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Stamp Morfologia e citologia bacteriana ................................................................................................................................................................................ 1 Fisiologia e genética bacteriana .................................................................................................................................................................................3 Microbiota humana .................................................................................................................................................................................6 Patogenicidade bacteriana .................................................................................................................................................................................7 Antimicrobianos ............................................................................................................................. ....................................................8 Bastonetes Gram Negativos .................................................................................................................. ..............................................................9 Cocos Gram Negativos ...............................................................................................................................................................................11 Cocos Gram Positivos ................................................................................................................... ............................................................13 Infecções relacionadas à assistência à saúde ...............................................................................................................................................................................15 Higienização das mãos .......................................................................................................................... .....................................................16 Bactérias anaeróbias .................................................................................................................... ...................17 Micobactérias .................................................................................................................................................. .19 Bactérias espiraladas ............................................................................................................................. ..................................................21 Clamídias ........................................................................................................................ ...................................23 Sumário Stamp Morfologia e citologia bacteriana As bactérias podem ser classificadas de acordo com suas formas e arranjos, que dependem do seu eixo de replicação: ✓ Cocos: formato elipsoidal ou esférica. ✓ Bacilos: formato de bastonete. ✓ Espiralado Quando não há nenhuma forma, devido a ausência de parede celular, as bactérias podem ser classificadas como pleomórficas. Estruturas fundamentais ✓ Citoplasma ✓ Nucleóide Estruturas acessórias São estruturas que nem toda bactéria possui. ✓ Inclusões citoplasmáticas: reserva de energia; ✓ Cápsula de carboidratos: vai dificultar a fagocitose do macrófago; ✓ Flagelos: motilidade; ✓ Pili ou Fímbria: existe o pili comum que serve para aderência e o pili sexual que atua na conjugação das bactérias, favorecendo a transmissão do plasmídeo.; ✓ Plasmídeo: pequena molécula de DNA circular que apresenta replicação independente e pode portar genes de resistência à antimicrobianos. ✓ Endosporo: sua função é permitir resistência a agentes físicos e químicos. Microbiologia Estafilococos Diplococos Estreptococos Tétrade Sarcina “cadeia” Cocos agrupados Bacilos Cocobacilos Diplobacilos Estreptobacilos Divisão binária dos bacilos Vibrião Espirilo Espiroqueta ✓ Ribossomo ✓ Membrana plasmática @ re su m in do af is io _ 1 Stamp ✓ Parede celular: composta por glicopeptídeos (Peptídeoglicano) e tem como função proteção osmótica, rigidez, garante o formato da célula e ela também atua na divisão celular. Classificação pela parede celular Coloração Gram Gram positivas Ácido teicóico Ácidos lipoteicóico + glicopeptídeo Parede espessa Gram negativas Lipoproteína Lipopolissacarídeo - glicopeptídeo Sem parede espessa Membrana interna e externa -Polissacarídeo O -Lipídeo A (endotoxina responsável pela febre) Fixação Cristal Violeta Cristal violeta Tratamento com iodo Descoloração Coloração com Fucsina @ re su m in do af is io _ 2 Stamp As exigências nutritivas das células bacterianas são fontes de carbono, nitrogênio, oxigênio, minerais, água e energia. Esses nutrientes captados do ambiente são transformados em constituintes celulares ou usados para liberar energia para a célula. Fatores de crescimento: são substâncias essenciais ao metabolismo, que somente algumas bactérias vão precisar e elas não são capazes de sintetizar. A obtenção de energia nesses organismos é por meio de três formas: fermentação, respiração aeróbia ou anaeróbia. Respiração aeróbia ✓ Compostos orgânicos são completamente degradados; ✓ O oxigênio é o aceptor final de elétrons. ✓ O ciclo de Krebs ocorre no citoplasma