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1 Prof. Jorge Marcelo Titiry Pinto e-mail: edfisica.fisioprof@gmail.com 2 SSUUMMÁÁRRIIOO UNIDADE 1 – Generalidades (parte 1) .................................................. 03 Unidade 1 – Sistema Esquelético/Osteologia (parte 2) .......................... 16 Unidade 2 – Sistema Articular ................................................................ 28 Unidade 3 – Sistema Muscular ................................................................ 37 Unidade 4 – Sistema Cardiovascular ...................................................... 45 Unidade 5 – Sistema Linfático ................................................................ 84 Referências ................................................................................................ 90 3 UUnniiddaaddee 11 –– GGeenneerraalliiddaaddeess 11.. IInnttrroodduuççããoo Evolução da Anatomia ao longo do tempo Século II Galeno – ▪ Dissecava somente animais e comparava com a humana ocasionando erros. ▪ Proibição do estudo da anatomia humana e animal por 700 anos com a ascensão do cristianismo. ▪ Século III Herófilo - ▪ Dissecou o corpo humano, tamanho dos órgãos, descreveu o fígado cérebro e órgãos sexuais. ▪ Século III A.C Erasístrato – Considerado o pai da fisiologia fundou a escola de medicina de Alexandria impulsionando a anatomia. ▪ Século III 150 A.C a dissecação é proibida por motivos éticos e religiosos. ▪ História 460 – 377 A.C Século V - ▪ Hipócrates pai da medicina. ▪ Século V A.C ▪ Aristóteles - fundador da anatomia comparativa deu nome a aorta e fez a diferença das veias para as artérias. ▪ Século XV Renascimento da Ciência - Anatomia volta a ser estudada. Evolução Século XV – ▪ Mondino de Luzzi preparou o guia de dissecação. Século XV – • Leonardo da Vinci fez 1452 a 1519 – fez desenhos do esqueleto humano, músculos, nervos e vasos e completou com anotações fisiológicas e representação do feto no útero. Homem vitruviano 4 Século XV • Leonardo da Vinci faz a figura do homem vitruviano estudo das proporções do corpo humano 3. Divisão da Anatomia • Anatomia - divisão macroscópica e microscópica (histologia estudo dos tecidos do organismo). • Anatomia macroscópica ou cadavérica através da dissecação de cadáveres. Anatomia Humana = é a ciência que estuda macroscopicamente as diferentes estruturas que formam o organismo humano. Do latim Ana = em partes; tomain = cortar; método de estudo que utiliza a dissecção. (DANGELO & FATTINI, 2007) 5 A anatomia está para a fisiologia assim como a geografia está para a história, isto é, ela provê o local dos eventos. Embora o interesse primordial da anatomia esteja na estrutura, a estrutura e a função devem ser consideradas simultaneamente. Fisiologia é o estudo a função do corpo humano. Anatomia e fisiologia são ambas as subdivisões da biologia que é a ciência que estuda os organismos vivos. Fisiologia deriva do grego estudo da natureza (a natureza de um organismo é uma função). Ramos da Anatomia Citologia → Estudo da célula Histologia → Estudo dos tecidos e da formação dos órgãos Embriologia → Estudo do desenvolvimento do indivíduo Anatomia Radiológica → Estudo por meio de Raios X Anatomia Antropológica → Estudo dos tipos raciais Anatomia Biotipológica → Estudo dos tipos morfológicos Anatomia Comparativa → Estudo comparado de espécies Anatomia de Superfície → Estudo dos relevos morfológicos superficiais 6 Terminologia anatômica A anatomia tem sua linguagem própria, obedecendo à Terminologia Anatômica Internacional (International Anatomical Terminology). Os termos anatômicos são expressos em latim e traduzidos pelos seus países. Aqui no Brasil, a terminologia é traduzida pela Comissão de Terminologia Anatômica da Sociedade Brasileira de Anatomia. NNOOMMEENNCCLLAATTUURRAA AANNAATTÔÔMMIICCAA Critérios para adoção de nomes anatômicos: Forma: músculo trapézio Trajeto: artéria circunflexa da escápula Relação com o esqueleto: artéria radial Conexões ou inter-relações: ligamento sacro-ilíaco Função: músculo levantador da escápula Critério misto: músculo flexor superficial dos dedos (função e situação) Variação Anatômica São diferenças existentes na morfologia do corpo, mas que, no entanto, não causam prejuízo funcional ao indivíduo que possui. A variação anatômica pode ser interna ou externa. Fatores gerais de variação: Existem vários fatores que determinam à variação anatômica: • → idade; → sexo; → raça; → biótipo → tipo médio • →tipos extremos = longilíneos e brevilíneos. A Nomenclatura Anatômica é o conjunto de termos empregados para designar e descrever o organismo ou suas partes. A língua oficialmente adotada é o latim, por ser uma língua “morta”. 7 8 Normalidade → padrão que ocorre no corpo do indivíduo, ocorre na maioria dos casos, é mais frequente estatisticamente. Ex.: o coração, normalmente, se localiza na região do mediastino médio. Anomalia → Variações morfológicas que acarretam prejuízo funcional. Ex.: o indivíduo nascer com um dedo a mais em uma das mãos. 9 Monstruosidade →Anomalia acentuada incompatível com a vida. Ex.: Agenesia (não formação) do encéfalo. PPOOSSIIÇÇÃÃOO AANNAATTÔÔMMIICCAA Objetivo: Posição padrão para evitar termos diferentes nas descrições anatômicas convencionou-se uma posição padrão denominada posição de descrição anatômica ou posição anatômica, que facilita o estudo em anatomia. Posição bípede (em pé); Corpo ereto; Face voltada para frente; Membros superiores estendidos ao longo do corpo, com as palmas das mãos voltadas para frente; Membros inferiores unidos, com as pontas dos pés voltadas para frente. 10 PPLLAANNOOSS DDEE DDEELLIIMMIITTAAÇÇÃÃOO Anterior ou Ventral Posterior ou Dorsal Superior ou Cranial Inferior ou Podálico Lateral PPLLAANNOOSS DDEE SSEECCÇÇÃÃOO (Dividir/Cortar) • SAGITAL - Divide o corpo em 2 partes simétricas (Direita e Esquerda) • FRONTAL OU CORONAL - Divide o corpo em 2 partes diferentes (Anterior e Posterior) • TRANSVERSAL OU HORIZONTAL - Divide o corpo em 2 partes diferentes (Superior e Inferior) EEIIXXOOSS DDEE MMOOVVIIMMEENNTTOO • LÁTERO LATERAL Cruza os lados direito e esquerdo, orientando os movimentos de Flexão e Extensão, perpendicular ao Plano Sagital • ÂNTERO POSTERIOR Cruza as partes anterior e posterior, orientando os movimentos de Abdução e Adução, perpendicular ao Plano Frontal • LONGITUDINAL OU CRÂNIO PODÁLICO Cruza as partes superior e inferior, orientando os movimentos de Rotação Medial e Rotação Lateral, perpendicular ao Plano Horizontal ou Transversal 11 DDIIVVIISSÃÃOO DDOO CCOORRPPOO HHUUMMAANNOO Cabeça → Crânio (crânio neural) – proteção do encéfalo → Face (crânio visceral) – sistemas viscerais Pescoço → União da cabeça com o tronco. Tronco → Tórax → Abdome → Pelve Membros → Superior (raiz, região do ombro e partes livres, braço, antebraço e mão). → Inferior (raiz, região do quadril e partes livres, coxa, perna e pé). 12 Termos de Direção: A posição dos órgãos é indicada em função dos planos de delimitações ou de secções. Mediano: são todas as estruturas localizadas no plano mediano (a / b / c); Medial / Lateral / Intermédio: Medial: que se situa próximo do plano mediano (f); Lateral: que se situaafastado do plano mediano (d); Intermédio: que se situa entre o medial e o lateral (e). 