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A1-Apostila de Anatomia Módulo 1

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1 
 
 
 
 
Prof. Jorge Marcelo Titiry Pinto 
e-mail: edfisica.fisioprof@gmail.com 
2 
 
 
 
SSUUMMÁÁRRIIOO 
 
UNIDADE 1 – Generalidades (parte 1) .................................................. 03 
 
 
Unidade 1 – Sistema Esquelético/Osteologia (parte 2) .......................... 16 
 
 
Unidade 2 – Sistema Articular ................................................................ 28 
 
 
Unidade 3 – Sistema Muscular ................................................................ 37 
 
 
Unidade 4 – Sistema Cardiovascular ...................................................... 45 
 
 
Unidade 5 – Sistema Linfático ................................................................ 84 
 
 
Referências ................................................................................................ 90 
 
 
3 
 
 
 
UUnniiddaaddee 11 –– GGeenneerraalliiddaaddeess 
 
11.. IInnttrroodduuççããoo 
Evolução da Anatomia ao longo do tempo 
 
 Século II Galeno – 
▪ Dissecava somente animais e comparava com a humana ocasionando erros. 
▪ Proibição do estudo da anatomia humana e animal por 700 anos com a ascensão do 
cristianismo. 
▪ Século III Herófilo - 
▪ Dissecou o corpo humano, tamanho dos órgãos, descreveu o fígado cérebro e órgãos 
sexuais. 
▪ Século III A.C Erasístrato – Considerado o pai da fisiologia fundou a escola de 
medicina de Alexandria impulsionando a anatomia. 
 
▪ Século III 150 A.C a dissecação é proibida por motivos éticos e religiosos. 
▪ História 460 – 377 A.C Século V - 
▪ Hipócrates pai da medicina. 
▪ Século V A.C 
▪ Aristóteles - fundador da anatomia comparativa deu nome a aorta e fez a diferença 
das veias para as artérias. 
▪ Século XV Renascimento da Ciência - Anatomia volta a ser estudada. 
 
 
Evolução 
 Século XV – 
▪ Mondino de Luzzi preparou o guia de dissecação. 
 
 Século XV – 
• Leonardo da Vinci fez 1452 a 1519 – fez desenhos do esqueleto humano, 
músculos, nervos e vasos e completou com anotações fisiológicas e representação 
do feto no útero. 
 
Homem vitruviano 
 
 
4 
 
 
 
 Século XV 
• Leonardo da Vinci faz a figura do homem vitruviano estudo das proporções do 
corpo humano 
 
 
 
3. Divisão da Anatomia 
 
• Anatomia - divisão macroscópica e microscópica (histologia estudo dos tecidos do 
organismo). 
• Anatomia macroscópica ou cadavérica através da dissecação de cadáveres. 
 
Anatomia Humana = é a ciência que estuda macroscopicamente as diferentes estruturas 
que formam o organismo humano. Do latim Ana = em partes; tomain = cortar; método de 
estudo que utiliza a dissecção. (DANGELO & FATTINI, 2007) 
 
 
5 
 
 
 
 A anatomia está para a fisiologia assim como a geografia está para a história, isto é, ela 
provê o local dos eventos. Embora o interesse primordial da anatomia esteja na estrutura, 
a estrutura e a função devem ser consideradas simultaneamente. 
 
 Fisiologia é o estudo a função do corpo humano. 
 
 Anatomia e fisiologia são ambas as subdivisões da biologia que é a ciência que estuda os 
organismos vivos. 
 Fisiologia deriva do grego estudo da natureza (a natureza de um organismo é uma 
função). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ramos da Anatomia 
 
 Citologia → Estudo da célula 
 Histologia → Estudo dos tecidos e da formação dos órgãos 
 Embriologia → Estudo do desenvolvimento do indivíduo 
 Anatomia Radiológica → Estudo por meio de Raios X 
 Anatomia Antropológica → Estudo dos tipos raciais 
 Anatomia Biotipológica → Estudo dos tipos morfológicos 
 Anatomia Comparativa → Estudo comparado de espécies 
 Anatomia de Superfície → Estudo dos relevos morfológicos superficiais 
 
6 
 
 
 
Terminologia anatômica 
A anatomia tem sua linguagem própria, obedecendo à Terminologia Anatômica 
Internacional (International Anatomical Terminology). Os termos anatômicos são 
expressos em latim e traduzidos pelos seus países. Aqui no Brasil, a terminologia é 
traduzida pela Comissão de Terminologia Anatômica da Sociedade Brasileira de 
Anatomia. 
 
NNOOMMEENNCCLLAATTUURRAA AANNAATTÔÔMMIICCAA 
 
 
 
 
 
 
 
Critérios para adoção de nomes anatômicos: 
 Forma: músculo trapézio 
 Trajeto: artéria circunflexa da escápula 
 Relação com o esqueleto: artéria radial 
 Conexões ou inter-relações: ligamento sacro-ilíaco 
 Função: músculo levantador da escápula 
 Critério misto: músculo flexor superficial dos dedos (função e situação) 
 
 Variação Anatômica 
 São diferenças existentes na morfologia do corpo, mas que, no entanto, não causam 
prejuízo funcional ao indivíduo que possui. A variação anatômica pode ser interna ou 
externa. 
 
 Fatores gerais de variação: 
Existem vários fatores que determinam à variação anatômica: 
 
• → idade; → sexo; → raça; → biótipo → tipo médio 
 
• →tipos extremos = longilíneos e brevilíneos. 
 
A Nomenclatura Anatômica é o conjunto de termos empregados para designar e 
descrever o organismo ou suas partes. A língua oficialmente adotada é o latim, 
por ser uma língua “morta”. 
7 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
 
 
 
Normalidade → padrão que ocorre no corpo do indivíduo, ocorre na maioria dos casos, é mais 
frequente estatisticamente. Ex.: o coração, normalmente, se localiza na região 
do mediastino médio. 
 
Anomalia → Variações morfológicas que acarretam prejuízo funcional. Ex.: o indivíduo nascer 
com um dedo a mais em uma das mãos. 
 
 
 
 
9 
 
 
 
Monstruosidade →Anomalia acentuada incompatível com a vida. 
Ex.: Agenesia (não formação) do encéfalo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PPOOSSIIÇÇÃÃOO AANNAATTÔÔMMIICCAA 
 
Objetivo: 
Posição padrão para evitar termos diferentes nas descrições 
anatômicas convencionou-se uma posição padrão denominada 
posição de descrição anatômica ou posição anatômica, que facilita o 
estudo em anatomia. 
 Posição bípede (em pé); 
 Corpo ereto; 
 Face voltada para frente; 
 Membros superiores estendidos ao longo do corpo, 
com as palmas das mãos voltadas para frente; 
 Membros inferiores unidos, com as pontas dos pés 
voltadas para frente. 
10 
 
 
 
 
PPLLAANNOOSS DDEE DDEELLIIMMIITTAAÇÇÃÃOO 
 
 Anterior ou Ventral 
 Posterior ou Dorsal 
 Superior ou Cranial 
 Inferior ou Podálico 
 Lateral 
 
 
PPLLAANNOOSS DDEE SSEECCÇÇÃÃOO 
(Dividir/Cortar) 
 
• SAGITAL - Divide o corpo em 2 partes simétricas 
(Direita e Esquerda) 
 
• FRONTAL OU CORONAL - Divide o corpo em 
2 partes diferentes (Anterior e Posterior) 
 
• TRANSVERSAL OU HORIZONTAL - Divide o 
corpo em 2 partes diferentes 
(Superior e Inferior) 
 
EEIIXXOOSS DDEE MMOOVVIIMMEENNTTOO 
 
• LÁTERO LATERAL 
Cruza os lados direito e esquerdo, orientando os 
movimentos de Flexão e Extensão, perpendicular ao Plano 
Sagital 
 
• ÂNTERO POSTERIOR 
Cruza as partes anterior e posterior, orientando os 
movimentos de Abdução e Adução, perpendicular ao 
Plano Frontal 
 
• LONGITUDINAL OU CRÂNIO PODÁLICO 
Cruza as partes superior e inferior, orientando os 
movimentos de Rotação Medial e Rotação Lateral, 
perpendicular ao Plano Horizontal ou Transversal 
 
11 
 
 
 
 
 
 
 
DDIIVVIISSÃÃOO DDOO CCOORRPPOO HHUUMMAANNOO 
 
 Cabeça → Crânio (crânio neural) – proteção do encéfalo 
 → Face (crânio visceral) – sistemas viscerais 
 
 Pescoço → União da cabeça com o tronco. 
 
 Tronco → Tórax 
 → Abdome 
 → Pelve 
 
 Membros → Superior (raiz, região do ombro e partes livres, braço, 
antebraço e mão). 
 → Inferior (raiz, região do quadril e partes livres, coxa, 
perna e pé). 
 
 
12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Termos de Direção: 
 
A posição dos órgãos é indicada em função dos planos de delimitações ou de secções. 
 
 Mediano: são todas as estruturas localizadas no plano mediano (a / b / c); 
 Medial / Lateral / Intermédio: 
 Medial: que se situa próximo do plano mediano (f); 
 Lateral: que se situaafastado do plano mediano (d); 
 Intermédio: que se situa entre o medial e o lateral (e). 
 
