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Locução, Dicção e Oratória

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MINISTÉRIO 
PALAVRA VIVA, EFICAZ E VERDADEIRA
CURSO DE CAPACITAÇÃO DE OBREIROS
Disciplina: LOCUÇÃO, DICÇÃO E ORATÓRIA
(PORTUGUÊS INSTRUMENTAL)
Professor: Pastor Anderson
Data: 16 OUT 2021 
INTRODUÇÃO
Tendo em vista a sua posição social, um líder deve estar preparado para todas as situações, a fim
de não dar vexame e nem sofrer constrangimentos. A disciplina de “português instrumental” objetiva
algumas orientações práticas não apenas em relação à língua escrita, mas, sobretudo a comunicação e
expressão, a locução e as regras de dicção e oratória.
1. LOCUÇÃO
Locução é uma frase ou um grupo de palavras que equivale a uma mensagem. O líder
eclesiástico também é um comunicador e portanto deve estar familiarizado com o processo de
comunicação. O pregador, o mensageiro e o dirigente do culto desempenham ofício que necessita do
uso da voz. Em teoria da comunicação, o emissor e o receptor também são conhecidos como locutores e
o processo de comunicação é chamado de interlocução.
2. DICÇÃO
 2.1. Conceito de Dicção
Dicção é a forma correta de se emitirem os fonemas e faz parte da Linguística. Em outras
palavras, é como se você fosse alfabetizado utilizando corretamente os órgãos fonadores, como a
língua, os lábios, as bochechas, os alvéolos, o palato, as mandíbulas e até os dentes. Por exemplo: se
você vai pronunciar um fonema linguodental, como /l/ , /t/, /d/ ou /n/, você tem que elevar a língua até
atrás dos dentes incisivos superiores, encostando a língua no céu-da-boca para emitir corretamente
esses fonemas.
2.2. Problemas de Dicção
O melhor exercício para se corrigir problemas de dicção é o sistema de FEEDBACK, em que
você coloca um "fone" nos ouvidos e fala ao microfone ouvindo a sua dicção da forma exata que está
sendo emitida, e com isso você vai começar a se autocorrigir. Os erros mais comuns de dicção são:
a) Troca de letras: Por exemplo, a troca do /l/ pelo /r/, dizendo PRANTA em lugar de PLANTA.
"PROBREMA” em lugar de “PROBLEMA” e outros. 
b) Inversão ou a omissão de fonemas: Por exemplo, o /R/ brando, que é pronunciado através da
vibração da ponta da língua atrás dos dentes incisivos superiores, é omitido em muitos casos ou ainda se
pronuncia guturalmente, e a pessoa fala como se fosse um francês ou um alemão falando português
(Assim, BRASIL poderia soar como BASIL ou BRRASIL).
c) A eliminação do plural: "Nós vamo"..."Os carro"... etc ...;
d) A omissão de vogais: “mas” ao invés de “mais”, “dos” ao invés de “dois”, etc ...;
1
e) O acréscimo de vogais: "Nóis" em lugar de "Nós", "Luiz" em lugar de "Luz", "Jesuis" em
lugar de "Jesus", etc ....
Estes erros de pronúncia são imperdoáveis para quem deseja ser um bom orador. Algumas
dificuldades precisam de tratamento especializado. Outras, porém, necessitam apenas de treino e
atenção, pois, na maioria das vezes, são produtos daquilo que denominamos "vício de linguagem".
2.3. Bairrismo na dicção
O bairrismo na dicção têm relação ao sotaque da região onde o orador nasceu ou conviveu e
sobretudo com o "vício de linguagem" e expressões regionalistas. Apresentamos alguns regionalismos
comuns, que na medida do possível, devem serem corrigidos por quem deseja ser bom orador:
Uso de expressões regionais: Cara! Bicho! Camarada! Uai! Tchê! Vixe! Mano! Nossa! Bá!...
Uso de expressões com significados pejorativos ou maliciosos: "Sacana", "Bagaceira", "Puxa-
saco", "Sarado", "Baba-ovo", "Sacanagem" e vários outros.
