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Resumo Sistematização da Assistência de Enfermagem 3 Avaliação cardiovascular, avaliação respiratória e aplicação da SAE: ✧ A SAE é composta por: ↝ Coleta de dados (anamnese e exame físico); ↝ Diagnóstico de Enfermagem; ↝ Planejamento de Enfermagem; ↝ Implementação de Enfermagem; ↝ Avaliação. ➳ Avaliação Cardiovascular: ✧ O ciclo cardíaco tem duas fases: sistólica e diastólica. ✧ Débito cardíaco é o volume de sangue bombeado pelo coração durante 1 minuto. ✧ Frequência cardíaca: 60 a 80 bpm. ✧ A primeira bulha cardíaca (B1) está ligada ao fechamento das valvas mitral e tricúspide (valvas atrioventriculares). A segunda bulha (B2) tem relação com o fechamento das valvas pulmonar e aórtica (semilunares). ✧ As manifestações mais comuns nas doenças cardiovasculares são: falta de ar (dispneia), palpitações, desmaio, dor no peito (precordialgia), edemas, variações na pressão arterial, variações na frequência cardíaca e diurese, cianose e alterações periféricas. ✦ Coleta de dados - Anamnese: - I. Antecedentes pessoais e história pregressa (patologias, tratamentos anteriores, medicamentos, tabagismo, sedentarismo, alimentação, hábitos, estresse, anticoncepcional, cateterismo, marcapasso); - II. Antecedentes familiares (IAM, HAS, DM); - III. Dor precordial (tipo, localização, intensidade, irradiação e duração); - IV. Palpitações; - V. Tosse e expectoração; - VI. Dispneia; - VII. Síncope ou lipotimia (desmaio); - VIII. Alterações no sono; - IX. Edema; - X. Astenia (perda ou diminuição da força física); - XI. Cianose. ✦ Coleta de dados - Exame físico: O ideal é começar o exame físico avaliando a parte geral, ou seja, verificando sinais vitais (pulso, frequência respiratória, frequência cardíaca, pressão arterial, dor, medição da altura e peso, IMC (peso dividido por altura ao quadrado) para avaliar se o paciente está dentro do peso adequado, e também avaliar a medida da circunferência abdominal, pois o risco cardiovascular aumenta de acordo com a circunferência abdominal. ✤ Inspeção: - Íctus Cordis (localizado no 5º espaço intercostal, na linha hemiclavicular à esquerda); - Pulsação epigástrica e supra-esternais; - Pele e mucosa; - Coloração e alteração nos membros (cianose); - Estase jugular (paciente em ângulo de 45º); - Edemas; - Ascite; - TVP. ✤ Palpação: OBS: Durante a palpação, manter decúbito dorsal e/ou manter a cabeceira elevada a 45º. - Íctus Cordis; - Frêmitos; - Pulsação epigástrica e supra-esternais; - Pulsos periféricos (radial, carotídeo, femoral, poplíteo, pedioso, tibial posterior...); - Sinal de Homans (fazer uma dorsiflexão no pé e verificar se o paciente apresenta dores ou desconforto); - Sinal da Bandeira (verificar a mobilidade da panturrilha); - Sinal de Godet (pressionar o local do edema com uma proeminência óssea e ver o quanto afunda). ✤ Ausculta: OBS: As melhores posições são: sentado e inclinado para a frente (boa para todas as áreas e para ouvir murmúrios de alta intensidade), decúbito dorsal (boa para todas as áreas) e decúbito lateral esquerdo (boa para todas as áreas, e é a melhor posição para ouvir sons de baixa intensidade na diástole). - Focos cardíacos: ↝ Aórtico (2º espaço intercostal à direita próximo ao esterno); ↝ Pulmonar (2º espaço intercostal à esquerda próximo ao esterno); ↝ Tricúspide (5º espaço intercostal esquerdo, na base do apêndice xifoide); ↝ Mitral (5º espaço intercostal à esquerda, na linha hemiclavicular). - B1: TUM - tricúspide e mitral; - B2: TA - aórtico e pulmonar; - BRNF 2T s/s: bulhas rítmicas normofonéticas 2 tempos sem sopro. ➳ Avaliação Respiratória: ✦ Coleta de dados - Anamnese: - I. Antecedentes pessoais e história pregressa (infância, doenças pregressas, alergias, imunizações, internações, tratamentos prévios, medicamentos, tabagismo - quantidade de cigarros/dia e tempo de uso, etilismo, sedentarismo, ocupação, habitação - umidade e presença de mofo, alimentação, hábitos, estresse, psicossociais...); - II. Antecedentes familiares (asma, fibrose, enfisema, DPOC, CA de pulmão, TB...); - III. Dor torácica (tipo, intensidade e duração); - IV. Tosse e expectoração (hemoptise, secreção, quantidade e aspecto); - V. Dispneia (início, melhora, duração); - VI. Síncope ou lipotimia (desmaio); - VII. Alterações no sono; VIII. Cianose. ✦ Exame físico - Respiratório: O ideal é começar o exame físico avaliando a parte geral, ou seja, verificando sinais (focados na parte respiratória), e é pertinente também