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1 Reabiltação Oral - Prótese Fixa. @dentista_check Kamyla Viana Reabilitação Oral Prótese Fixa @DENTISTA_CHECK 2 Reabiltação Oral - Prótese Fixa. @dentista_check Kamyla Viana Oiii, Esse E-book foi criado por mim, Kamyla Viana, estudante de Odontologia do Centro Universitário Tiradentes - UNIT (Faculdade de Maceió-AL) e criadora de conteúdo da página @dentista_check no Instagram. Esse é um E-book que aborda assuntos odontológicos, focando na disciplina de Prótese Fixa e seus protocolos clínicos. O E-book tem como finalidade auxiliar os estudos dos acadêmicos de Odontologia na graduação; para assim, realizarem um melhor atendimento acerca do assunto. Esse material de apoio possui o objetivo de APENAS AUXILIAR NOS ESTUDOS. As informações abaixo têm como referências os livros e anotações das minhas aulas! Portando, o ideal é sempre estudar com foco e base nos livros e artigos científicos de fontes confiáveis e atualizados. PREFÁCIO 3 Reabiltação Oral - Prótese Fixa. @dentista_check Kamyla Viana Sumário CONCEITO Vantagens Desvantagens Classisficação das próteses fixas EXAME CLÍNICO + RADIOGRÁFICO MOLDAGEM + MODELO DE ESTUDO Materiais e suas características Técnica de moldagem Método de afastamento gengival Técnicas de moldagem com silicona REGISTRO E MONTAGEM EM ASA ENCERAMENTO INFRAESTRUTURA DA PF PREPARO DENTÁRIO COROAS PROVISÓRIAS MOLDAGEM +MODELO DE TRABALHO SELEÇÃO DE COR AJUSTE FUNCIONAL E ESTÉTICO CIMENTAÇÃO PROSERVAÇÃO CASO CLÍNICO DETALHADO 4 Reabiltação Oral - Prótese Fixa. @dentista_check Kamyla Viana Caslínic O conceito de prótese dentária é basicamente a reposição dos tecidos bucais e dentes perdidos, restaurando forma, função, aparência e saúde bucal do paciente. Psicologicamente esse tipo de prótese é melhor, pelo motivo de não ter que tirar a prótese para higienizar, dando-lhe uma sensação maior de que os dentes são realmente dele. Legalmente, o trabalho protético dura em média de 5 anos, desde que o paciente tenha feito consultas regulares. OBJETIVOS NA CONFECÇÃO DA PRÓTESE: Estética: deve ser harmônico de acordo com o perfil do paciente; Fonética: deve devolver a fala, sem deixar o paciente ficar “chiando”; Mastigação: deve devolver a mastigação; Psicológico: Em relação à expectativa do paciente. VANTAGENS Não há deslocamento na mastigação, pois ela é fixa; Não apresenta aumento de volume coronário, facilitando a adaptação por parte dos pacientes, pois não tem como fazer uma prótese mais larga do que os dentes do paciente; Transmite aos dentes de suporte forças funcionais que estimulam favoravelmente o periodonto de sustentação (Transmite para os tecidos de suporte força da carga mastigatória, ou seja, não vai ter reabsorção); Psicologicamente é melhor para o paciente. DESVANTAGENS Dificuldade de higienização: deve orientar ao paciente o uso de fio dental e escova interdental; Técnica de execução delicada e demorada (Em torno de 5 sessões); Desgaste acentuado dos dentes de suporte, pois deve desgastar os elementos pilares; Elevado custo entre material empregado e trabalho artesanal. CLASSIFICAÇÃO DAS PRÓTESES FIXAS. TOTAL: confecção total da coroa de um elemento. Unitária: Quando reabilita um elemento; Múltipla: Quando reabilita mais de um elemento; PARCIAL: confecção de partes da coroa de um elemento Inlay: Não envolve cúspides: o Repõe sulcos centrais e pontos de contato; o Restaura a face oclusal; Onlay: restaurar pelo menos 1 cúspide; Overlay: Envolve a face vestibular ou palatina. o Toda overlay é onlay, mas nem toda onlay é overlay. Faceta: São feitas de porcelana. Prótese Fixa 5 Reabiltação Oral - Prótese Fixa. @dentista_check Kamyla Viana Anamnese + ex. clínico + ex. radiográfico: ANAMNESE: Identificação do paciente; Motivo da consulta e queixa principal; Histórico odontológico e médico; Hábitos de higiene bucal, alimentares e parafuncionais; Tipo de paciente: expectativa-motivação EXAME EXTRA-ORAL: Simetria e formato facial; Proporção entre os terços nas vistas frontal e lateral da face; Sulcos faciais e suporte labial; Dimensão vertical; Análise do sorriso; Avaliação da musculatura e das articulações temporomandibulares EXAME INTRA-ORAL: Análise dos dentes; Análise oclusal; Exame periodontal; Avaliação do espaço edêntulo. EXAME RADIOGRÁFICO: Radiografias panorâmicas: avaliação dos reparos anatômicos; Radiografias periapicais/interproximais: visão mais detalhada das áreas. Moldagem em Prótese Fixa PARA UMA BOA MOLDAGEM: Preparo dental bem executado, respeitando-se o espaço biológico, com linha de término mais bem definida possível; Coroa provisória bem executada; Controle da umidade com uso de rolete de algodão e sugador; Afastamento gengival inadequado é a causa mais comum de insucesso na moldagem. CARACTERÍSTICAS DOS MATERIAIS DE MOLDAGEM: Atóxico; Cor de fácil visualização de detalhes; Tempo de trabalho satisfatório; Consistência adequada para a reprodução dos detalhes; Não se deformar ou rasgar ao sair da boca; Estabilidade dimensional; Compatibilidade com material de modelo (ex: gesso tipo IV); 6 Reabiltação Oral - Prótese Fixa. @dentista_check Kamyla Viana Não distorcer durante o vazamento; Ser possível de desinfecção. TIPOS Elástico: o Hidrocolóide reversíveis e irreversíveis (alginato); o Polissulfetos; o Poliéteres; o Elastômeros; o Siliconas; Anelástico (godiva e pasta de óxido de zinco e eugenol) – não usa em prótese fixa. CARACTERÍSTICAS Hidrocolóde Reversível Equipamento especial (precisa de uma máquina especial); Garante uma boa cópia; entretanto, possui grande instabilidade dimensional (Ex: altera com a temperatura e água); Duas consistências; Vazamento imediato; Ex. Cohere; Atualmente o material caiu em desuso; Hidrocolóde Irreversível Ex: alginato; Sofre alteração dimensional por sinérese (perda de água) ou embebição (ganho de água); Rasga facilmente ao sair da boca; Não copia com precisão os detalhes anatômicos. Polissulfeto (mercaptanas): Alta resistência ao rasgamento; Bom tempo de trabalho; Boa reprodução de detalhes; Baixo custo; Odor desagradável (enxofre na composição); Memória elástica deficiente; Vazamento em 1 hora – menos hidrofílico; Ex.: Permlastic, Coe-flex, Unilastic; Possui consistência leve e regular (não possui o pesado) – por este motivo precisamos de uma moldeira individual ou casquete; Entraram em desuso pelo odor e manchamento. Poliéter (Impregum) Excelente estabilidade dimensional; Boa precisão de detalhes; Hidrofílicos; Rasgam facilmente; Tempo de trabalho reduzido; Compatível com