13 Anterior / Posterior / Médio: Anterior: que se situa próximo ao plano anterior (ventral) (i); Posterior: que se situa próximo ao plano posterior (ou dorsal) (g); Médio: que se situa entre o anterior e o posterior (h). Face Interna / Face Externo: Face Externa: região voltada para o exterior de uma cavidade (1); Face Interna: região voltada para o interior de uma cavidade (2). Termos Proximal e Distal Cavidades e Quadrantes O corpo humano possui inúmeros órgãos constituintes de seus sistemas. No entanto, esses órgãos estão em compartimentos chamados de cavidades. Podemos localizar esses compartimentos em duas cavidades: dorsal e ventral. Cavidade Dorsal: Cavidade Craniana; Cavidade Vertebral. Cavidade Ventral: Cavidade Torácica (c/ o mediastino); Cavidade Abdomino-pélvico: Cavidade abdominial; Cavidade pélvica. 14 A cavidade abdomino-pélvica é a região do corpo humana mais complexa, pois os órgãos se encontram muito próximos uns dos outros o que não permite a localização exata de uma possível dor. 15 Exercícios: 1. Descreva a posição anatômica. 2. Cite os princípios de construção do corpo humano. 3. Como se divide o corpo humano? 4. Defina plano sagital mediano e paramediano. 5. Escolha 1 termos de posição e explique. 6. Explique o plano de secção Horizontal. 7. Explique o plano de secção Frontal. 8. Diferencie os termos: médio e medial. 9. Explique os termos proximal e distal. 10. Diferencie os termos superficial e profundo. 11. Defina dois planos de delimitação, explique-os. 12. Cite o que são eixos do corpo humano e quais são eles? 13. Diferencie tecido, órgão, sistema orgânico e aparelho. 14. Quais são os conceitos de variação anatômica? 15. Cite os fatores de variação anatômica. 16 UUnniiddaaddee 11 -- SSIISSTTEEMMAA EESSQQUUEELLÉÉTTIICCOO // OOSSTTEEOOLLOOGGIIAA Osteologia é a parte da Anatomia Humana que estuda os ossos, que são estruturas rígidas, esbranquiçadas e resistentes, que apresentam, em um adulto, a quantidade de aproximadamente 206 ossos. Em conjunto, os ossos formam o esqueleto. Conceito e função: É o conjunto de ossos e cartilagens que se interligam para formar o arcabouço do corpo e desempenhar importantes funções como: sustentação, proteção, movimento, hematopoiese, armazenamento de gordura, armazenamento de minerais. FFUUNNÇÇÕÕEESS DDOO EESSQQUUEELLEETTOO ROTEÇÃO: protege de lesões órgãos vitais internos UPORTE: atua como arcabouço do corpo, dando sustentação aos tecidos moles e provendo pontos de fixação para a maioria dos músculos do corpo. OVIMENTO: músculos fixados ao esqueleto e ossos se relacionando por articulações móveis, determinam o tipo e a amplitude do movimento que o corpo é capaz de fazer. P S M Cavidade Craniana → Encéfalo Canal das Vértebras → Medula Espinal Caixa Torácica → Órgãos Torácicos Pelve Óssea → Bexiga Urinária Ex.: 17 EPÓSITO DE MINERAIS: Cálcio, fósforo, potássio e outros minerais são estocados nos ossos do esqueleto. Estes minerais podem ser mobilizados e distribuídos pelo sistema vascular sangüíneo e para outras regiões do corpo. EMATOPOIESE: A medula óssea vermelha de certos ossos produz as células sangüíneas encontradas no sistema circulatório. D H Porque Será que as Mulheres Dominam os Homens? 18 DDIIVVIISSÕÕEESS DDOO EESSQQUUEELLEETTOO Podemos dividir o esqueleto em duas grandes porções: Esqueleto axial: forma o eixo do corpo, e é composto pelos ossos da cabeça, pescoço e tronco (tórax e abdome) Esqueleto apendicular: forma os membros, está apensa ao esqueleto axial A união entre as duas é feita por cinturas: escapular, composta por escápula e clavícula, e pélvica, composta pelos ossos do quadril. CATEGORIA NÚMERO DE OSSOS ESQUELETO AXIAL CABEÇA COLUNA VERTEBRAL TÓRAX (COSTELAS/ESTERNO) 29 (22+7) 26 25 80 ESQUELETO APENDICULAR CINTURA ESCAPULAR MEMBROS SUPERIORES CINTURA PÉLVICA MEMBROS INFERIORES 04 60 02 60 126 TOTAL 206 206 19 20 TTIIPPOOSS DDEE EESSQQUUEELLEETTOO Podemos apresentar o esqueleto de várias formas, de acordo com o critério estabelecido: A – esqueleto articulado – as peças ósseas estão unidas. B – esqueleto desarticulado – as peças ósseas estão isoladas umas das outras. C – exoesqueleto – esqueleto externo, apresentado em alguns animais (p. ex.: tartaruga). D – endoesqueleto – esqueleto interno, apresentado em animais mais avançados na escala evolutiva e no próprio homem. CCLLAASSSSIIFFIICCAAÇÇÃÃOO DDOOSS OOSSSSOOSS LONGOS: Comprimento maior que a largura e espessura. Úmero Rádio Ulna Fêmur Tíbia Falanges Epífise e diáfise: Na Epífise: Medula óssea vermelha confere produção de células sanguíneas e hematopoese. Na Diáfise: Medula óssea amarela e armazenamento de gordura. 21 CURTOS: comprimento, largura e altura se equivalem. Carpo (mão) Tarso (pé) PLANOS OU LAMINARES: Comprimento e largura equivalentes, sendo maiores que a espessura. Escápula Frontal Parietal Occipital 22 IRREGULARES: Formas variadas, não se encaixando em nenhuma das categorias anteriores. Vértebras Esfenóide Etmóide PNEUMÁTICOS: Presença de cavidades com ar, cuja função é atuar na fala. Frontal Maxilar Esfenoide 23 SESAMÓIDES: o que os caracteriza é o local onde estão inseridos: dentro de cartilagem (tendão) ou dentro de cápsula articular. . Patela Pisiforme Hióideo 24 TTIIPPOOSS DDEE SSUUBBSSTTÂÂNNCCIIAA ÓÓSSSSEEAA • Substância Óssea Compacta (A): as lamínulas de tecido ósseo estão firmemente aderidas umas äs outras, sem espaço livre interposto. É um tipo mais denso e rijo. • Substância Óssea Esponjosa (B): as lamínulas de tecido ósseo são mais irregulares em forma e tamanho, deixando espaços entre si. • Periósteo: delicada membrana conjuntiva, revestindo todo o osso, exceto as superfícies articulares. EELLEEMMEENNTTOOSS DDEESSCCRRIITTIIVVOOSS DDAA SSUUPPEERRFFÍÍCCIIEE ÓÓSSSSEEAA Saliências Servem para articular ossos ou para fixar músculos, ligamentos, etc. Cabeça Superfície globosa, serve como superfície articular Côndilo Tubérculo ósseo arredondado que sustenta uma parte de uma articulação Face Superfície articular achatada ou pouco profunda Crista Superfície estreita e alongada. Serve como ponto de fixação Epicôndilo Processo proeminente acima ou lateralmente ao cöndilo, serve para fixação Eminência Superfície saliente, serve como ponto de fixação Tubérculo Uma pequena proeminência arredondada. Serve como ponto de fixação Tuberosidade Uma saliência rugosa, serve como ponto de fixação Trocânter Um grande processo para inserção muscular Processo Saliência óssea acentuada, serve como ponto de fixação Linha Crista pequena e pouco saliente, serve como ponto de fixação Espinha Superfície pontiaguda, serve como ponto de fixação Tróclea Superfície articular em forma de carretel. Depressões Assim como as saliências, podem ser articulares ou não. Fossa “Vala” rasa, normalmente para superfícies articulares Fosseta Uma pequena fossa Impressão Um pequeno sulco, uma marca pouco profunda Sulco Depressão alongada em forma de canaleta Fissura Depressão profunda, de formato pontiagudo Aberturas Destinadas à passagem de nervos e vasos, em geral. Forame Cavidade de transmissão para nervos e vasos Meato Ou canal, é uma passagem de formato tubular Óstios Entrada, abertura que liga duas estruturas PorosDenominação genérica para pequenos orifícios A B 25 Nutrição do osso Os ossos tem um suprimento abundante de vasos sanguíneos, ou seja, altamente vascularizados. As artérias do periósteo penetra no osso, irrigando-o e distribuindo-se na medula óssea. OBS.: sem o periósteo o osso deixa de ser nutrido e consequentemente morre. 