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Alimentos Funcionais e Nutracêuticos Pós Esamaz

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Prescrição de Alimentos 
Funcionais e Nutracêuticos 
Profa: Thaís Contente
Nutricionista Clínica –UFPA
Pós Grad. Prescrição de Fitoterápicos, Suplementação Esportiva e 
Estética
Nutracêuticos
Profa: Thaís Contente
Nutricionista Clínica –UFPA
Pós Grad. Prescrição de Fitoterápicos, Suplementação Esportiva e 
Estética
Legislação - CFN
• RECOMENDAÇÃO Nº 004 DE 21 DE FEVEREIRO DE 2016.
• PRESCRIÇÃO DE SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS
• O Conselho Federal de Nutricionistas (CFN) no uso de suas competências
regimentais e atribuições conferidas pela Lei nº 6.583, de 20 de outubro
de 1978 e pelo Decreto 84.444, de 30 de janeiro de 1980, e
• Considerando a competência do nutricionista para a prescrição de suplementos
nutricionais que está estabelecida no inciso VII, do artigo 4º, da Lei 8234/1991,
Resolução CFN nº 390/2006 e, de acordo com a Resolução CFN nº
380/2005, é considerada atividade complementar do nutricionista nas áreas de
Nutrição Clínica, Saúde Coletiva e Nutrição em Esportes;
Legislação
• Considerando que a prescrição de suplementos nutricionais,
quando indispensável para suprir necessidades nutricionais
específicas, previstas no artigo 2º da Resolução CFN nº 390/2006,
deve ter caráter de complementação e ou suplementação do
plano alimentar e não de substituição de uma alimentação
saudável e equilibrada;
• Considerando os suplementos nutricionais que o nutricionista
pode prescrever, listados no inciso II, do artigo 1º, da Resolução
CFN nº 390/2006, que são os seguintes: “formulados de
vitaminas, minerais, proteínas e aminoácidos, lipídios e ácidos
graxos, carboidratos e fibras, isolados ou associados entre si”;
Legislação
• Considerando que o nutricionista também pode prescrever
compostos bioativos já aprovados pela ANVISA, conforme
Resolução RDC N.º 2, de 7 de Janeiro de 2002;
• Considerando que o nutricionista tem ainda competência legal
para prescrever os produtos denominados polivitaminicos e/ou
poliminerais, conforme determina a Portaria SVS/MS nº 40/1998;
O Uso dos Nutracêuticos na Prática Nutricional
Alimentos Saudáveis Saúde do Indivíduo
Hipócrates (pai da medicina moderna) definiu a relação entre o
uso de alimentos apropriados para a saúde e seus benefícios
terapêuticos através da frase:
Faça o alimento ser o medicamento , e o medicamento ser o 
alimento. 
Atualmente, termos como alimentos funcionais, suplementos
dietéticos e nutracêuticos aparecem freqüentemente nos meios de
comunicação.
Não apenas os consumidores estão interessados nesse setor de
produtos, mas a indústria e a comunidade científica têm buscado
cada vez mais informações sobre essas substâncias.
O Uso dos Nutracêuticos na Prática Nutricional
Suplementos
• De acordo com a ANVISA ( Portaria n° 32, de 13 de janeiro
de 1998)
• “Suplementos vitamínico e ou de minerais são alimentos
que servem para complementar com estes nutrientes a
dieta diária de uma pessoa saudável, em casos onde sua
ingestão, a partir da alimentação, seja insuficiente ou
quando a dieta requerer suplementação. Deve conter um
mínimo de de 25% e no máximo 100% da ingestão diária
recomendada de vitamina e ou minerais, na porção diária
indicada pelo fabricante, não podendo substituir os
alimentos, nem serem considerados como dieta exclusiva.”
Classificação de Suplementos
• Segundo essa portaria, classificam-se como
suplementos:
• Vitaminas isoladas;
• Minerais isolados;
• Associações de vitaminas e minerais;
• Produtos fontes naturais e/ou minerais, legalmente
regulamentados por Padrão de Qualidade em
conformidade com a legislação pertinente(Portaria n°
1428 do Ministério da Saúde de 26 de novembro de
1993).
