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Apostila resumos Microbiologia

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Stamp
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Morfologia e citologia bacteriana 
................................................................................................................................................................................ 1 
Fisiologia e genética bacteriana 
.................................................................................................................................................................................3 
Microbiota humana 
.................................................................................................................................................................................6 
Patogenicidade bacteriana 
.................................................................................................................................................................................7 
Antimicrobianos 
............................................................................................................................. ....................................................8 
Bastonetes Gram Negativos 
.................................................................................................................. ..............................................................9 
Cocos Gram Negativos 
...............................................................................................................................................................................11 
Cocos Gram Positivos 
................................................................................................................... ............................................................13 
Infecções relacionadas à assistência à saúde 
...............................................................................................................................................................................15 
Higienização das mãos 
.......................................................................................................................... .....................................................16 
Bactérias anaeróbias .................................................................................................................... ...................17 
Micobactérias .................................................................................................................................................. .19 
Bactérias espiraladas 
............................................................................................................................. ..................................................21 
Clamídias ........................................................................................................................ ...................................23 
Sumário 
Stamp
 
 
 
 
 
 
Morfologia e citologia bacteriana 
As bactérias podem ser classificadas de acordo 
com suas formas e arranjos, que dependem do seu eixo de 
replicação: 
✓ Cocos: formato elipsoidal ou esférica. 
 
✓ Bacilos: formato de bastonete. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
✓ Espiralado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quando não há nenhuma forma, devido a ausência 
de parede celular, as bactérias podem ser classificadas 
como pleomórficas. 
Estruturas fundamentais 
✓ Citoplasma 
✓ Nucleóide 
 
Estruturas acessórias 
 São estruturas que nem toda bactéria possui. 
✓ Inclusões citoplasmáticas: reserva de energia; 
✓ Cápsula de carboidratos: vai dificultar a fagocitose 
do macrófago; 
✓ Flagelos: motilidade; 
✓ Pili ou Fímbria: existe o pili comum que serve para 
aderência e o pili sexual que atua na conjugação das 
bactérias, favorecendo a transmissão do 
plasmídeo.; 
✓ Plasmídeo: pequena molécula de DNA circular que 
apresenta replicação independente e pode portar 
genes de resistência à antimicrobianos. 
✓ Endosporo: sua função é permitir resistência a 
agentes físicos e químicos. 
 
Microbiologia 
Estafilococos 
Diplococos 
Estreptococos 
Tétrade 
Sarcina 
“cadeia” 
Cocos agrupados 
Bacilos 
Cocobacilos 
Diplobacilos 
Estreptobacilos 
Divisão binária dos bacilos 
Vibrião 
Espirilo 
Espiroqueta 
✓ Ribossomo 
✓ Membrana plasmática 
@
re
su
m
in
do
af
is
io
_ 
1
Stamp
 
 
 
✓ Parede celular: composta por glicopeptídeos 
(Peptídeoglicano) e tem como função proteção 
osmótica, rigidez, garante o formato da célula e ela 
também atua na divisão celular. 
Classificação pela parede celular 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Coloração Gram 
Gram 
positivas 
Ácido teicóico 
Ácidos 
lipoteicóico 
+
glicopeptídeo
Parede espessa 
Gram 
negativas
Lipoproteína 
Lipopolissacarídeo 
-
glicopeptídeo
Sem parede 
espessa 
Membrana interna 
e externa 
-Polissacarídeo O 
-Lipídeo A (endotoxina 
responsável pela febre) 
Fixação 
Cristal Violeta Cristal violeta 
Tratamento com iodo 
Descoloração 
Coloração com Fucsina 
@
re
su
m
in
do
af
is
io
_ 
2
Stamp
 
 
 
As exigências nutritivas das células bacterianas são 
fontes de carbono, nitrogênio, oxigênio, minerais, água e 
energia. Esses nutrientes captados do ambiente são 
transformados em constituintes celulares ou usados para 
liberar energia para a célula. 
Fatores de crescimento: são substâncias essenciais 
ao metabolismo, que somente algumas bactérias vão precisar 
e elas não são capazes de sintetizar. 
A obtenção de energia nesses organismos é por 
meio de três formas: fermentação, respiração aeróbia ou 
anaeróbia. 
Respiração aeróbia 
✓ Compostos orgânicos são completamente 
degradados; 
✓ O oxigênio é o aceptor final de elétrons. 
✓ O ciclo de Krebs ocorre no citoplasma e a cadeia 
transportadora de elétrons ocorre na membrana da 
célula bacteriana. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Respiração aeróbia 
✓ Compostos orgânicos são completamente 
degradados; 
✓ O aceptor final de elétrons é um substrato 
inorgânico (nitrito, nitrato, sulfato); 
 
FERMENTAÇÃO 
✓ Os compostos orgânicos são parcialmente 
degradados; 
✓ Molécula orgânica como aceptor final de elétrons 
(glicose). 
 
 
 
 
 
 
 
Crescimento bacteriano 
Refere-se ao aumento do número e não do tamanho 
das células, ocorre a divisão binária e o crescimento necessita 
de algumas condições físicas: 
✓ Temperatura 
Fisiologia e genética bacteriana 
3
Stamp
 
✓ pH 
✓ Exigências atmosféricas 
 
A – Aeróbio estrito: só cresce na presença de oxigênio 
B – Anaeróbio estrito: só cresce na ausência de oxigênio 
C – Anaeróbio facultativo: cresce na presença e ausência de 
oxigênio 
D – Microaerófilo: cresce em ambientes com pouco oxigênio 
E – Aerotolerante: é anaeróbio, mas tolera oxigênio 
O oxigênio tem a tendência de receber elétrons 
livres, formando os radicais livres, que é uma molécula 
altamente reativa. Os organismos anaeróbios não possuem 
mecanismos de defesa (catalase e peroxidase) para esses 
radicais, por isso a presença de oxigênio é tão prejudicial. 
Fases do Crescimento bacteriano 
Fase LAG: a quantidade de células permanece a mesma, pois 
elas não se reproduzem de imediato em um novo meio. 
Fase LOG: a reprodução celular está muito ativa nesse 
momento, caracterizando a fase com maior crescimento. 
Fase estacionária: a reprodução celular diminui devido à baixa 
quantidade de nutrientes no meio. Nessa fase ocorre uma 
manutenção da população. 
Fase de morte celular: se não tiver mais nutrientes, a 
população entra em declínio e a morte celular ultrapassa o 
número de novas células. 
 
