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5B. Bordetella

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BORDETELLA
Bordetella pertussis ................................. Coqueluche
Bordetella parapertussis ......................... Coqueluche
Bordetella branchiseptica ....................... Infecção broncopulmonar
Bordetella pertussis
É o agente etiológico da coqueluche, uma infecção respiratória aguda, altamente contagiosa, marcada por intensa tosse durante a fase paroxística.
Coqueluche
Fase de incubação: 7 a 10 dias.
Fase catarral: 1 a 2 semanas. Ocorre liberação de secreção aquosa pelo nariz.
Fase paroxística ou convulsiva: 2 a 4 semanas. Ocorre tosse com ruídos típicos.
Fase convalescente: 1 a 4 semanas. Nesta fase, os sintomas e a carga bacteriana vão diminuindo.
Ao longo dessas fases, vai havendo produção de anticorpos.
Fatores de virulência
- Toxina Pertussis.
- Hemaglutinina filamentosa.
- Pertactina.
- Adenil ciclase.
- Toxina dermonecrótica.
- Citotoxina traqueal.
- LPS.
A toxina Pertussis, hemaglutinina filamentosa e pertactina mediam a aderência da bactéria às células epiteliais ciliadas.
Patogenicidade
Inicialmente ocorre a entrada da bactéria no hospedeiro, por meio da inalação de aerossóis. Caso o hospedeiro seja vacinado, a bactéria é eliminada pelo sistema imune. Se o hospedeiro não é vacinado, a bactéria coloniza as mucosas do trato respiratório, multiplicando-se e aderindo-se apenas às células ciliadas, que possuem receptores específicos para ela. Aí, a bactéria vai produzindo aos poucos os fatores de virulência, de acordo com a fase da infecção. As toxinas liberadas vão então alterando funções fisiológicas, promovendo a paralisação dos cílios e acúmulo de secreção. Em seguida, há tosse, com a função de eliminar as bactérias, acabando por aumentar a contaminação.
A toxina Pertussis é chamada “AB”, sendo bifuncional: o B deveria ser de binding, já que a toxina somente se liga em células suscetíveis; e o A deveria ser de ação, já que simboliza a ação do componente tóxico. Isso pode levar a uma “diarréia respiratória”, de modo que a toxina irá alterar o metabolismo das células infectadas, aumentando a excreção de água por elas. Assim, haverá a tosse (fase convulsiva). Nessa fase, pode haver cianose, colapso respiratório, hemorragia das mucosas, etc. Por isso, a grande preocupação com crianças é a de se manter a função respiratória e a hidratação.
Transmissão
Se dá basicamente de pessoa para pessoa, de modo que a bactéria não se mantém viva no meio ambiente. A contaminação é por inalação ou por contato direto com secreções. A bacteremia é rara.
Diagnóstico laboratorial
Coleta de espécime
Aspirado nasofaríngeo, colhido com swab de fibras sintéticas, ou pela “placa de tosse” (o paciente tosse em cima do meio de cultura).
Transporte
Meio de Regan e Lowe, sendo importante a rapidez na semeadura da cultura, pois a bactéria é muito sensível à dessecação. 
Microscopia
Imunofluorescência usando anticorpos marcados.
Cultura
Meio de Bordet e Gengou. Ocorre crescimento após 4-5 dias.
Identificação
Testes bioquímicos e sorológicos.
Grupo de risco
Indivíduos, principalmente crianças, não imunizadas.
Tratamento
Manutenção da função respiratória + hidratação.
Uso de antimicrobianos para diminuir o número de bactérias = Eritromicina = não altera o curso da infecção, mas diminui o tempo.
Vacinas de células inteiras inativadas (muito usada) => podem causar seqüelas, principalmente no SNC, causando encefalopatias. A vacina contra coqueluche é dada juntamente com difteria e tétano.
Vacinas acelulares em desenvolvimento.

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