e a cadeia transportadora de elétrons ocorre na membrana da célula bacteriana. Respiração aeróbia ✓ Compostos orgânicos são completamente degradados; ✓ O aceptor final de elétrons é um substrato inorgânico (nitrito, nitrato, sulfato); FERMENTAÇÃO ✓ Os compostos orgânicos são parcialmente degradados; ✓ Molécula orgânica como aceptor final de elétrons (glicose). Crescimento bacteriano Refere-se ao aumento do número e não do tamanho das células, ocorre a divisão binária e o crescimento necessita de algumas condições físicas: ✓ Temperatura Fisiologia e genética bacteriana 3 Stamp ✓ pH ✓ Exigências atmosféricas A – Aeróbio estrito: só cresce na presença de oxigênio B – Anaeróbio estrito: só cresce na ausência de oxigênio C – Anaeróbio facultativo: cresce na presença e ausência de oxigênio D – Microaerófilo: cresce em ambientes com pouco oxigênio E – Aerotolerante: é anaeróbio, mas tolera oxigênio O oxigênio tem a tendência de receber elétrons livres, formando os radicais livres, que é uma molécula altamente reativa. Os organismos anaeróbios não possuem mecanismos de defesa (catalase e peroxidase) para esses radicais, por isso a presença de oxigênio é tão prejudicial. Fases do Crescimento bacteriano Fase LAG: a quantidade de células permanece a mesma, pois elas não se reproduzem de imediato em um novo meio. Fase LOG: a reprodução celular está muito ativa nesse momento, caracterizando a fase com maior crescimento. Fase estacionária: a reprodução celular diminui devido à baixa quantidade de nutrientes no meio. Nessa fase ocorre uma manutenção da população. Fase de morte celular: se não tiver mais nutrientes, a população entra em declínio e a morte celular ultrapassa o número de novas células. Genoma bacteriano Características do material genético bacteriano: ✓ Cromossomo único e circular; ✓ Genoma haplóide; ✓ Elementos genéticos extracromossômicos (plasmídeo); ✓ Presença de elementos genéticos móveis (transposons, sequência de inserçãoe ilhas patogênicas); ✓ Sistema operon. Sistema operon É um sistema de controle da regulação gênica que tem a função de sinalizar a RNA polimerase e mostrar onde ela deve iniciar a transcrição. Esse sistema previne o gasto de energia, pois a bactéria não vai transcrever e traduzir todos os seus genes ao mesmo tempo. O promotor é o local onde a RNA Polimerase se liga para iniciar a transcrição do gene. O operador é uma sequência de DNA procariota que se encontra entre os genes estruturais e o promotor. É responsável pelo controle da transcrição dos genes estruturais. O repressor, ao se ligar no operador, é responsável por inibir a transcrição dos genes. Na presença de lactose, os seus isômeros ligam-se no repressor e isso deixa o operador livre, promovendo a transcrição do gene. Já na ausência de lactose, o repressor mantém sua ligação com o operador, impossibilitando a transcrição. A glicose, por ser o glicído preferido da célula, vai influenciar no sistema operon, pois na presença de glicose, o organismo não vai precisar degradar a lactose. O sistema operon Lac é um dos mais famosos 4 Stamp Alterações genotípicas Pode acontecer por meio de mutações ou por transferência de material genético. - Gênica: qualquer alteração no código das bases nitrogenadas do DNA que origina uma nova versão do gene. - Cromossômica: qualquer alteração na estrutura ou número de cromossomos. - Espontânea: ocorre devido a erros na replicação do DNA. - Induzida: acontece quando o organismo é exposto a algum agente mutangênico. - Transformação: a células receptora capta o DNA solúvel liberado no meio pela célula doadora (células mortas). - Transdução: transferência de DNA através de um bacteriófago. - Conjugação: por meio do pili sexual ocorre a transferência de DNA da bactéria doadora para a receptora. Mutações Gênica Cromossômica Espontânea Induzida Substituição Adição Remoção Deleção Duplicação Inversão Inserção Transferência Transformação Transdução Conjugação Anotações 5 Stamp A microbiota normal (também chamada de autócne ou residente) é um conjunto de microrganismos que são encontrados regularmente no corpo de um indivíduo saudável. Essa microbiota passa por desenvolvimento desde o nascimento até a fase adulta. Só ocorre a colonização em pele e mucosas que entram em contato com o meio externo. A disbiose é o desequilíbrio dessa população de microrganismos que está associado a doenças. Funções da microbiota ✓ Proteção contra infecções por microrganismos patogênicos; ✓ Estimulação e aperfeiçoamento a resposta imune; ✓ Síntese de vitamina K e do complexo B; ✓ Conversão de pigmentos em ácidos biliares; ✓ Contribui com a absorção de nutrientes. Alguns locais do nosso corpo são estéreis e não podem conter esses microrganismos, exemplo: sangue, medula óssea, líquor cefalorraquidiano, tecidos, trato respiratório inferior e urina (bexiga). Alguns fatores podem interferir na presença desses microrganismos, como: ✓ Quantidade de nutrientes e de oxigênio; ✓ pH do local e temperatura; ✓ Presença de receptores de aderência nas bactérias; ✓ Competição com outras bactérias; ✓ Resposta imunológica. Tipos de microbiota Transitória (também chamada de alócne): microrganismos que habitam no nosso corpo durante algumas horas, dias ou semanas que apenas colonizam e depois saem. Infecção oportunista: ocorre em pacientes susceptíveis a infecção, pode ocorrer por um desequilíbrio