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Eletiva 2 - Apostila (16)

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PREPARATÓRIO PARA OAB
Professora: Dra. Claudia Tristão
DISCIPLINA: DIREITO CIVIL
Capítulo 9 Aula 3
REGIME DE BENS NO CASAMENTO
Coordenação: Dr. Flávio Tartuce
01
Regime de Bens no Casamento
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
www.r2direito.com.br
Regime de bens: é o conjunto de princípios e normas que regulam os interesses econômicos oriundos do 
casamento referentes ao patrimônio dos cônjuges. Muito embora o casamento não possua conteúdo 
econômico direto, essa união traz reflexos patrimoniais para ambos os cônjuges, inclusive após desfeito o 
vínculo conjugal.
Assim, o regime de bens compreende uma das conseqüências jurídicas do casamento, em que são 
estabelecidas as formas de contribuição do marido e da mulher para o lar, a titularidade e administração dos 
bens comum e particular e em que medida esses bens respondem por obrigações perante terceiros.
O Código de 1916 estabeleceu a imutabilidade do regime de bens, afirmando que a escolha do regime 
deveria necessariamente anteceder ao casamento.
O Novo Código Civil inovou ao permitir a liberdade de escolha do regime patrimonial mesmo após o 
casamento, conforme prevê o art. 1.639, § 2º, do Código Civil. Contudo, a modificação do regime de bens 
deve ser feita em conjunto pelos interessados e somente decorrerá de autorização mediante decisão judicial, 
em que deve ser resguardado o direito dos cônjuges e de terceiros. Porém, há uma exceção a esse princípio, 
prevista no art. 1.641, do Código Civil, e Incisos, na qual deve imperar o regime obrigatório de separação 
total de bens, como ocorre nos casos de casamento de pessoa maior de sessenta anos, podendo ser 
sancionado pela nulidade (art. 1.655, do Código Civil).
Outro princípio é o da variedade de regimes. No antigo eram quatro: comunhão universal, comunhão 
parcial, separação e dotal. Já o Novo Código Civil prevê a comunhão parcial, a comunhão universal, a 
participação final nos aqüestos e a separação de bens. O regime dotal foi suprimido, pois praticamente não 
tinha utilização no nosso País.
É válido aos cônjuges escolher o regime de sua preferência, combiná-lo ou estipular cláusulas de sua livre 
escolha e redação, como ocorre, por exemplo, no pacto antenupcial, desde que não atentem contra 
princípios de ordem pública e não contrariem a natureza e os fins do casamento. O pacto como contrato 
solene, será nulo se não feito por escritura pública e condicional, e só terá eficácia se o casamento se realizar 
para valer contra terceiros, devendo o instrumento ser registrado no Registro de Imóveis no domicílio dos 
cônjuges. Caso não seja feito o pacto ou seja ele declarado nulo ou ineficaz, vigorará o regime da 
comunhão parcial, como prevê o art. 1.640, do Código Civil. 
SEPARAÇÃO OBRIGATÓRIA DOS BENS
Por imposição legal, em determinados casos, o regime obrigatório do casamento é o de separação de bens. 
Esses casos estão mencionados no art. 1.641, do Código Civil, e seus Incisos, tais como:
Capítulo 3
02
I) Pessoas que se casarem com inobservância das causas suspensivas da celebração de casamento. Eram as 
hipóteses conhecidas como impedimentos impedientes do Código revogado, e atualmente chamadas de 
causas suspensivas. No campo da eficácia, o casamento é valido, mas a Lei impõe algumas restrições, como 
o regime obrigatório de bens. Como dissemos são causas suspensivas, previstas no art. 1.523, do Código 
Civil, já estudado na aula sobre CASAMENTO. 
II) da pessoa maior de 60 anos
III) De todos que dependerem, para casar, de suprimento judicial.
