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· Pergunta 1
0 em 1 pontos
	
	
	
	“Para que os direitos humanos adquiram uma responsabilidade social ampla, hão de ser compreendidos como direitos das vítimas. Perante o sofrimento das vítimas, todos somos responsáveis por implementar os direitos que lhes restaurem a dignidade negada. Os direitos humanos não são o direito de apropriação individual, mas os direitos da responsabilidade para com o outro vítima da injustiça” (RUIZ, Castor M. M. Bartolomé.  Os direitos humanos como direitos do outro. In: NOVAES, Adauto. Civilização e barbárie, p. 225. São Paulo: Companhia das Letras, 2004).
Considerando o processo de desenvolvimento histórico dos direitos humanos, assinale a alternativa que melhor exponha a ordem cronológica da conquista de direitos:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	d. 
Direitos políticos, direitos sociais e direitos econômicos.
	Respostas:
	a. 
Direitos sociais, direitos econômicos e direitos políticos.
	
	b. 
Direitos econômicos, direitos sociais e direitos políticos.
	
	c. 
Direitos sociais, direitos políticos e direitos econômicos.
	
	d. 
Direitos políticos, direitos sociais e direitos econômicos.
	
	e. 
Direitos políticos, direitos econômicos e direitos sociais.
	Comentário da resposta:
	Resposta correta: e) Direitos políticos, direitos econômicos e direitos sociais.
A ordem envolve primeiro: direitos políticos (liberdade e igualdade jurídica); direitos econômicos (direitos relacionados às políticas de defesa do trabalho e melhorias das condições econômicas); direitos sociais (relacionados aos grupos considerados minoritários e culturas tradicionais).
	
	
	
· Pergunta 2
1 em 1 pontos
	
	
	
	“Em geral, o feminismo veio demonstrar que a opressão tem muitas faces, uma das quais é a opressão das mulheres por via da discriminação sexual. Ao privilegiar a opressão de classe, o marxismo secundarizou e, no fundo, ocultou a opressão sexual e, nessa medida, o seu projeto emancipatório ficou irremediavelmente truncado. [...] Se, para as feministas marxistas, a primazia explicativa das classes é admissível desde que seja articulada com o poder e a política sexual, para a maioria das correntes feministas não é possível estabelecer, em geral, a primazia das classes sobre o sexo ou sobre outro fator de poder e de desigualdade, e algumas feministas radicais atribuem mesmo a primazia explicativa ao poder sexual”  (SANTOS, Boaventura de Sousa. Pela mão de Alice, o social e o político na pós-modernidade, p. 41. São Paulo: Cortez, 1996).
Leia as asserções abaixo:
I. O feminismo é um movimento social que busca por igualdade entre gêneros e a eliminação das disparidades em termos de direitos políticos, econômicos e sociais, além de lutar pelo respeito às mulheres e oposição às subjugações e violências historicamente impostas pelo machismo.
                                                                
II. A submissão feminina ao domínio patriarcal é um elemento histórico, portanto, presente em diferentes épocas e sociedades. Por isso, o movimento feminista tem como principal objetivo reverter essa opressão, de forma a tornar possível a dominação feminina sobre os homens como uma reparação histórica.
Indique abaixo a alternativa correta:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
	Respostas:
	a. 
As asserções I e II são proposições falsas.
	
	b. 
A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
	
	c. 
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
	
	d. 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e I é consequência da II.
	
	e. 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma consequência da I.
	Comentário da resposta:
	Resposta correta: c) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
O feminismo não deve ser considerado a antítese do machismo, mas a superação deste último. O feminismo busca por igualdade entre gêneros e a eliminação das disparidades, e realiza oposição às subjugações e violências historicamente impostas pelo machismo. Portanto, trata-se da conquista de direitos e igualdade de condições entre homens e mulheres.
	
