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CARDIOTÔNICOS DIGITÁLICOS DIGOXINA São os alfa glicosídeos cardíacos. São derivados das folhas da dedaleira (digitalis lanata). MECANISMO DE AÇÃO 1. Para que o coração contraia a bomba de sódio e potássio que está na membrana cardíaca promove o influxo de sódio e efluxo de potássio, ou seja, ela precisa de despolarização. 2. Esse mecanismo ativa a outra bomba que é a de cálcio e sódio que promove o efluxo de sódio e influxo de cálcio, ou seja, fase platô. 3. Esse cálcio mantém interação com as fibras contráteis promovendo a contração. 4. Após a contração ocorre o efluxo de sódio e cálcio para que a célula se reorganize para um novo estímulo. 5. Quando administrado a Digoxina na IC, inibe a bomba de sódio e potássio. Ou seja, se a bomba não funcionar não ativa a outra bomba e isso permite que o sódio que estava intracelular continue. 6. Aumenta a força de contração e consequentemente o DC 7. Diminui resistência periférica e FC por diminuir a atividade simpática 8. Diminui condução elétrica no nó AV e impede a fibrilação. EFEITOS - Efeito inotrópico positivo (aumenta força de contração) - Efeito cronotrópico negativo (ritmo cardíaco) - Efeito dromotrópico negativo (condução elétrica) - Reduz automaticidade USO - IC - Fibrilação atrial EFEITOS ADVERSOS - Psiquiátricos: delírio, fadiga, sonhos anormais - Visuais: xantopsia, halos - Gastrointestinais: anorexia, diarreia, vômito, dor - Respiratórios: Aumento da ventilação à hipóxia - Cardíacos: arritmias ectópicas, distúrbios de condução - Toxicidade: devido a hipocalemia plasmática, da digoxina se liga no sítio extracelular do potássio na bomba, quando se toma diurético (competição) diminui o potássio e aumenta quantas bombas ela vai se ligar provocando toxicidade. FARMACOCINÉTICA - Grande VD (volume de diminuição) - Índice terapêutico estreito - 10% tem eubacterium = tolerância - Meia vida: 1 a 3 dias - VO ou IV - 70% excreção renal - Dose de segurança: 05 - 2 ng/mL - Dose tóxica: > 2,5 ng/mL INTOXICAÇÃO - Taquicardias supraventriculares paroxísticas e não paroxísticas - Bradicardia com bloqueio AV - Bloqueio sinoatrial - Taquicardia e fibrilação ventricular - Extra sístoles - Inversão da onda T - Aumento do intervalo PR - Náusea, vômito. cefaleia, astenia, nevralgia, alterações visuais. - Idosos 20%: Quando suspeitar: náuseas, hiporexia, vômitos, diarreia, alucinações visuais (enxerga em faixas verde e amarelas ou vê um halo), confusão mental, vertigens, insônia. TRATAMENTO DA INTOXICAÇÃO - Suspender a medicação - Administração de sais de potássio - Antiarrítmicos ( Fenitoína ou Lidocaína e Betabloqueadores) - Implante do marcapasso temporário - Anticorpos antidigoxina (fragmentos FAB - Digibind) BETA DOBUTAMINA São agonistas beta 1 seletivos. Tem efeito inotrópico positivo ( força de contração). MECANISMO DE AÇÃO 1. A dobutamina se liga no receptor beta 1 adrenérgico onde a adrenalina iria se ligar. 2. Quando isso ocorre aumenta a produção do AMPc por ativar a proteína G. 3. Esse aumento ativa a proteína quinase proteinocinase fosforila o canal de calcio. 4. Quando isso acontece promove o influxo de cálcio para a célula, ou seja, maior a interação das fibras contráteis e aumenta a força de contração. A enzima fosfodiesterase quebra o AMPc, ou seja, se usarmos um inibidor de fosfodiesterase tem o aumento de todo esse mecanismo. USO - Bradicardia - Parada - IC aguda EFEITOS COLATERAIS - Taquiarritmias - Hipertensão - Angina - Dispneia SACUBITRIL/VALSARTAN É uma associação entre os dois medicamentos. A valsartana tem o mesmo mecanismo que a losartana. Ou seja, antagonista dos receptores de angiotensina II, assim, bloqueia os receptores (AT1R) de angiotensina II. O sacubitril bloqueia a ação da angiotensina II e bloqueia a enzima neprilisina permitindo com que as substâncias (peptídeo natriurético, substância P, angiotensina I e II, bradicinina) permaneçam por mais tempo ajudando na IC.
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