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Caso clínico- Exame físico do adolescente Aluna: Thielly Fernanda da Silva | HAM 5 Nelson, 17 anos, estudante, está interessado em Verônica, 16 anos, que resiste a "ficar" com ele porque quer um relacionamento mais sério. O comentário na escola é que ele é muito legal, mas seu objetivo principal é "transar" com todas as garotas com quem sai. Enquanto tenta convencer Verônica a sair com ele, tem saído com outras garotas, tendo relação sexual com elas. A pretexto de ter um reforço na matéria de História, em que enfrenta muitas dificuldades, Nelson pede ajuda a Verônica, que aceita estudar com ele. Com isso, há, uma aproximação entre os dois. Num final de semana, véspera de prova, os pais de Verônica viajam e os dois combinam estudar na casa dela. No decorrer do estudo começa um clima romântico, que termina numa relação sexual sem preservativo. Refletindo e Discutindo Que problemas você identifica neste caso? Nelson tem relações sexuais com diversas garotas e provavelmente nem todas são feitas com métodos contraceptivos. Desse modo, ao ter relação sexual com Verônica, sem preservativo, ele pode ter passado alguma IST para ela ou esse ato pode levar a uma gravidez não planejada. Que outros dados da vida dos adolescentes envolvidos você gostaria de saber? - Calendário de Imunização - Desenvolvimento físico, psicossocial - Identificar situações de risco, como uso de drogas - Dificuldades na escola Como estimular e desenvolver a reflexão sobre sexualidade na adolescência? É necessário que o médico tenha um diálogo sobre sexualidade, fazendo com que esse assunto pare de ser um tabu. Com isso, é importante que isso seja feito apenas com o paciente ou em grupo, orientando sobre métodos contraceptivos, os novos sentimentos que surgem nessa fase da vida e como lidar com eles. Ademais, é importante informar sobre locais, como o postinho, que distribuem preservativos, incentivando, desse modo, seu uso. Como você abordaria este caso? Antes do processo de orientação e conscientização, é necessário que o médico adote um formato menos rígido, não utilize do autoritarismo, não tenha preconceitos e sempre ficar atento ao comportamento e expressões do paciente. Desse modo, podemos explicar para ele as consequências que uma relação sexual sem prevenção pode trazer, como é o caso de doenças como AIDS, Gonorreia, Herpes, sífilis, entre outras. Além da questão da gravidez não planejada, o que interfere no contexto sociocultural, biológico, econômico e traz riscos maiores para a mãe e para o bebê. Ademais, é importante o acompanhamento desse adolescente sempre reforçando essa orientação inicial. Outra coisa é dividir a consulta do adolescente em 3 momentos: um com o acompanhante, depois apenas com o adolescente e, posteriormente, com a família novamente. Isso é importante para que nesse segundo momento o adolescente tenha uma maior abertura e confiança no médico, além de ser necessário para tratar assuntos mais delicados.
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