IDR
• Quantidade de proteína, vitaminas e
minerais que deve ser consumida
diariamente para atender às
necessidades nutricionais da maior parte
dos indivíduos e grupos de pessoas de
uma população sadia (FAO/OMS, 2001)
O Uso dos Nutracêuticos na Prática Nutricional
Alimentos Funcionais x Nutracêuticos: definições
1- Alimentos Funcionais:
São aqueles capazes de suprirem as necessidades
nutricionais básicas do organismo ao mesmo tempo em
que trazem propriedades benéficas aos sistemas
fisiológicos, como também a prevenção de doenças
(ROBERFROID, 2002).
O Uso dos Nutracêuticos na Prática Nutricional
Classificação :
• Fonte: Origem vegetal ou animal;
• Benefícios: segundo a qual podem atuar em seis áreas do organismo:
- Sistema cardiovascular;
- Metabolismo de substratos;
- Crescimento;
- Desenvolvimento e diferenciação celular;
- Comportamento das funções fisiológicas ;
- Antioxidantes
O Uso dos Nutracêuticos na Prática Nutricional
Nutracêutico
É aquele alimento ou parte de um alimento que proporciona
benefícios médicos e de saúde, que incluem prevenção e/ou
tratamento da doença. Podem ser nutrientes isolados, suplementos
dietéticos, produtos herbais e alimentos processados tais como
cereais, sopas e bebidas, ou até na forma de cápsulas
(KWAK; JUKES, 2001).
Classificação : 
- Fibras Dietéticas;
- Ácidos Graxos Poliinsaturados;
- Proteínas, peptídios, aminoácidos ou cetoácidos;
- Minerais, vitaminas antioxidantes e outros antioxidantes 
O Uso dos Nutracêuticos na Prática Nutricional
O Uso dos Nutracêuticos na Prática Clínica Nutricional
Medicamento Nutracêutico Alimento
Curiosidades
• Alguns Conceitos:
• CBA (substância bioativa) Nutriente.
O CBA possui uma conotação mais ampla, que engloba os nutrientes e não
nutrientes. Por exemplo, o ácido graxo eicosapentaenoico ( EPA), um
ácido graxo da família ômega-3, não apenas é um nutriente, mas um
nutriente essencial para o bom funcionamento do organismo. Além do seu
papel como nutriente, o EPA também reduz o risco de doença
cardiovascular (DCV), entre outros benefícios. É, portanto, um CBA, e os
alimentos fonte de EPA (como sardinha e o salmão) são considerados
alimentos funcionais. ( NASCIMENTO et al, 2012)
O Uso dos Nutracêuticos na Prática Nutricional
• Por outro lado, a isoflavona de soja, outro CBA conhecido por
suas propriedades estrogênicas, reduz o risco de câncer de mama
e outros eventos hormônio-dependentes. Entretanto, a isoflavona
não se enquadra no conceito de nutriente, sendo considerado um
hormônio vegetal por sua semelhança estrutural com os
estrogênio, principal hormônio feminino. O EPA é um nutriente
e um CBA, enquanto a isoflavona é um CBA, e não um
nutriente. ( NASCIMENTO et al, 2012)
EPA = Nutriente e CBA
Isoflavona de Soja = CBA e não um Nutriente
O Uso dos Nutracêuticos na Prática Nutricional
Vitaminas Antioxidantes
Nos últimos 30 anos, cresceu o interesse pelos problemas relacionados ao
estresse oxidativo e aos radicais livres (RLO), que causam injúria celular,
agravando algumas patologias. Dessa forma, pesquisas buscam alternativas
para reduzir os efeitos prejudiciais do excesso de espécies reativas de
oxigênio (EROs) e melhorar a capacidade antioxidante do organismo, como
forma de tratamento e prevenção das enfermidades e suas complicações.
O Uso dos Nutracêuticos na Prática Nutricional
Vitaminas Antioxidantes
Tendo em vista o crescimento epidemiológico de doenças crônicas não
transmissíveis ( DCNT ), como diabetes mellitus e eventos cardiovasculares,
diferentes alimentos são estudados por possuírem nutrientes com função
antioxidante, tais como o ácido ascórbico (vitamina C), o β-caroteno, o α-
tocoferol, o zinco, os flavonoides e o selênio.
Pesquisas nutricionais objetivam a amenização de deficiências
nutricionais, com a finalidade, também, de prevenir doenças crônicas.
Como o estresse oxidativo é um fator negativo, presente na maioria das
doenças crônicas, os antioxidantes dietéticos são considerados como
agentes eficazes na profilaxia e no combate a essas patologias.
