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Radiografia digital

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RADIOGRAFIA DIGITAL 
Menos de 1 século depois da primeira radiografia odontológica, a radiografia digital já estava sendo inventada e 
utilizada. A radiografia digital tem importância devido as vantagens que traz., devido as possibilidades de correção da 
imagem, podemos reduzir a dose de radiação e eliminação do processamento químico. Também aumenta os recursos 
para facilitar o diagnóstico (zoom, brilho e contraste), tem possibilidade de envio via internet e armazenamento em 
nuvens eletrônicas. Também possui desvantagens: alto custo inicial para profissionais autônomos, requer treinamento 
profissional e em casos de danos tem que haver reposição de receptores por completo. A natureza da imagem digital 
é totalmente da convencional pois são adquiridas de maneiras diferentes. 
Os filmes radiográficos convencionais são expostos e dependendo do material os fótons de raio X vão ser mais 
atenuados ou menos e então vão atingir o filme de forma e intensidade diferentes. A sensibilização dos cristais de 
prata (natureza química do filme) é feita de forma que no processamento químico, a imagem se forme. Isto significa 
que na radiografia convencional, a imagem radiográfica é determinada pelo tamanho e concentração de prata 
metálica sensibilizada pelos feixes de raios X. Dessa forma, a imagem apresenta-se contínua e ininterrupta, e os tons 
de cinza se intercalam de maneira sutil. Com isso, a radiografia convencional pode ser considerada um meio analógico, 
no qual as diferenças no tamanho e distribuição dos cristais de prata metálica resultam em uma escala de densidade 
contínua. Quando a radiografia convencional é interpretada, utilizando-se um negatoscópio e lupa, a imagem das 
diferentes densidades dos grãos de prata é percebida pelo olho humano como tons de cinza. 
Nos sistemas de digitais, as coisas mudam, principalmente a natureza da imagem. A imagem agora é numérica e 
depende da disposição de pixels e do tom de cinza de cada pixel. Há a exposição do filme digital e a atenuação dos 
fótons ocorre da mesma maneira. Agora, o que muda é a sensibilização, pois não mais cristais de prata, e sim uma 
conversão analógico-digital de um estímulo elétrico em um estímulo digital, em números que vão representar a 
imagem que será visualizada na tela de um computador. 
PIXEL: menor unidade de formação da imagem digital, cada pixel tem uma tonalidade de cinza diferente, variando do 
preto ao branco. Cada pixel terá um valor correspondente à intensidade média dos fótons que atingiram a sua área 
correspondente. Os valores numéricos que estes elementos apresentam corresponderão ao tom de cinza e a posição 
na qual o pixel aparecerá no monitor. Um aspecto fundamental dos sistemas digitais é o tamanho do pixel do receptor 
de imagem, o que seria comparável ao tamanho dos grãos de prata da emulsão do filme convencional. 
MATIZ: é o conjunto de linhas e colunas de pixel e influencia da qualidade da imagem. Se aumentar o tamanho da 
matriz e diminuir o tamanho do pixel, a resolução da imagem aumenta. Pode ter 2048x2048, 512x512, 24x24 e mais. 
BITS: é a linguagem digital, a menor unidade de informação representada pelos número 0 e 1 (números binários) e 
pode ser armazenada e transmitida. Cada pixel tem 8 bits, então um sistema com imagem de 8 bits, tem que cada 
pixel pode fornecer 256 tons de cinza diferentes devido a combinação de 8 possibilidades de bits em sequência. A 
quantidade de zeros representa a quantidade de preto e a quantidade de 1 representa a quantidade de branco (um 
byte são 8 bits e ele fornece a possibilidade de 0 e 1 se organizarem de 256 formas diferentes). Aumentando o numero 
de bits por pixel, mais tons de cinza serão possíveis de atingir, mas para o olhar humano, isso não faz diferença, pois 
só conseguimos distinguir 30 tons de cinza (não faz diferença uma imagem 8-bit e 16-bit). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As propriedades essenciais para qualquer sistema de imagem digital são: (1) a imagem produzida deve apresentar 
qualidade suficiente para ser utilizada no diagnóstico; (2) a dose de radiação deve ser igual ou menor quando 
comparada a necessária para filmes convencionais; (3) as técnicas radiográficas digitais devem ser compatíveis com 
os aparelhos de raio X convencionais; (4) arquivamento da imagem em formato que não sofra compressão e que seja 
compatível com o padrão DICOM (incorruptível); (5) o tempo requerido seja igual ou menor ao necessário para a 
obtenção da imagem em filme convencional. 
