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PATOLOGIA - adaptação, lesão e morte celular

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Introdução à Patologia 
 A patologia é o estudo (logos) do 
sofrimento (pathos); 
 O conceito de NORMAL para a saúde é 
o conceito de normalidade de Gauss que 
expressa a normalidade como sendo a 
média populacional; 
 Devemos também ter a noção de 
diferenciação entre o que é SINAL do 
que é SINTOMA: 
 SINAL é aquilo que pode ser 
visto e quantificado 
numericamente; 
 SINTOMA é aquilo que 
podemos perceber ou ouvir 
do paciente, mas não existe 
uma escala para quantificar. 
Ex: a FEBRE se eu tenho um termômetro a 
febre é sinal; se eu não tenho é sintoma. 
 Esse ramo de estudo dedica-se ao 
estudo das alterações estruturais, 
bioquímicas e funcionais nas células, 
tecidos e órgãos que estão relacionados 
as doenças; 
 Utiliza-se nesse ramo técnicas 
moleculares, microbiológicas, 
imunológicas e morfológicas; 
 A patologia por sua vez tenta explicar 
os porquês dos SINAIS e SINTOMAS 
manifestados por pacientes, 
proporcionando uma base racional para 
os cuidados clínicos e a terapia; 
 O processo doença envolve 4 
aspectos: 
1) Etiologia – causa da doença; 
2) Patogênese – mecanismos de 
desenvolvimento da doença; 
3) Alterações moleculares e 
morfológicas – alterações 
bioquímicas e estruturais induzidas 
nas células e órgãos do corpo pela 
doença; 
4) Manifestações Clínicas – 
consequências funcionais da doença; 
 
ETIOLOGIA 
 Na antiguidade para os árcades (2500 
a..c), se alguém ficou doente foi culpa ou 
do próprio paciente por ter pecado ou 
dos defeitos de agentes externos, como 
mau cheiro, frio, maus espirituais, ou os 
deuses; 
 Atualmente, existe 2 classes principais 
de fatores etiológicos: 
Respostas Celulares ao Estresse e a 
Agentes Tóxicos 
(Adaptação, lesão e Morte) 
 
 
 
1) GENÉTICA – mutações hereditárias 
e variantes de doenças associadas ao 
gene ou poliformismos; 
2) ADIQUIRIDA – doenças infecciosas, 
nutricionais, químicas ou físicas; 
 Tem se a ideia de que um agente 
etiológico é a causa de uma doença. 
Contudo, a maioria das nossas aflições, 
tais como ateroesclerose e câncer, são 
multifatoriais e surgem dos efeitos de 
vários desencadeadores; 
PATOGÊNESE 
 Pode ser definida como a sequência de 
eventos na resposta de células ou 
tecidos ao agente etiológico, a partir do 
estímulo inicial até a expressão da 
doença. 
Exemplo: FIBROSE CÍSTICA – gene 
defeituoso – proteínas defeituosas; 
Eventos bioquímicos e morfológicos: leva 
a formação de cistos e fibrose nos 
pulmões, pâncreas e outros órgãos. 
ALTERAÇÕES MOLECULARES E 
MORFOLÓGICAS 
 As alterações morfológicas referem-se 
às alterações estruturais nas células ou 
tecidos que são ora características de 
uma doença, ora diagnósticas de um 
processo etiológico. 
Tradicionalmente, a patologia diagnóstica, na sua 
prática, usa a morfologia para determinar o tipo 
da doença e acompanhar sua evolução. Embora 
a morfologia permaneça sendo uma peça 
fundamental para os diagnósticos, suas 
limitações se tornaram evidentes ao longo dos 
anos. 
Por exemplo, lesões morfologicamente idênticas 
podem surgir através de mecanismos 
moleculares distintos. Esse aspecto é mais 
impressionante no estudo dos tumores; 
cânceres de mama que são morfologicamente 
idênticos podem apresentar evolução, 
respostas terapêuticas e prognóstico 
completamente diferentes. Análises moleculares 
por técnicas, tais como sequenciamento de 
última geração começam a revelar diferenças 
genéticas que predizem o comportamento dos 
tumores, bem como sua resposta a diferentes 
terapias. 
Cada vez mais, as terapias-alvo específicas com 
base nas alterações moleculares estão sendo 
utilizadas para o tratamento dos cânceres. Por 
isso, o campo da patologia diagnóstica se 
expandiu a ponto de incluir biologia molecular e 
análise proteômica na análise das doenças. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
 As manifestações clínicas se dão pela 
combinação entre os fatores genéticos, 
bioquímicos e estruturais que 
desencadeiam uma série de sinais e 
sintomas. 
 A progressão de tal doença, sua 
evolução clínica e seu resultado também 
entram nesse quarto processo 
patológico. 
Respostas Celulares ao Estresse e à 
Estímulos Nocivos (Agentes Tóxicos) 
HOMEOSTASE – pode ser definida como 
sendo condições mantidas dentro de faixas 
estreitas de variação que permitam a 
sobrevivência das células em condições normais 
de funcionamento. 
Simplificando . . . 
A HOMEOSTASE É UM ESTADO NO QUAL 
AS CÉLULAS DESEMPENHAM SUAS 
FUNÇÕES ADEQUADAMENTE! 
 
 
RESPOSTAS ADAPTATIVAS: 
 HIPERTROFIA: aumento no tamanho das 
células e da sua atividade funcional; 
 HIPERPLASIA: aumento no número das 
células; 
 ATROFIA: diminuição no tamanho e na 
atividade metabólica das células; 
 METAPLASIA: mudança no fenótipo de 
células. METAPLASIA NÃO É CÂNCER! 
OBS: quando o estresse é eliminado da célula 
ela pode se recuperar ao seu estado original 
sem ter sofrido quaisquer consequências 
prejudiciais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Adaptações do Crescimento Celular e 
Diferenciação 
1) HIPERTROFIA: refere-se ao aumento do 
volume de um órgão devido ao 
aumento do tamanho de suas células. O 
órgão hipertrofiado não tem novas 
células, apenas CÉLULAS MAIORES. 
Para que uma célula sofra hipertrofia ela 
pode ser de dois tipos: 
 Células com capacidade de 
divisão: que podem responder ao 
estresse e sofrer tanto hiperplasia 
quanto hipertrofia – SOFRE MAIS 
HIPERPLASIA. 
 Células com baixa taxa de divisão 
celular: estas, aumentam sua 
massa tecidual devido a 
hipertrofia – ex: fibras 
miocárdicas ou fibras musculares 
esqueléticas. 
A hipertrofia por sua vez, pode ser fisiológica 
ou patológica causada por: 
 Demanda funcional ou 
 Estimulação por hormônios e fatores de 
crescimento 
EXEMPLOS DE HIPERTROFIA FUNCIONAL: 
 HIPERTROFIA DO MÚSCULO (funcional): 
neste caso, uma maior carga de trabalho 
resulta de um aumento no tamanho das 
fibras musculares individuais em resposta 
ao aumento da demanda. 
 
