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LIVRO - SEGURANÇA HOSPITALAR

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Prévia do material em texto

SEGURANÇA 
DO TRABALHO 
HOSPITALAR
Professora Me. Mirian Aparecida Micarelli Struett
GRADUAÇÃO
Unicesumar
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a 
Distância; STRUETT, Mirian Aparecida Micarelli.
 
 Segurança do Trabalho Hospitalar. Mirian Aparecida Micarelli 
Struett. 
 Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 
 278 p.
“Graduação - EaD”.
 
 1. Segurança. 2. Hospitalar . 3. Trabalho. 4. EaD. I. Título.
ISBN 978-85-459-0756-5
CDD - 22 ed. 613
CIP - NBR 12899 - AACR/2
Reitor
Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de Administração
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de EAD
Willian Victor Kendrick de Matos Silva
Presidente da Mantenedora
Cláudio Ferdinandi
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Direção Operacional de Ensino
Kátia Coelho
Direção de Planejamento de Ensino
Fabrício Lazilha
Direção de Operações
Chrystiano Mincoff
Direção de Mercado
Hilton Pereira
Direção de Polos Próprios
James Prestes
Direção de Desenvolvimento
Dayane Almeida 
Direção de Relacionamento
Alessandra Baron
Head de Produção de Conteúdos
Rodolfo Encinas de Encarnação Pinelli
Gerência de Produção de Conteúdos
Gabriel Araújo
Supervisão do Núcleo de Produção de 
Materiais
Nádila de Almeida Toledo
Supervisão de Projetos Especiais
Daniel F. Hey
Coordenador de Conteúdo
Luciano Santana Pereira
Designer Educacional
Maria Fernanda; Agnaldo Ventura; Giovana 
Cardoso; Isabela Agulhon.
Iconografia
Isabela Soares Silva
Projeto Gráfico
Jaime de Marchi Junior
José Jhonny Coelho
Arte Capa
Arthur Cantareli Silva
Editoração
Ellen Jeane da Silva
Qualidade Textual
Hellyery Agda
Alessandra Sardeto
Ilustração
Bruno Pardinho
Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário 
João Vivaldo de Souza - CRB-8 - 6828
Impresso por:
Em um mundo global e dinâmico, nós trabalhamos 
com princípios éticos e profissionalismo, não so-
mente para oferecer uma educação de qualidade, 
mas, acima de tudo, para gerar uma conversão in-
tegral das pessoas ao conhecimento. Baseamo-nos 
em 4 pilares: intelectual, profissional, emocional e 
espiritual.
Iniciamos a Unicesumar em 1990, com dois cursos 
de graduação e 180 alunos. Hoje, temos mais de 
100 mil estudantes espalhados em todo o Brasil: 
nos quatro campi presenciais (Maringá, Curitiba, 
Ponta Grossa e Londrina) e em mais de 300 polos 
EAD no país, com dezenas de cursos de graduação e 
pós-graduação. Produzimos e revisamos 500 livros 
e distribuímos mais de 500 mil exemplares por 
ano. Somos reconhecidos pelo MEC como uma 
instituição de excelência, com IGC 4 em 7 anos 
consecutivos. Estamos entre os 10 maiores grupos 
educacionais do Brasil.
A rapidez do mundo moderno exige dos educa-
dores soluções inteligentes para as necessidades 
de todos. Para continuar relevante, a instituição 
de educação precisa ter pelo menos três virtudes: 
inovação, coragem e compromisso com a quali-
dade. Por isso, desenvolvemos, para os cursos de 
Engenharia, metodologias ativas, as quais visam 
reunir o melhor do ensino presencial e a distância.
Tudo isso para honrarmos a nossa missão que é 
promover a educação de qualidade nas diferentes 
áreas do conhecimento, formando profissionais 
cidadãos que contribuam para o desenvolvimento 
de uma sociedade justa e solidária.
Vamos juntos!
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está 
iniciando um processo de transformação, pois quando 
investimos em nossa formação, seja ela pessoal ou 
profissional, nos transformamos e, consequentemente, 
transformamos também a sociedade na qual estamos 
inseridos. De que forma o fazemos? Criando oportu-
nidades e/ou estabelecendo mudanças capazes de 
alcançar um nível de desenvolvimento compatível com 
os desafios que surgem no mundo contemporâneo. 
O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de 
Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo 
este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens 
se educam juntos, na transformação do mundo”.
Os materiais produzidos oferecem linguagem dialógica 
e encontram-se integrados à proposta pedagógica, con-
tribuindo no processo educacional, complementando 
sua formação profissional, desenvolvendo competên-
cias e habilidades, e aplicando conceitos teóricos em 
situação de realidade, de maneira a inseri-lo no mercado 
de trabalho. Ou seja, estes materiais têm como principal 
objetivo “provocar uma aproximação entre você e o 
conteúdo”, desta forma possibilita o desenvolvimento 
da autonomia em busca dos conhecimentos necessá-
rios para a sua formação pessoal e profissional.
Portanto, nossa distância nesse processo de cresci-
mento e construção do conhecimento deve ser apenas 
geográfica. Utilize os diversos recursos pedagógicos 
que o Centro Universitário Cesumar lhe possibilita. 
Ou seja, acesse regularmente o Studeo, que é o seu 
Ambiente Virtual de Aprendizagem, interaja nos fóruns 
e enquetes, assista às aulas ao vivo e participe das dis-
cussões. Além disso, lembre-se que existe uma equipe 
de professores e tutores que se encontra disponível para 
sanar suas dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu processo de 
aprendizagem, possibilitando-lhe trilhar com tranqui-
lidade e segurança sua trajetória acadêmica.
A
U
TO
R
A
Professora Me. Mirian Aparecida Micarelli Struett
Possui Mestrado na área de Gestão de Negócios pela Universidade Estadual 
de Londrina, em consórcio com a Universidade Estadual de Maringá (UEL/
UEM). Possui especialização em Novas Tecnologias da Ead pela UniCesumar 
e graduação em Administração pela Universidade Estadual de Maringá. 
É funcionária pública na área de Gestão Hospitalar, desde 1992, e atua na 
função de Gestor de Contratos e Convênios no Hospital Universitário Regional 
de Maringá; também, é docente Ead-40 da Graduação e Pós-Graduação nas 
áreas de Gestão Organizacional, desde 2009, especificamente da UniCesumar.
Para informações mais detalhadas sobre sua atuação profissional, pesquisas e 
publicações, acesse seu currículo, disponível no endereço a seguir.
<http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4735005T0>
SEJA BEM-VINDO(A)!
Caro(a) aluno(a), é com muita satisfação que apresento a você o livro que fará parte da 
disciplina Segurança do Trabalho Hospitalar. Espero sinceramente que esta disciplina 
some ainda mais ao conhecimento que você já possui. O objetivo principal desta impor-
tante disciplina é oportunizar a você o conhecimento sobre os riscos potenciais a que 
podem ser expostos os trabalhadores, clientes da saúde e meio ambiente provenientes 
das atividades hospitalares.
Dessa forma, o livro foi organizado pensando em você, prezado(a) estudante, e para 
tanto será necessário também muito empenho da sua parte para que a concretização 
desse trabalho tenha bons frutos. Por isso, no decorrer de suas leituras procure interagir 
com os textos, fazer anotações, responder às atividades de estudo, anotar suas dúvidas, 
ver as indicações de leitura e realizar novas pesquisas sobre os assuntos tratados, pois 
será meu intento esgotar todo o assunto neste livro.
Para nortear nosso trabalho, você terá, na primeira unidade deste livro, o tema “Riscos no 
Ambiente Hospitalar”, em seguida nas unidades II, III e IV com os temas “Procedimentos 
e Controle de Doenças Infectocontagiosas”, “Gerenciamento de resíduos hospitalares” e, 
“Segurança e Proteção Radiológica”. Por fim, para finalizar essa importante discussão, e 
última unidade deste livro será sobre as “Medidas de Segurança no Ambiente Hospita-
lar”. Uma vez norteado seu caminho discorremos sobre as etapas que você trilhará!
A leitura da primeira unidade é o ponto de partida no seara do conhecimento sobre os 
riscos no ambiente hospitalar e, por isso, servirá para familiarizá-lo a alguns conceitos 
básicos relacionados ao tema, que possibilitará a você, compreender os principais agen-
tes de riscos, normas e legislações que amparam e protegem o trabalhador da área da 
saúde.
Dessa forma, na Unidade I você estudará quais são os principais aspectos dos agentes 
de risco de acidentes no ambientehospitalar, e quais devem ser as ações as quais o es-
tabelecimento e trabalhadores da saúde precisam se adequar para proteger e promover 
a qualidade de vida no ambiente hospitalar.
Na Unidade 2, você aprenderá algumas medidas de prevenção e controle, por exemplos, 
a higienização de mãos, os procedimentos de limpeza, desinfecção e esterilização hos-
pitalar, bem como as competências dos setores e pessoas que trabalham nesse ambien-
te para minimizar os riscos das doenças infectocontagiosas.
A Unidade 3 também agregará a você mais conhecimento sobre os riscos provenientes 
dos resíduos hospitalares. Dessa forma, conheceremos quais são esses riscos e quais 
devem ser as ações necessárias para garantir a segurança dos trabalhadores com o ob-
jetivo de minimizar os riscos ocupacionais referentes aos resíduos hospitalares por meio 
do Gerenciamento do RSS a partir da elaboração de um PGRSS.
A Unidade 4, nossa penúltima unidade, proporcionará a você um maior conhecimento 
acerca do uso das radiações. Especificamente quanto às radiações ionizantes aprende-
APRESENTAÇÃO
SEGURANÇA DO TRABALHO HOSPITALAR
remos quais são seus efeitos (biológicos, físicos, psíquicos, fisiológicos, mecânicos e 
químicos) e como deve ser realizada a proteção radiológica no ambiente hospitalar.
