados ativo sem risco. 
• O prêmio pelas expectativas inflacionárias representa a taxa de inflação média 
esperada, durante o prazo do empréstimo ou investimento. 
• Não é a taxa de inflação ocorrida no passado imediato, mas, sem a taxa prevista. 
Ex.: Em 29/05/2005 
T-Bill (titulo do tesouro americano) de 3 meses de vencimento = 3,71% 
Taxa de juros reais = 2% 
Fornecedores de Fundos perspectiva de inflação (anual) 
1,71% (3,71 - 2) 
17 anos atrás 2/05/1994 
T-Bill de 3 meses de vencimento = 16,60% 
Taxa de juros reais = 2% 
Fornecedores de Fundos perspectiva de inflação (anual) 14,60% (16,60 - 2) 
 
Rf = k* + IP (2.3)
 
 
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51 
• O Prêmio pela expectativa inflacionária muda com o tempo, em resposta a muitos 
fatores: 
1) Taxas de inflação recentes; 
2) Políticas Governamentais; 
3) Eventos internacionais. 
 
 
 
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UNIDADE 12 
Objetivo: Continuar o estudo do retorno aos investidores. 
3 - Taxa de Juros e Retornos Requeridos 
 
• Representam os custos de uso de várias formas de financiamento. 
• As instituições financeiras e os mercados criam o mecanismo através do qual os 
fundos fluem em poupadores (Fornecedores de Fundos) e investidores (tomadores de 
fundos). 
• O nível de fluxo de fundos entre fornecedores e tomadores pode afetar 
significativamente o crescimento econômico 
 
Estrutura a termo das Taxas de Juros 
• Relação entre a taxa de juros ou a taxa de retorno e o prazo do vencimento. 
 
Rendimento até o vencimento – Taxa anual de juros ganha sobre um título comprado em 
um dado dia e mantido até o vencimento. 
Curvas de Rendimentos do Tesouro 
 
 
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53 
 
Curva de Rendimento Invertida 
• Curva de rendimento com inclinação descendente que geralmente, indica custos de 
empréstimos de longo prazo mais baixos que os custos de empréstimos de curto 
prazo. 
Curva de Rendimento Normal 
• Curva de rendimento com inclinação ascendente, que geralmente, indica custos de 
empréstimos de curto prazo mais baixos que os custos de empréstimos de longo 
prazo. 
Curva de rendimento Plana 
• Curva de rendimento que reflete custos relativamente iguais tanto para empréstimos 
de curto quanto de longo prazo. 
 
 
 
17
16
15
9
8
7
5
4
3
5 10 15 20 25 30
22 de maio de 1981
29 de setembro de 1989
29 de maio de 1992
Data de venc. (anos)
 
 
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1 - Teoria de Estrutura a Termo 
 Predominância da inclinação ascendente da curva de rendimento – títulos de curto prazo 
têm menor risco do que os títulos de longo prazo. 
 Maior certeza sobre eventos imediatos. 
 
Por que as curvas de rendimentos tomam formas diferentes? 
 
Existência de três teorias: 
1) Hipótese das expectativas; 
2) teoria da segmentação de mercado; 
3) teoria da preferência pela liquidez. 
 
Impacto da Inflação
0
2
4
6
8
10
12
14
16
1972 1982 1987 1992
T-bills Inflação
 
 
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55 
UNIDADE 13 
Objetivo: Entendimento as três teorias para avaliação de ações é porque das escolhas na 
hora de investir no Mercado de Capitais. 
1 - Hipótese das Expectativas 
 
A explicação mais antiga e amplamente testada sobre as flutuações nas taxas de juros da 
economia é a Hipótese das Expectativas (HE), que estabelece, em linhas gerais, que ataxa 
de juros de longo prazo é formada como uma média das taxas de juros de curto prazo 
esperadas para o futuro mais um prêmio de risco invariante no tempo. 
Assim, a inclinação da curva de juros refletiria as expectativas do mercado sobre mudanças 
futuras nas taxas de juros, ou seja, um aumento do spread entre a taxa longa e a taxa curta 
refletiria a expectativa de futuros aumentos nas taxas de curto prazo, provocando então uma 
correlação positiva entre as variações nas taxas de juros curtas e o referido spread. Da 
mesma forma, um aumento da taxa longa em relação a taxa curta, no período corrente, 
deveria levar a um aumento da taxa longa no período subsequente. 
 
2 – Teoria da Segmentação de Mercado 
• O mercado e segmentado com base nos vencimentos e que as fontes de Ofertas e 
Demanda por empréstimos dentro de cada segmentação determinam sua taxa de 
juros prevalecentes. 
• empréstimos para atividades sazonais determinam a taxa de juros de curto prazo; 
• empréstimos imobiliários determinam a taxa de juros de longo prazo. 
 