MÉTODOS DE AQUISIÇÃO 
Existem três tipos de aquisição: (1) sistema indireto (digitalização de filmes convencionais); (2) sistema semi-direto 
(placas de armazenamento de fósforo); (3) sistema direto (sensores sólidos com tecnologia CCD e CMOS). Os 
receptores de imagem digitais, tanto os sensores sólidos quanto as placas de fósforo, podem ser utilizados na obtenção 
de radiografias intraorais (periapicais e interproximais) e radiografias extraorais. Somente as placas de fósforo estão 
disponíveis para realização de radiografias oclusais, uma vez que a fabricação de um sensor sólido com as dimensões 
de um filme oclusal seria muito dispendiosa. 
SISTEMA INDIRETO 
A aquisição radiográfica é convencional e faz-se a fotografia ou escaneia o próprio filme convencional e passa para o 
computador. O scanner deve ter um emissor de luz para funcionar e a foto deve ser feita contra um negatoscópio 
utilizando uma máscara negra. Vantagens de armazenamento das imagens no computador e possibilidade de 
manipulação da imagem. Desvantagens de aumento do tempo de trabalho, não eliminação do processamento químico 
e custo a mais dos scanners e câmeras digitais. 
SISTEMA SEMI-DIRETO 
Uso das placas de armazenamento de fósforo ao invés do filme convencional. Essa placa é exposta ao raio x e forma 
uma imagem latente sensível a luz que é escaneada por uma máquina específica e então se torna diretamente uma 
imagem digital e a placa de fósforo poderá ser usada novamente após a exposição devido a dessensibilização da placa 
de fósforo pela luz. As placas tem flexibilidade, espessura e tamanho semelhantes aos filmes convencionais (possui 
inclusive vários tamanhos que correspondem a variedade de tamanhos dos filmes convencionais) e 100% da placa é 
usada como área ativa para captação de imagem. Existem as placas de fósforo extraorais também que tem qualidade 
de imagem semelhantes, mas possuem custo elevado e tem facilidade de danificar, apesar de diminuírem a dose de 
radiação e possuírem dimensões semelhantes aos filmes convencionais. A limpeza da placa é feita com gaze embebida 
com álcool 70% e toalhas fornecidas pelo próprio fabricante (placas sujam e arranham com facilidade). 
O sistema de placa de armazenamento de fósforo possui a vantagem de oferecer escala dinâmica mais ampla, sendo 
possível utilizar uma variedade maior de tempos de exposição produzindo imagens radiográficas de qualidade, 
apresentando dessa forma, menor risco de sub e superexposições levarem a uma imagem pouco ou muito densa a 
ponto de não poderem ser utilizadas, e diminuindo o número de repetições. Este fato deve ser avaliado com atenção 
já que o profissional que adquire um sistema digital semi-direto, na maioria das vezes não tem consciência da redução 
de dose de exposição permitida pelo sistema e acaba utilizando um tempo de exposição maior, superexpondo o 
paciente desnecessariamente, já que esse sistema lhe oferece uma imagem de qualidade numa larga faixa de tempos 
de exposição (alta escala dinâmica). Resumo: pode reduzir a dose de radiação. 
