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Bioética e Biossegurança - resumo

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Agda Renata Barros Santos – Enfermagem- UNINASSAU - 2022 
Bioética e Biossegurança 
Resumo do semestre – AV1 
 
 
De acordo com a definição do dicionário Michaelis, 
ética é: “Conjunto de princípios, valores e 
normas morais e de conduta de uma 
individuo ou de um grupo social ou de 
uma sociedade” 
A ética também poderia ser definida pelo “estudo 
da natureza geral da moral e das escolhas morais 
específicas; filosofia moral; e as regras ou normas 
que regem o comportamento dos membros de 
uma profissão” (Ferrell, Fraedrich, & Ferrell, 
2011). 
“Ética é a parte da filosofia que trata das questões 
morais, das ideias morais do cotidiano humano, é 
a investigação geral sobre aquilo que é bom e seu 
objetivo é facilitar a vida do homem de modo a 
que ele se realize. Seu papel é fundamentar a 
Moral, pois esta supõe uma crença, inclusive com 
os seus respectivos dogmas”. Thiry-Cherques 
(2008) 
Ética x moral: a moral é o ato ou costume, o 
que se consolidou como verdadeiro no sentido da 
ação. Já a ética é a reflexão ou pensamento sobre 
aquilo que já se consolidou. 
 
 
Um dos conceitos que definem Bioética (“ética da 
vida”) é que esta é a ciência “que tem como 
objetivo indicar os limites e as finalidades 
da intervenção do homem sobre a vida, 
identificar os valores de referência 
racionalmente propor níveis, denunciar os 
riscos das possíveis aplicações” (LEONE; 
PRIVITERA; CUNHA, 2001). 
“A bioética é a reflexão ética sobre os seres vivos 
tais como eles se apresentam nas relações 
cotidianas. Dessa forma, a bioética pretende 
contribuir para que as pessoas estabeleçam “uma 
ponte” entre o conhecimento científico e o 
conhecimento humanístico, a fim de evitar os 
impactos negativos.” 
Bioética x Biossegurança: a bioética 
preocupa-se com a moralidade dos atos 
biotecnocientíficos, a biossegurança ocupa-se 
com os riscos biológicos envolvidos no uso das 
biotecnologias no ambiente de trabalho e na 
sociedade em geral, lançando mão de medidas 
técnicas e legais. 
 
O livro Biossegurança: uma abordagem 
multidisciplinar, organizado por Pedro Teixeira e 
Silvio Valle, apresenta a seguinte definição: "a 
biossegurança é o conjunto de ações 
voltadas para a prevenção, minimização 
ou eliminação de riscos inerentes às 
atividades de pesquisa, produção, ensino, 
desenvolvimento tecnológico e prestação 
de serviços, visando à saúde do homem, 
dos animais, a preservação do meio 
ambiente e a qualidade dos resultados". 
De acordo com a Fiocruz: “a questão fundamental, 
portanto, é garantir que qualquer procedimento 
científico seja seguro. Ele precisa ser seguro para 
os profissionais que o realizam, para os pacientes 
a quem são destinados (quando houver) e para o 
ambiente e, ao mesmo tempo, ser capaz de gerar 
resultados de qualidade.” 
---x--- 
SEGURANÇA NO TRABALHO 
Segurança do Trabalho (ST) pode ser definida 
como todas as medidas que são adotadas em 
empresas visando minimizar os acidentes de 
trabalho, as doenças ocupacionais e, assim, 
proteger a integridade do profissional no 
ambiente de trabalho, a fim de que tenha 
condições de executar suas tarefas da melhor 
forma possível. 
Legislação: 
A Portaria GM nº 3.214, de 08 de junho de 1978, 
do Ministério do Trabalho, é a lei que regulamenta 
as atividades da Segurança do Trabalho. Ela 
ÉTICA: 
BIOÉTICA: 
Agda Renata Barros Santos – Enfermagem- UNINASSAU - 2022 
estabelece as Normas Regulamentadoras, 
também conhecidas como NR’s. 
Normas regulamentadoras: 
As Normas Regulamentadoras determinam como 
deve ser desenvolvido o trabalho da Segurança do 
Trabalho em cada tipo de empresa, como deve ser 
o dimensionamento do SESMT e as sansões e 
penalidades em casos de descumprimento da lei. 
Atualmente, as NR’s são: 
NR 1 – Disposições Gerais 
NR 3 – Embargo ou Interdição 
NR 4 – Serviços Especializados em Engenharia de 
Segurança e em Medicina do Trabalho 
 