O Uso dos Nutracêuticos na Prática Nutricional
Ácido Ascorbico ( Vitamina C )
O ácido ascórbico, mais vulgarmente conhecido por vitamina C ou
vitamina antiescorbútica, é uma lactona do ácido 2,3-dienolgulónico.
É um ácidoinstável que se decompõe por ação do calor e que se oxida
rapidamente em meio alcalino.
É um composto hidrossolúvel, quimicamente semelhante aos açúcares,
apresentando uma estrutura molecular simples.
O Uso dos Nutracêuticos na Prática Nutricional
Ácido Ascorbico ( Vitamina C )
• Muito encontrado nos citrinos, nos tomates e nas verduras tenras como o
espinafre, a alface, as ervilhas, embora se encontre em quantidades mais
reduzidas em quase todos os frutos e legumes.
• Este ácido intervém na formação do colágeno, dos ossos e dos ligamentos.
Favorece a absorção do ferro, contribui para a boa saúde dos capilares e dos
dentes e para o crescimento dos tecidos e sua cicatrização.
• IDR – 45 mg/dia
O Uso dos Nutracêuticos na Prática Nutricional
Ácido Ascorbico ( Vitamina C )
A carência de ácido ascórbico produz danos nas paredes dos vasos
capilares, hemorragias, inflamações das gengivas e pode levar ao
escorbuto. O ácido ascórbico pode ser obtido sinteticamente e pode ser
administrado como complemento da dieta alimentar pobre nesta
vitamina.
O Uso dos Nutracêuticos na PráticaNutricional
Tocoferol ( Vitamina E )
Os alimentos ricos em vitamina E são, na sua maioria,
alimentos de origem vegetal, como sementes e cereais
integrais. Porém, a gema do ovo, o fígado e a gordura
que envolve a carne também são ricos nesta vitamina
O Uso dos Nutracêuticos na Prática Nutricional
vitamina E ou Tocoferol, como é tecnicamente
chamada, é um poderoso antioxidante com propriedades
de antienvelhecimento celular, que são importantes na
manutenção do sistema nervoso, da fertilidade
masculina e feminina. A vitamina E, também melhora a
absorção da vitamina A.
Estudos mostram o efeito benéfico da
suplementação de vitamina E na redução da esteatose
hepática.
O Uso dos Nutracêuticos na Prática Nutricional
Alimentos ricos em Vitamina E
• Cereal enriquecido com fibra, 1 xícara: 30mg
• Óleo de gérmen de trigo, 1 colher de sopa: 24mg
• Avelã; meia xícara: 16mg
• Semente de girassol, 1 colher de sopa: 4.5mg
• Amendoim, meia xícara: 8mg
• Castanha do pará, meia xícara: 6mg
• Óleo de algodão, 1 colher de sopa: 5mg
• Milho, 1 espiga: 5mg
• Óleo de cártamo, 1 colher de sopa: 5mg
• Amêndoa, meia xícara: 4mg
• Óleo de milho, 1 colher de sopa: 3mg
• IDR= 10 mg /dia
O Uso dos Nutracêuticos na Prática Nutricional
• Zinco
Oligoelemento – elemento traço
Age em sinergia com a vitamina C
Alimentos: Ostras,carne vermelhas,amendoin,
queijos em geral ,arroz, leite, ovos e fígado.
IDR= 7 mg/dia
O Uso dos Nutracêuticos na Prática Nutricional
Selênio
Oligoelemento – elemento traço
Age em sinergia com a vitamina E
Alimentos: Grãos são boas fontes de selênio. A castanha do Pará, por
exemplo, contém grande dose do mineral e o consumo de duas
unidades supre as necessidades do dia todo.
IDR= 34 mcg/dia
Compostos Fenólicos
• Os compostos fenólicos existentes nos alimentos abrangem os ácidos
fenólicos, cumarinas, flavonoides e taninos. Têm ação antioxidante,
antialérgica, anti-inflamatória anticarcinogênica. Alimentos funcionais
em que são encontrados:uva, amora-preta, pêssego, mirtilo, pitanga,
cereja, berinjela, chá verde e soja
Isoflavona de Soja 
• Quantidade ideal / dia = 40 mg
O Uso dos Nutracêuticos na Prática Nutricional
Ácidos Graxos Poliinsaturados
• Os ácidos graxos poliinsaturados, ou AGPI, abrangem as famílias
de ácidos graxos ômega 3 e ômega 6.