 HIPERTROFIA DO CORAÇÃO (funcional): 
neste caso, ocorre um estímulo para a 
hipertrofia devido a uma sobrecarga 
hemodinâmica crônica ocasionada pela 
DOENÇA DE CHAGAS o que levará a 
um quadro de hipertensão ou válvulas 
defeituosas devido ao espessamento do 
miocárdio. 
 
 HIPERTROFIA DO ÚRTERO (hormonal): 
durante a gravidez há um aumento no 
tamanho do órgão que resulta 
principalmente de hipertrofia das fibras 
musculares. 
A ação de hormônios estrogênicos 
sobre os receptores de estrogênio do 
músculo liso aumenta a síntese de 
proteínas do músculo liso e levam então 
a um aumento no tamanho da célula 
uterina. 
 
Figura que representa um útero 
gravídico ao lado de um útero não 
gravídico afim de representar a 
diferença de tamanho entre eles. 
 
 
 
 
Figura B representa a imagem microscópica de 
um útero não gravídico e a figura C um útero 
gravídico. Em que fica claro observar a hipertrofia 
das células uterinas, ou seja, seu aumento de 
tamanho. 
OBS: existe uma visão tradicional de que o 
músculo cardíaco e esquelético em adultos é 
considerado TECIDOS INCAPAZES DE SE 
PROLIFERAR e, portanto, o seu tamanho é 
inteiramente um resultado da hipertrofia. 
No entanto, novas evidências, mostram que 
esses mesmos tipos de células são capazes de 
se proliferar, e também renovar áreas a partir 
de precursores em adição a hipertrofia. 
90% de hipertrofia; 10% de hiperplasia; 
 
MECANISMOS DE HIPERTROFIA: 
Há três etapas básicas na patogenia molecular 
da hipertrofia: 
 As ações integradas de sensores 
mecânicos (que são iniciadas por 
aumento da carga de trabalho); 
 Fatores de crescimento (incluindo TGF-
β, fator de crescimento semelhante à 
insulina 1 [IGF-1], fator de crescimento 
fibroblástico); 
 Agentes vasoativos (p. ex., agonistas α-
adrenérgicos, endotelina-1 eangiotensina 
II). De fato, os próprios sensores 
mecânicos induzem a produção de 
fatores de crescimento e agonistas; 
 
Esses sinais originários da membrana celular 
ativam uma rede complexa de vias de 
transdução de sinal. Duas dessas vias 
bioquímicas envolvidas na hipertrofia muscular 
são a via do fosfoinositídio 3-cinase (PI3K)/Akt 
(considerada a mais importante na hipertrofia 
fisiológica, p. ex., a induzida por exercício) e a via 
de sinalização em cascata da proteína G ligada 
a receptores (induzida por muitos fatores de 
crescimento e agentes vasoativos e 
considerada como sendo mais importante na 
hipertrofia patológica). 
Essas vias de sinalização ativam um conjunto de 
fatores de transcrição como GATA4, fator 
nuclear de células T ativadas (NFAT), e fator 
estimulador do miócito 2 (MEF2). Esses fatores 
de transcrição trabalham coordenadamente 
para aumentar a síntese das proteínas 
musculares que são responsáveis pela 
hipertrofia. 
 
A hipertrofia também pode estar associada: 
 Fatores de permuta de proteínas 
contráteis do adulto para a forma fetal 
ou neonatal: 
Por exemplo: 
 Na hipertrofia muscular a 
isoforma α- da miosina de cadeia 
pesada é substituída pela 
isoforma β, pois esta possui 
RITMO DE CONTRAÇÃO MAIS 
LENTO e é ECONÕMICA 
ENERGETICAMENTE. 
 Expressão gênica de células 
hipertróficas: alguns genes são 
expressos somente durante o 
desenvolvimento precoce e são re-
expressas em células hipertróficas. 
 
 Hipertrofia seletiva: é resumidamente a 
hipertrofia das organelas intracelulares. 
Tal tipo de hipertrofia é umas das 
explicações para o aumento de alguns 
fármacos para que o efeito seja o 
mesmo porque o organismo de adaptou 
devido a hipertrofia seletiva de suas 
organelas. 
 
2) HIPERPLASIA: refere-se ao aumento no 
número de células num órgão ou tecido, 
geralmente resulta em massa 
aumentada do órgão ou tecido. A 
hiperplasia só ocorre em células que 
possuem a capacidade de se dividir. 
A hiperplasia pode ser FISIOLÓGICA OU 
PATOLÓGICA. 
A HIPERPLASIA fisiológica pode se dividir em: 
hiperplasia hormonal ou compensatória. 
 HIPERPLASIA HORMONAL – aumenta a 
capacidade funcional de um tecido 
quando necessário. 
Exemplo: a proliferação do epitélio 
glandular da mama feminina na 
puberdade e durante a gravidez. 
 HIPERPLASIA COMPENSATÓRIA – 
aumento da massa do tecido após dano 
ou secção parcial. 
Exemplo: indivíduos que vivem até com 
apenas 20% do fígado, pois o mesmo 
possui a capacidade de se regenerar. 
“MITO DO PROMETEU” 
A HIPERPLSIA patológica pode ser causada 
principalmente por: 
EXCESSO DE HORMÔNIOS 
 Hiperplasia do endométrio; 
 Hiperplasia prostática benigna; 
FATORES DE CRESCIMENTO QUE ATUAM 
EM CÉLULAS ALVO 
 Câncer; 
 Infecções virais; 
HIPERPLASIA PATOLÓGICA 
 HIPERPLASIA DO ENDOMÉTRIO - a 
hiperplasia endometrial é um exemplo 
de hiperplasia anormal induzida por 
hormônio. Normalmente, após a 
menstruação, há um surto rápido de 
atividade proliferativa no endométrio que 
é estimulado por hormônios hipofisários 
e pelo estrogênio ovariano. Ela 
permanece até sua parada, pelos níveis 
crescentes de progesterona, em geral 
cerca de 10 a 14 dias antes do fim do 
ciclo menstrual. Em alguns casos, no 
entanto, o equilíbrio entre estrogênio e 
progesterona é perturbado, o que 
resulta em aumentos absolutos ou 
relativos na quantidade de estrogênio, 
com consequente hiperplasia das 
glândulas endometriais. 
Devemos também salientar, que o ovário é 
formado por três distintas camadas: 
O ENDOMÉTRIO camada mais interna do 
útero formado por células epiteliais e que 
fazem HIPERPLASIA; 
O MIOMÉTRIO camada mediana do útero 
formada por células de tecido muscular liso 
que realizam HIPERTROFIA; 
O PERIMÉTRIO camada mais externa do 
útero formada por células de tecido adiposo 
e conjuntivo. As células conjuntivas realizam 
sempre HIPERPLASIA. Já as células adiposas 
possuem a capacidade de até os 18 anos 
realizarem apenas hiperplasia e depois dessa 
idade realizam também hipertrofia; 
 