Na Unidade 5 serão apresentados o papel do Serviço Especializado em Engenharia 
de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), a Comissão Interna de Prevenção 
de Acidentes do Trabalho (CIPA) em conjunto com a CCIH, Comissão de Tecnovigi-
lância e suas responsabilidades integradas. Nesta última Unidade, você verá como 
a Segurança Hospitalar deve ser enfatizada em todos os aspectos, seja quanto ao 
uso de equipamentos, energia elétrica e outros aspectos de segurança aplicada ao 
ambiente hospitalar, bem como do estabelecimento de plano de emergência.
Como foi possível perceber por esta apresentação, prezado estudante, há um longo 
caminho para o seu processo de aprendizado! Por isso, “mãos no livro”, comece a 
folheá-lo, instigue sua curiosidade, explore-o atentamente! De agora em diante é 
“com você”! Também, é possível lembrar que “A persistência é o menor caminho do 
êxito” (Charles Chaplin)
Portanto, desejo que você tenha uma ótima leitura, com excelentes intervalos de 
reflexão, que são sobre os papéis fundamentais nesse processo de aprendizado.
Professora Me Mirian Aparecida Micarelli Struett 
APRESENTAÇÃO
SUMÁRIO
09
UNIDADE I
RISCOS NO AMBIENTE HOSPITALAR
15 Introdução 
16 Riscos no Ambiente Hospitalar 
20 Riscos Físicos 
30 Riscos Químicos 
39 Riscos Biológicos 
48 Riscos Mecânicos e Ergonômicos 
53 Considerações Finais 
60 Referências 
62 Gabarito 
UNIDADE II
PROCEDIMENTOS E CONTROLE DE DOENÇAS INFECTO-
CONTAGIOSAS 
65 Introdução 
66 Biossegurança no Ambiente Hospitalar 
69 Doenças Infectocontagiosas em Hospitais 
75 A Importância da Higienização das Mãos em Serviços de Saúde 
88 Controle de Infecção Hospitalar 
94 Procedimentos de Limpeza, Desinfecção e Esterilização Hospitalar 
SUMÁRIO
10
108 Considerações Finais 
116 Referências 
119 Gabarito 
UNIDADE III
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS HOSPITALARES
123 Introdução 
124 A Importância do Gerenciamento de Resíduos Hospitalares 
128 Resíduos Hospitalares e Riscos Ocupacionais 
135 Gerenciamento de Resíduos dos Serviços da Saúde 
145 Plano de Gerenciamento de Resíduos Hospitalares 
160 Considerações Finais 
170 Referências 
172 Gabarito 
UNIDADE IV
SEGURANÇA E PROTEÇÃO RADIOLÓGICA
175 Introdução 
176 Conceitos da Radiação Ionizante e Uso das Radiações na Área da Saúde 
182 Efeitos das Radiações Ionizantes nos Trabalhadores e Usuários 
191 Princípios Básicos de Segurança e Proteção Radiológica 
SUMÁRIO
11
211 Gerência dos Rejeitos Radioativos 
218 Considerações Finais 
225 Referências 
227 Gabarito 
UNIDADE V
MEDIDAS DE SEGURANÇA NO AMBIENTE HOSPITALAR
231 Introdução 
232 SESMT e CIPA no Ambiente Hospitalar 
237 Tópicos de Segurança Aplicados 
254 Segurança e Equipamentos Médico-Hospitalares 
261 Plano de Emergência para o Ambiente Hospitalar 
267 Considerações Finais 
275 Referências 
277 Gabarito 
278 CONCLUSÃO
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ID
A
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E I
Professora Me. Mirian Aparecida Micarelli Struett
RISCOS NO AMBIENTE 
HOSPITALAR
Objetivos de Aprendizagem
 ■ Conhecer as principais características dos riscos que ocasionam 
acidentes de trabalho no Ambiente Hospitalar.
 ■ Entender quais são as normas e legislações definidoras dos riscos e 
proteção do trabalhador.
 ■ Compreender os principais riscos físicos, químicos, biológicos, 
mecânicos e ergonômicos presentes no ambiente hospitalar.
 ■ Reconhecer os efeitos destes riscos para os trabalhadores no âmbito 
hospitalar.
 ■ Apresentar algumas formas de prevenção destes riscos no ambiente 
hospitalar.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 ■ Riscos no ambiente Hospitalar
 ■ Riscos Físicos
 ■ Riscos Químicos
 ■ Riscos Biológicos
 ■ Riscos Mecânicos e Ergonômicos
INTRODUÇÃO
Em todo ambiente de trabalho há riscos de acidentes e no ambiente hospitalar 
não seria diferente. Há muitos anos vem sendo relatado casos de acidente de tra-
balho neste tipo de ambiente, que devido a sua complexidade exige ainda mais 
atenção dos profissionais da saúde, tanto em relação à qualidade de vida quanto 
de proporcionar segurança ao cliente da saúde e meio ambiente.
A Legislação brasileira – Lei 6.514/77 define o direito aos trabalhadores à 
segurança e medicina no Trabalho. Diversas são as normas que regulamentam e 
auxiliam gestores hospitalares na identificação, no controle e prevenção de aci-
dentes neste ambiente. Existem, entretanto, diversas normas regulamentadoras 
específicas, bem como manuais da ANVISA que tratam do tema mais detalha-
damente. A cada uma delas, trataremos oportunamente.
Neste tópico, especificamente, a ênfase será na NR-9 da Portaria nº 3214 de 
08 de Junho de 1978, atualizada até 2016, a NR-17 da Ergonomia, atualizada em 
2007 e a NR-32 da Portaria nº 485 de 11 de Novembro de 2005, atualizada em 
2011, visam promover a Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde 
quanto à identificação dos riscos potenciais ao trabalhador. Além destas normas, 
temos o Manual da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que trata 
especificamente deste tema, ou seja, da Segurança no Ambiente Hospitalar e serve 
de guia para que os estabelecimentos da saúde aprimorem seus processos e ati-
vidades, além de reduzir os riscos danosos à saúde ocupacional do trabalhador.
Caro(a) aluno(a), portanto, todo o reconhecimento desses riscos, causas 
e formas de controle e prevenção no ambiente hospitalar será enfatizado não 
somente neste tópico, como em todo o arcabouço teórico que fundamentará as 
demais unidades. Assim, ao final desta unidade, você compreenderá as princi-
pais características dos riscos presentes no ambiente hospitalar e outros aspectos 
relevantes sobre a Segurança no Ambiente Hospitalar que afeta tanto os profis-
sionais como os clientes da saúde.
Introdução
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RISCOS NO AMBIENTE HOSPITALAR
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E16
RISCOS NO AMBIENTE HOSPITALAR
O principal objetivo de um hospital é a prestação de serviços na saúde e como 
tal, é neste ambiente, que os clientes da saúde, bem como os profissionais estão 
sujeitos a diversos agentes que podem afetar a sua qualidade de vida e do meio 
ambiente de forma positiva ou negativa.
Silva e Pinto (2012), descrevem que dentre os fatores que levam à ocorrência 
dos riscos ocupacionais os principais são: número insuficiente de funcionários, 
sobrecarga de trabalho, rodízio de turnos e plantões noturnos, desgaste men-
tal e emocional, condições físicas impróprias, falta de capacitaçãoprofissional, 
exposição a substâncias tóxicas, indisposição ou mau uso dos EPIS, exposição 
ocupacional, condições inapropriadas de trabalho e o ambiente de trabalho.
Conforme o Manual da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA, 
2013), especificamente tratando do tema Segurança no Ambiente Hospitalar, os 
acidentes neste tipo de ambiente são muitos, e envolvem o profissional da área 
da saúde bem como pacientes, visitantes, instalações e equipamentos.
De acordo com o Manual (2013, p.03), 
Em 1983, nos Estados Unidos, ocorreram 1.000.000 de incidentes com 
prejuízos na área hospitalar, dos quais 200.000 envolveram alguma for-
ma de negligência. Em 1989, o uso intensivo dos equipamentos médi-
co-hospitalares, no mesmo país, resultou em torno de 10.000 acidentes 
(1 a cada 52 minutos), com um saldo de 1000 mortes.
Na Suécia, durante os anos de 1984 e 1985, foram analisados 306 equi-
pamentos defeituosos que causaram acidentes fatais ou com sérias con-
Riscos no Ambiente Hospitalar
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sequências. Verificou-se que 21% dos acidentes foram relacionados à 
manutenção incorreta, 26% com uso indevido e 46% com problemas 
de desempenho.
Embora o manual apresente exemplos relacionados aos equipamentos médi-
co-hospitalares, é importante frisar que o ambiente hospitalar requer muita 
atenção, pois a complexidade existente neste tipo de organização exige um 
tratamento multiprofissional em relação à tomada de decisões técnicas, admi-
nistrativas, econômicas e operacionais. Nesse sentido, o hospital juntamente 
com essa equipe devem se responsabilizar para reduzir riscos de acidentes pro-
movendo e reforçando práticas seguras de trabalho a fim de proporcionar um 
ambiente livre de riscos, conforme as legislações existentes.
Ainda de acordo com o Manual da ANVISA sobre Segurança no Ambiente 
Hospitalar (2013, p.03):
o futuro reserva aos profissionais que atuam na área da saúde, equipa-
mentos e instrumentos mais sofisticados, bem como responsabilidades 
adicionais. Dentre outras coisas, esses profissionais deverão estar ple-
namente conscientes das possibilidades e riscos desses novos recursos, 
devendo, portanto, em conjunto com a instituição, examinar cuidado-
samente cada risco e determinar a melhor forma de gerenciá-lo.