NR 5 – Comissão Interna de Prevenção de 
Acidentes 
Regulamenta as regras para a criação e os 
procedimentos a seres adotados pelas empresas 
para o funcionamento da CIPA - Comissão Interna 
de Prevenção de Acidentes, a fim de prevenir os 
Acidentes do Trabalho. 
 
NR 6 – Equipamentos de Proteção Individual (EPI) 
Determina as obrigações dos empregadores e 
empregados referente aos EPI´s, orientando sobre 
os tipos de equipamentos que o empregador deve 
fornecer ao colaborador, como e quando deve 
fazer isso. Na NR-6 consta, ainda, a lista completa 
dos EPIs para cada tipo de proteção. 
 
NR 7 – Programas de Controle Médico de Saúde 
Ocupacional (PCMSO) 
NR 8 – Edificações 
NR 9 – Programas de Prevenção de Riscos 
Ambientais 
NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços em 
Eletricidade 
NR11–Transporte, Movimentação, Armazenagem e 
Manuseio de Materiais 
NR 12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e 
Equipamentos 
NR 13 – Caldeiras, Vasos de Pressão e Tubulações 
NR 14 – Fornos 
NR 15 – Atividades e Operações Insalubres 
NR 16 – Atividades e Operações Perigosas 
NR 17 – Ergonomia 
NR 18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na 
Indústria da Construção 
NR 19 – Explosivos 
NR 20 – Segurança e Saúde no Trabalho com 
Inflamáveis e Combustíveis 
NR 21 – Trabalho a Céu Aberto 
NR 22 – Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração 
NR 23 – Proteção Contra Incêndios 
NR 24 – Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais 
de Trabalho; 
NR 25 – Resíduos Industriais 
NR 26 – Sinalização de Segurança 
NR 28 – Fiscalização e Penalidades 
NR 29 – Segurança e Saúde no Trabalho Portuário 
NR 30 – Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário 
NR 31 – Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, 
Pecuária Silvicultura, Exploração Florestal e 
Aquicultura 
 
NR 32 – Segurança e Saúde no Trabalho em 
Estabelecimentos de Saúde 
Define as obrigatoriedades que poderão 
proporcionar segurança àqueles que trabalham 
em estabelecimentos da área da saúde, 
recomenda as medidas preventivas e a 
capacitação para o trabalho seguro. 
 
NR 33 – Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços 
Confinados 
NR 34 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na 
Indústria da Construção e Reparação Naval 
NR 35 – Trabalho em Altura 
NR 36 – Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas 
de Abate e Processamento de Carnes e Derivados 
NR 37 – Segurança e Saúde em Plataformas de Petróleo 
 