Uso de dicção carregada de sotaque: "chiado", "cantado", "metralhadora", "sonolento", …
2.4. Como melhorar sua dicção
a) Seja você mesmo: Essa é a primeira e a maior "dica" de como falar melhor: a naturalidade
acima de tudo. Nenhuma técnica poderá ser mais importante que a sua naturalidade. Aprenda,
aperfeiçoe, progrida, mas ao falar, seja sempre natural.
b) Pronuncie bem e completamente as palavras: Principalmente não omita a pronuncia dos "s" e
"r" finais e dos "i" intermediários. Por exemplo: fale primeiro, precisar, mais, trazer, vamos, e não
primero, precisá, mas, trazé, vamo. Pronunciando todos os sons corretamente, a mensagem será
melhor compreendida pelos ouvintes e haverá maior valorização da imagem de quem fala.
c) Fale com boa velocidade: Não fale rápido demais. Se a sua dicção, for deficiente será ainda
mais grave, já que dificilmente alguém conseguirá entendê-lo. Também não fale muito lentamente, com
pausas prolongadas, para não entediar os ouvintes. 
d) Fale com bom ritmo: Alterne a altura e a velocidade da fala para construir um ritmo agradável
de comunicação. Quem se expressa com velocidade e altura constantes acaba por desinteressar os
ouvintes, não pela falta de conteúdo, mas pela maneira "descolorida" de falar.
e) Tenha um vocabulário adequado: Um bom vocabulário tem de estar isento de excesso de
termos pobres e vulgares, como palavrões e gírias. Por outro lado, não se recomenda um vocabulário
repleto de palavras difíceis e quase sempre incompreensíveis. Desenvolva um vocabulário simples,
objetivo, e suficiente para identificar ideias e pensamentos.
2
f) Cuide da gramática:
Um erro gramatical, dependendo da sua gravidade, poderá atrapalhar a apresentação e até
mesmo destruir sua fala. Toda a gramática precisa ser correta, mas principalmente faça uma revisão de
concordância e conjugação de verbos. Além disso, aumente suas leituras de livros de bons autores e
observe atentamente a construção das suas frases. A leitura é uma das melhores fontes de aprendizado. 
2. 5. Teste a sua dicção
Apresentamos três níveis de teste para avaliação: Fácil, Médio e Difícil. Antes de
começar a leitura é aconselhável observar alguns procedimentos: ler atentamente, ler devagar, articular
bem as palavras, controlar o nervosismo, controlar a respiração e observar a pontuação.
FÁCIL
1. O rato roeu a roupa do rei de Roma; a rainha com raiva resolveu remendar. 
2. Três pratos de trigo para três tigres tristes. 
3. O original nunca se desoriginou e nem nunca se desoriginalizará. 
MÉDIO
1. Sabendo o que sei e sabendo o que sabes e o que não sabes e o que não sabemos,
ambos saberemos se somos sábios, sabidos ou simplesmente saberemos se somos sabedores. 
2. O tempo perguntou pro tempo qual é o tempo que o tempo tem. O tempo respondeu
pro tempo que não tem tempo prá dizer pro tempo que o tempo do tempo é o tempo que o tempo tem. 
3. Embaixo da pia tem um pinto que pia, quanto mais a pia pinga mais o pinto pia, de pio
em pio, o pinto que piava pôs-se a piar em cima da pia!
DIFÍCIL
1. Num ninho de mafagafos, cinco mafagafinhos há! Quem os desmafagafizá-los, um
bom desmafagafizador será. 
2. O desinquivincavacador das caravelarias desinquivincavacaria as cavidades que
deveriam ser desinquivincavacadas. 
3. Perlustrando patética petição produzida pela postulante, prevemos possibilidade para
pervencê-la porquanto perecem pressupostos primários permissíveis para propugnar pelo presente pleito
pois prejulgamos pugna pretárita perfeitíssima.
3. ORATÓRIA
Trata-se de método de discurso, da arte de como falar em público ou o conjunto de regras e
técnicas que permitem apurar as qualidades pessoais de quem se destina a falar em público.