As definições legais dos agentes potenciais de danos à saúde do trabalhador são 
apresentadas inicialmente pelo Programa de Prevenção de Riscos Ambientais 
– PPRA – do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), estabelecendo a obrigato-
riedade da elaboração e implementação por parte dos empregadores e Instituições 
do PPRA, bem como as suas normas regulamentadoras, das quais enfatizamos 
as normas NR-9, dos riscos ao meio ambiente, a NR-17 dos riscos ergonômicos 
e a NR-32, com o objetivo de promover a Segurança e Saúde no Trabalho em 
Estabelecimentos de Saúde. 
A NR-32 tem como finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a imple-
mentação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos 
serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e 
assistência à saúde em geral. Entretanto, existem outras normas regulamentado-
ras e legislação vigente específica aos diferentes setores do ambiente hospitalar, 
que devido às suas características serão tratados oportunamente.
RISCOS NO AMBIENTE HOSPITALAR
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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Antes de iniciarmos nossa explanação sobre os riscos no ambiente hospitalar, 
visualize o mapa a seguir sobre os acidentes de trabalho. Este mapa sintetiza os 
tipos de riscos de acidentes do trabalho, suas causas, formas de prevenção e tipos 
de acidente de trabalho. Muitos deles já são conhecidos por vocês!
De acordo com estudos de Vasconcelos e Santos (2014), em pesquisas rela-
cionadas aos riscos ocupacionais, os hospitais foram os cenários de pesquisa 
mais utilizados, estando presente em sete (39%) publicações nos hospitais 
universitário/escola, seguido dos hospitais gerais com cinco (28%). A região 
Sudeste foi predominante, apresentando-se em dez (55,5%) trabalhos. Nas 
populações pesquisadas, os(as) profissionais da área de saúde foram os mais 
frequentes alvos das pesquisas, destacando os trabalhadores de enferma-
gem (Enfermeiros(as), Técnicos(as) e Auxiliares de Enfermagem), presentes 
em 50% dos estudos e, ainda, duas publicações (11,1%) abordaram os estu-
dantes do Curso de Enfermagem. De acordo com os dados estudados nessa 
pesquisa, pode-se afirmar que os hospitais foram os ambientes de trabalho 
mais frequente prejudicado por riscos ocupacionais.
Fonte: adaptado de Vasconcelos e Santos (2014). 
Riscos no Ambiente Hospitalar
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Figura 1: Mapa de Acidentes do Trabalho.
Fonte: UFRJ (on-line, [2017])1..
Agora, imagine qual(is) deste(s) risco(s) e causa(s) de Acidentes do Trabalho, 
você acredita que exista(m) no ambiente Hospitalar.
RISCOS NO AMBIENTE HOSPITALAR
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E20
Mesmo que você ainda não conheça um ambiente hospitalar em sua com-
pletude, provavelmente você o tenha mentalizado e pensado: “A maioria dos 
riscos estão presentes neste ambiente”!
Então, você ACERTOU! Portanto, vamos conhecê-los, reconhecendo-os e 
avaliando seu risco no ambiente hospitalar.
RISCOS FÍSICOS
De acordo com o Manual de Segurança no Ambiente Hospitalar (ANVISA, 2013), 
os principais riscos físicos no Ambiente Hospitalar são: calor, ruído, vibrações, 
umidade, radiações ionizantes e não ionizantes e decorrentes da iluminação.
CALOR 
É a forma de energia que pode ser transmitida de um corpo para outro (tro-
cas de calor), por radiação (ondas eletromagnéticas), condução ou convecção 
(por meio de massas de ar que ao se aquecerem diminuem sua densidade, de 
modo que se tornam mais leves, sobem, dando lugar a massas de ar mais frias 
que a primeira).
Riscos Físicos
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O calor é empregado nas operações de limpeza e desinfecção e esterilização 
dos artigos e áreas hospitalares, no preparo de alimentos no Serviço de Nutrição 
e Dietética (SND) e nos laboratórios de análise clínica no preparo de soluções, 
para geração de conforto ambiental e também para finalidade terapêutica (ber-
ços aquecidos e incubadoras, equipamentos de radiofrequência e raio-laser).
Em doses excessivas ou sobrecargas, podem causar efeitos indesejáveis como: 
a) golpe de calor, cujos sintomas podem ser o colapso, delírio, alucinações e 
coma; b) prostração térmica por queda de teor de água (desidratação) que 
ocorre quando a água é eliminada pela sudorese com aumento da temperatura 
e pulsação do corpo, recomendado a ingestão de líquidos e, c) prostração tér-
mica pelo decréscimo de sal, ou seja, quando o consumo de sal é insuficiente 
para substituir as perdas de cloreto de sódio pela sudorese de forma que as pes-
soas bebem água em abundância, sem a devida reposição de sal, cujos sintomas 
são fadiga, tonturas, náuseas, vômitos e cãibras musculares. 
Entre os efeitos nocivos do calor podem ser observados a fadiga transitó-
ria (cansaço mental ou físico), algumas enfermidades das glândulas sudoríparas 
(suores excessivos, retenções ou infecções), inchaços nos pés e tornozelos, entre 
outras enfermidades, bem como a diminuição da capacidade de trabalho, perda 
de produtividade, etc.
Dentre as atividades realizadas pelo trabalhador, alguns equipamentos e locais 
do ambiente hospitalar podem provocar a sobrecarga térmica, principalmente 
nos ambientes mal ventilados. Por exemplo: na manutenção de equipamentosde esterilização que utiliza calor, nas caldeiras de vapores, nas obras de constru-
ção civil, cozinhas e Serviço de Nutrição e Dietética-SND (forno, fogão, frituras, 
banho-maria e caldeirões), no uso de equipamentos como o bisturi elétrico, nos 
procedimentos de cardioversão ou desfibrilação, com colchão e cobertores aque-
cidos e nas lavanderias (água quente, vapor, resistências elétricas), entre outras 
formas de ocorrência que podem acometer tanto o trabalhador quanto os demais 
clientes da saúde.
RISCOS NO AMBIENTE HOSPITALAR
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A NR-15 da Portaria nº 3214/78 avalia a que o trabalhador tem direito 
conforme os tipos de ambiente de trabalho, portanto, uma vez reconhecido o 
ambiente de risco deve-se tomar algumas medidas necessárias como proteção 
contra o calor radiante (uso de anteparos refletores), de convecção (realizar a 
renovação, aumento e velocidade das massas de ar) e de condução (uso de iso-
lamento com lã, vidros ou outros materiais termicamente isolantes).
ILUMINAÇÃO
A má iluminação (deficiente ou sombreada) nos locais de trabalho pode causar 
graves prejuízos ao trabalhador, bem como à saúde do paciente. Principalmente 
nas salas cirúrgicas, cuja finalidade é realizar os procedimentos que permi-
tam a visualização adequada da cirurgia e do ambiente conta com os aspectos 
da alimentação elétrica (deve ser feita com 24 volts), da cor (fiel) e da eleva-
ção da temperatura (mínima, obedecendo ao comprimento da onda e espectro 
infravermelho).
A iluminação apropriada contribui para a produtividade do trabalho (qua-
lidade, redução da fadiga hospitalar, redução de acidentes do trabalho etc.), 
entretanto, apesar de o assunto ser tratado na NR-17 (ergonômicos) e também 
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recomendado pela NBR 5413 da Associação Brasileira das Normas Técnicas 
ABNT, cuja recomendação é o uso de nível mínimo de iluminação para ambien-
tes de trabalho. 
O reconhecimento da importância da iluminação adequada parte do traba-
lhador e algumas medidas devem ser adotadas, como a limpeza da lâmpada, o 
correto nível de luminosidade ( que por ser medido pelo luxímetro - aparelho que 
tem como função fazer a medição da intensidade de iluminação de um determi-
nado ambiente) ou mesmo a realização da substituição das lâmpadas queimadas.
UMIDADE
A umidade excessiva não é comum em construções, principalmente as hospita-
lares próximas às árvores ou a outros obstáculos que impeçam a luz solar direta; 
construções mal concebidas ou influência do meio externo podem contribuir 
para seu favorecimento. Em geral, as lavanderias são os ambientes que mais pro-
piciam a umidade (manchas na parede, infiltrações, excesso de água, etc.) que 
podem ser detectadas visualmente.
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A umidade deve ser avaliada por meio do equipamento termo-higrômetro 
(instrumento que serve para medir a umidade presente nos gases, mais especi-
ficamente na atmosfera) ou por meio da inspeção visual. As medidas a serem 
utilizadas são: verificação dos projetos (circuitos hidráulicos, desníveis e incli-
nações do piso), correção das infiltrações pela manutenção, nos casos de pouca 
incidência de luz solar, o uso de sistema de refrigeração e calor (ar condicionado) 
pode ser a única opção e nos casos de excesso de água em locais de trânsito de 
pessoas, é feito o uso de placas de advertência ou drenagem para que não ocor-
ram acidentes devido ao piso escorregadio.
RADIAÇÕES IONIZANTES
Os efeitos biológicos da irradiação podem ser hereditários (transmitidas para 
próxima geração) ou somáticos (lesão nas células). São utilizadas para fins de 
diagnóstico clínico e estão presentes áreas que fazem o uso de equipamentos de 
diagnóstico e de imagens médicas em tempo real, como centros cirúrgicos e uni-
dades de terapia intensiva.
As radiações ionizantes são aquelas que extraem elétron da matéria ao 
incidirem sobre a mesma produzindo íons. São exemplos, as partícu-
las alfa, beta, neutras, aquelas produzidas por ondas eletromagnéticas, 
da mesma forma, as originadas de aparelhos como raios-X, radiações 
gama e aceleradores lineares (ANVISA, 2013, p.172, on-line)2. 