13 
 
 
 
Anterior / Posterior / Médio: 
 Anterior: que se situa próximo ao plano anterior (ventral) (i); 
 Posterior: que se situa próximo ao plano posterior (ou dorsal) (g); 
 Médio: que se situa entre o anterior e o posterior (h). 
 Face Interna / Face Externo: 
 Face Externa: região voltada para o exterior de uma cavidade (1); 
 Face Interna: região voltada para o interior de uma cavidade (2). 
 
Termos Proximal e Distal 
 
 
 
Cavidades e Quadrantes 
 
O corpo humano possui inúmeros órgãos constituintes de seus sistemas. No entanto, esses órgãos 
estão em compartimentos chamados de cavidades. Podemos localizar esses compartimentos em 
duas cavidades: dorsal e ventral. 
 
Cavidade Dorsal: 
 Cavidade Craniana; 
 Cavidade Vertebral. 
 
Cavidade Ventral: 
 Cavidade Torácica (c/ o mediastino); 
 Cavidade Abdomino-pélvico: 
 Cavidade abdominial; 
 Cavidade pélvica. 
14 
 
 
 
A cavidade abdomino-pélvica é a região do corpo humana mais complexa, pois os órgãos se 
encontram muito próximos uns dos outros o que não permite a localização exata de uma possível 
dor. 
 
 
 
15 
 
 
 
Exercícios: 
 
1. Descreva a posição anatômica. 
2. Cite os princípios de construção do corpo humano. 
3. Como se divide o corpo humano? 
4. Defina plano sagital mediano e paramediano. 
5. Escolha 1 termos de posição e explique. 
6. Explique o plano de secção Horizontal. 
7. Explique o plano de secção Frontal. 
8. Diferencie os termos: médio e medial. 
9. Explique os termos proximal e distal. 
10. Diferencie os termos superficial e profundo. 
11. Defina dois planos de delimitação, explique-os. 
12. Cite o que são eixos do corpo humano e quais são eles? 
13. Diferencie tecido, órgão, sistema orgânico e aparelho. 
14. Quais são os conceitos de variação anatômica? 
15. Cite os fatores de variação anatômica. 
16 
 
 
 
 
UUnniiddaaddee 11 -- SSIISSTTEEMMAA EESSQQUUEELLÉÉTTIICCOO // OOSSTTEEOOLLOOGGIIAA 
 
Osteologia é a parte da Anatomia Humana que estuda os ossos, que são estruturas rígidas, 
esbranquiçadas e resistentes, que apresentam, em um adulto, a quantidade de aproximadamente 
206 ossos. Em conjunto, os ossos formam o esqueleto. 
 
Conceito e função: 
 É o conjunto de ossos e cartilagens que se interligam para formar o 
arcabouço do corpo e desempenhar importantes funções como: 
sustentação, proteção, movimento, hematopoiese, armazenamento de 
gordura, armazenamento de minerais. 
 
 
FFUUNNÇÇÕÕEESS DDOO EESSQQUUEELLEETTOO 
 
ROTEÇÃO: protege de lesões órgãos vitais 
internos 
 
 
 
 
 
UPORTE: atua como arcabouço do corpo, dando 
sustentação aos tecidos moles e provendo pontos de 
fixação para a maioria dos músculos do corpo. 
 
OVIMENTO: músculos fixados ao esqueleto e ossos 
se relacionando por articulações móveis, determinam o 
tipo e a amplitude do movimento que o corpo é capaz 
de fazer. 
P 
S 
M 
Cavidade Craniana → Encéfalo 
Canal das Vértebras → Medula Espinal Caixa 
Torácica → Órgãos Torácicos 
Pelve Óssea → Bexiga Urinária 
Ex.: 
17 
 
 
 
 
 
EPÓSITO DE MINERAIS: Cálcio, fósforo, potássio e 
outros minerais são estocados nos ossos do esqueleto. 
Estes minerais podem ser mobilizados e distribuídos pelo 
sistema vascular sangüíneo e para outras regiões do 
corpo. 
 
EMATOPOIESE: A medula óssea vermelha de certos 
ossos produz as células sangüíneas encontradas no 
sistema circulatório. 
 
 
 
 
 
 
 
D 
H 
Porque Será que as Mulheres 
Dominam os Homens? 
18 
 
 
 
 
 
DDIIVVIISSÕÕEESS DDOO EESSQQUUEELLEETTOO 
Podemos dividir o esqueleto em duas grandes porções: 
Esqueleto axial: forma o eixo do corpo, e é composto pelos ossos da cabeça, pescoço e tronco 
(tórax e abdome) 
 
Esqueleto apendicular: forma os membros, está apensa ao esqueleto axial 
A união entre as duas é feita por cinturas: escapular, composta por escápula e clavícula, e 
pélvica, composta pelos ossos do quadril. 
 
CATEGORIA NÚMERO DE OSSOS 
ESQUELETO AXIAL 
CABEÇA 
COLUNA VERTEBRAL 
TÓRAX (COSTELAS/ESTERNO) 
 
29 (22+7) 
26 
25 
80 
ESQUELETO APENDICULAR 
CINTURA ESCAPULAR 
MEMBROS SUPERIORES 
CINTURA PÉLVICA 
MEMBROS INFERIORES 
 
04 
60 
02 
60 
126 
TOTAL 206 206 
 
19 
 
 
 
20 
 
 
 
TTIIPPOOSS DDEE EESSQQUUEELLEETTOO 
 
Podemos apresentar o esqueleto de várias formas, de acordo com o critério estabelecido: 
A – esqueleto articulado – as peças ósseas estão unidas. 
B – esqueleto desarticulado – as peças ósseas estão isoladas umas das outras. 
C – exoesqueleto – esqueleto externo, apresentado em alguns animais (p. ex.: tartaruga). 
D – endoesqueleto – esqueleto interno, apresentado em animais mais avançados na escala 
evolutiva e no próprio homem. 
 
 
 
CCLLAASSSSIIFFIICCAAÇÇÃÃOO DDOOSS OOSSSSOOSS 
 
LONGOS: Comprimento maior que a largura e espessura. 
 
Úmero Rádio Ulna Fêmur Tíbia Falanges 
 
 
Epífise e diáfise: 
 
 Na Epífise: Medula óssea vermelha confere produção de células sanguíneas e 
hematopoese. 
 
 Na Diáfise: Medula óssea amarela e armazenamento de gordura. 
21 
 
 
 
 
CURTOS: comprimento, largura e altura se equivalem. 
 
Carpo (mão) Tarso (pé) 
 
 
 
 
PLANOS OU LAMINARES: Comprimento e largura 
equivalentes, sendo maiores que a espessura. 
 
Escápula Frontal Parietal Occipital 
 
 
 
22 
 
 
 
IRREGULARES: Formas variadas, não se encaixando em 
nenhuma das categorias anteriores. 
 
Vértebras Esfenóide Etmóide 
 
 
PNEUMÁTICOS: Presença de cavidades com ar, cuja 
função é atuar na fala. 
 
Frontal Maxilar Esfenoide 
 
 
23 
 
 
 
 
SESAMÓIDES: o que os caracteriza é o local onde estão 
inseridos: dentro de cartilagem (tendão) ou 
dentro de cápsula articular. 
. 
Patela Pisiforme Hióideo 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
 
 
TTIIPPOOSS DDEE SSUUBBSSTTÂÂNNCCIIAA ÓÓSSSSEEAA 
 
• Substância Óssea Compacta (A): as 
lamínulas de tecido ósseo estão 
firmemente aderidas umas äs outras, sem 
espaço livre interposto. É um tipo mais 
denso e rijo. 
 
• Substância Óssea Esponjosa (B): as 
lamínulas de tecido ósseo são mais 
irregulares em forma e tamanho, 
deixando espaços entre si. 
 
• Periósteo: delicada membrana conjuntiva, revestindo todo o osso, exceto as 
superfícies articulares. 
 
EELLEEMMEENNTTOOSS DDEESSCCRRIITTIIVVOOSS DDAA SSUUPPEERRFFÍÍCCIIEE ÓÓSSSSEEAA 
 
Saliências Servem para articular ossos ou para fixar músculos, ligamentos, etc. 
Cabeça Superfície globosa, serve como superfície articular 
Côndilo Tubérculo ósseo arredondado que sustenta uma parte de uma articulação 
Face Superfície articular achatada ou pouco profunda 
Crista Superfície estreita e alongada. Serve como ponto de fixação 
Epicôndilo Processo proeminente acima ou lateralmente ao cöndilo, serve para fixação 
Eminência Superfície saliente, serve como ponto de fixação 
Tubérculo Uma pequena proeminência arredondada. Serve como ponto de fixação 
Tuberosidade Uma saliência rugosa, serve como ponto de fixação 
Trocânter Um grande processo para inserção muscular 
Processo Saliência óssea acentuada, serve como ponto de fixação 
Linha Crista pequena e pouco saliente, serve como ponto de fixação 
Espinha Superfície pontiaguda, serve como ponto de fixação 
Tróclea Superfície articular em forma de carretel. 
Depressões Assim como as saliências, podem ser articulares ou não. 
Fossa “Vala” rasa, normalmente para superfícies articulares 
Fosseta Uma pequena fossa 
Impressão Um pequeno sulco, uma marca pouco profunda 
Sulco Depressão alongada em forma de canaleta 
Fissura Depressão profunda, de formato pontiagudo 
Aberturas Destinadas à passagem de nervos e vasos, em geral. 
Forame Cavidade de transmissão para nervos e vasos 
Meato Ou canal, é uma passagem de formato tubular 
Óstios Entrada, abertura que liga duas estruturas 
PorosDenominação genérica para pequenos orifícios 
 
 
A 
B 
25 
 
 
 
Nutrição do osso 
 Os ossos tem um suprimento abundante de vasos sanguíneos, ou seja, altamente 
vascularizados. 
 As artérias do periósteo penetra no osso, irrigando-o e distribuindo-se na medula óssea. 
 OBS.: sem o periósteo o osso deixa de ser nutrido e consequentemente morre. 
26 
 
 
 
Exercícios: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
 
 
 
 
28 
 
 
 
UUnniiddaaddee 22 –– SSiisstteemmaa AArrttiiccuullaarr 
 
Artrologia - Divisão da Anatomia Humana que estuda as Articulações ou Junturas. 
 