materiais de desinfecção; Gosto desagradável (parecido com o gosto de prego); Vazamento em até 7 dias; Não deve utilizar em rebordos com bastante retenção, pois não sai com grande facilidade. Por este motivo é preciso de uma moldeira individual ou casquete para pacientes desdentados; Ex.: Impregum F, Polygel, Permadyne Silicona de condensação Maior alteração dimensional; Mais elástico que os polissulfetos; Mínima deformação permanente; Baixa resistência ao rasgamento; Distorção exagerada; Menor custo; Possui o pesado e o leve; Vazamento em até 1 hora; Ex.: Coltex/Coltoflax, Speedex, Silon, Vision; Libera álcool como resíduo; 7 ReabiltaçãoOral - Prótese Fixa. @dentista_check Kamyla Viana Pode espatular com luvas, pois não altera sua presa. Silicona de adição Látex inibe sua reação Não pode espatular com luvas, pois altera a presa (é necessário lavar bem as mãos após retirar as luvas); Excelente estabilidade dimensional; Excelente resistência ao rasgamento; Bom tempo de trabalho; Ótima recuperação elástica; Vazamento em até 7 dias; Custo elevado; Possui o pesado e o leve; Não há formação de subprodutos após a reação de presa; Melhor material de moldagem nos dias de hoje; Ex.: Express, Imprint, Aquasil, President, Elite, Adsil TÉCNICAS DE MOLDAGEM: Com afastamento gengival: o Quando o término do preparo está subgengival Sem afastamento gengival: o Quando o término do preparo está supragengival Quando o término está em nível gengival, é necessário fazer o afastamento gengival! O preparo subgengival deve ser até 1mm. OBS: O afastamento gengival é temporário MÉTODOS DE AFASTAMENTO GENGIVAL : 1. Cirúrgicos - é o método menos indicado, pois o afastamento gengival deve ser temporário e com a cirurgia corre o rico de ser provisório. o Curetagem com brocas; o Elétro-cirurgia; o Laser; 2. Mecânicos: a. Casquetes (risco de repetição e alto custo laboratorial); b. Fios não impregnados; c. Elastômeros expansíveis; 3. Químico: a. Cloreto de zinco 2 a 40%; b. Cloreto de alumínio Essas substâncias também causam sérios traumatismos ao tecido gengival, como proliferação e descamação epitelial, hiperemia, necrose do epitélio sulcular e recessão gengival, sendo tão ou mais traumáticos que os meios mecânicos. Além disso, ocasiona um afastamento permanente devido a ação química do produto. 4. Mecânico/Químicos: a. Fios impregnados com epinefrina: i. Riscos: ocasionar a síndrome da epinefrina, principalmente quando uados em tecido ulcerado; ii. Deve respeitar o tempo de 7-8min de duração máxima; iii. Causam distúrbios sistêmicos se o paciente tiver um tecido ulcerado; 8 Reabiltação Oral - Prótese Fixa. @dentista_check Kamyla Viana iv. Risco de hemostasia. b. Fios impregnados com adstringentes: i. Adstringentes mais usados: sulfato de alumínio (permanência máximo de 10 min no sulco), cloreto de alumínio (permanência máximo de 5-10 min no sulco) e sulfato férrico (permanência máxima de 1-3 min no sulco); ii. Uma vantagem em relação aos fios impregnados com epinefrina é poder ser utilizado em tecido ulcerado e ser um bom hemostático (Melhor hemostasia); iii. Não causam distúrbios em pacientes sistêmicos. iv. Como desvantagens, podem deixar resíduos presos ao dente quando é realizada sua remoção e não afastam tão bem quanto os fios impregnados com epinefrina. PASSO A PASSO PARA A COLOCAÇÃO DOS FIOS: 1. Limpeza do dente; 2. Anestesia; 3. Mensurar o diâmetro do preparo (pode utilizar o fio dental para mensurar a circunferência do dente); 4. Corta o fio de preparo (caso já venha impregnado com o hemostático é só continuar o processo; entretanto, se não vier, é só impregnar o fio); 5. Posiciona o fio no dente e utiliza um insersor da distal para a mesial, envolvendo o dente começando por lingual ou palatina; O insersor deve possuir a ponta ativa redonda e serrilhada, apenas a ponta ativa redonda ou a ponta ativa longa. 6. Apoia o insersor sob o fio e o empurra no sentido ao longo eixo do dente, realizando o afastamento gengival. Em gengivas muito “finas” é contraindicado o uso de fios retratores, pois pode causar recessão gengival, sendo nesse caso indicado o uso de casquetes ou fazer um preparo supragengival. O químico mais utilizado no fio retrator é o sulfato de alumínio e potássio e, o cloreto de alumínio. O ideal é evitar a epinefrina, principalmente em pacientes hipertensos (no caso de muitos dentes preparados), pois pode causar efeitos colaterais sistêmicos. 9 Reabiltação Oral - Prótese Fixa. @dentista_check Kamyla Viana PREPARO INTRASUCULAR (SUBGENGIVAL) Em preparos intrasulcular, são utilizados 2 fios: O fio mais fino é introduzido completamente dentro da gengiva, com o objetivo de realizar o afastamento vertical. Além disso, quando este fio está impregnado com algum agente hemostático, ele vai promover uma hemostasia caso exista um possível sangramento e realiza um bloqueio temporário do flúido crevicular que possui no fundo do sulco gengival; O fio mais grosso realiza o afastamento horizontal, possibilitando que na fase da moldagem, quando usarmos o silicone flúido, este seja removido e o silicone flúido penetre no espaço que o fio estava ocupando, copiando exatamente a borda do preparo executado. No preparo em nível gengival, se for inserido apenas um fio afastador, normalmente esse preparo vai ser exposto pelo afastamento vertical desse único fio. Muito pacientes sentem desconforto na inserção do fio, então pode anestesiar para inserção mais tranquila. Mas, não é obrigatório anestesiar!! TÉCNICAS DE MOLDAGEM COM SILICONAS 1. Dupla inserção ou técnica do REEMBASAMENTO: o Primeiramente molda com o material pesado (silicone denso de adição ou de condenação) e não remove nenhum fio; o Após remover da boca do paciente, faz uma marcação com a lâmina do bisturi na linha média e remove áreas retentivas do molde; o Remove o fio de inserção horizontal; o Reinsere, fazendo a moldagem com o material leve (silicone fluido) e leva de volta à boca. 2. Única insersão ou técnica de dupla mistura - utiliza o silicone denso e o silicone fluido no mesmo momento: a. Ante de levar o silicone para a boca do paciente, remove apenas o fio horizontal. b. Espatula o material pesado e o leve. Coloca o material leve por cima do pesado e, leva de uma única vez à boca do paciente (as cores dos materiais se misturam como na imagem abaixo: 10 Reabiltação Oral - Prótese Fixa. @dentista_check Kamyla Viana c. Depois de tirar o molde da boca do paciente, remove o fio de inserção vertical. As moldagens devem ser desinfetadas para a segurança do protético!! 