NR32: 
A NR 32 é uma Norma Regulamentadora que 
estabelece as diretrizes básicas para a 
implementação de medidas de proteção à 
segurança e a saúde dos TRABALHADORES EM 
SERVIÇOS DE SAÚDE. 
Recomenda para cada situação de risco, a adoção 
de medidas preventivas e a capacitação dos 
trabalhadores para o trabalho seguro. 
A NR 32 abrange as seguintes situações de 
exposição a riscos para a saúde do profissional: 
• Riscos biológicos; 
• Riscos químicos; 
• Da radiação ionizante. 
A NR 32 abrange ainda a questão da 
obrigatoriedade da vacinação do profissional de 
enfermagem (tétano, hepatite e demais vacinas 
que estiverem contidas no PCMSO), com os 
reforços pertinentes, conforme recomendação do 
Ministério da Saúde. 
Agda Renata Barros Santos – Enfermagem- UNINASSAU - 2022 
Riscos físicos 
Envolve questões de temperatura, radiação, 
ruídos e demais riscos, como os níveis excessivos 
de ruído, que podem prejudicar uma pessoa a 
médio e longo prazos. 
Riscos químicos 
São relacionados a elementos com gases e 
produtos com substâncias tóxicas que, ao 
entrarem em contato com a pele ou o organismo 
humano, podem causar sérios problemas. 
Riscos biológicos 
Relacionados a graves problemas de infecções, 
alergias, doenças autoimunes, entre outros. 
Envolvem a manipulação dos seres vivos que 
causam essas doenças. 
Riscos ergonômicos 
São causados pelo mau posicionamento de 
equipamentos em estabelecimentos. Os efeitos 
colaterais são: problemas mentais, cansaço físico 
e demais alterações no corpo humano. 
Riscos por acidente 
São aqueles que prejudicam diretamente o 
trabalhador. Entre os acidentes ocorridos e suas 
sequelas, podemos citar: deficiências físicas 
causadas por máquinas em mau funcionamento,ferramentas inadequadas, incêndios ou explosões. 
Classificação dos agentes biológicos segundo a 
NR32: 
 
Classe de risco 1: baixo risco individual para o 
trabalhador e para a coletividade, com baixa 
probabilidade de causar doença ao ser humano. 
 
Classe de risco 2: risco individual moderado para 
o trabalhador e com baixa probabilidade de 
disseminação para a coletividade. Podem causar 
doenças ao ser humano, para as quais existem 
meios eficazes de profilaxia ou tratamento. 
 
Classe de risco 3: risco individual elevado para o 
trabalhador e com probabilidade de disseminação 
para a coletividade. Podem causar doenças e 
infecções graves ao ser humano, para as quais 
nem sempre existem meios eficazes de profilaxia 
ou tratamento. 
 
Classe de risco 4: risco individual elevado para o 
trabalhador e com probabilidade elevada de 
disseminação para a coletividade. Apresenta 
grande poder de transmissibilidade de um 
indivíduo a outro. Podem causar doenças graves 
ao ser humano, para as quais não existem meios 
eficazes de profilaxia ou tratamento. 
 
Para evitarmos que esses riscos ocorram, é 
necessário seguir algumas dicas importantes: 
 Criar protocolos operacionais padrão; 
 Usar equipamentos de proteção individual; 
 Descartar apropriadamente os materiais; 
 Adotar educação continuada. 
---X--- 
A biossegurança é uma área de conhecimento 
definida pela Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária (Anvisa) como: “condição de 
segurança alcançada por um conjunto de 
ações destinadas a prevenir, controlar, 
reduzir ou eliminar riscos inerentes às 
atividades que possam comprometer a 
saúde humana, animal e o meio 
ambiente”. 
 
Níveis de Biossegurança: 
Existem quatro níveis de biossegurança: 
NB-1, NB-2, NB-3 e NB-4, crescentes no 
maior grau de contenção e complexidade 
do nível de proteção. 
O nível de biossegurança de um experimento será 
determinado segundo o organismo de maior 
classe de risco envolvido no experimento. 
Quando não se conhece o potencial patogênico do 
OGM resultante, deverá ser procedida uma 
análise detalhada e criteriosa de todas as 
condições experimentais. 
Nível de Biossegurança 1 - NB - 1 
É adequado ao trabalho que envolva agente com 
o menor grau de risco para o pessoal do 
laboratório e para o meio ambiente. O 
laboratório, neste caso, não está separado das 
demais dependências do edifício. O trabalho é 
Agda Renata Barros Santos – Enfermagem- UNINASSAU - 2022 
conduzido, em geral, em bancada. Os 
equipamentos de contenção específicos não são 
exigidos. O pessoal de laboratório deverá ter 
treinamento específico nos procedimentos 
realizados no laboratório e deverão ser 
supervisionados por cientista com treinamento 
em Microbiologia ou ciência correlata. 
Nível de Biossegurança 2 - NB – 2 
 