O ESTROGÊNIO é o PRINCIPAL hormônio 
que causa HIPERPLASIA NA MULHER. Ele 
por sua vez, é o responsável por promover 
a hiperplasia do perimétrio e a hipertrofia do 
miométrio. Já a PROGESTERONA é o 
hormônio responsável por manter e 
aumentar essa hiperplasia e hipertrofia. 
 HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA – 
ocorre mediante a resposta do estímulo 
ao hormônio androgênico. Causa 
dificuldade em urinar e expelir o sêmen. 
 CÂNCER – os mecanismos de controle 
de crescimento se tornam desregulados 
ou ineficazes por causa de aberrações 
genéticas e isso desencadeia uma 
PROLIFERAÇÃO DESENFREADA. 
Exemplo: câncer de endométrio. 
 INFECÇÕES VIAIS – fatores de 
crescimento produzidos por genes virais 
ou por células infectadas podem 
estimular a proliferação celular. 
Exemplo: HPV 
MECANISMOS DA HIPERPLASIA: 
É dependente da capacidade de regeneração 
dos diferentes tipos de células. 
 CÉLULAS LÁBEIS (células estaminais): 
 Se dividem continuamente; 
 Exemplos: células tronco, células 
basais da epiderme, criptas de 
Lieberkuhn; 
 Estas sofrem hiperplasia como 
uma adaptação à lesão celular; 
 CÉLULAS ESTÁVEIS (células em 
repouso): 
 Se dividem com pouca 
frequência, porque estão 
normalmente na fase de 
repouso; 
 Devem ser estimuladas por 
hormônios ou fatores de 
crescimento para entrar no ciclo 
celular; 
 Exemplos: hepatócitos, astrócitos, 
células musculares lisas; 
 Podem sofrer hiperplasia ou 
hipertrofia como uma adaptação 
à lesão celular; 
 
3) ATROFIA: refere-se à diminuição de 
tamanho de um órgão ou tecido devido 
a diminuição de suas células. 
 
 
Na figura A vemos a representação de 
um cérebro normal. Na figura B 
podemos identificar um cérebro de com 
atrofia de um homem de 82 anos com 
doença cerebrovascular ateroesclerótica, 
resultando em fornecimento de sangue 
reduzido. 
Causas: 
 Estimulação Hormonal Diminuída – 
um exemplo é o HIPOPITUITARISMO, 
patologia envolvendo a pituitária 
(glândula hipófise). Essa patologia 
causa a atrofia de órgãos alvo como 
a tireoide e o córtex cerebral que 
são órgãos comandados por essa 
glândula. 
 Diminuição da Inervação – um 
exemplo seria a ESCLEROSE 
LATERAL AMIOTRÓFICA em que 
ocorre a atrofia dos músculos 
esqueléticos após a perda de 
neurônios motores inferiores. 
 Diminuição do Fluxo Sanguíneo – 
um exemplo seria a ATROFIA 
CEREBRAL devido a aterosclerose da 
artéria carótida. 
 Diminuição na Oferta de Nutrientes – 
um exemplo característico seria o 
MARASMO com a 
diminuição/privação total das calorias. 
 Aumento da Pressão Sanguínea – 
um exemplo desse tipo de causa de 
atrofia é a HIDRONEFROSE quando 
ocorre a atrofia do córtex da medula 
adrenal no rim. Na hidronefrose o 
tamanho macroscópico aparenta 
estar na normalidade, no entanto, ao 
cortarmos esse rim ele se encontra 
repleto de água. 
 Oclusão dos Ductos Secretores – 
um exemplo é a FIBROSE CÍSTICA 
onde as glândulas exócrinas sofrem 
o espessamento de seus ductos 
devido a atrofia das células dos 
mesmos. 
MECANISMOS DA ATROFIA 
Encolhimento das células devido ao catabolismo 
aumentado das organelas celulares (por 
exemplo, as mitocôndrias) e a redução do 
cortisol. 
 É a perda das células por APOPTOSE – 
em que a própria célula começa a se 
digerir internamente. 
 
4) METAPLASIA: refere-se à substituição 
de um tipo de célula por outra 
totalmente diferenciada. 
Tipos de Metaplasia: 
 Metaplasia de Epitélio Escamoso para 
Glandular – ex: ESÔFAGO DE 
BARRETT – em que o epitélio distal do 
esôfago exibe um aumento das células 
caliciformes e células secretoras de 
muco em resposta ao refluxo ácido. 
 
 Metaplasia de Epitélio glandular a outros 
tipos de epitélio glandular – ex: 
METAPLASIA INTESTINAL – em que o 
epitélio do piloro e do antro exibem um 
aumento de células caliciformes e de 
Paneth em resposta à ação da H. Pilory 
induzidapor gastrite atrófica crônica. 
 
 Metaplasia de Epitélio glandular para 
escamoso – ex: EPITÉLIO BRÔNQUICO 
– em que células basais do epitélio 
brônquico desenvolvem metaplasia 
escamosa em resposta à fumaça 
irritante do cigarro. 
 
 
 Metaplasia do Epitélio glandular para 
escamoso – ex: EPITÉLIO 
ENDOCERVICAL – em que o epitélio 
endocervical desenvolve metaplasia 
escamosa, em resposta ao pH ácido da 
vagina, quando ele se torna ainda mais 
ácido que o normal. 
 
 Metaplasia do Epitélio de transição para 
escamoso – ex: EPITÉLIO DA BEXIGA 
– em que por infecção por Schistosoma 
Haematobium na bexiga provoca 
metaplasia do epitélio de transição para 
o escamoso. 
 