Na Grécia Antiga e mesmo em Roma, a oratória era estudada como componente da retórica
(ou seja, composição e apresentação de discursos), e era considerada uma importante habilidade na vida
pública e privada. Aristóteles e Quintiliano estão entre os mais conhecidos autores sobre o tema na
antiguidade.
3.1. Dicas para o Orador
Não existem fórmulas instantâneas para se formar um bom orador, existem recursos que,
quando bem aproveitados, facilitam na locução.
3.1.1. O Orador e o Microfone: 
Alguns anos atrás os microfones não possuíam a tecnologia de hoje. Com o desenvolvimento
dos atuais, temos condições de ampliar a voz humana a extraordinários limites. A voz passou a ser mais
bem detectada, ganhando umcolorido todo especial. Da mesma forma que a voz passou a ser
amplificada, com a nova tecnologia, surgiram também alguns requisitos básicos a serem observados
pelos oradores quanto à sua utilização: 
a) Testar o microfone antes de falar. Coloque a chave do microfone em áudio, e teste-o
de forma, a saber, se está com o funcionamento normal. Evite bater com as pontas dos dedos no
microfone, o melhor é testar o microfone antes da chegada dos ouvintes. Se o teste tiver que ser feito na
presença dos ouvintes, use o sopro ou expressões como “som”, “teste”, etc... 
b) Posicionar o microfone de modo correto. Os microfones são acoplados a pedestais
metálicos, reguláveis na altura e na distância. Certifique-se de que o microfone esteja desligado e
regule-o de forma a ficar em distância e altura compatíveis. Quando se tratar de microfone sem fio é
preciso ajustar apenas a distância correta.
c) Distância correta. Conforme o microfone varia-se as distâncias. Existem microfones
mais sensíveis, que devem ficar a pelo menos 1 metro de distância do orador, devido sua captação
sonora. O Shure, Leson e outros de semelhantes características são chamados de unidirecionais, por
captarem os sons da voz com qualidade, somente na posição frontal e, neste caso, devem ficar a uma
distância de 10 a 20 cm do orador. Do contrário, ocorrerão os famosos "pufs" no ar. 
d) Mau funcionamento do microfone. Se o microfone começar a funcionar mal, não
vacile e peça para substituí-lo por outro. Normalmente o mau funcionamento do equipamento se dá pelo
desgaste do material, por quedas e fortes batidas no mesmo e ainda por mau contato dos cabos e
conectores do microfone junto à mesa, e ainda bateria fraca nos sem fio.
e) Cuidado com a respiração. Uma das coisas que mais demonstram que um orador é
iniciante é a forma pela qual são feitas as tomadas de ar antes de se falar. O microfone amplifica os
sibilados da voz e os ruídos provocados pela boca. É extremamente desagradável ouvirmos alguns tipos
de ruídos provocados pela língua, dentro da boca.
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f) Não dê apartes próximo ao microfone. Na maioria das vezes o microfone é deixado
aberto, quando na passagem rápida de um segmento a outro do discurso. Neste momento devemos
cuidar para não emitir sons indesejados, tais como: Úfa, Que calor, É agora, Seja o que Deus quiser. 
g) Se estiver lendo não vire as folhas diante do microfone. Procure dispor de forma
ordenada às folhas do seu discurso ou da programação. Desta forma, quando você começar a falar, não
correrá o risco de perder-se diante delas. 
3.1.2. O Orador e o Ouvinte:
Você deve se identificar com o ouvinte e não o ouvinte se identificar com você. Diante
desta colocação. Talvez um pouco contraditória à primeira vista, existe a necessidade de você ser
intensamente agradável ao falar. O ser humano, pela sua própria necessidade de se agrupar, procura se
identificar com todas as coisas que o rodeiam e ao mesmo tempo se sentir identificados por elas. Por
esta razão, seus ouvintes estarão sempre analisando sua forma de se comunicar.
a) Seja extremamente educado ao falar. Seja amável e alegre em suas palavras. Não
ofenda seus ouvintes e nem revide, ao "vivo", críticas recebidas. 