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De acordo com Manual de Segurança no Ambiente Hospitalar (2013), o ser-
viço de Radiodiagnóstico, tem como finalidade produzir radiografias por meio 
de aparelhos fixos ou portáteis, da fluoroscopia (equipamento que produz uma 
imagem em tempo real), em escopias com intensificadores de imagem, nos exa-
mes de raios-X odontológicos e em tomografias computadorizadas. O serviço de 
Radioterapia tem como objetivo destruir células nocivas ao organismo humano 
por meio da teleterapia, braquiterapia, etc. Na Medicina Nuclear o serviço ocorre 
por meio de imagens produzidas nos órgãos do corpo humano e suas estruturas, 
a partir do uso de medicamentos radioativos (radioisótopos e radiofarmacêuti-
cos) injetados no corpo humano.
Como sabemos, caro aluno, a radiação por raios-X apresenta riscos à saúde 
do trabalhador, expondo-os. Os efeitos são sentidos em curto e longo prazo, 
variando de pessoa para pessoa, encurtando a expectativa de vida do trabalha-
dor e do paciente. Conforme aponta Okuno (2016, s.p):
As importantes aplicações das radiações ionizantes na medicina podem 
salvar vidas através de radiodiagnóstico e radioterapia. As principais 
fontes dessas radiações são as radiações emitidas por tubos de raios X, 
por aceleradores lineares e por radionuclídeos. Entretanto, como essas 
radiações também produzem danos biológicos, seu uso deve ser feito 
de forma criteriosa, fazendo levantamento de riscos e benefícios.
Diversos podem estar expostos à radiação, porém os médicos radiologistas, 
médicos radioterapeutas e os profissionais técnicos de raios-X sãos que mais 
são expostos à radiação enquanto trabalham com os pacientes ou até mesmo 
diretamente a partir de suas atividades com os equipamentos. Assim como 
eles, também os pacientes têm riscos, sendo que estes últimos necessitam deste 
diagnóstico para descobrir a origem de doenças ou até mesmo para a mitigação 
dela, ou seja, é utilizada para fins terapêuticos. Dado à importância deste tema, 
abordaremos com maior profundidade em consonância com a NR-32 no capí-
tulo IV deste livro.
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RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES
Diferente das ações ionizantes, as radiações ionizantes causam excitação dos áto-
mos do material absorvente mas não possuem energia suficiente para retirar seus 
elétrons das órbitas que ocupam. Pode ocorrer através do processo de esteriliza-
ção que faz uso da luz ultravioleta (UV) (31,32), a luz infravermelha empregada 
em fisioterapia e em procedimentos cirúrgicos na forma de laser, trazendo ris-
cos aos pacientes e funcionários.
Segundo o Manual de Segurança no Ambiente Hospitalar (2013), o risco 
mais comum atribuído aos raio ultravioleta é a exposição à luz solar, cujo efeito 
é a queimadura na pele obtida por meio dos raios UV (cujo comprimento de 
onda esteja entre os valores de 4000 a 3000 angstrons). O laser, se não for bem 
manuseado, pode ser perigoso e causar queimaduras na pele e olhos. Já a radia-
ção infravermelha, é usada para aquecimento pode produzir queimaduras.
Portanto, deve-se avaliar se a energia emitida está dentro dos limites propos-
tos pelo fabricante e se as formas de controle, que visam proteger o trabalhador 
contra a exposição direta destas formas de radiação, dentre elas o uso de óculosde segurança, estão compatíveis com as regras de segurança. 
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Quadro 01- Regras de segurança
a) Manter o laser em baixa potência para a fase de preparação. 
b) Alta potência somente após determinar a direção de uso.
c) Precisão por meio da calibração preventiva.
d) Superfícies refletivas afastadas do campo em que o laser será utilizado, preve-
nindo reflexões acidentais. 
e) Proteger as tubulações de borracha ou plástico contra incidência acidental dos 
raios.
f ) Evitar o uso de laser em conjunto com anestésicos inflamáveis ou oxigênio em 
concentrações maiores que 40%. 
g) Uso do vácuo para remover a fumaça do campo cirúrgico. 
h) Eliminar cortinas inflamáveis e cobrir as janelas com material opaco. 
i) Instalar tecidos úmidos ao redor do campo cirúrgico, de modo a evitar queima-
duras acidentais por raios mal direcionados. 
j) Identificação da área por meio de simbologia internacional que irá indicar a 
existência do risco naquele ambiente.
Fonte: adaptado do Manual de Segurança no Ambiente Hospitalar (2013)2. 
Quando utilizar ultravioleta para induzir a pigmentação, é essencial proteger os 
olhos, pois a exposição direta dos olhos pode provocar conjuntivite temporá-
ria ou cegueira permanente, sendo necessário o uso de óculos especiais (lentes 
opacas à radiação UV).
VIBRAÇÕES
As vibrações podem ser danosas para o trabalhador, aos clientes da saúde, às 
estruturas edificadas e aos equipamentos sensíveis. Neste último, seu funciona-
mento torna-se inadequado (desregulagem) e pode estar associada ao tráfego 
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intenso de veículos pesados por vias próximas ao local, já na construção pode 
ser sentida a partir de fontes como: grupos geradores de energia auxiliar, cen-
trais de vácuo, ar comprimido, bombas de recalque de água e tráfego intenso em 
vias urbanas. Nos seres humanos seus efeitos podem ocasionar sintomas como 
cansaço, dores nos membros, dores na coluna, doença do movimento, artrite, 
problemas digestivos, lesões ósseas, lesões dos tecidos moles e lesões circulatórias.
Conforme o Anexo 8 da NR-15 da Portaria 3214/78, as atividades e ope-
rações que exponham os trabalhadores, sem proteção adequada às vibrações 
localizadas ou de corpo inteiro, serão caracterizadas como insalubres, e devem 
ser verificadas por meio da perícia realizada no local de trabalho, avaliando as 
vibrações de máquinas e equipamentos por meio dos aparelhos acelerômetros 
e vibrômetros, devendo, no mínimo, isolar ou amortecer as vibrações reconhe-
cidas e avaliadas.
RUÍDO
Vários podem ser os agentes causadores de 
ruídos no ambiente hospitalar, dentre eles: as 
centrais de compreensão de ar e geração de 
vácuo, nas oficinas de manutenção (uso do 
ar comprimido, lixadeiras, esmeril e outros 
equipamentos), nas marcenarias (uso de serra 
circular, desempenadeiras, etc.), nas centrais 
de geração de energia elétrica auxiliar, nas 
lavanderias (máquinas de lavar e centrífu-
gas desbalanceadas, com partes frouxas, etc.), 
dentre outros. Sua ocorrência pode causar a 
perda auditiva e aparecimento de doenças 
que variam em intensidade (nível de pressão 
sonora), tipo (contínuo, intermitente ou de 
impacto), a duração (tempo de exposição a 
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cada tipo de agente) e a qualidade (frequência dos sons que compõem o ruído 
em análise).
Pode trazer sérias perturbações funcionais ao organismo, afetando o sis-
tema nervoso, o aparelho digestivo e circulatório, bem como desconforto e 
fadiga, influenciando a produtividade do profissional. Dentre as consequências 
citam-se: a redução transitória da acuidade auditiva em minutos, horas ou dias, 
a partir dos níveis intensos de ruído (90 a 120 dB) além disso, pode ocorrer a 
perda gradativa da audição. Os níveis máximos permissíveis são estipulados pela 
NR-15 da Portaria nº 3.214/78 usando o medidor decibelímetro (medidor de 
pressão sonora), devendo ser colocado na direção do ruído que vem ao ouvido 
do trabalhador.
Considerando que a surdez causada pelo ruído ambiental é irreversível, é 
preciso medidas de controle técnico (engenharia) e aplicado ao homem como: a 
redução do ruído na fonte, modificação da metodologia de produção para outra 
mais silenciosa e a redução ou prevenção da propagação. Também, a diminuição 
do tempo de exposição do trabalhador ao ruído, em conformidade com a legis-
lação vigente e o uso de equipamentos de proteção individual (EPI) nos casos 
em que o ruído não possa ser controlado, bem como avaliação audiométrica e 
controle médico para evitar a surdez.
De acordo com a NR-32, os serviços de saúde devem: a) atender às condi-
ções de conforto relativas aos níveis de ruído previstas na NB 95 da ABNT; b) 
atender as condições de iluminação conforme NB 57 da ABNT; c) atender as 
condições de conforto térmico previstas na RDC 50/2002 da ANVISA; d) man-
ter os ambientes de trabalho em condições de limpeza e conservação.
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RISCOS QUÍMICOS
De acordo com o Manual de Segurança no Ambiente Hospitalar (ANVISA, 2013), 
são diversos os produtos químicos utilizados em hospitais, tais quais: os agentes 
de limpeza, desinfecção e esterilização (quartenários de amônio, glutaraldeído, 
óxido de etileno, etc.), as soluções medicamentosas (drogas quimioterápicas, psi-
cotrópicos, gases medicinais, etc.) e produtos utilizados para a manutenção de 
equipamentos e instalações (óleo diesel, graxas, óleos lubrificantes, colas, sol-
ventes, mercúrio, etc.).
Considerando o vasto número de produtos químicos existentes, dificilmente 
seria possível nominá-los, conhecer todas as suas especificidades e descrever 
seus efeitos e formas de prevenção e proteção ao trabalhador. Neste sentido, o 
Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho 
- SESMT - deve possuir a ficha de segurança (riscos e medidas de controle) de 
cada produto que entra no hospital podendo ser realizada no ambiente ou junto 
ao trabalhador (educar e treinar) com o uso dos EPIs necessários.
