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Assist_Enf_ao_portador_Deiscencia2017

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Assistência de Enfermagem ao paciente 
portador de Deiscência Cirúrgica 
Sandra Barrozo
Classificação das feridas 
Quanto à etiologia
Classificação das feridas
Quanto à etiologia
Aguda ou Crônica
Classificação das feridas
Quanto à etiologia
Aguda
Classificação das feridas
Quanto à etiologia
Aguda
Quando há ruptura da vascularização com desencadeamento 
imediato do processo cicatricial 
Lacerações / Abrasões / Queimaduras / F. Cirúrgicas
Classificação das feridas
Quanto à etiologia
Crônica
Classificação das feridas
Quanto à etiologia
Crônica
Quando há desvio na sequência do processo cicatricial 
fisiológico ou recorrência
Classificação das feridas
Quanto à Causa
Classificação das feridas 
Quanto à Causa
Intencional ou cirúrgica
Classificação das feridas 
Quanto à Causa
Intencional ou cirúrgica (aberta ou fechada) 
Lesão programada e realizada em condições assépticas.
Classificação das feridas 
Quanto à Causa
Acidental ou traumática
Classificação das feridas 
Quanto à Causa
Acidental ou traumática (aberta ou fechada) 
Lesão imprevista.
Classificação das feridas 
Quanto ao conteúdo microbiano
Classificação das feridas 
Quanto ao conteúdo microbiano
➢ Limpa
➢ Potencialmente contaminada
➢ Contaminada
➢ Infectada
Classificação das feridas 
Ferida limpa
Eletiva, primariamente fechada, sem drenos, não-traumáticos e
não infectados. Realizado sem falha técnica, nem abordagem
de vísceras ocas (geniturinário, gastrointestinal ou orofaringe).
Ex. Herniorrafias, cirurgia de mama
(Fernandes, 2000)
Ferida limpa
Ferida potencialmente contaminada
Abertura do trato respiratório, gastrointestinal, genitourinário
sob condições de controle. Não há sinal de infecção e
nenhuma ruptura da técnica cirúrgica asséptica.
Ex. Gastrectomia
(Fernandes, 2000)
Ferida potencialmente contaminada
Ferida contaminada
Incisão na presença de infecção, quebra grosseira da técnica
cirúrgica, trauma penetrante há menos de quatro horas, feridas
abertas cronicamente. Contaminação do trato gastrintestinal.
Penetração no trato biliar ou geniturinário com infecção.
Ex. Colecistectomia
(Fernandes, 2000)
Ferida contaminada
Ferida infectada
Infecção com presença de exsudação purulenta, perfuração de
víscera, trauma penetrante há mais de 4 horas, ferida
traumática com tecido desvitalizado, corpo estranho ou
contaminação fecal.
Ex. Peritonite, drenagem de abscesso.
(Fernandes, 2000)
Ferida infectada
Classificação das feridas 
• Superficial
• Perda parcial
• Perda total
Quanto a profundidade
3rd Cervical vertebrae
ISC incisional
superficial
ISC incisional
profunda
ISC órgão/cavidadeórgão ou
cavidade
fáscia e
músculos
tecido celular
subcutâneo
pele
O que é ferida cirúrgica?
Ferida aguda causada pela interrupção da continuidade
dos tecidos que revestem a superfície corporal ou órgãos e
tecidos mais profundos.
Ferida Cirúrgica
Ferida
Cirúrgica Não Cirúrgica
Agudas
Incisões cirúrgicas
áreas doadoras
Crônicas
Deiscências cirúrgicas
Agudas
Queimaduras, Abrasões
Crônicas
Úlceras de Perna, UP,
Ulcera Diabética 
( Lia van Rijswijk, Jo Catanzaro, 2007)
Em quanto tempo uma ferida 
cirúrgica deve cicatrizar?
Em quanto tempo uma ferida cirúrgica deve 
cicatrizar?
A. 2 DIAS
B. 5 DIAS
C. 8 DIAS
D. 14 DIAS
E. 21 DIAS
Em quanto tempo uma ferida cirúrgica deve 
cicatrizar?
A. 2 DIAS
B. 5 DIAS
C. 8 DIAS
D. 14 DIAS
E. 21 DIAS
Complicações da ferida cirúrgica
Complicações da ferida cirúrgica
➢ Infecção
➢ Deiscência
Complicação da ferida cirúrgica
Infecção
Infecção do sítio cirúrgico (ISC), pode manifestar-se entre 3 a
6 dias após o procedimento cirúrgico, observando-se edema,
eritema e dor no local da incisão com drenagem de exsudato,
aspecto purulento.
Sinais de infecção da ferida 
cirúrgica 
Sinais de infecção da ferida cirúrgica 
➢ Locais: eritema, edema, endurecimento, drenagem 
purulenta, dor
➢ Sistêmicos: Febre (37.8 º C), leucocitose.
