Atividade - Estudo de coorte

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ATIVIDADE – ESTUDO DE COORTE: 
 
 
ANÁLISE DOS DADOS: 
INCIDÊNCIA: 
➔ A incidência de uma doença ou agravo em saúde é definida como o número de casos novos que surgem 
durante um período específico de tempo em uma população em risco de desenvolver tal doença. 
 
➔ Exemplo: 
✓ Em um serviço de atenção pré-natal, 462 gestantes foram acompanhadas desde a primeira consulta nas 
primeiras semanas de gestação até o parto para avaliação de casos de pré-eclâmpsia e/ou eclâmpsia. 
Durante o período estudado, 56 gestantes desenvolveram pré-eclâmpsia e/ou eclâmpsia. 
 
o Incidência = 56 x 100 = 0,1212 x 100 = 12,12% 
 462 
 
o Interpretação → aproximadamente 12% das gestantes acompanhadas no estudo desenvolveram pré-
eclâmpsia/ eclâmpsia durante o período avaliado. 
 
RISCO RELATIVO: 
➔ É a principal medida de associação. 
➔ É a razão entre a incidência em pessoas EXPOSTAS e a incidência em pessoas NÃO EXPOSTAS. 
➔ O RR indica a força de associação entre a variável preditora (fator de risco possível) e o desfecho. 
➔ Intervalo de confiança de 95%. 
➔ Tabela 2x2: 
 
 Desfecho: SIM Desfecho: NÃO Total: 
EXPOSTO a b a + b 
NÃO EXPOSTO c d c + d 
Total: a + c b + d 
 
 
 
OBS: primeiro SEMPRE calcular a incidência e depois calcular o risco relativo. 
 
➔ Interpretação dos resultados: 
o Um RR menor do que 1 implica em uma redução do risco da doença com a exposição. 
o Um RR maior que 1 sugere um aumento do risco da doença com a exposição. 
o Quanto maior for o RR, maior será a associação entre a exposição e o desfecho. 
 
➔ Exemplo: 
✓ Sobre a incidência de pré-eclâmpsia/eclâmpsia em gestantes, também é possível verificar quais fatores de 
risco estão associados ao desenvolvimento do desfecho. Poderíamos avaliar, por exemplo, se o 
sedentarismo é um fator de risco para o desenvolvimento da pré-eclâmpsia/eclâmpsia. 
 
 
 
Incidência = número de NOVOS casos do desfecho x 100 
 população sob risco 
Risco relativo (RR) = incidência do desfecho entre os EXPOSTOS x 100 = a / a+b 
 incidência do desfecho entre os NÃO EXPOSTOS c / c+d 
 Desfecho: SIM Desfecho: NÃO Total: 
EXPOSTO ao sedentarismo 36 224 260 
NÃO EXPOSTO ao sedentarismo 20 182 202 
Total: 56 406 462 
 
o Incidência do desfecho entre os EXPOSTOS = 36/ 260 x 100 = 13,8. 
o Incidência do desfecho entre os NÃO EXPOSTOS = 20/202 x 100 = 9,9. 
o Risco relativo = 13,8 = 1,40. 
 9,9 
 
o Interpretação → o risco de desenvolver pré-eclâmpsia/eclâmpsia nas gestantes sedentárias é 1,4 vezes 
maior do que entre as gestantes não sedentárias. 
 
 
EXEMPLO 1: 
✓ Associação entre exercício físico e coronariopatia. 
 
➔ Os funcionários de uma secretaria de saúde são convidados a preencher um questionário sobre os seus hábitos 
de vida, entre os quais inclui-se o detalhamento das atividades físicas no trabalho e nas horas de lazer. 
➔ Dois grupos são, então, formados: um, de 5 mil sedentários, e outro composto pelos 2 mil funcionários que se 
exercitam regularmente. 
➔ Decorridos dez anos, observou-se que a atividade física estava inversamente relacionada ao risco de morrer 
por doença coronariana. O grupo que mais se exercitou teve menor mortalidade: 40 óbitos por mil, comparado 
com 80 óbitos por mil, nos sedentários. 
 
 Óbito: Não óbito: Total: 
EXPOSTO ao sedentarismo 400 4600 5000 
NÃO EXPOSTO ao sedentarismo 80 1920 2000 
Total: 480 6520 7000 
 
o Incidência de óbitos entre os expostos ao sedentarismo = 400/5000 x 100 = 8 
o Incidência de óbitos entre os não expostos ao sedentarismo = 80/2000 x 100 = 4 
o Risco relativo = 8/4 = 2. 
o Interpretação → um indivíduo sedentário tem, portanto, o dobro de chance de morrer por doença 
coronariana que um não-sedentário. 
 
 
 
EXEMPLO 2: 
✓ Investigação sobre a associação entre HIV e tuberculose pulmonar. 
 
 Tuberculose pulmonar: Sem tuberculose pulmonar: Total: 
EXPOSTO ao HIV 23 180 203 
NÃO EXPOSTO ao HIV 43 1765 1808 
Total: 66 1945 
 
o Incidência de tuberculose pulmonar em indivíduos COM HIV = 23/203 x 100 = 11,33 
o Incidência de tuberculose pulmonar em indivíduos SEM HIV = 43/1808 x 100 = 2,38 
o Risco relativo = 11,33/2,38 = 4,76 
o Interpretação → um indivíduo com HIV tem 4,76 vezes a chance de desenvolver tuberculose pulmonar que 
um sem HIV. 
 
 
 
 
 
EXEMPLO 3: 
✓ Coeficiente de mortalidade anual por 100.000, sexo masculino, padronizado por idade, segundo intensidade 
de tabagismo (g/dia). 
 
Causa do óbito: Não fumante: 1-14: 15-24: > 25: 
Câncer de pulmão 10 52 106 224 
DIC 413 501 598 677 
Todas as causas: 1317 1581 1829 2452 
 
o Risco relativo para CA de pulmão de acordo com frequência de tabagismo: 
▪ RR (1-14 x não fumante) = (52/100.000) / (10/100.000) = 5,2 
▪ RR (15-24 x não fumante) = (106/100.000) / (10/100.000) = 10,6 
▪ RR (>25 x não fumante) = (224/100.000) / (10/100.000) = 22,4 
o Risco relativo para DIC de acordo com frequência de tabagismo: 
▪ RR (1-14 x não fumante) = (501/100.000) / (413/100.000) = 1,2 
▪ RR (15-24 x não fumante) = (598/100.000) / (413/100.000) = 1,4 
▪ RR (>25 x não fumante) = (677/100.000) / (413/100.000) = 1,6 
o Risco relativo para morte por todas as causas de acordo com frequência de tabagismo: 
▪ RR (1-14 x não fumante) = (1581/100.000) / (1317/100.000) = 1,2 
▪ RR (15-24 x não fumante) = (1829/100.000) / (1317/100.000) = 1,4 
▪ RR (>25 x não fumante) = (2452/100.000) / (1317/100.000) = 1,9