Deve-se também fazer o controle de saúde, a realização de exames periódi-
cos e limitação da exposição do trabalhador à fonte de risco e adotar medidas 
como: a substituição do produto tóxico ou nocivo, a mudança do processo ou 
o encerramento da operação, o uso de ventilação geral exaustora ou diluidora, 
a concepção adequada do projeto e a manutenção das medidas de controle 
adotadas.
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A NR-32 reforça as medidas de prevenção para riscos químicos no ambiente 
hospitalar, portanto deve-se: a) manter a rotulagem do fabricante na embalagem 
original dos produtos químicos; b) identificar o recipiente contendo produto quí-
mico manipulado ou fracionado, de forma legível, por etiqueta com o nome do 
produto, composição química, sua concentração, data de envase e de validade, 
e nome do responsável pela manipulação ou fracionamento; c) vedar o proce-
dimento de reutilização das embalagens de produtos químicos.
O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) deve dispor de um 
inventário que todos os produtos químicos, inclusive intermediários e resíduos, 
com indicação daqueles que impliquem em riscos à segurança e saúde do traba-
lhador, mantendo-se uma cópia da ficha do produto no local onde é utilizado. 
Os produtos químicos devem ter uma ficha descritiva contendo, no mínimo, as 
seguintes informações: 
a. ascaracterísticas e as formas de utilização do produto.
b. os riscos à segurança e saúde do trabalhador e ao meio ambiente, consi-
derando as formas de utilização.
c. as medidas de proteção coletiva, individual e controle médico da saúde 
dos trabalhadores.
d. condições e local de estocagem. 
e. procedimentos em situações de emergência. 
Cabe ao Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) conside-
rar as informações contidas nas fichas descritivas citadas em sua implementação, 
na qual cabe exclusivamente ao empregador:
 ■ Capacitar os trabalhadores envolvidos para a utilização segura destes 
produtos. Nesse sentido, deve o empregador: a) apresentar as fichas des-
critivas com explicação das informações nelas contidas; b) apresentar os 
procedimentos de segurança a serem adotados em caso de incidentes, 
acidentes e em situações de emergência.
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 ■ Efetuar medidas de Proteção destinando local apropriado para a manipu-
lação ou fracionamento de produtos químicos, excetuando-se a preparação 
e associação de medicamentos para administração imediata aos pacien-
tes, na qual o local deve dispor, no mínimo, de: a) sinalização gráfica de 
fácil visualização para identificação do ambiente, respeitando o disposto 
na NR-26; b) equipamentos que garantam a concentração dos produtos 
químicos no ar abaixo dos limites de tolerância estabelecidos nas NR-09 
e NR-15 e observando-se os níveis de ação previstos na NR-09; c) equipa-
mentos que garantam a exaustão dos produtos químicos de forma a não 
potencializar a exposição de qualquer trabalhador, envolvido ou não, no 
processo de trabalho, não devendo ser utilizado o equipamento tipo coifa; 
d) chuveiro e lava-olhos, os quais deverão ser acionados e higienizados 
semanalmente; e) equipamentos de proteção individual, adequados aos 
riscos, à disposição dos trabalhadores e f) sistema adequado de descarte.
A manipulação ou fracionamento dos produtos químicos deve ser feito por tra-
balhador qualificado e o transporte de produtos químicos deve ser realizado 
considerando os riscos à segurança, saúde do trabalhador e ao meio ambiente. 
Estabelecimentos que realizam ou pretendem realizar, esterilização, reesterili-
zação ou reprocessamento por gás óxido de etileno deverão atender o disposto 
na Portaria Interministerial n.º 482/MS/MTE de 16/04/1999.
Nos locais onde se utilizam e armazenam produtos inflamáveis, o sistema 
de prevenção de incêndio deve prever medidas especiais de segurança e pro-
cedimentos de emergência, de acordo com produtos químicos incompatíveis.
Para os Gases Medicinais recomenda-se a movimentação, transporte, arma-
zenamento, manuseio e utilização dos gases, bem como a manutenção dos 
equipamentos, observando as recomendações do fabricante. Estas devem estar 
compatíveis com as disposições da legislação vigente, as quais devem ser, em 
Língua Portuguesa, mantida no local de trabalho à disposição dos trabalhado-
res e da inspeção do trabalho. Sobre os equipamentos é vedado: 
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Quadro 2 - Regras de Segurança 
 a) A utilização de equipamentos em que se constate vazamento de gás.
b) A submissão de equipamentos às pressões superiores àquelas para as quais 
foram projetados. 
c) A utilização de cilindros que não tenham a identificação do gás e a válvula de 
segurança. 
d) A movimentação dos cilindros sem a utilização dos equipamentos de prote-
ção individual adequados. 
e) A submissão dos cilindros às temperaturas extremas.
f ) A utilização do oxigênio e do ar comprimido para fins diversos aos que se 
destinam. 
g) O contato de óleos, graxas, hidrocarbonetos ou materiais orgânicos similares 
com gases oxidantes. 
h) A utilização de cilindros de oxigênio sem a válvula de retenção ou o dispositi-
vo apropriado para impedir o fluxo reverso. 
i) A transferência de gases de um cilindro para outro, independentemente da 
capacidade dos cilindros. 
j) O transporte de cilindros soltos, em posição horizontal e sem capacetes.
Fonte: adaptado do Manual de Segurança no Ambiente Hospitalar (ANVISA, 2013)2. 
Os cilindros, contendo gases inflamáveis tais como hidrogênio e acetileno, devem 
ser armazenados a uma distância mínima de oito metros daqueles contendo gases 
oxidantes, tais como oxigênio e óxido nitroso, ou por meio de barreiras veda-
das e resistentes ao fogo. Para o sistema centralizado de gases medicinais deve 
ser fixada placa, em local visível, com caracteres indeléveis e legíveis, contendo 
as seguintes informações: 
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Quadro 03 - Regras de Segurança 
a) Nominação das pessoas autorizadas a terem acesso ao local e que sejam trei-
nadas na operação e manutenção do sistema. 
b) Procedimentos a serem adotados em caso de emergência.
c) Número de telefone para uso em caso de emergência.
d) Sinalização alusiva ao perigo.
Fonte: a autora. 
Para os Medicamentos e as Drogas de Risco (causadores de genotoxicidade, 
carcinogenicidade, teratogenicidade e toxicidade séria e seletiva sobre órgãos 
e sistemas) deve constar no PPRA a descrição dos riscos inerentes às ativida-
des de recebimento, armazenamento, preparo, distribuição, administração dos 
medicamentos e das drogas de risco. Para os equipamentos utilizados na admi-
nistração dos gases ou vapores anestésicos devem ser submetidos à manutenção 
corretiva e preventiva, dando-se especial atenção aos pontos de vazamentos para 
o ambiente de trabalho, buscando sua eliminação.
A manutenção consiste, no mínimo, na verificação dos cilindros de gases, 
conectores, conexões, mangueiras, balões, traquéias, válvulas, aparelhos de anes-
tesia e máscaras faciais para ventilação pulmonar. O programa e os relatórios 
de manutenção devem constar de documento próprio à disposição dos traba-
lhadores e da fiscalização do trabalho. Os locais onde são utilizados gases ou 
vapores anestésicos devem ter sistemas de ventilação e exaustão, com o obje-
tivo de manter a concentração ambiental sob controle, conforme previsto na 
legislação vigente. Toda trabalhadora gestante só será liberada para o trabalho 
em áreas com possibilidade de exposição a gases ou vapores anestésicos após 
autorização por escrito do médico responsável pelo PCMSO, considerando as 
informações contidas no PPRA.
Quanto aos Quimioterápicos Antineoplásicos somente devem ser preparados 
em área exclusiva e de acesso restrito aos profissionais diretamente envolvidos, 
em que a área deve dispor no mínimo de: a) vestiário de barreira com dupla 
câmara; b) sala de preparo dos quimioterápicos; c) local destinado para as ati-
vidades administrativas; d) local de armazenamento exclusivo para estocagem; 
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vestiário deve dispor de: a) pia e material para lavar e secar as mãos; b) lava 
olhos, o qual pode ser substituído por uma ducha tipo higiênica; c) chuveiro de 
emergência; d) equipamentos de proteção individual e vestimentas para uso e 
reposição; e) armários para guarda de pertences; f) recipientes para descarte de 
vestimentas usadas. 
Além disto, devem ser elaborados manuais de procedimentos relativos à lim-
peza, descontaminação e desinfecção de todas as áreas, incluindo superfícies, 
instalações, equipamentos, mobiliário, vestimentas, EPI e materiais disponí-
veis a todos os trabalhadores e à fiscalização do trabalho. Todos os profissionais 
diretamente envolvidos devem lavar adequadamente as mãos, antes e após a 
retirada das luvas.
A sala de preparo deve ser dotada de Cabine de Segurança Biológica Classe II B2e na sua instalação devem ser previstos, no mínimo, o suprimento de ar necessá-
rio ao seu funcionamento, bem como local e posicionamento, de modo a evitar 
a formação de turbulência aérea. A cabine deve: 
 ■ estar em funcionamento no mínimo por 30 minutos antes do início do 
trabalho de manipulação e permanecer ligada por 30 minutos após a con-
clusão do trabalho. 
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IU N I D A D E36
 ■ ser submetida periodicamente a manutenções e trocas de filtros absolutos 
e pré-filtros de acordo com um programa escrito, que obedeça às especifi-
cações do fabricante e que deve estar à disposição da inspeção do trabalho.
 ■ possuir relatório das manutenções, que deve ser mantida à disposição da 
fiscalização do trabalho. 
 ■ ter etiquetas afixadas em locais visíveis com as datas da última e da pró-
xima manutenção. 
 ■ ser submetida ao processo de limpeza, descontaminação e desinfecção, 
nas paredes laterais internas e superfície de trabalho, antes do início das 
atividades. 