3. Técnica do casquete (sem o uso de fio retrator): É um método mecânico de afastamento gengival não traumático ao periodonto de proteção. Baseia- se na utilização de um casquete de resina acrílica com alívio interno. Nesses casos, necessita do reembasamento na região cervical, o qual promove o afastamento gengival por ação mecânica imediata sem ação de meios físicos (fios) ou químicos (vasoconstritores). Atualmente essa técnica já está em desuso. 1. Consulta inicial: a. Paciente deve estar com os dentes preparados; b. Confecciona os casquetes individuais; 2. Reembasa o casquete com a resina ainda mole, para moldar bem o sulco; 3. Aplica o poliéter em cada casquete; 4. Com a moldeira, leva o casquete até o preparo (conjunto levado em boca: moldeira, alginato ou moldeira silicone e casquete) Registro e montagem em ASA Para a montagem no articulado é necessário: Tomada do arco-facial; Montagem do modelo superior Registros; Montagem do modelo inferior. AJUSTES DE ÂNGULOS Na porção lateral do articulador, próximo ao côndilo, encontra-se uma área mais inclina onde o côndilo se ajusta. Essa área simula o osso temporal e a eminência do osso temporal, onde se chama de ângulo de Benett e marca-o em 15° (representa o movimento de lateralidade dentro da articulação). Guia Condilar com inclinação de 30°: relacionada com aangulação do osso temporal pela qual o condilo irá percorrer. A guia está relacionada com a altura das cúspides e profundidade dos sulcos dos dentes. Ou seja, quanto menor a angulação, menor será as cuspides e os sulcos serão mais rasos. 11 Reabiltação Oral - Prótese Fixa. @dentista_check Kamyla Viana Pino incisal: 0 Para ocasionar um paralelismo entre a arcada superir e inferior; É colocado em 0, para não interferir as dimensão vertical GARFO MODIFICADOR Esse garfo vem junto com o articulador, sendo utilizado na execução do registro com o arco facial. É registrada a distância condilar com o arco facial (este arco facial transfere para o articulador a relação da maxila com a base do crânio) Registra a posição espacial da maxila através dos contatos dentários do arco superior com o garfo (que possui 2 furos na região posterior e 1 furo na região anterior). Aplica a godiva em bastão aquecida sobre o garfo em 3 pontos equidistantes; Com essa godiva plastificada, leva à boca do paciente e posiciona, esperando o resfriamento da godiva; Após o resfriamento, remove e reencaixa novamente à boca do paciente e solicita que o paciente segure o garfo; Observa lateralmente se existe harmonia entre os dentes e a área de godiva e, em seguida, analisa posteriormente para ver se coincide com a linha média do paciente; Após tirar da boca, observa a edentação dos incisivos centrais superiores e dentes posteriores; Observar que ao realizar o encaixe na boca do paciente, os contatos devem ocorrer de forma simultânea. O problema em executar com silicone de condensação é devido a sua resiliência/ flexibilidade por ser um material elástico. Quando o paciente aperta, pode acontecer do registro não ocorrer de forma equilibrada em ambos os lados. O garfo é levado ao arco facial e irá obter o registro da distância intercondilar Em seguida, remove tudo do rosto do paciente e acopla o arco facial; levando a relação da maxila com a base do crânio, ao articulador. 12 Reabiltação Oral - Prótese Fixa. @dentista_check Kamyla Viana Acopla a bolacha ao articulador. Hidrata, confecciona ranhura no modelo e leva ao garfo para aplicação do gesso, de modo a preencher toda a bolacha, unido o modelo á ela. Em seguida, remove o arco facial. REGISTROS Em máxima intercuspidação: quando o paciente perdeu poucos dentes e ele morde uma cera. Em relação cêntrica: quando o paciente possui extrussão, grandes desgastes e ausência múltipla. Existem algumas técnicas para realizar o registro: Técnica Jig de Lucia - manipulação com resina acrílica vermelha: o Utiliza a resina vermelha por posuir um menor índice de alteração dimensional quando está em seu processo de polimerização; o Baseado em uma proteção com papel filme ou papel alumínio dos dentes remanecente, evitando que a resina penetre nas ameias dos dentes (quando fotopolimerizada, não é possível realizar a remoção, por isso realiza a proteção); o Manipula a resina. Ao chegar na fase plástica ou de trabalho, posiciona ela com uma bolinha, cobrindo toda região palatina e vetibular do dente o Deve vaselinar as bordas incisais e terços médios do dente. Solicita ao paciente que vá fechando a boca, mas não ocluindo totalmente. O único contato é dos dentes anteriores inferiores e a resina acrílina no dente superior; o Durante a fase exotérmica, deve refrigerar. Faz um contato com o papel carbono e realiza o desgaste no JIG (círculo azul, que se encontra na imagem acima) com a maxicut; É ideal criar outro plano inclinado, para que os incisivos inferiores possam deslizar para frente e para trás, para que a mandibula possa ser passiva de uma manipulação, já que não ocorrerá nenhum contato dentário e a musculatura seja desprogramada. Técnica de Lâmina de long; 13 Reabiltação Oral - Prótese Fixa. @dentista_check Kamyla Viana É realizada a interpossição de tiras entre os dentes anteriores superiores e inferiores - são vários filmes radiográficos recortados em retângulos. o Essa técnica também pode ser utilizada se cortar películas de acetato até que o paciente desoclua completamente. Quando deve parar de colocar? Até que nenhum outro dente oclua, com exceção dos dentes anteriores. Como essas tiras já possuem a superfície lisa, a mandibula fica livre para movimentar para anterior e posterior, ocorrendo a desprogramação da musculatura. Manipulação manual: Mais difícil! O profissional usa apenas uma mão ou as duas mãos; Realiza movimentos para a mandíbula ir para cima e para baixo, levando ao mesmo tempo a mandíbula para trás. Ocasionando o relaxamento mandibular. OBS: Após o relaxamento muscular, faz o resgistro em cera n°7 e cola uma cera contra a outra. Antes de levar à boca do paciente, faz o recorte na região anterior (para possuir o espaço do JIG) e na região lateral (para não empurrar a mucosa jugal - bochecha). Em seguida, esquenta a cera dos dois lados e o paciente oclui. A cera é edentada e com o jato de ar, ela volta à temperatura ambiente. Com o modelo superior em articulador, leva o modelo inferior com a cera. Outras técnicas para obtenção do registro: Registro com silicone de oclusão: Aplica-se com uma pistola, na oclusal dos dentes inferiores posteriores. Plano de placa base e plano de cera: Utilizada quando o paciente não possui grande perda dentária. Quando vai fazer o registro, pede para o paciente morder essas áreas da cera. Em seguida, monta no articulador. Casquetes para montagem: 1. Molda o paciente e sobre os dentes, passa a vaselina. Em seguida, cria no modelo ou diretamente na boca do paciente, duas cobertura (casquete) de resina acrílica; 2. Não pode abraçar totalmente o dente íntegro ou preparado, pois alguma área retentiva pode não deixar que essa resina seja removida; 3. Prova no modelo e em seguida prova no próprio paciente, aplicando mais resina acrílica, sempre vaselinando; 4. Vira o articulador de cabeça para baixo e faz a Montagem do modelo inferior; **Se utilizar apenas a intercuspidação do paciente, vai fazer com que um modelo encaixe com o outro em MIH. 14 Reabiltação Oral - Prótese Fixa. @dentista_check Kamyla Viana Se usar o casquete de registro, encaixa-o no arco superior e em seguida encaixa o modelo inferior contra eles. *A técnica do casquete é um registro mais confiável! Ao encaixar no articulador, faz a hidratação e ranhuras. Posteriormente, une á placa superior. Enceramento A infra-estrutura é confeccionada a partir do enceramento do copping. Este enceramento pode ser feito de 2 formas: 1- Escavação: Os dentes são encerados em tamanho normal e depois escavados, deixando espaço para a cerâmica. 2- Forma Progressiva: Nesta técnica, os dentes já são esculpidos no formato do metal. No enceramento, o protético já deve pensar em como o dente irá ficar após a aplicação da porcelana. Ou seja, ele já deve compensar na cera, as diferenças de volume do dente para que a cerâmica fique com a espessura adequada. Infraestrutura da PF Cerâmica com Espessura Uniforme → Resistência Aumentada: O protético deve compensar as diferenças de volume do dente no metal, para que a porcelana fique com uma espessura uniforme. A cerâmica é um material friável, ou seja, pode facilmente fraturar. Se estiver muito fina (menos que 1mm de espessura) ela irá quebrar. Espessura ideal da Cerâmica → 1 à 2,5mm: Se a espessura da cerâmica ficarmuito grossa (mais de 2,5mm), durante a mastigação as forças serão dissipadas apenas pela cerâmica e não para o metal; com isso, ela irá fraturar. . Conhecimento do Cirurgião Dentista (CD) → Provas Clínicas: Embora seja o protético que faça a peça, é necessário que o CD tenha conhecimento para analisar se a peça está adequada durante a prova clínica. Interrelação CD e Técnico → Correções e Desenhos: 15 Reabiltação Oral - Prótese Fixa. @dentista_check Kamyla Viana O CD deve ter um bom relacionamento com o técnico para solicitar-lhe as correções necessárias no copping em linguagem técnica. O CD pode se comunicar com o protético fazendo desenhos e demonstrando como gostaria que a estrutura ficasse. Lei das Barras: Essa Lei é ainda mais importante quando a prótese é mais extensa (com pônticos); Quando o paciente morde em cima do pôntico, ele não pode envergar e deve dissipar as forças para os dentes vizinhos. Para que isso aconteça, se deve seguir a Lei das Barras: 1. “O aumento da largura é diretamente proporcional ao aumento da resistência.” OBS: A Lei refere-se ao aumento da largura do metal! 2. “O aumento da espessura (altura) faz com que o aumento da resistência seja equivalente ao cubo da espessura final.” a. A cinta metálica aumentará ao cubo a resistência da peça. b. Quanto mais alta e extensa a cinta metálica, mais resistente será a prótese! c. Se precisar aumentar a extensão da área de pônticos, aumento a altura da barra. d. Mas infelizmente, nem sempre é realizada a cinta metálica devido à questões estéticas 3. “A resistência é inversamente proporcional ao aumento da extensão.” a. Ou seja, quanto maior o nº de elementos da prótese, menor será sua resistência. b. Esta Lei limita as indicações da Prótese Fixa, pois se fizermos uma prótese muito extensa para repor vários elementos, ela ficará frágil. c. Se uma prótese tiver seu comprimento aumentado de 1 unidade para 2 unidades, ou seja, o dobro do comprimento original, ocorrerá uma diminuição da resistência à deflexão para 8 vezes da resistência original, ou seja, o aumento da extensão da peça diminuirá sua resistência em 8 vezes; d. Em alguns casos devemos indicar ao paciente uma PPR ou implante! Componentes Cerâmicos Quando a infra-estrutura é de apenas um elemento, a chamamos de Coping; As cerâmicas odontológicas não possuem resistência para suportar forças mastigatórias em múltiplas peças, pois não possuem resistência adequada à tração e ao cisalhamento. A utilização das cerâmicas fundidas sobre estruturas metálicas melhorou bastante sua resistência. Um dos fatores primordiais no sucesso das próteses metalocerâmicas é a combinação adequada do metal com a cerâmica. Ou seja, ambos os materiais devem apresentar o mesmo grau de dilatação e contração. Do contrário, trincas imediatas ou tardias surgirão na cerâmica. A função do metal na prótese metalocerâmica é absorver as forças mastigatórias, evitando a fratura da porcelana que é um material friável. TIPOS DE INFRAESTRUTURA: METÁLICA: É indicado para pacientes com colapso de mordida, pois se for de porcelana, há grande risco de fratura: o Menor espessura de desgaste; o Utiliza ligas de ouro tipo III ou IV e metais seminobres a base de paládio ou platina; 16 Reabiltação Oral - Prótese Fixa. @dentista_check Kamyla Viana o Indicadas para necessidade de máxima retenção e resistência, extensa destruição coronária, dentes curtos, pilares de PF e necessidade de recontorno axial do elemento; o Máxima retenção, estabilidade, resistência do metal; o Permite modificação do contorno axial do dente e da oclusão; o Possíveis efeitos pulpares e periodontais, dificuldade de escoamento do cimento; o Contraindicada em áreas estéticas, higiene precária e doença periodontal PREPARO: Redução oclusal de 1,5 mm nas cúspides de trabalho e 1,00 nas de balanceio. Redução axial de 0,7 a 1,0 mm com convergência de 6 graus. Arredondamento das arestas do preparo, sulcos vestibular e mesial para melhorar a retenção e estabilidade. Termino do chanferete em 0,5 mm supragengival. METALOCERÂMICA (MISTA): A infra- estrutura é de metal e por cima há porcelana: o Mais resistentes; o Melhor adaptação marginal que coroas de cerâmica pura; o Indicações semelhantes a total metálica, porém com o adicional da estética; o Resistência do metal associada à estética, máxima retenção e estabilidade, permite modificação do contorno axial do dente e da oclusão; o Maior desgaste da estrutura dentária que