da microbiota normal, baixa resistência do hospedeiro, transferência de microrganismos da flora residente em outros locais. Interferências bacterianas ✓ Competição por receptores; ✓ Competição por nutrientes; ✓ Inibição mútua por toxinas ou produtos metabólicos; ✓ Inibição por bacteriocinas (substancia produzida pelo sistema imune que vai dificultar o crescimento da bactéria). Esses fatores vão determinar os grupos de bactérias que vão predominar e prevalecer. Distribuição da microbiota na pele ✓ Staphylococcus epidermidis ✓ Propionibacterium ✓ Corynebacterium spp Cavidade nasal ✓ Staphylococcus spp ✓ Corynebacterium spp ✓ Streptococcus alfa e beta hemolíticos. Conjuntiva ✓ Staphylococcus epidermidis ✓ Corynebacterium spp ✓ Streptococcus gama hemolíticos Orofaringe ✓ Staphylococcus epidermidis ✓ Corynebacterium spp ✓ Streptococcus mitis e outros alfa- hemolíticos ✓ Peptostreptococcus spp ✓ Lactobacillus spp ✓ Neisserias não patogênicas Estômago e intestino delgado ✓ Lactobacillus spp ✓ Streptococcus spp ✓ Enterobacteriaceae intestino grosso ✓ Enterobacteriaceae ✓ Clostridium perfringens ✓ Peptostreptococcus spp ✓ Peptococcus spp ✓ Enterococcus spp ✓ Candida albicans URETRA E CANAL VAGINAL ✓ Lactobacillus spp ✓ Corynebacterium spp ✓ Staphylococcus epidermidis 6 Stamp Conceitos importantes Infecção: microrganismos patogênicos estabelecem interações com o hospedeiro por meio de colonização, multiplicação, invasão e persistência no organismo. Doença: relação mal sucedida entre o parasita e o hospedeiro, desequilíbrio da homeostase do organismo. Patogenicidade: capacidade do microrganismo de produzir sintomas no hospedeiro. Virulência: capacidade de gerar efeitos graves e fatais. Transmissão do agente A transmissão vai depender do inóculo, da espécie do microrganismo e das características do hospedeiro. As formas de transmissão são pelo homem, animais, vetores (dengue, febre amarela, malária) e por fômites (secreções). Colonização Aderência: tem que ter um receptor específico na célula do hospedeiro. Invasão: ocorre por meio das invasinas (enzimas, toxinas, proteínas) Após a invasão a bactéria pode induzir a formação de pseudópodos, a fagocitose por um macrófago e a formação de vacúolo fagocítico (mecanismo de cavalo de troia) Evasão: impedir o contato com as células fagocitárias e para isso acontece a síntese de estruturas idênticas às do hospedeiro, como se fosse uma capa. - Inibição da ingestão pelas células fagocitárias devido aos componentes da parede celular da bactéria. - Lise das células fagocitárias. - Multiplicação nas células fagocitárias, pois mesmo com o macrófago acidificando o pH do fagossomo, o microrganismo tem resistência e escapa da morte intracelular. Toxinas Intoxicação alimentar: a toxina está no alimento. Toxi-infecções: a bactéria não invade o tecido, porém produz a exotoxina que vai atuar no local ou pode entrar na circulação. Infecções invasivas: a bactéria vai utilizar da toxina para destruir as células e começar sua multiplicação nos tecidos. Multiplicação que sempre causa doença Pode existir infecção sem doença, quando o patógeno não causou lesão. Microrganismos Contaminantes Colonizadores Infectantes Forma transitória Presença e multiplicação sem causar doença Microrganismos Patógenos estritos Não patógenos Patógenos oportunistas Exotoxinas São proteínas solúveis que têm atividade semelhante às enzimas. Excretadas por bactérias Gram-negativas e positivas. Está associada ao LPS da membrana externa. Excretadas por bactérias Gram-negativas Mesmo efeito biológico no hospedeiro para qualquer bactéria produtora. Endotoxinas s 7 Stamp Antibiótico: é uma substância química de origem microbiana e sua função é promover atividades antimicrobianas. Quimioterápico: substância química utilizada no tratamento de infecções. Mecanismo do antibiótico Bloqueio da síntese de peptidoglicano: ocorre na parede celular, então entra água e soluto e estoura a célula. Construção da parede celular: a PBP (proteína ligadora de penicilina) que tem como função construir a parede celular. A camada de peptidoglicanoé composta por várias cadeias com 5 aminoácidos, no qual o a PBP quebra a ligação dos dois últimos aminoácidos (D-Ala com D-Ala) e faz uma nova ligação peptídica entre a 4° alanina com o 3° lisina. A estrutura do anel beta lactâmico dos antibióticos são parecidos com a estrutura do D-Ala, então ele preenche o sítio ativo da enzima PBP e com isso ela não consegue chegar na parede e remover o 5° aminoácido. Isso evita que ocorra a ligação do 4° aminoácido (alanina) com o 3° aminoácido (lisina) da cadeia. Bloqueio da DNA gyrase e da polimerase: a gyrase é responsável por garantir o acesso da enzima em toda a fita de DNA (impede o enovelamento). Com o bloqueio, não ocorre a replicação e a transcrição do DNA. ✓ Grupo de antibiótico: quinolonas Bloqueio da síntese de proteínas: no ribossomo ocorre vários mecanismos, como bloqueio da fusão do ribossomo 50S E 30S e alteração da forma do DNA 30S. ✓ Grupo de antibiótico: macrolídeos Bloqueio da síntese do ácido fólico: ele é importante para a produção de DNA, sem ele a bactéria não faz replicação. ✓ Grupo de antibiótico: sulfas O antibiótico também pode promover a ruptura de lipídeos da membrana citoplasmática, mas o problema desse tipo de medicamento é que ele não é seletivo e o efeito colateral é muito