Genoma bacteriano 
Características do material genético bacteriano: 
✓ Cromossomo único e circular; 
✓ Genoma haplóide; 
✓ Elementos genéticos extracromossômicos 
(plasmídeo); 
✓ Presença de elementos genéticos móveis 
(transposons, sequência de inserçãoe ilhas 
patogênicas); 
✓ Sistema operon. 
Sistema operon 
É um sistema de controle da regulação gênica que 
tem a função de sinalizar a RNA polimerase e mostrar onde 
ela deve iniciar a transcrição. Esse sistema previne o gasto 
de energia, pois a bactéria não vai transcrever e traduzir 
todos os seus genes ao mesmo tempo. 
 
 
 
 
 
 
O promotor é o local onde a RNA Polimerase se liga 
para iniciar a transcrição do gene. 
O operador é uma sequência de DNA procariota que 
se encontra entre os genes estruturais e o promotor. É 
responsável pelo controle da transcrição dos genes 
estruturais. 
O repressor, ao se ligar no operador, é responsável 
por inibir a transcrição dos genes. 
Na presença de lactose, os seus isômeros ligam-se 
no repressor e isso deixa o operador livre, promovendo a 
transcrição do gene. Já na ausência de lactose, o repressor 
mantém sua ligação com o operador, impossibilitando a 
transcrição. 
A glicose, por ser o glicído preferido da célula, vai 
influenciar no sistema operon, pois na presença de glicose, o 
organismo não vai precisar degradar a lactose. 
O sistema 
operon Lac é 
um dos mais 
famosos 
 
4
Stamp
 
Alterações genotípicas 
Pode acontecer por meio de mutações ou por 
transferência de material genético. 
 
 
 
 
 
- Gênica: qualquer alteração no código das bases nitrogenadas 
do DNA que origina uma nova versão do gene. 
- Cromossômica: qualquer alteração na estrutura ou número 
de cromossomos. 
- Espontânea: ocorre devido a erros na replicação do DNA. 
- Induzida: acontece quando o organismo é exposto a algum 
agente mutangênico. 
 
- Transformação: a células receptora capta o DNA solúvel 
liberado no meio pela célula doadora (células mortas). 
- Transdução: transferência de DNA através de um 
bacteriófago. 
 
 
 
- Conjugação: por meio do pili sexual ocorre a transferência 
de DNA da bactéria doadora para a receptora. 
 
Mutações
Gênica Cromossômica Espontânea Induzida 
Substituição 
Adição 
Remoção 
Deleção 
Duplicação 
Inversão 
Inserção 
Transferência 
Transformação Transdução Conjugação 
Anotações 
5
Stamp
 
A microbiota normal (também chamada de autócne 
ou residente) é um conjunto de microrganismos que são 
encontrados regularmente no corpo de um indivíduo saudável. 
Essa microbiota passa por desenvolvimento desde o 
nascimento até a fase adulta. Só ocorre a colonização em pele 
e mucosas que entram em contato com o meio externo. A 
disbiose é o desequilíbrio dessa população de microrganismos 
que está associado a doenças. 
Funções da microbiota 
✓ Proteção contra infecções por microrganismos 
patogênicos; 
✓ Estimulação e aperfeiçoamento a resposta imune; 
✓ Síntese de vitamina K e do complexo B; 
✓ Conversão de pigmentos em ácidos biliares; 
✓ Contribui com a absorção de nutrientes. 
Alguns locais do nosso corpo são estéreis e não 
podem conter esses microrganismos, exemplo: sangue, 
medula óssea, líquor cefalorraquidiano, tecidos, trato 
respiratório inferior e urina (bexiga). 
Alguns fatores podem interferir na presença 
desses microrganismos, como: 
✓ Quantidade de nutrientes e de oxigênio; 
✓ pH do local e temperatura; 
✓ Presença de receptores de aderência nas bactérias; 
✓ Competição com outras bactérias; 
✓ Resposta imunológica. 
Tipos de microbiota 
Transitória (também chamada de alócne): 
microrganismos que habitam no nosso corpo durante algumas 
horas, dias ou semanas que apenas colonizam e depois saem. 
Infecção oportunista: ocorre em pacientes 
susceptíveis a infecção, pode ocorrer por um desequilíbrio da 
microbiota normal, baixa resistência do hospedeiro, 
transferência de microrganismos da flora residente em 
outros locais. 
Interferências bacterianas 
✓ Competição por receptores; 
✓ Competição por nutrientes; 
✓ Inibição mútua por toxinas ou produtos metabólicos; 
✓ Inibição por bacteriocinas (substancia produzida pelo 
sistema imune que vai dificultar o crescimento da 
bactéria). 
 
 
Esses fatores vão determinar os grupos de 
bactérias que vão predominar e prevalecer. 
Distribuição da microbiota na pele 
✓ Staphylococcus epidermidis 
✓ Propionibacterium 
✓ Corynebacterium spp 
Cavidade nasal 
✓ Staphylococcus spp 
✓ Corynebacterium spp 
✓ Streptococcus alfa e beta 
hemolíticos. 
Conjuntiva 
✓ Staphylococcus epidermidis 
✓ Corynebacterium spp 
✓ Streptococcus gama hemolíticos 
Orofaringe 
✓ Staphylococcus epidermidis 
✓ Corynebacterium spp 
✓ Streptococcus mitis e outros alfa-
hemolíticos 
✓ Peptostreptococcus spp 
✓ Lactobacillus spp 
✓ Neisserias não patogênicas 
Estômago e intestino delgado 
✓ Lactobacillus spp 
✓ Streptococcus spp 
✓ Enterobacteriaceae 
intestino grosso 
✓ Enterobacteriaceae 
✓ Clostridium perfringens 
✓ Peptostreptococcus spp 
✓ Peptococcus spp 
✓ Enterococcus spp 
✓ Candida albicans 
URETRA E CANAL VAGINAL 
✓ Lactobacillus spp 
✓ Corynebacterium spp 
✓ Staphylococcus epidermidis 
6
Stamp
 
 
 
Conceitos importantes 
Infecção: microrganismos patogênicos estabelecem 
interações com o hospedeiro por meio de colonização, 
multiplicação, invasão e persistência no organismo. 
Doença: relação mal sucedida entre o parasita e o 
hospedeiro, desequilíbrio da homeostase do organismo. 
 
 
Patogenicidade: capacidade do microrganismo de 
produzir sintomas no hospedeiro. 
Virulência: capacidade de gerar efeitos graves e 
fatais. 
 
Transmissão do agente 
A transmissão vai depender do inóculo, da espécie 
do microrganismo e das características do hospedeiro. As 
formas de transmissão são pelo homem, animais, vetores 
(dengue, febre amarela, malária) e por fômites (secreções). 
 