26 Exercícios: 27 28 UUnniiddaaddee 22 –– SSiisstteemmaa AArrttiiccuullaarr Artrologia - Divisão da Anatomia Humana que estuda as Articulações ou Junturas. AARRTTIICCUULLAAÇÇÕÕEESS OOUU JJUUNNTTUURRAASS É a união de duas ou mais estruturas que podem ser ossos, cartilagens ou tecido fibroso. Esta união pode ou não permitir movimento livre, de acordo com o tipo de tecido e as características próprias das articulações. CCLLAASSSSIIFFIICCAAÇÇÃÃOO DDAASS AARRTTIICCUULLAAÇÇÕÕEESS • FIBROSAS – ou SINARTROSE (Syn = junto com; Arthron = articulação) → Articulação Imóvel • CARTILAGINOSAS – ou ANFIARTROSE (Amphi = ambos os lados; Arthron = articulação) → Articulação Semimóvel • SINOVIAIS – ou DIARTROSE (Diarthrosis = articulação móvel) → Articulação Móvel 29 FFIIBBRROOSSAASS oouu SSIINNAARRTTRROOSSEE Ossos mantidos juntos firmemente por tecido conjuntivo fibroso Articulações imóveis Dois tipos principais, classificados pelo comprimento das fibras que unem os ossos: Sutura – Fibras de conexão curtas, formando interdigitações (somente entre os ossos do crânio) Sindesmose – Fibras de conexão mais longas, formando bandas ou faixas (extremidades distais da tíbia) Articulação Tíbio-fibular distal (entre tíbia e fíbula, na parte inferior dos dois ossos) Suturas 30 Gonfose - Tem um processo cônico inserido em um encaixe ósseo. Este tipo é encontrado somente entre as raízes dentárias e os alvéolos da mandíbula e do maxilar. 31 CCAARRTTIILLAAGGIINNOOSSAASS oouu AANNFFIIAARRTTRROOSSEE Ossos unidos por cartilagem Permitem movimentos limitados. Sincondroses – Ossos são mantidos juntos por cartilagem hialina. . Temporária – A cartilagem é substituída por osso (epífises dos ossos longos) . Permanente – A cartilagem permanece inalterada (as dez primeiras costelas e suas cartilagens costais) Sínfises – Superfícies articulares dos ossos cobertas camada de cartilagem fibrosa (união entre os ossos púbicos e as articulações entre corpos vertebrais adjacentes) Sincondrose Permanente: Cartilagens costais Sincondrose Temporária: Linha Epifisária 32 SSIINNOOVVIIAAIISS oouu DDIIAARRTTRROOSSEE Permitem movimentação livre Movimento limitado somente por ligamentos, músculos, tendões e ossos adjacentes. CCAARRAACCTTEERRÍÍSSTTIICCAASS DDAASS AARRTTIICCUULLAAÇÇÕÕEESS SSIINNOOVVIIAAIISS . Cápsula Articular - A Membrana dupla que envolve e encerra a articulação . Cartilagem articular - B Fina camada de cartilagem hialina que cobre a superfície articular dos ossos (são lisas, polidas e esbranquiçadas) . Membrana Sinovial - C Camada mais interna da cápsula articular . Liquido Sinovial - D Produzido pela membrana sinovial (ou bolsa sinovial), é responsável pela nutrição das cartilagens articulares e pela lubrificação das superfícies articulares . Ligamentos - E Estrutura de tecido conjuntivo denso com a função de unir ossos, permitir e limitar o movimento A B D C E A C 33 TTIIPPOOSS DDEE AARRTTIICCUULLAAÇÇÕÕEESS SSIINNOOVVIIAAIISS Plana (não axial) – possui superfícies articulares planas ou ligeiramente curvas (ossos do carpo, esterno-clavicular, acrômio- clavicular, sacro-ilíaca) Condilar ou Elipsóide (bi-axial) – uma superfície articular é côncava, a outra convexa (art. rádio-cárpica, do joelho, úmero-radial) Trocoide ou Pivô (uni-axial) – uma superfície articular se articula com um pivô (art. atlanto-axial, rádio-ulnar proximal) 34 Gínglimo ou Dobradiça (uni-axial) – uma superfície articular se une a outra em forma de dobradiça (art. úmero- ulnar) Selar (bi-axial) – a superfície articular é convexa e côncava ao mesmo tempo (art. carpo- metacarpiana do polegar – é a única articulação deste tipo) Esferoide ou Esférica (tri-axial) – uma superfície articular é esférica e a outra é uma cavidade (art. gleno-umeral, coxo-femural) 35 É A MAIOR ARTICULAÇÃO DO CORPO É A MAIS INSTÁVEL RESPONSÁVEL POR MAIS DE 50% PELOS CASOS DE INVALIDEZ POR ARTROSE PRIMÁRIA VASCULARIZAÇÃO: pelas artérias e veias articulares; INERVAÇÃO: Lei de Hilton - os nervos que suprem uma articulação também suprem os músculos que movimentam a articulação ou a pele que cobre suas inserções distais. • Propriocepção sensação de posição enviada por terminações nervosas capsulares (Ex: corpúsculos de Pacini). Cartilagem Articular A cartilagem articular não é vascularizada e tem a função de não deixar um periósteo entre em contato com o outro e ocorra a dor. Artrose – é o desgaste mecânico da cartilagem articular daí um osso entra em contato com o outro causando dor. Função da cartilagem Amortece os impactos e impede o contato entre os ossos; As lesões geralmente são irreversíveis. 36 Exercícios: 1. Como as articulações podem ser divididas? 2. Explique as articulações fibrosas do crânio. 3. Cite 2 exemplos de sindesmoses. 4. O que são gonfoses? 5. Diferencie sincondroses e sínfises. Cite 2 exemplos de cada. 6. Como se classificam funcionalmente as articulações sinoviais? 7. Conceitue ligamentos e cápsula articular. Qual a função essas duas estruturas tem em comum? 37 UUnniiddaaddee 33 –– SSiisstteemmaa MMuussccuullaarr Miologia: é a área da anatomia que estuda os músculos e seus anexos. Músculos são estruturas individualizadas que cruzam uma ou mais articulações e pela sua contração são capazes de transmitir-lhes movimento. Este é efetuado por células especializadas denominadas fibras musculares, cuja energia latente é ou pode ser controlada pelo sistema nervoso. Os músculos são capazes de transformar energia química em energia mecânica. Conceito: Os músculos são, tecnicamente, órgãos que formam o sistema muscular e que correspondem a aproximadamente 40% do peso do corpo. Apesar de existirem três tipos de músculos (esquelético, cardíaco e liso), o sistema muscular trata apenas dos músculos estriados esqueléticos. FFUUNNÇÇÕÕEESS DDOOSS MMÚÚSSCCUULLOOSS Produção dos movimentos corporais: Movimentos globais do corpo, como andar e correr. Estabilização das Posições Corporais: A contração dos músculos esqueléticos estabilizam as articulações e participam da manutenção das posições corporais, como a de ficar em pé ou sentar. Regulação do Volume dos Órgãos: A contração sustentada das faixas anelares dos músculos lisos (esfíncteres) pode impedir a saída do conteúdo de um órgão oco. Movimento de Substâncias dentro do Corpo: As contrações dos músculos lisos das paredes vasos sangüíneos regulam a intensidade do fluxo. Os músculos lisos também podem mover alimentos, urina e gametas do sistema reprodutivo. Os músculos esqueléticos promovem o fluxo de linfa e o retorno do sangue para o coração. Produção de Calor: Quando o tecido muscular se contrai ele produz calor e grande parte desse calor liberado pelo músculo é usado na manutenção da temperatura corporal. 