 
AARRTTIICCUULLAAÇÇÕÕEESS OOUU JJUUNNTTUURRAASS 
 
É a união de duas ou mais estruturas que podem ser ossos, cartilagens ou tecido fibroso. Esta 
união pode ou não permitir movimento livre, de acordo com o tipo de tecido e as características 
próprias das articulações. 
 
CCLLAASSSSIIFFIICCAAÇÇÃÃOO DDAASS AARRTTIICCUULLAAÇÇÕÕEESS 
 
 
 
• FIBROSAS – ou SINARTROSE 
(Syn = junto com; Arthron = articulação) 
→ Articulação Imóvel 
 
 
 
 
 
 
 
• CARTILAGINOSAS – ou 
ANFIARTROSE 
(Amphi = ambos os lados; Arthron = 
articulação) 
→ Articulação Semimóvel 
 
 
 
• SINOVIAIS – ou DIARTROSE 
(Diarthrosis = articulação móvel) 
→ Articulação Móvel 
 
29 
 
 
 
 
FFIIBBRROOSSAASS oouu SSIINNAARRTTRROOSSEE 
 Ossos mantidos juntos firmemente por tecido conjuntivo fibroso 
 Articulações imóveis 
 Dois tipos principais, classificados pelo comprimento das fibras que unem os ossos: 
 
Sutura – Fibras de conexão curtas, formando interdigitações 
(somente entre os ossos do crânio) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sindesmose – Fibras de conexão mais longas, formando bandas ou faixas 
(extremidades distais da tíbia) 
 
Articulação Tíbio-fibular distal 
(entre tíbia e fíbula, na parte 
inferior dos dois ossos) 
Suturas 
30 
 
 
 
Gonfose - Tem um processo cônico inserido em um encaixe ósseo. Este tipo é 
encontrado somente entre as raízes dentárias e os alvéolos da mandíbula e do 
maxilar. 
 
 
 
 
31 
 
 
 
 
CCAARRTTIILLAAGGIINNOOSSAASS oouu AANNFFIIAARRTTRROOSSEE 
 Ossos unidos por cartilagem 
 Permitem movimentos limitados. 
 
Sincondroses – Ossos são mantidos juntos por cartilagem hialina. 
 
. Temporária – A cartilagem é substituída por osso 
(epífises dos ossos longos) 
. Permanente – A cartilagem permanece inalterada 
(as dez primeiras costelas e suas cartilagens 
costais) 
 
 
Sínfises – Superfícies articulares dos ossos 
cobertas camada de cartilagem 
fibrosa 
(união entre os 
ossos púbicos e as 
articulações entre 
corpos vertebrais 
adjacentes) 
 
Sincondrose 
Permanente: 
Cartilagens 
costais 
 
Sincondrose 
Temporária: 
Linha 
Epifisária 
32 
 
 
 
 
SSIINNOOVVIIAAIISS oouu DDIIAARRTTRROOSSEE 
 Permitem movimentação livre 
 Movimento limitado somente por ligamentos, músculos, tendões e ossos adjacentes. 
 
CCAARRAACCTTEERRÍÍSSTTIICCAASS DDAASS AARRTTIICCUULLAAÇÇÕÕEESS SSIINNOOVVIIAAIISS 
 
. Cápsula Articular - A 
Membrana dupla que envolve e 
encerra a articulação 
 
. Cartilagem articular - B 
Fina camada de cartilagem 
hialina que cobre a superfície 
articular dos ossos (são lisas, 
polidas e esbranquiçadas) 
 
. Membrana Sinovial - C 
Camada mais interna da 
cápsula articular 
 
. Liquido Sinovial - D 
Produzido pela membrana sinovial 
(ou bolsa sinovial), é responsável 
pela nutrição das cartilagens 
articulares e pela lubrificação das 
superfícies articulares 
 
. Ligamentos - E 
Estrutura de tecido conjuntivo denso 
com a função de unir ossos, permitir 
e limitar o movimento 
 
 
 
 
A 
B 
D 
C 
E 
A 
C 
33 
 
 
 
 
TTIIPPOOSS DDEE AARRTTIICCUULLAAÇÇÕÕEESS SSIINNOOVVIIAAIISS 
 
 
Plana (não axial) – possui superfícies 
articulares planas ou ligeiramente curvas 
(ossos do carpo, esterno-clavicular, acrômio-
clavicular, sacro-ilíaca) 
 
 
 
 
 
Condilar ou Elipsóide (bi-axial) – uma superfície 
articular é côncava, a outra convexa (art. rádio-cárpica, 
do joelho, úmero-radial) 
 
 
 
 
 
 
 
Trocoide ou Pivô (uni-axial) – 
uma superfície articular se articula 
com um pivô (art. atlanto-axial, 
rádio-ulnar proximal) 
 
34 
 
 
 
 
Gínglimo ou Dobradiça (uni-axial) – 
uma superfície articular se une a outra 
em forma de dobradiça (art. úmero-
ulnar) 
 
 
 
 
 
 
 
Selar (bi-axial) – a superfície 
articular é convexa e côncava ao 
mesmo tempo (art. carpo-
metacarpiana do polegar – é a 
única articulação deste tipo) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Esferoide ou Esférica (tri-axial) – uma 
superfície articular é esférica e a outra é uma 
cavidade (art. gleno-umeral, coxo-femural) 
 
 
35 
 
 
 
É A MAIOR ARTICULAÇÃO DO CORPO 
É A MAIS INSTÁVEL 
RESPONSÁVEL POR MAIS DE 50% PELOS CASOS DE INVALIDEZ POR 
ARTROSE PRIMÁRIA 
 
 
 
VASCULARIZAÇÃO: pelas artérias e veias articulares; 
INERVAÇÃO: Lei de Hilton - os nervos que suprem uma articulação também suprem os 
músculos que movimentam a articulação ou a pele que cobre suas inserções distais. 
• Propriocepção sensação de posição enviada por terminações nervosas capsulares (Ex: 
corpúsculos de Pacini). 
 
Cartilagem Articular 
 
 A cartilagem articular não é vascularizada e tem a função de não deixar um periósteo 
entre em contato com o outro e ocorra a dor. 
 Artrose – é o desgaste mecânico da cartilagem articular daí um osso entra em contato com 
o outro causando dor. 
 
 
Função da cartilagem 
 
 Amortece os impactos e impede o contato entre os ossos; 
 As lesões geralmente são irreversíveis. 
 
36 
 
 
 
Exercícios: 
1. Como as articulações podem ser divididas? 
2. Explique as articulações fibrosas do crânio. 
3. Cite 2 exemplos de sindesmoses. 
4. O que são gonfoses? 
5. Diferencie sincondroses e sínfises. Cite 2 exemplos de cada. 
6. Como se classificam funcionalmente as articulações sinoviais? 
7. Conceitue ligamentos e cápsula articular. Qual a função essas duas estruturas tem em 
comum? 
37 
 
 
 
 
UUnniiddaaddee 33 –– SSiisstteemmaa MMuussccuullaarr 
 
Miologia: é a área da anatomia que estuda os músculos e seus anexos. 
 
Músculos são estruturas individualizadas que cruzam uma ou mais articulações e pela sua 
contração são capazes de transmitir-lhes movimento. Este é efetuado por células especializadas 
denominadas fibras musculares, cuja energia latente é ou pode ser controlada pelo sistema 
nervoso. Os músculos são capazes de transformar energia química em energia mecânica. 
 
Conceito: Os músculos são, tecnicamente, órgãos que formam o sistema muscular e que 
correspondem a aproximadamente 40% do peso do corpo. Apesar de existirem três tipos de 
músculos (esquelético, cardíaco e liso), o sistema muscular trata apenas dos músculos estriados 
esqueléticos. 
 
FFUUNNÇÇÕÕEESS DDOOSS MMÚÚSSCCUULLOOSS 
 Produção dos movimentos corporais: Movimentos globais do corpo, como andar e correr. 
 
 Estabilização das Posições Corporais: A contração dos músculos esqueléticos estabilizam 
as articulações e participam da manutenção das posições corporais, como a de ficar em pé 
ou sentar. 
 
 
 Regulação do Volume dos Órgãos: A contração sustentada das faixas anelares dos 
músculos lisos (esfíncteres) pode impedir a saída do conteúdo de um órgão oco. 
 