 
 
 
 
 
Colonização 
Aderência: tem que ter um receptor específico na 
célula do hospedeiro. 
 Invasão: ocorre por meio das invasinas (enzimas, 
toxinas, proteínas) 
Após a invasão a bactéria pode induzir a formação 
de pseudópodos, a fagocitose por um macrófago e a 
formação de vacúolo fagocítico (mecanismo de cavalo de 
troia) 
Evasão: impedir o contato com as células fagocitárias 
e para isso acontece a síntese de estruturas idênticas às do 
hospedeiro, como se fosse uma capa. 
- Inibição da ingestão pelas células fagocitárias devido 
aos componentes da parede celular da bactéria. 
- Lise das células fagocitárias. 
- Multiplicação nas células fagocitárias, pois mesmo 
com o macrófago acidificando o pH do fagossomo, o 
microrganismo tem resistência e escapa da morte 
intracelular. 
Toxinas 
 
 
 
 
 
Intoxicação alimentar: a toxina está no alimento. 
Toxi-infecções: a bactéria não invade o tecido, porém 
produz a exotoxina que vai atuar no local ou pode entrar na 
circulação. 
Infecções invasivas: a bactéria vai utilizar da toxina 
para destruir as células e começar sua multiplicação nos 
tecidos. 
 
 
 
 
Multiplicação 
que sempre 
causa doença 
Pode existir infecção sem doença, quando o patógeno 
não causou lesão. 
Microrganismos 
Contaminantes Colonizadores Infectantes 
Forma 
transitória 
Presença e 
multiplicação 
sem causar 
doença 
Microrganismos 
Patógenos 
estritos
Não 
patógenos 
Patógenos 
oportunistas
Exotoxinas 
São proteínas solúveis que 
têm atividade semelhante às 
enzimas. 
Excretadas por bactérias 
Gram-negativas e positivas. 
Está associada ao LPS da 
membrana externa. 
Excretadas por bactérias 
Gram-negativas 
Mesmo efeito biológico no 
hospedeiro para qualquer 
bactéria produtora. 
Endotoxinas
s 
7
Stamp
 
Antibiótico: é uma substância química de origem 
microbiana e sua função é promover atividades 
antimicrobianas. 
Quimioterápico: substância química utilizada no 
tratamento de infecções. 
 
 
 
 
 
 
 
Mecanismo do antibiótico 
Bloqueio da síntese de peptidoglicano: ocorre na 
parede celular, então entra água e soluto e estoura a célula. 
 
 
 
 
Construção da parede celular: a PBP (proteína 
ligadora de penicilina) que tem como função construir a 
parede celular. 
A camada de peptidoglicanoé composta por várias 
cadeias com 5 aminoácidos, no qual o a PBP quebra a ligação 
dos dois últimos aminoácidos (D-Ala com D-Ala) e faz uma nova 
ligação peptídica entre a 4° alanina com o 3° lisina. 
 
A estrutura do anel beta lactâmico dos antibióticos 
são parecidos com a estrutura do D-Ala, então ele preenche 
o sítio ativo da enzima PBP e com isso ela não consegue 
chegar na parede e remover o 5° aminoácido. Isso evita que 
ocorra a ligação do 4° aminoácido (alanina) com o 3° 
aminoácido (lisina) da cadeia. 
 
Bloqueio da DNA gyrase e da polimerase: a gyrase é 
responsável por garantir o acesso da enzima em toda a fita 
de DNA (impede o enovelamento). Com o bloqueio, não ocorre 
a replicação e a transcrição do DNA. 
✓ Grupo de antibiótico: quinolonas 
Bloqueio da síntese de proteínas: no ribossomo 
ocorre vários mecanismos, como bloqueio da fusão do 
ribossomo 50S E 30S e alteração da forma do DNA 30S. 
✓ Grupo de antibiótico: macrolídeos 
Bloqueio da síntese do ácido fólico: ele é importante 
para a produção de DNA, sem ele a bactéria não faz 
replicação. 
✓ Grupo de antibiótico: sulfas 
O antibiótico também pode promover a ruptura de 
lipídeos da membrana citoplasmática, mas o problema desse 
tipo de medicamento é que ele não é seletivo e o efeito 
colateral é muito grande. 
Mecanismos de proteção da bactéria 
✓ Enzimas que degradam o medicamento; 
✓ Alteração do ribossomo e do sítio de ligação: 
antibiótico não consegue se ligar; 
✓ Bomba de efluxo: por meio de um plasmídeo as 
bactérias produzem uma bomba que consegue jogar 
o antibiótico para fora; 
✓ Diminuir a permeabilidade da membrana. 
Antimicrobianos 
Cla
ss
ifi
ca
çã
o 
Bactericidas
Bacteriostáticos
Mata a bactéria 
Inibe o crescimento 
bacteriano 
Beta lactâmicos 
- Penicilina - Cefalosporinas 
- Monobactâmicos 
- Carbapenêmicos 
 
Não beta lactâmicos 
- Glicopeptídeos 
 
Antimicrobianos 
8
Stamp
 
 
 
Enterobacteriaceae 
✓ Anaeróbicos facultativos; 
✓ São responsáveis por 70 a 80% das infecções por 
bastonetes gram negativos; 
✓ Ubíquos na natureza, fazem parte da flora normal 
do intestino; 
✓ Alguns são patogênicos; 
✓ Fermentam a glicose; 
✓ Alguns tem um diferencial, como fermentar a 
lactose. 
 
 
Patogenia 
✓ Infecções intestinais; 
✓ Infecções oportunistas por espécies da microbiota 
residente: principalmente em pacientes 
hospitalizados e de baixa resistência imunológica. 
Transmissão 
Os microrganismos e suas toxinas estão nas fezes 
humanas ou de animais, a transmissão acontece quando o 
homem ingere esses patógenos por meio de alimentos, água 
ou mãos contaminadas. 
Escherichia coli 
Predominante no intestino grosso, mas também 
podem causar infecções extra-intestinais. Após a defecação, 
com uma limpeza inadequada a bactéria pode colonizar a 
uretra, a bexiga e até mesmo os rins (pielonefrite). 
- E. coli Enteropatogênica – EPEC 
 
 
 
 
 
- E. coli Enterotoxigênica – ETEC 
 Intoxicação alimentar e diarreia do viajante 
 
 
 
- E. coli Enterohemorrágica – EHEC 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- E. coli Enteroinvasora -EIEC 
 
 
 
 
 