 ■ ter a sua superfície de trabalho submetida aos procedimentos de limpeza 
ao final das atividades e no caso de ocorrência de acidentes com derra-
mamentos e respingos.
Ainda em relação aos quimioterápicos antineoplásicos, compete ao 
empregador: 
 ■ Proibir fumar, comer ou beber, bem como portar adornos ou maquiar-se. 
 ■ Afastar das atividades as trabalhadoras gestantes e nutrizes. 
 ■ Proibir que os trabalhadores expostos realizem atividades com possibili-
dade de exposição aos agentes ionizantes. 
 ■ Fornecer aos trabalhadores avental confeccionado de material imperme-
ável, com frente resistente e fechado nas costas, manga comprida e punho 
justo, quando do seu preparo e administração.
 ■ Fornecer aos trabalhadores dispositivos de segurança que minimizem a 
geração de aerossóis e a ocorrência de acidentes durante a manipulação 
e administração.
 ■ Fornecer aos trabalhadores dispositivos de segurança para a prevenção 
de acidentes durante o transporte.
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Além do cumprimento do disposto na legislação vigente, os Equipamentos de 
Proteção Individual (EPI) devem atender às seguintes exigências: a) ser avaliados 
diariamente quanto ao estado de conservação e segurança; b) estar armazenados 
em locais de fácil acesso e em quantidade suficiente para imediata substituição, 
segundo as exigências do procedimento ou em caso de contaminação ou dano.
Em relação aos quimioterápicos antineoplásicos é vedado: a) iniciar qual-
quer atividade na falta de EPI; b) dar continuidade às atividades de manipulação 
quando ocorrer qualquer interrupção do funcionamento da cabine de segu-
rança biológica.
Em caso de Ocorrência de Acidente
 ■ Ambiental: contaminação do ambiente devido à saída do medicamento 
do envase no qual esteja acondicionado, ou seja, por derramamento ou 
por aerodispersóides sólidos ou líquidos. 
 ■ Pessoal: contaminação gerada por contato ou inalação dos medicamen-
tos da terapia quimioterápica antineoplásica em qualquer das etapas do 
processo, deve-se adotar normas e os procedimentos. Neles necessita 
constar o manual disponível e de fácil acesso aos trabalhadores e à fisca-
lização do trabalho, sendo que nas áreas de preparação, armazenamento, 
administração e o transporte deve ser mantido um “Kit” de derrama-
mento identificado e disponível. Nesse kit deve conter, no mínimo: luvas 
de procedimento, avental impermeável, compressas absorventes, proteção 
respiratória, proteção ocular, sabão, recipiente identificado para recolhi-
mento de resíduos e descrição do procedimento.
Os trabalhadores envolvidos com químicos devem receber capacitação inicial e 
continuada com algumas regras de segurança.
RISCOS NO AMBIENTE HOSPITALAR
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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Quadro 04 - Regras de Segurança
a) As principais vias de exposição ocupacional. 
b) Os efeitos terapêuticos e adversos destes medicamentos e o possível risco à 
saúde, em longo e curto prazo.
c) As normas e os procedimentos padronizados relativos ao manuseio preparo, 
transporte, administração, distribuição e descarte dos quimioterápicos antineo-
plásicos. 
d) As normas e os procedimentos a serem adotadas no caso de ocorrência de 
acidentes. 
A capacitação deve ser ministrada por profissionais de saúde familiarizados 
com os riscos inerentes aos quimioterápicos antineoplásicos.
Fonte: adaptado de Manual de Segurança no Ambiente Hospitalar (ANVISA, 2013). 
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RISCOS BIOLÓGICOS
O risco biológico é intensivamente encontrado no ambiente hospitalar. Em pes-
quisa realizada por Sêcco (2013), foram notificados 392 acidentes, sendo 89% de 
acidentes típicos e os mais acometidos foram os técnico/auxiliares de enferma-
gem (93,9%), ou seja, 324, na qual a maior exposição foi com os riscos biológicos 
64,2% (224) das ocorrências que atingiram principalmente as mãos dos traba-
lhadores no manuseio de perfurocortantes.
De acordo com a NR-32 considera-se Risco Biológico a probabilidade da 
exposição ocupacional aos agentes biológicos. Nesse sentido, consideram-se 
Agentes Biológicos: os microrganismos, geneticamente modificados ou não, as 
culturas de células, os parasitas, as toxinas e os príons (a classificação dos agentes 
biológicos encontra-se no anexo I da NR-32). Dessa forma, os agentes biológi-
cos são classificados em:
 ■ Classe de risco 1: baixo risco individual para o trabalhador e para a cole-
tividade, com baixa probabilidade de causar doença ao ser humano.
 ■ Classe de risco 2: risco individual moderado para o trabalhador e com 
baixa probabilidade de disseminação para a coletividade. Podem causar 
doenças ao ser humano, para as quais existem meios eficazes de profila-
xia ou tratamento.
 ■ Classe de risco 3: risco individual elevado para o trabalhador e com pro-
babilidade de disseminação para a coletividade. Podem causar doenças e 
infecções graves ao ser humano, para as quais nem sempre existem meios 
eficazes de profilaxia ou tratamento.
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Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E40
 ■ Classe de risco 4: risco individual elevado para o trabalhador e com pro-
babilidade elevada de disseminação para a coletividade. Apresenta grande 
poder de transmissibilidade de um indivíduo a outro. Podem causar doen-
ças graves ao ser humano, para as quais não existem meios eficazes de 
profilaxia ou tratamento.
No ANEXO II da NR-32 (2011) na Tabela de classificação dos Agentes Biológicos 
é apresentado uma tabela de agentes biológicos, classificados nas classes de risco 
2, 3 e 4, de acordo com os critérios citados no Anexo I.
De acordo com o Manual de Segurança no Ambiente Hospitalar (ANVISA), 
a necessidade de proteção contra um risco biológico é definida pela fonte do 
material, pela natureza da operação ou experimento a ser realizado, bem como 
pelas condições de realização. Nesse sentido, existem normas e classificações 
que regem os níveis de contenção adequados, sendo imprescindível que as ins-
tituições possuam meios de tratar os novos riscos, juntamente com o SESMT 
profissionais da área, implementando novas técnicas de segurança sempre que 
as medidas existentes se mostrarem ineficazes. 
Para a NR-32 (2011), o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – 
PPRA, além do previsto na NR-09 (2016), na fase de reconhecimento, deve conter
I. Identificação dos riscos biológicos mais prováveis, em função da loca-
lização geográfica e da característica do serviço de saúde e seus setores, 
considerando: a) fontes de exposição e reservatórios;b) vias de transmis-
são e de entrada; c) transmissibilidade, patogenicidade e virulência do 
agente; d) persistência do agente biológico no ambiente; e) estudos epi-
demiológicos ou dados estatísticos; f) outras informações científicas. II. 
Avaliação do local de trabalho e do trabalhador, considerando: a) a fina-
lidade e descrição do local de trabalho; b) a organização e procedimentos 
de trabalho; c) a possibilidade de exposição; d) a descrição das atividades 
e funções de cada local de trabalho; e) as medidas preventivas aplicáveis 
e seu acompanhamento.
A seguir, são apresentados alguns setores e recomendações prescritos no Manual 
de Segurança no Ambiente Hospitalar da ANVISA (BRASIL, 2013).
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LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS
Há um conjunto de recomendações gerais, que servem de guia de manipulação. 
As maiores fontes de contaminação são o contato mão-boca, o contato mão-o-
lho, os cortes e feridas superficiais na pele exposta e a perfuração cutânea. Para 
prevenir contaminação acidental por riscos biológicos, os trabalhadores devem 
usar luvas em atividades que exigem contato com fluidos corpóreos (soro, plasma, 
urina, ou sangue total), utilizar de protetor facial, como óculos de segurança, 
quando houver possibilidade de espirros de fluídos e vestimentas de proteção, 
como aventais, quando o risco biológico for reconhecido.
Além do uso de EPIs, deve-se também lavar as mãos antes de retirar as luvas 
e antes de sair da área contaminada, minimizar a formação de aerossóis durante 
as manipulações laboratoriais, evitar o contato das mãos com a face, não comer, 
beber ou aplicar cosméticos na área do laboratório, não pipetar qualquer líquido, 
incluindo água, por meio da boca, não permitir o contato de ferramentas ou qual-
quer peça de laboratório com a boca, não usar pias de laboratórios para lavar as 
mãos ou outras atividades de higiene pessoal. 
Cobrir todos os cortes superficiais e ferimentos antes de iniciar os trabalhos 
no laboratório e seguir os protocolos de biossegurança para o laboratório e para 
o depósito de materiais contaminados, usar soluções desinfetantes adequada-
mente preparadas, sempre que necessário. Também, manter os frascos que contêm 
material infectante fechados, toda vez que não estiverem em uso, não levar luvas 
para áreas externas do laboratório e lavar as mãos quando sair do laboratório.
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Além disso, deve ter especial atenção quanto ao uso de centrífugas que, 
manuseadas erroneamente, produzem partículas respiráveis e podem ser eje-
tadas durante o uso do equipamento, devendo ser operadas de acordo com as 
instruções do fabricante, para as operações de homogeneização e mistura, dar 
preferência para os homogeneizadores de “teflon”, pois os de vidro são quebrá-
veis e podem liberar material infectado repentinamente. 
Nesse sentido, o recipiente deve ser aberto após a operação, em cabine de 
segurança biológica, na qual se deve tomar cuidado especial durante a abertura de 
ampolas contendo material seco e resfriado. Estes materiais são acondicionados 
a vácuo e, ao abrirem, produzem um influxo de ar que poderá ser suficiente para 
dispensá-los na atmosfera. Dessa forma, devem abri-los em cabine apropriada.
