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Instalação e controle das próteses totais “Trata-se de um procedimento criterioso, realizado cuidadosamente, pois é a fase em que a prótese será adaptada sobre os tecidos vivos, melhorando a estabilidade e prevenindo desconforto para o paciente”. Jankelson, 1962 PROTOLOCO DE INSTALAÇÃO AVALIAÇÃO EXTRA-ORAL 1. Superfície interna: quando a prótese chega do laboratório, devemos realizar uma inspeção (digital, lupas, algodão) para avaliar a presença de algum excesso de perolas de acrílico e excessos de resina acrílica, ou a presença de regiões cortantes; caso necessário, realiza-se o desgaste pontual nas regiões onde possa causar desconforto ao paciente com uma broca em peça reta e em seguida realiza-se um acabamento em polimento com a sequência de borrachas 2. Processamento laboratorial: · Qualidade da polimerização: a polimerização influencia nas propriedades mecânicas e biocompatibilidade das próteses em relação aos tecidos. Os fatores que podem influenciar na qualidade da polimerização são: · Proporção pó e líquido · Padronização dos ciclos de polimerização: calor seco (falhas catastróficas) e calor úmido (controle de temperatura, pressão, ciclo) · Qualidade do acabamento/polimento: falhas podem aumentar a rugosidade da prótese, gerando assim nichos para acúmulo de biofilme · Características mecânicas diminuídas · Porosidade interna e rugosidade: favorece acúmulo de biofilme, que pode causar doenças locais (estomatite protética) e sistêmicas (pneumonia por aspiração) ORIENTAÇÕES DE USO E CONSERVAÇÃO · Orientações gerais · Dificuldade ao falar · Náuseas · Salivação excessiva · Dieta alimentar · Dividir os alimentos em porções pequenas e mastigar dos dois lados · Evitar cortar os alimentos com os dentes da frente · Evitar alimentos pegajosos e duros · Higienização e conservação · Método mecânico: escovação com escova de cerdas macias e sabão neutro · Método químico: 1 colher de sopa de água sanitária diluída em 1 como americano de água – 200 ml (10 minutos/ 4 em 4 dias) · Todas as noites deixar a PT imersa em água filtrada · Hipoclorito de sódio promove menos alterações de superfície em relação a peróxidos (maior rugosidade – padrão ouro) · Higiene da mucosa: escova para dentes com cerdas macias, pasta de dente, enxaguantes são opcionais · Uso noturno das PTs · Remoção das PTs durante o sono: menores índices de reabsorção óssea e menor número de lesões nos tecidos moles · Para preservar a saúde dos tecidos bucais (mucosa e osso) é importante que estes sejam poupados da pressão exercida pela fase da prótese por 6 a 8 horas por dia · Próteses são reservatórios de microrganismos · Durante o sono aumenta o risco de pneumonia por aspiração · Uso de próteses não influenciou no grau de apneia obstrutiva do sono · Indicar a remoção durante a noite · Escolhas pessoas do paciente também devem ser consideradas · Conforto do paciente, saúde emocional e autoestima · Ciente dos riscos · Reforço dos protocolos de higiene · Adesivos para prótese · Melhora a performance mastigatória dos usuários de PT · Indicar no início do tratamento reabilitador · Conforto, melhor adaptação e vedamento · Indicar adesivos sem zinco AVALIAÇÃO INTRA-ORAL 1. Adaptação periférica · Inserções musculares devem ser aliviadas · Bordas: espessura não menor que 2mm; arredondadas, lisas; sem sobre-extensão ou sub-extensão. Pode causar úlceras e hiperplasias · Retenção: · Retenção vertical: tracionar região de pré-molares – selado periférico · Retenção horizontal: tracionar sentido palato-vestibular – selado posterior 2. Requisitos funcionais básicos · Dimensão vertical de oclusão: conferir se permanece a mesma após o processamento laboratorial · Linha média: verificar se permanece no mesmo local · Relação cêntrica: paciente oclui na mesma posição repetidas vezes, para verificar se a RC foi mantida 3. Requisitos estéticos e fonéticos · Harmonia dos terços da face e perfil facial · Posicionamento de dentes · Corredor bucal · Espaço funcional de pronúncia respeitado · Paciente fala fonemas S (60 a 69) e os dentes não podem encostar 4. Ajustes internos das bases · Áreas de supercompressão · Técnica para identificar áreas de supercompressão · Fibromucosa se comporta de acordo com a pressão regiões de fibromucosa que podem facilmente machucar · Utiliza-se material evidenciador (pasta branca ZOE, silicone fluido) identificar a região e aliviar · Proporciona o silicone fluido, manipula e aplica uma camada fina na superfície interna da prótese · Realiza os movimentos de 1 a 3 vezes · Nas áreas em que o material foi removido, são áreas de supercompressão · Zona de suporte principal e secundário não devem ser desgastadas · A zona de alívio deve ser aliviada com muita cautela · A zona de selado periférico pode ser desgastada com mais tranquilidade · O desgaste deve ser realizado cuidadosamente com uma fresa de tungstênio depois realiza-se acabamento e polimento 5. Requisitos oclusais · Os contatos oclusais em prótese total são importantes para manter a estabilidade e retenção das próteses em boca durante os movimentos mandibulares · Oclusão balanceada bilateral: contatos posteriores bilaterais simultâneos e contatos não efetivos nos dentes anteriores · Remontagem em ASA · Ajuste oclusal: carbono dupla face (< 40 micra) e 2 pinças de Miller · Contatos adequados em todos os dentes posteriores, simultâneos, bilaterais e com a mesma intensidade (efetivos) em forma de ponto · Contatos não efetivos na região anterior · Ponta de cúspide – fundo de fossa · Tipos de contatos em oclusão cêntrica: · Halo ou anel: ponto de contato forte · Área ou disco: ponto de contato extenso · Ponto: ponto de contato adequado · Pedir pro paciente realizar movimentos de abertura e fechamento (oclusão cêntrica) com as duas pinças de Miller centralizadas nos dentes posteriores · Avaliar os pontos marcados e a necessidade de desgaste RETORNOS · Quando devem ser feitos? · O quanto for necessário ... até obter conforto, segurança, função estabelecida · Periodicidade? · 1° com 24h após a consulta de instalação · 7 dias · 15 dias, 30 dias... · Anualmente após alta · O que observar durante os retornos? · Freios, bridas · Oclusão · Área basal · Área periférica · Dor referida pelo paciente · Período de adaptação, acomodação dos tecidos, modificação no padrão mastigatório e oclusão · Ajustes mais direcionados · Acabamento e polimento QUANTO TEMPO AS PRÓTESES DURAM? · 4 a 10 anos · Superior > inferior
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