adicionar saturação de oxigênio. ✤ Inspeção: ↝ Estática (apenas observação do formato do tórax): - Verificar forma do tórax (normal, tonel, em funil, de pombo, cifose...); - Pele, coloração, cicatrizes, lesões, pelos, abaulamento. ↝ Dinâmica: - Expansibilidade torácica; - Desconforto respiratório (uso da musculatura acessória, tiragens intercostais, batimento de asa de nariz, retração de fúrcula); - Amplitude/profundidade, frequência, ritmo, simetria. ✤ Palpação: - Identificação de áreas sensíveis; - Massas torácicas; - Desvios traqueais; - Linfonodos; - Expansibilidade/simetria (mãos espalmadas); - Frêmito tóracovocal (paciente falar 33). ✤ Percussão: - Presença de ar, líquidos ou massas; - Espaços intercostais; - Do ápice para a base; - Normal: som claro-pulmonar. ✤ Ausculta: - Características dos ruídos respiratórios: murmúrios vesiculares; - Presença de ruídos adventícios: sibilos, roncos, estertores (intensidade, duração - inspiração/expiração, localização, alteração após tosse ou modificação da posição); - Ausculta normal: MV + s/ RA: murmúrios vesiculares presentes sem ruídos adventícios. ➳ Oxigenoterapia: Os materiais de oxigenoterapia são indicados para os pacientes que apresentam saturação abaixo do ideal. O valor de saturação indicado é de 94 a 99%, e abaixo disso, o paciente está hipossaturando. O sistema de oxigenoterapia é dividido em: alto fluxo e baixo fluxo. ↝ Baixo fluxo: possui uma FIO2 variável. ✧ Cateter/cânula nasal (tipo óculos) - Fluxo: de 1 até 6 litros/min | 25% a 40%; - Trocar a cada 24h; - Vantagens: paciente consegue se alimentar, não é irritativa, oferece conforto, baixo custo; - Desvantagens: uso prolongado pode causar ressecamento das vias aéreas, incapaz de ser utilizada em obstrução nasal. ✧ Máscara simples: - Fluxo: maior que 5 litros/min | 40% a 50%; - Em pacientes com retenção de CO2, pode piorar o quadro (não utilizar); - Observar boa vedação e adaptação à face de modo a garantir a oxigenação adequada.; - Vantagem: oxigênio umidificado; - Desvantagens: difícil estimar FIO2, paciente inala ar do ambiente pelas laterais. ↝ Alto fluxo: o profissional consegue controlar a FIO2 ofertada para o paciente. ✧ Máscara de Venturi: - Fluxo: 4 a 15 litros/min – concentração de 24% a 50%; - Vantagens: não resseca as membranas, libera umidade; - Desvantagens: interfere na alimentação e na fala, pode diminuir a FIO2 senão ajustar direito. ✧ Tenda facial: - Fluxo: de 5 a 15 litros/min – concentração de aproximadamente 50%. ➳ Sistematização da assistência de Enfermagem: A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é uma metodologia desenvolvida com o objetivo de organizar a prática da enfermagem no atendimento e cuidado do paciente. Com a utilização da metodologia SAE, é possível analisar as informações obtidas, definir padrões e resultados das condutas definidas. É necessário ainda que todos os procedimentos e dados devem ser registrados no prontuário do paciente. ✧ Etapas da SAE: ✤ I. Coleta de dados (ou histórico de enfermagem): processo sistemático e contínuo, realizado com o auxílio de métodose técnicas variadas, que tem por finalidade a obtenção de informações sobre a pessoa, a família ou a coletividade humana e sobre suas respostas em um dado momento do processo de saúde e doença. ✤ II. Diagnóstico de enfermagem: processo de interpretação e agrupamento dos dados coletados na primeira etapa, que acarreta na tomada de decisão sobre os conceitos diagnósticos de enfermagem que representam, com mais exatidão, as respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo de saúde e doença, e que constitui a base para a seleção das ações ou intervenções com as quais se objetiva alcançar os resultados esperados. ✤ III. Planejamento de enfermagem: determinação dos resultados que se esperam alcançar e das ações ou intervenções de enfermagem que serão realizadas face às respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo de saúde e doença, identificadas na etapa de diagnóstico de enfermagem. ✤ IV. Implementação: realização das ações ou intervenções determinadas na etapa de planejamento de enfermagem. ✤ V. Avaliação de enfermagem: processo sistemático e contínuo de verificação de mudanças nas respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo de saúde e doença, para determinar se as ações ou intervenções de enfermagem alcançaram o resultado esperado, e de verificação da necessidade de mudanças ou adaptações.
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