Quanto ao manuseio de geladeiras e “freezers” deve ser feito com cuidado, 
limpos e degelados regularmente, verificando atentamente, a existência de mate-
rial ou ampolas quebradas, utilizando nas operações as luvas de borracha. Todo 
laboratório deve elaborar um plano de procedimentos de emergência e utilizá-
-lo adequadamente quando necessário. 
Este plano deve conter informações referentes à avaliação do biorrisco, geren-
ciamento e descontaminação para cada acidente possível, tratamento médico 
de emergência para o pessoal lesado, levantamento médico e acompanhamento 
clínico do pessoal exposto e investigação epidemiológica, na qual devem ser 
incluídos nos planos: a quebra de recipiente com material em cultura, a infecção 
acidental por injeção, corte e abrasão, a ingestão acidental de material contami-
nados no interior de centrífuga, fogo, vandalismo, equipamento de emergência, 
serviços de emergência para contatos externos ao laboratório, dentre outros riscos. 
Importante frisar que os profissionais da área devem ter plena consciência 
da segurança nesse local de trabalho, pois muitas vezes, por ainda não terem sido 
infectados, podem achar que seu trabalho é inócuo e, nesse caso específico, as 
consequências podem ser sérias- e até fatais.
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A QUALIDADE DA ÁGUA EM HOSPITAIS
Além de ser necessária à vida, a água é 
utilizada para procedimentos de lim-
peza, desinfecção e esterilização, para 
preparo de banhos para hemodiálise e 
diálise peritoneal, no preparo de ali-
mentos e em compressores e bombas 
de vácuo selados à água, sendo que os 
requisitos de pureza variam para cada 
tipo de consumo. 
Em geral, a qualidade da água é 
estabelecida por autoridades locais, 
comitês de saúde e outras agências 
de saúde da comunidade, as quais estabelecerão parâmetros que podem incluir 
amostragem e análises periódicas. Entretanto, devido ao fato da água ser um 
veículo de contaminação que atinge rapidamente uma grande quantidade de 
indivíduos, o hospital deve determinar sua política própria para verificação e 
controle de qualidade da água, bem como testes e análises desta. 
AR CONDICIONADO
O ar-condicionado é considerado um agente de contaminações. A Legionella 
pneumophila (delgado bacilo Gram-negativo) foi reconhecida como um pató-
geno hospitalar comum. A prevalência deste microrganismo depende de sua 
presença em um reservatório de água do hospital e sua subsequente dissemina-
ção por aerossolização. Assim sendo, o setor de Engenharia Clínica e SESMT do 
hospital devem considerar este importante aspecto de contaminação, quando da 
realização de projetos desses sistemas, bem como na determinação das rotinas 
de manutenção e verificação da qualidade da água adotando como medida de 
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controle, o uso de filtros HEPA (High Efficiency Particulate Air). Quando ade-
quadamente instalados, possuem uma eficiência mínima de 99,97% na remoção 
de partículas de 0,3 mm e como medida preventiva, a análise de água de torres 
de resfriamento, água condensada e trocadores de calor tipo “fan-coil”, utiliza-
dos comumente em centrais de ar-condicionado, deve ser realizada.
HIGIENE HOSPITALAR
Este setor é bastante exposto aos riscos biológicos, sendo os acidentes mais 
comuns com materiais perfurocortantes ou corto contusos (contaminados) 
encontrados em recipientes inadequados. Não raro, se encontram agulhas hipo-
dérmicas, agulhas de sutura, lâminas de bisturi e outros materiais como pinos 
e parafusos acondicionados em sacos de pano destinados ao transporte de rou-
pas cirúrgicas contaminadas para a lavanderia hospitalar. Devido à possibilidade 
de acidente, a velocidade de produção desse setor é diminuída, e o que é mais 
grave, aumenta o número de acidentes entre o pessoal que desenvolve ativida-
des nas áreas contaminadas desse setor, principalmente quando desembalar os 
artigos a serem lavados. Assim sendo, deve-se fazer a correta gestão da coleta 
de lixo no ambiente hospitalar, assunto que abordaremos mais profundamente 
na unidade III deste livro.
De acordo com a NR-32 (2011), o Programa de Prevenção de Riscos 
Ambientais PPRA da NR-09 (2016) deve ser reavaliado uma vez ao ano e quando 
se produzir uma mudança nas condições de trabalho, quepossa alterar a exposi-
ção aos agentes biológicos, ou quando a análise dos acidentes e incidentes assim 
o determinar, devendo estar disponíveis aos trabalhadores, de acordo com um 
Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO. 
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RECOMENDAÇÕES DA NR-32
A seguir algumas recomendações da NR-32 (2011) são prescritas para minimi-
zar os riscos biológicos destacando obrigações e deveres dos trabalhadores e do 
empregador.
 ■ Seguir as orientações contidas na publicação do Ministério da Saúde – 
Diretrizes Gerais para o Trabalho em Contenção com Material Biológico, 
correspondentes aos respectivos microrganismos quando da manipula-
ção em ambiente laboratorial.
 ■ Ter lavatório exclusivo para higiene das mãos provido de água corrente, 
sabonete líquido, toalha descartável e lixeira provida de sistema de aber-
tura sem contato manual em que exista possibilidade de exposição ao 
agente biológico. Em quartos ou enfermarias destinadas ao isolamento de 
pacientes portadores de doenças infectocontagiosas devem conter lava-
tório em seu interior.
 ■ O uso de luvas não substitui o processo de lavagem das mãos, o que deve 
ocorrer, no mínimo, antes e depois do uso das mesmas.
 ■ Os trabalhadores com feridas ou lesões nos membros superiores só podem 
iniciar suas atividades após avaliação médica obrigatória com emissão de 
documento de liberação para o trabalho.
 ■ O empregador deve vedar: a) a utilização de pias de trabalho para fins 
diversos dos previstos; b) o ato de fumar, o uso de adornos e o manuseio 
de lentes de contato nos postos de trabalho; c) o consumo de alimentos 
e bebidas nos postos de trabalho; d) a guarda de alimentos em locais não 
destinados para este fim; e) o uso de calçados abertos.
 ■ Todos trabalhadores com possibilidade de exposição a agentes biológicos 
devem utilizar vestimenta de trabalho adequada e em condições de con-
forto. Nesse sentido, a) vestimenta deve ser fornecida sem ônus para o 
empregado, b) os trabalhadores não devem deixar o local de trabalho com 
os equipamentos de proteção individual e as vestimentas utilizadas em 
suas atividades laborais, c) O empregador deve providenciar locais apro-
priados para fornecimento de vestimentas limpas e para deposição das 
usadas, d) a higienização das vestimentas utilizadas nos centros cirúrgicos 
RISCOS NO AMBIENTE HOSPITALAR
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rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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e obstétricos, serviços de tratamento intensivo, unidades de pacientes com 
doenças infectocontagiosa e quando houver contato direto da vestimenta 
com material orgânico, deve ser de responsabilidade do empregador, e) os 
Equipamentos de Proteção Individual – EPI, descartáveis ou não, deverão 
estar à disposição em número suficiente nos postos de trabalho, de forma 
que seja garantido o imediato fornecimento ou reposição.
 ■ O empregador deve: a) garantir a conservação e a higienização dos mate-
riais e instrumentos de trabalho; b) providenciar recipientes e meios 
de transporte adequados para materiais infectantes, fluidos e tecidos 
orgânicos.
 ■ O empregador deve assegurar capacitação aos trabalhadores, antes do 
início das atividades e de forma continuada, devendo ser ministrada: a) 
sempre que ocorra uma mudança das condições de exposição dos traba-
lhadores aos agentes biológicos; b) durante a jornada de trabalho; c) por 
profissionais de saúde familiarizados com os riscos inerentes aos agentes 
biológicos. A capacitação deve ser adaptada à evolução do conhecimento 
e à identificação de novos riscos biológicos e deve incluir: a) os dados 
disponíveis sobre riscos potenciais para a saúde; b) medidas de controle 
que minimizem a exposição aos agentes; c) normas e procedimentos de 
higiene; d) utilização de equipamentos de proteção coletiva, individual 
e vestimentas de trabalho; e) medidas para a prevenção de acidentes e 
incidentes; f) medidas a serem adotadas pelos trabalhadores no caso de 
ocorrência de incidentes e acidentes.
 ■ O empregador deve comprovar para a inspeção do trabalho a realização 
da capacitação por meio de documentos que informem a data, o horário, 
a carga horária, o conteúdo ministrado, o nome e a formação ou capaci-
tação profissional do instrutor e dos trabalhadores envolvidos.
 ■ Em todo local onde exista a possibilidade de exposição a agentes bio-
lógicos, devem ser fornecidas aos trabalhadores instruções escritas, em 
linguagem acessível, das rotinas realizadas no local de trabalho e medidas 
de prevenção de acidentes e de doenças relacionadas ao trabalho. Nesse 
sentido, a) as instruções devem ser entregues ao trabalhador, mediante 
recibo, devendo este ficar à disposição da inspeção do trabalho, b) os tra-
balhadores devem comunicar imediatamente todo acidente ou incidente, 
com possível exposição a agentes biológicos, ao responsável pelo local de 
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trabalho e, quando houver, ao serviço de segurança e saúde do trabalho 
e à CIPA, c) o empregador deve informar, imediatamente, aos trabalha-
dores e aos seus representantes qualquer acidente ou incidente grave as 
suas causas e as medidas adotadas ou a serem adotadas para corrigir a 
situação que possa provocar a disseminação de um agente biológico sus-
cetível de causar doenças graves nos seres humanos. 
 ■ Os colchões, colchonetes e demais almofadados devem ser revestidos de 
material lavável e impermeável, permitindo desinfecção e fácil higieni-
zação. Dessa forma, o revestimento não pode apresentar furos, rasgos, 
sulcos ou reentrâncias.