b) Certifique-se que todos entendem seu vocabulário. Se o vocabulário utilizado não
for adequado aos ouvintes, sua mensagem não será compreendida. Porém, ao checar o entendimento
não subestime os ouvintes com perguntas ofensivas como “Estão entendendo?” Em lugar desta
interrogação, substitua a pergunta por outras como: “Estou conseguindo me fazer entender?”; “Está
ficando clara minha abordagem?”; “Estou indo muito depressa?” ou “Posso continuar neste ritmo? 
c) Interpretar corretamente expressões faciais. Para não correr o risco de ser alegre em
notícias tristes, ou vice-versa.
d) O tom precisa ser convincente, de quem acredita no que está falando. 
e) Pronuncie bem as palavras e não esquecer dos finais com "S" ou com "R". 
f) Não deixe os ruídos atrapalhar a audição dos ouvintes. Evite tossir, pigarrear,
espirrar ou bater com o lápis ou caneta na tribuna. Se acaso acontecer, aja com naturalidade. 
g) Complete a linha de raciocínio. Não comece uma nova proposição sem completar a
anterior. Muitos oradores erram por deixarem suas frases incompletas. Começam uma argumentação e
no meio da frase passam para outra linha de raciocínio. Ao terminar o discurso ou o sermão, seus
interlocutores estarão entediados e confusos.
h. Não bater no púlpito com as mãos e/ou objetos.
3.1.3. O Orador e a Voz:
A voz é o instrumento de trabalho do orador e através dela muitos conseguem criar uma
boa receptividade em volta de si. Uma bela voz não é aquela, tão-somente, grave e aveludada;
precisamos ainda de uma boa dicção, articulação e interpretação a tudo que falarmos ao microfone.
Existem alguns cuidados para se manter um bom padrão vocal: 
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a) Evite beber líquidos gelados antes da pregação/explanação, antes da pregação ou 
no dia melhor ainda.
b) Faça gargarejos com água morna, acompanhados de meio copo de suco de limão
pela manhã. Agem como preventivos das infecções da garganta, prejudiciais ao orador. 
3.1.4. O Orador e os problemas da fala:
Os problemas mais comuns da voz e da fala são: voz fina, voz baixa, voz rouca, voz
anasalada, voz trêmula, voz acelerada ou lenta. Alguns destes problemas irão necessitar de tratamento
em clínicas especializadas. Entretanto, a grande maioria deles pode ser corrigida por meio da dedicação,
atenção e treinamento (força de vontade é meio caminho andado).
3.1.5. O Orador e as controvérsias:
O orador deve seguir o tema proposto e não levantar disputas e/ou participar de discussão
inflamada (exceto se este for o propósito do tema a ser abordado). São condenáveis ainda e obviamente:
a vulgaridade, a superficialidade, a ênfase exagerada, comentários indiscretos, a afetação, a repetição da
mesma história. Pontuações da conversa como: Tá? Colou? Tá bom? Legal! Né! É! Então! Entendeu? ...
desagradam aos ouvidos, por não conterem um mínimo de respeito à sensibilidade das pessoas. 
3.1.6. O Orador não deve ser prolixo: 
Existem pessoas que se tornam entediantes, não são concisas e tendem a serem difusas,
enfadonhas e demasiadamente repetitivas. Quando precisam fazer um discurso, dar um anúncio que não
esteja escrito ou fazer alguma explicação pendem para a divagação. Conversam demais, ficam
"enrolando", fornecem muitos "detalhes" desnecessários e muitas vezes não conseguem dizer aquilo que
precisava ser dito. Essas pessoas, tornam-se desta forma, oradores "insuportáveis". Portanto, não seja
prolixo, mas seja, claro, preciso, conciso e objetivo. 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A mensagem de um orador ou pregador pode ficar seriamente prejudicada se não
for observado as orientações aqui abordadas. Para que não haja nenhuma interrupção na
mensagem a ser proclamada o Emissor precisa estar devidamente ajustado e sintonizado.

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