as coroas metálicas; o Margem vestibular intrasulcular dificultando seleção de cor e dificuldade de escoamento do cimento; o Elevado tempo clinico o Contraindicada em higiene precária e doença periodontal; o Possíveis efeitos pulpares e periodontais. PREPARO: Redução oclusal de 2,0 mm nas cúspides de trabalho e 1,5 nas de balanceio. Redução axial de 1,2 a 1,7 mm na vestibular com convergência de 6 graus e de 1,0 a 1,2 mm na palatina ou lingual. Termino em chanferete em 0,5 mm na palatina ou lingual e mesmo tamanho na vestibular e proximal; porém, pode ser em ombro reto, ombro biselado, inclinado ou chanfro. Arredondamento das arestas do preparo, para melhor assentamento e confecção dos sulcos vestibular e mesial para melhorar a retenção e estabilidade. METAL-FREE (NÃO METÁLICA): A infra-estrutura é de porcelana e zircônia: o Rigidez estrutural; o Indicadas em grande destruição coronária por cárie, fratura ou desgaste, grande necessidade estética, coroas unitárias e retentores de PFs de no máximo 3 elementos; o Contraindicadas em pacientes com parafunção, higiene precária e doença periodontal não controlada; o Excelência estética; o Boa resposta periodontal, possibilidade de mudança na cor final por meio de cimento resinoso; o É um dos preparos menos conservadores, menos resistente, 17 Reabiltação Oral - Prótese Fixa. @dentista_check Kamyla Viana grande resposta pulpar e periodontal PREPARO: Confecções dos sulcos de orientação, redução incisal de 2,0 mm, vestibular de 1,5 a 2,0 mm e proximal e lingual de 1,5 mm. Termino em ombro reto ou chanfro de 1,5 a 2,0mm INLAYS E ONLAYS CERÂMICOS: o Opções cerâmicas mais conservadoras, indicadas para restaurações mais estéticas que as de resina e amálgama; o Contraindicadas para pacientes com má higiene, doença periodontal descontrolada, carga oclusal excessiva e dentes muito pigmentados; o Excelência estética: não sofre desgaste e descoloração como as resinas compostas; o Difícil ajuste oclusal: só pode ocorrer após a cimentação da peça. Se ocorrer desgaste do cimento, pode ocasionar cárie secundaria. PREPARO: Preparo periférico, margens supragengivais e ângulos internos arredondados. Margens em ombro reto ou chanfro largo. No caso de onlay, redução oclusal de 2,0 a 2,5 mm, arredondamento das arestas e canaletas largas para assentamento e aumento da retenção. A INFRAESTRUTURA METÁLICA Como saber que veio adequadamente? Quando for realizar o preparo das superfícies, precisa saber a volumetria certa: Quem dará a noção que o preparo foi realizado de forma correta, atingindo a volumetria e espaço adequado, é a coroa provisória (possibilitando a noção física, revelando se degastou corretamente ou não) e afirmará mais ainda, através do especímetro. Quando volta a infraestrutura do laboratório, observa-se primeiramente, se existem bolhas ou resíduos: A bolha em negativo (no material metálico, atrapalha na adaptação); Algumas estruturas serão enviadas com o segmento separado: Caso o profissional observe alguma alteração dimensional, ele individualiza. Adaptação na margem cervical do troquel; Analisar assim que chega do laboratório, se a adaptação está adequada. Espaço para cerâmica: Se estiver muito espessa, solicitar ao laboratório o desgaste. Pônticos com dimensões adequadas Os pônticos precisam possuir uma volumetria e anatomia que lembre a volumetria final do dente, com 1/3 menor que a sua volumetria final; Se não tiver uma volumetria adequada dos pônticos, é necessário que os conectores sejam deslocados para lingual ou palatina. 18 Reabiltação Oral - Prótese Fixa. @dentista_check Kamyla Viana Quando um a estrutura está bem adaptada na marginal, ocasionará: Qualidade do tecido gengival; Higienização do paciente; Longevidade Avaliação clínica: 1 Caso o preparo seja supragengival, é possível analisar se o preparo está bem adaptado; 2 Caso o preparo seja subgengival, faz um inspeção mecânica com a sonda exploradora (Ponta extremamente fina!); 3 Inspeção por imagem: radiografia interproximal para avaliar a marginal; 4 Não está bem adaptada? Evidencia a área que está atrapalhando a adaptação: 1. Aplica carbono líquido na porção interna da infraestrutura e ele marcará o dente que já está preparado; 2. Manipula um silicone leve e aplica dentro da estrutura e espera a sua característica mais elástica. Ao remover a infraestrutura, dentro dela ficará o silicone. Na área que estiver perfurada, denunciará o local da má adaptação; 5 Adaptou, e agora? 1. Realiza um registro inter-oclusal, o qual servirá para obter uma boa adaptação entre o modelo de trabalho e seu antagonista (montar mais fácil no articulador) e é uma prova para o laboratório de que foi deixado o espaço adequado para a cerâmica. O registro oclusal é realizado da seguinte maneira: a. Adapta o copping metálico sobre o dente. b. Vaselina o dente antagonista e utiliza a técnica do pincel: molha o pincel no líquido e passa no pó da resina vermelha (essa resina possui maior estabilidade dimensional), levando até a oclusal da coroa unitária ou da prótese parcial fixa; c. Pede para o paciente ocluir e observa o processo. Durante a polimerização da resina, solicita ao paciente que faça a abertura e fechamento da boca. d. Em dente vitalizado, deve molhar a região. e. MOLDAGEM DE TRANSFERÊNCIA (Transfere o posicionamento do copping e a anatomia gengival em boca, sendo essencial para a aplicação da cerâmica. Esta moldagem é essencial para adquirir a referência gengival que foi perdida). 2. Em seguida, após o registro inter- oclusal, molda com silicone denso e fluido, ou alginato. a. A infraestrutura continua na boca do paciente ao realizar a moldagem e pode-se fazer também, a moldagem de única inserção com o silicone denso e flúido. 