grande. Mecanismos de proteção da bactéria ✓ Enzimas que degradam o medicamento; ✓ Alteração do ribossomo e do sítio de ligação: antibiótico não consegue se ligar; ✓ Bomba de efluxo: por meio de um plasmídeo as bactérias produzem uma bomba que consegue jogar o antibiótico para fora; ✓ Diminuir a permeabilidade da membrana. Antimicrobianos Cla ss ifi ca çã o Bactericidas Bacteriostáticos Mata a bactéria Inibe o crescimento bacteriano Beta lactâmicos - Penicilina - Cefalosporinas - Monobactâmicos - Carbapenêmicos Não beta lactâmicos - Glicopeptídeos Antimicrobianos 8 Stamp Enterobacteriaceae ✓ Anaeróbicos facultativos; ✓ São responsáveis por 70 a 80% das infecções por bastonetes gram negativos; ✓ Ubíquos na natureza, fazem parte da flora normal do intestino; ✓ Alguns são patogênicos; ✓ Fermentam a glicose; ✓ Alguns tem um diferencial, como fermentar a lactose. Patogenia ✓ Infecções intestinais; ✓ Infecções oportunistas por espécies da microbiota residente: principalmente em pacientes hospitalizados e de baixa resistência imunológica. Transmissão Os microrganismos e suas toxinas estão nas fezes humanas ou de animais, a transmissão acontece quando o homem ingere esses patógenos por meio de alimentos, água ou mãos contaminadas. Escherichia coli Predominante no intestino grosso, mas também podem causar infecções extra-intestinais. Após a defecação, com uma limpeza inadequada a bactéria pode colonizar a uretra, a bexiga e até mesmo os rins (pielonefrite). - E. coli Enteropatogênica – EPEC - E. coli Enterotoxigênica – ETEC Intoxicação alimentar e diarreia do viajante - E. coli Enterohemorrágica – EHEC - E. coli Enteroinvasora -EIEC - E. coli Enteroagressiva – EAEC Diarreia persistente. Salmonella spp. ✓ Bactéria móvel; ✓ Ingestão de água e alimentos contaminados (ovos, peixes, leite, queijos, palmitos); ✓ A infecção pode durar até uma semana; ✓ Sintomas: náuseas, cólicas, diarreia não sanguinolenta e cefaleia; ✓ A replicação ocorre na luz intestinal, se uma bactéria adentrar na célula intestinal vai ocorre uma resposta inflamatória muito grande. Salmonella thyphi – Febre tifóide ✓ Sintomas: cefaleia, febre, dor abdominal, mal-estar e dor muscular; ✓ O paciente pode desenvolver um estado portador, no qual mesmo após a recuperação as salmonelas persistem na vesícula biliar e vão sendo excretadas aos poucos pelas fezes; Lac + A bactéria cresce e fica rosa Lac - A bactéria não fica rosa Patogênese: formam microcolônias rompendo as microvilosidades, ocasionando má digestão e diarreia. - Diarreia aquosa, vômito e febre em crianças até 1 ano. - Intestino delgado. Patogênese: inibição da síntese de proteínas devido a toxina Shiga, lesão das microvilosidades. - Diarreia sanguinolenta, cólicas abdominais e pode progredir para SHU. - Intestino grosso. Doença: colite hemorrágica: diarreia com sangue, febre, dores abdominais ou até mesmo uma infecção assintomática. Síndrome urêmica-hemolítica (SHU): uma complicação que pode gerar anemia e insuficiência renal. Patogênese: destruição mediada por plasmídeos de células epiteliais do cólon. - Diarreia aquosa, cólicas, febre e pode ocasionar disenteria. - Intestino grosso. 9 Stamp ✓ Pode ser diagnosticada por sorologia – reação de Widal; ✓ Essa bactéria consegue invadir as células e mesmo com a fagocitose do macrófago, ela consegue se multiplicar dentro dele. Com isso, essa infecção é disseminada sistemicamente, e o microrganismo vai ficar presente na vesícula biliar. Shigella spp. ✓ Imóveis; ✓ Altamente contagiosas; ✓ Doença: shigelose ou disenteria bacilar; ✓ Patogênese: destruição do epitélio intestinal com uma intensa reação inflamatória. ✓ Sintomas: Diarreia aquosa muito intensa, febre, fraqueza e cólicas. Klebsiella spp. ✓ Klebsiella pneumoniae produz enzima carbapenemase (KPC) que degrada antibióticos carbapenêmicos – Cefalosporina, penicilinas, monobactâmicos; ✓ Acomete mais indivíduos imunossuprimidos; ✓ Imóveis e lactose + ✓ Alta resistência aos antimicrobianos; ✓ É responsável por infecções pós-cirúrgicas, pneumonia, etc. Proteus spp. ✓ Apresentam muitos flagelos e são lactose – ✓ Produzem urease, deixando a urina mais alcalina e contribuindo para a formação de cálculos; ✓ Podem causar pneumonia, infecções urinárias e a bactéria também pode ir para a corrente sanguínea; ✓ Muito comum na infecção urinária em meninos. Vibrionaceae - Vibrio cholerae ✓ Não fermentadores: anaeróbios facultativos; ✓ Móveis; ✓ Sintetizam enterotoxina TL e hemolisina que são responsáveis pela manifestação dos sintomas; ✓ Sintomas: diarreia, vômitos, náuseas, cólicas abdominais e muita desidratação; ✓ Infecção somente no intestino. Pseudomonadaceae ✓ Não fermentadores: aeróbios; ✓ Móveis; ✓ Odor característico sendo semelhante ao cheiro de uva; ✓ Habitam em água e solo e podem crescer em ambientes que são considerados desfavoráveis; ✓ São consideradas patógenos oportunistas; ✓ Resistência à muitos antimicrobianos; ✓ Essa bactéria pode causar infecções em múltiplos locais, sendo muito difícil de tratar. Fibrose cística e Pseudomonas aeruginosa O paciente com essa doença tem uma inflamação no trato respiratório inferior e por consequência diminuição no movimento ciliar. Isso vai favorecer a presença de muco e facilitar a aderência bacteriana. Anotações 10 Stamp Neisseriaceae - Neisseria ✓ Aeróbios e imóveis; ✓ Dispostos aos pares; ✓ Não formam