 
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56 
Podemos concluir das teorias que em qualquer momento, a inclinação da curva de 
rendimentos é afetada por: 
a) Expectativas inflacionárias 
b) Preferência pela liquidez; 
c) Equilíbrio comparativo da Oferta e da Demanda nos segmentos de mercado, curto 
e longo prazo. 
• Prêmio pelo Risco: característica do emissor e da emissão: 
 
 
k1 = k* + IP + RP1
Letras do tesouro EUA
Commercial paper excelente
Notas de classificação de investimento
Títulos da dividas de classificação investimento
Títulos da dividas de classificação média
Ações preferenciais
Ações ordinárias especulativas
 
 
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UNIDADE 14 
Objetivo: Entender as três teorias para avaliação de ações é porque das escolhas na hora de 
investir no Mercado de Capitais. 
3 - Teoria da preferência pela liquidez 
 
Para Keynes, sabe-se, é a incerteza radical que permeia a economia, que conduz à 
preferência pela liquidez. Tal incerteza, porém, não decorre de intervenções administrativas 
no mercado, mas das decisões descentralizadas e do futuro desconhecido, que deixam os 
agentes econômicos sem condições de antecipar o contexto futuro ao tomar suas decisões, 
e tanto mais quanto mais longínquos forem os períodos em que ocorrerem os resultados das 
decisões em questão. 
A moeda, como ativo mais líquido, permite gerir essa incerteza, até certo ponto, na medida 
em que os contratos monetários aproximam o futuro, mas a incerteza não é jamais 
eliminada. Nessas circunstâncias, a retenção da moeda, como o ativo mais líquido, dá 
flexibilidade aos agentes nas suas decisões, o que justifica a racionalidade da preferência 
pela liquidez. Apesar de racional em ambientes de incerteza, a preferência pela liquidez é um 
problema, porque ela inibe gastos, em particular de investimento, comprometendo o 
crescimento da renda e do emprego e, assim, instabilizando as economias. 
Existem formas diversas de reduzir a preferência pela liquidez, embora nem todas corrijam 
os problemas de crescimento da renda e do emprego e de instabilidade da economia. Ao 
contrário, algumas das soluções podem agravar tais problemas. 
A redução da preferência pela liquidez requer: 
 a) aumentar a taxa de juros para tornar atrativa a sua renúncia; 
 b) reduzir a própria incerteza; 
 
 
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58 
 c) dispor de um mercado financeiro desenvolvido no sentido de constituído por ativos 
financeiros em termos de prazos e rentabilidades diferentes para atrair poupadores com 
preferências pela liquidez distintas; 
 d) dificultar o acesso à liquidez máxima, tornando atraentes aplicações de longo prazo 
relativamente às de curto prazo. Enquanto a primeira opção pode punir o investimento se 
elevar as aplicações em ativos líquidos, inibindo o crescimento e tornando instável a 
economia, as demais opções estimulam o crescimento da renda e do emprego mas, ao 
contrário do que pensam os que pregam a conversibilidade plena da moeda, requerem maior 
regulação sobre ela e um papel regulador do Estado permanente. 
Quanto ao aumento da taxa de juros ela é danosa em dois sentidos. Por um lado, inibe de 
per si a decisão de investir. Por outro, como nos lembra Minsky (1977), o aumento da taxa de 
juros, ao exigir das unidades devedoras a liquidação de ativos, pode desencadear um 
processo deflacionário que transforma unidades hedges em especulativas e especulativas 
em Ponzi, fragilizando a estrutura econômica e instabilizando a economia. 
No que se refere à incerteza keynesiana, ela pode em certa medida ser reduzida pelo papel 
do Estado, em função da centralização que ele exerce sobre algumas informações e 
decisões econômicas e em função do papel estimulante que ele pode ter sobre a demanda 
agregada, influindo positivamente sobre as expectativas de ganhos dos investidores. 
O papel do Estado é também importante no estímulo em geral que pode dar ao 
desenvolvimento do mercado financeiro mas, em particular no caso brasileiro, é a gestão da 
dívida pública, e a operacionalização da política anti-inflacionária, assim como a tentativa de 
reduzir a instabilidade cambial, que vem pressionando a taxa de juros e inviabilizando tal 
desenvolvimento. 
De fato, como a taxa básica de juros no Brasil é muito alta, tem-se, por um lado, um estímulo 
à preferência pela liquidez do público e dos bancos, ao invés de desestimulá-las. Além disso, 
como sobre essa taxa de juros de curto prazo é preciso colocar um prêmio de liquidez para 
se ter a taxa de juros de longo prazo, essa última precisa ser muito alta, o que inibe 
investimentos cuja eficiência marginal do capital não a compensa (Hermann, 2003). 
 