19 Reabiltação Oral - Prótese Fixa. @dentista_check Kamyla Viana 3. Ao remover o molde da boca, a infraestrutura sai presa à ele. a. Realiza a desinfecção; b. Vaselina o interior da infraestrutura e preenche com resina vermelha pela técnica do pincel (pó e líquido) até a borda da infraestrutura e coloca um parafuso nesta posição, conforme mostra a imagem abaixo: c. O parafuso irá ficar preso à resina e, ao vazar com o gesso tio IV, remove-se o modelo do molde; 4. Acontece a obtenção do modelo de gesso, a infraestrutura e dentro da estrutura, ao remover o copping, percebe-se o formato em resina acrílica (é bom para o laboratório, por que o técnico na hora da aplicação da cerâmica, conseguirá remover e inserir o coppin sem correr o risco do gesso fraturar); Finaliza a prova da estrutura metálica com o modelo de gesso tipo IV e nesta mesma prova, é quando faz uma nova seleção da cor. ] . Preparo dos dentes Etapa do tratamento protético que consiste em reduzir a estrutura coronal por meio de desgastes seletivos de esmalte e dentina para receber o material restaurador A prótese será satisfatória se o preparo atender aos três princípios fundamentais: 1. PRINCÍPIOS MECÂNICOS: Retenção, resistência, rigidez estrutural, integridade marginal e localização/tipo do término cervical; 2. PRINCÍPIOS BIOLÓGICOS: Preservação do órgão pulpar e da saúde periodontal; 3. PRINCÍPIOS ESTÉTICOS. DIFERENÇA ENTRE COROAS CERÂMICAS X COROAS METALOCERÂMICAS Os princípios mecânicos, biológicos e estéticos dessas técnicas são as mesmas em relação ao preparo para coroa total. As diferenças estão na quantidade de desgaste e no tipo do término gengival. COROA METALOCERÃMICA Convergências entre as paredes axiais de 5˚ a 10˚; Término em chanfrado; 20 Reabiltação Oral - Prótese Fixa. @dentista_check Kamyla Viana COROA CERÂMICA Convergências entre as paredes axiais de 12˚; Término em ombro arredondado PREPARO PARA COROA METALOCERÂMICA Técnica da silhueta - dentes anteriores 1. Sulco marginal cervical Broca utilizada: 1014 2. Sulco de orientação: faces vestibular, incisal e linguocervical Broca utilizada: 2200 3. União dos sulcos de orientação e desgaste da concavidade palatina Broca utilizada:3216 4. Desgastes da metade íntegra e da face proximal 21 Reabiltação Oral - Prótese Fixa. @dentista_check Kamyla Viana 5. Preparo Gengival 6. Acabamento PREPARO PARA COROA METALOCERÂMICA Técnica da silhueta - dentes posteriores Esta técnica confecciona sulcos de orientação horizontais, ao contrário da maioria das técnicas de preparos que utilizam sulcos verticais. Kit de pontas diamantadas especiais = kit Inoue/Zanetti/Feltrin - Kg Sorensen- ref. 6727 SEQUÊNCIA DE PREPARO DE MOLAR ATRAVÉS DA TÉCNNICA INNOE E ZANNETTI 22 Reabiltação Oral - Prótese Fixa. @dentista_check Kamyla Viana PREPARO PARA COROA CERÂMICA Técnica da silhueta - dentes anteriores 1. Sulco marginal cervical 2. Desgastes proximais 3. Sulcos de orientação 23 Reabiltação Oral - Prótese Fixa. @dentista_check Kamyla Viana 4. União dos sulcos de orientação e desgaste da concavidade palatina 5. Desgaste da metade íntegra e da face proximal 6. Preparo subgengival 7. acabamento Coroas provisórias Qualquer tipo de tratamento com prótese de um ou mais elementos, em dentes ou implantes, exige a confecção de restaurações provisórias, que facilitam a confecção da prótese definitiva. Os materiais mais utilizados para a confecção de próteses provisórias são a resina acrílica autopolimerizável, resina bisacrílica, o alginato, a silicona de condensação e a silicona de adição. 24 Reabiltação Oral - Prótese Fixa. @dentista_check Kamyla Viana CARACTERÍSTICAS QUE AS COROAS PROVISÓRIAS DEVEM TER Proteção pulpar; Proteção periodontal; Função oclusal e proximal; Facilidade de limpeza; Margens bem delimitadas; Resistência e retenção; Estética Técnica Direta (com dentes de estoque): Indicado para dentes anteriores. Utilizam facetas ou dentes pré-fabricados que são desgastados até que se adaptem ao preparo Moldagem de trabalho A moldagem e o vazamento do molde para obtenção do modelo de trabalho são etapas clínicase laboratoriais decisivas para o sucesso do tratamento com PF. MATERIAIS PARA MOLDAGEM Polissufeto; Poliéter; Silicone de condensação; Silicone de adição. A moldagem com fios retratores precisa da utilização de dois fios. Os fios de afastamento gengival são meios mecanico-químicos de afastamento gengival. Eles são embebidos em substancias químicas e colocados dentro do sulco gengival, abaixo do nível do término cervical do dente preparado, para promover o afastamento gengival e criar espaço para o material de moldagem. 25 Reabiltação Oral - Prótese Fixa. @dentista_check Kamyla Viana Seleção da cor A seleção da cor pode ser influenciada por diferentes fatores, entre os quais se destacam: ambiente, observador, objeto, fonte de luz, escalas de cores e comunicação entre o CD e o técnico de laboratório. A cor é selecionada pela escala de cor e será informada ao técnico de prótese dental para confecção da PPF. Deve-se mandar também, fotografias, informações sobre a idade e o sexo do paciente. Ajuste funcional e estético Após a confecção em laboratório da PF, é necessário o acabamento preliminar, prova na boca, ajuste e polimento previamente à cimentação. A principal finalidade dessa etapa é adequar as características das PF adesivas do laboratório às necessidades funcionais e estéticas do paciente. Ajustes prévios antes da realização da prova na boca do paciente: Avaliação das superfícies internas das coroas; Eliminação dos excessos marginais de cerâmica/ Eliminação dos excessos de cerâmica da cinta metálico-lingual. Ajustes estéticos: Vértice dos incisivos para distal; Ameias cervicais; Textura superficial; Ponto de contato; Corredor bucal; Curva do lábio inferior; Observar se a cor acinzentada do metal está presente, através da translucidez do esmalte; Ajustes clínicos: Ajustes oclusais (MIH, RC e movimentos excursivos); Ajuste do contato proximal; Ajuste do contato gengival dos pônticos; Verificação das margens cervicais; Ajuste fonético Cimentação A cimentação tem como objetivo principal: Preencher com um agente cimentante o espaço existente entre o dente preparado e a coroa; Promover a união entre essas estruturas; Evitar o deslocamento das restaurações durante a função. CIMENTAÇÃO PROVISÓRIA: É a fixação da PPF finalizada com agentes cimentantes classificados como provisórios, como a pasta de óxido de zinco e eugenol, cimentos de óxido de zinco com ou sem eugenol e cimentos de hidróxido de cálcio. A cimentação provisória é indicada preferencialmente para PPF metalocerâmica. Solubilidade alta (risco de soltar); Cárie (risco de cárie se houver solubilidade); Desadaptação (pode acumular biofilme depois da solubilidade); 26 Reabiltação Oral - Prótese Fixa. @dentista_check Kamyla Viana Periodonto pode ter lesão se deixar muito tempo, sem higienização e começar a solver. CIMENTAÇÃO DEFINITIVA: A cimentação definitiva recebe essa denominação devido às características do agente cimentante utilizado. Insolubilidade; Adesão boa à coroa; Não irritante ao tecido e complexo dentino- pulpar; Boa vedação térmica e elétrica para evitar galvanização e muita sensibilidade; Bactericida; Espessura mínima (mais fina possível sem perder propriedades); Fácil manipulação; Radiopacidade; Adesão mecânica (macro