 Movimento de Substâncias dentro do Corpo: As contrações dos músculos lisos das 
paredes vasos sangüíneos regulam a intensidade do fluxo. Os músculos lisos também 
podem mover alimentos, urina e gametas do sistema reprodutivo. Os músculos 
esqueléticos promovem o fluxo de linfa e o retorno do sangue para o coração. 
 
 Produção de Calor: Quando o tecido muscular se contrai ele produz calor e grande parte 
desse calor liberado pelo músculo é usado na manutenção da temperatura corporal. 
 
38 
 
 
 
 
Grupos Musculares: 
 Em número de nove. São eles: 
 Cabeça;Pescoço; 
 Tórax; 
 Abdome; 
 Região posterior do tronco; 
 Membros superiores; 
 Membros inferiores; 
 Órgãos dos sentidos; 
 Períneo. 
 
 
TTIIPPOOSS DDEE MMÚÚSSCCUULLOOSS 
 
TIPO IMPULSO CARACTERÍSTICA EXEMPLO 
Músculo Estriado 
Esquelético 
Voluntário Localizado no esqueleto 
Bíceps braquial, 
Solear 
Músculo Liso Involuntário Paredes viscerais 
Estômago, 
Esôfago, Vasos 
Músculo Estriado 
Cardíaco 
Involuntário Coração Miocárdio 
 
39 
 
 
 
 
MMÚÚSSCCUULLOOSS EESSTTRRIIAADDOOSS EESSQQUUEELLÉÉTTIICCOOSS 
 
É o tipo de músculo responsável pelo movimento. 
 
EESSTTRRUUTTUURRAA MMAACCRROOSSCCÓÓPPIICCAA DDOOSS MMÚÚSSCCUULLOOSS EESSQQUUEELLÉÉTTIICCOOSS 
 
O Músculo Estriado Esquelético é fixo às estruturas por meio dos TENDÕES ou 
APONEUROSES. O tendão caracteriza-se por ter formato de cilindro ou fita. A aponeurose é 
laminar, ou seja, longa e fina. 
 
O VENTRE é a parte contrátil do músculo, é altamente vascularizado, e é composto da seguinte 
forma: 
 Epimísio – camada mais externa envolve o músculo. 
 Perimísio – camada intermediária envolve os fascículos. 
 Endomísio – camada mais interna envolve o sarcolema, membrana que envolve cada fibra 
muscular. 
 
A FÁSCIA envolve o músculo como um todo, permitindo deslizamento e auxiliando a nutrição. 
40 
 
 
 
 
AANNÁÁLLIISSEE AANNAATTÔÔMMIICCAA EE BBIIOOMMEECCÂÂNNIICCAA DDOOSS MMÚÚSSCCUULLOOSS 
 
Análise Anatômica Análise Biomecânica 
Origem – ponto fixo Inserção Proximal 
Inserção – ponto móvel Inserção Distal 
Ação – movimento realizado pelo músculo 
 
CCLLAASSSSIIFFIICCAAÇÇÃÃOO MMOORRFFOOLLÓÓGGIICCAA DDOOSS MMÚÚSSCCUULLOOSS EESSQQUUEELLÉÉTTIICCOOSS 
 
Critério Característica 
Quanto à 
forma do 
músculo e 
arranjo das 
fibras 
Disposição paralela: 
longos (a) → comprimento predominante 
largos (d) → comprimento e largura equivalentes 
Disposição oblíqua – músculos peniformes: 
unipenados (f) – feixes fixos a uma borda do tendão 
bipenados (g) – feixes se fixam nas duas bordas 
Quanto à 
origem 
Músculos cuja origem se dá por mais de um tendão: 
bíceps (b) (2), tríceps (3) ou quadríceps (4) 
Quanto à 
inserção 
Músculos cuja inserção se dá por mais de um tendão: 
bicaudados (2) ou policaudados (3 ou mais) 
Quanto ao 
ventre 
muscular 
Músculos que apresentam mais de um ventre, com 
tendões intermediários situados entre eles. 
Digástrico (c) (2) e poligástrico (e) (3 ou mais) 
Quanto à 
ação 
Depende da ação principal do músculo: 
flexor, extensor, abdutor, adutor, rotador, etc. 
 
CCLLAASSSSIIFFIICCAAÇÇÃÃOO FFUUNNCCIIOONNAALL DDOOSS MMÚÚSSCCUULLOOSS EESSQQUUEELLÉÉTTIICCOOSS 
 
Critério Característica 
Agonista 
O músculo é o agente principal na execução do 
movimento. Ex: m. Braquial na flexão do antebraço 
Antagonista 
O músculo se opõe ao trabalho de um agonista. 
Ex: m. tríceps braquial na flexão do antebraço 
Sinergista 
O músculo atua no sentido de evitar algum movimento 
indesejado produzido pelo agonista. 
Ex: m. Extensores do carpo na flexão da mão 
Fixador 
Postural 
Os músculos não estão envolvidos diretamente com o 
movimento principal, mas estabilizam diversas partes 
do corpo para tornar possível a ação principal. 
Ex: mm. do dorso ao abaixar para pegar um objeto 
 
41 
 
 
 
Quanto à Nomenclatura: 
O nome dado aos músculos é derivado de vários fatores, entre eles o fisiológico e o topográfico: 
 
a) Ação: Extensor dos dedos. 
b) Ação Associada à Forma: Pronador redondo e pronador quadrado. 
c) Ação Associada à Localização: Flexor superficial dos dedos. 
d) Forma: Músculo Deltoide (letra grega delta). 
e) Localização: Tibial anterior. 
f) Número de Origem: Bíceps femoral e tríceps braquial. 
 
Anexos Musculares: 
 
 Fáscia muscular: É constituída de tecido CONJUNTIVO FIBROSO e tem a função de 
revestir e compartimentalizar o músculo. Elas mantêm os músculos em posição, mesmo 
durante a contração, servem como origem e inserção muscular, constituem retináculos e 
fitas especializadas para os tendões, dão vias de passagem para vasos e nervos e permitem 
o deslizamento dos órgãos adjacentes. 
 
42 
 
 
 
 
 Bainha Sinovial - Tem a função de revestir o tendão para protegê-lo do atrito. 
 
 Bainha Fibrosa dos tendões - Tem a função de "conter o tendão" para delimitar seu 
movimento, porém permite seu deslizamento. . As bolsas sinoviais são idênticas à 
membrana sinovial da cápsula articular. Elas contêm líquido e facilitam o deslizamento 
dos músculos, tendões e fáscias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bolsa Sinovial: Tem a função de diminuir o atrito entre duas estruturas (óssea, muscular, 
epitelial). 
 
43 
 
 
 
EExxeerrccíícciiooss:: 
 
44 
 
 
 
45 
 
 
 
Unidade 4 – Sistema Cardiovascular 
 
 É o responsável por conduzir o sangue pelo 
organismo, sendo constituído por vasos 
sanguíneos (artérias e veias) e pelo coração, 
que funciona como a bomba propulsora 
para o movimento do sangue. 
 
 
 O sangue circulante transporta o material 
nutritivo que foi absorvido pela digestão 
dos alimentos para todas as células do 
organismo. De forma semelhante, quando o 
sangue circula pelos pulmões, o oxigênio é 
incorporado às hemácias, e conduzido até as 
células do organismo. 
 
 O gás carbônico produzido pela respiração 
celular é levado pelo sangue aos pulmões 
para eliminação através do ar exalado. 
Além disso, o sangue circulante também 
transporta os produtos do metabolismo 
celular, água e íons em excesso, desde os 
locais onde foram produzidos até os órgãos 
encarregados de eliminá-los. 
 
 O papel regulador se deve aos hormônios e outras 
moléculas reguladoras que o sangue transporta 
desde seu local de origem até os tecidos distantes 
nos quais esses elementos devem atuar. O sangue 
possui ainda células especializadas na defesa 
orgânica contra substâncias estranhas e micro-
organismos, como os leucócitos. 
46 
 
 
 
Conceito: 
➢ Permeabilidade seletiva: através de fenômenos físico-químicos complexos 
 
 material nutritivo e O2 
CAPILAR TECIDOS 
 
 produtos metabólicos (CO2) 
 
➢ O corpo de um adulto tem em média 5L de sangue, circulando continuamente. 
 
 
Funções: 
 Levar material nutritivo e oxigênio às células; 
 O sangue transporta material nutritivo absorvido pela digestão para todas as células; 
 Assim como o Oxigênio incorporado ao sangue, quando este circula pelos pulmões; 
 Transporte de produtos do metabolismo celular, desde os locais onde foram produzidos 
até os órgãos encarregados de os eliminar; 
 O sangue possui células especializadas na defesa orgânica contra substâncias estranhas e 
microorganismos. 
 
 Anatomia do coração 
 
 O coração, órgão central do sistema cardiovascular, é ligeiramente maior que uma mão 
fechada e funciona como uma bomba dupla, auto ajustável, de sucção e pressão, cujas 
porções trabalham em conjunto para impulsionar o sangue para todas as partes do corpo. 
 
 O coração e as raízes de seus grandes vasos (vasos da base) estão envolvidos pelo pericárdio, 
um saco fibrosseroso de parede dupla que tem a função de separar o coração dos outros 
órgãos do mediastino, protegendo-o e limitando sua expansão súbita durante a diástole 
ventricular. 
Pericárdio 
 
 O pericárdio consiste em uma camada externa fibrosa, o pericárdio fibroso, e de uma camada 
interna serosa, o pericárdio seroso. Este último apresenta uma lâmina parietal, aderente ao 
pericárdio fibroso e uma lâmina visceral, aderente ao miocárdio que também é chamada de 
epicárdio. 
 