 
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59 
 Finalmente, ao inibir o crescimento da renda e do emprego, a incerteza aumenta, o que 
implica em ampliação também do próprio prêmio de liquidez. Assim, ainda que a taxa de 
juros alta esteja ligada à incerteza, a análise aqui feita a atribui à administração da dívida 
pública atual, e não a qualquer aparato regulatório do governo, e atribui o erro exatamente ao 
estímulo fornecido à detenção de liquidez. Ora, é esse estímulo que, novamente, será dado 
na proposta de conversibilidade plena da moeda. 
A moeda doméstica é o ativo mais líquido de qualquer economia, porque a liquidez se 
relaciona com os contratos salariais, um custo generalizado da mesma. A generalização dos 
pagamentos de salários na moeda nacional torna essa moeda aceita de forma geral em 
qualquer transação, garantindo-lhe a liquidez máxima. 
Nas transações internacionais, por sua vez, a moeda mais líquida é aquela que é objeto da 
maior parte das transações, ou a moeda considerada internacional, cuja aceitação decorre 
do poder econômico do país que a emite. Conforme destaca Dow (1999), a moeda que tem 
maior liquidez nas relações internacionais é a que serve de meio de pagamento e de unidade 
de conta. 
Ela se torna o objeto de desejo dos que procuram liquidez quando o valor da moeda nacional 
cai, mostrando uma hierarquia de preferências pela liquidez1. A liberalização dos mercados 
aproxima a liquidez da moeda internacional da nacional, e tanto mais quanto mais fácil for, o 
acesso à divisa internacional. Assim, diante da incerteza e em particular em contextos mais 
incertos, essa liberalização permite que a busca da moeda internacional seja mais ampla e 
se generalize. 
O ganho de liquidez da moeda internacional, em contextos de liberalização financeira, 
contudo, não tira da moeda nacional seu papel de limite superior de liquidez na escala 
nacional e sim aproxima a moeda internacional do limite superior de liquidez. Isto decorre de 
os contratos salariais, em especial, e os demais , em geral, continuarem sendo denominados 
emmoeda nacional e, portanto, esta continuar com seu atributo máximo de liquidez. Neste 
 
1
 Voltaremos a essa análise mais adiante. 
 
 
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60 
sentido, o uso dessas moedas como “paraíso seguro” em momentos de incerteza também 
permanece válido. 
Consequentemente, seu papel de “poço sem fundo para o poder de compra” continua sendo 
verificado. Neste sentido, a teoria da preferência pela liquidez associada às moedas 
domésticas se reafirma e a política monetária tem de ser preservada como um instrumento 
extremamente importante para evitar os efeitos deletérios da elevação da preferência pela 
liquidez, ampliada pela absorção da instabilidade do novo contexto financeiro internacional, 
na esfera monetária doméstica. 
A liberalização financeira vai, neste sentido, compor duas dinâmicas especulativas: a interna 
e a externa. Irá, portanto, potencializar o nível de instabilidade interna ao criar mecanismos 
de ataques contra a moeda doméstica em momentos de fragilidade da percepção dos 
mecanismos que balizam o processo decisório e, por outro lado, fará o mesmo ao expandir 
a gama de ativos com os quais se pode especular ao dar acesso aos ativos internacionais e 
ao colocar as próprias moedas de referência internacional como uma parte dessa nova gama 
de ativos. Criam-se, assim, as condições para uma instabilidade ampliada das economias 
nacionais com os respectivos canais de transmissão das mesmas para a esfera 
internacional. 
Existem várias razões para que a conversibilidade plena da nossa moeda seja problemática. 
Em primeiro lugar, esse movimento de busca da liquidez internacional tende a ser 
particularmente intenso e flutuante em países em desenvolvimento, como o Brasil, que 
tendem a ter preferências pela liquidez maior relativamente aos países mais desenvolvidos. 
Isso decorre das trajetórias de crescimento mais instáveis, em consequência das rendas 
menores e da dependência maior que têm das importações e das exportações. 
 Além disso, os mercados financeiros nesses países são em geral menos desenvolvidos, o 
que faz com que, em momentos de incerteza ou se prefira a liquidez máxima ou se enviem 
os recursos para mercados financeiros mais desenvolvidos, com possibilidades de 
aplicações em graus variados de liquidez. Em qualquer caso, é de se esperar vazamentos 
maiores de liquidez, e tanto mais quanto maior for a facilidade para isso, com as 
 