38 Grupos Musculares: Em número de nove. São eles: Cabeça;Pescoço; Tórax; Abdome; Região posterior do tronco; Membros superiores; Membros inferiores; Órgãos dos sentidos; Períneo. TTIIPPOOSS DDEE MMÚÚSSCCUULLOOSS TIPO IMPULSO CARACTERÍSTICA EXEMPLO Músculo Estriado Esquelético Voluntário Localizado no esqueleto Bíceps braquial, Solear Músculo Liso Involuntário Paredes viscerais Estômago, Esôfago, Vasos Músculo Estriado Cardíaco Involuntário Coração Miocárdio 39 MMÚÚSSCCUULLOOSS EESSTTRRIIAADDOOSS EESSQQUUEELLÉÉTTIICCOOSS É o tipo de músculo responsável pelo movimento. EESSTTRRUUTTUURRAA MMAACCRROOSSCCÓÓPPIICCAA DDOOSS MMÚÚSSCCUULLOOSS EESSQQUUEELLÉÉTTIICCOOSS O Músculo Estriado Esquelético é fixo às estruturas por meio dos TENDÕES ou APONEUROSES. O tendão caracteriza-se por ter formato de cilindro ou fita. A aponeurose é laminar, ou seja, longa e fina. O VENTRE é a parte contrátil do músculo, é altamente vascularizado, e é composto da seguinte forma: Epimísio – camada mais externa envolve o músculo. Perimísio – camada intermediária envolve os fascículos. Endomísio – camada mais interna envolve o sarcolema, membrana que envolve cada fibra muscular. A FÁSCIA envolve o músculo como um todo, permitindo deslizamento e auxiliando a nutrição. 40 AANNÁÁLLIISSEE AANNAATTÔÔMMIICCAA EE BBIIOOMMEECCÂÂNNIICCAA DDOOSS MMÚÚSSCCUULLOOSS Análise Anatômica Análise Biomecânica Origem – ponto fixo Inserção Proximal Inserção – ponto móvel Inserção Distal Ação – movimento realizado pelo músculo CCLLAASSSSIIFFIICCAAÇÇÃÃOO MMOORRFFOOLLÓÓGGIICCAA DDOOSS MMÚÚSSCCUULLOOSS EESSQQUUEELLÉÉTTIICCOOSS Critério Característica Quanto à forma do músculo e arranjo das fibras Disposição paralela: longos (a) → comprimento predominante largos (d) → comprimento e largura equivalentes Disposição oblíqua – músculos peniformes: unipenados (f) – feixes fixos a uma borda do tendão bipenados (g) – feixes se fixam nas duas bordas Quanto à origem Músculos cuja origem se dá por mais de um tendão: bíceps (b) (2), tríceps (3) ou quadríceps (4) Quanto à inserção Músculos cuja inserção se dá por mais de um tendão: bicaudados (2) ou policaudados (3 ou mais) Quanto ao ventre muscular Músculos que apresentam mais de um ventre, com tendões intermediários situados entre eles. Digástrico (c) (2) e poligástrico (e) (3 ou mais) Quanto à ação Depende da ação principal do músculo: flexor, extensor, abdutor, adutor, rotador, etc. CCLLAASSSSIIFFIICCAAÇÇÃÃOO FFUUNNCCIIOONNAALL DDOOSS MMÚÚSSCCUULLOOSS EESSQQUUEELLÉÉTTIICCOOSS Critério Característica Agonista O músculo é o agente principal na execução do movimento. Ex: m. Braquial na flexão do antebraço Antagonista O músculo se opõe ao trabalho de um agonista. Ex: m. tríceps braquial na flexão do antebraço Sinergista O músculo atua no sentido de evitar algum movimento indesejado produzido pelo agonista. Ex: m. Extensores do carpo na flexão da mão Fixador Postural Os músculos não estão envolvidos diretamente com o movimento principal, mas estabilizam diversas partes do corpo para tornar possível a ação principal. Ex: mm. do dorso ao abaixar para pegar um objeto 41 Quanto à Nomenclatura: O nome dado aos músculos é derivado de vários fatores, entre eles o fisiológico e o topográfico: a) Ação: Extensor dos dedos. b) Ação Associada à Forma: Pronador redondo e pronador quadrado. c) Ação Associada à Localização: Flexor superficial dos dedos. d) Forma: Músculo Deltoide (letra grega delta). e) Localização: Tibial anterior. f) Número de Origem: Bíceps femoral e tríceps braquial. Anexos Musculares: Fáscia muscular: É constituída de tecido CONJUNTIVO FIBROSO e tem a função de revestir e compartimentalizar o músculo. Elas mantêm os músculos em posição, mesmo durante a contração, servem como origem e inserção muscular, constituem retináculos e fitas especializadas para os tendões, dão vias de passagem para vasos e nervos e permitem o deslizamento dos órgãos adjacentes. 42 Bainha Sinovial - Tem a função de revestir o tendão para protegê-lo do atrito. Bainha Fibrosa dos tendões - Tem a função de "conter o tendão" para delimitar seu movimento, porém permite seu deslizamento. . As bolsas sinoviais são idênticas à membrana sinovial da cápsula articular. Elas contêm líquido e facilitam o deslizamento dos músculos, tendões e fáscias. Bolsa Sinovial: Tem a função de diminuir o atrito entre duas estruturas (óssea, muscular, epitelial). 43 EExxeerrccíícciiooss:: 44 45 Unidade 4 – Sistema Cardiovascular É o responsável por conduzir o sangue pelo organismo, sendo constituído por vasos sanguíneos (artérias e veias) e pelo coração, que funciona como a bomba propulsora para o movimento do sangue. O sangue circulante transporta o material nutritivo que foi absorvido pela digestão dos alimentos para todas as células do organismo. De forma semelhante, quando o sangue circula pelos pulmões, o oxigênio é incorporado às hemácias, e conduzido até as células do organismo. O gás carbônico produzido pela respiração celular é levado pelo sangue aos pulmões para eliminação através do ar exalado. Além disso, o sangue circulante também transporta os produtos do metabolismo celular, água e íons em excesso, desde os locais onde foram produzidos até os órgãos encarregados de eliminá-los. O papel regulador se deve aos hormônios e outras moléculas reguladoras que o sangue transporta desde seu local de origem até os tecidos distantes nos quais esses elementos devem atuar. O sangue possui ainda células especializadas na defesa orgânica contra substâncias estranhas e micro- organismos, como os leucócitos. 46 Conceito: ➢ Permeabilidade seletiva: através de fenômenos físico-químicos complexos material nutritivo e O2 CAPILAR TECIDOS produtos metabólicos (CO2) ➢ O corpo de um adulto tem em média 5L de sangue, circulando continuamente. Funções: Levar material nutritivo e oxigênio às células; O sangue transporta material nutritivo absorvido pela digestão para todas as células; Assim como o Oxigênio incorporado ao sangue, quando este circula pelos pulmões; Transporte de produtos do metabolismo celular, desde os locais onde foram produzidos até os órgãos encarregados de os eliminar; O sangue possui células especializadas na defesa orgânica contra substâncias estranhas e microorganismos. Anatomia do coração O coração, órgão central do sistema cardiovascular, é ligeiramente maior que uma mão fechada e funciona como uma bomba dupla, auto ajustável, de sucção e pressão, cujas porções trabalham em conjunto para impulsionar o sangue para todas as partes do corpo. O coração e as raízes de seus grandes vasos (vasos da base) estão envolvidos pelo pericárdio, um saco fibrosseroso de parede dupla que tem a função de separar o coração dos outros órgãos do mediastino, protegendo-o e limitando sua expansão súbita durante a diástole ventricular. Pericárdio O pericárdio consiste em uma camada externa fibrosa, o pericárdio fibroso, e de uma camada interna serosa, o pericárdio seroso. Este último apresenta uma lâmina parietal, aderente ao pericárdio fibroso e uma lâmina visceral, aderente ao miocárdio que também é chamada de epicárdio. 