esporos; ✓ Citrocomo-oxidase positivos; ✓ Possuem enzima catalase e conseguem degradar a água oxigenada; ✓ Possuem dificuldade de crescimento em alguns meios de cultura (fastidiosas); ✓ Preferem o crescimento com uma pequena quantidade de CO2 (capnifílicas). Neisseria meningitidis ✓ Habitat natural é o homem e principalmente na mucosa da nasofaringe; ✓ Transmissão: contato com secreções do trato respiratório superior da pessoa doente; ✓ Meningite meningocócica: sintomas como cefaleia, febre, vômito, rigidez da nuca, podendo evoluir para coma e morte. ✓ Meningococcemia: a bactéria pode disseminar para outros locais e causar a sepse, pode acontecer sem ou com meningite. Características do patógeno ✓ Possui cápsula com sorotipos A, B, C, Y e W-135; ✓ Endotoxina responsável por danosvasculares e choque séptico; ✓ Fímbrias que são variáveis, auxiliam na migração e na resistência aos neutrófilos; ✓ IgA protease: proteína que quebra o anticorpo; ✓ Proteínas de membrana externa: Opa e Opc. Imunidade ✓ Vacina do grupo B são disponíveis no serviço público por ser a mais utilizada no brasil; ✓ Vacinas dos grupos A, C, Y e W-135 são privadas - meningites por esses grupos aumentaram; ✓ No 3°, 5° e 12° mês o bebê deve ser vacinado para meningites B e ACWY. Diagnóstico ✓ Swab nasal; ✓ Coleta de líquido cefalorraquidiano; ✓ Hemocultura para pacientes com meningococcemia; Tratamento ✓ Penicilina G; ✓ Eritromicina; ✓ Tetraciclina; ✓ Prevenção com vacina. O macrófago tem passe livre para o sistema nervoso, então quando ele fagocita uma Neisseria ela consegue atingir o sistema nervoso. Então ela se multiplica no espaço subaracnóideo e eventualmente pode cair na circulação. Meningites Virais: assépticas Fúngica: infecções oportunistas Bacteriana: resposta inflamatória mais intensa 11 Stamp Neisseria gonorrhoeae ✓ Gonorreia (uretrite gonocócica); ✓ No homem causa uretrite com pus cremoso e amarelado, dor ao urinar; ✓ Na mulher causa cervicite com corrimento mucopurulento, mas também pode ser assintomática; ✓ Em ambos os sexos pode causar infertilidade; ✓ Outros quadros: faringite e proctite (sexo oral e anal); ✓ Conjuntivite no recém-nascido; ✓ Transmissão por contato sexual. ✓ Na forma disseminada ocorre infecção de articulações. Características do patógeno ✓ Presença de pili; ✓ IgA protease; ✓ Produz Beta lactamases, com isso o antibiótico não faz mais efeito; As secreções são devido à grande quantidade de neutrófilo no espaço endotelial. Diagnóstico ✓ Swab das secreções; ✓ Bacterioscopia; ✓ Testes rápidos. Tratamento e prevenção ✓ Cefalosporina com um macrolídeo que vão atuar na parede celular e nos ribossomos; ✓ Uso de preservativos durante as relações sexuais; ✓ Tratamento dos parceiros; ✓ Realizar o pré-natal para não prejudicar o bebê. Anotações 12 Stamp Classificação β-hemolítico α-hemolítico γ-hemolítico ✓ Anaeróbios facultativos; ✓ Não formam esporos e são imóveis; ✓ Catalase positivo; ✓ Hemólise em ágar sangue; ✓ Comensais e patogênicos. ✓ Possui cápusla e adesinas; ✓ Proteína A que faz a ligação com a região Fc da IgG e impede que os anticorpos interajam com os macrófagos; ✓ Coagulase que destrói a rede de fibrina e facilita sua disseminação; ✓ Habitat: pele e mucosas; ✓ Transmissão: contato direto ou indireto e exposição a secreções; ✓ Prevenção: limpeza e assepsia de feridas e sempre lavar as mãos após o contato com cada paciente. ✓ Dentro do macrófago, a bactéria tem vários mecanismos para fugir de todas as agressões; ✓ Pode produzir várias toxinas: são termoestáveis, no qual a temperatura não destrói a toxina. Doenças jjhgkkkkkkkkkkkkkkkkkk Tratamento ✓ 10% das amostras são sensíveis à penicilina; ✓ Resistente às penicilinas semi-sintéticas; ✓ Resistente à meticilina ✓ Tratamento disponível: Vancomicina. ✓ Possui adesinas; ✓ Formação de biofilme (cateter e próteses); ✓ Habitat: microbiota da pele e da mucosa; ✓ Muito relacionada com infecções de próteses. ✓ Anaeróbios facultativos; ✓ Não formam esporos e são imóveis; ✓ Dispostos aos pares, em cadeias curtas ou longas; ✓ Catalase negativo; ✓ Hemólise variável; ✓ β-hemolíticos – grupo A de Lancefield; ✓ Cápsula de ácido hialurônico; ✓ Proteína M: impede opsonização pelo sistema complemento, favorece aderência e impede fagocitose; ✓ Produz toxinas e enzimas; ✓ Tratamento: Penicilina G. Acne Terçol Foliculite Impetigo Osteomielite Endocardite Meningite Infecção em Prótese Localizadas Profundas Alimentar Síndrome da pele escaldada Síndrome do choque tóxico Intoxicações Beta: lise completa das hemácias Alfa: lise parcial das hemácias Gama: não lisa hemácias 13 Stamp Doenças ✓ Febre reumática: Uma infecção de garganta pode ocasionar outros problemas como a febre reumática e artrite, pois pode ter depósitos de anticorpos produzidos para eliminar a bactéria. Esses depósitos podem acorrer nas articulações, nas valvas cardíacas e com isso eles promovem uma inflamação. Para o tratamento utiliza-se penicilina benzatina. ✓ β-hemolíticos – grupo B de Lancefield; ✓ Cápsula de polissacarídeo; ✓ Fator Camp; ✓ Produz enzimas e toxinas; ✓ Habitat: Trato gastrointestinal e trato genitourinário; ✓ Tratamento: Penicilina, cefalosporina e para gestantes penicilina G 4 horas antes do parto. Doenças ✓ Neonatal: sepse, pneumonia, meningite e bacteremia. ✓ Gestantes: infecção urinária, endometrite, amnionites. ✓ α-hemolíticos; ✓ Cápsula de ácido hialurônico; ✓ Fatores de virulência: autolisina, pneumolisina, IgA protease, etc; ✓ Habitat: presentes na microbiota principalmente na orofaringe e nasofaringe; ✓ Tratamento: Penicilina G, eritromicina, tetraciclina e vacina. ✓ E. faecalis e E. faecium são espécies mais importantes; ✓ Frequente causa de infecções hospitalares; ✓ Habitat: intestino; ✓ Principais doenças: infecção do trato urinário baixo ou alto, endocardite e sepse; ✓ Pode ser resistente a vancomicina: modifica a estrutura do D-ala e ocorre síntese normal da parede celular. 