	
	
· Pergunta 3
1 em 1 pontos
	
	
	
	“A primeira corresponde à luta pelo reconhecimento legal da igualdade de direitos – voto, trabalho, etc. – nos séculos XVIII e XIX e início do século XX. A segunda onda corresponde às lutas desenvolvidas pelas feministas entre 1960 e 1980, quando a preocupação com a igualdade se estendeu das leis aos costumes, focalizando temas como sexualidade, violência, mercado de trabalho, etc. A categoria gênero (tratada abaixo) surge nesse período. A terceira onda começou em 1990, quando as estratégias foram repensadas e ganhou ênfase a crítica à construção da imagem feminina pelos meios de comunicação de massa" (KNIBIEHLER, Y. Mulher sem objeto. Quem cuida das crianças? Folha de S.Paulo, Caderno “Mais!”, 4 mar. 2007. p. 10).
A respeito das três primeiras ondas do feminismo, leias as afirmações abaixo e indique a resposta correta.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	e. 
A primeira onda afirma o sufrágio universal; a segunda onda expressa a luta pela autonomia da mulher sobre o corpo e sexualidade, além da luta contra o domínio masculino; a terceira onda diz respeito às especificidades das diversas lutas feministas contra a opressão masculina.
	Respostas:
	a. 
A primeira onda afirma o sufrágio universal; a segunda, representa a autonomia da mulher sobre o próprio o corpo e sexualidade; e a terceira onda trata do retorno do machismo, agora praticado pelas mulheres contra os homens.
	
	b. 
A primeira onda afirma a liberdade política e sexual; a segunda onda afirma o sufrágio universal; e a terceira onda afirma a diversidade das lutas feministas contra o machismo.
	
	c. 
A primeira onda diz respeito à diversidade das lutas feministas, como, por exemplo, a luta das mulheres negras contra o machismo e a opressão no Brasil; a segunda onda expressa a luta pelo sufrágio universal; e a terceira onda afirma a liberdade sexual das mulheres e a autonomia sobre o próprio corpo.
	
	d. 
A primeira onda afirma a liberdade e autonomia das mulheres sobre a sexualidade e o corpo; a segunda onda expressa a luta pela universalização dos direitos políticos; e a terceira se restringe à crítica feminista à objetificação de seu corpo pelos meios de comunicação e pela sociedade.
	
	e. 
A primeira onda afirma o sufrágio universal; a segunda onda expressa a luta pela autonomia da mulher sobre o corpo e sexualidade, além da luta contra o domínio masculino; a terceira onda diz respeito às especificidades das diversas lutas feministas contra a opressão masculina.
	Comentário da resposta:
	Resposta correta: e) A primeira onda afirma o sufrágio universal; a segunda onda expressa a luta pela autonomia da mulher sobre o corpo e sexualidade, além da luta contra o domínio masculino; a terceira onda diz respeito às especificidades das diversas lutas feministas contra a opressão masculina.
A primeira onda é uma luta sufragista (por direitos políticos, ou seja, votar e eleger mulheres democraticamente); a segunda onda representa a afirmação da autonomia das mulheres sobre a sexualidade e o próprio corpo; a terceira onda promove a diversidade das lutas feministas, entre elas, a luta das mulheres negras.
	
	
	
· Pergunta 4
1 em 1 pontos
	
	
	
	“Ideias liberais e método democrático vieram gradualmente se combinando num modo tal que, se é verdade que os direitos de liberdade foram desde o início a condição necessária para a direta aplicação das regras do jogo democrático, é igualmente verdadeiro que, em seguida, o desenvolvimento da democracia se tornou o principal instrumento para a defesa dos direitos de liberdade” (Bobbio, N. Liberalismo e democracia (p. 44). São Paulo: Brasiliense, 1993).
A democracia ateniense da Antiguidade e as construções democráticas modernas possuem diferenças importantes. A esse respeito, indique a alternativa correta.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:d. 
A democracia ateniense é um regime democrático direto, enquanto as democracias modernas são estabelecidas por meio do regime indireto.
	Respostas:
	a. 
O regime democrático ateniense caracterizou-se por ser direto, portanto permitia universalmente a participação de todos os seus habitantes.
	