47 Entre as duas lâminas do pericárdio seroso existe um espaço potencial que normalmente contém uma película fina de líquido seroso que permite o coração mover-se sem atrito, chamado de cavidade do pericárdio. CCOORRAAÇÇÃÃOO Características: Órgão muscular,oco, que funciona como uma bomba contrátil- propulsora. É formado pelo tecido muscular estriado cardíaco, que constitui a camada média ou miocárdio. A camada interna chama-se endocárdio, e a camada externa, epicárdio. Forma: Tem a forma aproximada de um cone truncado. Apresenta uma base (superior), um ápice (inferior) e faces (esternocostal, diafragmática e pulmonar) Sua maior porção se encontra à direita do plano mediano. Fica disposto obliquamente, de tal forma que a base é medial e o ápice é lateral. Na base encontramos os vasos da base do coração (vasos por onde o sangue chega e sai do coração). Localização: Situa-se na cavidade torácica, atrás do esterno, acima do músculo diafragma sobre o qual em parte repousa, no espaço compreendido entre os dois sacos pleurais, o mediastino. As paredes do coração são constituídas por três camadas: o epicárdio, 48 camada mais externa que forma a lâmina visceral do pericárdio seroso; o miocárdio, a camada média e espessa constituída pelo músculo cardíaco; e o endocárdio, a camada interna que recobre a superfície interna do coração e suas valvas. Sistema de Condução: O controle da atividade cardíaco é feito através do vago (atua inibindo) e do simpático (atua estimulando) Estes nervos agem sobre uma formação situada na parede do átrio direito – o nó sinu-atrial, considerado como o “marcapasso do coração”. Nó sinu-atrial → impulso → nó átrio-ventricular → feixe átrio- ventricular→ ramos direito e esquerdo. Morfologia O coração apresenta a forma de um cone truncado, apresentando Externa uma base, um ápice e faces (esternocostal, diafragmática e pulmonar). Na superfície externa do coração, observamos dois apêndices, cada qual se relacionando com um dos átrios, chamados de aurículas. Morfologia Interna I: Septos, Átrios e Ventrículos. A cavidade cardíaca apresenta três septos, que dividem o coração em quatro câmaras: O septo átrio-ventricular (horizontal) divide o coração em duas porções, superior e inferior. O septo inter-atrial (vertical) divide a porção superior em dois átrios [do latim atrium – sala de espera] (direito e esquerdo). O septo interventricular (vertical) divide a porção inferior em dois ventrículos [do latim ventrículus – diminutivo de ventre] (direito e esquerdo). Os átrios apresentam, cada um, uma projeção externa, as aurículas (devido à forma similar a uma orelha de animal). [Do latim auris – relativo ou semelhante à orelha]. 49 Morfologia Interna II: Esqueleto Cardíaco. Consiste numa massa contínua de tecido conjuntivo fibroso que circunda os óstios átrio-ventriculares e os óstios do tronco pulmonar e da aorta. Nele se inserem as valvas dos orifícios átrio-ventriculares e dos orifícios arteriais, além de camadas musculares. Morfologia Interna III: Óstios, Valvas e Válvulas. Os óstios átrio-ventriculares (orifícios entre os septos) são providos de dispositivos, as valvas átrio-ventriculares, que permitem a passagem do sangue somente do átrio para o ventrículo. A valva é formada por uma lâmina de tecido conjuntivo denso, recoberta em ambas as faces pelo endocárdio. Esta lâmina é descontínua, apresentando subdivisões incompletas, as válvulas ou cúspides. A valva átrio ventricular direita possui três válvulas e recebe a denominação de valva tricúspide; a valva átrio-ventricular esquerda possui duas válvulas e chama-se valva mitral. Septo Átrioventricular Septo Interventricular Septo Interatrial AD AE VD VE AD AE VD VE 50 Morfologia Interna IV: Valvas de Saída. Nos orifícios de saída do tronco pulmonar e da aorta, respectivamente no ventrículo direito e esquerdo, existe um dispositivo valvar para impedir o refluxo sangüíneo: Valva do tronco pulmonar (constituída por três válvulas semilunares). Valva aórtica (constituída por três válvulas semilunares). Morfologia Interna V: Cordas Tendíneas e Músculos Papilares. Cada válvula ou cúspide é fixa por cordas tendíneas aos músculos papilares. Sua função é impedir o refluxo de sangue dos ventrículos aos átrios. 51 Vasos da Base: Átrio direito Veias cavas superior e inferior Átrio esquerdo Veias pulmonares direita(2) e esquerda(2). Ventrículo direito Tronco pulmonar, que se bifurca em: → Artéria pulmonar direita → Artéria pulmonar esquerda Ventrículo esquerdo Artéria aorta, se apresenta assim: → Ramo Ascendente → Arco ou Cajado Aórtico → Ramo Descendente Cordas Tendíneas Músculos Papilares 52 Pericárdio: Saco fibro-seroso que envolve o coração, separando-o dos outros órgãos do mediastino e limitando sua expansão durante a diástole ventricular. Duas camadas: → Camada externa fibrosa – pericárdio fibroso. → Camada externa serosa – pericárdio seroso. Duas lâminas (no Pericárdio Seroso): → Lâmina parietal → Lâmina visceral ou epicárdio (em contato com o miocárdio) Irrigação e drenagem do coração: O coração é irrigado pelas artérias coronárias direita e esquerda. Os dois principais ramos da artéria coronária direita são o ramo marginal direito e o ramo interventricular posterior; os dois principais ramos da artéria coronária esquerda são o ramo interventricular anterior e o ramo circunflexo. A drenagem venosa do coração é feita, principalmente, pelas veias cardíacas que desembocam no seio coronário. São elas: a veia cardíaca magna, a veia cardíaca parva e a veia interventricular posterior (cardíaca média). Complexo estimulante do coração O controle da atividade cardíaca é feito através do plexo cardíaco (simpático), que atua aumentando a frequencia cardíaca e dilatando as artérias coronárias, e através do nervo vago (parassimpático), que atua de maneira oposta. Estes nervos vão atuar sobre o complexo estimulante do coração, que conduz os impulsos e coordena o ciclo cardíaco. O complexo estimulante do coração consiste em células musculares cardíacas e fibras de condução altamente especializadas para os impulsos iniciais e os conduzem rapidamente através do coração. 53 ATIVIDADE ELÉTRICA DO CORAÇÃO Nódulo (nó) sino-atrial ou sinusal (SA) ou marcapasso: região especial do coração, que controla a freqüência cardíaca. Localiza-se perto da junção entre o átrio direito e a veia cava superior. Constituído por um aglomerado de células musculares especializadas frequência rítmica de aproximadamente 72 contrações por minuto. Sistema de Purkinje ou fascículo átrio-ventricular: sistema especial de condução composto de fibras musculares cardíacas especializadas que transmitem os impulsos com uma velocidade aproximadamente 6 vezes maior do que o músculo cardíaco normal. 54 Os principais elementos são: o nó sinoatrial, o nó atrioventricular, o fascículo atrioventricular, os ramos direito e esquerdo, e os ramos subendocárdicos Vasos da base: VASOS DA BASE: vasos através dos quais o sangue chega ou sai do coração, com raízes situadas na base do coração. ÁTRIO DIREITO: desembocam veia cava superior e inferior. 55 ÁTRIO ESQUERDO: desembocam 4 veias pulmonares (duas de cada pulmão) VENTRÍCULO DIREITO: sai tronco pulmonar (divide em artéria pulmonar direita e esquerda) VENTRÍCULO ESQUERDO: sai arco aórtico 56Valva do tronco pulmonar e valva do arco aórtico, constituídas por três válvulas semilunares; Evitar refluxo durante a diástole ventricular, ou seja retorno do sangue ventricular. 57 Irrigação do coração: Duas artérias: coronárias direita (ramo marginal e ramo interventricular posterior) e esquerda (ramo interventricular anterior e o ramo circunflexo), irrigam o coração; Correm no seio coronário (separa os A dos V); Coronária Esquerda + volumosa e preponderante O conjunto dessas estruturas citadas acima dá-se o nome de complexo estimulante do coração; Lesões deste sistema interferem na transmissão do estímulo e, consequentemente, alteram o ritmo e o trabalho do coração. Ex.: Doença de Chagas. O coração impulsiona a corrente sanguínea através da contração e relaxamento da musculatura; Relaxa (diástole) – enchimento das câmaras; Contração (sístole) – distribuição do sangue; Atividade deve ser ordenada e com intervalos curtos; Átrio deve contrair para encher os ventrículos – posteriormente a contração ventricular deve se iniciar. 