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C : ACADÊMICO GUSTAVO SARMENTO
Redação Exemplar UNEB 
Tema: o porquê de os negros e pobres serem considerados “indesejados” e
“despossuídos” no Brasil atual. Indique possíveis soluções alternativas para a resolução
dessas questões, que constituem um grave problema social. 
O século xx foi marcado por uma sólida cristalização do cientificismo naturalista.
Decorrente desse contexto, a propagação de teorias como a eugenia, o determinismo e o
darwinismo social moldaram as condutas sociais do brasileiro. Na contemporaneidade,
tais correntes de pensamento contribuem para que o pobre e o negro permaneçam a
margem da sociedade, sob o estigma de indesejados e despossuídos do Brasil.
A princípio, é válido ressaltar que em um âmbito social essencialmente materialista
e utilitário, a inclusão social e a qualidade de vida são pautadas, sobretudo, pelo caráter
financeiro. Afinal, como reconhecido por Jorge Amado e ilustrado em seu livro, Capitães
da Areia, os choques entre classes sociais são o fator preponderante para a
marginalidade de jovens. Com isso, pode-se ratificar tal prerrogativa ao analisar o estudo
realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada, o qual expõe que cerca de 70
por cento das pessoas assassinadas, no Brasil, são jovens pobres e negros das
periferias. Dessa forma, urge medidas públicas, as quais combatam as causas basilares
desse cenário.
É importante salientar, ainda, sobre as raízes históricas responsáveis pelas
recorrentes ações racistas do corpo social. Sendo assim, ao realizar uma análise crítica a
respeito da obra O Presidente Negro, do ícone da literatura nacional, Monteiro Lobato, é
possível identificar posicionamentos de cunho racial, os quais reafirmam a mentalidade
eugênica da sociedade do século xx, altamente segregadora e respaldada pelo
eurocentrismo. Diante dessa construção, infere-se as implicações do preconceito racial,
as quais são comprovadas pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, ao divulgar que a
probabilidade de um jovem negro ter sua vida ceifada, no Brasil, é 2,5 vezes maior que os
demais cidadãos.
Portanto, em linhas gerais, pode-se afirmar que a discriminação do pobre e do
negro, no Brasil hodierno, é advinda de uma construção histórica, a qual precisa ser
combatida. Para isso, é preciso que o Ministério da Educação, juntamente ao da
Cidadania, criem políticas públicas voltadas à facilidade de inserção do jovem negro e
pobre nas universidades, associadamente à ampliação de projetos de auxílio financeiro
como o Bolsa Família, com o intuito de erradicar a desigualdade social. Além disso, é
imprescindível que ocorra eventos educativos no ensino básico, os quais prezem pela
pela igualdade e combate ao racismo. Com efeito, a convivência entre a classe
desfavorecida e a elitizada, como, também, a ascensão social proporcionada pela
educação, promoverá uma desnaturalização do preconceito, de modo a edificar uma
sociedade mais harmônica e igualitária.

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