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Odontologia UFPE – Radiologia I – 2020.1 Receptores e formação da Imagem Radiográfica Na atualidade costumamos utilizar receptores de imagens digitais ou filmes radiográficos; depois da descoberta dos raios X era utilizado um filme fotográfico para a aquisição da imagem radiográfica, com uma base feita de vidro; posteriormente, os filmes radiográficos foram desenvolvidos utilizando uma base de nitrato de celulose; algum tempo depois essa base foi substituída por uma base de poliéster. OBS.: A presença de chumbo nos filmes possibilitou a diminuição de uma radiação secundária. OBS.: A produção dos filmes de sensibilidade D, E e F, possibilitou o menor tempo de exposição do paciente aos raios X, sendo o F o mais sensível a radiação. Os receptores digitais precisam ter uma superfície que se molda a passagem do feixe de radiação e registre toda a informação do objeto; para a formação da imagem, os raios passam por esse objeto e sensibilizam o filme/receptor. Receptores de imagem – Filmes Os filmes radiográficos podem ser classificados como: Intrabucais e extrabucais. • Intrabucais: Periapicais, Oclusais e interproximais • Extrabucais: diversos tamanhos. Para a utilização dos filmes extrabucais, é necessária a utilização de placas intensificadoras, que são capazes de emitir luz, que em conjunto com os raios x, irão produzir a imagem necessária; essas placas intensificadoras possuem um revestimento plástico, uma camada de fosforo (cristais florescentes – formam luz) e uma base, que pode ser de papel cartão ou plástico. OBS.: Para a camada de fosforo é mais utilizada os elementos de terras raras, que absorvem cerca de 60% e convertem 18% em luz. OBS.: A importância da limpeza desses suportes, pois evita a presença de sujeiras, que formam artefatos na imagem, possibilitando erros no diagnóstico. Constituição dos filmes intrabucais: • Base: feita de poliéster; é translúcida (verde ou azul); é flexível • Camada adesiva (2): manter a emulsão firme. • Emulsão: dupla; feita de gelatina; com a presença de cristais de iodo e brometo de prata, que são responsáveis pela formação da imagem. OBS.: forma duas imagens que ficam sobrepostas. • Camada protetora: camada adicional de gelatina, da mesma que compõe a emulsão. • Embalagem: Papel preto (opaco a luz); lâmina de chumbo (reduz a radiação secundária, diminui o velamento, aumenta a dureza do conjunto – possibilitando um melhor manuseio, decalque – que nos permite ver qual lado é o certo) envelope (a prova d’água). Constituição dos filmes extrabucais: • São compostos de cristais tabulares, antes eram circulares, que permitem um aumento da sensibilidade do filme. • Chassis ou cassete: colocamos o filme ou a placa intensificadora Odontologia UFPE – Radiologia I – 2020.1 Intrabucais – Quanto ao tamanho: • Periapicais – 1: o 1.2 é o mais utilizado. • Interproximais – 2 • Oclusais – 3 Os intrabucais podem ser classificados quanto a quantidade – simples (uma película) ou duplo (duas películas); quanto a sensibilidade, os mais usados são os D, E e F, desses, o D é o menos sensível, necessitando de uma quantidade a mais de radiação/exposição. OBS.: a sensibilidade é aumentada, pois houve um achatamento dos cristais aumentando a superfície de contato dos cristais. OBS.: Redução de 50% do D → E; redução de 20 a 25% do E → F. Quanto ao armazenamento: evitar: calor, umidade, contato com produtos químicos e raios X. Imagem Latente É uma imagem invisível, que é formada no receptor de imagem e se fixa no filme/receptor após a ação dos produtos químicos do processamento. Quando o feixe de raios x atinge o cristal, ele libera elétrons; os elétrons percorrem o cristal em busca de uma região mais neutra no cristal (uma região de maior estabilidade) , introduzida com um sulfito; o elétron atinge o átomo de prata, na chamada porta de entrada (a região neutra), os elétrons levam outros elétrons com eles, e se depositam nesse átomo que tem a sua superfície aumentada, sendo chamado de centro de desenvolvimento – porta de entrada para a solução reveladora. Imagem Digital É composta por pedacinhos(pixels) que compõem a imagem radiográfica, com diversos tons de cinza, branco ou preto. Cada pixel recebe um numero que corresponde a uma tonalidade de cor, de 0 ou 1, chamado de byts (0 – passa corrente / 1 – não passa corrente); em um diagnostico geral, um sistema de 8bits(256 tons) atende a expectativa, embora tenhamos sistemas com até 16bits(65536 tons). Esses pixels são organizados em fileiras, essas fileiras são chamadas de matriz; • Quanto maior a matriz: maior a magnificação da imagem no monitor; maior necessidade de memória no computador. • Quanto menor a matriz: menor a magnificação da imagem no monitor; menor necessidade de memória no computador. Tipos de aquisição da imagem digital: • Indireta – filmes digitalizados; Scanear filmes revelados; filmagem e fotografias – aumento do tempo de trabalho. Vantagens: Possibilidade de manipulação digital das imagens; pode recuperar radiografias subexpostas. Desvantagens: Maior tempo de trabalho; não recupera radiografias superexpostas; alto custo do scanner e das câmeras digitais. Odontologia UFPE – Radiologia I – 2020.1 • Semidireta – sistemas de placas de armazenamento de fósforo; A imagem radiográfica digital é obtida por meio de placas de armazenamento de fósforo, que ao serem expostas aos raios X, armazenam uma imagem latente, sendo necessário o escaneamento da placa, leitura, para a visualização da imagem no monitor do computador. - As dimensões são as dos filmes convencionais; são flexíveis; tem scanner apropriados; ampola de escala dinâmica. A placa é colocada em um scanner em que será varrida por um feixe de luz vermelha, estimulando a produção da imagem na cor verde; o sistema capta a luz verde e converte em imagem digital. Para reutilizar a placa é necessária uma exposição por uma luz intensa, para tirar a imagem latente que foi fixada nela. • Direta – Sistemas CCD/CMOS O filme convencional é substituído por sensores sólidos que apresentam um chip, podendo ser do tipo CCD ou CMOS, eles são conectados ao computador, produzem uma imagem quase que instantânea; são rígidos; possuem maior espessura; tem uma escala dinâmica reduzida (pouco tempo de exposição aos raios para produção da imagem) Sistema CDR Wirelless: sensor intrabucal do tipo CMOS; transmite as imagens por radiofrequência; sem cabo de fibra óptica; visualização das imagens em poucos segundos. Sistema Wirelless System Myray: Tecnologia bluetooth – o USB/Pendrive funcionava como uma antena receptora da imagem; o sensor intrabucal capta a imagem e converte em onda de bluetooth e envia diretamente para o computador por meio da “antena”. OBS.: o sensor não pode ser exposto ao autoclave nem a substâncias limpantes; então o sensor deve ser coberto por plástico. Referências: FREITAS, A.; ROSA, J.; SOUZA, I. F. Radiologia Odontológica. 6ª edição. Artes Médicas. HAITER NETO, F; MELO, D. P. Radiografia digital. Revista da ABRO. São Paulo. p 5 – 17. 2009.
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