• Sugestões: 1 cap de 1000mg até 3 x ao dia
O Uso dos Nutracêuticos na Prática Nutricional
Ácidos Graxos Poliinsaturados
• Os ácidos graxos são classificados como saturados, mono e
poliinsaturados, dependendo do número de duplas ligações na sua cadeia
de carbonos . Os saturados não contêm dupla ligação entre os átomos de
carbono. Os monoinsaturados contêm uma única dupla ligação e os
poliinsaturados (linolênico- w-3, linoléico – w-6 e araquidônico) com
duas ou mais duplas ligações.
O Uso dos Nutracêuticos na Prática Nutricional
Ácidos Graxos Poliinsaturados
W-3 
óleo de peixe , Atum, arenque, sardinha, 
bacalhau, óleos de canola, oliva e soja ( baixam os níveis de LDL e 
reduzem a pressão arterial)
Ácidos alfa - linoléicos (W-6)
• São considerados estimulantes do sistema imunológico e responsáveis por ajudar
no controle de infecções. Alimentos que os contêm: nozes,amêndoas e os óleos
de soja e linhaça.
O Uso dos Nutracêuticos na Prática Nutricional
Ácidos Graxos Poliinsaturados
• É importante ressaltar que os ácidos graxos ômega 3 e ômega 6
atuam de forma adequada e benéfica quando são consumidos na
proporção correta de três partes de ômega 6 para uma parte de
ômega 3.
Suplementos – cápsulas /pó
• Vitaminas e Minerais- caps
• Biotina- 250mg – caps
• Vitamina D3- caps
• Vitamina K2- caps
• Zinco , Magnésio e Vitamina B6 – 120 caps
• Magnésio Dilamato- 500 mg – 60 caps
• Magnésio P.A
• Whey Protein
• Colágeno- cásulas ou pó
Outros Nutracêuticos
• Picolinato de Cromo- caps
• Cártamo com Picolinato de Cromo –
caps
• Colágeno Hidrolisado- caps ou pó
• Colágeno com Vitaminas e Minerais –
caps ou pó
• Coenzima Q10 – caps
Outros Nutracêuticos
• Óleo de Borragem
• Óleo de Linhaça
• Berinjela+Omega3+Vitamina E- caps
• Fitoesteróis- caps
Whey Protein
• Tipos :
• Concentrado
• Hidrolisado
• Isolado
Whey Protein
• Whey protein concentrado
• É aquele obtido na primeira etapa de produção, geralmente contém cerca de 80% 
de proteína e lactose.
• Whey protein isolado
• Quando outras etapas de purificação são acrescidas ao processo, obtém-se whey 
protein isolado com conteúdo proteico acima de 90% e retirada da lactose.
• Whey protein hidrolisado é o whey protein isolada após sofrer processo de 
hidrólise, ou seja, a quebra da proteína em fragmentos menores, o que facilitaria a 
disgestão e absorção
Whey Protein
• Exemplo: sorvete de Whey
• O consumo do sorvete de Whey Protein é
recomendado logo após a prática de exercícios
físicos, quando a capacidade de absorção da
proteína pelo organismo é maior e o nutriente
melhor utilizado pelo metabolismo no processo
de construção e reparação muscular
Enzimas Digestivas
• Fundamentais para a absorção dos nutrientes no nosso corpo,
as enzimas digestivas podem não estar sempre em equilíbrio
no organismo
• Lipase: permite a digestão de lipídios ou gorduras. 
• Amilase: Permite a digestão de açúcares através da 
"quebra" de moléculas como o amido e o glicogênio 
(armazenamentos de açúcar) e a liberação da glicose 
para absorção.
Complexo Patenteado
• Ensymix Enzimas Digestivas 30
Cápsulas
• Fórmula exclusiva composta
pelas enzimas bromelina, amilase,
protease, pepsina, betaína e lactase.
Betaína ajuda o estômago a quebrar as
gorduras e proteínas.
Betaína
• Cloridrato de betaína é uma forma acídica de betaína,
uma substância similar à vitamina encontrada em
cereais e outros alimentos. No estômago, o ácido
hidroclórico converte pepsinogênio em pepsina, uma
enzima que divide as proteínas em
substâncias menores e mais facilmente absorvidas.
