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Sepse Interna de Medicina: Larissa Cardoso Definição Disfunção orgânica potencialmente fatal causa da por uma resposta imune desregulada a uma infecção, originará por qualquer agente infeccioso, vírus, fungos ou bactérias (Sepsis-3). SIRS Temperatura maior que 38°C ou menor que 36°C. Frequência cardíaca acima de 90 bpm. Frequência respiratória maior que 20 ipm, ou PaCO2 menor que 32 mmHg, ou ainda necessidade de ventilação mecânica por um processo agudo. Leucocitose maior que 12.000/mm3 ou leucopenia menor que 4.000/mm3, ou ainda presença de mais de 10% de formas imaturas (bastonetes). 2 ou mais critérios qSOFA (quick SEQUENTIAL ORGAN FAILURE ASSESSMENT SCORE) Triagem FR > = 22 FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA Glasgow < = 13 NÍVEL DE CONSCIÊNCIA PAS < = 100mmHg PA SISTÓLICA SOFA Somando 2 ou mais pontos = maior mortalidade PaO2/FiO2RESPIRAÇÃO Plaquetas Bilirrubina total Pressão Arterial Média Escala de Coma de Glasgow COAGULAÇÃO HEPÁTICO CARDIOVASCULAR SNC Creatinina ou Débito urinário RENAL Grupos especiais para diagnóstico Apenas 1 critério alterado do qSOFA já é preditor de risco para alta mortalidade INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA DPOC IMUNOSSUPRESSÃO IDADE ACIMA DE 65 ANOS INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA Fisiopatologia ENDOTÉLIO Aumento da liberação de fatores teciduais (PAF) e mediadores lipídicos (PGs, LTs, TX). Liberação de citocinas pró inflamatória (TNF-alfa, IL1, IL6, IL17), ativação do complemento. CÉLULAS INFLAMATÓRIAS VASODILATAÇÃO COAGULOPATIA FEBRE ENFRAQUECIMENTO CAPILAR HIPOPERFUSÃO TECIDUAL PRODUÇÃO DE ALBUMINA VÔMITOS AUMENTO DA DEMANDA DE O2 + Manifestações clínicas Taquicardia, taquipneia, pulsos finos, PA divergente, TEC prolongado, extremidades frias, cianose, livedo CARDIOVASCULARES Oligúria, elevação das excretas nitrogenadas RENAIS SÍndrome do desconforto respiratório aguda RESPIRATÓRIO Redução da motilidade intestinal e translocação bacteriana DIGESTIVO Encefalopatia e neuropatia periférica NERVOSO Acidose metabólica, hiperglicemia, insuficiência adrenal OUTROS Grupos de risco Bebês prematuros Lactentes < 1 ano Idosos > 65 anos Doenças crônicas Usuário de álcool/drogas Indivíduos HIV+ Pacientes em quimioterapia ou com queimaduras Principais exames complementares para diagnóstico USG point of care Hemocultura EAS e urocultura Radiografia de tórax Cultura de secreção traqueal USG de abdome TC de tórax TC de abdome Líquor MEDIR LACTATO OBTER HEMOCUL TURAS VASOPRES SORES ANTIBIÓTI CO RESSUSCIT AÇÃO VOLÊMICA Protocolo de 1a hora Sepsis Surviving Campaing Se > 2mmol/L, repetir após correção. Iniciar antibioticoterapia de amplo espectro. Usar vasopressores se PAM < 65mmHg após expansão. Iniciar cristaloide 30ml/kg Monitorizar hemodinâmica Necessidade de altos volumes de cristalóides = fazer albumina? Vasopressores Norepinefrina é a 1a escolha Associação com vasopressina nos refratários Uso de dobutamina se baixo débito (choque cardiogênico associado) Corticosteroides se não houver resposta às aminas vasoativas Etiologia e terapia antimicrobiana 7 a 10 dias Fonte: Medicina de Emergência - abordagem prática (14a edição). Condições propícias a Pseudomonas aeruginosa Pneumonia em pacientes em Ventilação mecânica/UTI Pacientes com fibrose cística Otite externa maligna ITU (principalmente se sonda vesical de demora e ostomias) Queimaduras Lactentes debilitados ou RN prematuros Infecções oculares graves Meningites por punção lombar Após ressuscitação inicial Parâmetros a serem avaliados 01 03 05 02 04 PVC Manter entre 8-12 mmHg DÉBITO URINÁRIO DU >= 0,5ml/kg/hora LACTATO Normalização PAM Manter > = 65 mmHg SATURAÇÃO Manter Satv O2 > 70% Choque séptico Necessidade de vasopressor para manter PAM>= 65 mmHg, ou seja, hipotensão refratária a volume e lactato persistente acima de 2mmol/L. Outras terapias HEMOTRANSFUSÃO Se Hb<7g/dL FOCO INFECCIOSO Retirada de dreno, drenagem de abcesso VENTILAÇÃO MECÂNICA VC: 6mL/kg de peso Pressão platô <= 30 cmH2O Posição prona/ cabeceira elevada PROFILAXIAS TVP Úlcera de estresse CONTROLE GLICÊMICO Insulina quando glicemia >180 mg/dL Referências Seymour CW, Liu VX, Iwashyna TJ, et al. Assessment of Clinical Criteria for Sepsis: For the Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (Sepsis-3). JAMA. 2016;315(8):762–774. doi:10.1001/jama.2016.0288 Howell MD, Davis AM. Management of Sepsis and Septic Shock. JAMA. 2017;317(8):847–848. doi:10.1001/jama.2017.0131 Singer M, Deutschman CS, Seymour CW, Shankar-Hari M, Annane D, Bauer M, et al. The Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (Sepsis-3). JAMA. 2016 Feb 23. 315 (8):801-10. The society of critical care medicine and the European society of Intensive Care Medicine. Surviving Sepsis Campaign - Hour-1 Bundle. Initial Resusccitation for Sepsis and Septic Shock. Disponível em: https://sccm.org/getattachment/SurvivingSepsisCampaign/Guidelines/Adult-Patients/Surviving-Sepsis-Campaign-Hour-1-Bundle.pdf? lang=en-US. Acesso em 26/04/2021. Shankar-Hari M, Phillips GS, Levy ML, Seymour CW, Liu VX, Deutschman CS, et al. Developing a New Definition and Assessing New Clinical Criteria for Septic Shock: For the Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (Sepsis-3). JAMA. 2016 Feb 23. 315 (8):775-87. De Backer D, Dorman T. Surviving Sepsis Guidelines: A Continuous Move Toward Better Care of Patients With Sepsis. JAMA. 2017;317(8):807–808. doi:10.1001/jama.2017.0059 VELASCO, Irineu Tadeu et al. Medicina de emergência: abordagem prática. 14a Edição. Editora Manole. São Paulo, 2020.
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