	b. 
As democracias atuais ocidentais se caracterizam pela participação direta de todos os seus cidadãos, garantindo o direito universal à liberdade política.
	
	c. 
Enquanto a democracia ateniense era um sistema representativo, as democracias ocidentais modernas possuem regime de participação direta de seus cidadãos.
	
	d. 
A democracia ateniense é um regime democrático direto, enquanto as democracias modernas são estabelecidas por meio do regime indireto.
	
	e. 
A democracia em Atenas era um regime indireto, pois excluía mulheres e escravos.
	Comentário da resposta:
	Resposta correta: d) A democracia ateniense é um regime democrático direto, enquanto as democracias modernas são estabelecidas por meio do regime indireto.
O regime democrático em Atenas era direto, ou seja, sem representantes eleitos, porém excluía a participação de escravos e mulheres. As democracias ocidentais são indiretas porque são representativas, isto é, os representantes são eleitos pelo povo, não havendo por isso participação direta.
	
	
	
· Pergunta 5
1 em 1 pontos
	
	
	
	No que diz respeito ao modelo de desenvolvimento sustentável, leia o trecho abaixo:
“A sustentabilidade é alcançada através da promoção do desenvolvimento sustentável, sendo que este último pode ser promovido a partir de uma ampla variedade de disciplinas, todas elas necessárias para atingir o objetivo final (GARCIA-SERNA et al., 2007). Para Hart e Milstein (2004), uma empresa sustentável é aquela que gera, simultaneamente, benefícios econômicos, sociais e ambientais, conhecidos como os três pilares da sustentabilidade, contribuindo com o desenvolvimento sustentável” (TELES, Camila Duarte et al. Uma proposta para avaliação da sustentabilidade socioambiental utilizando suporte analítico e gráfico. Produção [online], v. 26, n. 2, pp. 417-429, 2016. Epub mar. 8, 2016. Versão online: https://doi.org/10.1590/0103-6513.0638T6).
Considere as afirmações abaixo:
I. Entende-se como sustentabilidade a desconformidade entre o consumo, a produção e o descarte nas sociedades humanas.  
II. A sustentabilidade apenas existe nas sociedades industrializadas, de forma que as sociedades como as indígenas ou mesmo outras na África e Ásia não possuem a sustentabilidade nos seus modelos produtivos.
III. A sustentabilidade se caracteriza pelo equilíbrio entre produção, consumo e natureza nas sociedades humanas; um exemplo disso é o modelo de produção das sociedades indígenas.
Indique abaixo a alternativa correta:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
Somente a afirmativa III é correta
	Respostas:
	a. 
Somente a afirmativa I é correta.
	
	b. 
Somente a afirmativa II é correta.
	
	c. 
Somente a afirmativa III é correta
	
	d. 
Somente as afirmativas I e II são corretas.
	
	e. 
Somente as afirmativas II e III são corretas.
	Comentário da resposta:
	Resposta correta: c) Somente a afirmativa III é correta
A sustentabilidade é dada pelo equilíbrio entre produção, consumo e descarte presente em qualquer sociedade, seja ela em níveis tecnológicos diferentes dos ocidentais, como as sociedades indígenas, seja ela presente na moderna sociedade industrial. Além disso, a sustentabilidade pressupõe qualidade de vida aos membros de uma comunidade.
	
	
	
· Pergunta 6
1 em 1 pontos
	
	
	