SISTEMA DIRETO 
Utilização de sensores sólidos de silício (chips) envolvidos em um invólucro plástico conectados por um cabo de fibra 
ótica a um computador, faz com que quando o sensor recebe a radiação logo ela aparece no computador (em 
segundos). Pode-se usar 2 tipos de sensores: CCD (dispositivo de carga acoplada) e CMOS (semicondutor de óxido de 
metal complementar). Os raios x quebram as ligações covalentes entre os silíciosdo sensor e isso gera elétrons livres 
em diversas proporções em áreas do sensor, caracterizando um estímulo elétrico. Os elétrons são agrupados em 
pacotes de carga elétrica, e são transferidos para um dispositivo amplificador. Estas informações na forma de carga 
elétrica são transferidas, por meio de um cabo de fibra óptica, para um conversor analógico-digital que transformará 
a informação da voltagem de cada ponto em unidades binárias que corresponderão a um determinado o valor de pixel 
correspondente a um tom de cinza. Dessa forma a imagem será visualizada no monitor do computador. Os sensores 
sólidos extraorais hoje em dia já são os mais utilizados e funcionam da mesma forma. 
Os sensores sólidos são bem espessos (5 a 7mm) e rígidos devido ao involucro plástico de proteção. A presença de um 
cabo piora ainda mais a situação, tornando o processo mais desconfortável para o paciente. Existem dois tamanhos 
disponíveis de sensores intraorais (infantil e adulto) e o tamanho da face ativa dele é menor que a do convencional. 
Existem posicionadores específicos para os sensores digitais. Essas são as desvantagens, além de ser caro. A aquisição 
da imagem é mais rápida e instantânea e a imagem digital tem todas as suas vantagens, além de que os sensores 
sólidos são mais resistentes (mas se quebrar tem que trocar tudo). A transmissão dos dados obtidos pelos sensores 
pode ser feita via USB (não requer espaço de trabalho, conecta em qualquer computador), wireless (longo alcance e 
precisa de uma unidade de transmissão), bluetooth (dispensa computador pois a tela está na unidade base) e 
radiofrequência (unidade base com antena). 
CARACTERÍSTICAS DAS RADIOGRAFIAS DIGITAIS 
- resolução de contraste: capacidade do sistema de distinguir diferentes tons de cinza na imagem e depende de: bits 
presentes no receptor (quanto mais bits, mais tons de cinza), monitor do computador e capacidade do observador 
- resolução espacial: capacidade de distinguir detalhes da imagem e diferenciar estruturas que estão próximas. 
Depende do tamanho dos pixels e do tamanho da matiz 
- escala dinâmica: faixa de exposição a radiação na qual o receptor consegue formar imagem útil para o diagnostico 
- sensibilidade: capacidade com que o receptor de imagem responde a quantidades pequenas de radiação (quanto 
maior a sensibilidade, menor a quantidade de radiação necessária para produzir imagem) e as placas de fósforo e os 
sensores são mais sensíveis que os filmes convencionais 
MANIPULAÇÃO DAS IMAGENS 
1) brilho: grau de escurecimento da imagem 
2) contraste: diferença entre os tons de cinza da imagem 
3) zoom: ampliação da imagem 
4) mensurações: medidas lineares e angulares 
5) filtros: ajuste da imagem para uma versão melhorada 
6) inversão: dos valores de cinza da imagem 
7) alto relevo/3D: atribui as estruturas de maior densidade 
8) pseudocolorização: transforma a escala de cinza em cores 
ASPECTOS LEGAIS 
Preocupação em relação a alteração das informações contidas na imagem, o que é quase impossível, pois o 
arquivamento da imagem está em uma plataforma incorruptível chamada de DICOM (.dcm). A apresentação do exame 
a outros profissionais pode ser por CD, pen drive, email ou impressa sem medo de alterações. 
IMPORTÂNCIA GERAIS DAS RADIOGRAFIAS DIGITAIS 
- otimização do processo de aquisição radiográfica 
- eliminação do processamento químico 
- arquivamento e compartilhamento de exames 
- dose de exposição reduzida para o paciente

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