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• “Com a Revolução de 1930, inaugura-se uma nova ordem na política brasileira que permaneceria até a década de 1980, a saber: a ordem ou a cidadania regulada [...]” (MOREIRA, Marcelo S.; SANTOS, Ronaldo T. dos. Cidadania regulada e Era Vargas Estudos Históricos [Recurso Eletrônico]. Rio de Janeiro, v. 33, n. 71, p. 545, set./dez. 2020). Sobre o conceito de cidadania regulada desenvolvido por Wanderley Guilherme dos Santos na obra Cidadania e justiça: a política social na ordem brasileira (1979), indique a resposta correta: Resposta Selecionada: e. A cidadania regulada permite identificar a construção de direitos de modo vertical pelo Estado em direção à sociedade, relacionando a cidadania com leis que regulamentam profissões. Respostas: a. A cidadania regulada expressa a capacidade dos movimentos sociais brasileiros na organização de suas demandas políticas de forma autônoma ao governo. b. A cidadania regulada revela a incapacidade das instituições governamentais em acompanhar o ritmo de transformações da sociedade, que passa a exigir a consolidação de novos direitos. c. A cidadania regulada representa o equilíbrio da relação entre Estado e sociedade na construção de direitos cívicos, políticos e sociais. d. A cidadania regulada é sinônimo de direitos humanos, portanto está direcionada ao respeito da dignidade humana e à realização plena da própria cidadania. e. A cidadania regulada permite identificar a construção de direitos de modo vertical pelo Estado em direção à sociedade, relacionando a cidadania com leis que regulamentam profissões. Comentário da resposta: Resposta correta: e) A cidadania regulada permite identificar a construção de direitos de modo vertical pelo Estado em direção à sociedade, relacionando a cidadania com leis que regulamentam profissões. A cidadania regulada é definida a partir de um padrão vertical promovido pelo Estado, principalmente presente na Era Vargas. A cidadania passa a estar relacionada às ocupações reconhecidas e definidas em lei pelo próprio governo, de modo que o fato de um indivíduo estar empregado no Brasil o transforma simbolicamente como portador de cidadania. • Pergunta 2 1 em 1 pontos “O vício enorme e radical na construção da Confederação atual está no princípio da legislação para Estados ou governos em seu caráter de corporações ou coletividades, em contraposição à legislação para os indivíduos que os compõem. Embora não se estenda a todos os poderes conferidos à União, esse princípio invade e governa aqueles de que depende a eficácia dos demais. Exceto no tocante à honra de rateio, os Estados Unidos têm direito ilimitado a requisitar homens e dinheiro; mas não têm autoridade para mobilizá-los por meio de normas que se estendam aos cidadãos da América. A consequência é que, embora em teoria as resoluções da União referentes a essas questões sejam leis que se aplicam constitucionalmente aos seus membros, na prática elas são meras recomendações que os Estados podem escolher observar ou desconsiderar” (MADISON, James; HAMILTON, Alexander; JAY, John. Os artigos federalistas, 1787-1788, pp. 160-161. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993). O pensamento federalista norte-americano constitui no século XVIII um importante marco para a consolidação da democracia. Leia abaixo as afirmações abaixo e assinale a alternativa correta: I. Os princípios fundamentais do federalismo consistem na ampliação da participação política, divisão dos poderes e eleição dos ocupantes dos cargos legislativo e executivo. II. Montesquieu concebe a divisão dos poderes e, assim como Locke, concebeu instituições que fossem capazes de limitar a ação do Estado contra as liberdades individuais. Resposta Selecionada: b. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e I é consequência da II. Respostas: a. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma consequência da I. b. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e I é consequência da II. c. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. d. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. e. As asserções I e II são proposições falsas Comentário da resposta: Resposta correta: b) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a I é consequência da II. Deve-se considerar que o pensamento de Locke e Montesquieu são anteriores à Revolução Americana, a qual foi influenciada pelos princípios desses filósofos. • Pergunta 3 1 em 1 pontos “Há alguns anos, em relato sobre o julgamento de Eichmann em Jerusalém, mencionei a banalidade do mal. Não quis, com a expressão, referir-me a teoria ou doutrina de qualquer espécie, mas antes a algo bastante factual, o fenômeno dos atos maus, cometidos em proporções gigantescas; atos cuja raiz não iremos encontrar em uma especial maldade, patologia ou convicção ideológica do agente; sua personalidade destacava-se unicamente por uma extraordinária superficialidade” (ARENDT, Hannah. A dignidade da política: ensaios e conferências. Trad. Antonio Abranches. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1993, p. 145). A respeito do conceito de banalidade do mal elaborado por Hannah Arendt, indique a alternativa correta: Resposta Selecionada: a. Demonstra a falta de responsabilidade e renúncia pela capacidade de pensar sobre os limites do uso da razão e da obediência cega e absoluta às leis. Respostas: a. Demonstra a falta de responsabilidade e renúncia pela capacidade de pensar sobre os limites do uso da razão e da obediência cega e absoluta às leis. b. Sugere que é legitimo e racional obedecer às leis sejam quais forem as circunstâncias. c. Revela a apatia diante do mal, restrita aos grupos marginalizados da sociedade. d. Afirma que não é possível responsabilizar indivíduos que realizam atos bárbaros, pois perderam a capacidade de refletir. e. Representa uma dimensão religiosa, expressão do dualismo entre fé e pecado, bem e mal, paz e guerra, amor e ódio. Comentário da resposta: Resposta correta: a) Demonstra a falta de responsabilidade e renúncia pela capacidade de pensar sobre os limites do uso da razão e da obediência cega e absoluta às leis. Segundo Hannah Arendt, a banalidade do mal é o fenômeno da recusa do caráter humano do homem, alicerçado na negativa da reflexão e na tendência em não assumir a iniciativa própria de seus atos. Quando o indivíduo se afasta da responsabilidade e do domínio de suas atitudes, pensamentos e comportamento, fatalmente, não realiza o exercício da reflexão, desconectando-se do sentido do que é ser humano. O campo ético é “engolido” pela visão limitada e empobrecida dessa relação; está, portanto, instalado o estado de banalização do mal, no qual nem a violência nem a agressividade perturbam a ordem social. Partindo desse pressuposto, é possível compreender como a sociedade consegue se manter mesmo diante de situações caóticas, como foi o nazismo, as grandes guerras e, atualmente, a desigualdade social. A banalidade do mal, portanto, é fruto de uma sociedade inspirada num grau e defesa da racionalidade, seja ela moral ou jurídica, sem que se façam reflexões ou críticas contra essa racionalidade. • Pergunta 4 1 em 1 pontos “O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), em especial, oportunizou uma lógica de negócio, sobretudo porque constituiu-se em uma ferramenta de mercado [...], permitindo que questões econômicas e ambientais sejam pensadas juntas na busca da sustentabilidade das empresas. A redução da emissão de GEE a partir de projetos dessa natureza vem gerando uma nova ‘moeda’ no cenário econômico mundial, chamada de Créditos de Carbono ou Reduções Certificadas de Emissão (RCEs), que são negociados internacionalmenteem um mercado próprio, denominado Mercado Internacional de Comercialização de Créditos de Carbono [...]” (SOUZA, A. L. R.; ALVAREZ, G.; ANDRADE, J. C. S. Mercado regulado de carbono no Brasil: um ensaio sobre divergências contábil e tributária dos créditos de carbono. Organizações & Sociedade, v. 20, n. 67, p. 675-697, 2013, p. 677). Considere as afirmações abaixo sobre os créditos de carbono: I. Com os créditos de carbono se defende a ideia de que os países em desenvolvimento podem financiar políticas de preservação do meio ambiente dos países já desenvolvidos ou mais ricos por meio do repasse de recurso financeiros ou bônus a estes. II. Os créditos de carbono promovem a ideia de que os países já desenvolvidos podem financiar políticas de preservação do meio ambiente dos países em desenvolvimento ou mais pobres por meio do repasse de recursos financeiros ou bônus a estes. III. Os créditos de carbono foram uma criação da ECO-92 e instituídos na Agenda 21. Com o Protocolo de Kyoto, em 1997, a prática foi abolida pela quantidade elevada de emissão de gases nocivos ao meio ambiente. Resposta Selecionada: b. Apenas a afirmativa II é correta. Respostas: a. Apenas a afirmativa I é correta. b. Apenas a afirmativa II é correta. c. Apenas a afirmativa III é correta. d. Somente as afirmativas I e II são corretas. e. Somente as afirmativas II e III são corretas. Comentário da resposta: Resposta correta: b) Apenas a afirmativa II