58 DIVISÃO Sistema sanguífero – composto por vasos condutores de sangue (artérias, veias, e capilares) e o coração (pode ser considerado como um vaso modificado). Sistema linfático – formado por vasos condutores de linfa (capilares linfáticos, vasos linfáticos e troncos linfáticos) e por órgãos linfóides (linfonodos e tonsilas). Órgãos hemopoiéticos – representados pela medula óssea e pelos órgãos linfóides (baço* e timo). * O baço é descrito pela Nomenclatura Anatômica no sistema linfático (por ser um órgão linfóide), mas por causa de sua importante função hemopoiética, pode também ser incluído entre os órgãos desta função, como, aliás, o faz a Nomenclatura Histológica. 59 CCIIRRCCUULLAAÇÇÃÃOO Tipos de Circulação I: Pequena Circulação ou Circulação Pulmonar. Tem início no ventrículo direito, de onde o sangue (rico em CO) é bombeado para a rede capilar dos pulmões, via tronco pulmonar (artérias pulmonares direita e esquerda). Após sofrer hematose, o sangue oxigenado retorna ao átrio esquerdo, por meio das duas veias pulmonares direita e esquerda, se dirigindo então para o ventrículo esquerdo. Em síntese, é uma circulação coração-pulmão-coração. VD Tronco Pulmonar Artéria Pulmonar Hematose Veias Pulmonar es AE VE Veias Pulmonares 60 Tipos de Circulação II: Grande Circulação ou Circulação Sistêmica. Tem início no ventrículo esquerdo, de onde o sangue (rico em O) é bombeado para a rede capilar dos tecidos do organismo, via artéria aorta. Após as trocas sanguíneas, o sangue rico em CO retorna ao átrio direito, por meio das duas veias cavas superior e inferior, se dirigindo então para o ventrículo direito. Em síntese, é uma circulação coração-tecidos-coração. AD VE VD 61 62 PEQUENA CIRCULAÇÃO TRAJETO; TRANSPORTE; TROCA GASOSA; (HEMATOSE) GASES TRANSPORTADOS: - H2O + CO2 (PULMÃO) GRANDE CIRCULAÇÃO TRAJETO; TRANSPORTE; TROCA GASOSA; (HEMATOSE) GASES TRANSPORTADOS: -H2O + CO3 (PLASMA SANGUÍNEO) TTIIPPOOSS DDEE VVAASSOOSS SSAANNGGÜÜÍÍNNEEOOSS AARRTTÉÉRRIIAASS Características: Artéria é um termo latinizado do grego, que significa “vasos contendo ar”, que era o que os antigos pensavam sobre seu conteúdo. São tubos cilindróides, elásticos, nos quais o sangue circula centrifugamente em relação ao coração. Possuem elasticidade a fim de manter o fluxo sangüíneo constante: as artérias podem dilatar-se no sentido transversal para conter maior volume de sangue ; podem também distender-se no sentido longitudinal, atendendo aos deslocamentos dos segmentos corpóreos. Forma e Calibre: Possuem grande, médio, pequeno calibre, e arteríolas. Grande calibre ou elásticas (aorta, tronco braquiocefálico, subclávia) - diâmetro interno de 7 mm. Distribuidoras (ou musculares) ou de médio calibre (a maioria das artérias do corpo) - diâmetro interno entre 2,5 a 7 mm. Pequeno calibre - diâmetro interno entre 0,5 e 2,5 mm. Arteríolas (são os menores ramos das artérias e oferecem maior resistência ao fluxo sanguíneo, contribuindo assim para reduzir a pressão do sangue antes de atingirem os capilares) - diâmetro interno com menos de 0,5 mm. 63 À Esquerda – Ilustração de uma artéria, com suas divisões internas. À Direita – macrofotografia eletrônica colorizada do interior de uma arteríola, com a presença de hemácias. 64 Ramos Terminais e Colaterais: Ramos terminais: quando a artéria dá ramos e o ramo principal deixa de existir. Ramos colaterais: quando a artéria emite ramos e o tronco de origem continua a existir. Os ângulos dos ramos colaterais podem ser: • Ângulo agudo (o mais freqüente; permite que o sangue circule com facilidade e no mesmo sentido da corrente da artéria de origem) • Ângulo reto (ocorre diminuição na velocidade de circulação do sangue). • Ângulo obtuso, recebe o nome de ramo recorrente (neste caso o sangue circula em direção oposta àquela da artéria de origem). Situação: As artérias podem ser superficiais ou profundas (a maioria). A quase totalidade das artérias é profunda, e isto é funcional, pois nesta situação as artérias encontram-se protegidas. As artérias têm “filia” pelos ossos e “fobia” pela pele. As artérias profundas são acompanhadas por uma ou duas veias, tendo esta(s) mesmo trajeto, calibre semelhante e em geral o mesmo nome da artéria que acompanham, sendo chamadas de veias satélites. Ramos Terminais – artérias braquial (esq.) e ulnar (dir.) Artéria Braquial Ramo colateral agudo da Artéria Braquial Ramos recorrentes da artéria ulnar Ramo colateral reto da Artéria Axilar Sentido do fluxo sangüíneo Artéria Superficial Artéria Profunda 65 Principais artérias do corpo humano: Aorta: o Parte ascendente da aorta, arco da aorta, parte descendente da aorta (parte torácica da aorta e parte abdominal da aorta); o Cabeça e Pescoço: o Tronco braquiocefálico, artérias carótida comum, carótida interna, carótida externa e subclávia; Tórax: Parte torácica da aorta: artérias intercostais posteriores; Abdome e Pelve: ▪ Parte abdominal da aorta: artéria frênica inferior, tronco celíaco (artéria hepática comum, gástrica esquerda e esplênica), renal, mesentérica superior, mesentérica inferior, ilíaca comum (ilíaca interna e externa); Membros superiores: o Artéria axilar, braquial, braquial profunda, radial, ulnar e interóssea comum; Membros inferiores: o Artéria femoral, femoral profunda, poplítea, tibial anterior, tibial posterior e fibular. VVEEIIAASS Características: São tubos nos quais o sangue circula centripetamente em relação com o coração. A forma varia de acordo com a quantidade de sangue em seu interior. Quando cheias são mais ou menos cilíndricas, quando pouco cheias ou mesmo vazias são achatadas. Em virtude da menor tensão de sangue em seu interior e de possuir paredes mais delgadas, as veias são muito depressíveis, podendo suas paredes entrar em contato (“colabamento”) e assim permanecer por algum tempo. O poder de distensão das veias no sentido transversal é tão acentuado, que elas podem, segundo alguns autores, quintuplicar o seu diâmetro. Forma e Calibre: Possuem grande, médio, pequeno calibre, e vênulas. De uma forma geral, possuem calibre maior que as artérias de mesmo tamanho, assim como seu número é muito maior do que o das artérias. Isto se deveao fato de que a velocidade do sangue nas veias é menor do que nas artérias, tendo as veias que transportar um volume de sangue igual às artérias em um mesmo espaço de tempo. 66 Ilustração de uma veia, com suas divisões internas e a válvula venosa. 67 Situação: As veias podem ser: a) Superficiais ou Profundas. • Veias Superficiais: são subcutâneas, visíveis com freqüência por transparência na pele, mais calibrosas nos membros e no pescoço. Drenam o sangue da circulação cutânea e servem também como via de descarga auxiliar da circulação profunda. • Veias Profundas: podem ser solitárias, isto é, não acompanham artérias (vv. cavas, v. ázigos, v. porta, etc.) ou satélites das artérias. b) Tributárias ou Afluentes. • Veias Tributárias: são aquelas que “dão seu tributo” sangüíneo às veias afluentes. • Veias Afluentes: vão “confluindo no leito principal”, tornando as veias principais mais calibrosas à medida que chegam ao coração. c) Comunicantes, Viscerais ou Parietais. • Veias comunicantes: comunicam as veias superficiais com as profundas. • As veias da cabeça e do tronco podem ser classificadas em viscerais (ao drenarem as vísceras) e em parietais (ao drenarem as paredes daqueles segmentos). 