14 Stamp ✓ Cirúrgica; ✓ Urinária: infecção mais comum que está relacionada com procedimentos invasivos, como as sondas; ✓ Corrente sanguínea: ocorre contaminação de líquidos endovenosos devido a técnica inadequada na administração da solução e cuidado inadequado com o equipamento; ✓ Respiratória: ocorre devido a assepsia inadequada na aspiração, mãos contaminadas e descarte incorreto de secreções. Essas infecções têm como consequências um aumento do tempo de internação e com isso o paciente pode ter maior vulnerabilidade a morbidade, uma vez que são pacientes mais críticos, com vários fatores de risco para desenvolver a infecção. O custo hospitalar fica mais caro, uma vez que pode ser necessário o uso de medicamentos mais caros para tratar a infecção. ✓ Staphylococcus aureus ✓ Enterococcus ✓ Escherichia coli ✓ Klebsiella pneumoniae ✓ Tempo de internação; ✓ Uso de sonda vesical; ✓ Uso de cateter endovenosos; ✓ Ventilação mecânica. ✓ Higienização no ambiente hospitalar e na comunidade; Principais infecções: Principais microrganismos: Fatores de risco: Hospedeiro suscetível Agente infeccioso Reservatório Eliminação Transmissão Penetração Imunodeprimidos, idosos, cirurgias etc. Pode transmitir para equipamentos, água e pessoas. Secreções, excreções, gotículas, pele, etc. Contato direto, transmissão pelo ar, fômites e ingestão. Principais vias são mucosas, TG intestinal e urinário e trato respiratório Cadeia epidemiológica da IRAS ✓ Enterobacter ✓ Pseudomonas aeruginosa ✓ Acinetobacter Profilaxia: 15 Stamp 16 Stamp As bactérias anaeróbias também têm papel na fisiologia do hospedeiro, como prevenção da colonização e infecção por outros patógenos. Elas auxiliam o nosso organismo no metabolismo dos sais biliares e o Bacterioides fragilis, por exemplo, faz a sínteses de vitamina K. Infecções por essas bactérias estão, na maioria das vezes, relacionadas a lesões prévias que se não foram tratadas corretamente, a bactéria que estava no meio ambiente pode causar infecção. Para a invasão dessas bactérias, é necessário ter uma alteração no tecido do hospedeiro, como um trauma. Existe uma sinergia entre anaeróbias e aeróbias, no qual uma bactéria aeróbia pode produzir uma toxina que provoca inativação da imunidade celular dohospedeiro e isso vai favorecer o crescimento anaeróbio. Fatores de virulência ✓ Cápsula e pili; ✓ Algumas bactérias podem ser aerotolerantes, apesar de serem anaeróbias; ✓ Estratégias para manutenção de ambiente com oxigênio reduzido: quando o aeróbio cresce ele consome o oxigênio e a bactéria anaeróbia prolifera; ✓ Formação de esporos e liberação de toxinas. Fatores que favorecem o crescimento ✓ Menor fluxo sanguíneo; ✓ Tecido necrótico; ✓ Extremos de idade; Infecções endógenas São oportunistas e da microbiota residente, pois pode ocorrer modificações no hospedeiro que leva ao aumento desses patógenos. Algumas modificações são: uso constante de antimicrobianos, câncer e cirurgia. ✓ Doença periodontal; ✓ Pé diabético; ✓ Sinusite crônica. ✓ Bacilos Gram positivos não formadores de esporos; ✓ Anaeróbio facultativo ou estrito; ✓ Trato respiratório superior, trato geniturinário feminino e gastrointestinal; ✓ São oportunistas em lesões de pele; ✓ Actinomicose cervicofacial. ✓ Bacilos Gram negativos não formadores de esporos; ✓ Anaeróbios facultativos ✓ Causa infecções graves: infecções de decúbito, sepse, peritonite; ✓ Podem causar problemas no cólon e na vagina das mulheres; ✓ Produzem enzimas Beta lactamase e hemolisinas; Infecções exógenas Não está presente na microbiota e qualquer contato com a bactéria vai causar doença. ✓ Bacilo Gram positivos formadores de esporos; ✓ Anaeróbios estritos; ✓ Toxinas: tetanolisina e tetanospasmina; ✓ Vacinação com toxoide tetânico; ✓ O tétano pode ser localizado, sistêmico ou neonatal. Ação da toxina tetânica ✓ A toxina se liga nos neurônios motores inibitórios e bloqueia a secreção de glicina, então o estímulo na placa motora continua liberando uma quantidade excessiva de neurotransmissor. ✓ Consequência: contração exacerbada. ✓ Corpos estranhos; ✓ Co-morbidade; ✓ Inóculo maior. 