- E. coli Enteroagressiva – EAEC 
 Diarreia persistente. 
Salmonella spp. 
✓ Bactéria móvel; 
✓ Ingestão de água e alimentos contaminados (ovos, 
peixes, leite, queijos, palmitos); 
✓ A infecção pode durar até uma semana; 
✓ Sintomas: náuseas, cólicas, diarreia não sanguinolenta 
e cefaleia; 
✓ A replicação ocorre na luz intestinal, se uma bactéria 
adentrar na célula intestinal vai ocorre uma resposta 
inflamatória muito grande. 
Salmonella thyphi – Febre tifóide 
✓ Sintomas: cefaleia, febre, dor abdominal, mal-estar 
e dor muscular; 
✓ O paciente pode desenvolver um estado portador, 
no qual mesmo após a recuperação as salmonelas 
persistem na vesícula biliar e vão sendo excretadas 
aos poucos pelas fezes; 
 
 
 
Lac + 
A bactéria 
cresce e fica 
rosa 
Lac - 
A bactéria 
não fica rosa 
Patogênese: formam microcolônias rompendo as 
microvilosidades, ocasionando má digestão e diarreia. 
- Diarreia aquosa, vômito e febre em crianças até 1 
ano. 
- Intestino delgado. 
Patogênese: inibição da síntese de proteínas devido a 
toxina Shiga, lesão das microvilosidades. 
- Diarreia sanguinolenta, cólicas abdominais e pode 
progredir para SHU. 
- Intestino grosso. 
Doença: colite hemorrágica: diarreia com sangue, 
febre, dores abdominais ou até mesmo uma infecção 
assintomática. 
Síndrome urêmica-hemolítica (SHU): uma complicação 
que pode gerar anemia e insuficiência renal. 
 
Patogênese: destruição mediada por plasmídeos de 
células epiteliais do cólon. 
- Diarreia aquosa, cólicas, febre e pode ocasionar 
disenteria. 
- Intestino grosso. 
9
Stamp
 
✓ Pode ser diagnosticada por sorologia – reação de 
Widal; 
✓ Essa bactéria consegue invadir as células e mesmo 
com a fagocitose do macrófago, ela consegue se 
multiplicar dentro dele. Com isso, essa infecção é 
disseminada sistemicamente, e o microrganismo vai 
ficar presente na vesícula biliar. 
Shigella spp. 
✓ Imóveis; 
✓ Altamente contagiosas; 
✓ Doença: shigelose ou disenteria bacilar; 
✓ Patogênese: destruição do epitélio intestinal com uma 
intensa reação inflamatória. 
✓ Sintomas: Diarreia aquosa muito intensa, febre, 
fraqueza e cólicas. 
Klebsiella spp. 
✓ Klebsiella pneumoniae produz enzima 
carbapenemase (KPC) que degrada antibióticos 
carbapenêmicos – Cefalosporina, penicilinas, 
monobactâmicos; 
✓ Acomete mais indivíduos imunossuprimidos; 
✓ Imóveis e lactose + 
✓ Alta resistência aos antimicrobianos; 
✓ É responsável por infecções pós-cirúrgicas, 
pneumonia, etc. 
Proteus spp. 
✓ Apresentam muitos flagelos e são lactose – 
✓ Produzem urease, deixando a urina mais alcalina e 
contribuindo para a formação de cálculos; 
✓ Podem causar pneumonia, infecções urinárias e a 
bactéria também pode ir para a corrente 
sanguínea; 
✓ Muito comum na infecção urinária em meninos. 
Vibrionaceae - Vibrio cholerae 
✓ Não fermentadores: anaeróbios facultativos; 
✓ Móveis; 
✓ Sintetizam enterotoxina TL e hemolisina que são 
responsáveis pela manifestação dos sintomas; 
✓ Sintomas: diarreia, vômitos, náuseas, cólicas 
abdominais e muita desidratação; 
✓ Infecção somente no intestino. 
Pseudomonadaceae 
✓ Não fermentadores: aeróbios; 
✓ Móveis; 
✓ Odor característico sendo semelhante ao cheiro de 
uva; 
 
 
✓ Habitam em água e solo e podem crescer em 
ambientes que são considerados desfavoráveis; 
✓ São consideradas patógenos oportunistas; 
✓ Resistência à muitos antimicrobianos; 
✓ Essa bactéria pode causar infecções em múltiplos 
locais, sendo muito difícil de tratar. 
Fibrose cística e Pseudomonas aeruginosa 
O paciente com essa doença tem uma 
inflamação no trato respiratório inferior e por 
consequência diminuição no movimento ciliar. Isso vai 
favorecer a presença de muco e facilitar a aderência 
bacteriana. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anotações 
10
Stamp
 
 
 
Neisseriaceae - Neisseria 
✓ Aeróbios e imóveis; 
✓ Dispostos aos pares; 
✓ Não formam esporos; 
✓ Citrocomo-oxidase positivos; 
✓ Possuem enzima catalase e 
conseguem degradar a água oxigenada; 
✓ Possuem dificuldade de crescimento em alguns 
meios de cultura (fastidiosas); 
✓ Preferem o crescimento com uma pequena 
quantidade de CO2 (capnifílicas). 
Neisseria meningitidis 
✓ Habitat natural é o homem e principalmente na 
mucosa da nasofaringe; 
✓ Transmissão: contato com secreções do trato 
respiratório superior da pessoa doente; 
✓ Meningite meningocócica: sintomas como cefaleia, 
febre, vômito, rigidez da nuca, podendo evoluir 
para coma e morte. 
 
✓ Meningococcemia: a bactéria pode disseminar para 
outros locais e causar a sepse, pode acontecer 
sem ou com meningite. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Características do patógeno 
✓ Possui cápsula com sorotipos A, B, C, Y e W-135; 
✓ Endotoxina responsável por danosvasculares e 
choque séptico; 
✓ Fímbrias que são variáveis, auxiliam na migração e 
na resistência aos neutrófilos; 
✓ IgA protease: proteína que quebra o anticorpo; 
✓ Proteínas de membrana externa: Opa e Opc. 
Imunidade 
✓ Vacina do grupo B são disponíveis no serviço público 
por ser a mais utilizada no brasil; 
✓ Vacinas dos grupos A, C, Y e W-135 são privadas 
- meningites por esses grupos aumentaram; 
✓ No 3°, 5° e 12° mês o bebê deve ser vacinado para 
meningites B e ACWY. 
Diagnóstico 
✓ Swab nasal; 
✓ Coleta de líquido cefalorraquidiano; 
✓ Hemocultura para pacientes com 
meningococcemia; 
Tratamento 
✓ Penicilina G; 
✓ Eritromicina; 
✓ Tetraciclina; 
✓ Prevenção com vacina. 
 