é correta. Os créditos de carbono foram criados em 1997, com o Protocolo de Kyoto. Os países mais ricos ou desenvolvidos financiam a preservação dos mais pobres ou em desenvolvimento, a fim de gerar um equilíbrio ou desenvolvimento sustentável num âmbito planetário. • Pergunta 5 0 em 1 pontos “[...] a noção de sustentabilidade cultural na área do desenvolvimento aparece de modo explícito e chamativo no último parágrafo do livro de Benjamin (2004), Folkcomunicação na sociedade contemporânea. Apesar de essa concepção ser ainda pouco explorada nos estudos de desenvolvimento local, salta-se aos olhos como um aspecto significativo no campo da Extensão Rural [...]” (LOUREIRO, C.; CALLOU, A. B. F. Extensão rural e desenvolvimento com sustentabilidade cultural: o ponto de cultura no sertão pernambucano (Brasil). In: Interações. Campo Grande, 2007, v. 8, n. 2, pp. 213-221, p. 214 online: https://www.scielo.br/pdf/inter/v8n2/a08v08n2.pdf). A respeito da sustentabilidade cultural, leia as afirmações abaixo: I. Trata-se do desenvolvimento do setor cultural, voltado aos cuidados com museus, praças públicas e espaços de cultura presentes nos espaços urbanos. II. Refere-se à necessidade de consolidação de direitos à cidadania às minorias, respeito à memória, símbolos, crenças, valores, identidade e preservação dos modos de ser e existir de segmentos presentes no meio urbano e longe dele. III. Representa o direito de preservação da memória, conhecimentos milenares, símbolos, valores e identidade de grupos étnicos, exclusivamente presentes nas regiões distantes dos centros urbanos. Resposta Selecionada: e. Somente as afirmativas II e III são corretas. Respostas: a. Somente a afirmativa I é correta. b. Somente a afirmativa II é correta. c. Somente a afirmativa III é correta. d. Somente as afirmativas I e III são corretas. e. Somente as afirmativas II e III são corretas. Comentário da resposta: Resposta correta: b) Somente a afirmativa II é correta. A sustentabilidade cultural deve ser promovida nos centros urbanos diante de grupos minoritários, e, fora das cidades, em regiões de florestas ou distantes dos meios urbanos, como as sociedades tradicionais, há a necessidade de consolidação de direitos à cidadania, além do respeito à memória, símbolos, crenças, valores, identidade e preservação dos modos de ser e existir desses grupos. • Pergunta 6 1 em 1 pontos “[...] acredito que a ‘política racial’ [do Brasil] não precisa seguir os rumos do mundo anglo-saxão. Os Estados Unidos vivem ‘surtos’ de universalismo dentro do seu particularismo histórico, como, por exemplo, no movimento dos direitos civis na década de 1960, e mesmo agora, vozes de pessoas que se consideram ‘misturadas racialmente’, ainda tímidas, surgem para reivindicar identidades sociais além das categorias ‘raciais’ existentes. O Brasil vive ‘surtos’ de particularismo dentro de seu universalismo constitucional e consentido: afinal, como reza o dito popular, ‘na prática a teoria é outra’. Mas nem por isso precisamos descartar a ‘democracia racial’ como ideologia falsa. Como mito, no sentido em que os antropólogos empregam o termo, é um conjunto de ideias e valores poderosos que fazem com que o Brasil seja o ‘Brasil’, para aproveitar a expressão de Roberto DaMatta. Como tal, é seguramente nada desinteressante num mundo assolado pelos particularismos ‘raciais’, ‘étnicos’ e ‘sexuais’ que alhures produzem sofrimento e morte no pretenso caminho da igualdade (FRY, Peter. O que a Cinderela Negra tem a dizer sobre a “política racial” no Brasil. Revista da USP, São Paulo, n. 28, p. 134, 1995/1996). Leia as asserções abaixo: I. Florestan Fernandes critica o pensamento de Gilberto Freyre sobre a formação do Brasil por apresentar o mito da democracia. Trata-se da ideia de que há uma ideologia entre os brancos que estabeleceu a falsa ideia de que a escravidão no período colonial foi pacífica, promovendo a integração da população negra na sociedade. II. Gilberto Freyre é um crítico do racismo, por isso considera que as relações sociais no Brasil são marcadas por ampla violência, desigualdades e exclusão da população negra, sobretudo as mulheres. Indique abaixo a alternativa correta: Resposta Selecionada: c. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. Respostas: a. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma consequência da I. b. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e I é consequência da II. c. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. d. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. e. As asserções I e II são proposições falsas. Comentário da resposta: Resposta correta: C) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. A crítica de Florestan Fernandes a Gilberto Freyre se refere à elaboração do mito da democracia racial, o que significa dizer que Freyre nega a existência do racismo no Brasil e observa a integração entre brancos e negros como pacífica. Para Florestan, trata-se de uma ideologia do branqueamento promovido pelas elites brasileiras. • Pergunta 7 1 em 1 pontos “Ideias liberais e método democrático vieram gradualmente se combinando num modo tal que, se é verdade que os direitos de liberdade foram desde o início a condição necessária para a direta aplicação das regras do jogo democrático, é igualmente verdadeiro que, em seguida, o desenvolvimento da democracia se tornou o principal instrumento para a defesa dos direitos de liberdade” (Bobbio, N. Liberalismo e democracia (p. 44). São Paulo: Brasiliense, 1993). A democracia ateniense da Antiguidade e as construções democráticas modernas possuem diferenças importantes. A esse respeito, indique a alternativa correta. Resposta Selecionada: d. A democracia ateniense é um regime democrático direto, enquanto as democracias modernas são estabelecidas por meio do regime indireto. Respostas: a. O regime democrático ateniense caracterizou-se por ser direto, portanto permitia universalmente a participação de todos os seus habitantes. b. As democracias atuais ocidentais se caracterizam pela participação direta de todos os seus cidadãos,garantindo o direito universal à liberdade política. c. Enquanto a democracia ateniense era um sistema representativo, as democracias ocidentais modernas possuem regime de participação direta de seus cidadãos. d. A democracia ateniense é um regime democrático direto, enquanto as democracias modernas são estabelecidas por meio do regime indireto. e. A democracia em Atenas era um regime indireto, pois excluía mulheres e escravos. Comentário da resposta: Resposta correta: d) A democracia ateniense é um regime democrático direto, enquanto as democracias modernas são estabelecidas por meio do regime indireto. O regime democrático em Atenas era direto, ou seja, sem representantes eleitos, porém excluía a participação de escravos e mulheres. As democracias ocidentais são indiretas porque são representativas, isto é, os representantes são eleitos pelo povo, não havendo por isso participação direta. • Pergunta 8 1 em 1 pontos “[...] a sustentabilidade social deve estimular atividades ligadas à educação, cultura, lazer, bem-estar e justiça social da comunidade onde a empresa está inserida. Tudo isso mantendo o cuidado com o meio ambiente através de ações ambientais como programas permanentes de reciclagem, preservação, dentre outros aspectos” (PAZ, T. S. R. et al. Análise de sustentabilidade com base no princípio do Triple Bottom Line (TBL) pela técnica de similaridade com solução ideal (TOPSIS). In: XXXVIII Encontro Nacional de Engenharia de Produção, 2018, Maceió, Alagoas. A Engenharia de Produção e suas contribuições para o desenvolvimento do Brasil, 2018, pp. 5-6). A respeito da sustentabilidade social, indique a alternativa correta: Resposta Selecionada: a. A sustentabilidade social gira em torno da necessidade de redução das desigualdades sociais e da inclusão social de segmentos marginalizados da sociedade. Respostas: a. A sustentabilidade social gira em torno da necessidade de redução das desigualdades sociais e da inclusão social de segmentos marginalizados da sociedade. b. A sustentabilidade social tem como principal objetivo reduzir os impactos sociais sobre o meio ambiente, tendo como uma das suas consequências o saneamento básico. c. A sustentabilidade social visa ampliar a participação nas instituições políticas de grupos marginalizados. Trata-se da ampliação dos direitos sociais e políticos. d. A sustentabilidade social apenas é realizada com eficiência pelo setor privado, considerando que os Estados não são mais responsáveis pelo desenvolvimento econômico desde a globalização e ascensão do neoliberalismo na década de 1990. e. O principal objetivo da sustentabilidade social é promover o desenvolvimento econômico, por meio do aumento da produção industrial e aumento da oferta de empregos e salários. Comentário da resposta: Resposta correta: a) A sustentabilidade social gira em torno da necessidade de redução das desigualdades sociais e da inclusão social de segmentos marginalizados da sociedade. A sustentabilidade social está vinculada à intenção de construir uma civilização capaz de reduzir desigualdades