68 Veia Profunda Veia Superficial Veia Tributária Veia Afluente Veia Comunicante Veia Visceral Veia Parietal 69 Principais veias do corpo humano: Cabeça e Pescoço: o Veia jugular interna, jugular externa e braquiocefálica; o Tórax: o Veia cava superior, cava inferior, ázigo, hemiázigo e hemiázigo acessória; o Abdome e Pelve: o Veia renal e porta do fígado; Membro superior: o Veia subclávia e axilar; ▪ Profundas: veias braquiais, ulnares, radiais, interósseas anteriores e posteriores; ▪ Superficiais: veia cefálica, basílica, intermédia do cotovelo, intermédia do antebraço, cefálica do antebraço e basílica do antebraço; Membro inferior: o Profundas: femoral, femoral profunda, poplítea, tibiais anteriores, tibiais posteriores e fibulares; Superficiais: veia safena magna e safena parva. Válvulas: A presença de válvulas é uma das principais características das veias, embora haja exceções, pois estão ausentes nas veias do cérebro e em algumas veias do pescoço e do tronco. • As válvulas são pregas membranosas da camada interna das veias em forma de bolso. • Possuem uma borda aderente à parede do vaso e uma borda livre voltada em direção ao coração. • Seio da válvula (espaço delimitado pela borda aderente entre a válvula e a parede da veia). • Impede que o sangue retorne pois a progressão da corrente sangüínea venosa não é contínua, e, uma vez cessada a força que a impulsiona o sangue tende a retornar devido a ação da força da gravidade. • A insuficiência de muitas válvulas de uma mesma veia provoca sua dilatação e conseqüente estase sangüínea: é o que chamamos de varizes. • Um dos mais importantes fatores do retorno do sangue venoso ao coração é a contração muscular, que comprime as veias impulsionando o sangue nelas contido. Capilares Sanguíneos – são vasos microscópios, interpostos entre as artérias e veias. Neles se processam as trocas entre o sangue e os tecidos. 70 Ilustração de uma veia, com fluxo venoso. As setas apontando para a direita indicam o fluxo venoso. As setas apontando para a esquerda indicam o refluxo, ou volta do sangue. Esta volta é impedida pelas válvulas, que se fecham. 71 SSIISSTTEEMMAA AARRTTEERRIIAALL Arco ou Cajado Aórtico: • Tronco braquiocefálico: A. subclávia direita A. carótida comum direita • A. carótida comum esquerda. • A. subclávia esquerda. Aa. subclávias (direita e esquerda): irrigam o membro superior. Aa. carótidas comuns (ou primitivas): Na altura da cartilagem tireóidea subdividem-se em: aa. carótidas externas: (irrigam o couro cabeludo, face e parte alta do pescoço). aa. carótidas internas: (participam da formação do Sist. Carotídio). Tronco Braquiocefálico A. Subclávia direita 72 Sistema Carotídeo: C Responsável pela irrigação de 60% do encéfalo. É formado pelas: • A. carótida interna D/E – se trifurca em: • A. cerebral anterior D/E • A. cerebral média D/E • A. comunicante posterior • A. comunicante anterior– une as Aa. cerebrais anteriores Sistema Vértebro- Basilar: VB Responsável pela irrigação de 40% do encéfalo. É formado pela: • Aa. Vertebrais – se anastomosam no sulco bulbopontino, formam a • A. basilar – passa pelo sulco basilar e se subdivide na altura da fossa interpeduncular em • Aa. cerebrais posteriores C C C C VB VB VB 73 Círculo Arterial Cerebral (Polígono de Willis): É formado pelas: • Aa. comunicantes posteriores • Aa. cerebrais anteriores D/E • Aa. comunicantes posteriores D/E • Aa. cerebrais posteriores D/E 74 Artéria Subclávia: → Na altura da 1ª costela passa a chamar-se: • A. axilar → Na altura do músculo redondo menor passa a chamar-se: • A. braquial ou umeral → Na altura do cotovelo ela se dicotomiza em: • A. radial • A. ulnar → Após o punho: • Aa. interósseas • Aa. lumbricais • Aa. digitais 75 Artéria Radial Artéria Ulnar Arco Palmar Artérias Digitais Artérias Lumbricais e Interósseas 76 Artéria Aorta Descendente: Porção Torácica: até o diafragma Porção Abdominal: após o diafragma – subdivide-se em: • A. frênica inferior (1) .................. (diafragma) • Tronco celíaco A. hepática (2) .................... (fígado) A. gástrica esquerda (3) .... (estômago) A. esplênica (4) ................... (baço e o pâncreas) • Aa. renais (5) ................................ (rins) • A. mesentérica superior (6) .. (intestino delgado e parte do grosso) • A. mesentérica inferior (7) .... (intestino grosso) • Aa. gonadais (8) ...................... (gônadas masc. e fem.) • A. sacral mediana ..............(região sacral mediana) • A. hipogástrica ................. (pênis) → Aproximadamente na altura de L4 / L5 a A. aorta abdominal se dicotomiza e passa a se chamar: • A. ilíaca comum D/E (9) • A. ilíaca interna (10)..................(musculatura e órgãos pélvicos) • A. ilíaca externa (11) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 9 10 11 77 Artéria Ilíaca Externa: → A a. ilíaca externa ao passar pelo ligamento inguinal passa a se chamar: • A. femoral comum (1) • A. femoral profunda (2) ...... (irriga a musculatura da coxa) • A. femoral superficial (3) → A a. femoral superficial ao passar pelo hiato tendíneo do músculo adutor magno ou triângulo poplíteo, passa a se chamar: • A. poplítea (4) → Ao passar pela articulação do joelho, a a. poplítea vai se dicotomizar em: • A. tibial anterior (5) ..............(musculatura anterior da perna e dorso do pé) • Tronco tibio-fibular A. fibular (6) .................... (musculatura lateral da perna) A. tibial posterior (7) .......(musculatura posterior da perna e a planta do pé) • Aa. interósseas (8) • Aa. lumbricais (9) • Aa. digitais (10) 1 2 3 4 5 6 7 8,9 10 78 SSIISSTTEEMMAA VVEENNOOSSOO Sistema Cava: Sistema de retorno venoso ao coração, formado pelas veias cavas superior e inferior. Veia Cava Superior (1) drena o sangue venoso da cabeça, pescoço, membros superiores e tórax. É formada pela união dos troncos venosos braquiocefálicos direito e esquerdo (3) que por sua vez serão formados pela uniãodas veias jugulares internas (4) e veias subclávias (5). • Sistema Venoso da Cabeça e Pescoço As veias jugulares internas direita e esquerda drenam o sangue da cavidade craniana e de parte da face e pescoço enquanto que as veias jugulares externas direita e esquerda (6) drenam o sangue da superfície externa da cabeça e pescoço, desembocando na veia subclávia. Veia Cava Inferior (2) drena o sangue dos membros inferiores, pelve e abdome. É formada pela união das veias ilíacas comum direita e esquerda (7) que por sua vez serão formadas pela união das veias ilíacas internas direita e esquerda (8) e das externas direita e esquerda (9). As veias ilíacas internas drenam o sangue venoso da região pélvica, enquanto as veias ilíacas externas drenam o sangue de membros inferiores. 9 1 2 9 8 7 7 3 3 4 6 5 5 79 Veias dos Membros Superiores: • veias digitais (1) • arco venoso palmar [e dorsal] (2) • veia basílica (3) • veia cefálica (4) • veia mediana do antebraço (5) • veia mediana basílica (6) • veia mediana cefálica (7) • veias braquiais (8) • veia axilar (9) • veia subclávia (10) a veia mediana basílica é preferencialmente utilizada para injeções intravenosas. 