Pessoas que sofrem de problemas do intestino e
estomacais assumem frequentemente que azia,
indigestão, gases, e refluxo são causados pela
produção excessiva do ácido estomacal.
Posologia
• Porção=1 Cápsula
Quantidade por Porção=Cloridrato de 
Betaina 300mg
1 cápsula com uma refeição, até três 
vezes ao dia.
Não tome com o estômago vazio.
Lactase
• Geralmente em sachês ou cápsulas,
ingerir antes de ingerir alimentos com
lactose
• Propriedades Quebra a lactose em glicose + galactose,
auxiliando na digestão do leite.
• Mecanismo de ação A enzima lactase hidrolisa a lactose em
glicose e galactose, reduzindo os efeitos da intolerância à lactose.
• Efeitos adversos Caso o paciente seja alérgico à lactase, este pode apresentar urticária, erupções cutâneas,
pruridos, inchaços na pele, dores no peito e problemas respiratórios.
• Contra-indicações Gestantes, lactantes e hipertensos.
Lactase
• 200MG I 1000UI (60 CÁPSULAS)• 1 a 2 cápsulas antes da ingestão de leite ou seus
derivados.
• A necessidade da enzima lactase depende do grau de
intolerância à lactose e a quantidade de leite e/ou
derivados ingeridos, podendo ser necessário o
aumento da dose para a quebra de toda lactose. Pode-
se chegar até 1000mg (5 cápsulas) ao dia.
• Ingerir antes de alimentos com lactose
`Produtos Apícolas
• Exemplo: Própolis
• Alcoolico- 10 gotas/ dia 
• Aquoso- 20 gotas /dia
O Uso dos Nutracêuticos na Prática Clínica Nutricional
Caso Clínico
Caso Clínico 
A.T, 25 anos, feminina, solteira,advogada. Procurou o
nutricionista para reeducação alimentar, solicitando
orientações para aumentar a ingestão de ômega-3, já
que é vegetariana.
Que conduta deve ser adotada para a paciente deste
caso em relação a ingestão de w-3?
Conduta
No caso do vegetarianismo não há como incluir peixes marinhos, que
são as melhores fontes de origem animal de w-3. Assim, pode-se
indicar a linhaça (triturada, não a semente inteira), que é a maior
fonte vegetal deste ácido graxo.
Dose Usual: 1 g / dia , podendo ser em cápsulas
Caso Clínico 2
• M.A.C, 52 anos, sexo feminino, branca, casada, do lar, natural e
procedente de Tucuruí. Queixa principal (QP): ganho após o casamento.
Exame físico (EF): bem-estar geral (BEG), corada e hidratada. Refere
cansaço, desânimo e diminuição da libido. Faz tratamento
medicamentoso para hipotireodismo há 1 ano. Recentemente, passou a
consumir suco com extrato de soja diariamente como recurso para
“tratamento de reposição hormonal”. Dados antropométricos:
- peso=70 kg
- Altura = 1,60 m
- Circuferência da cintura = 89 cm
Qual é a conduta dietoterápica indicada para a paciente deste caso clínico,
particularmente em relação à ingestão de soja ?
Conduta
• Considerando o índice de massa corporal (IMC) da paciente ( 27,34 kg/m2), é
possível considerar que ela se encontra com sobrepeso ou risco de obesidade.
Assim, a dieta deve ser hipocalórica, visando redução de peso. A prática de
exercício deve ser estimulada com a orientação adequada. A ingestão de soja
deve ser descontinuada ( pelo menos temporiamente), uma vez que a presença
de fitoestrógenos na base de soja pode estar interferindo no tratamento para
hipoteroidismo. A literatura recomenda cautela com o uso de soja e seus
derivados para pessoas com disfunções na tireóide. Desse modo, deve-se fazer
“teste”: seguir uma dieta isenta em fitoestrógenos ( ou seja: sem soja, linhaça e
derivados) por um período de 1 mês. No retorno, verificar se houve melhora no
quadro clínico ( cansaço, desânimo e sobrepeso, que são sintomas típicos de
portadores de hipotireodismo). Caso a melhora seja confirmada, deve-se excluir
esses alimentos da dieta. Caso o quadro persista, é necessário encaminhar a
paciente para reavaliação de conduta médica, com o especialista que
acompanha o caso, verificando a possibilidade de reavaliar a farmacologia.
• Obrigada pela Atenção!

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