MECANISMOS DA METAPLASIA 
Reprogramação de células tronco em resposta 
aos seguintes sinais: 
 Hormônios; 
 Vitaminas; 
 Irritantes químicos; 
A METAPLASIA pode ser REVERSÍVEL! Desde 
que o agente irritante seja removido. 
Lesão e Morte Celular 
A lesão celular ocorre quando as células são 
estimuladas tão intensamente que não são mais 
capazes de se adaptar ou quando são expostas 
a agentes naturalmente nocivos ou são 
prejudicadas devido a anormalidades intrínsecas. 
A lesão pode progredir a partir de um estágio 
reversível e culminar até a morte celular 
CAUSAS DA LESÃO CELULAR: 
As causas da lesão celular podem variar desde 
a violência de um acidente automobilístico até 
anormalidades celulares sutis, tais como a 
mutação genética causando a perda de uma 
enzima importe por exemplo. 
Os estímulos prejudiciais podem ser agrupados 
nas seguintes categorias gerais: 
1) PRIVAÇÃO DE OXIGÊNIO (HIPÓXIA): 
A hipóxia é a redução do oxigênio 
proveniente no tecido. As causas da 
hipóxia incluem a redução do fluxo 
sanguíneo (isquemia), a oxigenação 
inadequada do sangue devido a 
insuficiência cardiorrespiratória, e a 
redução da capacidade de transporte de 
oxigênio no sangue como é no caso do 
envenenamento por monóxido de 
carbono ou grande perda sanguínea. 
 
É importante salientar que o oxigênio 
circula dentro da corrente sanguínea 
livremente e essa pressão de oxigênio é 
conhecida como PRESSÃO PARCIAL 
(em mm Hg); e também, circula dentro 
da hemácia na forma de hemoglobina e 
essa pressão é conhecida como a 
SATURAÇÃO do paciente e é possível 
de ser medida e calculada. Por 
consequência, a soma dessas duas 
pressões é dita PRESSÃO TOTAL DE 
O2. 
 
Quando alguma anormalidade leva a 
diminuição do oxigênio no cérebro por 
exemplo, este órgão na tentativa de se 
adaptar e manter suas funções normais 
começa a acessar os lipídeos 
provenientes daquela região realizando 
uma degradação lipídica que leva a uma 
formação de corpos cetônicos 
extremamente tóxicos e prejudiciais as 
funções cerebrais. 
Quando essa falta, começa por afetar os 
músculos os mesmos que realizam suas 
atividades de normalidade de forma 
aeróbia transformando o oxigênio em 
energia a partir de ATP passam a 
gerara ácido lático proveniente dessa 
reação de o oxigênio. Esse ácido lático é 
de extremo prejuízo aos miócitos, ou 
seja, as células musculares. 
 
2) AGENTES FÍSICOS: 
Podemos incluir entre os agentes físicos 
que geram lesão celular: 
 Trauma mecânico; 
 Extremos de temperatura 
(queimaduras e frio de 
profundidade); 
 Mudanças bruscas de pressão 
atmosférica; 
 Radiação; 
 Choque elétrico; 
 
3) AGENTES QUÍMICOS: 
 Produtos químicos simples – 
como o sal e a glicose em 
concentrações hipertônicas 
podem perturbar o equilíbrio 
eletrolítico das células; 
 Traços de venenos – como o 
arsênio, os sais de cianeto ou o 
mercúrio podem provocar lesões 
até mesmo irreversíveis nas 
células; 
 Outras substancias “companheiros 
diários” – poluentes ambientais e 
do ar, inseticidas e herbicidas; 
perigos industriais e ocupacionais 
como o CO2 e o amianto. 
 Drogas recreativas – como o 
álcool e drogas terapêuticas; 
 
4) AGENTES INFECCIOSOS: 
Esses agentes variam desde vírus 
submicroscópicos até as tênias de vários 
metros de comprimento. Entre os dois 
extremos temos os vírus, bactérias e 
fungos em várias formas como na 
forma de parasitas. 
 
5) REAÇÕES IMUNOLÓGICAS: 
O sistema imunológico exerce uma 
função essencial na defesa contra 
agentes patogênicos infecciosos. Mas as 
reações imunitárias podem também 
causar lesão celular como DOENÇAS 
AUTOIMUNES e REAÇÕES IMUNES. 
Exemplos de algumas doenças 
autoimunes são: artrite reumatoide, 
esclerose múltipla, lúpus, psoríase 
tireoide, diabetes tipo I e tipo II. 
 
6) DESORDENS GENÉTICAS: 
 Síndrome de Down – uma má 
formação congênita associada a 
causa por uma anomalia 
cromossômica; 
 Anemia falciforme – tempo de 
vida reduzido de células 
vermelhas do sangue causada 
por uma única substituição de 
aminoácido na hemoglobina; 
 Erros inatos do metabolismo – 
defeitos genéticos que podem 
causar lesão celular por causa da 
deficiência de proteínas 
funcionais; 
 
7) DESIQUILÍBRIOS NUTRICIONAIS: 
Os desequilíbrios nutricionais continuam 
sendo uma causa constante de lesões 
celulares. A deficiência proteico-calórica 
de alguns povos desfavorecidos leva a 
um número considerável de mortes. A 
deficiência de vitaminas especificas 
também leva a desnutrição e até a 
morte em alguns casos. 
Ironicamente, os excessos também 
levam a desequilíbrios que podem 
acarretar em aterosclerose com o 
excesso de colesterol na dieta. Além 
disso, a obesidade está associada ao 
aumento da incidência de várias doenças 
importantes como o diabetes e o 
câncer. 
Alterações Morfológicas na Lesão 
Celular 
No esquema abaixo nós temos a representação 
visual do desenvolvimento sequencial de 
alterações bioquímicas e morfológicas na lesão 
celular 
 
As células se tornam não funcionais, logo após 
o início da agressão, embora elas ainda 
permaneçam viáveis, com danos 
potencialmente reversíveis. No entanto, em 
uma agressão de longa duração pode levar a 
lesão irreversível e morte celular. 
As alterações morfológicas de lesão podem 
culminar em 2 tipos de morte celular: 
 NECROSE; 
 APOPTOSE; 
Abaixo um quadro de representação das 
características da necrose e da apoptose: 
Característi
ca 
Necrose Apoptose 
Tamanho 
celular 
Aumentado 
(tumefação) 
Reduzido 
(retração) 
Núcleo Picnose 
(degenerado), 
cariorrexe 
(fragmentado), 
cariólise 
(dissolução/queb
ra) 
Fragmentação 
em 
fragmentos do 
tamanho de 
nucleossomos 
Membrana 
plasmática 
Rompida Intacta: 
estrutura 
alterda, 
especialmente 
a orientação 
dos lipídeos. 
Conteúdo 
celular 
Digestão 
enzimática; 
Intacta: são 
liberados em 
corpos 
apoptóticos 
Inflamação 
adjacente 
Frequente Quase 
nenhuma 
Papel 
fisiológico 
ou 
patológico 
Invariavelmente 
patológica 
(resultando da 
lesão celular 
irreversível) 
Frequenteme
nte fisiológica. 
 
