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Questões Jurídicas e Sociais

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1. EXPLIQUE O IMBRÓLIO JURÍDICO QUE ENVOLVE O VOTO IMRESSO NO BRASIL. 
R: O voto em urnas eletrônicas no Brasil iniciou em 1996 e foi universalizado em 2002. Desde então, é feito o registro digital de cada voto e a identificação da urnas em que foi Registrado , garantindo o sigilo e inviolabilidade. Além disso é admitida ampla fiscalização pelos candidatos, partidos políticos e coligações partidárias, como garante a Lei 9.504/1997, artigo 61. É inconstitucional a lei que determina que, na votação eletrônica, o registro de cada voto deverá ser impresso e depositado, de forma automática e sem contato manual do eleitor, em local previamente lacrado (art. 59-A da Lei 9.504/97, incluído pela Lei 13.165/2015). Essa previsão acaba permitindo a identificação de quem votou, ou seja, permite a quebra do sigilo, e, consequentemente, a diminuição da liberdade do voto, violando o art. 14 e o § 4º do art. 60 da Constituição Federal. Cabe ao legislador fazer a opção pelo voto impresso, eletrônico ou híbrido, visto que a CF/88 nada dispõe a esse respeito, observadas, entretanto, as características do voto nela previstas. O modelo híbrido trazido pelo art. 59-A constitui efetivo retrocesso aos avanços democráticos conquistados pelo Brasil para garantir eleições realmente livres, em que as pessoas possam escolher os candidatos que preferirem. A Procuradoria-Geral da República ajuizou ADI contra essa previsão. Para a PGR, a reintrodução do voto impresso como forma de controle do processo eletrônico de votação “caminha na contramão da proteção da garantia do anonimato do voto e significa verdadeiro retrocesso”. Na petição inicial argumenta-se também a respeito da situação das pessoas com deficiência visual e das analfabetas, que não terão condições de conferir o voto impresso sem o auxílio de terceiros, o que, mais uma vez, importará quebra do sigilo de voto. Recentemente houve manifestações pedindo a volta do voto impresso no país. Sob alegações de que as urnas eletrônicas facilitavam fraudes, um grupo de brasileiros saiu as ruas exigindo o retrocesso do processo eleitoral. Isso em um país que carrega em sua história o “voto de cabresto” e mais atualmente, denúncias frequentes de compra de votos, situação que sofreu redução significativa com a digitalização das urnas. Foi justamente na defesa do sigilo e da liberdade de voto que o Supremo Tribunal Federal (ST F) declarou inconstitucional e assim, encerrou a possibilidade de impressão do voto eletrônico, situação antes prevista no artigo 59-A da Lei das Eleições (Lei 9.504/1997).
2. DE ACORDO COM A CONSTITUIÇÃO, GRAVAÇÕES TELEFÔNICAS PODEM SER UTILZADAS COMO PROVA CÍVEL? EXPLIQUER.
R: sim, O artigo 334 da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, que institui o Código de Processo Civil, prevê, de forma taxativa, os fatos que não dependem de provas, quais sejam: I – notórios; II – afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária; III – admitidos, no processo, como incontroversos; IV – em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade. Já se sabe da importância das provas no processo, mas estas não podem ser feitas de forma irrestrita. As formas de produzir provas seja ela confissão, depoimento pessoal, interrogatório, testemunhas, documentos, perícia e inspeção judicial devem estar de acordo com a legislação processual do país. A Constituição Federal em seu artigo 5º, incisos X e XII, prevê o direito à intimidade:
X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; XII – é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal .
 
3. QUAIS (QUAL) O(S) DIREITOS SOCIAIS PODEMOS ASSOCIAR A MOBILIDADE URBANA?
R: : A mobilidade urbana significa antes de tudo o direito de acesso à cidade. É um direito constitucional essencial, assim como a saúde, a educação e a cultura. É um dos caminhos para garantir tanto a qualidade de vida nas cidades quanto à inclusão social urbana, já que o acesso aos locais de trabalho aparece como uma necessidade fundamental dos trabalhadores, assim como o acesso à cultura e ao lazer.
4. DIREITOS DE NACIONALIDADE SÃO DIREITOS FUNDAMENTAIS? EXPLIQUE. 
R: Sim porque o direito de nacionalidade, ou seja, a possibilidade do indivíduo estar inserido em um Estado significa a ligação, de caráter jurídico e político, que une a pessoa a este Estado determinado colocando-a dentro da sua dimensão pessoal, lhe conferindo os direitos de proteção e impondo-lhe os deveres advindos desta ordem estatal , já os direitos fundamentais são aqueles essenciais ao ser humano. Há certa confusão entre eles e os direitos humanos. Por isso, importa saber: direitos fundamentais estão positivados no ordenamento constitucional de uma nação, já os direitos humanos estão além das fronteiras, supranacionais, independentemente de positivação constitucional.

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