17 Stamp ✓ Luz, barulho e qualquer tipo de irritação pode desencadear esse estímulo. ✓ Riso sardónico e opistótomo ✓ Bacilos Gram positivos não formadores de esporos; ✓ Imóveis; ✓ Produção de toxinas com capacidade de causar necrose; ✓ Degradam proteínas; ✓ Trato gastrointestinal ✓ Produz toxinas; ✓ Síndrome de Fournier: necrose na região genital ✓ Gangrena gasosa: quando produz toxina que degrada o tecido tem a liberação de m gás. ✓ Bacilos Gram positivos formadores de esporos; ✓ Móveis; ✓ Transmissão por ingestão de alimentos contaminados com a toxina pré-formada; ✓ Neurotoxinas A, B e E; ✓ Botulismo: hipotonia de pescoço e tronco, o paciente fica flácido e perde a capacidade de contração muscular; ✓ Presença desses anaeróbios no mel; ✓ Toxina botulínica é utilizada por tratamento estético, tratamento de dor e na síndrome da bexiga hiperativa. ✓ Bacilo Gram positivos formadores de esporos; ✓ Sobrevive até no estômago; ✓ Esporula no intestino; ✓ Transmissão: fecal-oral ✓ Problemas em pacientes hospitalizados com uso prolongado de clindamicina e cefalosporina de terceira geração; ✓ Colite pseudomembranosa. Tratamento ✓ Serve para todas as infecções causadas por anaeróbias: Cloranfenicol, clindamicina, tetraciclinas e metronindazol; ✓ Suporte respiratório no botulismo; ✓ Utilização da toxina botulínica no tétano, pois ela relaxa a musculatura; Anotações 18 Stamp ✓ Bastonetes finos; ✓ Aeróbios; ✓ Não formam esporos; ✓ Imóveis; ✓ Catalase positiva; ✓ Sua parede celular é diferente: possui membrana citoplasmática, peptidoglicano, arabinogalactana e ancorado nele tem ácidos micólicos e ainda uma porção importante de lipídeos. ✓ Não usa coloração de Gram Para a classificação das bactérias, é preciso observar se há a formação de um granuloma (uma elevação chamada de tubérculo): Crescimento bacteriano O material que cresce para gerar novas células está na extremidade e quando ocorre a divisão, tem algum fenômeno que faz com que um lado seja maior que o outro Ao final da divisão, uma célula apresenta maior porcentagem de parede nova do que de parede antiga; Outra possibilidade que explica o crescimento é um lado já começar a crescer e ficar maior que o outro antes da formação do septo de divisão. Mycobacterium Parede celular Rica em lipídeos Responsável pelo crescimento lento Resistência a detergentes e antibióticos Antigenicidade Agregação Fator corda Resistência a descoloração com álcool e ácido – BAAR Complexo tuberculosis: M. tuberculosis, M. africanum, M. bovis, M. caprae, M. microti Hanseníase: M. leprae M. avium - Tuberculose aviária -Ainda são classificadas quanto a sua coloração e se produzem ou não pigmentos na presença de luz. Classificação Micobactérias tuberculosas Micobactérias não tuberculosas 19 Stamp ✓ Mycobacterium tuberculosis ou por bactérias do complexo tuberculose; ✓ Transmissão: por vias respiratórias; ✓ Sintomas: febre, emagrecimento, dor torácica, suores noturnos, tosse com eliminação de catarro com sangue; ✓ É uma doença muito antiga; ✓ No século XIX houve um rápido crescimento da doença e os hospitais tentavam conscientizar a população sobre os cuidados necessários, porém com a revolução industrial a saúde e o bem estar não eram o foco principal; ✓ Os pacientes eram transferidos para os hospícios por ser um local mais afastado e isso facilitava a contaminação do ambiente e a alta mortalidade, pois todos os pacientes ficavam juntos; ✓ A tuberculose foi um marco importante no desenvolvimento do estetoscópio. População vulnerável ✓ Moradores de rua; ✓ Pacientes com HIV; ✓ Pessoas na prisão; ✓ Indígenas. Patogenia ✓ A bactéria está presente em escarro, no ar após uma pessoa ter espirrado, em secreções; ✓ Por meio do contato com esses aerossóis, ocorre o desenvolvimento de um granuloma: a micobactéria se concentra no meio e ao redor tem uma resposta imunológica importante; ✓ O macrófago pode tentar fagocitar essa bactéria, mas ela elimina os hidrogênios de dentro dos fagossomos. Desta forma elas aumentam o pH do fagossomo e não são mortas pelo pH baixo; ✓ Os lisossomos liberam suas enzimas dentro do fagossomo, mas estas enzimas podem ser quebradas pelas micobacterias; ✓ Esse mecanismo é importante do ponto de vista da doença, pois se a bactéria consegue sobreviver, indivíduo infectado vai continuar transmitindo a doença; ✓ Se a bactéria conseguir romper o fagossomo, ela vai começar a se multiplicar e vai estourar a célula de defesa do hospedeiro. ✓ O granuloma pode se romper e o paciente vai expelir as bactérias novamente. ✓ Tuberculose primária: geralmente só ocorre a infecção, mas em poucos casos ela pode evoluir para a doença, principalmente naqueles indivíduos imunodeprimidos; ✓ Tuberculose secundária: é a doença ou a reativação. Diagnóstico ✓ Pode ser de diversos materiais biológicos, pois a bactéria está presente em vários locais; ✓ Escarro, urina, líquor, lavado broncoalveolar, sangue e etc. ✓ O escarro é ideal para fazer bacterioscopia; ✓ O meio de cultura é a base de ovo. Tratamento e profilaxia Conjunto de antibióticos (RIPE): ✓ Rifanpicina: inibe a síntese de RNA ✓ Isoniazida: atua principalmente na biossíntese do ácido micólico. ✓ Pirazinamina ✓ Etambutol: inibe a síntese de parede celular. ✓ Vacina BCG: proteção contra casos mais graves da doença. 