 
 
 
 
Lesão Reversível 
As alterações ultraestruturais da lesão celular 
reversível incluem: 
1) Alterações da membrana plasmática 
como bolha, embotamento e perda de 
microvilosidades; 
2) Alterações mitocondriais, incluindo 
inchaço e aparecimento de pequenas 
densidades amorfas; 
3) Dilatação do RE, com deslocamento de 
polissomos, figuras de mielina 
introcitoplasmáticas podem estar 
presentes; 
4) Alterações nucleares, com a degradação 
dos elementos granulares e fibrilares; 
 
Na figura A temos a microscopia eletrônica de 
uma célula epitelial em estado de normalidade. 
Na figura B também temos a microscopia 
eletrônica desta mesma célula, sofrendo uma 
lesão mais ainda é uma célula viva. 
 
Já na imagem C, vemos a mesma célula 
epitelial em estado de morte. 
Necrose 
 A aparência morfológica de necrose é 
resultado da desnaturação de proteínas 
intracelulares e digestão enzimática da 
célula; 
 A morte de grupos de células, muitas 
vezes é acompanhada por um infiltrado 
inflamatório (pus); 
 Toda necrose possui uma inflamação; 
TIPOS DE NECROSE: 
1) NECROSE DE COAGULAÇÃO 
A necrosede coagulação preserva o 
contorno estrutural das células mortas. 
 
O MECANISMO – advém da 
desnaturação de enzimas e proteínas 
estruturais, e isso se dá por alguns 
fatores: 
 Acumulação celular de metais 
pesados ou de lactado (por 
exemplo, chumbo, mercúrio) 
 Exposição celular a radiação 
ionizante. 
A inativação das enzimas intracelulares impede 
a dissolução (autólise) da célula – por isso o 
contorno celular se mantém. 
NA IMAGEM – nós podemos observar uma 
área de infarto do miocárdio que sofreu uma 
necrose de coagulação. 
Nela podemos observar em VERMELHO 
(rosado) a presença de hemácias, devido ao 
extravasamento de sangue no local. 
Vemos também em AZUL (arroxeado) a 
presença de leucócitos (neutrófilos (que são 
leucócitos primários) e macrófagos) 
 
As fibras paralelas esbranquiçadas são as fibras 
dos miócitos. 
Os núcleos da imagem estão sofrendo 
PICNOSE (degeneração) e outros já sofreram 
CARIÓLISE (a quebra total do núcleo). 
O arcabouço celular está preservado! 
EXEMPLOS DE NECROSE DE COAGULAÇÃO: 
INFARTO – o infarto é uma área com ausência 
de oxigênio e uma manifestação grosseira de 
necrose de coagulação devido a oclusão subida 
de um vaso (devido a oclusão por placa de 
ateroma por exemplo). 
Geralmente em forma de cunha, os vasos 
ramificados por exemplo a artéria pulmonar são 
ocluídos. 
EXISTEM 2 TIPOS: 
a) Tipo pálido (isquêmico) – falta de 
irrigação sanguínea por causa de um 
tromboembolismo. 
Nele, o tecido aumenta a sua densidade 
(pode ocorrer no coração, rim e baço) 
e assim, impede que os glóbulos 
vermelhos se difundam através do 
tecido necrótico. 
 
A área amarelada representa as áreas 
de infarto isquêmico 
 
b) Tipo hemorrágico (vermelho) – ocorre 
um aumento um extravasamento de 
sangue no local. 
Ocorre em tecidos destexturizados 
como o pulmão e intestino delgado – os 
glóbulos vermelhos se difundem através 
do tecido necrótico 
 
A figura representa um corte histológico 
de um pulmão que sofreu necrose de 
coagulação do tipo hemorrágica. 
O tecido apresenta formato de cunha 
devido a necrose – e a seta representa 
o vaso que foi obstruído e levou ao 
extravasamento lateral de sangue que 
deu a coloração avermelhada ao tecido. 
 
A necrose de coagulação do tipo 
hemorrágica pode levar a formação de 
GANGRENAS. 
 
A imagem mostra uma gangrena seca 
dos dedos dos pés em indivíduos com 
diabetes mellitus é uma forma de infarto 
que resulta em isquemia. 
 
OBS: TIPOS DE GANGRENA: 
 GANGRENA ÚMIDA – apresenta 
material purulento amarelado é 
característico de necrose 
liquefativa. 
 GARNGRENA SECA – se houver 
material purulento ele será 
enegrecido, é característico de 
necrose de coagulação. 
 
2) NECROSE LIQUEFATIVA 
A degradação necrótica do tecido que 
amolece se torna liquefeito. 
 
O MECANISMO – enzimas lisossomais 
liberadas pelas células necróticas ou 
neutrófilos causam a liquefação do 
tecido. 
EXEMPLO DE NECROSE LIQUEFATIVA: 
INFARTO DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL 
– encéfalo (cérebro) e medula espinal. Ocorre 
de modo que as enzimas hidrolíticas começam 
a degradar os próprios neurônios e geram 
grande quantidade de material purulento 
(dentro de cavidades císticas). 
 
 
Cérebro acometido por necrose liquefativa 
A necrose liquefativa também pode formar 
gangrenas: 
 
Na imagem temos representado uma gangrena 
úmida dos dedos dos pés de indivíduos com 
diabetes mellitus é uma infecção do tecido 
morto imposta por microrganismos anaeróbios 
(por exemplo, Clostridium perfringens). 
 
3) NECROSE CASEOSA 
Variante de necrose de coagulação 
associada com material acelular com 
aparência de queijo suíço (caseosa) 
 
O MECANISMO – bacilos como o 
“Mycobacterium tuberculosis” e fungos 
sistêmicos (por exemplo, Histoplasma) 
ativam os neutrófilos das células e estes, 
despejam PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO 
dentro de toda a célula, esse peróxido 
começa a destruir não só os bacilos mas 
como toda a célula saudável e também 
a membrana que reveste os próprios 
bacilos que é rica em LIPÍDEOS, esse 
lipídio irá precipitar e formar ácidos 
graxos e triacilglicerol formando assim o 
aspecto caseoso que veremos nesse 
tipo de necrose. 
 