O macrófago tem passe livre para o sistema 
nervoso, então quando ele fagocita uma Neisseria ela 
consegue atingir o sistema nervoso. Então ela se multiplica 
no espaço subaracnóideo e eventualmente pode cair na 
circulação. 
 
 
 
Meningites 
Virais: 
assépticas 
Fúngica: infecções 
oportunistas 
Bacteriana: resposta 
inflamatória mais intensa 
11
Stamp
 
 
Neisseria gonorrhoeae 
✓ Gonorreia (uretrite gonocócica); 
✓ No homem causa uretrite com pus cremoso e 
amarelado, dor ao urinar; 
✓ Na mulher causa cervicite com corrimento 
mucopurulento, mas também pode ser 
assintomática; 
✓ Em ambos os sexos pode causar infertilidade; 
✓ Outros quadros: faringite e proctite (sexo oral e 
anal); 
✓ Conjuntivite no recém-nascido; 
✓ Transmissão por contato sexual. 
✓ Na forma disseminada ocorre infecção de 
articulações. 
Características do patógeno 
✓ Presença de pili; 
✓ IgA protease; 
✓ Produz Beta lactamases, com isso o antibiótico não 
faz mais efeito; 
 
As secreções são devido à grande quantidade de 
neutrófilo no espaço endotelial. 
Diagnóstico 
✓ Swab das secreções; 
✓ Bacterioscopia; 
✓ Testes rápidos. 
Tratamento e prevenção 
✓ Cefalosporina com um macrolídeo que vão atuar na 
parede celular e nos ribossomos; 
 
 
✓ Uso de preservativos durante as relações sexuais; 
✓ Tratamento dos parceiros; 
✓ Realizar o pré-natal para não prejudicar o bebê. 
 
Anotações 
12
Stamp
Classificação 
β-hemolítico α-hemolítico γ-hemolítico 
 
 
 
✓ Anaeróbios facultativos; 
✓ Não formam esporos e são imóveis; 
✓ Catalase positivo; 
✓ Hemólise em ágar sangue; 
✓ Comensais e patogênicos. 
✓ Possui cápusla e adesinas; 
✓ Proteína A que faz a ligação com a região Fc da IgG e 
impede que os anticorpos interajam com os 
macrófagos; 
✓ Coagulase que destrói a rede de fibrina e facilita sua 
disseminação; 
✓ Habitat: pele e mucosas; 
✓ Transmissão: contato direto ou indireto e exposição a 
secreções; 
✓ Prevenção: limpeza e assepsia de feridas e sempre 
lavar as mãos após o contato com cada paciente. 
✓ Dentro do macrófago, a bactéria tem vários 
mecanismos para fugir de todas as agressões; 
✓ Pode produzir várias toxinas: são termoestáveis, no qual 
a temperatura não destrói a toxina. 
Doenças 
 
 
 
 
 
 
 
jjhgkkkkkkkkkkkkkkkkkk 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tratamento 
✓ 10% das amostras são sensíveis à penicilina; 
✓ Resistente às penicilinas semi-sintéticas; 
✓ Resistente à meticilina 
✓ Tratamento disponível: Vancomicina. 
 
✓ Possui adesinas; 
✓ Formação de biofilme (cateter e próteses); 
✓ Habitat: microbiota da pele e da mucosa; 
✓ Muito relacionada com infecções de próteses. 
✓ Anaeróbios facultativos; 
✓ Não formam esporos e são imóveis; 
✓ Dispostos aos pares, em cadeias curtas ou longas; 
✓ Catalase negativo; 
✓ Hemólise variável; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
✓ β-hemolíticos – grupo A de Lancefield; 
✓ Cápsula de ácido hialurônico; 
✓ Proteína M: impede opsonização pelo sistema 
complemento, favorece aderência e impede 
fagocitose; 
✓ Produz toxinas e enzimas; 
✓ Tratamento: Penicilina G. 
 
 
Acne 
Terçol 
Foliculite 
Impetigo 
Osteomielite 
Endocardite 
Meningite 
Infecção em 
Prótese 
Localizadas 
Profundas 
Alimentar 
Síndrome da pele 
escaldada 
Síndrome do choque 
tóxico 
Intoxicações 
Beta: lise completa das 
hemácias 
Alfa: lise parcial das 
hemácias 
Gama: não lisa hemácias 
 
13
Stamp
 
Doenças 
✓ Febre reumática: Uma infecção de garganta pode 
ocasionar outros problemas como a febre reumática e 
artrite, pois pode ter depósitos de anticorpos 
produzidos para eliminar a bactéria. Esses depósitos 
podem acorrer nas articulações, nas valvas cardíacas 
e com isso eles promovem uma inflamação. Para o 
tratamento utiliza-se penicilina benzatina. 
✓ β-hemolíticos – grupo B de Lancefield; 
✓ Cápsula de polissacarídeo; 
✓ Fator Camp; 
✓ Produz enzimas e toxinas; 
✓ Habitat: Trato gastrointestinal e trato genitourinário; 
✓ Tratamento: Penicilina, cefalosporina e para gestantes 
penicilina G 4 horas antes do parto. 
Doenças 
✓ Neonatal: sepse, pneumonia, meningite e bacteremia. 
✓ Gestantes: infecção urinária, endometrite, amnionites. 
 
 
✓ α-hemolíticos; 
✓ Cápsula de ácido hialurônico; 
✓ Fatores de virulência: autolisina, pneumolisina, IgA 
protease, etc; 
✓ Habitat: presentes na microbiota principalmente na 
orofaringe e nasofaringe; 
✓ Tratamento: Penicilina G, eritromicina, tetraciclina e 
vacina. 
 
 
 
✓ E. faecalis e E. faecium são espécies mais 
importantes; 
✓ Frequente causa de infecções hospitalares; 
✓ Habitat: intestino; 
✓ Principais doenças: infecção do trato urinário baixo ou 
alto, endocardite e sepse; 
✓ Pode ser resistente a vancomicina: modifica a 
estrutura do D-ala e ocorre síntese normal da parede 
celular. 
 