e micro) - fosfato e resinoso; Adesão química – ionômero. Cimentos definitivos: de fosfato de zinco; de ionômero de vidro; de ionômero de vidro modificado por resina; cimentos resinosos; gcimentos autoadesivos COROA UNITÁRIA Deve seguir ao máximo o natural, adequando-o a as colorações naturais dos dentes, mais pigmentadas na região cervical, e etc. PRÓTESE PARCIAL FIXA Existe a possibilidade de quando se perde apenas um dente, e apresenta um dentes anterior e outro posterior ao perdido, poderá realizar a chamada ponte, unindo os 3 dentes. ELEMENTOS CONSTITUINTES DA PRÓTESE PARCIAL FIXA: . ELEMENTOS BIOLÓGICOS: Dentes suporte / pilares: Dentes que sustentam ou suportam a prótese; Eles que sofrem desgaste; Devem suportar sua carga incidente mais a carga que incide sobre o pôntico; PILAR ESPAÇO PROTÉTICO RETENTOR CONECTOR PÔNTICO 27 Reabiltação Oral - Prótese Fixa. @dentista_check Kamyla Viana A área de inserção periodontal das raízes dos dentes de suporte deve ser maior ou igual que a dos dentes que serão respostas pela prótese (No mínimo 1:1); Deve ter no mínimo 2 pilares Espaço protético: Espaço edêntulo que será reabilitado por um ou mais pônticos. ELEMENTOS MECÂNICOS: Retentor: Elemento que reabilita (Total ou parcialmente) o dente pilar; Sobre o dente pilar deve-se fazer sempre um retentor; É o elemento que vai ser cimentado ao dente suporte; Retentor em prótese fixa é coroa total, e não parcial, pois precisa ser obtido retenção, paralelismo, estabilidade e eixo de inserção. Pôntico: Feito onde não há dente; Elemento que irá substitui os dentes perdidos, recuperando suas funções; É a parte que substitui o elemento ausente; Conformação básica da superfície gengival deve ser convexa em todos os sentidos, para facilitar a higienização e não favorecer a proliferação de placa; Contorno e espaços de conveniência são necessários para permitir o controle de placa (Abertura das ameias), e isso melhora também a estética; O contato com o rebordo deve ser suave, sem pressão e com extensão mínima. O pôntico não pode ficar apertando o rebordo, apenas em casos de alvéolo póscirúrgico, em que se quer manter a conformação gengival. Há exceções nos casos de exodontias que faz enxerto, em que necessita preservar tecido, logo, não precisa suavizar o contato com o rebordo. EXISTEM QUATRO TIPOS DE PÔNTICOS: Sela: Ele é côncavo; Abraça o rebordo; É desfavorável para higienização; Higiênico: Não toca o rebordo; Não é estético; Permite higienização; Indicado para pós-cirúrgicos em que não pode haver pressão; Ovóide: Ele é convexo; Há pouca pressão; Há ponto de contato mínimo; Não é estético, principalmente por vestibular porque ele está em cima do rebordo e não tem perfil de emergência; Conóide: É o mais usado; É o mais estético; Há perfil de emergência; Permite higienização; É mais suave; Não há pressão e nem retenção nos tecidos. Conector; Elemento de união retentor-pôntico, pôntico-pôntico ou retentor-retentor; Pode ser rígido (Metal com metal e é soldado) ou semi-rígido (É em um sistema de encaixe, não é soldado; indicado para próteses mais extensas que não possuem paralelismo igual em todos os pilares). 28 Reabiltação Oral - Prótese Fixa. @dentista_check Kamyla Viana DISCUTIDO 1.1 Anamnese: Identificação do paciente; Motivo da consulta e queixa principal; Histórico odontológico e médico; Hábitos de higiene bucal, alimentares e parafuncionais; Tipo de paciente: expectativa-motivação 1.2 Exame extra-oral: Simetria e formato facial; Proporção entre os terços nas vistas frontal e lateral da face; Sulcos faciais e suporte labial; Dimensão vertical; Análise do sorriso; Avaliação da musculatura e das articulações temporomandibulares 1.3 Exame intra-oral: OBSERVAÇÕES: Curva oclusal desalinhada; Tamanhos diferentes entre incisivo lateral e incisivo central superior; Retração gengival; Defeito no lateral (12) Extrusão do lado esquerdo superior e intrusão do lado esquerdo inferior; Avaliação clínica: é ideal a avaliação da profundidadede sondagem e mobilidade. O ideal é 2/3 da inserção óssea (no máximo, deve possuir a coroa anatômica exposta); Limite para aceitação de exposição óssea é ½. Caso ultrapasse, será necessário a extração. 1.4 Exame radiográfico: Radiografias panorâmicas: avaliação dos reparos anatômicos; Radiografias periapicais/interproximais: visão mais detalhada das áreas. ANÁLISE RADIOGRÁFICA: Dentes ausentes (pôntico): 21, 22, 23 e 26;. Avaliações radiográficas periapicais: além de avaliar o tamanho das raízes, precisa avaliar o nível de inserção óssea, que neste caso, tem uma perda. 29 Reabiltação Oral - Prótese Fixa. @dentista_check Kamyla Viana OBS: quando o dente termina em um pôntico (ex: elemento 26), preso apenas em uma base (elemento 25), denomina-se que o dente está em cantilever (suspenso e preso em somente um lado). Antigamente, o cantilever era bom, pois não iria desgastar mais de um dente. **Mas, quando era realizado, o pior cantilever era o confeccionado na distal. LEI DE ANTE: O total de raízes inseridas no osso deve ser igual ou maior do que as raízes correspondentes ao dente que será reposto pelo pôntico. Na regra de quais dentes deveriam ser utilizado para receber e ser o de suporte, o elemento 11, 12, 13, 24, 25 e 27 seria o ideal. A vantagem em dividir a prótese do elemento 13 ao 24 e do 25 ao 27; é caso o paciente venha à possuir algum problema. Neste caso, não precisaria alterar toda a prótese; mas sim, naquela parte em específica onde o dente sofreu algum problema. .Moldagem + modelo de estudo É realizada a seleção das moldeiras e realiza a moldagem com alginato e vazamento com gesso do tipo III para reprodução fiel do estudo dos arcos superior e inferior. O modelo de estudo adquirido após o vazamento irá guiar todo o planejamento. .montagem em ASA + enceramento diagnóstico É necessário que modelos de estudos sejam montados em ASA (articulador semi-ajustável) na posição de RC (relação cêntrica) capaz de reproduzir as relações entre dentes e arcos. A montagem dos modelos de estudo em articulador serve também para a realização do enceramento diagnóstico de forma progressiva Enceramento digital: não precisa de espaço físico para armazenamento e não há custo para o seu envio, pois é encaminhado pelo próprio email. Enceramento analógico: realiza de modo físico. o Vantagem: é palpável e o paciente consegue uma melhor visualização. Na imagem abaixo o enceramento já está montado no modelo. A montagem dos modelos em articuladores, objetiva a reprodução do relacionamento oclusal do paciente com duas finalidades básicas: 1. Estudo da oclusão, no caso de presença de patologias oclusais e planejamento para confecção de próteses. 