47 
 
 
 
 Entre as duas lâminas do pericárdio seroso existe um espaço potencial que normalmente 
contém uma película fina de líquido seroso que permite o coração mover-se sem atrito, 
chamado de cavidade do pericárdio. 
 
CCOORRAAÇÇÃÃOO 
 
Características: 
Órgão muscular,oco, que funciona como uma bomba contrátil-
propulsora. 
É formado pelo tecido muscular estriado cardíaco, que constitui a 
camada média ou miocárdio. A camada interna chama-se endocárdio, 
e a camada externa, epicárdio. 
 
Forma: 
 Tem a forma aproximada de um cone truncado. 
 Apresenta uma base (superior), um ápice (inferior) e faces 
(esternocostal, diafragmática e pulmonar) 
 Sua maior porção se encontra à direita do plano mediano. 
 Fica disposto obliquamente, de tal forma que a base é medial e 
o ápice é lateral. 
 Na base encontramos os vasos da base do coração (vasos por 
onde o sangue chega e sai do coração). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Localização: 
Situa-se na cavidade torácica, atrás do esterno, acima do músculo 
diafragma sobre o qual em parte repousa, no espaço compreendido entre 
os dois sacos pleurais, o mediastino. 
 As paredes do coração são constituídas por três camadas: o epicárdio, 
48 
 
 
 
camada mais externa que forma a lâmina visceral do pericárdio 
seroso; o miocárdio, a camada média e espessa constituída pelo 
músculo cardíaco; e o endocárdio, a camada interna que recobre a 
superfície interna do coração e suas valvas. 
 
 
Sistema de 
Condução: 
 
 O controle da atividade cardíaco é feito através do vago (atua 
inibindo) e do simpático (atua estimulando) 
 Estes nervos agem sobre uma formação situada na parede do átrio 
direito – o nó sinu-atrial, considerado como o “marcapasso do 
coração”. 
 Nó sinu-atrial → impulso → nó átrio-ventricular → feixe átrio-
ventricular→ ramos direito e esquerdo. 
 
Morfologia O coração apresenta a forma de um cone truncado, apresentando 
Externa uma base, um ápice e faces (esternocostal, diafragmática e 
 pulmonar). Na superfície externa do coração, observamos dois 
 apêndices, cada qual se relacionando com um dos átrios, chamados 
 de aurículas. 
 
Morfologia 
Interna I: 
Septos, Átrios e 
Ventrículos. 
A cavidade cardíaca apresenta três septos, que dividem o coração em 
quatro câmaras: 
 
O septo átrio-ventricular (horizontal) divide o coração em duas porções, 
superior e inferior. 
 
O septo inter-atrial (vertical) divide a porção superior em dois átrios [do 
latim atrium – sala de espera] (direito e esquerdo). 
 
O septo interventricular (vertical) divide a porção inferior em dois 
ventrículos [do latim ventrículus – diminutivo de ventre] (direito e 
esquerdo). 
 
Os átrios apresentam, cada um, uma projeção externa, as aurículas 
(devido à forma similar a uma orelha de animal). [Do latim auris – 
relativo ou semelhante à orelha]. 
 
49 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Morfologia Interna 
II: Esqueleto 
Cardíaco. 
Consiste numa massa contínua de tecido conjuntivo fibroso que 
circunda os óstios átrio-ventriculares e os óstios do tronco pulmonar e da 
aorta. Nele se inserem as valvas dos orifícios átrio-ventriculares e dos 
orifícios arteriais, além de camadas musculares. 
 
Morfologia Interna 
III: Óstios, Valvas 
e Válvulas. 
Os óstios átrio-ventriculares (orifícios entre os septos) são providos de 
dispositivos, as valvas átrio-ventriculares, que permitem a passagem do 
sangue somente do átrio para o ventrículo. A valva é formada por uma 
lâmina de tecido conjuntivo denso, recoberta em ambas as faces pelo 
endocárdio. Esta lâmina é descontínua, apresentando subdivisões 
incompletas, as válvulas ou cúspides. A valva átrio ventricular direita 
possui três válvulas e recebe a denominação de valva tricúspide; a valva 
átrio-ventricular esquerda possui duas válvulas e chama-se valva mitral. 
Septo 
Átrioventricular 
Septo 
Interventricular 
Septo 
Interatrial 
AD AE 
 VD 
 
VE 
AD 
AE 
VD 
VE 
50 
 
 
 
 
 
 
Morfologia 
Interna IV: 
Valvas de Saída. 
Nos orifícios de saída do tronco pulmonar e da aorta, 
respectivamente no ventrículo direito e esquerdo, existe um 
dispositivo valvar para impedir o refluxo sangüíneo: 
 
Valva do tronco pulmonar (constituída por três válvulas 
semilunares). 
 
Valva aórtica (constituída por três válvulas semilunares). 
 
Morfologia 
Interna V: 
Cordas Tendíneas e 
Músculos Papilares. 
Cada válvula ou cúspide é fixa por cordas tendíneas aos músculos 
papilares. Sua função é impedir o refluxo de sangue dos 
ventrículos aos átrios. 
 
51 
 
 
 
 
 
 
Vasos 
da Base: 
Átrio direito Veias cavas superior e inferior 
Átrio esquerdo Veias pulmonares direita(2) e esquerda(2). 
Ventrículo direito Tronco pulmonar, que se bifurca em: 
→ Artéria pulmonar direita 
→ Artéria pulmonar esquerda 
Ventrículo esquerdo Artéria aorta, se apresenta assim: 
→ Ramo Ascendente 
→ Arco ou Cajado Aórtico 
→ Ramo Descendente 
 
 
Cordas 
Tendíneas 
Músculos 
Papilares 
52 
 
 
 
Pericárdio: 
Saco fibro-seroso que envolve o coração, separando-o dos outros órgãos 
do mediastino e limitando sua expansão durante a diástole ventricular. 
 
Duas camadas: 
→ Camada externa fibrosa – pericárdio fibroso. 
→ Camada externa serosa – pericárdio seroso. 
 
Duas lâminas (no Pericárdio Seroso): 
→ Lâmina parietal 
→ Lâmina visceral ou epicárdio (em contato com o miocárdio) 
 
Irrigação e drenagem do coração: 
 
 O coração é irrigado pelas artérias coronárias direita e esquerda. Os dois principais ramos 
da artéria coronária direita são o ramo marginal direito e o ramo interventricular posterior; 
os dois principais ramos da artéria coronária esquerda são o ramo interventricular anterior 
e o ramo circunflexo. 
 
 A drenagem venosa do coração é feita, principalmente, pelas veias cardíacas que 
desembocam no seio coronário. 
São elas: a veia cardíaca magna, a veia cardíaca parva e a veia interventricular posterior 
(cardíaca média). 
 
Complexo estimulante do coração 
 
 O controle da atividade cardíaca é feito através do plexo cardíaco (simpático), que atua 
aumentando a frequencia cardíaca e dilatando as artérias coronárias, e através do nervo 
vago (parassimpático), que atua de maneira oposta. 
 
 Estes nervos vão atuar sobre o complexo estimulante do coração, que conduz os impulsos 
e coordena o ciclo cardíaco. O complexo estimulante do coração consiste em células 
musculares cardíacas e fibras de condução altamente especializadas para os impulsos 
iniciais e os conduzem rapidamente através do coração. 
53 
 
 
 
ATIVIDADE ELÉTRICA DO CORAÇÃO 
 
 Nódulo (nó) sino-atrial ou sinusal (SA) ou marcapasso: região especial do coração, que 
controla a freqüência cardíaca. 
 
 Localiza-se perto da junção entre o átrio direito e a veia cava superior. 
 
 Constituído por um aglomerado de células musculares especializadas  frequência 
rítmica de aproximadamente 72 contrações por minuto. 
 
 Sistema de Purkinje ou fascículo átrio-ventricular: sistema especial de condução 
composto de fibras musculares cardíacas especializadas que transmitem os impulsos com 
uma velocidade aproximadamente 6 vezes maior do que o músculo cardíaco normal. 
54 
 
 
 
Os principais elementos são: o nó sinoatrial, o nó atrioventricular, o fascículo 
atrioventricular, os ramos direito e esquerdo, e os ramos subendocárdicos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vasos da base: 
 VASOS DA BASE: vasos através dos quais o sangue chega ou sai do coração, com raízes 
situadas na base do coração. 
 ÁTRIO DIREITO: desembocam veia cava superior e inferior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
55 
 
 
 
 ÁTRIO ESQUERDO: desembocam 4 veias pulmonares (duas de cada pulmão) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 VENTRÍCULO DIREITO: sai tronco pulmonar (divide em artéria pulmonar direita e 
esquerda) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 VENTRÍCULO ESQUERDO: sai arco aórtico 
56Valva do tronco pulmonar e valva do arco aórtico, constituídas por três válvulas 
semilunares; 
 
 Evitar refluxo durante a diástole ventricular, ou seja retorno do sangue ventricular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
57 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Irrigação do coração: 
 Duas artérias: coronárias direita (ramo marginal e ramo interventricular posterior) e 
esquerda (ramo interventricular anterior e o ramo circunflexo), irrigam o coração; 
 Correm no seio coronário (separa os A dos V); 
 Coronária Esquerda + volumosa e preponderante 
 O conjunto dessas estruturas citadas acima dá-se o nome de complexo estimulante do 
coração; 
 Lesões deste sistema interferem na transmissão do estímulo e, consequentemente, alteram 
o ritmo e o trabalho do coração. Ex.: Doença de Chagas. 
 O coração impulsiona a corrente sanguínea através da contração e relaxamento da 
musculatura; 
 Relaxa (diástole) – enchimento das câmaras; 
 Contração (sístole) – distribuição do sangue; 
 Atividade deve ser ordenada e com intervalos curtos; 
 Átrio deve contrair para encher os ventrículos – posteriormente a contração ventricular 
deve se iniciar. 
58 
 
 
 
DIVISÃO 
 
Sistema sanguífero – composto por vasos condutores de sangue (artérias, veias, e capilares) e o 
coração (pode ser considerado como um vaso modificado). 
 