É semelhante ao NB-1 e é adequado ao trabalho 
que envolva agentes de risco moderado para as 
pessoas e para o meio ambiente. Difere do NB-1 
nos seguintes aspectos: 
O pessoal de laboratório deve ter treinamento 
técnico específico no manejo de agentes 
patogênicos e devem ser supervisionados por 
cientistas competentes; 
O acesso ao laboratório deve ser limitado durante 
os procedimentos operacionais; 
Determinados procedimentos nos quais exista 
possibilidade de formação de aerossóis 
infecciosos devem ser conduzidos em cabines de 
segurança biológica ou outro equipamento de 
contenção física. 
 
Nível de Biossegurança 3 - NB – 3 
 
É aplicável aos locais onde forem desenvolvidos 
trabalhos com Organismos Geneticamente 
Modificados (OGM) resultantes de agentes 
infecciosos Classe 3, que possam causar doenças 
sérias e potencialmente letais, como resultado de 
exposição por inalação. 
 
O pessoal do laboratório deve ter treinamento 
específico no manejo de agentes patogênicos e 
potencialmente letais, devendo ser 
supervisionados por cientistas com vasta 
experiência com esses agentes. 
 
Todos os procedimentos que envolverem a 
manipulação de material infeccioso devem ser 
conduzidos dentro de cabines de segurança 
biológica ou outro dispositivo de contenção física. 
Os manipuladores devem usar roupas de proteção 
individual. 
 
O laboratório deverá ter instalações compatíveis 
para o NB-3. 
 
Para alguns casos, quando não existirem as 
condições específicas para o NB-3, 
particularmente em instalações laboratoriais sem 
área de acesso específica, ambientes selados ou 
fluxo de ar unidirecional, as atividades de rotina e 
operações repetitivas podem ser realizadas em 
laboratório com instalações NB-2, acrescidas das 
práticas recomendadas para NB-3 e o uso de 
equipamentos de contenção para NB-3. 
 
Nível de Biossegurança 4 - NB – 4 
 
Este nível de contenção deve ser usado sempre 
que o trabalho envolver OGM resultante de 
organismo receptor ou parental classificado 
como classe de risco 4 ou sempre que envolver 
organismo receptor, parental ou doador com 
potencial patogênico desconhecido. 
 
Tipos de agentes de risco: 
 
Os agentes de risco são classificados em 5 tipos, 
confira a seguir: 
 
Riscos Físicos (Verde) 
 
São diversas formas de energia a que possam estar 
expostos os trabalhadores, tais como: ruído, 
vibrações, pressões anormais, temperaturas 
extremas, radiações ionizantes, radiações não 
ionizantes, bem como o infra-som e o ultra-som. 
 
Um exemplo das consequências do ruído como 
risco físico: 
 
Consequências: Cansaço, irritação, dores de 
cabeça, diminuição da audição, aumento da 
pressão arterial, problemas no aparelho digestivo, 
taquicardia e perigo de infarto. 
 
Riscos Químicos (Vermelho) 
 
São as substâncias, compostos ou produtos que 
possam penetrar no organismo pela via 
respiratória, nas formas de poeiras, fumos, 
névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela 
natureza da atividade de exposição, possam ter 
contato ou ser absorvidos pelo organismo através 
da pele ou por ingestão; 
Agda Renata Barros Santos – Enfermagem- UNINASSAU - 2022 
 
Um exemplo das consequências de poeiras 
minerais (sílica, asbesto, carvão, minerais) como 
risco químico: 
 
Consequências: Silicose (quartzo), asbestose 
(amianto) e pneumoconiose dos minérios de 
carvão. 
 