	“O vício enorme e radical na construção da Confederação atual está no princípio da legislação para Estados ou governos em seu caráter de corporações ou coletividades, em contraposição à legislação para os indivíduos que os compõem. Embora não se estenda a todos os poderes conferidos à União, esse princípio invade e governa aqueles de que depende a eficácia dos demais. Exceto no tocante à honra de rateio, os Estados Unidos têm direito ilimitado a requisitar homens e dinheiro; mas não têm autoridade para mobilizá-los por meio de normas que se estendam aos cidadãos da América. A consequência é que, embora em teoria as resoluções da União referentes a essas questões sejam leis que se aplicam constitucionalmente aos seus membros, na prática elas são meras recomendações que os Estados podem escolher observar ou desconsiderar” (MADISON, James; HAMILTON, Alexander; JAY, John. Os artigos federalistas, 1787-1788, pp. 160-161. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993).
O pensamento federalista norte-americano constitui no século XVIII um importante marco para a consolidação da democracia. Leia abaixo as afirmações abaixo e assinale a alternativa correta:
I. Os princípios fundamentais do federalismo consistem na ampliação da participação política, divisão dos poderes e eleição dos ocupantes dos cargos legislativo e executivo.
II. Montesquieu concebe a divisão dos poderes e, assim como Locke, concebeu instituições que fossem capazes de limitar a ação do Estado contra as liberdades individuais.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	b. 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e I é consequência da II.
	Respostas:
	a. 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma consequência da I.
	
	b. 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e I é consequência da II.
	
	c. 
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
	
	d. 
A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
	
	e. 
As asserções I e II são proposições falsas
	Comentário da resposta:
	Resposta correta: b) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a I é consequência da II. 
Deve-se considerar que o pensamento de Locke e Montesquieu são anteriores à Revolução Americana, a qual foi influenciada pelos princípios desses filósofos. 
	
	
	
· Pergunta 7
1 em 1 pontos
	
	
	
	“Há alguns anos, em relato sobre o julgamento de Eichmann em Jerusalém, mencionei a banalidade do mal. Não quis, com a expressão, referir-me a teoria ou doutrina de qualquer espécie, mas antes a algo bastante factual, o fenômeno dos atos maus, cometidos em proporções gigantescas; atos cuja raiz não iremos encontrar em uma especial maldade, patologia ou convicção ideológica do agente; sua personalidade destacava-se unicamente por uma extraordinária superficialidade” (ARENDT, Hannah. A dignidade da política: ensaios e conferências. Trad. Antonio Abranches. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1993, p. 145).
A respeito do conceito de banalidade do mal elaborado por Hannah Arendt, indique a alternativa correta:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
Demonstra a falta de responsabilidade e renúncia pela capacidade de pensar sobre os limites do uso da razão e da obediência cega e absoluta às leis.
	Respostas:
	a. 
Demonstra a falta de responsabilidade e renúncia pela capacidade de pensar sobre os limites do uso da razão e da obediência cega e absoluta às leis.
	
	b. 
Sugere que é legitimo e racional obedecer às leis sejam quais forem as circunstâncias.
	
	c. 
Revela a apatia diante do mal, restrita aos grupos marginalizados da sociedade.
	
	d. 
Afirma que não é possível responsabilizar indivíduos que realizam atos bárbaros, pois perderam a capacidade de refletir.
	
	e. 
Representa uma dimensão religiosa, expressão do dualismo entre fé e pecado, bem e mal, paz e guerra, amor e ódio.
	Comentário da resposta:
	Resposta correta: a) Demonstra a falta de responsabilidade e renúncia pela capacidade de pensar sobre os limites do uso da razão e da obediência cega e absoluta às leis.
Segundo Hannah Arendt, a banalidade do mal é o fenômeno da recusa do caráter humano do homem, alicerçado na negativa da reflexão e na tendência em não assumir a iniciativa própria de seus atos. Quando o indivíduo se afasta da responsabilidade e do domínio de suas atitudes, pensamentos e comportamento, fatalmente, não realiza o exercício da reflexão, desconectando-se do sentido do que é ser humano. O campo éticoé “engolido” pela visão limitada e empobrecida dessa relação; está, portanto, instalado o estado de banalização do mal, no qual nem a violência nem a agressividade perturbam a ordem social. Partindo desse pressuposto, é possível compreender como a sociedade consegue se manter mesmo diante de situações caóticas, como foi o nazismo, as grandes guerras e, atualmente, a desigualdade social. A banalidade do mal, portanto, é fruto de uma sociedade inspirada num grau e defesa da racionalidade, seja ela moral ou jurídica, sem que se façam reflexões ou críticas contra essa racionalidade.
	