Sistema linfático – formado por vasos condutores de linfa (capilares linfáticos, vasos linfáticos e 
troncos linfáticos) e por órgãos linfóides (linfonodos e tonsilas). 
 
 
Órgãos hemopoiéticos – representados pela medula óssea e pelos órgãos linfóides (baço* e 
timo). 
 
* O baço é descrito pela Nomenclatura Anatômica no sistema linfático (por ser um órgão 
linfóide), mas por causa de sua importante função hemopoiética, pode também ser incluído entre 
os órgãos desta função, como, aliás, o faz a Nomenclatura Histológica. 
 
59 
 
 
 
CCIIRRCCUULLAAÇÇÃÃOO 
 
Tipos de 
Circulação I: 
Pequena 
Circulação ou 
Circulação 
Pulmonar. 
Tem início no ventrículo direito, de onde o sangue (rico em CO) é 
bombeado para a rede capilar dos pulmões, via tronco pulmonar 
(artérias pulmonares direita e esquerda). 
 
Após sofrer hematose, o sangue oxigenado retorna ao átrio esquerdo, 
por meio das duas veias pulmonares direita e esquerda, se dirigindo 
então para o ventrículo esquerdo. 
 
Em síntese, é uma circulação coração-pulmão-coração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 VD 
 
Tronco 
Pulmonar 
Artéria 
Pulmonar Hematose 
Veias 
Pulmonar
es 
AE 
VE 
Veias 
Pulmonares 
60 
 
 
 
 
Tipos de 
Circulação II: 
Grande 
Circulação ou 
Circulação 
Sistêmica. 
Tem início no ventrículo esquerdo, de onde o sangue (rico em O) é 
bombeado para a rede capilar dos tecidos do organismo, via artéria 
aorta. 
 
Após as trocas sanguíneas, o sangue rico em CO retorna ao átrio 
direito, por meio das duas veias cavas superior e inferior, se dirigindo 
então para o ventrículo direito. 
 
Em síntese, é uma circulação coração-tecidos-coração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AD VE 
VD 
61 
 
 
 
 
62 
 
 
 
PEQUENA CIRCULAÇÃO 
 TRAJETO; 
 TRANSPORTE; 
 TROCA GASOSA; (HEMATOSE) 
 GASES TRANSPORTADOS: - H2O + CO2 (PULMÃO) 
 
GRANDE CIRCULAÇÃO 
 
 TRAJETO; 
 TRANSPORTE; 
 TROCA GASOSA; (HEMATOSE) 
 GASES TRANSPORTADOS: -H2O + CO3 (PLASMA SANGUÍNEO) 
 
 
TTIIPPOOSS DDEE VVAASSOOSS SSAANNGGÜÜÍÍNNEEOOSS 
 
AARRTTÉÉRRIIAASS 
 
Características: 
Artéria é um termo latinizado do grego, que significa “vasos contendo 
ar”, que era o que os antigos pensavam sobre seu conteúdo. 
São tubos cilindróides, elásticos, nos quais o sangue circula 
centrifugamente em relação ao coração. 
Possuem elasticidade a fim de manter o fluxo sangüíneo constante: as 
artérias podem dilatar-se no sentido transversal para conter maior 
volume de sangue ; podem também distender-se no sentido longitudinal, 
atendendo aos deslocamentos dos segmentos corpóreos. 
 
Forma e Calibre: 
Possuem grande, médio, pequeno calibre, e arteríolas. 
Grande calibre ou elásticas (aorta, tronco braquiocefálico, subclávia) - 
diâmetro interno de 7 mm. 
Distribuidoras (ou musculares) ou de médio calibre (a maioria das 
artérias do corpo) - diâmetro interno entre 2,5 a 7 mm. 
Pequeno calibre - diâmetro interno entre 0,5 e 2,5 mm. 
Arteríolas (são os menores ramos das artérias e oferecem maior 
resistência ao fluxo sanguíneo, contribuindo assim para reduzir a 
pressão do sangue antes de atingirem os capilares) - diâmetro interno 
com menos de 0,5 mm. 
 
63 
 
 
 
 
 
À Esquerda – Ilustração de uma artéria, com suas divisões internas. 
À Direita – macrofotografia eletrônica colorizada do 
interior de uma arteríola, com a presença de hemácias. 
64 
 
 
 
 
Ramos Terminais 
e Colaterais: 
Ramos terminais: quando a artéria dá ramos e o ramo principal deixa de 
existir. 
Ramos colaterais: quando a artéria emite ramos e o tronco de origem 
continua a existir. 
Os ângulos dos ramos colaterais podem ser: 
• Ângulo agudo (o mais freqüente; permite que o sangue circule 
com facilidade e no mesmo sentido da corrente da artéria de 
origem) 
• Ângulo reto (ocorre diminuição na velocidade de circulação 
do sangue). 
• Ângulo obtuso, recebe o nome de ramo recorrente (neste caso 
o sangue circula em direção oposta àquela da artéria de 
origem). 
 
 
Situação: 
As artérias podem ser superficiais ou profundas (a maioria). 
A quase totalidade das artérias é profunda, e isto é funcional, pois nesta 
situação as artérias encontram-se protegidas. As artérias têm “filia” 
pelos ossos e “fobia” pela pele. 
 
As artérias profundas são acompanhadas por uma ou duas veias, tendo 
esta(s) mesmo trajeto, calibre semelhante e em geral o mesmo nome da 
artéria que acompanham, sendo chamadas de veias satélites. 
 
Ramos Terminais – artérias 
braquial (esq.) e ulnar (dir.) 
Artéria 
Braquial 
Ramo colateral agudo 
da Artéria Braquial 
Ramos recorrentes da artéria 
ulnar 
Ramo colateral reto 
da Artéria Axilar 
Sentido do 
fluxo 
sangüíneo 
Artéria Superficial 
Artéria 
Profunda 
65 
 
 
 
Principais artérias do corpo humano: 
 
 Aorta: 
o Parte ascendente da aorta, arco da aorta, parte descendente da aorta (parte torácica 
da aorta e parte abdominal da aorta); 
o Cabeça e Pescoço: 
o Tronco braquiocefálico, artérias carótida comum, carótida interna, carótida externa 
e subclávia; 
 Tórax: 
 Parte torácica da aorta: artérias intercostais posteriores; 
 Abdome e Pelve: 
▪ Parte abdominal da aorta: artéria frênica inferior, tronco celíaco (artéria hepática 
comum, gástrica esquerda e esplênica), renal, mesentérica superior, mesentérica 
inferior, ilíaca comum (ilíaca interna e externa); 
 
 Membros superiores: 
o Artéria axilar, braquial, braquial profunda, radial, ulnar e interóssea comum; 
 Membros inferiores: 
o Artéria femoral, femoral profunda, poplítea, tibial anterior, tibial posterior e 
fibular. 
 
 
 
VVEEIIAASS 
 
Características: 
São tubos nos quais o sangue circula centripetamente em relação com o 
coração. 
A forma varia de acordo com a quantidade de sangue em seu interior. 
Quando cheias são mais ou menos cilíndricas, quando pouco cheias ou 
mesmo vazias são achatadas. 
Em virtude da menor tensão de sangue em seu interior e de possuir 
paredes mais delgadas, as veias são muito depressíveis, podendo suas 
paredes entrar em contato (“colabamento”) e assim permanecer por 
algum tempo. O poder de distensão das veias no sentido transversal é tão 
acentuado, que elas podem, segundo alguns autores, quintuplicar o seu 
diâmetro. 
 
Forma e 
Calibre: 
Possuem grande, médio, pequeno calibre, e vênulas. 
De uma forma geral, possuem calibre maior que as artérias de mesmo 
tamanho, assim como seu número é muito maior do que o das artérias. 
Isto se deveao fato de que a velocidade do sangue nas veias é menor do 
que nas artérias, tendo as veias que transportar um volume de sangue 
igual às artérias em um mesmo espaço de tempo. 
66 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ilustração de uma veia, com suas divisões internas e a válvula venosa. 
 