Obs: Na vigência do Código de 1.916, a jurisprudência constatou que o regime de separação legal não 
estava protegendo realmente aqueles a quem devia, e passou a entender que, nesse regime, comunicavam-
se os bens adquiridos a título oneroso na constância do casamento, como inclusive previa a Súmula nº 377 
do STF. O STJ, posteriormente, passou a aplicar esta Súmula para aqueles bens adquiridos pelo esforço 
comum dos cônjuges, reconhecendo a existência de uma verdadeira sociedade de fato. Porém, o Código de 
2002 retroagiu ao estabelecer que no regime de separação legal não haverá comunhão de aqüestos.
PACTO ANTINUPCIAL
Como dissemos anteriormente, o Pacto Antinupcial é negócio jurídico de cunho patrimonial, não admitindo 
estipulação às relações pessoais. Decorre da livre escolha dos nubentes do regime de bens que melhor lhe 
convier, podendo, inclusive, mesclá-los entre si formando um regime misto ou especial, estipulando 
cláusulas nesse sentido, desde que respeitados princípios de ordem pública, os fins e a natureza do 
casamento.
Tem natureza institucional, ou seja, de ordem pública, visto que aos nubentes, uma vez realizado o 
casamento, é proibido alterar suas cláusulas a seu bel-prazer, devendo manter-se na sua integralidade até a 
dissolução da sociedade conjugal, salvo se houver autorização judicial para sua alteração, baseada em 
pedido motivado de ambos os cônjuges mediante apuração da procedência dos motivos invocados, 
conforme estabelece o § 2º, do art. 1.639, do Código Civil. 
É requisito de sua substancialidade, ou seja, de validade que o pacto antenupcial seja realizado por meio de: 
a) Escritura pública
b) Realizado antes do casamento
c) Firmado por ambos os nubentes e que
d) Estes estejam aptos a estipulá-lo, ou seja, deverão ter habilitação, inclusive no campo da capacidade 
matrimonial.
Por ser contrato solene, não pode ser estipulado por simples instrumento particular ou no termo lavrado em 
seguida ao casamento celebrado. E ainda, para valer perante terceiros, deverá ser transcrito em livro 
especial no Registro de Imóveis do domicílio dos cônjuges, pois somente se operará erga omnis, ou seja, 
somente será dada publicidade ao ato a partir do registro.
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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03
Orientados pela regra de que o acessório segue o principal e sendo o pacto antenupcial contrato acessório 
ao contrato de casamento, caso este último não se realize, as convenções antenupciais serão ineficazes, vez 
o pacto tem por objetivo disciplinar o regime de bens durante o matrimônio, não produzindo efeitos 
enquanto os nubentes não se casarem.
Caso o pacto antenupcial seja considerado ineficaz ou esteja eivado de nulidade ou ainda, que os nubentes 
não tenham optado por qualquer dos regimes matrimoniais, deverá prevalecer o regime legal de bens, qual 
seja, o da separação parcial, regime este que dispensa as formalidades previstas no pacto antenupcial, 
bastando apenas ser transcrito por simples termo no assento de Registro Civil.
COMUNHÃO PARCIAL DOS BENS
O Código Civil, no art. 1.640, tal como fez a Lei do Divórcio (Lei nº 6.515/77) considera a comunhão 
parcial como regime legal, no qual cada esposo guarda para si, em seu próprio patrimônio, os bens trazidos 
antes do casamento. Já os bens adquiridos após o casamento, os chamados aqüestos, formam a comunhão 
de bens do casal. Neste regime, existem três massas de bens: 
1) Os bens do marido, 
2) Os bens da mulher trazidos antes do casamento e 
3) Os bens comuns,estando estes últimos sujeitos à meação entre os cônjuges após o matrimônio. 
Dissolvida a união, cada cônjuge ficará com seus bens particulares, e serão divididos os bens comuns.
Como dito, é o regime escolhido pela Lei, no caso dos consortes não terem feito pacto antenupcial, ou 
quando este for nulo ou ineficaz, por isso é chamado de regime legal ou supletivo.