sociais e promover inclusão social com equilíbrio entre a geração e distribuição de riquezas, visando também a qualidade de vida das gerações futuras • Pergunta 9 1 em 1 pontos A noção de estado de natureza está vinculada à noção de direito na teoria contratualista. Estado de natureza era a condição em que os seres humanos se achavam antes da formação da sociedade. Na filosofia política concebe-se que alguns desses direitos devem ser mantidos no estado civil. Tais concepções foram lapidares para a constituição dos chamados direitos humanos. A respeito dos direitos naturais, há três grandes tendências: 1. Os seres humanos são naturalmente egoístas no estado de natureza, encontram-se na condição de guerra de todos contra todos. Devido ao medo de uns dos outros, aceitam renunciar à liberdade e constituir um Soberano, o estado, que garanta a paz. 2. Os direitos à propriedade, igualdade e liberdade devem ser mantidos no estado civil a fim de garantir a existência dos direitos individuais. 3. No estado de natureza os seres humanos viviam felizes. O homem nasceu bom, mas a propriedade privada o corrompeu, conduzindo a humanidade às desigualdades sociais. Pode-se atribuir essas três concepções, respectivamente, a: Resposta Selecionada: d. Hobbes, Locke e Rousseau. Respostas: a. Rousseau, Hobbes e Locke. b. Maquiavel, Hobbes e Locke. c. Locke, Hobbes e Rousseau. d. Hobbes, Locke e Rousseau. e. Hobbes, Rousseau e Locke. Comentário da resposta: Resposta correta: d) Hobbes, Locke e Rousseau. Hobbes defendeu como direitos fundamentais a segurança, a vida e a paz; Locke defendeu a propriedade privada ao lado da liberdade e igualdade; Rousseau afirma apenas a liberdade e igualdade como naturais, sendo a propriedade privada uma invenção humana que deu origem ao fim do estado de natureza e originou as desigualdades entre os seres humanos. • Pergunta 10 1 em 1 pontos A Reforma Protestante e a construção do pensamento econômico liberal de Adam Smith foram determinantes no processo de construção de uma ética voltada ao trabalho no mundo moderno. Weber, na obra escrita no início do século XX e intitulada A ética protestante e o espírito do capitalismo, demonstra o surgimento do que designou de ética de trabalho. Adam Smith, no livro A riqueza das nações, afirmava no século XVIII as bases de uma nova ética econômica burguesa. No que diz respeito à ética no capitalismo, avalie as afirmações seguintes: I. Weber afirma que a ética do trabalho representa a valorização da ética burguesa, que afirma princípios contrários ao comércio e ao trabalho racional. II. Segundo Adam Smith, deve-se afirmar a competitividade, a livre iniciativa e a livre concorrência, pois quanto mais um indivíduo trabalhar em nome de seus interesses privados, indiretamente, como uma mão invisível, contribuirá para o progresso coletivo. III. Adam Smith afirma a importância da mão invisível, entendida como sistema de solidariedade, altruísmo consciente e dinâmico, que aperfeiçoa necessariamente apenas um pequeno número de indivíduos. IV. De acordo com Weber, a ética do trabalho refere-se à vida religiosa protestante, que se caracteriza pela racionalidade, método e rigor em relação ao trabalho. É correto o que se afirma em: Resposta Selecionada: d. II e IV apenas. Respostas: a. II e III apenas. b. I, II, III e IV. c. I e IV apenas. d. II e IV apenas. e. III e IV apenas. Comentário da resposta: Resposta correta: d) II e IV apenas. Justificativa: O individualismo proposto por Adam Smith está presente nas relações éticas do capitalismo. Trata-se da concepção na qual quanto mais competitivo for um indivíduo em relação ao seu trabalho e segundo aquilo que ele mesmo melhor produz, maiores as possibilidades para que contribua com o progresso de todos os indivíduos que também trabalham em outras atividades e concorrendo com seus pares. O lucro obtido por um indivíduo pode estabelecer vínculos sociais positivos, uma vez que esse sujeito consome outras mercadorias e gera lucros a outros sujeitos. A ética do trabalho, segundo Weber, é uma invenção da religião protestante, a partir do século XVI. Segundo o autor, há um vínculo entre a postura religiosa do puritanismo e o desenvolvimento do capitalismo por meio da racionalidade e do trabalho metódico, com o surgimento do capitalismo. Na realidade, trata-se de uma influência cujas consequências não foram previstas pelos puritanos. Tais consequências referem-se à prosperidade econômica difundida amplamente pelo capitalismo como resultado do trabalho racional.
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