 
NECROSE CASEOSA 
Tuberculose do pulmão, com uma 
grande área de necrose caseosa, 
contendo restos amarelo-branco (queijo). 
 
Outro exemplo é o ABCESSO EM 
LINFONODOS quando a necrose ocorre 
dentro dos LINFONODOS devido ao 
aprisionamento de bactérias dentro de 
um linfonodo – os linfócitos também irão 
despejar peróxido de hidrogênio dentro 
do linfonodo e a degradação lipídica 
também ocorrerá. 
 
A formação de GRANULOMAS é 
característico do processo de necrose 
nos linfonodos. 
 Nos granulomas nós encontramos 
células T(help) CD4 macrófagos, 
linfócitos e células epiteliais. 
MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE LINFONODO 
NECRÒTICO 
 
Na imagem, vemos a presença de granulomas 
– e a área com ausência de linfócitos (área 
com menor concentração de pontos 
arroxeados) temos a área necrótica. 
4) NECROSE GORDUROSA ENZIMÁTICA 
É um tipo de necrose característico do 
tecido adiposo localizado em torno do 
pâncreas agudamente inflamado 
 
O MECANISMO - ativação da lipase 
pancreática (por exemplo, excesso de 
álcool), causando a hidrólise de 
triglicerídeos em células de gordura; 
– Conversão de ácidos graxos em 
sabão (saponificação): 
*Combinação de ácidos e de cálcio. 
 
O álcool leva ao aumento das enzimas 
pancreáticas e as proenzimas do 
pâncreas que só deviam se ativar no 
duodeno começam a se ativar já dentro 
do pâncreas fazendo com que o tecido 
adiposo de dentro e fora do pâncreas 
começam a ser degradados. 
 
EXEMPLO: PANCREATITE AGUDA 
 
NECROSE GORDUROSA TRAUMÁTICA 
(subtipo da necrose gordurosa 
enzimática) 
 
Ocorre no tecido adiposo (por exemplo, 
o tecido da mama do sexo feminino) 
como resultado de um trauma; 
– Não mediada por enzima LIPASE. É a 
enzima TRPSINA que age nesses casos. 
 
5) NECROSE FIBRINÓIDE 
É limitada a pequenas artérias 
musculares, arteríolas, vênulas e capilares 
glomerulares; 
 
O MECANISMO - Deposição de material 
proteico róseo nas paredes dos vasos 
devido a danificação às membranas 
basais. Ocorre quando medicamentos ou 
trombos impedem a chegada de 
suprimento sanguíneo na vaso vasorum 
(vasos que nutrem os vasos). 
 
 
Necrose fibrinóide na artéria. 
 
CONDIÇÕES ASSOCIADAS: 
 
Vasculite imune, hipertensão maligna 
 
Mecanismos da Injúria Celular 
PRINCÍPIOS RELEVANTES PARA A MAIORIA 
DAS FORMAS DE LESÃO: 
 
1) A resposta celular a estímulos nocivos 
depende da natureza da lesão, da sua 
atuação e da sua gravidade; 
 
2) As consequências da lesão celular 
dependem do tipo, do estado e da 
adaptabilidade da célula afetada; 
 
3) A injúria celular resulta de diferentes 
mecanismos bioquímicos que atuam em 
vários componentes celulares essenciais; 
 
4) Qualquer estímulo prejudicial pode 
desencadear simultaneamente vários 
mecanismos interligados que danificam 
as células; 
 
PRINCIPAIS MECANISMOS 
DELEÇÃO DO ATP 
A deleção da molécula de ATP ou a diminuição 
do ATP ocasionada por uma ISQUEMIA por 
exemplo gera uma área de anoxemia e depois 
anoxia ao tecido. 
 
Dessa forma, o que acontece na isquemia é 
que o oxigênio não chega ao tecido levando a 
uma fosforilação oxidativa que desencadeia a 
DIMINUIÇÃO do ATP. A partir desse momento, 
temos 3 mecanismos podendo acontecer: 
1) DIMINUIÇÃO DO Na+ (mal 
funcionamento da bomba de sódio e 
potássio) – esse mal funcionamento que 
diminui as concentrações de Na+ dentro 
da célula desencadeia um INFLUXO de 
Ca+ e H2O (um aumento) e também 
um EFLUXO de K+. 
Esse desequilíbrio eletrolítico citado 
anteriormente gera um aumento do 
retículo endoplasmático, 
consequentemente um aumento celular 
como um todo e assim uma diminuição 
das microvilosidades (componente da 
membrana apical que irá formar 
BOLHAS DE EMBOTAMENTO) 
 
2) AUMENTO DA GLICOSE ANAERÓBICANesse mecanismo, as concentrações de 
glicose irão diminuir devido a sua quebra 
por O2 e isso então levará a formação 
de ácido lático (que ficará com a 
concentração aumentada) e dessa forma 
o pH diminuirá ficando mais ácido. 
Esses processos como um todo farão 
com que o DNA sofra um processo de 
condensação da sua cromatina – com a 
cromatina condensada ela não consegue 
ser lida, ou seja, as proteínas não 
conseguem ser formadas. 
 
3) SAÍDA DOS RIBOSSOMOS DO 
RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO 
O terceiro mecanismo que a diminuição 
de ATP desencadeia é a deleção 
ribossômica. Em que ocorrerá uma 
DIMINUIÇÃO na síntese de proteínas e 
isso levará a DEPOSIÇÃO DE LIPÍDEOS 
(reserva lipídica) 
Essa deposição lipídica é uma tentativa 
da célula de informar que se em algum 
momento ela vier a sobreviver pós a 
lesão que está sofrendo a forma de 
sobrevida dela é realizando uma 
deposição lipídica. 
** formação de micelas de lipídeos no 
interior da célula. 
DANO MITOCONDRIAL 
O dano mitocondrial é gerado por um 
AUMENTO de cálcio citosólico (ou seja, dentro 
da célula), com o estrese oxidativo do O2 
formando radicais livres e ainda com a 
preroxidação lipídica. Dessa forma, esses fatores 
estão intimamente ligados com a diminuição do 
ATP, outro mecanismo de lesão celular. 
 