O art. 1.659, do Código Civil, fala quais os bens que ficam excluídos da comunhão, são eles:
I - Bens que o cônjuge possuir ao se casar e os que receber, na constância do casamento, em razão de 
doação ou sucessão e os sub-rogados em seu lugar;
II - Bens adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a um dos cônjuges, em sub-rogação dos bens 
particulares;
III - Obrigações anteriores ao casamento;
IV - Decorrentes da prática de ato ilícito por um dos consortes (a responsabilidade é pessoal) a não ser que 
ambos tirem proveito;
V - Proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge;
VI - Pensões, meios-soldos, montépios e outras rendas similares;
VII - Direitos patrimoniais do autor, excetuados os rendimentos de sua exploração, salvo disposição contrária 
em pacto antenupcial, como prevê o art. 39 da Lei nº 9.610/98.
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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Vale dizer que é considerada lícita a compra e venda entre os cônjuges, com relação aos bens excluídos da 
comunhão.
Já o art. 1.660, do Código Civil, indica quais os bens que se comunicam na comunhão, quais sejam:
I - Os bens adquiridos onerosamente na constância do casamento, mesmo que em nome de um só dos 
cônjuges;
II - Os adquiridos por fato eventual, como jogo, aposta, rifa, loteria, descobrimento de tesouro, com ou sem 
concurso de trabalho ou despesa anterior;
III - Os recebidos em razão de doação, herança ou legado, em favor de ambos os consortes, contudo, 
deverá estar expresso esse benefício;
IV - As benfeitorias úteis, necessárias ou voluptuárias em bens particulares de cada cônjuge, ante a 
presunção de que foram feitas com o produto do esforço comum;
V - Os frutos dos bens comuns ou dos particulares de cada cônjuge, percebidos durante o casamento, ou 
pendentes ao tempo de cessar a comunhão dos já adquiridos, por serem ganhos posteriores a núpcias, 
excluindo aqueles que sobrevierem à separação judicial e os que estão as vias de serem adquiridos após 
cessar o matrimônio.
A administração dos bens comuns compete a qualquer dos cônjuges, e não apenas ao marido como previa o 
Código anterior. Somente no caso de malversação dos bens, o juiz poderá atribuir a administração à apenas 
um deles. No que diz respeito à administração dos bens particulares, por bom senso, esta caberá ao cônjuge 
proprietário, mas não há impedimento na hipótese de ser gerido por apenas um deles ou ambos.
Estabelece o art. 1.663, § 1º, do Código Civil, que as dívidas contraídas, por qualquer dos cônjuges, na 
administração do patrimônio comum obrigam os bens comuns e os bens particulares do outro cônjuge na 
medida do proveito que o outro auferir. 
COMUNHÃO UNIVERSAL
O antigo Código de 1916 previa como regime legal ou obrigatório de bens: o universal. Com a Lei 
6.515/77 o regime supletivo passou a ser o da comunhão parcial.
O regime da comunhão de bens caracteriza-se pela comunicação de todos os bens do casal, móveis e 
imóveis, assim como suas dívidas, salvo as expressamente excluídos pela lei ou pela vontade dos nubentes 
declarada em convenção antenupcial. Os bens, na comunhão universal, formam um só patrimônio que 
permanece indiviso até a dissolução da sociedade conjugal que pode ser pela morte de um dos cônjuges, 
pela sentença de nulidade ou anulação do casamento, pela separação judicial e pelo divórcio e, somente 
com a cessação do casamento e respectiva liquidação da comunhão é que vem a caber a cada cônjuge ou 
seus herdeiros, os bens que se comportam da sua metade ideal.