Riscos Biológicos (Marrom) 
 
São riscos oferecidos por diversos tipos de micro-
organismos que possam infectar o indivíduo por 
vias respiratórias, contato com a pele ou ingestão. 
São as bactérias, fungos, bacilos, parasitas, 
protozoários, vírus, entre outros; 
 
Um exemplo das consequências de vírus, bactérias 
e protozoários como risco biológico: 
 
Consequências: Doenças infecto-contagiosas. Ex.: 
hepatite, cólera, amebíase, AIDS, tétano, etc. 
 
Riscos Ergonômicos (Amarelo) 
 
Esforço físico intenso, Levantamento e transporte 
manual de peso, Exigência de postura inadequada, 
Controle rígido de produtividade, Imposição de 
ritmos excessivos, Trabalho em turno e noturno, 
Jornadas de trabalho prolongadas, Monotonia e 
repetitividade, Outras situações causadoras de 
stress físico e/ou psíquico. 
 
Um exemplo das consequências de esforço físico, 
levantamento e transporte manual de pesos, 
exigências de postura, como risco ergonômico: 
 
Consequências: Cansaço, dores musculares, 
fraquezas, hipertensão arterial, diabetes, úlcera, 
doenças nervosas, acidentes e problemas da 
coluna vertebral. 
 
Riscos Acidentes/Mecânicos (Azul) 
 
Arranjo físico inadequado, Máquinas e 
equipamentos sem proteção, Ferramentas 
inadequadas ou defeituosas, Iluminação 
inadequada, Eletricidade, Probabilidade de 
incêndio ou explosão, Armazenamento 
inadequado, Animais peçonhentos, Outras 
situações de risco que poderão contribuir para a 
ocorrência de acidentes; 
 
Um exemplo das consequências de ligações 
elétricas deficientes , como risco mecânicos: 
 
Consequências: Curto-circuito, choque elétrico, 
incêndio, queimaduras, acidentes fatais. 
 
 
 
Isolamento hospitalar: 
 
O isolamento hospitalar é uma forma de controle 
importante para proteger a pessoa doente, 
outros pacientes, familiares e os profissionais da 
saúde. Os métodos de isolamento hospitalar 
tambémsão conhecidos como precauções. 
 
Em geral, o objetivo é evitar contaminações por 
agentes infecciosos, como bactérias, vírus, fungos 
e parasitas. Manuais de precaução de hospitais e 
órgãos públicos alertam para a necessidade de 
conhecer os elos da cadeia epidemiológica. Dessa 
maneira, é possível aplicar as melhores práticas de 
bloqueio da transmissão. 
A cadeia epidemiológica é composta por seis 
elementos: agente infeccioso, fonte, porta de 
saída, forma de transmissão, porta de entrada e 
hospedeiro suscetível. 
 
Existem quatro diferentes métodos de isolamento 
hospitalar: isolamento padrão, de contato, 
respiratório por gotícula e respiratório por 
aerossol. O que os define são os agentes 
infecciosos confirmados ou suspeitos. Da mesma 
maneira, cada modelo requer uma série de 
cuidados, procedimentos e equipamentos para 
serem implementados. 
 
 
Agda Renata Barros Santos – Enfermagem- UNINASSAU - 2022 
Como realizar o isolamento 
hospitalar: 
 
O método de isolamento hospitalar padrão é 
utilizado em casos com risco de contaminação por 
sangue ou fluido corporal, contato com pele não 
íntegra e com mucosas. Segundo a Anvisa e o 
Ministério da Saúde, deve ser seguido por todos os 
pacientes, independentemente da suspeita ou não 
de infecção. As recomendações incluem: 
 Higienizar as mãos com água e sabonete ou 
friccioná-las com álcool a 70% antes e após 
o contato com qualquer paciente, após a 
remoção das luvas e após o contato com 
sangue ou secreções; 
 Usar luvas, máscara, óculos e avental 
quando houver risco de contato com 
sangue, secreções ou membranas 
mucosas; 
 E descartar seringas e agulhas, sem 
desconectá-las, em recipientes 
apropriados. 
 