Fonte: Doughty, 1992
Materiais para exames microbiológicos
Materiais para exames microbiológicos
➢ Hemoculturas
➢ Punção da ferida
➢ Fragmento de tecido vivo 
Fatores que aumentam a incidência de 
infecção da ferida cirúrgica
Fatores que aumentam a incidência de 
infecção da ferida cirúrgica
FERIDA
Efeitos da Infecção na ferida
Fonte: Robson et al, 1990; Morison et al, 1997
Efeitos da Infecção na ferida
➢ Interrupção do processo cicatricial.
➢ Prolongamento da fase inflamatória da cicatrização.
➢ Interrupção dos mecanismos normais de coagulação.
➢ Menor eficiência na angiogênese e na formação de tecido 
de granulação.
Fonte: Robson et al, 1990; Morison et al, 1997
Deiscência
Deiscência
Abertura de toda ou parte de uma cicatrização por primeira
intenção. É mais comum de ocorrer nas feridas abdominais.
Deiscência completa pode levar a evisceração do intestino.
Fonte: Gilchrist, 1997
Complicações da ferida cirúrgica
DEISCÊNCIA FATORES PREDISPONENTES
DEISCÊNCIA FATORES PREDISPONENTES
➢ Distensão abdominal
➢ Tosse
➢ Obesidade
➢ Idade avançada
➢ Suturas apertadas
➢ Suturas próximas as bordas
➢ Qualidade inferior do material de sutura
DEISCÊNCIA DIAGNÓSTICO
DEISCÊNCIA DIAGNÓSTICO
➢ Dor ao longo da linha de sutura que acentua-se à palpação
➢ Sinais flogísticos (rubor, calor e dor)
DEISCÊNCIA DIAGNÓSTICO
➢ Formação de abscesso que evolui para o afastamento dos 
planos anatômicos da incisão
➢ Aparecimento de lojas ricas em exsudato purulento fétido 
que podem se localizar em planos mais profundos
➢ Presença de um tecido de granulação frágil, opaco e de 
fácil sangramento
DEISCÊNCIA TRATAMENTO
DEISCÊNCIA TRATAMENTO
A maioria das lesões são tratadas da forma conservadora 
e cicatrizadas por 2ª intenção.
As GRANDES DEISCÊNCIAS devem ser encaminhadas 
para resuturas.
DEISCÊNCIA
Deiscência com presença de necrose
O que fazer e o que usar?
TRATAMENTO T
DEISCÊNCIA
Desbridamento autolítico / enzimático + conservador
Hidrogel com alginato ou papaína ou Colagenase
TRATAMENTO
A seleção da cobertura adequada, depende das características 
dos tecidos e da quantidade de exsudato.
DEISCÊNCIA TRATAMENTO
Deiscência parcial
Com pouca exsudação e necrose
DEISCÊNCIA TRATAMENTO
Alginato – preenchimento de cavidade / hemostasia / 
desbridamento autolítico 
Hidrogel com alginato ou papaína ou colagenase
DEISCÊNCIA TRATAMENTO
Deiscência total
DEISCÊNCIA TRATAMENTO
Deiscência total
Se a cavidade estiver preenchida com tecido de
granulação, com pouca ou moderada exsudação,
tecido inviável, porém sem infecção, o que é
recomendado?
DEISCÊNCIA TRATAMENTO
Deiscência total
Hidropolímero (cobertura de espuma) ou Silicone ou PHMB ou
Alginato ou Pressão Negativa
DEISCÊNCIA TRATAMENTO
Deiscência parcial ou total
DEISCÊNCIA TRATAMENTO
Deiscência parcial ou total
Cavidades com grande exsudação, necrose e infecção 
DEISCÊNCIA TRATAMENTO
Deiscência parcial ou total
Alginato ou Hidrofibra ou Hidropolímero com prata ou PHMB ou
Pressão negativa
Tratamento da Deiscência
Tratamento da Deiscência
➢ Determinar a causa e corrigí-la.
➢ Coletar material para cultura da ferida.
➢ Remover tecido necrótico ou desvitalizado (desbridamento 
com instrumental, hidrogéis, papaína, colagenase).
Tratamento da Deiscência
➢ Monitorar aspecto do exsudato drenado (volume, aspecto, 
coloração).
➢ Quando não houver sinais de infecção é possível utilizar 
coberturas de alginato de cálcio ou hidropolímeros para 
preencher a cavidade.
➢ Resutura nos casos de grande deiscência.
Cuidados gerais 
Cuidados gerais 
➢ Avaliar criteriosamente a ferida cirúrgica.
➢ Remover o tecido desvitalizado.
➢ Permitir a drenagem de exsudato purulento.
➢ Monitorar o aspecto do exsudato drenado.
Cuidados gerais 
➢ Coletar material paracultura.
➢ Antibioticoterapia sistêmica.
➢ Escolher coberturas com boa capacidade de absorção e que
sejam eficientes no controle do odor.
➢ Tratar as complicações.
Caso
Caso
Deiscência de esterno, pós revascularização do miocárdio, evoluindo com
osteomielite.
04/2015 - Realizou cirurgia de revascularização. Após este período
apresentou deiscência e foi realizada nova intervenção cirúrgica com
retirada de fragmentos de osso com necrose.
O que utilizar neste tratamento?
Contatos
E-mail: sandrabpf@gmail.com
Cel. 21 - 991379076

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