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
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O art. 1.668, do Código Civil, elenca os bens excluídos da comunhão:
I - Os bens doados ou ligados com a cláusula de incomunicabilidade e os sub-rogados em seu lugar, como 
estabelece a Súmula 49 do STF;
II - Os bens gravados de fideicomisso e o direito do herdeiro fideicomissário, antes de realizar a condição 
suspensiva. Como explica Maria Helena Diniz: " A propriedade do fiduciário é resolúvel. Com o implemento 
da condição, cessa a resolubilidade, operando sua entrada na comunhão; logo, esses bens não podem 
comunicar-se antes da condição suspensiva, pois tem apenas direito eventual, só adquire o domínio se 
advier a condição";
III - Dívidas anteriores ao casamento, salvo se provierem de despesas com sua preparação, como aquisição 
de móveis, enxoval, festa ou reverterem em proveito comum, como empréstimo de dinheiro para comprar o 
imóvel destinado à residência do casal ou para viagem de núpcias;
IV - As doações antenupciais feitas por um dos cônjuges ao outro com cláusula de incomunicabilidade, 
visando proteger doações que envolvam fraude ao regime de separação obrigatória;
V - Roupas de uso pessoal, ou jóias esponsalícias dadas antes do casamento pelo esposo, os livros e 
instrumentos de profissão e os retratos de família, devido a sua característica nitidamente pessoal;
VI - Proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge;
VII - Pensões, que é a quantia paga periodicamente em virtude de lei, decisão judicial, ato inter vivos ou 
causa mortis a alguém visando sua subsistência, meios-soldos, que é a metade dos vencimentos que o 
Estado paga a militar reformado, montépios, pensão que o Estado paga aos herdeiros de funcionário 
falecido, em atividade ou não, a tença que é a pensão alimentícia, geralmente em dinheiro, paga 
periodicamente pelo Estado, por pessoa de direito público ou privado, para assegurar a subsistência de 
alguém, e outras rendas semelhantes, visto que garantem a sua subsistência, por se tratar de bens 
personalíssimos.
VIII - Os bens de herança necessária a que se impuser a cláusula de incomunicabilidade.
PARTICIPAÇÃO FINAL NOS AQÜESTOS
Aqüestos, que etimologicamente significa bens adquiridos, e no Direito de Família significa bens adquiridos, 
a título oneroso, na constância do casamento, no estudo deste título veremos, como ensina Sílvio Rodrigues, 
que a diferença significativa deste novo regime com os demais consiste no fato de que a participação do 
cônjuge na meação se faz sobre o aumento patrimonial, mas de forma contábil, não por meio de comunhão 
ou condomínio; vale dizer, após a compensação de bens, aquele cônjuge em desvantagem passa a ter um 
crédito consistente na diferença apurada, e não uma parcela sobre o bem indivisível.
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
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06Trata-se de um regime misto, pois durante a vigência do matrimônio aplicam-se a ele as normas da 
separação de bens, pelas quais cada cônjuge possui e administra seu próprio patrimônio, permanecendo a 
titularidade do direito de propriedade sobre os bens adquiridos na constância do casamento, que comporão 
uma massa incomunicável de bens particulares.
O regime de participação final nos aqüestos consiste numa inovação do Novo Código Civil, e está previsto 
nos artigos 1.672 a 1.686, do Código Civil. 
Importado dos países europeus, em especial da Alemanha, este novo regime tem sido objeto de crítica 
dentre os autores pesquisados, entre eles: Sílvio Rodrigues, Caio Mário da Silva Pereira, Álvaro Vilaça 
Azevedo, Maria Helena Diniz. 
O novo regime produz seus efeitos somente no momento da dissolução da sociedade conjugal, não 
importando ser pela separação judicial, divórcio, morte de um ou ambos os cônjuges, invalidação do 
casamento pela anulação ou nulidade, como preestabelecem os artigos 1.683 e 1.685, do Código Civil.
Para apuração contábil dos aqüestos, leva-se em conta todos os bens ou seus respectivos valores, se 
alienados e não sub-rogação, adquiridos a título oneroso pelos cônjuges, durante todo o período que 
perdurou o casamento e não somente os que sobraram no momento da dissolução da sociedade conjugal, 
partilhando-os ao meio como ocorre na separação parcial.
O direito à meação, por ser direito subjetivo constituível, é irrenunciável, incessível e impenhorável na 
vigência do regime matrimonial, conforme determina o art. 1.682, do Código Civil. Sua natureza é a de 
direito expectativo, cujo aperfeiçoamento dependo de evento futuro e incerto, a saber, a ocorrência de 
alguma das hipóteses legais de dissolução do casamento. Ante tais características, não pode ser objeto de 
qualquer ato ou negócio jurídico de disposição, enquanto perdurar a sociedade conjugal, ou na vigência 
desse regime matrimonial.
Caracteriza-se pela existência de dois patrimônios distintos: um pertencente ao homem e outro à mulher. 