O objetivo do isolamento hospitalar de contato é 
evitar a disseminação de bactérias resistentes por 
contato com o paciente ou ambiente. Nesses 
casos, além do uso de luvas e avental durante todo 
o tipo de manipulação com o paciente, alguns 
equipamentos (como termômetro e estetoscópio) 
devem ser de uso exclusivo do paciente. Quando 
houver disponibilidade de quarto privativo, a 
distância mínima entre dois leitos deve ser de um 
metro. 
 
Isolamento respiratório por gotícula: 
 
Já o isolamento respiratório por gotícula é 
indicado quando há possibilidade de transmissão 
de microrganismos por gotículas maiores que 5 
microns. Tosse, espirro ou uma conversa próxima 
podem gerar a contaminação. 
 
Se não houver disponibilidade de quarto 
privativo, o paciente só pode ser internado com 
outros infectados pelo mesmo microrganismo. 
Detalhe: sempre respeitando a distância mínima 
entre leitos. Recomenda-se não transportar o 
paciente e utilizar máscara cirúrgica – tanto 
paciente como profissional da saúde. 
 
Isolamento por aerossol: 
 
No caso do isolamento por aerossol, os cuidados 
devem ser maiores. A intenção é impedir o 
avanço de microrganismos menores que 5 
microns, com capacidade de ficarem suspensos 
no ar e se dispersarem por longas distâncias. É o 
caso da varicela, do sarampo e da tuberculose, 
por exemplo. 
 
Além das precauções padrão citadas acima, a 
porta do quarto privativo se mantém sempre 
fechada. Antes de entrar no ambiente, é exigido o 
uso de máscara profissional (N-95). 
 
Estrutura física dos quartos privativos em UTI 
A resolução RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002, 
do Ministério da Saúde, estabelece as regras para 
planejamento, elaboração e avaliação de projetos 
físicos de estabelecimentos de saúde. Conforme o 
regramento, toda Unidade de Tratamento 
Intensivo (UTI) deve prever um quarto de 
isolamento para cada dez leitos. 
 
Para UTIs com leitos dispostos em quartos 
privativos, painéis de vidro são utilizados para 
facilitar a observação dos pacientes. É necessário 
a instalação de uma central de monitoramento no 
posto de enfermagem, com transmissão de onda 
eletrocardiográfica e frequência cardíaca. A 
dimensão mínima é de 12 metros quadrados, com 
distância de um metro entre paredes e leito, 
exceto a cabeceira. 
 
No quarto de isolamento, são exigidos os 
seguintes espaços: antecâmara e lavatório 
exclusivo para uso da equipe de assistência; 
bancada com pias de despejo; banheiro privativo; 
área específica para recipientes estanques de 
roupa limpa e suja; e lavatório. Os projetos 
devem considerar a necessidade de salas de 
isolamento com pressão positiva e negativa. 
 
 
Agda Renata Barros Santos – Enfermagem- UNINASSAU - 2022 
EPI X EPC 
 
Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) 
 
O Equipamento de Proteção Individual – EPI é 
todo dispositivo ou produto desenvolvido para 
proteger individualmente o trabalhador contra 
riscos que podem ameaçar sua segurança e sua 
saúde. 
 
Segundo a Norma Regulamentadora 6 (NR 6), que 
dispõe sobre o uso dos EPI’s, a empresa é 
obrigada a fornecer gratuitamente os 
equipamentos adequados aos profissionais. 
 
Além disso, este tipo de equipamento só deve ser 
adotado quando não for possível tomar medidas 
que possibilitem a eliminação dos riscos do 
ambiente em que se desenvolve a atividade. 
 
Ou seja, apenas quando as medidas de proteção 
coletiva não forem viáveis, eficientes e suficientes 
para atenuar os riscos ou quando não oferecem 
proteção completa contra os riscos de acidente de 
trabalho e/ou de doenças ocupacionais. 
 
