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Plasmodium sp (Malária) - Parasitologia

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Plasmodium sp. (Malária)
Malária
A malária é uma doença causada pelo
parasita do gênero Plasmodium. 
Há quatro espécies principais:
Plasmodium falciparum, Plasmodium vivax
Plasmodium malariae, e Plasmodium
ovale. 
Dentre eles, o mais agressivo é o P.
falciparum, que é a principal causa da
malária clínica grave e de mortes.
O parasita é transmitido através da
picada da fêmea do mosquito Anopheles
infectado.
Está presente em vários países do
mundo, principalmente em áreas
tropicais do globo. Na América do Sul,
o Brasil é o país que apresenta oa
maiores índices, principalmente, nos
estados da Amazônia Legal.
Epidemiologia
A malária é considerada um dos
principais problemas de saúde pública,
pois está presente em vários países do
mundo.
Atualmente são registrados cerca de 200
milhões de casos a cada ano no mundo,
sendo que 90% se concentram no
continente africano, com
aproximadamente 400.000 mortes,
principalmente entre crianças menores
de 5 anos de idade (80%).
O restante está distribuído nas
Américas Central e do Sul, sudeste
Asiático e ilhas da Oceania.
No Brasil
O Brasil é um dos países que registram
o maior número de casos de malária na
América no Sul. 
A sua área endêmica é formada,
principalmente, pelos estados da
Amazônia Legal (Acre, Amapá, Amazonas,
Pará, Rondônia e Roraima) com 150 a 200
mil casos por ano. 
Nessa região atividades como, a
mineração e a extração de madeira e
borracha no desenvolvimento do local
atraíram milhares de imigrantes que
viviam em condições precárias e
propícias para transmissão da doença,
dificultando o seu controle.
Em 2014, 99,9% dos casos de todo o
Brasil foram registrados na Amazônia
Legal.
Plasmodium sp. (Malária)
Dados do PNCM mostram que no ano de
2019, o Brasil notificou 157.454 casos
de malária, uma redução de 19,1% em
relação a 2018, quando foram
registrados 194.572 casos da doença no
País. 
Em relação à malária falciparum e à
malária mista, a redução foi de 18,9%,
sendo notificados 21.126 casos em 2018
e 17.139 em 2019
Transmissão
A principal forma de transmissão é com
a picada da fêmea do mosquito
Anopheles.
Apesar de infrequente, a infecção
malárica pode ser transmitida
acidentalmente por transfusão sanguínea
e infecção congênita.
Os mosquitos desta espécie são
geralmente encontrados picando durante
todo o período noturno, ao amanhecer e
também ao entardecer são os horários
mais frequentes. 
Ciclo 
O Plasmodium possui o ciclo de vida em
duas fases: fase sexual exógena
(esporogônica), na qual ocorre a
multiplicação dos parasitos no mosquito e
uma fase assexuada endógena
(esquizogônica), onde ocorre a
multiplicação no hospedeiro vertebrado em
células parenquimatosas do fígado
(esquizogonia hepática) ou nos
eritrócitos (esquizogonia eritrocitária).
A infecção inicia-se quando os parasitos
(esporozoítos) são inoculados na pele do
hospedeiro pela picada do vetor. Os
esporozóitos atingem a corrente sanguínea
e as células do corpo, logo se
multiplicam. Nos hepatócitos os
esporozoítos se diferenciam em
trofozoítos pré-eritrocíticos. Esses se
multiplicam e originam esquizontes
teciduais e milhares de merozoítos que
invadem as hemácias. Depois de algumas
gerações de merozoítos nas hemácias,
alguns se diferenciam em formas sexuadas,
os gametócitos seguirão o seu
desenvolvimento no mosquito vetor, dando
origem aos esporozoítos. 
Plasmodium sp. (Malária)
Formas clínicas da doença 
A fase inicial da malária (que dura ate
6 horas) é caracterizada por mal-estar,
cefaleia, cansaço e mialgia. Também pode
ser acompanhada de calafrio, sudorese e
febre (podendo atingir 41°C).
Após essa fase ocorre a aparecimento de
sintomas pertinentes e pode ser leve ou
grave, dependendo da espécie de
plasmódio. Os indivíduos apresentam
febre pertinente e ruptura de hemácias
contendo esquizontes maduros.
Alguns sintomas comuns nessa fase são:
cefaleia, mialgia, fraqueza, febre,
epigastralgia, lombalgia, tonteira,
náuseas, calafrio. A anemia é mais
intensa nas infecções por P. falciparum. 
- Malária não complicada:
Alguns sintomas comuns nessa fase são:
insuficiência renal aguda, edema
pulmonar agudo, hipoglicemia, icterícia,
hemoglobinúria, anemia grave, danos
cerebrais (malária cerebral).
- Malária grave e complicada:
Diagnóstico
Para o diagnóstico de malária é
realizada a pesquisa microscópica do
parasito no sangue periférico, através
do método do esfregaço espesso (gota
espessa).
Por apresentar simplicidade de
realização, baixo custo e eficiência, o
exame por gota espessa é utilizado em
todo o mundo.
Tratamento
O tratamento adequado, através de
medicamentos, é a principal ação para o
controle da doença. 
Espécie de plasmódio;
Idade do paciente;
Gravidade da doença, entre outros.
A decisão de como tratar o paciente com
malária depende de alguns fatores como: 
A cloroquina era utilizada para o
tratamento das quatro espécies de
plasmódio, porém o P. falciparum criou
resistência a cloroquina e a outros
medicamentos, logo, o tratamento dessa
espécie de plasmódio é um desafio. 
Para as espécies P. vivax, P. ovale e P.
malarie é utilizada a cloroquina e pode
ser necessária a associação da
primaquina. 
Na gravidez a gestante com malária pelo
P. vivax é tratada com cloroquina. Já
por P. falciparum a gestante é tratada
com quinina em monoterapia ou associada
à clindamicina.
Logo:
Plasmodium sp. (Malária)
Profilaxia
Para o controle da malária algumas
medidas profiláticas são necessárias,
tanto medidas individuais, como medidas
coletivas. 
Pessoas que moram ou vão para regiões
conhecida como endêmicas da doença devem
tomar alguns cuidados como, uso de
repelente, mosquiteiros, telas nas
janelas, ter cuidado com o horário de
maior atividade dos vetores, uso de
roupas claras e mangas longas.
Medidas individuais:
Terapias atuais e vacinação
Pesquisadores se empenham na busca de
uma vacina eficaz para malária, algumas
já foram testadas em voluntários
humanos, mas apresentaram resultados
diversos. 
Algumas formas de vacinas são contra
formas assexuadas eritrocíticas,
antiesporozoítos ou contra formas
sexuadas.
Já para terapias atuais a
quimioprofilaxia vem sendo utilizada.
Se refere a um antimalárico, no Brasil
o único medicamento sugerido para a
quimioprofilaxia é a doxiciclina. 
Combate ao vetor, através de inseticidas
e larvicidas; garantir o acesso ao
saneamento básico; educação e informação
sobre a doença para população.
Medidas coletivas: 
Curiosidade:
A organização "Médicos sem fronteiras"
(MSF) iniciou, em 2012, a estratégia de
quimioprevenção sazonal da malária em
alguns países da África.
Crianças com até 5 anos de idade, mais
vulneráveis à doença, recebem tratamento
antimalárico via oral mensalmente por
período determinado ou de três a quatro
meses, durante a temporada de pico da
malária.
MSF distribui mosquiteiros para mulheres
grávidas e crianças com menos de 5 anos
de idade, já que são mais vulneráveis à
malária grave.
Priscila - Nutri/UFES

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