Este regime tem sua utilidade, em princípio, para aqueles cônjuges que atuam em profissões diversas em 
economia desenvolvida e já possuem certo patrimônio ao casar-se ou a potencialidade profissional de fazê-
lo depois.
SEPARAÇÃO TOTAL DE BENS
Neste regime há completa distinção do patrimônio dos dois cônjuges, não se comunicando os frutos e 
aquisições e permanecendo cada um na propriedade, posse e administração dos bens que trouxer para o 
matrimônio, bem como os sub-rogados e os adquiridos a qualquer título na sua constância.
No Novo Código, no art. 1.687, há uma verdadeira separação de patrimônios, permitindo expressamente a 
alienação ou imposição de ônus real pelo titular do bem, fato que no Código revogado ainda havia a 
necessidade de outorga conjugal para a alienação de imóveis.
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"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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Como estabelece o art. 1.688, do Código Civil, ambos os cônjuges são obrigados a contribuir para as 
despesas do casal, inclusive na criação e educação dos filhos, na proporção dos rendimentos do seu 
trabalho e de seus bens, salvo estipulação em contrário no pacto antenupcial.
É importante lembrar que a separação de bens pode ser legal, como ocorre nos casos do art. 1.641, do 
Código Civil, quando é obrigatória, e convencional, feito por pacto antenupcial. Neste caso, nada impede 
que os cônjuges estipulem a comunhão de certos bens e a forma de administração.
DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE CONJUGAL E VÍNCULO MATRIMONIAL
A diferença entre TÉRMINO DA SOCIEDADE CONJUGAL e a DISSOLUÇÃO DO VÍNCULO 
MATRIMONIAL: A extinção da sociedade conjugal não pressupõe o desfecho do vínculo matrimonial. 
Aquela põe termo às obrigações do casamento, impedindo os cônjuges de se casarem novamente, como 
acontece nos casos de separação judicial, mas mantém intacto o vínculo, que só se extingue com a morte 
real ou presumida de um dos cônjuges, invalidade do casamento ou o divórcio. 
Prevê expressamente o art. 1.571, do Código Civil, que a sociedade conjugal cessa pela: 
1) Morte de um dos cônjuges
2) Pela sentença anulatória do casamento
3) Pela separação judicial
4) Pelo divórcio. 
Por ser a morte um dos modos de dissolução da sociedade conjugal, destaca-se o § 1º, do art. 1.571, do 
Código Civil, que resolveu o problema da ausência de um dos cônjuges, visto que no Código revogado a 
presunção do óbito do consorte ausente impedia que o outro convolasse núpcias. Dessa maneira, a 
declaração de ausência introduzida em nosso direito, passou a ser também uma das formas de dissolução 
do vínculo conjugal.
Por isso, como esclarece Maria Helena Diniz, a morte real ou presumida de um dos cônjuges dissolve não só 
a sociedade conjugal, como também o vínculo matrimonial, de maneira que o sobrevivente poderá convolar 
novas núpcias.
Como já tratamos das questões da invalidade do matrimônio na aula sobre CASAMENTO, sem 
aprofundarmos as peculiaridades do assunto, podemos dizer que a decisão judicial que decreta a nulidade e 
a anulabilidade do casamento põe fim à sociedade conjugal e ao vínculo matrimonial que padecia de vício 
em sua constituição, de modo que os ex-consortes poderão contrair novas núpcias.
A separação judicial dissolve a sociedade conjugal, mas conserva íntegro o vínculo entre os consortes, 
impedindo-os de contrair novo casamento. Enquanto a separação judicial, seja consensual ou litigiosa, não 
for convolada em divórcio, pode, a qualquer tempo, ser restabelecida, bastando as partes a requererem nos 
próprios autos da separação. 
O divórcio extingue o vínculo matrimonial que somente poderá ser restabelecido por novas núpcias.
SEPARAÇÃO LITIGIOSA 
A separação judicial é ato de caráter personalíssimo e cabe somente aos cônjuges, mas, no caso de 
incapacidade do cônjuge, este pode ser representado por curador, ascendente ou irmão. 