14
Stamp
 
 
✓ Cirúrgica; 
✓ Urinária: infecção mais comum que está 
relacionada com procedimentos invasivos, como as 
sondas; 
✓ Corrente sanguínea: ocorre contaminação de 
líquidos endovenosos devido a técnica inadequada 
na administração da solução e cuidado inadequado 
com o equipamento; 
✓ Respiratória: ocorre devido a assepsia inadequada 
na aspiração, mãos contaminadas e descarte 
incorreto de secreções. 
Essas infecções têm como consequências um 
aumento do tempo de internação e com isso o paciente pode 
ter maior vulnerabilidade a morbidade, uma vez que são 
pacientes mais críticos, com vários fatores de risco para 
desenvolver a infecção. 
O custo hospitalar fica mais caro, uma vez que 
pode ser necessário o uso de medicamentos mais caros 
para tratar a infecção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
✓ Staphylococcus aureus 
✓ Enterococcus 
✓ Escherichia coli 
✓ Klebsiella pneumoniae 
 
 
✓ Tempo de internação; 
✓ Uso de sonda vesical; 
✓ Uso de cateter endovenosos; 
✓ Ventilação mecânica. 
 
 
✓ Higienização no ambiente hospitalar e na 
comunidade; 
 
 
Principais infecções: Principais microrganismos: 
Fatores de risco: 
Hospedeiro 
suscetível 
Agente 
infeccioso 
Reservatório 
Eliminação 
Transmissão 
Penetração 
Imunodeprimidos, idosos, 
cirurgias etc. 
Pode transmitir para 
equipamentos, água e 
pessoas. 
Secreções, excreções, 
gotículas, pele, etc. 
Contato direto, 
transmissão pelo ar, 
fômites e ingestão. 
Principais vias são 
mucosas, TG intestinal e 
urinário e trato 
respiratório 
Cadeia 
epidemiológica da 
IRAS 
✓ Enterobacter 
✓ Pseudomonas aeruginosa 
✓ Acinetobacter 
 
Profilaxia: 
15
Stamp
 
 
 
 
 
 
 
 
16
Stamp
 
 
As bactérias anaeróbias também têm papel na 
fisiologia do hospedeiro, como prevenção da colonização e 
infecção por outros patógenos. Elas auxiliam o nosso 
organismo no metabolismo dos sais biliares e o Bacterioides 
fragilis, por exemplo, faz a sínteses de vitamina K. 
Infecções por essas bactérias estão, na maioria 
das vezes, relacionadas a lesões prévias que se não foram 
tratadas corretamente, a bactéria que estava no meio 
ambiente pode causar infecção. Para a invasão dessas 
bactérias, é necessário ter uma alteração no tecido do 
hospedeiro, como um trauma. 
Existe uma sinergia entre anaeróbias e aeróbias, 
no qual uma bactéria aeróbia pode produzir uma toxina que 
provoca inativação da imunidade celular dohospedeiro e isso 
vai favorecer o crescimento anaeróbio. 
Fatores de virulência 
✓ Cápsula e pili; 
✓ Algumas bactérias podem ser aerotolerantes, apesar 
de serem anaeróbias; 
✓ Estratégias para manutenção de ambiente com 
oxigênio reduzido: quando o aeróbio cresce ele 
consome o oxigênio e a bactéria anaeróbia prolifera; 
✓ Formação de esporos e liberação de toxinas. 
Fatores que favorecem o 
crescimento 
✓ Menor fluxo sanguíneo; 
✓ Tecido necrótico; 
✓ Extremos de idade; 
Infecções endógenas 
São oportunistas e da microbiota residente, pois 
pode ocorrer modificações no hospedeiro que leva ao 
aumento desses patógenos. 
Algumas modificações são: uso constante de 
antimicrobianos, câncer e cirurgia. 
✓ Doença periodontal; 
✓ Pé diabético; 
✓ Sinusite crônica. 
 
✓ Bacilos Gram positivos não formadores de esporos; 
✓ Anaeróbio facultativo ou estrito; 
✓ Trato respiratório superior, trato geniturinário 
feminino e gastrointestinal; 
✓ São oportunistas em lesões de pele; 
✓ Actinomicose cervicofacial. 
✓ Bacilos Gram negativos não formadores de esporos; 
✓ Anaeróbios facultativos 
✓ Causa infecções graves: infecções de decúbito, 
sepse, peritonite; 
✓ Podem causar problemas no cólon e na vagina das 
mulheres; 
✓ Produzem enzimas Beta lactamase e hemolisinas; 
Infecções exógenas 
Não está presente na microbiota e qualquer 
contato com a bactéria vai causar doença. 
✓ Bacilo Gram positivos formadores de esporos; 
✓ Anaeróbios estritos; 
✓ Toxinas: tetanolisina e tetanospasmina; 
✓ Vacinação com toxoide tetânico; 
✓ O tétano pode ser localizado, sistêmico ou neonatal. 
Ação da toxina tetânica 
 
 
 
 
 
 
 
✓ A toxina se liga nos neurônios motores inibitórios e 
bloqueia a secreção de glicina, então o estímulo na 
placa motora continua liberando uma quantidade 
excessiva de neurotransmissor. 
✓ Consequência: contração exacerbada. 
✓ Corpos estranhos; 
✓ Co-morbidade; 
✓ Inóculo maior. 
 
 
17
Stamp
 
✓ Luz, barulho e qualquer tipo de irritação pode 
desencadear esse estímulo. 
✓ Riso sardónico e opistótomo 
✓ Bacilos Gram positivos não formadores de esporos; 
✓ Imóveis; 
✓ Produção de toxinas com capacidade de causar 
necrose; 
✓ Degradam proteínas; 
✓ Trato gastrointestinal 
✓ Produz toxinas; 
✓ Síndrome de Fournier: necrose na região genital 
✓ Gangrena gasosa: quando produz toxina que degrada 
o tecido tem a liberação de m gás. 
✓ Bacilos Gram positivos formadores de esporos; 
✓ Móveis; 
✓ Transmissão por ingestão de alimentos contaminados 
com a toxina pré-formada; 
 
✓ Neurotoxinas A, B e E; 
✓ Botulismo: hipotonia de pescoço e tronco, o paciente 
fica flácido e perde a capacidade de contração 
muscular; 
✓ Presença desses anaeróbios no mel; 
✓ Toxina botulínica é utilizada por tratamento estético, 
tratamento de dor e na síndrome da bexiga 
hiperativa. 
 
 
 
✓ Bacilo Gram positivos formadores de esporos; 
✓ Sobrevive até no estômago; 
✓ Esporula no intestino; 
✓ Transmissão: fecal-oral 
✓ Problemas em pacientes hospitalizados com uso 
prolongado de clindamicina e cefalosporina de terceira 
geração; 
✓ Colite pseudomembranosa. 
 