67 
 
 
 
 
Situação: 
As veias podem ser: 
a) Superficiais ou Profundas. 
• Veias Superficiais: são subcutâneas, visíveis com freqüência por 
transparência na pele, mais calibrosas nos membros e no 
pescoço. Drenam o sangue da circulação cutânea e servem 
também como via de descarga auxiliar da circulação profunda. 
• Veias Profundas: podem ser solitárias, isto é, não acompanham 
artérias (vv. cavas, v. ázigos, v. porta, etc.) ou satélites das 
artérias. 
 
b) Tributárias ou Afluentes. 
• Veias Tributárias: são aquelas que “dão seu tributo” sangüíneo às 
veias afluentes. 
• Veias Afluentes: vão “confluindo no leito principal”, tornando as 
veias principais mais calibrosas à medida que chegam ao 
coração. 
 
c) Comunicantes, Viscerais ou Parietais. 
• Veias comunicantes: comunicam as veias superficiais com as 
profundas. 
• As veias da cabeça e do tronco podem ser classificadas em 
viscerais (ao drenarem as vísceras) e em parietais (ao drenarem 
as paredes daqueles segmentos). 
 
68 
 
 
 
 
Veia Profunda 
Veia 
Superficial 
Veia Tributária 
Veia Afluente 
Veia 
Comunicante 
Veia Visceral 
Veia Parietal 
69 
 
 
 
Principais veias do corpo humano: 
 Cabeça e Pescoço: 
o Veia jugular interna, jugular externa e braquiocefálica; 
o Tórax: 
o Veia cava superior, cava inferior, ázigo, hemiázigo e hemiázigo acessória; 
o Abdome e Pelve: 
o Veia renal e porta do fígado; 
 
 Membro superior: 
o Veia subclávia e axilar; 
▪ Profundas: veias braquiais, ulnares, radiais, interósseas anteriores e 
posteriores; 
▪ Superficiais: veia cefálica, basílica, intermédia do cotovelo, intermédia do 
antebraço, cefálica do antebraço e basílica do antebraço; 
 Membro inferior: 
o Profundas: femoral, femoral profunda, poplítea, tibiais anteriores, tibiais 
posteriores e fibulares; Superficiais: veia safena magna e safena parva. 
 
 
Válvulas: 
A presença de válvulas é uma das principais características das veias, 
embora haja exceções, pois estão ausentes nas veias do cérebro e em 
algumas veias do pescoço e do tronco. 
• As válvulas são pregas membranosas da camada interna das 
veias em forma de bolso. 
• Possuem uma borda aderente à parede do vaso e uma borda livre 
voltada em direção ao coração. 
• Seio da válvula (espaço delimitado pela borda aderente entre a 
válvula e a parede da veia). 
• Impede que o sangue retorne pois a progressão da corrente 
sangüínea venosa não é contínua, e, uma vez cessada a força que 
a impulsiona o sangue tende a retornar devido a ação da força da 
gravidade. 
• A insuficiência de muitas válvulas de uma mesma veia provoca 
sua dilatação e conseqüente estase sangüínea: é o que chamamos 
de varizes. 
• Um dos mais importantes fatores do retorno do sangue venoso ao 
coração é a contração muscular, que comprime as veias 
impulsionando o sangue nelas contido. 
 
Capilares Sanguíneos – são vasos microscópios, interpostos entre as 
artérias e veias. Neles se processam as trocas entre o sangue e os tecidos. 
 
70 
 
 
 
 
Ilustração de uma veia, com fluxo venoso. As setas apontando para a direita 
indicam o fluxo venoso. As setas apontando para a esquerda indicam o refluxo, 
ou volta do sangue. Esta volta é impedida pelas válvulas, que se fecham. 
 
71 
 
 
 
 
SSIISSTTEEMMAA AARRTTEERRIIAALL 
 
Arco ou Cajado 
Aórtico: 
• Tronco braquiocefálico: 
 A. subclávia direita 
 A. carótida comum direita 
• A. carótida comum esquerda. 
• A. subclávia esquerda. 
 
Aa. subclávias (direita e 
esquerda): 
irrigam o membro superior. 
Aa. carótidas comuns (ou 
primitivas): 
Na altura da cartilagem 
tireóidea subdividem-se em: 
aa. carótidas externas: (irrigam 
o couro cabeludo, face e parte alta 
do pescoço). 
 aa. carótidas internas: 
 (participam da formação do Sist. Carotídio). 
 
 
 
Tronco 
Braquiocefálico 
A. Subclávia 
direita 
72 
 
 
 
 
Sistema 
Carotídeo: 
 
C 
Responsável pela irrigação de 60% do encéfalo. 
É formado pelas: 
 
• A. carótida interna D/E – se trifurca em: 
• A. cerebral anterior D/E 
• A. cerebral média D/E 
• A. comunicante posterior 
• A. comunicante anterior– une as Aa. cerebrais anteriores 
 
 
Sistema Vértebro-
Basilar: 
 
VB 
Responsável pela irrigação de 40% do encéfalo. 
É formado pela: 
 
• Aa. Vertebrais – se anastomosam no sulco bulbopontino, formam a 
• A. basilar – passa pelo sulco basilar e se subdivide na altura da fossa 
interpeduncular em 
• Aa. cerebrais posteriores 
C 
C 
C 
C 
VB 
VB 
VB 
73 
 
 
 
 
Círculo Arterial 
Cerebral 
(Polígono de 
Willis): 
É formado pelas: 
 
• Aa. comunicantes posteriores 
• Aa. cerebrais anteriores D/E 
• Aa. comunicantes posteriores D/E 
• Aa. cerebrais posteriores D/E 
 
 
 
74 
 
 
 
 
Artéria Subclávia: 
→ Na altura da 1ª costela passa a chamar-se: 
• A. axilar 
→ Na altura do músculo redondo menor passa a chamar-se: 
• A. braquial ou umeral 
→ Na altura do cotovelo ela se dicotomiza em: 
• A. radial 
• A. ulnar 
→ Após o punho: 
• Aa. interósseas 
• Aa. lumbricais 
• Aa. digitais 
 
75 
 
 
 
 
 
Artéria 
Radial 
Artéria 
Ulnar 
Arco 
Palmar 
Artérias 
Digitais 
Artérias 
Lumbricais 
e 
Interósseas 
76 
 
 
 
 
Artéria Aorta 
Descendente: 
Porção Torácica: até o diafragma 
Porção Abdominal: após o diafragma – subdivide-se em: 
• A. frênica inferior (1) .................. (diafragma) 
• Tronco celíaco 
 A. hepática (2) .................... (fígado) 
 A. gástrica esquerda (3) .... (estômago) 
 A. esplênica (4) ................... (baço e o pâncreas) 
• Aa. renais (5) ................................ (rins) 
• A. mesentérica superior (6) .. (intestino delgado e parte do grosso) 
• A. mesentérica inferior (7) .... (intestino grosso) 
• Aa. gonadais (8) ...................... (gônadas masc. e fem.) 
• A. sacral mediana ..............(região sacral mediana) 
• A. hipogástrica ................. (pênis) 
→ Aproximadamente na altura de L4 / L5 a A. aorta abdominal se dicotomiza e 
passa a se chamar: 
 
• A. ilíaca comum D/E (9) 
• A. ilíaca interna (10)..................(musculatura e órgãos pélvicos) 
• A. ilíaca externa (11) 
 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
7 
8 
9 9 
10 
11 
77 
 
 
 
 
Artéria Ilíaca 
Externa: 
→ A a. ilíaca externa ao passar pelo ligamento inguinal passa a se chamar: 
 
• A. femoral comum (1) 
• A. femoral profunda (2) ...... (irriga a musculatura da coxa) 
• A. femoral superficial (3) 
 
→ A a. femoral superficial ao passar pelo hiato tendíneo do músculo adutor 
magno ou triângulo poplíteo, passa a se chamar: 
 
• A. poplítea (4) 
 
→ Ao passar pela articulação do joelho, a a. poplítea vai se dicotomizar em: 
 
• A. tibial anterior (5) ..............(musculatura anterior da perna e dorso do pé) 
• Tronco tibio-fibular 
 A. fibular (6) .................... (musculatura lateral da perna) 
 A. tibial posterior (7) .......(musculatura posterior da perna e a planta do 
pé) 
 
• Aa. interósseas (8) 
• Aa. lumbricais (9) 
• Aa. digitais (10) 
 
1 
2 
3 
4 
5 
6 7 
8,9 
10 
78 
 
 
 
SSIISSTTEEMMAA VVEENNOOSSOO 
 
Sistema Cava: 
Sistema de retorno venoso ao coração, formado pelas veias cavas superior e 
inferior. 
 
Veia Cava Superior (1)  drena o sangue venoso da cabeça, pescoço, membros 
superiores e tórax. É formada pela união dos troncos venosos braquiocefálicos 
direito e esquerdo (3) que por sua vez serão formados pela uniãodas veias 
jugulares internas (4) e veias subclávias (5). 
 
• Sistema Venoso da Cabeça e Pescoço 
As veias jugulares internas direita e esquerda drenam o sangue da 
cavidade craniana e de parte da face e pescoço enquanto que as veias 
jugulares externas direita e esquerda (6) drenam o sangue da superfície 
externa da cabeça e pescoço, desembocando na veia subclávia. 
 