2. Confecção de prótese fixa (PPFs), próteses totais, próteses removíveis ou de aparelhos inter-oclusais (placas) Em ambos os casos, o objetivo principal é a reprodução o mais fiel possível das posições estáticas e dinâmicas da mandíbula em relação à maxila. 30 Reabiltação Oral - Prótese Fixa. @dentista_check Kamyla Viana FUNÇÕES DO ENCERAMENTO DIAGNÓSTICO: 1. Obtenção de uma matriz ou coroas provisórias, antes de efetuar qualquer desgaste na boca do paciente; 2. Maior facilidade de observar as dificuldadesdo caso; 3. Discutir com o paciente as alternativas de tratamento mostrando as prováveis modificações que serão efetuadas; 4. Planejamento criterioso - economia de tempo, dinheiro e melhor previsibilidade do tratamento; . . Planejamento Após a realização dos exames clínicos e radiográficos e da montagem dos modelos de estudo em articulador, pode-se iniciar o planejamento. O sucesso do tratamento é determinado por três critérios: longevidade da prótese, saúde pulpar/ gengival dos dentes e satisfação do paciente. A prótese deverá sempre ter como objetivos principais: Estabelecimento correto das funções mastigatórias; Fonética; Estética. Neste enceramento, é perceptível uma melhora na distribuição oclusal, na forma dos dentes e na altura do Zenith gengival. *A retração que existe no dente inferior entre molar e pré-molar poderá prejudicar novamente a oclusão do paciente. Neste caso, o ideal seria fazer uma leve restauração para aumentar o contato com o dente antagonista. **Caso existisse um diastema, seria ideal pedir uma correção com o ortodontista antes do início da prótese. .Preparo Dentário Foi realizado o desgaste no elemento 27, concluindo que ele proporcionaria uma melhor estabilidade à prótese, distribuindo a carga oclusal. (passo a passo bem detalhado da confecção do preparo, na pagina 21 e 22). Leva os preparos e coroas provisórias para a boca do paciente . Coroas provisórias (passo a passo detalhado da adaptação da coroa provisória na página 24) 31 Reabiltação Oral - Prótese Fixa. @dentista_check Kamyla Viana Para deixar o sorriso mais harmônico, foi realizado um procedimento periodontal no dente 12 para aumentar o Zenith gengival. Neste procedimento, após a análise clínica, caso seja necessária somente a remoção de gengiva, faz uma gengivoplastia; mas caso necessite da remoção de gengiva e osso, faz uma gengivectomia. No incisivo lateral, a referência utilizada foi o incisivo central; pois o seu Zenith gengival é igual ou levemente maior do que o incisivo lateral. Neste caso, foi realizada uma gengivectomia... Após a cirurgia periodontal, é necessário esperar 45 dias para uma melhor cicatrização e dar continuidade ao tratamento protético. . OBSERVAÇÃO Essa área mais escurecida na cervical do dente é devido às raízes serem escurecida e o término ser realizado no nível da gengiva. **Indicação: Para evitar a visualização desse escurecimento, o preparo do dente deve ser feito um término subgengival. Antes de realizar a moldagem para o definitivo, o paciente faz um pré-preparo O pré-preparo deve ser elevado 0,5mm intrasucular; No caso clínico, a cimentação das coroas provisórias foram confeccionadas do dente 13 ao 27. O dente 14, 15 e 16 foi realizado resina composta. Finalização da cirurgia periodontal PREPARO COM TÉRMINO NO NÍVEL GENGIVAL 32 Reabiltação Oral - Prótese Fixa. @dentista_check Kamyla Viana . Moldagem + modelo de trabalho DESINFECÇÃO DOS MOLDES O CD deve se preocupar em prevenir a transmissão de doenças infectocontagiosas, logo, é importante realizar a desinfecção do molde. O produto da moldagem com silicone denso e silicone flúido, é um molde que vai ser vazado com gesso tipo IV. No modelo, é fácil a visualização do preparo que foi realizado antes da moldagem. . Ajuste funcional e estético Ajustes prévios antes da realização da prova na boca do paciente: Avaliação das superfícies internas das coroas; Eliminação dos excessos marginais de cerâmica/ Eliminação dos excessos de cerâmica da cinta metálico-lingual. Ajustes estéticos: Vértice dos incisivos para distal; Ameias cervicais; Textura superficial; Ponto de contato; Corredor bucal; Curva do lábio inferior; * *pré-preparo de 0,5mm intrasucular 33 Reabiltação Oral - Prótese Fixa. @dentista_check Kamyla Viana Observar se a cor acinzentada do metal está presente, através da translucidez do esmalte; Ajustes clínicos: Ajustes oclusais (MIH, RC e movimentos excursivos); Ajuste do contato proximal; Ajuste do contato gengival dos pônticos; Verificação das margens cervicais; Ajuste fonéticoEssa estrutura metálica deve possuir: Boa adaptação no final do término; Deve ter volume de 1/3 da coroa finalizada A prova da estrutura metálica: 1. Remove a provisória do paciente; 2. Observa o encaixe na boca do paciente; 3. Conforme o * está mostrando, não houve o encaixe perfeito na boca do paciente: 4. Para realizar esse ajuste, faz uma manipulação com silicone e aplica dentro da infraestrutura ou utiliza um carbono líquido e a região interna fica marcada. 5. Desgastes do ponto de interferência da estrutura metálica 6. Prova da estrutura metálica novamente após o desgaste e adaptação ao dente preparado. 7. Confecção do registro que ficará interposto entre a infraestrutura e o dente inferior; 8. Seleção da cor da porcelana dos dentes; Estrutura metálica do paciente que fica no interior da prótese fixa. * Essas regiões marcadas com grafite rosa, é a região que não está encaixando e será necessário o desgaste. 34 Reabiltação Oral - Prótese Fixa. @dentista_check Kamyla Viana a. A cor é selecionada pela escala de cor e será informada ao técnico de prótese dental para confecção da PPF. Deve-se mandar também fotografias, informações sobre a idade e o sexo do paciente 9. Envia para o protético. Cimentação A cimentação tem como objetivo principal: Preencher com um agente cimentante o espaço existente entre o dente preparado e a coroa; Promover a união entre essas estruturas; Evitar o deslocamento das restaurações durante a função. Na cimentação definitiva, o cimento deve ser compatível com o tipo de prótese: Prótese metalocerâmica: é ideal a utilização do cimento de fosfato de zinco, cimento de ionômero de vidro ou cimento resinoso (desde que seja químico ou dual); Para prótese metalocerâmica, é contraindicado o uso de um cimento fotopolimerizado, pois a luz não ultrapassa.
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