	
	
· Pergunta 8
0 em 1 pontos
	
	
	
	“Na década de 1990, o Terceiro Setor surge como o portador de uma nova e grande promessa: a renovação do espaço público, o resgate da solidariedade e da cidadania, a humanização do capitalismo e, na medida do possível, a superação da pobreza. Uma promessa realizada através de atos simples e fórmulas antigas, como o voluntariado e filantropia, revestidas de uma roupagem mais empresarial. Promete-nos, implicitamente, um mundo onde são deixados para trás os antagonismos e conflitos entre classe e, se quisermos acreditar, promete-nos muito mais” (FALCONER, Andrés Pablo (1999). A promessa do Terceiro Setor: um estudo sobre a construção do papel das organizações sem fins lucrativos e de seu campo de gestão. Dissertação de Mestrado, p. 9. São Paulo: Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP-SP, 1999).
A respeito da participação do chamado terceiro setor nas práticas em torno do desenvolvimento sustentável, assinale a alternativa correta abaixo:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	d. 
Os posicionamentos favoráveis ao terceiro setor revelam a importância da ação interventora do Estado na área econômica, social e ambiental com o objetivo de produzir o chamado desenvolvimento sustentável. Considera-se a ineficiência do setor privado nas práticas sustentáveis.
	Respostas:
	a. 
Para os críticos do terceiro setor, trata-se da terceirização ou privatização de prerrogativas fundamentais da ação do Estado, que deveria, por meio dos impostos pagos por cidadãos, zelar pela redução de desigualdades sociais e proteção do meio ambiente.
	
	b. 
Os críticos do terceiro setor afirmam a defesa do Estado neoliberal, tendo em vista a ineficiência gerencial do próprio Estado, além da escassez de recursos para a prática do desenvolvimento sustentável.
	
	c. 
Um dos argumentos empregados pelos posicionamentos favoráveis ao terceiro setor é o fato de que ele atua de forma independente do Estado e do mercado, procurando lucros que sejam revertidos em práticas de desenvolvimento sustentável.
	
	d. 
Os posicionamentos favoráveis ao terceiro setor revelam a importância da ação interventora do Estado na área econômica, social e ambiental com o objetivo de produzir o chamado desenvolvimento sustentável. Considera-se a ineficiência do setor privado nas práticas sustentáveis.
	
	e. 
Argumentos críticos e favoráveis ao terceiro setor coincidem no que diz respeito à defesa das chamadas ONGs, ou seja, na realização das políticas de bem-estar social por meio da privatização e terceirização dos compromissos do Estado junto à população e ao meio ambiente.
	Comentário da resposta:
	Resposta correta: a) Para os críticos do terceiro setor, trata-se da terceirização ou privatização de prerrogativas fundamentais da ação do Estado, que deveria, por meio dos impostos pagos por cidadãos, zelar pela redução de desigualdades sociais e proteção do meio ambiente.
Os críticos ao terceiro setor o relacionam com o neoliberalismo, o que implica afirmar a não mais responsabilização do Estado nas suas práticas fundamentais como, por exemplo, reduzir desigualdades, promover a cidadania e proteger o meio ambiente. Os argumentos favoráveis demonstram a possibilidade de parcerias entre o terceiro setor, o Estado e empresas, qualificando a imagem das organizações privadas perante os consumidores ao contribuir com práticas de desenvolvimento sustentável.
	
	
	
· Pergunta 9
0 em 1 pontos
	
	
	
	“Cidadania é o status daqueles que são membros de uma comunidade e são por ela reconhecidos. É, também, o conjunto de direitos e deveres que um indivíduo tem diante da sociedade da qual faz parte. Historicamente e genericamente, a cidadania tem uma referência espacial, constituída da relação dos indivíduos com um dado território (organização sociopolítica do espaço)” (COSTA, M. I. S.; IANNI, A. M. Z. O conceito de cidadania. In: Individualização, cidadania e inclusão na sociedade contemporânea: uma análise teórica, p. 47. São Bernardo do Campo: Editora UFABC, 2018).
A respeito da concepção de cidadania, indique a alternativa correta:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	d. 
O conceito de cidadania dos antigos revela a inovação política ao elaborar a divisão dos poderes ao lado da participação direta dos cidadãos nas instituições públicas.
	Respostas:
	a. 
O conceito de cidadania pode ser identificado em diferentes épocas e sociedades a partir da concepção de democracia, representação política e formação de parlamentos.
	