Veia Cava Inferior (2)  drena o sangue dos membros inferiores, pelve e 
abdome. É formada pela união das veias ilíacas comum direita e esquerda (7) 
que por sua vez serão formadas pela união das veias ilíacas internas direita e 
esquerda (8) e das externas direita e esquerda (9). As veias ilíacas internas 
drenam o sangue venoso da região pélvica, enquanto as veias ilíacas externas 
drenam o sangue de membros inferiores. 
 
9 
1 
2 
9 
8 
7 7 
3 3 
4 6 
5 5 
79 
 
 
 
Veias dos 
Membros 
Superiores: 
• veias digitais (1) • arco venoso palmar [e dorsal] (2) 
• veia basílica (3) • veia cefálica (4) 
• veia mediana do antebraço (5) 
• veia mediana basílica (6) • veia mediana cefálica (7) 
• veias braquiais (8) • veia axilar (9) 
• veia subclávia (10) 
 
 a veia mediana basílica é preferencialmente utilizada para injeções 
intravenosas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
5 
6 7 
4 
3 8 
9 
10 
1 
2 
1 
2 
3 
3’ 
4 
5 
6 
6 
7 
7 
8 
9 
Superficial 
Superficial Profundo 
80 
 
 
 
 
Veias dos 
Membros 
Inferiores: 
• veias digitais dorsais [e plantares] (1) 
• arco venoso dorsal e plantar (2) 
• veias tibiais anterior e posterior (3 e 3’) 
• veia fibular • veia poplítea (4) 
• veia safena parva (5) • veia safena magna (6) 
• veia femoral (7) • veia femoral profunda (8) 
• veia ilíaca externa (9) 
 
 
Sistema Portal 
Hepático: 
É formado pela união das veias mesentéricas superior (1) e inferior (2), e a 
esplênica (3), que darão origem a veia porta do fígado (4), que penetra na 
porção mediana do fígado denominada hilo hepático, saindo através das 
veias hepáticas direita e esquerda (5) que desembocam na veia cava 
inferior (6). 
O sistema porta hepático drena o sangue venoso do estômago, pâncreas, 
baço, intestino delgado, intestino grosso e fígado (7). 
 
 
1 
1 
2 
2 
3 
4 
4 1 2 
3 
4 
5 
6 
7 
81 
 
 
 
 
Sistema Ázigo: 
É responsável pela drenagem venosa da parede póstero-superior do 
abdome e dos órgãos torácicos que irão, através das veias ázigo (1) e 
hemiázigo (2), desembocar na veia cava superior (3). Essas veias recebem o 
sangue drenado das veias intercostais posteriores (4), esofagiana, 
brônquicas, diafragmática e pericárdica. 
 
 
DOENÇAS ASSOCIADAS AO CORAÇÃO 
 
Infarto agudo do miocárdio: 
 
 Qual paciente pode ter um ataque cardíaco? 
 Infelizmente qualquer pessoa; 
 Influencia: histórico familiar de doenças coronárias; 
 Diabetes associado a um colesterol alto, hipertensão, obesidade, estresse que são os mais 
propensos a terem infarto. 
 
Sintomas 
 
 Dor precordial irradiando para braço esquerdo ou mandíbula ou para as costas associada 
a sudorese fria ou enjôo. 
82 
 
 
 
EExxeerrccíícciiooss:: 
 
83 
 
 
 
84 
 
 
 
Unidade 5 - SISTEMA LINFÁTICO 
 
 
Generalidades: 
 
 O sistema linfático está intimamente relacionado com o sistema cardiovascular, estrutural 
e funcionalmente. Uma rede de vasos linfáticos drena o excesso de líquido intersticial 
(aproximadamente 15% que não retorna diretamente pelos capilares) e o devolve à 
corrente sanguínea pelo fluxo unidirecional, que se movimenta lentamente em direção às 
veias subclávias. 
 
Definição: 
É um sistema auxiliar de drenagem constituído por vasos linfáticos, 
linfonodos e órgãos linfáticos. 
 
 Resumidamente, suas funções principais são: 
 transportar o excesso de líquido intersticial que se formou inicialmente como 
filtrado do sangue; 
 serve como rota através da qual gorduras absorvidas e algumas vitaminas são 
transportadas do intestino delgado para o sangue; 
 suas células (chamadas de linfócitos), localizadas nos tecidos linfáticos, ajudam a 
proporcionar as defesas imunológicas contra doenças causadas por micro-
organismos e outras substâncias estranhas. 
 
Capilares, vasos e ductos linfáticos 
 
 As macromoléculas do líquido intersticial que não passam para os capilares sanguíneos 
entram em capilares especiais (os capilares linfáticos) que contêm linfa. 
 Dos capilares linfáticos, seguem através da linfa para os vasos linfáticos até chegarem aos 
ductos linfáticos que desembocam em veias de médio ou grande calibre. 
 Os capilares linfáticos são mais calibrosos e mais irregulares que os sanguíneos e 
terminam em fundo cego. 
 Os vasos linfáticos apresentam válvulas em forma de bolso, como a das veias, 
assegurando, assim, o fluxo da linfa em uma só direção, ou seja, para o coração. 
85 
 
 
 
 O maior tronco linfático recebe o nome de ducto torácico, começa no abdome como uma 
bolsa (a cisterna do quilo), sobe através do tórax e desemboca na junção entre a veia 
jugular interna esquerda com a veia subclávia esquerda. 
 O ducto torácico é responsável pela drenagem linfática de quase todo o corpo, enquanto 
outro ducto importante, o ducto linfático direito, drena a linfa da metade direita da cabeça, 
do pescoço e do tórax, do pulmão direito, do lado direito do coração, da face 
diafragmática do fígado e do membro superior direito. 
 O ducto linfático direito desemboca na veia subclávia direita, no seu ângulo de junção 
com a veia jugular interna direita. 
86 
 
 
 
 
 
Órgãos linfáticos primários: 
 
 Medula óssea: 
a medula óssea vermelha é encontrada no interior das cavidades porosas da substância esponjosa. 
No adulto, a produção de células sanguíneas ocorre na medula óssea vermelha, especialmente no 
esterno, nas vértebras, nas partes do osso do quadril e nas epífises proximais do úmero e do 
fêmur. Na criança, a quantidade de medula óssea vermelha é maior, ocupando também as 
cavidades medulares dos ossos longos. À medida que a criança cresce, as cavidades medulares 
vão sendo preenchidas por tecido adiposo, e a ele damos o nome de medula óssea amarela. 
 
 Timo: 
 situado em parte no tórax e em parte na porção inferior do pescoço. A porção 
torácica fica atrás do esterno e a porção cervical, anteriormente e dos lados da 
traqueia. O timo cresce após o nascimento até atingir seu maior tamanho na 
puberdade. Após a puberdade, o timo sofre involução gradual e é amplamente 
substituído por tecido adiposo e fibroso. É um importante local imunológico na 
criança; promove o desenvolvimento e a maturação dos linfócitos indiferenciados 
em linfócitos T. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
87 
 
 
 
Órgãos linfáticos secundários: 
➢ Baço: 
 está localizado na cavidade abdominal, à esquerda do estômago o qual está 
suspenso. Não é um órgão vital no adulto, mas ajuda outros órgãos na produção de 
linfócitos, filtração do sangue e destruição de eritrócitos. Na criança, é importante 
local de produção de eritrócitos. Apresenta duas faces, a diafragmática e a 
visceral. Na face visceral há uma fenda, o hilo do baço, por onde passam vasos e 
nervos. O baço é drenado pela veia esplênica e irrigado pela artéria esplênica. 
 
 
 
 
 
88 
 
 
 
 Anel linfático da faringe: 
➢ o anel linfático da faringe é composto por uma série de tonsilas que formam um 
anel protetor de tecido linfático contra a invasão de substâncias estranhas que são 
ingeridas ou inaladas. Estão localizadas em torno das aberturas entre as cavidades 
nasal e oral e a faringe. Este anel é formado pela tonsila lingual, palatina, faríngea 
e tubária. 
 Linfonodos 
➢ estão interpostos no trajeto dos vasos linfáticos e agem como uma barreira ou 
filtro contra a penetração na corrente circulatória de micro-organismos, toxinasou 
substâncias estranhas ao organismo. Os linfonodos são, portanto, elementos de 
defesa para o organismo e, para tanto, produzem glóbulos brancos, principalmente 
linfócitos. Estão frequentemente localizados ao longo do trajeto dos vasos 
sanguíneos, como ocorre no pescoço e nas cavidades torácica, abdominal e 
pélvica. Na axila e na região inguinal, são abundantes 
➢ São abundantes na axila (1) e na região inguinal (2). 
➢ Como reação a uma inflamação, o linfonodo pode intumescer-se e torna-se 
doloroso, fenômeno conhecido com o nome vulgar de íngua (linfadenite). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fluxo da Linfa: 
➢ É relativamente lento durante os períodos de inatividade de uma área ou região. 
➢ O fluxo torna-se mais rápido e regular com a atividade muscular. 
 
89 
 
 
 
➢ A circulação da linfa aumenta com o peristaltismo (movimentos das vísceras do 
tubo digestivo) e também com o aumento dos movimentos respiratórios. 
 
 
 Temos também a presença de órgãos linfáticos, todos com função imunológica: o baço 
(1), timo e tonsilas (faríngeas – que com o seu desenvolvimento serão formadas as 
adenoides, palatinas – que serão as amídalas, e linguais – localizadas inferiormente à 
língua). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
90 
 
 
 
REFERÊNCIAS:

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