3 5 6 7 4 3 8 9 10 1 2 1 2 3 3’ 4 5 6 6 7 7 8 9 Superficial Superficial Profundo 80 Veias dos Membros Inferiores: • veias digitais dorsais [e plantares] (1) • arco venoso dorsal e plantar (2) • veias tibiais anterior e posterior (3 e 3’) • veia fibular • veia poplítea (4) • veia safena parva (5) • veia safena magna (6) • veia femoral (7) • veia femoral profunda (8) • veia ilíaca externa (9) Sistema Portal Hepático: É formado pela união das veias mesentéricas superior (1) e inferior (2), e a esplênica (3), que darão origem a veia porta do fígado (4), que penetra na porção mediana do fígado denominada hilo hepático, saindo através das veias hepáticas direita e esquerda (5) que desembocam na veia cava inferior (6). O sistema porta hepático drena o sangue venoso do estômago, pâncreas, baço, intestino delgado, intestino grosso e fígado (7). 1 1 2 2 3 4 4 1 2 3 4 5 6 7 81 Sistema Ázigo: É responsável pela drenagem venosa da parede póstero-superior do abdome e dos órgãos torácicos que irão, através das veias ázigo (1) e hemiázigo (2), desembocar na veia cava superior (3). Essas veias recebem o sangue drenado das veias intercostais posteriores (4), esofagiana, brônquicas, diafragmática e pericárdica. DOENÇAS ASSOCIADAS AO CORAÇÃO Infarto agudo do miocárdio: Qual paciente pode ter um ataque cardíaco? Infelizmente qualquer pessoa; Influencia: histórico familiar de doenças coronárias; Diabetes associado a um colesterol alto, hipertensão, obesidade, estresse que são os mais propensos a terem infarto. Sintomas Dor precordial irradiando para braço esquerdo ou mandíbula ou para as costas associada a sudorese fria ou enjôo. 82 EExxeerrccíícciiooss:: 83 84 Unidade 5 - SISTEMA LINFÁTICO Generalidades: O sistema linfático está intimamente relacionado com o sistema cardiovascular, estrutural e funcionalmente. Uma rede de vasos linfáticos drena o excesso de líquido intersticial (aproximadamente 15% que não retorna diretamente pelos capilares) e o devolve à corrente sanguínea pelo fluxo unidirecional, que se movimenta lentamente em direção às veias subclávias. Definição: É um sistema auxiliar de drenagem constituído por vasos linfáticos, linfonodos e órgãos linfáticos. Resumidamente, suas funções principais são: transportar o excesso de líquido intersticial que se formou inicialmente como filtrado do sangue; serve como rota através da qual gorduras absorvidas e algumas vitaminas são transportadas do intestino delgado para o sangue; suas células (chamadas de linfócitos), localizadas nos tecidos linfáticos, ajudam a proporcionar as defesas imunológicas contra doenças causadas por micro- organismos e outras substâncias estranhas. Capilares, vasos e ductos linfáticos As macromoléculas do líquido intersticial que não passam para os capilares sanguíneos entram em capilares especiais (os capilares linfáticos) que contêm linfa. Dos capilares linfáticos, seguem através da linfa para os vasos linfáticos até chegarem aos ductos linfáticos que desembocam em veias de médio ou grande calibre. Os capilares linfáticos são mais calibrosos e mais irregulares que os sanguíneos e terminam em fundo cego. Os vasos linfáticos apresentam válvulas em forma de bolso, como a das veias, assegurando, assim, o fluxo da linfa em uma só direção, ou seja, para o coração. 85 O maior tronco linfático recebe o nome de ducto torácico, começa no abdome como uma bolsa (a cisterna do quilo), sobe através do tórax e desemboca na junção entre a veia jugular interna esquerda com a veia subclávia esquerda. O ducto torácico é responsável pela drenagem linfática de quase todo o corpo, enquanto outro ducto importante, o ducto linfático direito, drena a linfa da metade direita da cabeça, do pescoço e do tórax, do pulmão direito, do lado direito do coração, da face diafragmática do fígado e do membro superior direito. O ducto linfático direito desemboca na veia subclávia direita, no seu ângulo de junção com a veia jugular interna direita. 86 Órgãos linfáticos primários: Medula óssea: a medula óssea vermelha é encontrada no interior das cavidades porosas da substância esponjosa. No adulto, a produção de células sanguíneas ocorre na medula óssea vermelha, especialmente no esterno, nas vértebras, nas partes do osso do quadril e nas epífises proximais do úmero e do fêmur. Na criança, a quantidade de medula óssea vermelha é maior, ocupando também as cavidades medulares dos ossos longos. À medida que a criança cresce, as cavidades medulares vão sendo preenchidas por tecido adiposo, e a ele damos o nome de medula óssea amarela. Timo: situado em parte no tórax e em parte na porção inferior do pescoço. A porção torácica fica atrás do esterno e a porção cervical, anteriormente e dos lados da traqueia. O timo cresce após o nascimento até atingir seu maior tamanho na puberdade. Após a puberdade, o timo sofre involução gradual e é amplamente substituído por tecido adiposo e fibroso. É um importante local imunológico na criança; promove o desenvolvimento e a maturação dos linfócitos indiferenciados em linfócitos T. 87 Órgãos linfáticos secundários: ➢ Baço: está localizado na cavidade abdominal, à esquerda do estômago o qual está suspenso. Não é um órgão vital no adulto, mas ajuda outros órgãos na produção de linfócitos, filtração do sangue e destruição de eritrócitos. Na criança, é importante local de produção de eritrócitos. Apresenta duas faces, a diafragmática e a visceral. Na face visceral há uma fenda, o hilo do baço, por onde passam vasos e nervos. O baço é drenado pela veia esplênica e irrigado pela artéria esplênica. 88 Anel linfático da faringe: ➢ o anel linfático da faringe é composto por uma série de tonsilas que formam um anel protetor de tecido linfático contra a invasão de substâncias estranhas que são ingeridas ou inaladas. Estão localizadas em torno das aberturas entre as cavidades nasal e oral e a faringe. Este anel é formado pela tonsila lingual, palatina, faríngea e tubária. Linfonodos ➢ estão interpostos no trajeto dos vasos linfáticos e agem como uma barreira ou filtro contra a penetração na corrente circulatória de micro-organismos, toxinasou substâncias estranhas ao organismo. Os linfonodos são, portanto, elementos de defesa para o organismo e, para tanto, produzem glóbulos brancos, principalmente linfócitos. Estão frequentemente localizados ao longo do trajeto dos vasos sanguíneos, como ocorre no pescoço e nas cavidades torácica, abdominal e pélvica. Na axila e na região inguinal, são abundantes ➢ São abundantes na axila (1) e na região inguinal (2). ➢ Como reação a uma inflamação, o linfonodo pode intumescer-se e torna-se doloroso, fenômeno conhecido com o nome vulgar de íngua (linfadenite). Fluxo da Linfa: ➢ É relativamente lento durante os períodos de inatividade de uma área ou região. ➢ O fluxo torna-se mais rápido e regular com a atividade muscular. 89 ➢ A circulação da linfa aumenta com o peristaltismo (movimentos das vísceras do tubo digestivo) e também com o aumento dos movimentos respiratórios. Temos também a presença de órgãos linfáticos, todos com função imunológica: o baço (1), timo e tonsilas (faríngeas – que com o seu desenvolvimento serão formadas as adenoides, palatinas – que serão as amídalas, e linguais – localizadas inferiormente à língua). 1 90 REFERÊNCIAS:
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