Esse conjunto de fatores leva a saída de 
prótons H+ e a saída de citocromo C (que é 
um conjunto de proteínas enzimáticas que 
estão relacionadas com a fosforilação oxidativa 
– quando há uma falta de O2 por conta da 
fosforilação a célula entende que não necessita 
mais do citocromo C e por isso o retira de 
dentro da célula) 
Sendo assim, a saída dos prótons H+ está 
relacionada com o processo de necrose, pois, 
os prótons atacam as proteínas de membrana. 
Já a saída do citocromo C sinaliza a célula a 
produzir proteínas apoptóticas e leva a célula a 
apoptose. 
 
 
 
INFLUXO DE CÁLCIO (Ca+) E PERDA DA 
HOMEOSTASE DO CÁLCIO 
Este é mais um mecanismo que está 
relacionado com a deleção do ATP e com a 
diminuição do oxigênio proveniente. Uma vez 
que esse mecanismo de lesão se desenvolve a 
partir da entrada de cálcio dentro da célula 
porque a bomba de sódio e potássio não está 
funcionando adequadamente devido à falta de 
O2 e a diminuição do ATP. 
O que acontece de fato é que a quantidade de 
cálcio se torna excessiva, pois junta-se o Ca+ 
das mitocôndrias celulares, o Ca+ do retículo 
endoplasmático liso e ainda o novo cálcio que 
está entrando dentro dessa célula devido a 
diminuição de O2 e de ATP. Essa quantidade 
exacerbada gera um desequilíbrio de 
gradiente** 
Ainda nesse mecanismo de lesão temos 
ocorrendo um FEEDBACK NEGATIVO – em 
que o cálcio fora da célula age nas mitocôndrias 
inibindo que a mesma produza ATP para 
regular o desequilíbrio que está desencadeando 
o grande influxo de cálcio, essa falta de 
produção diminuirá ainda mais os níveis de ATP 
e o processo será agravado. 
O desequilíbrio citosólico de cálcio é capaz de 
ativar alguns tipos de enzimas celulares: 
1) FOSFOLIPASE – diminuição de 
fosfolipídios causando danos a 
membrana; 
2) PROTEASES – que irão destruir as 
proteínas da membrana e do 
citoesqueleto e assim gerará danos a 
membrana; 
3) ENDONUCLEASES – gerarão dano 
nuclear; 
4) ATPase – devido a permeabilidade 
mitocondrial realizam a degradação de 
ATP; 
 
 
ACÚMULO DE RADICAIS LIVRES DERIVADOS 
DO OXIGÊNIO (ESTRESSE OXIDATIVO) 
A lesão celular induzida por radicais livres, 
particularmente as espécies reativas de 
oxigênio, é um importante mecanismo de dano 
celular em muitas condições patológicas, como 
a lesão química e por radiação, lesão de 
isquemia-reperfusão (produzida pela 
restauração do fluxo sanguíneo em um tecido 
isquêmico), envelhecimento celular e morte de 
micorganismos pelos fagócitos. 
Os RADICAIS LIVRES são espécies químicas 
que têm um único elétron não emparelhado 
em um orbital externo. Os elétrons não 
emparelhados são altamente reativos e 
“atacam” e modificam moléculas adjacentes, 
tanto substâncias inorgânicas quanto orgânicas 
– muitas delas componentes essenciais do 
núcleo e da membrana celular. 
As ESPÉCIES REATIVAS DO OXIGÊNIO 
(ERO’S) são um tipo de radical livre derivado do 
oxigênio. Normalmente, as ERRO’S são 
produzidas nas células durante a respiração 
mitocondrial e geração de energia. No entanto, 
o aumento da produção ou a diminuição da 
eliminação das ERRO’S provoca um excesso 
desses radicais livres, uma condição chamada 
de estresse oxidativo. 
**O estresse oxidativo tem sido implicado em 
uma grande variedade de processos 
patológicos, incluindo lesão celular, câncer, 
envelhecimento e algumas doenças 
degenerativas como doença de Alzheimer 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBS: **hepatite ou pancreatite podem ocorrer 
devido ao elevado consumo de alcool que 
geram a alta foramção de radicais livres que 
consomem SOD (superóxido dismutase) e POD 
(peroxidase). 
OBS: **TEORIA DO ENVELHECIMENTO 
CELULAR – ao longo do tempo os 
mecanismos produtores de radicais livres vão 
diminuindo fazendo com que os fatores de 
oxidação aumentem ocasionando o 
envelhecimento. 
 
DEFEITOS NA PERMEABILIDADE DA 
MEMBRANA 
A perda precoce da permeabilidade seletiva da 
membrana, evoluindo no final para um dano 
evidente da membrana, é uma característica 
constante na maioria das formas de lesão 
celular (exceto na apoptose). O dano na 
membrana pode afetar as funções e a 
integridade de todas as membranas celulares. 
A membrana celular é formada de caudas 
carbônicas (apolares) e cabeças (polares), 
quando ocorre uma inversão dessa membrana, 
expondo ou rompendo-a por uma lesão ou 
dano por exemplo, processos inflamatórios são 
desencadeados: 
RUPTURA– ocorre a perda de organelas 
citoplasmáticas gerando disparos para 
desencadear resposta inflamatória; 
EXPOSIÇÃO – leva a formação de lisossomos 
com enzimas digestivas dentro da membrana 
exposta que começa a realizar a degradação 
dos componetes celulares; 
 
 
DANO AO DNA E À PROTEÍNAS 
A dupla fita de DNA é empacotada pelas 
HISTONAS. As histonas possuem proteínas 
chamadas PARP que auxiliam no enovelamnento 
do DNA. 
Quando algum dano acomete o DNA como a 
radiação, estresse oxidativo ou fármacos 
nocivos, por exemplo, alterações podem 
ocorrer por meio de 2 vias: 
 APOPTOSE – em que ocorre a 
clivagem da PARP, ou seja, a sua 
quebra, o que deixará o DNA 
fragmentado (cariorrex); 
 REPARAÇÃO – onde a PARP se 
liga a adenosina e faz com que 
apenas uma parte do DNA não 
consiga ser lida. 
 