 
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61 
consequências conhecidas sobre a instabilidade e a inibição do investimento, do crescimento 
e do emprego. Some-se a isso uma fragilidade estrutural real e financeira que por um lado 
vulnerabiliza a conta de capitais e, por outro, faz valer a restrição externa real causada por 
uma estrutura produtiva que deteriora as relações de troca e gera uma restrição de divisas 
que restringe o crescimento dessas economias e fragiliza seu setor externo. 
Uma segunda razão para esperar movimentos de vazamentos de liquidez maiores com a 
conversibilidade relaciona-se com o papel regulador do Estado. Em situações de preferência 
pela liquidez acentuada, surgem processos deflacionários na medida em que busca-se 
liquidez a todo custo, vendendo, deixando de emprestar ou emprestando a taxas de juros 
altas, o que provoca instabilidade e crise. A interrupção desse processo requer um papel de 
emprestador em última instância do banco central, porque nesses processos não se sabe até 
onde vai a queda de preços o que incita a generalização das vendas de ativos, prolongando 
a deflação. Só a injeção da liquidez desejada, facilitando as vendas, acalma os agentes e 
neutraliza a preferência pela liquidez. Essa injeção, porém, fica fora das possibilidades das 
autoridades monetárias locais quando a liquidez desejada é a internacional. Daí, as crises 
cambiais e seus efeitos amplos em movimentos de fuga de capital. 
 Nesse caso, a política monetária não pode ser usada nem para proteger o setor externo da 
economia nem para permitir a superação dos problemas de demanda que deprimem a 
economia doméstica. Ocorre que nessas economias a política monetária tem um papel 
essencial a desempenhar e, em casos de liberalização, a mesma fica inviabilizada. 
Uma terceira razão para temer a conversibilidade plena é a amplitude dos problemas que ela 
pode provocar, quando o acesso à moeda internacional for possível por qualquer agente 
econômico cujo déficit de informação torna-os particularmente mais suscetíveis a boatos, e 
então particularmente propensos a comportamentos imitativos. 
Neste sentido, economias periféricas são particularmente vulneráveis, pois estão sujeitas de 
forma mais profunda aos movimentos cíclicos de liquidez internacional, dada a sua restrição 
externa estrutural, e são mais remotas do ponto de vista do processo de formação de 
 
 
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62 
expectativas aos bancos internacionais. Desta maneira, estão sujeitas a uma vulnerabilidade 
externa muito mais intensa e estruturalmente determinada (Amado e Resende, 2005). 
Essa discussão deixa claras as distorções que a abertura financeira e monetária pode 
provocar, ao estimular e sancionar movimentos de preferência pela liquidez que inibem 
investimento, crescimento e emprego, e ao retirar poder regulador do Estado. 
Entretanto, a percepção, pela economia heterodoxa, dos problemas ligados a uma dinâmica 
financeira distorcida, de maneira alguma significa, como mencionam os autores defensores 
da conversibilidade plena, a falta de percepção da importância do sistema financeiro. Muito 
pelo contrário, a heterodoxia percebe a importância do financiamento para o investimento e o 
crescimento, embora perceba também o potencial instabilizador do sistema financeiro, o que, 
ao contrário do que pensa a ortodoxia liberal, requer e impõe controle regulatório do mesmo. 
É o que trataremos no próximo item, ao destacar o papel do sistema financeiro, seu potencial 
instabilizador em particular no caso de economias emergentes e as formas pelas quais se 
explicitam na atualidade, no mundo inteiro, a necessidade de regulação. 
 
Resumo: 
• Expectativas do investidor acerca das taxas de juros futuras; 
• Diferentes expectativas em relação às taxas de juros resultam de diferentes 
expectativas quanto a inflação; 
• Taxas de inflação esperada mais altas resultarão em taxas de juros de longo prazo 
mais altas; 
• O oposto ocorre com expectativas de taxas futuras mais baixas. 
Por essa teoria as taxas de longo prazo tendem a ser mais altas que as taxas de curto prazo. 
Baseia-se em dois fatos comportamentais: 
 
 
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1 – Os investidores veem menos risco em títulos de curto prazo do que em títulos de longo 
prazo. 
2 – Os tomadores de empréstimos geralmente estão dispostos a pagar taxas mais altas por 
financiamento de longo prazo do que financiamento de custo prazo. 
• Assegura fundos por período mais longos; 
• Investidores requerem um prêmio para comprometer fundos por períodos longos; 
• Os tomadores geralmente estão dispostos a pagar um prêmio para obter 
financiamento de prazos maiores; 
• Essas preferências dos investidores e tomadores fazem com que a curva de 
rendimentos tenha uma inclinação ascendente; 
• Investidores requerem um prêmio para comprometer fundos por períodos longos; 
• Os tomadores geralmente estão dispostos a pagar um prêmio para obter 
financiamento de prazos maiores; 
• Essas preferências dos investidores e tomadores fazem com que a curva de 
rendimentos tenha uma inclinação ascendente. 
 
 
 
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UNIDADE 15 
Objetivo: Iniciar o estudo do Mercado de Capitais e como se determina o valor da ação. 
1 - INTRODUÇÃO AO MERCADO DE CAPITAIS 
 
As empresas

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