 
 
 
 
 
 
Tratamento 
✓ Serve para todas as infecções causadas por 
anaeróbias: Cloranfenicol, clindamicina, tetraciclinas e 
metronindazol; 
✓ Suporte respiratório no botulismo; 
✓ Utilização da toxina botulínica no tétano, pois ela relaxa 
a musculatura; 
 
 
 
 
Anotações 
18
Stamp
 
✓ Bastonetes finos; 
✓ Aeróbios; 
✓ Não formam esporos; 
✓ Imóveis; 
✓ Catalase positiva; 
 
 
✓ Sua parede celular é diferente: possui membrana 
citoplasmática, peptidoglicano, arabinogalactana e 
ancorado nele tem ácidos micólicos e ainda uma 
porção importante de lipídeos. 
 
✓ Não usa coloração de Gram 
 
Para a classificação das bactérias, é preciso 
observar se há a formação de um granuloma (uma elevação 
chamada de tubérculo): 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Crescimento bacteriano 
 
O material que cresce para gerar novas células 
está na extremidade e quando ocorre a divisão, tem algum 
fenômeno que faz com que um lado seja maior que o outro 
Ao final da divisão, uma célula apresenta maior 
porcentagem de parede nova do que de parede antiga; 
Outra possibilidade que explica o crescimento é um 
lado já começar a crescer e ficar maior que o outro antes 
da formação do septo de divisão. 
 
 
Mycobacterium 
Parede celular 
Rica em lipídeos 
Responsável pelo 
crescimento lento 
Resistência a 
detergentes e 
antibióticos 
Antigenicidade 
Agregação 
Fator corda 
Resistência a 
descoloração com álcool 
e ácido – BAAR 
Complexo tuberculosis: 
M. tuberculosis, M. 
africanum, M. bovis, M. 
caprae, M. microti 
Hanseníase: M. leprae 
M. avium - Tuberculose 
aviária 
-Ainda são classificadas 
quanto a sua coloração e 
se produzem ou não 
pigmentos na presença 
de luz. 
Classificação 
Micobactérias 
tuberculosas 
Micobactérias não 
tuberculosas 
19
Stamp
✓ Mycobacterium tuberculosis ou por bactérias do 
complexo tuberculose; 
✓ Transmissão: por vias respiratórias; 
✓ Sintomas: febre, emagrecimento, dor torácica, 
suores noturnos, tosse com eliminação de catarro 
com sangue; 
✓ É uma doença muito antiga; 
✓ No século XIX houve um rápido crescimento da doença 
e os hospitais tentavam conscientizar a população 
sobre os cuidados necessários, porém com a 
revolução industrial a saúde e o bem estar não eram 
o foco principal; 
✓ Os pacientes eram transferidos para os hospícios 
por ser um local mais afastado e isso facilitava a 
contaminação do ambiente e a alta mortalidade, pois 
todos os pacientes ficavam juntos; 
✓ A tuberculose foi um marco importante no 
desenvolvimento do estetoscópio. 
População vulnerável 
✓ Moradores de rua; 
✓ Pacientes com HIV; 
✓ Pessoas na prisão; 
✓ Indígenas. 
Patogenia 
✓ A bactéria está presente em escarro, no ar após 
uma pessoa ter espirrado, em secreções; 
✓ Por meio do contato com esses aerossóis, ocorre o 
desenvolvimento de um granuloma: a micobactéria se 
concentra no meio e ao redor tem uma resposta 
imunológica importante; 
✓ O macrófago pode tentar fagocitar essa bactéria, 
mas ela elimina os hidrogênios de dentro dos 
fagossomos. Desta forma elas aumentam o pH do 
fagossomo e não são mortas pelo pH baixo; 
✓ Os lisossomos liberam suas enzimas dentro do 
fagossomo, mas estas enzimas podem ser quebradas 
pelas micobacterias; 
✓ Esse mecanismo é importante do ponto de vista da 
doença, pois se a bactéria consegue sobreviver, 
indivíduo infectado vai continuar transmitindo a 
doença; 
 
 
 
✓ Se a bactéria conseguir romper o fagossomo, ela vai 
começar a se multiplicar e vai estourar a célula de 
defesa do hospedeiro. 
✓ O granuloma pode se romper e o paciente vai expelir 
as bactérias novamente. 
 
✓ Tuberculose primária: geralmente só ocorre a 
infecção, mas em poucos casos ela pode evoluir para 
a doença, principalmente naqueles indivíduos 
imunodeprimidos; 
✓ Tuberculose secundária: é a doença ou a reativação. 
Diagnóstico 
✓ Pode ser de diversos materiais biológicos, pois a 
bactéria está presente em vários locais; 
✓ Escarro, urina, líquor, lavado broncoalveolar, sangue e 
etc. 
✓ O escarro é ideal para fazer bacterioscopia; 
✓ O meio de cultura é a base de ovo. 
Tratamento e profilaxia 
Conjunto de antibióticos (RIPE): 
✓ Rifanpicina: inibe a síntese de RNA 
✓ Isoniazida: atua principalmente na biossíntese do ácido 
micólico. 
✓ Pirazinamina 
✓ Etambutol: inibe a síntese de parede celular. 
✓ Vacina BCG: proteção contra casos mais graves da 
doença. 
 
20
Stamp
 
 
 
✓ Vibrião 
✓ Espiralada 
✓ Espiroqueta 
✓ Anaeróbio; 
✓ Móvel; 
✓ Espiroqueta; 
✓ Não desenvolve em meio de cultura; 
Sífilis 
✓ Transmissão: principalmente por contato sexual e 
congênita (pela placenta); 
✓ Sífilis congênita: a maioria dos recém-nascidos são 
assintomáticos, mas 40% dos infectados sofrem 
aborto, óbito fetal e morte neonatal; 
✓ Sífilis congênita recente: quando acriança nasce e 
apresenta a sífilis até dois anos; 
✓ Sífilis congênita tardia: quando a criança desenvolve os 
sintomas após 2 anos, vai ser uma forma mais crônica. 
A criança pode apresentar palato em ogiva, nariz em 
sela e anormalidades dentárias. 
✓ Sempre que o adulto apresentar erupções na pele das 
mãos e dos pés é importante lembrar da sífilis. 
 