 
Apoptose 
A apoptose é uma via de morte celular induzida 
por um programa de suicídio finamente 
regulado no qual as células destinadas a morrer 
ativam enzimas que degradam seu próprio DNA 
e suas proteínas nucleares e citoplasmáticas. 
É dita como uma morte programada mediada 
enzimaticamente, principalmente pela enzima 
CASPASE. 
As células apoptóticas se quebram em 
fragmentos, chamados corpos apoptóticos, que 
contêm porções do citoplasma e núcleo. A 
membrana plasmática da célula apoptótica e de 
seus corpos apoptóticos permanece intacta, 
mas sua estrutura é alterada de tal maneira que 
seus fragmentos tornam-se alvos para os 
fagócitos. 
MECANISMO APOPTÓTICO: 
 
 
APARÊNCIA MICROSCÓPICA: 
 Perda da adesãodas células 
(justaposição); 
 Citoplasma profundamente eosinófilo; 
 Núcleo picnótico, fragmentado ou 
ausente; 
 Mínimo ou nenhum filtrado inflamatório; 
 
Mecanismos da Apoptose 
Em uma CÉLULA SAUDÁVEL o mecanismo 
que regula a nomalidade da célula se dá pelos 
que receptores que essa célula recebe e que a 
informa que ela deve se manter viva! 
Esses receptores são chamados fatores de 
crescimento e podem ser a insulina por 
exemplo. Esses fatores de crescimento 
produzem proteínas ANTI-APOPTOSE 
chamadas de Bcl-2. 
O Bcl-2 se liga na membrana da mitocôndria 
para que o citocromo C (que é um sinalizdor 
de morte quandofora da mitocôndria) não saia 
da mitocôndia de maneira nenhuma – assim a 
célula se mantém viva! 
 
*** agora, quando a célula começa a ser lesada, 
por diversos fatores por exemplo uma dano ao 
DNA por radiação, processos apoptóticos 
começam acontecer. 
Esse dano faz com que a célula produza uma 
proteína chamada BH-3 que é a proteína 
antagonista do Bcl-2 e assim quem se liga na 
membrana da mitocôndia é a BH-3 
Dessa maneira, mesmo que exista Bcl-2, a 
proteina BH-3 já esta ocupando o seu lugar na 
membrana mitocondrial - isso por sua vez, faz 
com que o citocromo C saia da célula por 
canais BAX/BAK e assim o citocromo C ativa as 
enzimas CASPASES e gera então a apoptose 
celular. 
 
A célula é levada ao processo apoptótico por 
duas vias: 
1) Via intrínsceca – via do citocromo C que 
passa pela Bcl-2 (visto anteriormente); 
2) Via Extrínceca – é a via do FAS/FAS-L. 
Todas as células possuem receptores 
FAZ/FAZ-L que são receptores que 
conseguem entender quando suas 
células vizinhas estão entrando em 
morte e dessa maneira ela escolhe 
também morrer ativando as CASPASES 
mais uma vez. 
 
REPRESENTAÇÃO DAS DUAS VIAS: 
 
 
Autofagia 
A autofagia envolve o sequestro de organelas 
celulares em vacúolos autofágicos 
citoplasmáticos (autofagossomos) que se 
fundem com os lisossomos e digerem o 
material incluso. 
A autofagia é uma resposta adaptativa que é 
reforçada durante a privação de nutrientes, 
permitindo que a célula se canibalize para 
sobreviver. 
A formação do autofagossomo é regulada por 
mais de uma dúzia de proteínas que atuam de 
forma coordenada e sequencial. 
A desregulação da autofagia ocorre em muitos 
estados de doença, incluindo cânceres, doenças 
inflamatórias intestinais e distúrbios 
neurodegenerativos. A autofagia desempenha 
um papel na defesa do hospedeiro contra 
certos microrganismos. 
Acúmulos Intracelulares 
Muitos processos resultam em acúmulos 
intracelulares anormais, mas a maioria são 
atribuíveis a quatro tipos de anormalidades: 
 
1- METABOLISMO ANORMAL: ocorre um 
aumento lipídico. 
 
 
2- MUTAÇÃO ERRÔNIA: uma mutação no 
DNA causa uma construção errada de 
tal proteína e faz com que ela não saia 
da célula. 
 
 
3- AUSÊNCIA ENZIMÁTICA: falta certa 
enzima para desconstruir determinada 
proteína e ela fica armazenada dentro 
de lisossomos. 
 
 
4- INGESTÃO DE MATERIAIS INDIGERÍVEIS: 
assimilação de substâncias externas que 
as células não conseguem digerir tal 
material. 
 
 
 
Calcificações Patológicas 
É a deposição de tecido anormal de sais de 
cálcio, juntamente co quantidades menores de 
ferro, magnésio, e sais minerais. 
Existem duas formas de calcifcação patológica: 
 CALCIFICAÇÃO DISTRÓFICA 
 Ocorre localmente; 
 Níveis séricos normais de cálcio; 
 Ausência de desarranjos no 
metabolismo do cálcio; 
A calcificação distrófica é encontrada em áreas 
de necrose, sejam elas do tipo coagulativa, 
caseosa ou liquefativa, e em focos de necrose 
enzimática da gordura. A calcificação quase 
sempre está presente nos ateromas da 
aterosclerose avançada. Também se 
desenvolve comumente nas valvas cardíacas 
envelhecidas ou danificadas, dificultando ainda 
mais a sua função. 
 
 
 CALCIFICAÇÃO METASTÁTICA 
 Deposição de sais de cálcio em 
tecidos normais; 
 Quase sempre resulta em 
hipercalcemia secundária; 
Pode ocorrer de uma única vez em vários 
tecidos do corpo devido a alguns fatores como 
o aumento da secreção do paratormônio 
(PTH), devido a destruição de tecido ósseos 
decorrente de tumores primários na medula 
óssea, distúrbios relacionados com a vitamina D, 
e ainda insufisciência renal que desregula os 
balanços eletrolíticos. 
 
Envelhecimento Celular 
O envelhecimento celular é resultado do 
declínio progressivo da função e viabilidade 
celulares causado por anormalidades genéticas 
e acúmulo de danos moleculares e celulares 
devido aos efeitos da exposição a influências 
exógenas 
DANO AO DNA - Uma variedade de agentes 
(físicos, químicos e biológicos) exógenos e 
fatores endógenos, tais como as ERO, 
ameaçam a integridade do DNA nuclear e 
mitocondrial. Embora a maioria das lesões do 
DNA seja reparada por enzimas de reparo de 
DNA, algumas persistem e se acumulam à 
medida que a célula envelhece. 
SENESCÊNCIA CELULAR - Todas as células 
normais têm uma capacidade limitada de 
replicação, e após um número fixo de divisões, 
as células ficam paradas em um estado final em 
que não existe mais divisão, conhecido como 
senescência replicativa. O envelhecimento está 
associado com a senescência replicativa 
progressiva de células. Células de crianças têm a 
capacidade de realizar mais ciclos de replicação 
do que células de pessoas idosas.

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