20 Stamp ✓ Vibrião ✓ Espiralada ✓ Espiroqueta ✓ Anaeróbio; ✓ Móvel; ✓ Espiroqueta; ✓ Não desenvolve em meio de cultura; Sífilis ✓ Transmissão: principalmente por contato sexual e congênita (pela placenta); ✓ Sífilis congênita: a maioria dos recém-nascidos são assintomáticos, mas 40% dos infectados sofrem aborto, óbito fetal e morte neonatal; ✓ Sífilis congênita recente: quando acriança nasce e apresenta a sífilis até dois anos; ✓ Sífilis congênita tardia: quando a criança desenvolve os sintomas após 2 anos, vai ser uma forma mais crônica. A criança pode apresentar palato em ogiva, nariz em sela e anormalidades dentárias. ✓ Sempre que o adulto apresentar erupções na pele das mãos e dos pés é importante lembrar da sífilis. Após o contato sexual, a bactéria tem um período de incubação por 2 a 4 semanas, então depois de 1 mês aparece a lesão primária, denominada de protossifiloma ou cancro duro. Essa lesão não causa dor e isso é um fato importante, pois o indivíduo não vai procurar assistência. A lesão tende a desaparecer naturalmente e com isso o paciente evolui para a fase secundária que vai se manifestar no período de 1 a 6 meses. O paciente começa a apresentar as roséolas na face e no lábio, mas os sintomas cedem após 2 ou 6 semanas, tornando o tratamento cada vez mais difícil. ✓ Sintomas: mal-estar, febre, dor de garganta, dores nas articulações, feridas no palato, etc. Se não houver o tratamento, a doença evolui para a sífilis latente tardia que é um quadro crônico sem sinais e sem sintomas, com duração de 5 a 20 anos após a infecção. Pode ter uma evolução para a sífilis terciária que já será sintomática e com lesões destrutivas. Ela pode acometer o coração, SNC (pode apresentar paralisia, demência ou morte), pele, ossos e vísceras. Nesse estágio da doença existe as lesões gomosas no formato de semicírculo e em relevo. Diagnóstico e tratamento ✓ Diagnóstico direto: pesquisar a bactéria direto na lesão; ✓ Diagnóstico indireto: sorológico. ✓ Penicilina benzatina – benzetacil ✓ Profilaxia: evitar o contato íntimo com doentes e usar preservativos. ✓ Microaerófilos; ✓ Móveis; ✓ Espiroqueta; ✓ Trasmitida por artrópodes – carrapato; ✓ A lesão se aparece com um alvo ✓ Borrelia burgdorferi: doença de Lyme, mais comum nos EUA; ✓ Borrelia recurrentis: febre recorrente. ✓ Aeróbio; ✓ Móveis; ✓ Espiroqueta; ✓ Considerada zoonose – veiculada por animais (ratos); ✓ O rato grande da cidade (ratazana) é quem se contamina com a Leptospira, por isso as enchentes favorecem surtos de leptospirose; 21 Stamp ✓ Transmissão: contato direto com urina a contaminada do rato ou por meio de ingestão de água e alimentos contaminados. ✓ Não confundir com Rantavirose, pois o vírus dessa doença é transmitido por ratos silvestres, então o paciente característico é aquele do interior, com histórico de morar em fazenda. Patogenia e tratamento A forma mais grave da doença é denominada Síndrome de Weil, no qual o indivíduo pode apresentar hemorragia, icterícia e disfunção renal. ✓ Penicilinas e tetraciclinas; ✓ Suporte ventilatório ✓ Espirilo; ✓ Infecção intestinal; ✓ Eventualmente infecção sistêmica; ✓ Transmissão: ingestão de água e alimentos contaminados; ✓ Diarreia sanguinolenta ou aquosa; ✓ São fastidiosos, ou seja, exigentes para crescer em meio de cultura; ✓ Tratamento: a doença é autolimitada, mas se for necessário o antibiótico é a eritromicina. ✓ Microaerófila; ✓ Espirilo; ✓ Móvel ✓ Tufo de flagelos na calda e locomoção pela rotação do flagelo; ✓ Favorece doenças estomacais; ✓ Maior prevalência em países subdesenvolvidos; ✓ Transmissão: vias oral-oral e oral-fecal e geralmente ocorre na infância. Doenças ✓ Gastrite crônica; ✓ Úlcera péptica; ✓ Gastrite atrófica: ocorre uma atrofia do estômago, com isso a mucosa diminui perdendo área de absorção. ✓ Metaplasia intestinal: desenvolve tecido intestinal no estômago e esôfago. Fatores de virulência ✓ Genes CagA e VacA: induzem alterações no epitélio do estômago, favorecendo a proliferação da bactéria; ✓ Urease uma enzima que consegue quebrar ureia, no qual contribui com o aumento do pH, no em torno da bactéria fica mais alcalino e isso favorece sua proliferação; Tratamento ✓ 2 antimicrobianos (metronidazol e claritromicinas ou amoxicilina) + inibidor de próton (omeprazol). Infecção Proliferação e disseminação no sangue Rins, SNC, fígado Anemia e lesão renal aguda Os cães e gatos podem se contaminar e transmitir para o ser humano. 22 Stamp ✓ Essa bactéria tem morfologia diferente; ✓ São intracelulares obrigatórias; ✓ Imóveis; ✓ Esféricas; ✓ Possui um ciclo de desenvolvimento bifásico no qual tem duas formas celulares: elementar e reticular. ✓ O corpúsculo elementar vai infectar uma célula e começar a sofrer diferenciação para o corpúsculo reticulado; ✓ Multiplicação de corpúsculos reticulados; ✓ Diferenciação em corpúsculo elementar novamente. ✓ Tracoma: acomete a conjuntiva, mas pode evoluir para invasão da córnea e levar a cegueira. ✓ Conjuntivite ✓ Infecções genitais: uretrite não gonocócica com secreção mais hialina. - Na mulher pode evoluir para alteração de trato genital devido a formação de fibrose e do estreitamento da luz da trompa. - Relacionado com infertilidade. ✓ Linfogranuloma venéreo: transmissão por contato sexual que causa linfonodos inchados e dolorosos na virilha. ✓ A transmissão se dá por manuseio de tecido contaminado ou pela inalação de excrementos secos de pássaros, bovinos, caprinos. ✓ Geralmente manifestações pulmonares; ✓ Transmissão por inalação de aerossóis contaminados; ✓ Infecções do trato respiratório; ✓ Pneumonia, bronquite, sinusite e manifestações clínicas semelhantes a gripe. Diagnóstico e tratamento ✓ A bactéria não cresce sozinha na placa de cultura, então é preciso colocar outra célula na placa; ✓ Teste sorológico. ✓ Tetraciclinas, eritromicinas e sulfonamidas: geralmente essas bactérias não têm peptideoglicano na parede, por isso utiliza drogas que inibem outros mecanismos. Morfologia Corpúsculo elementar Infecta a célula Extracelular Corpúsculo reticular Não é infectante É a forma de multipliacação Intracelular 23 Stamp
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