Após o contato sexual, a bactéria tem um 
período de incubação por 2 a 4 semanas, então depois 
de 1 mês aparece a lesão primária, denominada de 
protossifiloma ou cancro duro. Essa lesão não causa dor 
e isso é um fato importante, pois o indivíduo não vai 
procurar assistência. 
A lesão tende a desaparecer naturalmente e 
com isso o paciente evolui para a fase secundária que 
vai se manifestar no período de 1 a 6 meses. O paciente 
começa a apresentar as roséolas na face e no lábio, 
 
 
 
 
mas os sintomas cedem após 2 ou 6 semanas, tornando 
o tratamento cada vez mais difícil. 
✓ Sintomas: mal-estar, febre, dor de garganta, dores nas 
articulações, feridas no palato, etc. 
 
Se não houver o tratamento, a doença evolui para 
a sífilis latente tardia que é um quadro crônico sem sinais e 
sem sintomas, com duração de 5 a 20 anos após a infecção. 
Pode ter uma evolução para a sífilis terciária que 
já será sintomática e com lesões destrutivas. Ela pode 
acometer o coração, SNC (pode apresentar paralisia, 
demência ou morte), pele, ossos e vísceras. 
Nesse estágio da doença existe as lesões gomosas 
no formato de semicírculo e em relevo. 
Diagnóstico e tratamento 
✓ Diagnóstico direto: pesquisar a bactéria direto na lesão; 
✓ Diagnóstico indireto: sorológico. 
 
✓ Penicilina benzatina – benzetacil 
✓ Profilaxia: evitar o contato íntimo com doentes e usar 
preservativos. 
✓ Microaerófilos; 
✓ Móveis; 
✓ Espiroqueta; 
✓ Trasmitida por artrópodes – carrapato; 
✓ A lesão se aparece com um alvo 
✓ Borrelia burgdorferi: doença de Lyme, mais comum nos 
EUA; 
✓ Borrelia recurrentis: febre recorrente. 
 
✓ Aeróbio; 
✓ Móveis; 
✓ Espiroqueta; 
✓ Considerada zoonose – veiculada por animais (ratos); 
✓ O rato grande da cidade (ratazana) é quem se 
contamina com a Leptospira, por isso as enchentes 
favorecem surtos de leptospirose; 
 
21
Stamp
 
✓ Transmissão: contato direto com urina a contaminada 
do rato ou por meio de ingestão de água e alimentos 
contaminados. 
 
 
 
✓ Não confundir com Rantavirose, pois o vírus dessa 
doença é transmitido por ratos silvestres, então o 
paciente característico é aquele do interior, com 
histórico de morar em fazenda. 
Patogenia e tratamento 
 
A forma mais grave da doença é denominada 
Síndrome de Weil, no qual o indivíduo pode apresentar 
hemorragia, icterícia e disfunção renal. 
✓ Penicilinas e tetraciclinas; 
✓ Suporte ventilatório 
 
✓ Espirilo; 
✓ Infecção intestinal; 
✓ Eventualmente infecção sistêmica; 
✓ Transmissão: ingestão de água e alimentos 
contaminados; 
✓ Diarreia sanguinolenta ou aquosa; 
✓ São fastidiosos, ou seja, exigentes para crescer 
em meio de cultura; 
✓ Tratamento: a doença é autolimitada, mas se for 
necessário o antibiótico é a eritromicina. 
 
 
 
 
 
✓ Microaerófila; 
✓ Espirilo; 
✓ Móvel 
✓ Tufo de flagelos na calda e 
locomoção pela rotação do 
flagelo; 
✓ Favorece doenças estomacais; 
✓ Maior prevalência em países subdesenvolvidos; 
✓ Transmissão: vias oral-oral e oral-fecal e geralmente 
ocorre na infância. 
 Doenças 
✓ Gastrite crônica; 
✓ Úlcera péptica; 
✓ Gastrite atrófica: ocorre uma atrofia do estômago, com 
isso a mucosa diminui perdendo área de absorção. 
✓ Metaplasia intestinal: desenvolve tecido intestinal no 
estômago e esôfago. 
Fatores de virulência 
✓ Genes CagA e VacA: induzem alterações no epitélio do 
estômago, favorecendo a proliferação da bactéria; 
✓ Urease uma enzima que consegue quebrar ureia, no 
qual contribui com o aumento do pH, no em torno da 
bactéria fica mais alcalino e isso favorece sua 
proliferação; 
 
Tratamento 
✓ 2 antimicrobianos (metronidazol e claritromicinas ou 
amoxicilina) + inibidor de próton (omeprazol). 
 
Infecção 
Proliferação e 
disseminação no 
sangue 
Rins, SNC, fígado 
Anemia e lesão 
renal aguda
Os cães e gatos podem se contaminar e transmitir 
para o ser humano. 
 
22
Stamp
 
 
 
✓ Essa bactéria tem morfologia diferente; 
✓ São intracelulares obrigatórias; 
✓ Imóveis; 
✓ Esféricas; 
✓ Possui um ciclo de desenvolvimento bifásico no qual 
tem duas formas celulares: elementar e reticular. 
✓ O corpúsculo elementar vai infectar uma célula e 
começar a sofrer diferenciação para o corpúsculo 
reticulado; 
✓ Multiplicação de corpúsculos reticulados; 
✓ Diferenciação em corpúsculo elementar novamente. 
✓ Tracoma: acomete a conjuntiva, mas pode evoluir para 
invasão da córnea e levar a cegueira. 
 
✓ Conjuntivite 
 
 
 
 
 
✓ Infecções genitais: uretrite não gonocócica com 
secreção mais hialina. 
- Na mulher pode evoluir para alteração de trato genital 
devido a formação de fibrose e do estreitamento da 
luz da trompa. 
- Relacionado com infertilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
✓ Linfogranuloma venéreo: transmissão por contato 
sexual que causa linfonodos inchados e dolorosos na 
virilha. 
✓ A transmissão se dá por manuseio de tecido 
contaminado ou pela inalação de excrementos secos de 
pássaros, bovinos, caprinos. 
✓ Geralmente manifestações pulmonares; 
✓ Transmissão por inalação de aerossóis contaminados; 
✓ Infecções do trato respiratório; 
✓ Pneumonia, bronquite, sinusite e manifestações clínicas 
semelhantes a gripe. 
Diagnóstico e tratamento 
✓ A bactéria não cresce sozinha na placa de cultura, 
então é preciso colocar outra célula na placa; 
✓ Teste sorológico. 
✓ Tetraciclinas, eritromicinas e sulfonamidas: geralmente 
essas bactérias não têm peptideoglicano na parede, por 
isso utiliza drogas que inibem outros mecanismos. 
Morfologia 
Corpúsculo 
elementar 
Infecta a 
célula 
Extracelular 
Corpúsculo 
reticular 
Não é 
infectante 
É a forma de 
multipliacação 
Intracelular
 
23
Stamp

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