	b. 
O conceito de cidadania na modernidade expressa a liberdade que confere ao indivíduo a participação direta nos negócios do governo, aproximando-se dos ideais de cidadania da Antiguidade.
	
	c. 
O conceito de cidadania é uma construção que está em permanente transformação, variando conforme o período histórico e demandas sociais específicas a cada sociedade.
	
	d. 
O conceito de cidadania dos antigos revela a inovação política ao elaborar a divisão dos poderes ao lado da participação direta dos cidadãos nas instituições públicas.
	
	e. 
O conceito de cidadania apenas existe na modernidade, enquanto os antigos desconheciam essa concepção porque todas as cidades no passado eram governadas por tiranos.
	Comentário da resposta:
	Resposta correta: c) O conceito de cidadania é uma construção que está em permanente transformação, variando conforme o período histórico e as demandas sociais específicas a cada sociedade.
Lembre-se que o conceito de cidadania está em permanente transformação e acompanhando as modificações sociais, variando de sociedade para sociedade e variando conforme o contexto histórico.
	
	
	
· Pergunta 10
1 em 1 pontos
	
	
	
	“[...] acredito que a ‘política racial’ [do Brasil] não precisa seguir os rumos do mundo anglo-saxão. Os Estados Unidos vivem ‘surtos’ de universalismo dentro do seu particularismo histórico, como, por exemplo, no movimento dos direitos civis na década de 1960, e mesmo agora, vozes de pessoas que se consideram ‘misturadas racialmente’, ainda tímidas, surgem para reivindicar identidades sociais além das categorias ‘raciais’ existentes. O Brasil vive ‘surtos’ de particularismo dentro de seu universalismo constitucional e consentido: afinal, como reza o dito popular, ‘na prática a teoria é outra’. Mas nem por isso precisamos descartar a ‘democracia racial’ como ideologia falsa. Como mito, no sentido em que os antropólogos empregam o termo, é um conjunto de ideias e valores poderosos que fazem com que o Brasil seja o ‘Brasil’, para aproveitar a expressão de Roberto DaMatta. Como tal, é seguramente nada desinteressante num mundo assolado pelos particularismos ‘raciais’, ‘étnicos’ e ‘sexuais’ que alhures produzem sofrimento e morte no pretenso caminho da igualdade (FRY, Peter. O que a Cinderela Negra tem a dizer sobre a “política racial” no Brasil. Revista da USP, São Paulo, n. 28, p. 134, 1995/1996).
Leia as asserções abaixo:
I. Florestan Fernandes critica o pensamento de Gilberto Freyre sobre a formação do Brasil por apresentar o mito da democracia. Trata-se da ideia de que há uma ideologia entre os brancos que estabeleceu a falsa ideia de que a escravidão no período colonial foi pacífica, promovendo a integração da população negra na sociedade.
II. Gilberto Freyre é um crítico do racismo, por isso considera que as relações sociais no Brasil são marcadas por ampla violência, desigualdades e exclusão da população negra, sobretudo as mulheres. 
Indiqueabaixo a alternativa correta:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
	Respostas:
	a. 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma consequência da I.
	
	b. 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e I é consequência da II.
	
	c. 
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
	
	d. 
A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
	
	e. 
As asserções I e II são proposições falsas.
	Comentário da resposta:
	Resposta correta: C) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
A crítica de Florestan Fernandes a Gilberto Freyre se refere à elaboração do mito da democracia racial, o que significa dizer que Freyre nega a existência do racismo no Brasil e observa a integração entre brancos e negros como pacífica. Para Florestan, trata-se de uma ideologia do branqueamento promovido pelas elites brasileiras.