Os artigos 1.572 e 1.573, Incisos I a IV, do Código Civil, regulam a separação judicial a pedido de um dos 
cônjuges que imputar ao outro qualquer ato que importe em grave violação dos deveres matrimoniais e 
torne insuportável a vida em comum. 
É a chamada separação-sanção, visto que o grave descumprimento de dever conjugal ou conduta 
desonrosa, implica o fim da sociedade conjugal, na qual o juiz, diante dos fatos, ou causa real e concreta, 
realiza o seu devido enquadramento na causa legal, aplicando sanções ao culpado.
Na separação-falência ou ruptura, prevista no § 1º, do art. 1.572, do Código Civil, não importam os 
motivos que ensejaram a ruptura da vida em comum, tendo como requisito objetivo a separação de fato por 
um ano contínuo e subjetivo a impossibilidade de reconstituição. Trata-se de separação por circunstância, 
não por culpa, não importando as razões que levaram à separação de fato.
Já a separação-remédio que tem suas origens na Lei do Divórcio, Lei nº 6.515/77, e no nosso Código está 
expressa no art. 1.572, § 2º, do Código Civil, é fundada na doença mental de um dos cônjuges que torne 
impossívela continuação da vida em comum, desde que, após uma duração de dois anos, a enfermidade 
tenha sido reconhecida de cura improvável. Aqui também o que se procura é a solução de um problema de 
fato que existe de maneira gritante.
A separação judicial importa a separação de corpos e a partilha dos bens. Isso não quer dizer que a divisão 
de bens na separação judicial seja obrigatória. O Código prevê a decretação do divórcio sem divisão prévia 
do patrimônio. Portanto, se o divórcio é possível sem partilha prévia de bens, à separação judicial cabe a 
mesma solução.
Pelo Novo Código, a atribuição da culpa pela separação litigiosa a um dos cônjuges não interfere na 
atribuição da guarda dos filhos, que será deferida a quem revelar melhores condições para exercê-la. A 
guarda dos filhos menores deve atender aos interesses destes e não dos pais. Também deve ser acordado o 
direito de visita, a pensão devida aos filhos e ao cônjuge, quando for o caso.
Já o cônjuge que adotou o sobrenome do outro e foi o culpado pela separação, perde o direito a usá-lo e o 
vencedor opta pela sua conservação ou renúncia.
SEPARAÇÃO DE CORPOS
A separação litigiosa tem como primeira conseqüência a separação de corpos, que pode ser requerida pelos 
cônjuges e homologada pelo juiz ou ser determinada como medida cautelar. Embora não seja obrigatória, 
tem o condão de, a partir da decisão que a concedeu, iniciar o prazo de dois anos para que a separação seja 
convertida em divórcio, como permitido pelo art. 226, § 6,º da Constituição Federal de 1988. 
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violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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SEPARAÇÃO CONSENSUAL 
Terminada a sociedade conjugal consensualmente, a separação judicial se fará pelo procedimento previsto 
nos artigo 1.120 a 1.124 do Código de Processo Civil, desde que atendidas as condições objetivas 
estabelecidas no art. 1.574 do Código Civil, quais sejam: 
1) Mais de um ano de casamento
2) Manifestação conjunta e expressa dos cônjuges demonstrando interesse de separar-se.
Em razão de ambos os cônjuges buscarem a separação, é procedimento típico de jurisdição voluntária, 
representada por petição assinada pelos consortes e seus advogados ou advogado se assim 
convencionarem, endereçada ao juiz competente, comunicando a vontade de pôr termo à sociedade 
conjugal, sem necessidade de expor os motivos, convencionando as cláusulas e condições em que o fazem.
Deverá a petição estar instruída:
1) Pela certidão de casamento, para provar que estão casados há mais de um ano, como determina o artigo 
1.574, do Código Civil;
2) Pacto antenupcial, se houver;
3) Descrição dos bens móveis e imóveis do casal e respectiva partilha, ou se assim convencionarem, sem 
prejuízo da homologação da separação judicial, poderá ser feita posteriormente por sentença, em inventário 
judicial;
4) Acordo relativo à guarda e visita dos filhos menores e dos maiores incapazes;
5) Valor da contribuição dos cônjuges para criar e educar os filhos;
6) Pensão alimentícia ao cônjuge que não possuir meios suficientes para se manter;
7) Declaração a respeito do nome do cônjuge, esclarecendo se voltará a usar o nome de solteiro ou 
continuará com o de casado.