 ■ Os trabalhadores que utilizarem objetos perfurocortantes devem ser os 
responsáveis pelo seu descarte. Assim, são vedados o reencape e a des-
conexão manual de agulhas e deve ser assegurado o uso de materiais 
perfurocortantes com dispositivo de segurança.
 ■ Deve ser fornecido gratuitamente, a todo trabalhador dos serviços de 
saúde, programas de imunização ativa contra tétano, difteria, hepatite 
B e os estabelecidos no PCMSO. Sempre que houver vacinas eficazes 
contra outros agentes biológicos a que os trabalhadores estão, ou pode-
rão estar expostos, o empregador deve fornecê-las gratuitamente e deve 
fazer o controle da eficácia da vacinação sempre que for recomendado 
pelo Ministério da Saúde e seus órgãos, e providenciar, se necessário, seu 
reforço obedecendo às recomendações do Ministério da Saúde. Deve o 
empregador assegurar que os trabalhadores sejam informados das vanta-
gens e dos efeitos colaterais, assim como dos riscos a que estarão expostos 
por falta ou recusa de vacinação, devendo, nestes casos, guardar docu-
mento comprobatório e mantê-lo disponível à inspeção do trabalho; bem 
como a vacinação deve ser registrada no prontuário clínico individual do 
trabalhador, previsto na NR-07, fornecendo ao trabalhador comprovante 
das vacinas recebidas.
Para Machado et al., (2013) um programa de prevenção de acidentes biológicos 
só se torna eficaz se houver conscientização dos próprios profissionais sobre os 
fatores de riscos. Neste caso especificamente, o enfermeiro deveria atuar como 
multiplicador de conscientização sobre os fatores de risco colocando em prá-
tica os métodos de prevenção.
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RISCOS MECÂNICOS E ERGONÔMICOS
A norma regulamentadora NR-9 (2016) desconsidera o risco mecânico e ergo-
nômico, descreve como riscos ambientais ou de acidentes, atribuindo os efeitos 
aos riscos físicos na maioria das vezes, ou seja, os riscos de acidentes ocorrem 
em função das condições ambientais (do ambiente físico e do processo de traba-
lho) e tecnológicas, impróprias,capazes de provocar lesões à integridade física 
do trabalhador. São exemplos: arranjo físico inadequado, máquinas sem pro-
teção, iluminação e ligações elétricas deficientes, armazenamento inadequado, 
ferramenta com defeitos ou inadequadas, EPIs inadequados, animais peçonhen-
tos e outros riscos como de explosões.
Entretanto descreve os riscos com acidentes de trabalho atrelados à outras 
normas regulamentadoras como por exemplos: máquinas (NR-12), choques 
elétricos (NR-10), com fornos (NR-14), caldeiras (NR-13), outros riscos com 
operações insalubres e com risco de morte imediata (NR-15 e NR-17), riscos por 
lesões por esforços repetitivos e distúrbios osteomusculares relacionados ao tra-
balho - LER/DORT (NR-17 - Ergonomia). Na NR-32, o PPRA aponta os riscos 
de acidentes, demonstrando a necessidade das instituições efetuarem procedi-
mentos para situações de emergência. Esse assunto, trataremos especificamente 
na Unidade V do livro.
No ambiente hospitalar podem ser encontrados os riscos mecânicos e, tam-
bém, como ocorre em outros tipos de organizações onde há trabalhadores, o risco 
ergonômico. Em seguida, descreveremos suas principais características e como 
afetam a saúde ocupacional do trabalhador no ambiente hospitalar:
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RISCO MECÂNICO 
De acordo com o Manual de Segurança no Ambiente Hospitalar (ANVISA), o 
risco Mecânico pode trazer complicações no ambiente hospitalar. Estas com-
plicações ocorrem devido aos avanços tecnológicos relativos a equipamentos 
médicos, dentre elas são citadas as seguintes complicações: iatrogênicas, respon-
sabilidade legal, ansiedade, “burnout” e desumanização.
 ■ Complicações iatrogênicas: têm sido usados para descrever os danos cau-
sados a pacientes, quando relacionados a equipamentos médicos. É um 
termo que se refere aos danos causados por médicos, e esta definição tem 
sido transportada para intervenções médicas e de enfermagem. A compli-
cação iatrogênica é definida como qualquer desordem (enfermidade) que 
resulta de um procedimento de diagnóstico ou terapêutico. Isto se refere 
aos equipamentos que controlam doses de substâncias medicamentosas 
como: bombas de infusão, perfusores, nebulizadores, equipamentos de 
anestesia gasosa, dentre outras. A maioria dos equipamentos médicos é 
encontrada nas áreas de cuidados intensivos e a inadequação desses fun-
cionários está relacionada com a falta de treinamento formal no uso de 
tecnologia médica.
 ■ Responsabilidade legal: é uma complicação adicional em resposta ao 
avanço da instrumentação médica e da proliferação da instrumentação 
que influenciam fortemente a responsabilidade da enfermagem no que 
tange a novas regras, a impessoalidade dos sistemas de saúde e as mudan-
ças dos aspectos legais.
RISCOS NO AMBIENTE HOSPITALAR
Reprodução proibida. A
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 ■ Ansiedade: o “stress” é uma complicação adicional devido aos avanços 
tecnológicos. O impacto emocional recebido pelos membros de UTIs 
nunca havia sido considerado. Em adição aos efeitos do ambiente, esses 
profissionais estão sujeitos a outros problemas que geram o “stress”, como: 
equipes inadequadas, tomar decisões relacionadas à vida e morte o con-
vívio com a nova tecnologia e finalmente a natureza ativa do trabalho, 
que impondo uma sobrecarga física ao trabalhador, compõe as situações 
geradoras de “stress” .
 ■ Burnout: atinge diferentes grupos que compõem os profissionais da área 
da saúde. O “stress” no trabalho, tensão, humilhação e ansiedade crônica, 
levam não só ao “burnout” como à doença, aos problemas de relaciona-
mento familiar e conjugal, alcoolismo e mudança de carreira. Dois fatores 
identificados podem contribuir para controlar este fenômeno: a falta 
de uma educação especializada que glorifica os benefícios da carreira, 
e a educação em serviço, que remove o idealismo do profissional. Em 
outras palavras, “burnout” pode ser entendido como os efeitos danosos do 
exercício profissional, sob situações continuadamente estressantes. Mais 
especificamente, desilusão com a profissão escolhida, acompanhado de 
um trabalho estressante. Este fenômeno é também observado em outras 
categorias profissionais.
 ■ Desumanização: é originada devido aos avanços na tecnologia e seus 
primeiros sinais foram provenientes dos relatórios relativos à psicose de 
UTI. A desumanização pode levar a neuroses, psicoses como depressão, 
rejeição e dependência seguidas de infarto do miocárdio. Na tentativa de 
utilizar a perfeita técnica, a interação entre pacientes e profissionais é fre-
quentemente esquecida.
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RISCOS ERGONÔMICOS 
A Norma Regulamentadora NR-17 (2007) visa a estabelecer parâmetros que 
permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisio-
lógicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, 
segurança e desempenho eficiente. As condições de trabalho incluem aspectos 
relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, 
aos equipamentos e às condições ambientais do posto de trabalho e à própria 
organização do trabalho.
Portanto, há riscos para o trabalhador quando há o esforço físico excessivo, 
o levantamento, transporte e descarga manual de peso, o controle rígido de pro-
dutividade, o ritmo excessivo de trabalho, as jornadas de trabalho prolongadas, 
o trabalho em turno e noturno, a repetitividade de tarefas, postura inadequada 
de trabalho, relações interpessoais inadequadas, mobiliário impróprio e equipa-
mentos, condições ambientais dos postos de trabalho e organização do trabalho 
inadequado e outras situações causadoras de “stress” físico e/ou psíquico.
As principais consequências dos riscos ergonômicos nos laboratórios e aná-
lises químicas foram: o cansaço, as dores musculares, fraquezas, hipertensão 
arterial, diabetes, úlcera, doenças ner-
vosas, acidentes e problemas da coluna 
vertebral, alterações do sono e da líbido 
e da vida social, com reflexos na saúde 
e no comportamento, hipertensão arte-
rial, taquicardia, cardiopatia (angina, 
infarto), diabetes, asma, doenças ner-
vosas, doenças do aparelho digestivo 
(gastrite, úlcera, etc), tensão, ansiedade, 
medo, comportamentos estereotipados, 
(GIMENEZ; PAVESI; SCHOENHALS, 
2016).
RISCOS NO AMBIENTE HOSPITALAR
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E52
Estas consequências não são diferentes dos riscos ergonômicos a que são 
expostos os demais trabalhadores no ambiente hospitalar. Entretanto, em ambien-
tes como Unidades de Tratamento Intensivo e Unidades de Urgência e Emergência, 
essas consequências afetam a integridade física e mental causando o desconforto e 
a doença no trabalhador, o que podem se manifestar de maneira ainda mais grave.
Considerando o que foi abordando, quais motivos podem ser sido aponta-
dos como os causadores de violência no local de trabalho?
Considerações Finais
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53
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta unidade vimos principal apresentar aspectos dos agentes de risco de aci-
dentes no ambiente hospitalar, sendo assim, desenvolvemos um conteúdo sobre 
as principais legislações e normas regulamentadoras bem como os potenciais ris-
cos para o trabalhador, enfatizando também a segurança no ambiente hospitalar.
Para as definições legais dos agentes potenciais de danos à saúde do traba-
lhador foram apresentadas algumas ações do Programa de Prevenção de Riscos 
Ambientais – PPRA do Ministério do Trabalho e Emprego

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