Portanto, os EPI’s devem ser sempre utilizados 
em conjunto com os EPC’s para oferecer 
completa proteção aos colaboradores. 
 
Alguns exemplos de equipamentos individuais 
são: 
 
 Capacetes; 
 Balaclavas; 
 Máscaras; 
 Óculos de proteção; 
 Protetores auriculares; 
 Luvas; 
 Botas; 
 Cintos de segurança; 
 Calças; 
 Abafadores de ruídos; 
 Respiradores; 
 Coletes; 
 Entre outros. 
Nesse sentido, de acordo com a NR 6, é função do 
empregador: 
 
 Adquirir o equipamento adequado ao risco 
de cada atividade; 
 Exigir seu uso; 
 Fornecer ao trabalhador somente o EPI 
aprovado pelo órgão nacional competente; 
 Orientar e treinar o trabalhador sobre o 
uso adequado, guarda e conservação; 
 Substituir o equipamento imediatamente 
quando for danificado ou extraviado; 
 Responsabilizar-se pela higienização e 
manutenção periódica; 
 Comunicar ao Ministério do Trabalho 
(MTE) qualquer irregularidade observada; 
 Registrar seu fornecimento ao 
trabalhador, seja por meio de livros, fichas 
ou sistema eletrônico. 
Da mesma forma, a norma estabelece que o 
trabalhador deve utilizar o equipamento e 
responsabilizar-se pela sua guarda e conservação, 
comunicando ao empregador qualquer alteração 
ou problema que o torne impróprio para uso. 
 
Além disso, é função do profissional cumprir as 
determinações do empregador sobre o uso 
adequado dos equipamentos. 
 
Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC’s) 
 
Os Equipamentos de Proteção Coletiva – EPC’s são 
dispositivos utilizados no ambiente de trabalho 
que têm o objetivo de proteger coletivamente os 
trabalhadores dos riscos inerentes às suas 
funções. 
 
Dessa forma, a finalidade desses equipamentos é 
zelar pela saúde e integridade física não apenas 
dos colaboradores da empresa, mas também de 
terceiros. 
Para isso, as NR 4 e 9 do MTE regulamentam essa 
área e definem que o estudo, desenvolvimento e 
implantação de medidas de proteção coletiva 
devem seguir a seguinte ordem: 
 
Agda Renata Barros Santos – Enfermagem- UNINASSAU - 2022 
 Medidas que eliminem ou reduzam a 
utilização ou a formação de agentes 
prejudiciais à saúde; 
 Medidas que previnam a liberação ou 
disseminação desses agentes no ambiente 
de trabalho; 
 Medidas que reduzam os níveis ou a 
concentração desses agentes no ambiente 
de trabalho. 
 
Para isso, alguns exemplos de EPC’s são: 
 
 Corrimões; 
 Fitas; 
 Placas de sinalização; 
 Cones; 
 Grades; 
 Guarda-corpos; 
 Extintores de incêndio; 
 Exaustores; 
 Entre outros. 
Assim, além de adotar essasmedidas, a 
organização deve fornecer treinamento aos 
trabalhadores sobre os procedimentos para 
garantir sua eficiência e as limitações de proteção 
que os equipamentos oferecem. 
 
Tanto os EPI’s quanto os EPC’s são importantes 
para garantir a segurança e zelar pela saúde dos 
trabalhadores, porém os dispositivos coletivos 
devem ter preferência e, se não forem suficientes 
para a proteção completa, os equipamentos 
individuais devem ser utilizados. 
 
Além disso, é importante que a empresa 
supervisione a utilização desses equipamentos 
no dia a dia das atividades para que isso torne-se 
um hábito para os colaboradores. 
 
Dessa forma é possível evitar acidentes de 
trabalho que geram prejuízos financeiros e 
produtivos para a empresa, assim como à saúde 
dos trabalhadores.

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