O juiz, se não se convencer da espontaneidade de um dos cônjuges de se separar, poderá recusar-se a 
homologar a separação judicial, determinando a realização de nova audiência para ratificação, importando 
a ausência de um ou ambos os consortes, ao arrependimento.
Preenchidos todos os requisitos, o juiz, depois de ouvir as partes sobre as causas da dissolução e ouvido o 
Ministério Público, reduzirá a termo as declarações e homologará o acordo. 
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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Homologado o acordo, deverá ser a sentença averbada no Registro Civil e, havendo bens imóveis, haverá 
necessidade de expedição de formal de partilha ou carta de adjudicação para encaminhamento ao cartório 
de Registro de Imóveis da circunscrição respectiva, como determina o art. 1.124 do Código de Processo 
Civil.
Importante esclarecer que a sentença de separação judicial importa na separação de corpos e, se o caso, na 
partilha de bens, não extinguindo o vínculo matrimonial.
RECONCILIAÇÃO
De acordo com o art. 1.577, do Código Civil, os cônjuges podem restabelecer a qualquer tempo a 
sociedade conjugal por ato regular em juízo, não importando seja a causa da separação judicial litigiosa ou 
consensual.
DIVÓRCIO
A Emenda Constitucional nº 9 de 1.977 extinguiu o princípio da indissolubilidade do casamento e instituiu o 
divórcio no direito brasileiro. A Constituição Federal de 1.988 trouxe modificações na Emenda, reduzindo o 
prazo da separação de fato para um ano, no divórcio-conversão, e criou a modalidade de divórcio direto 
desde que comprovada a separação de fato por mais de dois anos.
Assim, são duas as espécies de divórcio: por conversão da separação judicial, divórcio indireto, e pela 
separação de fato, divórcio direto. 
A nossa legislação não permite a discussão das causas que conduziram o casal ao divórcio, pois para obtê-
lo basta a comprovação do lapso temporal.
DIVÓRCIO CONVERSÃO 
Também denominado divórcio indireto, rompe o vínculo conjugal, cujo relaxamento já havia ocorrido pela 
separação judicial. É procedimento de jurisdição voluntária, em que os divorciandos podem manter as 
cláusulas estabelecidas na separação judicial, ou modificá-las. No caso de conversão da separação judicial 
em divórcio, por pedido de um dos cônjuges em face do outro, assume a forma litigiosa, sendo 
procedimento de jurisdição contenciosa.
O novo Código Civil trouxe alteração ao permitir a concessão do divórcio sem que haja prévia partilha de 
bens, conforme estabelece o art. 1.581, do Código Civil. Não há necessidade de fase conciliatória no 
processo de conversão. O Ministério Público será necessariamente ouvido, pois se trata de ação de estado, 
referente a casamento.
No divórcio indireto litigioso, uma das partes oferece contestação e a ação segue o procedimento ordinário.
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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DIVÓRCIO DIRETO
Resulta de um estado de fato, autorizando a conversão direta da separação de fato por mais de dois anos 
consecutivos, desde que comprovada, em divórcio, sem que haja prévia separação judicial, havendo pedido 
de um, será litigioso, ou de ambos os consortes, será consensual. 
Efeitos do divórcio: a sentença depois de registrada no Registro Público competente, produz os seguintes 
efeitos:
- Dissolução do vínculo conjugal;
- Fim dos deveres recíprocos dos cônjuges;
- Extinção do regime de bens e do direito sucessório dos cônjuges;
- Possibilidade de novo casamento aos divorciados; 
- Impossibilidadede reconciliação (se quiserem restabelecer a união terão que contrair novo casamento);
- Subsistência da obrigação alimentícia ao ex- consorte que dela necessitar, que cessará se houver renúncia 
ou novo casamento do ex-cônjuge credor;
- Perda do direito de usar o nome do cônjuge se assim estiver consignado na sentença de separação judicial.
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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